17 JÁ Jornal do AE de Condeixa MAR 18

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marรงo de 2018 - Jร - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1


EDITORIAL

Índice ::

Autonomia vs Independência I - O Dia do Agrupamento Por Anabela Lemos (Diretora do Agrupamento)

2. Editorial Autonomia vs Independência I—O Dia do Agrupamento 3. O Perfil do Aluno do Séc. XXI

O tema desta edição – (Re)pensar a escola - fez-me refletir numa miríade de procedimentos que pomos em prática neste agrupamento de escolas e que nos distingue, pelo menos aparentemente, dos demais. O Dia do Agrupamento é um deles. Estruturado a partir do modelo dos encontros nacionais dos professores de matemática e concebido

4‐9 . (RE) Pensar a Escola

para proporcionar aos alunos um dia de aprendizagens alternativas, mostra

10 ‐ 13 No cias /a vidades

património cultural, por vezes local, por vezes nacional, mas sempre de

Dia do perfil do aluno no Agrupamento

como olhamos para a escola como meio primordial para transmitir um modo efetivo porque, mais ou menos formais, muitas são as aprendizagens

14‐19 ‐ NA BIBLIOTECA acontece… 20 ‐ 24 ‐ SEMANA DOS AFETOS 25‐28 ‐ A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO 29 ‐ Segurança na NET

nele realizadas que complementam o currículo. Ao longo do dia sabemos onde está cada turma, o que está a aprender, quem está com ela…. E cada escola organiza, de forma autónoma, um conjunto de atividades para os seus alunos contextualizadas nos recursos que possui, nos interesses do público escolar que serve, com o intuito de levar a cabo o objetivo único de aprender, de forma diferente, naquele dia. No entanto, todos prestam contas daquilo que fazem, como fazem e porque fazem, pois, para além de tudo, somos UMA organização que tem UM rumo co-

30 ‐31 LEMOS+, escrevemos melhor

mum não obstante os diversos trilhos que o permitem concretizar.

32‐35 No cias/ac vidades Desporto Parlamento dos Jovens 36‐39 Visitas de Estudo 40 ‐ Concurso Nacional de Leitura

ninguém é independente dos demais. Se assim fosse, como poderia ter

Gosto de pensar a escola como um lugar onde não há “ilhas” onde sentido afirmar um Projeto Educativo comum e alcançar as metas que conjuntamente formulamos para o Agrupamento? Ter um Projeto Educativo comum confere-nos a responsabilidade de tornar as suas metas alcançáveis e isso implica a coesão e unidade necessárias para realizar atividades que convirjam para a sua materialização. Neste contexto, a autonomia profissional tem de estar atenta àquilo que são as necessidades mas também os interesses da organização escolar, razão pela qual a autonomia funciona como um mecanismo político-

março de 2018

administrativo de descentralização de competências. O êxito do recente

seminário organizado pela Rede de Bibliotecas de Condeixa foi disso

Equipa do Jornal

exemplo: cada um, no desempenho autónomo das suas funções contribuiu

Isabel Neves Carla Fernandes

para um evento que, no seu todo, excedeu as contribuições das diversas

partes e superou as expetativas.

Grafismo

No meu dicionário autonomia e independência não são sinónimas.

Ana Rita Amorim aec.jornal@aecondeixa.pt

Não abdico da primeira mas descarto a segunda. Tenham um feliz Dia do Agrupamento!!

2 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2018


:: O PERFIL DO ALUNO DO SÉC. XXI O novo Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, que entrou em vigor em julho do ano transato, foi na passada segunda-feira, dia 15 de janeiro, alvo de um debate nacional na Fundação Champalimaud, em Lisboa, para o qual foram desafiadas todas as escolas e comunidades educativas. O perfil é “uma matriz comum para todas as escolas” e vertentes de ensino que define os valores, competências e princípios que devem orientar a aprendizagem. Para a iniciativa nacional do Dia do Perfil do

ATIVIDADE 2 - Assembleia de alunos para debate subordinado ao tema "Um olhar sobre o Perfil dos alunos" focado na apresentação de propostas que visam a consecução do Perfil dos Alunos no final da Escolaridade obrigatória. Responsáveis: Associação de Pais e Encarregados de Educação Tratou-se de um momento de grande elevação cívica e democrática, consubstanciada numa partilha de experiências, alegrias, angústias, potencialidades e fragilidades no sentido de encontrar um rumo, o nosso ru-

Aluno, organizada pelo Ministério da Educação em

mo, no redirecionamento pedagógico que a Escola atu-

colaboração com a Federação Nacional de Associa-

al tem que fazer.

ções de Estudantes dos Ensinos Básico e Secundá-

Demos, ao longo de 3 horas, o nosso contri-

rio, foram convidadas as escolas de todos os níveis

buto para tentar encontrar a melhor forma e os

e ciclos de ensino. A ideia, segundo o Ministério, foi

recursos mais eficazes para TODOS os alunos

lançar o desafio às escolas de por um dia suspende-

aprenderem.

rem a rotina diária e organizarem um momento pa-

É nosso apanágio contribuir para a for-

ra reflexão e trabalho em torno do “Perfil dos Alu-

mação dos alunos tendo como base um perfil

nos”. O Agrupamento de Escolas de Condeixa-aNova aceitou o repto do Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e, na tarde do dia 15 de janeiro, alunos, pais, encarregados de educação e professores reuniram no Auditório da Escola EB, 2/3 para apresentar as conclusões decorrentes da

humanista, sabendo que o centro de todo o processo

continuam

a

ser

as aprendizagens. Estamos convictos da exigência que a inclusão nos coloca e aceitamos o desafio de contribuir para o desenvolvimento sustentável. Face ao exposto, o balanço do "Nosso" Dia do

análise do documento "Perfil do Aluno". A metodologia implementada passou pela

Perfil é extremamente positivo.

distribuição dos agentes educativos em três painéis

Confesso-vos que foi também com alguma do-

(Painel 1- Coordenadores de Diretores de Turma e

se de orgulho que vos escrevi este e-mail, pois perten-

Professores Titulares de Turma; Painel 2 - Associa-

ço a um Agrupamento de Escolas que tem um RUMO,

ção de Estudantes; Painel 3 - Associação de Pais e

uma vez que estamos abertos à reconfiguração da Es-

Encarregados de Educação) que, na semana de 8 a

cola para responder às hercúleas exigências deste novo

12 de janeiro, levaram a cabo um conjunto da ativi-

paradigma educacional e pedagógico e sobretudo, por-

dades a saber: ATIVIDADE 1 – Reflexão com os alunos nas salas de aula focada nas Boas Práticas que visam a consecução do Perfil dos Alunos no final da Escolaridade obrigatória. Responsáveis: Professores Titulares e Diretores de Turma

que abrimos espaços para PENSAR, que é talvez a tarefa mais fantástica a que nos podemos dedicar. Havemos de "LÁ" chegar... Temos uma veia epicurista, gostamos de "fazer tudo como se alguém nos contemplasse"... Anabela Estêvão

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:: (RE)PENSAR A ESCOLA O Ensino, tal como está organizado atualmente,

Há que compreender que os jovens de hoje são os

não permite que os alunos consigam atingir os objetivos

adultos de amanhã. Nós vamos ser os grandes beneficiados

que o Ministério da Educação apresenta, ficando bastante

com as alterações que devem ser implementadas ou preju-

aquém em algumas vertentes:

dicados pela incapacidade de outras gerações se adaptarem

Pensamento crítico e criativo Num mundo constantemente em evolução, a criatividade tornou-se um dos aspetos fundamentais a desenvol-

à nova realidade. Alteração do método tradicional de ensino, com aulas mais dinâmicas

ver. Este pressuposto engloba a ousadia, a curiosidade, a

A escola de massas, onde um professor ensina ao

reflexão e a inovação. Num planeta cada vez mais informa-

mesmo tempo e no mesmo lugar dezenas de alunos, nas-

tizado, a aproximação que temos de diferentes opiniões e

ceu com a revolução industrial mas chegou ao século XXI.

perspetivas é enorme, bem como a quantidade, mas não

Em dois séculos, mudaram os estudantes, mudou a socieda-

necessariamente, qualidade da informação de que dispo-

de e mudou o mercado de trabalho, mas… Quando muda-

mos. O pensamento crítico é fundamental para sobreviver

rá a escola?

na sociedade em que estamos inseridos. Não se trata de

Os programas ridiculamente extensos com conteú-

poder criticar, mas de saber criticar. A ousadia e a liberda-

dos excessivamente aprofundados e as avaliações externas

de são alguns dos pontos intrinsecamente relacionados

provocam, não só nos alunos, mas também nos professores

com esta competência.

e respectivas famílias stress e ansiedade, o que influencia a

Desenvolvimento pessoal e autonomia É imprescindível encontrar um equilíbrio entre o pensamento, a emoção e o comportamento. Para além dis-

saúde mental, fundamental para o bem estar dos mesmos. A aprendizagem não consiste apenas em ter acesso à informação, é um conceito muito mais complexo.

so, a autoconfiança e o acreditar em nós mesmos acaba

A ideia chave é motivar os alunos para aprender. A

por ser muitas vezes decisivo na realização pessoal. A soci-

necessidade de colocar questões deve sobrepor-se à de

edade necessita de pessoas cooperantes, mas autónomas,

obter respostas e o que acontece hoje é termos as respos-

que possuam o maior à vontade nos mais diversos domí-

tas sem colocarmos as questões.

nios do saber.

