Grécia Exposição organizada pelo Ministere de l'Education Nationale e· des Cultes, ATENAS.
A contribuição grega dêste ano para a Bienal de São Paulo, inclui pintores, escultores e gravadores da geração que atingiu sua maturidade depois da Segunda Guerra Mundial, exceto um pintor que se situa no período entre as duas guerras e está incluído no presente grupo, naturalmente em razão do renascimento de seu trabalho. Todos os outros são jovens cuja personalidade foi formada entre as mais diversas correntes intercruzadas nos anos que se sucederam àquele difícil período para a Arte Grega, isto é, durante a guerra e a ocupação inimiga. Com um poder de adaptação que caracteriza a arte grega no campo da pintura - onde correntes tendem a cruzar-se e onde há algumas vêzes desperdícios por questões locais - os artistas do presente grupo estão exprimindo uma fase de renovação, guardando o que receberam da arte abstrata mas agora voltando-se ansiosamente para a objetividade e tratando de interpretar o mundo circundante com novos olhos. A sensível mas nítida visão arquitetural da paisagem grega de· Andreas Phocas, a compreensão da vida de Chronis Botsoglou, a atmosfera doméstica de Petros Zoumboulakis, influenciada pelo fluxo da visão nova de Costas Iliades, e a sinceridade de Stavros Dalakos são düerentes formas da mesma fase de Figuração, que transcende a aspereza do Pap-Art para encontrar expressão em um lirismo nôvo. O sentimento comemorativo da escultura de Evangelos Moustakas, que lembra as atormentadas imagens da ocupação e a harmonia acabrunhante das massas de Thymios Panourias, permanece no mesmo plano das figuras totêmicas de Dimitri Armakolas, das pesquisas plásticas de formas de George Kalakolas, assim como das formas agonizantes de Karachalios. Os novos gravadores: George Meli08, Mariana Xenakli-Psimara, Euthimia Perinela e Basil Charis continuam a tradição da gravura grega, que reviveu após a guerra, e acrescentaram ao trabalho de seus antecessores seus próprios símbolos e seus problemas artísticos pessoais.
The Greek contribution to this year's Biennale of Sao Paolo includes painters, sculptors and engravers of the generation that reached maturity after the first world war with the exception of one painter who experienced the vicissitudes of his art during the inter-war years and is included in the present group naturalIy on account of the rebirth of bis work, alI the others are young people whose personality has been formed amid the many cross-currents of the years that folIowed that düficult period for Greek art, the war and the enemy occupation. With a power of adaptation which characterizes alI Greek art in the field of painting, where currents tend to cross and where there is sometimes wastage for local reasons, the artists of the present group are expressing a phase of renewal, keeping that which has been gained from abstract art, but now turning thirstily towards objectivity, and trying to apprehend the surrounding world with a new eye.
94