19ª Bienal de São Paulo (1987) - Exposição: Imaginários Singulares

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JOSÉ ANTONIO DA SILVA (Sales de Oliveira, SP, 1909)

De origem humilde, desde cedo viu-se obrigado ao trabalho rural no sítio Monte Alegre, onde nasceu. Com 22 anos de idade transferiu-se para São José do R io Preto, empregando-se como porteiro do Hotel Oeste naquela cidade. Autodidata, dedica-se nas horas vagas à pintura e ao desenho. Em 1946, no salão promovido pela Casa de Cultura de São José do Rio Preto, apresentou três pinturas de paisagens e figuras históricas. Recebeu, para indignação de muitos conterrâneos, o primeiro prêmio. No júri, entre outros, estavam Lourival Gomes Machado e Paulo Mendes de Almeida, que o estimularam e organizaram sua primeira mostra individual na Galeria Domus de São Paulo em 1948, lançando-o definitivamente no meio artístico. A partir daí, sua obra pôde ser vista em dezenas de exposições no Brasil e no exterior, chegando a integrar importantes acervos como os do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, do Museu de Arte de São Paulo e da Pinacoteca do Estado, São Paulo; do Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro; e do Museum of Modern Art, Nova York. Paralelamente à sua produção pictórica, publicou dois livros: Romance de Minha Vida (1949), ilustrado por ele, e Maria Clara (1970). Em 1968 fundou o Museu de Arte Contemporânea de São José do Rio Preto, sendo seu primeiro diretor. Recebeu o Prêmio Aquisição outorgado pelo Museum of Modern Art de Nova York na I Bienal Internacional de São Paulo, em 1951.

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