Se, ao invés de despejar matéria nas aulas, os alu-

Raciocínio e resolução de problemas

nos sentissem necessidade de aprender os conteúdos, ten-

O desenvolvimento de raciocínios lógicos e práti-

do a perfeita noção da aplicação prática dos mesmos, a efi-

cos e a resolução de problemas demonstram a inteligência de um indivíduo. Como Stephen Hawking defende, «A inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança». Num

cácia do ensino seria muito maior. Fomento das relações interpessoais, da cooperação e da diferença

mundo em evolução constante, a mudança é um conceito

Somos todos diferentes, com objetivos e ambições

com o qual somos obrigados a lidar no dia-a-dia. A aplica-

diferentes, perspetivas diferentes, métodos de aprendiza-

ção do conhecimento na resolução de problemas através

gem diferentes e, principalmente, capacidades diferentes.

de raciocínios dita o sucesso ou o fracasso da maioria das

Nem todos seríamos bons médicos, bons advogados ou

ações. Tendo em conta a organização e os métodos de

bons professores. Nem todos gostamos de matemática ou

trabalho utilizados atualmente na educação, não é difícil

de português ou de desenho. Uns preferem praticar des-

compreender que existem muitos aspetos que devem ser

porto, outros fazer música, outros pintar...

alterados. A mudança não é simples, mas é necessária!

4 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2018


(RE)PENSAR A ESCOLA :: A atual organização do ensino português pressupõe que todos gostamos de estudar e passar horas agarrados aos livros. Independentemente das nossas competências ou dos nossos interesses, somos avaliados da mesma forma. Porquê ver essa «diferença» como algo negativo? É o desigual que equilibra o mundo e parece que o objetivo é acabar com o que é diferente. Unindo esforços chegamos mais longe. Maior articulação entre a escola e o quotidiano Segundo o jornal Sol, os alunos entre o 1º e o 6º ano passam em média 1039 horas na escola por ano. Quer queiramos admitir, quer pretendamos fechar os olhos a esta realidade, existe a certeza de que o meio familiar não é, de todo, a único fonte da educação do saber ser e saber estar das crianças e jovens dos dias de hoje. A escola apresenta um papel fundamental nesta vertente. A questão que colocamos é simples: Até que ponto um aluno que termina o 12º ano está pronto para ser lançado à vida real? O que aprendemos na escola que nos vai ser realmente útil na nossa vida pessoal? No nosso dia-a-dia? Existe informação básica e de utilidade máxima sobre a qual nunca falamos ao longo de 12 anos. Desenvolvimento do próprio currículo Ao longo dos 12 anos de escolaridade obrigatória, o ensino deve ser focado em diferentes saberes. No ensino primário e básico, deve ser privilegiado o saber estar e saber ser, não esquecendo, obviamente, o conhecimento, a aprendizagem de conteúdos. Já no ensino secundário, a personalidade de um indivíduo está praticamente formada. Os conhecimentos devem ser aprofundados em certas disciplinas. Neste momento, a oferta de vertentes de outras áreas deve ser alargada, podendo os alunos optar pelas que mais se adequam aos seus interesses e objetivos futuros. A existência de disciplinas base em cada área é imprescindível, no entanto, quem enverga por uma área científica, por exemplo, pode ter interesse em componentes artísticas ou de qualquer outro domínio. Essa personalização do currículo do aluno acarreta benefícios não só na sua vida escolar mas, posteriormente, no mercado de trabalho. Cabe-nos a todos a difícil tarefa de transformar a escola num espaço no qual estamos e não onde apenas vamos. A mudança é necessária, os problemas estão identificados, as propostas apresentadas. Citando Pessoa, que melhor que ninguém compreendia a necessidade de mudar mentalidades para permitir uma evolução, «É a Hora!» Diana (Associação de Estudantes) março de 2018 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 5


:: (RE)PENSAR A ESCOLA Aos cinco anos, entrei para a escola. Bem, não era ainda a escola oficial, mas a casa de uma professora primária (hoje, diz-se do Primeiro Ciclo) já reformada que ensinava as primeiras letras, palavras e operações aritméticas a meninos cujos pais eram seus amigos e arranjavam-lhe, assim, uma forma de se ocupar e ter companhia, visto ser viúva e não ter filhos. Chamava-se D. Maria. Era pequenina, usava óculos e devia ser boa instrutora, pois ainda guardo a prova do final desse ano feita em casa dela e fico espantada com o que aí reproduzi a nível de ditado, interpretação de texto, operações aritméticas de adição e subtração, desenho e redação… Penso que vem daqui a minha perceção de que, quanto mais cedo se estimulam as crianças para as aprendizagens cognitivas básicas, mais facilmente elas aprendem! Bem, entrei na escola aos cinco anos e ainda não saí dela! E como é que é possível, em quase meio século, a escola ter mudado tão pouco? A mesma disposição de mesas e cadeiras nas salas de aula; a mesma localização no espaço de alunos e professor (só desapareceu o estrado, ao cimo dos dois ou três degraus!); a mesma presença do quadro (agora já não preto e de giz, mas branco e com marcadores). Claro que, sobre a mesa do professor, há, agora, um computador ligado à internet, um quadro interativo na parede de algumas salas, e um videoprojector. Já não há o célebre livro de ponto, substituído pelos sumários escritos online… mas, alterações de fundo na prática letiva não me parece que sejam muito relevantes. Como é que é possível que, tendo passado três gerações pelas salas de aulas portuguesas desde o final dos anos sessenta, os alunos continuem, a maior parte do tempo, passivamente, a ouvir um professor debitar a matéria ao longo de 50 minutos de aula? Será que estes jovens têm uma mente igual às dos seus pais? Será que as alterações vividas na sociedade portuguesa, ao longo dos anos da democracia, nada alteraram as perspetivas de futuro, as motivações e interesses destes jovens de hoje, que vivem num mundo global graças às novas tecnologias? Parece-me ser esta uma hipótese inverosímil! Como dar, então, resposta às expetativas destes novos alunos face à aprendizagem? Como motivá-los a aprender por si próprios, sendo o professor um mero guia nessa via? Como formar novos docentes com novas práticas de ensino? Como tornar a escola do século XXI motivadora e capaz de se bater com as aliciantes novas tecnologias que ocupam tanto do tempo dos jovens? Lá diz o ditado: “Se não os podes vencer, junta-te a eles…” Num ano em que o Ministério da Educação criou o Dia do Perfil do Aluno e pôs todos os intervenientes da comunidade educativa a debater esse mesmo perfil, como dar resposta a saberes, valores e áreas de competência tão vastos e abrangentes como os apresentados no documento que o alicerça? Se o perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória é diferente do de há cinquenta anos atrás, é forçoso que tenhamos uma escola diferente daquela que existia nessa altura.

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(RE)PENSAR A ESCOLA :: Precisamos de muita energia para abraçarmos esta nova vaga de mudanças que tem de, obrigatoriamente, varrer a escola sob pena de termos cada vez mais, à nossa frente, nas nossas salas de aula, jovens entediados, passivos e desmotivados, que caminham para as aulas apenas porque “tem de ser”… Maria João Mariano

Na escola aprendemos, estamos com atenção, cuidamos dos colegas, brincamos e somos felizes. Mas, para isso, temos que saber respeitar, valorizar os princípios e sermos capazes de melhorar tudo à nossa volta. Na nossa escola queremos aprender de tudo! Queremos pesquisar, queremos experimentar, ouvir, falar, escrever, saltar, correr e ter tempo também para brincar. Na nossa escola queremos ser felizes! E é a pensar nisto que fazemos tantas atividades em que pomos à prova os nossos princípios, valores e competências… - Bolinhos e bolinhós – respeitar tradições antigas. Fizemos os bolinhos na nossa sala e oferecêmo-los às pessoas da Vila enquanto cantávamos.

- Dia da alimentação – comemos deliciosas

espetadas de fruta!

- Hospitalid`arte – convivemos com pessoas um pouco diferentes de nós. - APPACDM – adoraram a nossa visita e os nossos cantares. - Experiências – O que flutua e não flutua. Construções com sólidos. - Natal – convidámos os pais a fazer o mais lindo embrulho para enfeitar a nossa árvore de Natal - Carnaval – Convivemos com as pessoas da Vila e fizemos um enorme cortejo carnavalesco. - Amizade e interajuda – na nossa sala ajudamo-nos, aprendemos e queremos ser melhores!

