Revista Boat Shopping #44

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COLUNA DO NASSEH

QUANTO MAIS FIBRA MELHOR O título desta matéria é uma analogia à adaptação do filme produzido no final da década de 1950, que foi traduzido para o português como “Quanto mais quente melhor”, e que eu aproveitei a ideia e intitulei o texto de “Quanto mais fibra melhor”. Mas vamos falar sobre o filme primeiro: Tony Curtis e Jack Lemmon são dois músicos desempregados e encrenqueiros que se metem com um bando de mafiosos, fogem e se disfarçam de mulher a caminho da Florida, onde encontram com a cantora Sugar Kane, no caso Marilyn Monroe. Daí em diante, só vendo o filme. Aqui o texto trata da ideia, em parte certa e em parte errada, de quanto mais fibra melhor. Generalizando, pode-se dizer que a resistência da fibra de vidro é aproximadamente 20 vezes maior que a da resina, então por isso seria justo pensar que quanto mais fibra dentro de um laminado melhor. Na teoria, a conclusão está

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correta, mas, a partir de um certo valor, muito fibra e pouca resina reduzem em muito a resistência do laminado. Principalmente quando ele é comprimido. Muitos laminados, hoje em dia, são construídos com auxílio de pressão, para prover maior compactação, evitar espaços vazios, reduzir o peso e aumentar a resistência, e talvez o melhor exemplo seja os laminados produzidos através do método de infusão de resina a vácuo. Embora muitos fatores mostrem que o processo de laminação por infusão tenha enormes vantagens sobre o método convencional de laminação manual, o primeiro ponto a destacar na utilização de vácuo na laminação é o aumento de resistência do laminado. O principal fator no aumento de resistência está associado ao aumento da quantidade de fibra dentro do laminado. Entretanto, uma quantidade muito baixa de resina pode gerar um laminado seco e frágil.


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