~l\AsíL alvas e dilucuiares: óra lisas, ota rugosas: ora difusas, ora histológicas. Dentro dêsse limite com efeito de espaço incomensurável, paira sempre uma forma ciclópica, que no mínimo nos parece um litoral, uma ilha, um promontório, e que no maXlmo juramos ser um mapa tropical ao meio-dia ou á meia-noite, exposto ao solou à lua. Essa rugosidade telúrica, impregnada às vêzes de dunas ou desertos, contendo nervuras de cordilheiras, clorofilas de matas, reverberações de minérios, com sombras esbatidas de nuvens ou com bênçãos panteisticas de verão, é a geografia poética de Di Prete. Mas o criador de olhos vendados não sabe. Nós é que sabemos, devido exatamente aquêle dom de metonímia, devido ao efeito gnômico duma semântica abscôndita que nos dá acesso a êsse antipoda alado. José Geraldo Vieira
pintura 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Í6
LIMOES, 1951. 64 x 49. Col. Museu de Arte Moderna, São Paulo. NATUREZA MORTA, 1953. 60 x 75. Col. Ernesto \Volf. FORMAS NO ESPAÇO, 1955. 70 x 100. Col. Museu de Arte Moderna, São Paulo. GESTO CóSMICO I, 1957. 70 x 100. GESTO CóSMICO 2, 1957. 72,S x 60,S. Col. JOi"ge Fernandes de Carvalho. COSMO I, 1959. 100 x 100. Col. Museu de Arte Moderna, Bahia. DIAPASÃO, 1959, 100 x 100. Col. David Libeskind GESTO CóSMICO 3, 1959. 100 x 100. GESTO -CóSMICO 3, 1959. 100 x 100. MANCHA CóSMICA I, 1959. 100 x 120. MANCHA CóSMICA 2, 1960. 100 x 120. Colo Giorgio Moroni. CRUZEJROS DO SUL, 1960. 100 x 120. Col. Isai Leirner. GESTO CóSMICO 5, 1960. 100 x 100. Col. Giorgio Moroni. GESTO CóSMICO 6, 1960. 100 x 100. Col. Carlos Eduardo Guinle. MANCHA CóSMICA 3, 1960. 100 x 100. Col. Carlos Paiva. COSMO 2, 1961. 125 x 130. Col. Bernardo Engelberg.