Texto coletivo do 1ºC da EBNº3

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:: (RE)PENSAR A ESCOLA A IMPORTÂNCIA DE BRINCAR COM QUALIDADE… e como brincar é a “coisa mais séria do mundo”! Brincar é um meio privilegiado de aprendizagem que leva ao desenvolvimento de competências transversais a todas as áreas do desenvolvimento e aprendizagem. (Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, Ministério das educação, Abril de 2016)

Sabemos que, nas escolas, o tempo chamado de “recreio” é, frequentemente, desvalorizado… mas, no entanto, é tão rico e proveitoso! Sabemos, também, da importância de brincar com qualidade, mas associamos, quase sempre, qualidade a brinquedos e materiais um pouco mais sofisticados… Só que brincar com qualidade é, sobretudo, e salvaguardadas as questões de segurança, “fazer coisas” que nos estimulam a imaginação e criatividade, que nos desenvolvem em termos motores (equilíbrio, coordenação, força…), que nos ensinam a improvisar, resolver problemas e encontrar soluções, que nos dão energia acrescida para estas e para as outras tarefas, que potenciam a relação que existe entre exercício físico e desenvolvimento intelectual, que nos ensinam a trabalhar em equipa, que nos estimulam a resolver conflitos e a aceitar as ideias e opiniões dos outros, que promovem o nosso desenvolvimento sensorial, que nos ajudam a criar anticorpos e sermos mais resistentes à doença, que nos ajudam a desenvolver conceitos ligados às ciências, que… são tão boas e divertidas!! E que nos permitem aprender, na rua, tanto como dentro das salas! É por isso que devemos ter, ao dispor, os outros brinquedos, aqueles que nos permitem reinventar brincadeiras: as árvores, as vassouras, cordas ou mangueiras velhas, os pneus, as latas, os caixotes, os paus, as folhas caídas, a areia, a lama… e jogar à bola, fazer jogos tradicionais, dançar canções de roda… para que possamos crescer saudáveis e felizes e façamos importantes aprendizagens para toda a vida! Turma A do jardim de Infância da EB n.º 1

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:: (RE)PENSAR A ESCOLA O CASO DA BOCA-DE-INCÊNDIO Uma forma de repensar a escola é voltar um pouco àquilo que já foi quando não vivíamos limitados pelos perigos e medos que espreitam a sociedade, era tudo muito mais real, natural e lógico. Quando surgia uma dúvida íamos para a rua tentar resolvê-la no local, quando falávamos de um assunto íamos compreendê-lo melhor no jardim da dona Maria ou no galinheiro do senhor José ou quando chegavam as maias íamos para o campo enfiar colares de flores. Sair, passear, caminhar, alargar a sala de atividades à rua, proporcionar visitas, percursos, trabalho de campo, brincadeiras ao ar livre, experiências partilhadas por outros, conhecer como vivem e trabalham as pessoas, o que fazem e para que o fazem, observar como se comportam na rua, descobrir pormenores, coisas que sempre estiveram lá e nunca as vimos são vivências que nos enriquecem, nos influenciam e nos ajudam a construir a nós próprios enquanto seres humanos e a tomar consciência de nós e dos outros. As crianças constroem noções matemáticas a partir das vivências do dia-a-dia, se essas experiências forem mais estimulantes, mais divertidas, mais reais serão certamente, mais facilmente interiorizadas, compreendidas e ricas em conteúdo. Foi o caso da boca- de- incêndio. Na sala de atividades discutia-se o significado da boca-de-incêndio, as opiniões eram muitas, as certezas nenhumas: “é uma boca por onde saem os incêndios” “ É uma coisa que deita fogo”, “ é uma pessoa que avisa que há incêndio”, pesquisamos na internet e lá estava ela, equipamento de combate a incêndios, válvula de passagem de água onde se podem ligar as mangueiras dos bombeiros… normalmente nos passeios e vias públicas. Mais incertezas: “nunca vi” “ eu já”. Onde? Ninguém soube, ninguém conhecia nenhum lugar onde estivessem bocas -de-incêndio. Vamos procurar, sair para a rua. Traçámos um itinerário, pegámos na máquina fotográfica para registar, imprimimos um exemplar de boca-de-incêndio e fomos investigar. Num percurso que equivale a um quarteirão encontrámos, registámos e assinalámos 10 boca-de-incêndio. Naturalmente foram ordenando os equipamentos, quando não sabiam o próximo ordinal depreendíamos pela sequência. Registámos o percurso, ordenámos as bocas-de-incêndio da 1ª à 10ª e refletimos sobre a saída. Atualmente faz parte das suas brincadeiras ordenar e nomear os ordinais até ao 10º.

Sair para a rua foi uma atividade que levou o grupo a descobrir pormenores que normalmente passam despercebidos, estar atentos, aumentar o seu vocabulário, ordenar, descobrir os ordinais e passar a conviver naturalmente com eles, refletir sobre a importância destes equipamentos na resolução dos incêndios, tornarem-se cidadãos mais interessados e informados. TURMA A JI - EB3 CONDEIXA março de 2018 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 9


NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: Dia do Perfil

do Aluno no

AGRUPAMENTO

No 3º ciclo deve-se continuar a trabalhar nos princípios e valores mencionados no ciclo anterior e desenvolver competências relacionadas com o bem-estar, saúde e ambiente, relacionamento interpessoal, raciocínio e resolução de

A Direção do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova promoveu, no dia 15 de janeiro, uma atividade de reflexão subordinada ao tema “Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória”, um desafio lançado pelo MEC às escolas portuguesas de todos os níveis e ciclos de ensino, para debater os valores, competências e princípios que devem orientar as aprendizagens. A iniciativa contou com a presença da Exma. Diretora do AEC, Anabela Lemos, tendo reuniu cerca de 50 participantes entre professores, alunos, pais e encarregados de educação. Neste âmbito, os alunos do 7ºE, acompanhados pela respetiva diretora de turma, estiveram presentes no auditório da Escola Básica nº 2 de Condeixa para assistir a uma palestra sobre o “Perfil dos Alunos”. O primeiro painel esteve a cargo da professora Maria João Mariano, em representação dos professores do AEC, subordinada à reflexão dos professores nos vários ciclos de ensino em torno do “Perfil dos Alunos”, o qual ”aponta para uma educação escolar em que alunos desta geração constroem e sedimentam uma aprendizagem com base nos valores e competências …” Assim, no ensino pré-escolar, as competências que as crianças devem apresentar são: raciocínio e resolução de problemas, pensamento crítico e criativo, desenvolvimento de linguagem e texto e o desenvolvimento social e autonomia.

problemas, linguagens e textos. No ensino secundário, um dos principais valores é a responsabilidade e integridade e, nas áreas de competências, realçou-se a sensibilidade estética e artística, o desenvolvimento pessoal e autonomia, o pensamento crítico e criativo, bem como a consciência e domínio do corpo. Por fim, fez-se referência ao ensino profissional, que deve privilegiar a responsabilidade e integridade e a curiosidade, reflexão e inovação como valores; o saber científico, técnico e tecnológico e o relacionamento interpessoal como áreas de competências. Todas as pessoas que assistiram mostraram interesse perante a apresentação da professora Maria João Mariano. Seguiu-se a comunicação da Associação de Estudantes da AEC, dinamizada pela presidente e duas vice-presidentes, alunas do 12º ano da Escola Secundária Fernando Namora, que apresentaram a perspetiva dos alunos no que respeita aos princípios, valores e áreas de competência que devem conduzir a aprendizagem dos alunos na escola/ensino. De acordo com a AE, a “teoria está lá mas na prática não funciona”… ou seja, os alunos, à saída da escolaridade obrigatória, não estão preparados para a vida ativa, tendo apresentado vários exemplos concretos.

Já no 1º ciclo, a realização de trabalhos de equipa, a realização de atividades com a comunidade, atividades artísticas/ expressão e projetos de cidadania através de campanhas de sensibilização à comunidade para ajudar a escola e o ambiente (sustentabilidade), a criação de salas de apoio ao estudo de acesso livre bem como a utilização de ferramentas tecnológicas são as competências e os princípios pretendidos pelos professores. No 2º ciclo deve-se privilegiar a aprendizagem, o saber, a inclusão e a adaptabilidade/ousadia como princípios; a liberdade, a responsabilidade e integridade e a excelência e exigência como valores.

De um modo geral, estas alunas focaram a importância do pensamento crítico /criativo, o desenvolvimento pessoal e autonomia, o raciocínio e resolução de problemas, as relações interpessoais, a cooperação e a diferença.

