Brasil HILTON BERREDO Biografia Nasceu no Rio de Janeiro, em 1954 Pintor, escultor e arquiteto. Estudou pintura com Flávio Berredo, Sérgio Campos Mello, Ronaldo Rêgo Macedo, Aluisio Carvão e Manfredo de Souza Netto. Em 1986, trabalhou como assistente de Keith Sonnier Vive e trabalha no Rio de Janeiro, onde é professor da Escola de Artes Visuais - EAV, Parque Lage
Exposições Individuais 1982 Alegrias/Alegorias, Funarte, Rio de Janeiro 1985 Conjuntos e Sózinhos, Thomas Cohn Arte Contemporânea, Rio de Janeiro 1985 Pinturas-Objetos, Galeria São Paulo, São Paulo 1987 Berredo, Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória 1988 Berredo, Galerie de Poche, Paris
Exposições Coletivas 1984 "Como vai você, geração 80?", EAV Parque Lage, Rio de Janeiro 1985 "Today's Art of Brazil", Hara Museum, Tóquio 1986 "Modernidade - Art Brésilien du XXeme Siécle", MAM, Paris e São Paulo 1989 "Brasil já - Blispiele Zeitgenossicher brasilianscher, Museum Morsbroich, Galerie Landes-girobasse e Sprengel Museum, Alemanha Ocidental 1989 "You - ABC", Stedelijik Museum, Amsterdam
Obras Apresentadas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Pindorama VI, 1989 Acrílica s/borracha E.V.A., Pindorama VII, 1989 Acrílica s/borracha E.VA, Pindorama VIII, 1989 Acrílica s/borracha EVA., Pindorama IX, 1989 Acrílica s/borracha EVA., Pindorama X, 1989 Acrílica s/borracha EVA., Cal. Marcantonio Villaça Pindorama XI, 1989 Acrílica s/borracha EVA., Cal. Luisa Strina Pindorama XII, 1989 Acrílica s/borracha E.VA, Cal. Luisa Strina
250 x 500 cm 250 x 250 cm 250 x 250 cm 250 x 250 cm 250 x 250 cm 250 x 250 cm 250 x 250 cm
Em 1982 comecei a trabalhar com materiais planos recortados e pintados, me fixando, a partir de 83, na borracha EVA. Meus trabalhos da época eram planos e simulavam, pelo recorte e pela pintura, um primitivo trompe/'oell. Em 1984 comecei a me interessar pelas possibilidades escultóricas do material e a pintura tomou a função de uma segunda pele, uma camuflagem a demarcar diferenças de planos nos objetos que criava. Nos trabalhos que apresento na Bienal, o massivo agregamento de formas e recortadas num arranjo frontalizado permitiu que a pintura vagueasse entre pele e profundidade, enquanto o material cumpre as funções de suporte e estrutura. Cor e linha ora reforçam, ora contradizem as formas recortadas. Sob o signo do Dragáo e dos motivos alegóricos chineses, os trabalhos procuram inventariar diferentes maneiras de se relacionar o pictórico e o escultórico. Construída previamente à pintutta das obras, cada estrutura é uma trama orgânica frontalizada composta de variações casuais de uma mesma familia formal. Não existem formas repetidas, mas uma certa serial idade. Como numa máquina viva, cada nova forma recortada sendo produto de regra e desvio. Para a montagem das estruturas não houve projeto prévio. Com algumas normas gerais, diferentes de obra para obra, a coisa foi se fazendo enquanto se pendia, contorcia e colava uma peça às outras. Aqui se aproveitava mais o caimento do material, enquanto ali era a contorção de cada recorte que comandava o arranjo. Findas as estruturas, peferi permitir um leque variado de abordagens da questão pictórica a ditar normas acerca dessa relação. Disso talvez tenham resultado trabalhos m,ais "corretos" e outros menos "corretos". E um risco e uma postura: procuro construir meu trabalho sobre a tênue linha que separa acaso e método, intuição e construção. Gostaria de expressar meus agradecimentos a Efraim Almeida de Melo, Luís Cláudio Barbosa Fernandes e Gilvan Nunes, participantes do processo anarco-industrial que teceu a artesania das obras, a Paulo Herkenhoff e ao Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, onde as obras foram realizadas. Hilton Berredo
168
Metamorfose (da série Plndorama) 1989 ACrlllCO sobre EVA., 255 x 278 cm