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:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES

Como propostas de melhoria, referiram a necessidade de alterar o método tradicional de ensino por aulas mais dinâmicas… A fechar este painel, alguns professores e alunos colocaram as suas dúvidas e emitiram as suas opiniões sobre esta apresentação. O terceiro e último painel esteve a cargo de Marília Torres, representante da Associação de Pais e Encarregados de Educação da AEC, que procedeu à apresentação da reflexão emitida por parte dos pais e encarregados de educação no que concerne aos princípios, valores e competências que devem definir o perfil dos alunos que concluem a escolaridade obrigatória. Nesta intervenção, foi praticamente unânime a valorização de conhecimentos, capacidades, princípios e valores já mencionados pelos outros intervenientes do processo educativo. Em suma, a escola deve promover, nos alunos, um conjunto de competências essenciais, adequado aos desafios sociais, económicos e tecnológicos colocados pela sociedade atual. Com esta palestra, a turma do 7ºE reconheceu que a escola é muito importante para formar cidadãos informados e conscientes para o futuro e que todos os intervenientes na aprendizagem devem valorizar o ensino e a educação, incluindo a promoção da inclusão e da participação responsável e ativa. Os alunos 7ºE | DT

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:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES Repensar o Ambiente Durante o mês de fevereiro, tivemos na nossa escola duas sessões temáticas que nos fizeram repensar novas formas de agir para proteger o NOSSO PLANETA. Na sessão de PlasticoLOGIA dos oceanos ficámos a saber que: Todo o lixo da terra, mais tarde ou mais cedo, vai parar ao oceano; Não podemos colocar cotonetes na sanita; Temos que avisar as nossas famílias para não nos embrulharem os lanches em película aderente nem em papel de alumínio, porque demoram muitos anos a desaparecer. Devemos usar um guardanapo de papel ou de pano. Quando os plásticos vão parar ao mar matam peixes e outros seres vivos marinhos. Uns porque os comem juntamente com os alimentos, outros porque morrem presos neles. Devemos Recusar Reduzir Reutilizar Reciclar Renovar, para o ambiente poupar!

Na sessão da SUMA, sobre O Ciclo da Matéria, ficámos a perceber melhor a diferença entre Economia Linear e Economia Circular. Ficámos ainda com mais vontade de continuar a separar o lixo para depois ser reciclado, nas fábricas, poupando assim os recursos naturais. Nós já separamos: Papel e Cartão; Embalagens; Tampinhas; Pilhas; Lixo orgânico; Óleo Alimentar Usado. Levámos folhetos para entregar à nossa família e aos nossos vizinhos para que todos comecem a colocar o OAU no Oleão. 1 litro de óleo polui cerca de 1000 litros de água!

Vamos todos poupar esse bem tão precioso e cada vez mais escasso! Não se esqueçam: A água não nasce, existe na natureza! EB1 de Belide -Turma 1º e 2º A

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:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES Em outubro do ano passado, vimos nas notícias que grande parte da floresta portuguesa ardeu nos incêndios. E pensamos: porque não contribuir para o renascimento da floresta? Então, decidimos, em finais de outubro, plantar um pinheiro manso a partir de sementes que nos tinham chegado por uma instituição através do correio. Demos-lhe o nome de Sapin, tradução francesa para a palavra pinheiro, pois temos uma colega francesa na turma que nos deu a ideia. Colocámo-lo inicialmente num vaso improvisado a partir de um garrafão, mas esperamos que no Dia da Árvore, consigamos plantá-lo no recreio da escola. Nunca pensámos que resultasse e que crescesse a tamanha velocidade. Vejam só como cresceu!

Fevereiro

Dezembro

EB1 da Ega

Repensar a Arte Como a arte de pintar, desenhar ou construir pode ser tão divertida, colorida e diferente! Vejam que trabalhos tão lindos que fizemos. Texto coletivo do 1ºC da EBNº3

Arte com técnica de sopro

Arte na dobragem Arte em papel amarrotado

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na BIBLIOTECA acontece:: HOLOCAUSTO “Lembrar para não esquecer” | 22 a 26 de janeiro O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, assinalado a 27 de janeiro - dia do aniversário de libertação do campo de concentração de Auschwitz, motivou momentos de reflexão na Escola Básica nº2. O genocídio cometido pelos nazis e seus adeptos que ceifou a vida de milhões de judeus não deve ser esquecidos pelas novas gerações. Durante esta semana, alunos, professores e funcionários puderam assistir a sessões de cinema, na biblioteca escolar, entre as 15:30 e as 17:00: 22 de jan. - ”A Menina que Roubava Livros” 23 de jan. - “O Rapaz do Pijama às Riscas” 24 de jan. - “A Vida é Bela” 25 de jan. - “O Diário de Anne Frank” 26 de jan. - “As Crianças de Paris” A professora Paula Dias organizou uma exposição que procurou informar os nossos utilizadores acerca da perseguição ao povo judeu durante a Segunda Guerra Mundial. Nela estiveram presentes a prepotência de um ditador, os comboios de prisioneiros, os campos de concentração, as roupas despidas de gente, as câmaras de gás, a fome, a morte, os direitos humanos amordaçados. Esperamos ter contribuído para a sensibilização que urge fazer para que tal atrocidade não se repita na História da Humanidade. Consideramos que esta é uma forma de educar par ao futuro. A Equipa da Biblioteca Escolar

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::na BIBLIOTECA acontece Mural de Escrita

“O rapaz de pijama às riscas”

Palavras para uma imagem Este filme retrata uma realidade horrorosa da II Guerra Mundial, que foram os campos de concentração. Estes campos foram criados pelos nazis para aniquilar / eliminar todas as outras pessoas que não tinham os requisitos que o Ditador

Após o visionamento dos filmes, ao longo da semana, os alunos escreveram no mural os seus desabafos pessoais a propósito da imagem.

Hitler queria, a raça Ariana. Na nossa opinião, nunca deviam existir campos de concentração, porque todos temos os mesmos direitos, sejamos crianças, adultos ou idosos. No filme, “O rapaz do pijama às riscas”, a amizade entre duas crianças, separadas por uma vedação, ultrapassa a realidade dos campos de concentração.

Estes dois meninos diferentes na sua religião vão tornar-se amigos, simplesmente pelo facto de serem ambos crianças sem olharem a mais nada. Eles fizeram tudo o que, numa situação normal, duas crianças fariam, jogar às damas, jogar à bola e partilhar comida. Para concluir, nós gostámos da história dos meninos, apesar do final e de ser um filme passado em campos de concentração.

Carolina Lopes, nº 4, 6ºF

Leonor Baptista, nº 13, 6ºF

março de 2018 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 15


::na BIBLIOTECA acontece Disponível na Biblioteca Escolar. Encontra aqui toda a história!

Uma história que (nos) comove

No dia 26 de Janeiro, a turma do 6ºA deslocou-se até à biblioteca escolar para visionar um filme sobre o Holocausto Nazi. Durante toda a semana passaram filmes na biblioteca. Nós acompanhamos a professora Regina no dia dedicado ao título “O Rapaz do Pijama às Riscas”. A nosso ver é um filme bastante interessante que fala sobre o nazismo. É uma história sobre a amizade entre o filho de um

Autor: John Boyne Título Original: The Boy in the Striped Pyjamas (2006) Editora: BIS Páginas: 186 ISBN: 9789896600839 Tradutor: Cecília Faria e Olívia Santos

oficial nazi e uma criança que estava num campo de concentração. Uma vez que os judeus eram muito mal tratados, a nossa opinião sobre o nazismo é que é errado e ninguém devia ser tratado como aquela gente foi, naquela época, nas mãos dos oficiais alemães. Foi horrível ver a forma como eles eram tratados.

Sinopse:

O final acaba por castigar os maus,

Uma história de inocência

uma vez que a família alemã fica devastada.

num mundo de ignorância.

Queres saber como foi? Requisita o livro na biblioteca.

Bruno, de nove anos, nada sabe sobre a Solução Final e o Holocausto. Não tem consciência das terríveis crueldades que são infligidas pelo seu país a vários milhões de pessoas de outros

Érica Guiné, Mafalda Ferreira, Camila Reis, Ana

países da Europa. Tudo o que ele sabe é que teve de se mudar

Gomes - 6ºA.

de uma confortável mansão em Berlim para uma casa numa zona desértica, onde não há nada para fazer nem ninguém para brincar. Um dia conheceu Shmuel, um rapaz que vive do outro lado da vedação de arame que delimita a sua casa e que estranhamente, tal como todas as outras pessoas daquele lado, usa o que parece ser um pijama às riscas.

16 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2018


Na BIBLIOTECA acontece:: Hoje vou contar-te uma história. É o relato real de algo que não aconteceu no teu tempo, mas, sem o saberes, também influenciou a tua vida! Por favor, lê-me até ao fim, não me ignores. Ler é saber

da”, uma ameaça à “raça ariana” Mas sabes, tal como hoje, há sempre homens e mulheres que se preocupam com os outros.

e saber é sinónimo de não esquecer. Corria o ano de 1933, quando Adolph Hitler chegou ao poder na Alemanha. Este jovem, de origem austríaca, eleito para chanceler (chefe do governo) da Alemanha, pôs em marcha nesse mesmo ano, um movimento que defendia o racismo e a discriminação relativamente a algumas pessoas. Para ele, judeus, negros, ciganos, homossexuais, pessoas portadoras de deficiência, comunistas entre outros, eram “pessoas menores” que não deviam ter os mesmos direitos que aqueles que ele considerava serem a “raça pura”, os arianos. Com ele, começaram as perseguições a todas estas pessoas! Sobretudo aos judeus, que passaram a ser declarados inimigos do Estado. Os judeus foram banidos dos empregos públicos e obrigados a usar a estrela amarela (a estrela de David), na roupa, uma à frente e outra nas

Já ouviste falar de Irena Sendler? Esta foi uma dessas pessoas maravilhosas cujo coração era maior que o mundo e acabou por salvar mais de 2500 crianças durante a Segunda Guerra Mundial. E foi por isso que ficou conhecida como “A mãe das crianças do Holocausto” ou “O Anjo do Gueto de Varsóvia”. Irena era as-

sistente social em

Varsóvia,

quando a Segun-

da

Guerra

eclodiu. O seu

trabalho per-

mitiu-lhe conhe-

cer as terrí-

veis

em

pessoas

que

as

condições viviam

no Gueto da

cidade e, ao mes-

mo

salvar

tempo,

milhares

de crianças que escondia e transportava em cestos de lixo, caixas de ferramentas, sacos de batata e até em cai-

costas, para que todos os reconhecessem. Progressivamente, os judeus foram proibidos de frequentar locais públicos de qualquer tipo: cafés, talhos, bibliotecas, jardins e até escolas!.... para além de não puderem exercer nenhuma profissão liberal. Progressivamente, foram levados para guetos e, embora pudessem ir trabalhar fora deles, não podiam conviver com os “arianos”. Em suma, deixaram de poder “viver” normalmente e, por isso, muitos milhares foram enviados para campos de

xões. Estas crianças eram levadas para lares temporários com uma nova identidade. Porém, para que um dia elas pudessem recuperar as suas histórias de vida, e, quem sabe, alguma família, Irena anotava todos os dados relativos a cada uma delas e enterrava essas informações como um tesouro, no seu quintal. Mas, e há sempre um “mas”, os nazis acabaram por descobrir estas atividades e Irena foi presa e torturada para desta forma obterem os nomes e moradas das crianças

concentração e para campos de extermínio!

que escondia. Como nada revelou, foi condenada à mor-

Mas, especificamente porquê os judeus? Os judeus sempre foram vistos como pessoas que dominavam bem as finanças, tinham sucesso no comércio como banqueiros e muitos possuíam muitos bens, eram ricos! Além disso, a nível da religião, eram acusados de terem entregue Jesus Cristo aos Romanos. Na Alemanha, em particular, o antissemitismo ganhou mais força por causa de teorias biológicas racistas.

Os judeus eram classificados como uma “raça deforma-

te! Espera! Não, não morreu! No dia destinado à sua execução, um soldado alemão ajudou-a a escapar. Quando a guerra acabou, a própria Irena entregou toda a informação a Adolfo Berman (o primeiro presidente do comité de salvação dos judeus sobreviventes) e foi este que ajudou a procurar as famílias dessas crianças.

março de 2018 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 17


:: na BIBLIOTECA acontece Nem todas as histórias tiveram um final feliz, mente recompensado. Aristides acabou por deixar de muitas dessas famílias não sobreviveram nos campos de ser cônsul e morreu na miséria depois de Oliveira Salaextermínio e muitas destas crianças nunca mais viram zar o ter condenado à pena de um ano de inatividade qualquer familiar.

com direito a apenas metade do vencimento, obrigan-

Irena acabou por ser nomeada para o Prémio Nobel da do-o, de seguida, a aposentar-se. Com catorze filhos e Paz em 2007. Em 2009, foi lançado um filme com a sua com poucos recursos, Aristides caiu no esquecimento história, filme que foi também nomeado para os globos da História por longas décadas. de ouro de 2010.

Aristides concedeu cerca de 30 mil vistos de

Outra dessas pessoas que deverias conhecer é saída a homens, mulheres e crianças que tentavam fugir portuguesa e chama-se Aristides de Sousa Mendes.

e assim escapar à morte. Muitos desses refugiados pas-

Pouca gente saberá, mas Portugal também teve um he- saram por Portugal, sobretudo por Cascais, Oeiras e rói na Segunda Guerra Mundial.

Figueira da Foz, onde foram recolhidos por diversas famílias ou colocados em centros de acolhimento. De um modo diferente, principalmente nestes centros, a sua vida também nem sempre foi fácil, mas a esperança era grande, muitos esperavam atravessar o Atlântico rumo ao novo mundo (Estados Unidos da América). Hoje, há ainda milhares de judeus espalhados pelo mundo que devem a sua vida a Aristides e à sua coragem. Esquecido durante décadas no seu próprio país, o mérito de Sousa Mendes é hoje reconhecido

Corria o ano de 1940 e milhares de judeus pro- pelo mundo inteiro por familiares e descendentes dos curavam fugir para países neutrais. Aristides, que era refugiados que salvou e que lhe prestam homenagem. nessa altura cônsul de Portugal em Bordéus, desobede- Aristides de Sousa Mendes ousou defender os Direitos ceu às ordens de Oliveira Salazar (que defendia ideolo- Humanos de milhares de cidadãos numa altura difícil e, gias “idênticas” a Hitler). Além de judeus franceses ou à semelhança de Irena, viu a sua vida e os seus feitos de outras nacionalidades, Aristides acabou por ajudar retratados em filme. outros refugiados a sair de França como atores de ci-

Professora Fernanda Fidalgo

nema, escritores, membros da família real da Áustria ou de outras Casas Reais. Antes da partida destes refugiados, este homem chegou a albergar na sua própria casa, muitas destas pessoas. Por toda a casa, deambulavam pessoas de diversas nacionalidades, religiões ou profissões, ocupando todos os espaços disponíveis. Como na história, nem sempre o bem é justa-

Poderás e deverás obter mais informação, nos livros da biblioteca, na internet ou conversando com a tua professora de História.

18 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2018


:: NOTÍCIAS/ATIVIDADES Recolha de bonecos de peluche/brinquedos, para doação no Campo de Refugiados Kara Tepe — Grécia Atualmente, perante a antecipação da forte pre-

Os meninos da turma C verbalizaram as suas

sença das máquinas e robots , num futuro muito próxi- emoções em torno do ato de ser solidário e à pergunta, mo, e no âmbito dos prós e contras dessa realidade, “COMO ME SENTI AO OFERECER O MEU BRINvárias vozes têm ressaltado a importância de se fortale- QUEDOS AOS MENINOS QUE PRECISAM DE AJUcer aquilo que nos torna intrinsecamente humanos, em DA?,” deram as seguintes respostas: oposição às máquinas. Nesse contexto, os valores surgem como práticas a reforçar na sociedade, nomeadamente, a sensibilidade perante o outro e a capacidade de se ser solidário. Convicta que a escola pode e deve intervir nisso, a educadora da turma C, do J.I., da EB1 de Condeixa, promoveu junto da sua turma e dos restantes colegas da escola, a recolha de bonecos de peluche/ brinquedos, para doação no campo de refugiados kara Tepe, na Grécia, em parceria com elementos da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, que para aí se dirigiam num programa de apoio.

“Senti-me 50 mil, mil, mil e 100 vezes feliz” (Pedro)/ “senti-me 100 vezes feliz”(Matilde) / “Senti-me fixe”(Santiago) / “Senti-me muito bem (Mathilde)/“Senti-me muito feliz”(Leandro) / “Senti-me muito, muito feliz”(Inês) / “Senti-me fixe e feliz”(Pedro) / “Senti -me fixe e fixe”(Alice) / “Eu senti-me muito, muito feliz”(João) / “Senti-me feliz”(Eduardo) / “Senti uma alegria dentro do meu corpo”(Sofia) / “Senti-me 205 vezes feliz”(Daniel) /

Aceitaram colaborar as restantes turmas do J.I., turmas A e B e o 3º A E 3ºB do 1º ciclo. Em conjunto, promoveram a acção junto dos pais e alunos que resultou na recolha de um fantástico número de 127 peluches/brinquedos. Mas o melhor de tudo, foi ver o empenho, satisfação e alegria das crianças/alunos, a oferecerem as suas coisas a outras crianças que não conheciam, mas que sabiam que nada tinham e que tanto precisa-

“Senti- me feliz”(Bruna)/ “ Senti-me com o coração alegre”(Luana) /“ Senti-me muito feliz”(Leonor) / “ Senti o coração alegre”(Constança) /” Senti-me muito feliz, 100 mil feliz”(António) / “Senti-me feliz”(Aurora) /”Senti-me muito bem”(Martim) /”Senti-me muito bem”(Maria) /”Senti-me 1000 dezoito vezes bem”(Matilde) /”Senti-me muito feliz “(José).

vam. Mais palavras para quê?

Educadora Olívia Resende

Kara Tepe - Campo de Refugiados na Ilha de Lesbos, Grécia | Foto das Nações Unidas

março de 2018 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 19


::SEMANA DOS AFETOS EPS Os Afetos e a nossa Escola Um dos objetivos da Escola Promotora de Saúde é “trabalhar” os Afetos, promovendo um ambiente escolar agradável, com um sorriso no rosto. No final do 1º período enfeitámos as nossas árvores de Natal com bonitos enfeites e muito afeto.

Na semana de 5 a 9 de fevereiro continuámos a desenvolver o nosso objetivo e em parceria com a equipa da biblioteca escolar, a rádio, o CATL, a Associação de Estudantes, Diretores de Turma, docentes, auxiliares e alunos, vivemos uma semana de agradável convívio. Houve sorrisos, abraços, partilhas e muito afeto, durante toda a semana. Vivemos a Semana dos Afetos. Cada dia foi dedicado a uma temática e várias atividades foram desenvolvidas: 2ª feira – Dia do Sorriso; 3ª feira – Dia do Bom Dia; 4ª feira – Dia do Abraço; 5ª feira – Dia da Partilha; 6ªfeira – Dia de Todos os Afetos. Participámos nas atividades de forma natural e sem esforço uma vez que os afetos fazem parte de nós…e a sua partilha torna-nos felizes. Conceição Caramelo (Coordenadora EPS)

A Semana dos Afetos teve início no dia 5 de fevereiro no Agrupamento de Escolas de Condeixa e as bibliotecas escolares juntaram-se à iniciativa. Abrimos com o dia do SORRISO, manifestação da alegria interior, e a comunidade escolar da EB2 foi convidada a partilhar um "smile" no mural "A sentir-me...", fazendo uso dos telemóveis e das redes sociais.

20 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2018


SEMANA DOS AFETOS:: Na 3.ª feira, todos dissemos BOM DIA, através dos elementos decorativos realizados pelo ATL da Cáritas. Seguiu-se o dia do ABRAÇO, com a distribuição de cupões de abraços grátis que uniram as pessoas mais inusitadas. Finalmente, o dia da PARTILHA, concretizado com as oficinas de escrita "A garrafa do (meu) afeto", demonstramos os nossos sentimentos em forma de palavras. A Árvore dos Afetos partilhou poemas de Eugénio de Andrade durante toda a semana e o Boião dos Afetos foi depósito das emoções de cada um. No último dia, os alunos puderam levar uma flor para oferecer a alguém significativo. Foi uma semana de grandes emoções!

Leituras com afetos na Escola Azul “De que cor é um beijinho?”, de Rocio Bonillo, é um livro ternamente ilustrado que percorre um mundo de emoções à procura da cor de um beijinho. Foi este percurso que fizeram os alunos do pré-escolar. De que cor é um beijinho, afinal? Ao longo das páginas, a personagem vai tentar descobrir e fazer divertidas associações nas quais as crianças se puderam rever. No final, um beijinho para alguém especial. Basta escolher a cor e pintar um coração. Carla Fernandes Os alunos do 1º e do 2º ano trabalharam o texto “O Coração e a Garrafa”, de Oliver Jeffers. Depois da leitura do texto, que nos fala de uma menina fascinada com o mundo à sua volta, os alunos descobriram que é importante ter sempre sempre presente o coração nas nossas vidas. A proposta que lhes foi colocada consistiu em escrever uma mensagem para alguém muito querido, pondo nas palavras tudo o que diz o seu coração. As garrafas decoradas pela professora Margarida Gonçalves foram o veículo de transporte para as mensagens produzidas. Naquele dia, puderam levar para alguém uma mensagem especial! Carla Fernandes

março de 2018 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 21


:: AFETOS Projeto S.O.G.A

22 Jร - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - marรงo de 2018


AFETOS :: Dia do Pai Para celebrar o Dia do Pai, os alunos do 1.º B da EB N.º 3 de Condeixa-a-Nova pintaram um copo de cerâmica, relembrando o trabalho artesanal e tradicional do concelho. A professora Isabel Meneses sentou-se num banquinho, tal como nós! Ficámos à sua frente, encaixados e virados de frente para um tornilho. Enquanto a professora rodava com a mão esquerda, no sentido contrário aos ponteiros do relógio, o tornilho que tinha em cima um copo de cerâmica, pegava com a mão direita na nossa mão que já segurava um pincel e mergulhava-o na tinta fazendo escorrer o excesso da tinta. Nós tocávamos com o pincel no copo que estava a girar e este ficava com listas de várias cores e padrões, conforme o nosso gosto. Quando acabávamos de pintar, a professora retirava o copo e colocava-o num tabuleiro de madeira. Enquanto íamos pintando, a professora pediu à representante dos pais e encarregados de educação da turma para fotografar as várias etapas do trabalho. Ao final da tarde, a professora levou os copos para serem cozidos num forno apropriado e a uma temperatura de 1020º C na fábrica de cerâmica Estrela de Conímbriga. Agradecemos à fábrica Estrela de Conímbriga, Cooperativa Operária de Produção de Cerâmica Artística CRL, nomeadamente ao pintor artístico de cerâmica João Carlos Azevedo, que explicou os procedimentos, assim como à direção da Estrela de Conímbriga, por nos ter fornecido todo o material utilizado na execução deste trabalho e pela prestação dos serviços de cozedura do mesmo. Localizada em S. Fipo, Ega, Condeixa-a-Nova, a Estrela de Conímbriga, é uma das últimas fábricas de cerâmica artesanal da região. Fundada em 1975, atualmente com cerca de 50 funcionários, dedica-se à produção de cerâmica artística, decorativa e louça utilitária de elevada qualidade e variadas decorações. Todas as faianças decorativas são inspiradas na cerâmica tradicional do séc. XV ao séc. XVIII. Recriada e adaptada ao gosto da época, mantendo os processos de produção dentro do espírito artesanal que a caracteriza, com especial atenção à decoração que continua integralmente sendo feita à mão. Texto coletivo do 1.º B da EB N.º 3 de Condeixa-a-Nova/ http://www.estreladeconimbriga.pai.pt/, de 19/03/2018.

março de 2018 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 23


SEMANA DOS AFETOS:: Comemoração do Dia N no CATL Fernando Namora Decorreu este ano a primeira edição do dia

O que os alunos do 12.º GPSI e TAP gostariam de ouvir Bom dia! Não prometo que seja para sempre, mas enquanto puder irei amar-te.

N, Namorado(a), no CATL Fernando Namora, entre

És o sol do meu paraíso!

os dia 16 e 24 de fevereiro, tendo sido dividido em

És a pessoa que me completa.

vários dias aos quais demos nomes diferentes:

Eu amo-te. Quero-te.

Dia N, 1ª parte – Concertos e muito mais, em que contámos com Jackson Presley em Love Ballads

Dá-me o teu amor e diz que sou tua.

durante a hora de almoço na sala dos alunos.

Eu dou-te o meu amor. És minha!

Dia N, 2ª parte – Feira Popular com jogos e diversões à maneira, tudo com nomes sugestivos: “O Preço do Amor, certo?”, em que tinham de acertar com uma seta no balão que estava no nariz do nosso Fernando Mendes; “Golfe do Cupido”, em que tinham três tentativas para acertar nos buracos do golfe do

Apesar de tudo o que já te aconteceu, queria que soubesses que te acho uma guerreira e que estou aqui para tudo o que precisares. Nos teus maus dias estou lá para ser o teu pilar. Amo-te muito, minha bonequinha de porcelana. Tu és daquelas chances boas que a vida não dá duas vezes.

Cupido; “Remate à Baliza do Amor”, em que tinham

Tu completas-me.

de marcar três golos na baliza adversária; “a Sereia

Eu sonho contigo todos os dias, mesmo quando não estou a dormir.

Encantada”, em que tinham quatro tentativas para

Amor verdadeiro é aquele que o vento nunca leva e a distância nunca separa.

acertar nos buracos colocados no alvo. Dia N, 3ª parte – Cinema em tom romântico na sala do ATL. A todos os participantes obrigada e aguardem uma nova edição. Prometemos surpresas!

ama-me como se me fosses perder, procura-me como se nunca me tivesses tido, agarra-me como se fosse desaparecer. O tempo pode apagar a lembrança de um corpo ou de um rosto, mas nunca os das pessoas como tu… as que souberam fazer de um pequeno instante um grande momento. Amo-te! Eu apoio-te e percebo. Não te quero perder. Eu preciso de ti. Lê os meus olhos e responde com o teu amor. És a mulher da minha vida. És única. Nem todas as palavras do mundo conseguirão expressar o que sinto por ti, nem todos os segundos de inúmeras horas serão suficientes para estar ao teu lado. Mesmo depois de conhecer vários sorrisos… o teu continua a ser o meu preferido. Amo-te!

24 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2018


::A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO “A Maior Lição do Mundo”

é um projeto que visa contribuir para a reflexão e ação no âmbito dos

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O Comité Português para a UNICEF e a Direção-Geral da Educação juntaram esforços a fim de promover esta iniciativa e envolver o maior número de crianças a viver em Portugal. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável apelam à comunidade internacional no sentido de “garantir o acesso a uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos” até 2030 (ODS 4 – Educação de Qualidade).

Os próximos 15 anos. A concretização dos ODS dependerá não apenas do compromisso dos governos, mas também do envolvimento dos cidadãos. As crianças e os jovens são centrais neste apelo global de participação e a escola é essencial para dar a conhecer a nova agenda global, inspirar e incentivar as pessoas a participarem no desenvolvimento das comunidades. O Agrupamento de Escolas de Condeixa, em parceria como Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, está a desenvolver um projecto com as escolas do 1º CEB e os jardins de infância, com vista a uma sensibilização para os ODS. As bibliotecas escolares, em articulação com a Biblioteca Municipal de Condeixa, estão a desenvolver actividades ao longo do ano, conducentes a desenvolver nos alunos atitudes de cidadania global.

PLASTICOLOGIA MARINHA O Oceanário de Lisboa pretende contribuir para elevar a literacia dos oceanos, promovendo o conhecimento dos oceanos e a vontade de contribuir para a sua conservação, tendo como base os valores da sustentabilidade e da necessidade de proteger a biodiversidade marinha. O nosso Agrupamento integrou este desígnio, tendo como alvo todas as turmas do 1º ciclo. Mais um contributo para “A Maior Lição do Mundo” [ODS 14 e 15].

março de 2018 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 25


::A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO Foi uma manhã fantástica – atividade Plasticologia. Esteve na nossa sala uma bióloga do Oceanário que nos explicou o mal que todos nós andamos a fazer aos oceanos com o uso dos plásticos. Tudo o que deitamos fora e que não é reutilizado vai parar aos mares. Os peixinhos e outros animais marinhos andam a comer plástico! Está nas nossas mãos reduzir o consumo de materiais com plástico e de produtos que têm microplásticos. Vamos ajudar o Planeta! Texto coletivo do 1ºC da EBNº3 de Condeixa

Sabiam que a Universidade de Coimbra fez anos dia 1 de março? 728! Em tanto tempo imaginem a quantidade de alunos que lá estudaram. Mesmo muitos! Alguns estão na Universidade apenas durante a sua licenciatura. Porém, outros continuam a estudar, terminam o seu mestrado, e depois o doutoramento: são os investigadores. Mas o que faz um investigador? São pessoas, normalmente curiosas e persistentes, que escolhem um tema que gostam muito para estudar a vida toda. Tentam perceber melhor como funciona esse tema, e como explica-lo, gerando novo conhecimento. As áreas de investigação são variadas… desde matemática, direito, medicina, literatura, engenharia, economia, biologia e muitas mais! Agora imaginem a quantidade de conhecimento produzido na Universidade de Coimbra em 728 anos! E o conhecimento não gosta nada de ficar fechado na Universidade. Ele gosta de ser utilizado para melhorar o dia-a-dia das pessoas, e sobretudo de ser transmitido para fora das universidades. E foi assim que nasceu a comunicação de ciência, para transmitir a ciência produzida pelas universidades para a sociedade, para todos nós! Há muitas formas de comunicar ciência. Uma delas é trabalhar com escolas, como a vossa, em projetos como “A Maior Lição do Mundo”. E um projeto sobre os 17 Objetvos para o Desenvolvimento Sustentável é mesmo muito importante! Pois é através destes objetivos que – todos nós, a trabalhar em conjunto – vamos conseguir que em 2030 o Mundo seja mais justo, pacífico e sustentável. E foi por isso que fui à vossa escola para vos falar destes dois objetvos.

Não te esqueças, conto contigo para nos ajudares a proteger a natureza à nossa volta!

Joana Cabral Oliveira - Cátedra UNESCO em Biodiversidade e Conservação para o Desenvolvimento Sustentável da UC

26 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2018


::A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO A Joana, bióloga marinha, veio à nossa escola.

No dia 22 de fevereiro, assistimos a uma interessante palestra sobre biodiversidade dinamizada pela bióloga marinha Joana Cabral. Mas antes, escutámos a bonita história “Cem sementes”, (para leitores de todas as idades), contada pela professora bibliotecária Carla Fernandes. “Neste livro, fazemos contas, sem nunca perder a esperança. Mesmo que a história nos traga aquilo que parece ser uma infinita conta de subtrair! Quem consegue acreditar até ao fim, como esta árvore-mãe, que tudo vai correr bem?” Nós acreditámos e como diz o ditado: “Quem espera, sempre alcança!” A árvore desta história sabia que se soubesse esperar, tudo iria correr bem. A árvore esperou e não desesperou. Mas, o melhor é lerem a história… Com ela aprendemos que debaixo da terra há o fenómeno de reaproveitamento; há que saber esperar e assim se dá a germinação. Dando seguimento à história, a bióloga Joana falou-nos dos vários tipos de sementes:

Sementes que voam: pinheiro, tília,… Sementes que estão dentro dos frutos: caroço de pêssego, cereja, maçã,… Sementes que são leguminosas: feijão, grão, lentilha,…

“A maior lição do mundo” é saber respeitar os habitats de todos os seres vivos e ter paciência… observar a resistência das sementes e a “inteligência” das árvores e da natureza. Aprendemos que a biodiversidade é o conjunto de animais e plantas que vivem no mundo, cada ser vivo tem o seu habitat (o sítio/lugar onde vivem os animais). Existem vários habitats: floresta temperada, floresta tropical, floresta húmida (Ásia); deserto e savana. O habitat do tucano, por exemplo, é a floresta tropical, onde o clima é tropical, ora está chuva ora está seco. Nas florestas temperadas vive uma grande diversidade de espécies animais, como ursos, veados, esquilos, lobos, raposas, lebres, répteis, anfíbios, insetos e aves. O panda, por sua vez, vive na Ásia. Os camelos no deserto. A girafa na savana. A nossa floresta (Portugal) tem um clima temperado, pois temos as 4 estações. As plantas são a base na nossa cadeia alimentar. Existem vários tipos de plantas: ● herbáceas - têm dimensão reduzida (menos de 1 metro) e caule frágil. ● arbustos - são plantas de menor dimensão (entre 1 a 3 metros), com tronco fino e várias ramificações. ● árvores - têm grande dimensão (mais de 3 metros) quando adultas e têm tronco. No final da palestra, tentámos recriar os diferentes habitats de que falámos com a construção de uma maquete com animais e plantas e os seus habitats. Texto coletivo (3.º B EBNº1 de Condeixa)

março de 2018 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 27


A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO:: Óleo! Uma gordura tão utilizada e que faz tão mal ao nosso Planeta. Sabiam que uma garrafa de óleo utilizado deitado na sanita vai poluir a água que cada um de nós bebe em 15 anos! Vamos ajudar a reciclar. Enchemos uma garrafa de plástico com óleo utilizado e colocamos no contentor próprio na Escola. Além de não poluirmos a nossa água, este óleo vai ser transformado em sabão, velas e biodiesel. Texto coletivo do 1ºC da EBNº3 de Condeixa

Campanha de sensibilização ambiental “Dar a volta”

num garrafão e trá-lo para a escola. Não custa nada! A escola que angariar mais óleo, será a vencedora desta

campanha! Para além da satisfação de termos contribuído para um ambiente saudável, ainda vamos ajudar a equipar uma escola com um prémio (cheque) ofereciNa Natureza, como na Economia, nada se perde, tudo do pela Câmara Municipal de Condeixa. se transforma. As embalagens de plástico e de metal vão para o emba- Curiosidade: Sabias que 1 litro de óleo dá para lão, as de papel e cartão para o papelão, o vidro para o contaminar a água que uma pessoa bebe durante vidrão, as pilhas para o pilhão… e é assim que estas 15 anos?! entram na Economia circular. E o óleo usado? O que fazer?

O óleo usado pode ter dois destinos: ir para o lixo ou ser reaproveitado. Se for pela canalização, pode entupir os canos e a água fica contaminada, matando toda a flora e fauna. Mas se nós reservarmos o óleo usado em casa e o reciclarmos, vamos valorizar e por a Economia a funcionar. Para isso, temos de dar a volta!

O óleo vale dinheiro, é um recurso – e o que é um recurso? É algo que nós podemos utilizar para fazer novos materiais. O óleo usado serve para: Cosmética; Fabrico de sabão e sabonetes; Fabrico de velas; Biodiesel (combustível para os carros). Querem ajudar o ambiente e a nossa escola? Armazena todo o óleo que é consumido na tua casa, coloca-o 28 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2018

Texto coletivo (3.º B - EBNº1 de Condeixa


::segurança na INTERNET ID - a tua marca na NET No passado dia 29 de janeiro, pelas 10h45 da manhã, foi levada à cena, no auditório dos Bombeiros Voluntários, a peça de teatro “ID - a tua marca na net”, sobre Identidade e Reputação Digital, dinamizada pelo programa Comunicar em Segurança da Fundação Portugal Telecom. Esta peça, que tem percorrido inúmeras escolas de Portugal, pretende alertar a comunidade para uma utilização correta e segura das tecnologias de informação, designadamente, a Internet e os telemóveis. Para além de aprenderem ou recordarem alguns cuidados a ter na utilização da Internet e das redes sociais, alunos, professores e toda a comunidade escolar também se divertiram muito com as atuações de Tiago Aldeia, Pedro Górgia e Alexandre Silva, atores de renome que aparecem nas novelas da TV. O custo simbólico de 1€ por aluno assume um cariz social uma vez que o valor angariado reverte para uma instituição na área da educação ou que trabalhe diretamente com crianças, neste caso, a instituição Centro de Acolhimento Solar do Mimo . A esta peça de teatro, promovida pelas Bibliotecas Escolares numa parceria com a CPCJ local e o apoio da Câmara Municipal, assistiram 10 turmas do 3.º ciclo, num total de cerca de 230 alunos (turmas do 8º e 9º ano de escolaridade). *A população alvo do Centro de Acolhimento Solar do Mimo é constituída por crianças e jovens consideradas em risco/perigo.

O teatro foi muito divertido e elucidativo. Também foi muito educativo, já que nos ensinou, de forma engraçada, os perigos da internet. Alunos do 8ºD

O teatro foi muito divertido, foram passadas várias mensagens relevantes através de situações de comédia: linguagem utilizada no nosso dia a dia; exposição excessiva da vida que deveria ser privada; substituição do diálogo pelas conversas no telemóvel. Os alunos consideram que este tipo de iniciativas são muito importantes para eles porque, apesar da peça ter várias situações de comédia, alerta para problemas muito sérios. Alunos do 8ºB março de 2018 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 29


LEMOS + escrevemos melhor::

Concurso AMOR À LETRA

30 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2018


::LEMOS + escrevemos melhor ESTAR APAIXONADO Os alunos da turma do 2.ºB da EB n.º3 de Condeixa

Puxar os cabelos, Arrancar os óculos, Tirar o capuz,

leram e exploraram a história «O lobo culto». No fim (dando asas à imaginação) escreveram e ilustra-

Gritar pelo nome… Será estar APAIXONADO?! Com certeza que não… O coração está é atrapalhado!!!

ram a continuação da mesma.

Estar triste, Ser tímido, Ficar mudo, Corar muito em frente a alguém… Será estar APAIXONADO?! Com certeza que não… O coração está é baralhado!!! Ter febre, Ficar doente, Não ter forças, Doer o coração… Será estar APAIXONADO?! Com certeza que não… O coração está é cansado!!! MAS… Afinal o que é estar APAIXONADO?! É mesmo um afeto complicado!!! Têm de ser dois para haver paixão Apaixonar é para casar, Para o papá e para a mamã É dar a mão

O lobo, a vaca, o porco e o pato tornaramse contadores de histórias. Eles separaram-se e foram por esse mundo fora contar as suas histórias. O lobo foi para a floresta contar várias histórias para outros lobos da alcateia. A vaca foi para a cidade contar aos meninos a história: “Como se

É trocar beijinhos É ter também muitos filhinhos. Estar apaixonado é viver um sonho… E ter um futuro sempre risonho.

fazem chocolates de Natal com leite das vaquinhas”. O porco foi contar a história: “Os três porquinhos”, pa-

Isto, sim, é a paixão… o coração fica enamorado E o casal vive encantado!

ra os animais das quintas. O pato foi para a beira dos lagos ler a história: “Um pato marreco que fugia da dona para ela não fazer arroz de pato”. Os animais ficavam muito impressionados

Texto Coletivo do 3.ºA – EBN.º3 de Condeixa-a-Nova

ao ouvir as histórias deles e pediam sempre mais. Passado algum tempo reuniram-se todos para falarem das suas experiências. Era uma alegria vê-los juntos e tão animados! Cecília

março de 2018 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 31


:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES Desfile de Carnaval 2018 BRINCAR AO CARNAVAL, REUTILIZANDO! Com muita alegria a EB1 de Belide marcou presença no desfile de Carnaval.

O nosso lema foi e sempre será REUTILIZAR!

No dia 9 de fevereiro, todos os alunos, professores e funcionários da nossa escola participaram no desfile de Carnaval, promovido pela Câmara Municipal. Fomos disfarçados de velhos, camponeses, noivas, barrigudos, entre outros; uns verdadeiros entrudos. Durante o desfile espalhámos magia e alegria pelas ruas de Condeixa até à Praça do Município. Lançámos serpentinas e confetis de várias cores e até cantámos, para alegrar aqueles que nos viam. Quando chegámos à Praça do Município, subimos ao palco, saltámos de contentes e até nos tiraram fotografias. Entretanto a Drª Liliana, vice-presidente da Câmara Municipal, entregou-nos um certificado de participação. Regressámos à escola e fomos almoçar. Depois de almoço, na nossa sala de aula, fizemos máscaras interessantes e bastante coloridas. Mais tarde, com a nossa professora, fizemos algumas pesquisas sobre o Carnaval e ficámos a saber que o dia de Carnaval é calculado em função da data da Páscoa. Como o domingo de Páscoa ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia que se verifica a partir da primavera (no hemisfério norte) ou do equinócio do outono (no hemisfério sul), e a sexta-feira da Paixão é a que antecede o domingo de Páscoa, então a terça- feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Quando formos mais crescidos vamos perceber melhor estas coisas, mas para já ficámos a saber que o Carnaval acontece sempre numa terça-feira, 47 dias antes da Páscoa. Foi um dia muito alegre e divertido e para o ano queremos mais. Não nos podemos esquecer que a boa disposição faz bem à saúde. Divirtam-se! EBNº1 – 2ºA

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::NOTÍCIAS/ATIVIDADES Laboratório de Matemática – EB1 Nº. 3 de Condeixa-a-Nova Abriu, no final de outubro, o nosso Laboratório de Matemática! Este é um espaço aberto aos alunos que gostam de experimentar e enfrentar novos desafios. As atividades dinamizadas têm uma forte componente lúdica e visam promover o estudo, o pensamento lógico e o gosto pela Matemática. Encontram-se sempre novos jogos em cada sessão, que permitem aplicar os conhecimentos adquiridos nas aulas e até se podem construir alguns materiais para levar… Os tempos livres na escola ficaram mais ricos!

“Dia da Mulher” com Workshop de Maquilhagem no CATL Com o apoio da D. Aurora Silva, Sénior Gold Director da Oriflame, decorreu ao longo do dia 8 de março de 2018, na sala do aluno, um Workshop de Maquilhagem. Foram colocados ao dispor das monitoras do ATL os produtos da Oriflame para rosto (cuidados, limpeza e maquilhagem) bem como todos os acessórios necessários, uma moldura da marca para tirarem depois a foto e ainda alguns cartazes, um dos quais com a embaixadora da marca: Rita Pereira, que fez as delícias de todos. Foi utilizado o palco da sala dos alunos com direito a passadeira vermelha, para dar maior destaque à atividade e, ao longo do dia, as nossas utentes puderam usufruir de uma experiência diferente em que ficaram a conhecer os passos essenciais para uma maquilhagem casual ou de festa e quais os produtos a utilizar para melhor realçar a sua beleza natural. Tivemos ainda uma iniciativa: os 'Bolinhos da Sorte' de origami, alguns com mensagens do género: “A fortuna que procuras está noutro bolinho” ou “Erro 404: Futuro imprevisível.”, outros eram com convites para participarem na nossa atividade. Uma das premiadas foi uma professora do agrupamento que também se uniu à nossa iniciativa. A todos os envolvidos o nosso agradecimento e em especial o nosso muito obrigada à D. Aurora pela sua colaboração. Vera Alves

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NOTÍCIAS/ATIVIDADES:: Corta Mato Distrital do Desporto Escolar 2017/2018 Realizou-se, no dia 19 de Janeiro de 2018, no Parque das Abadias (Figueira da Foz), o corta mato distrital do Desporto Escolar, tendo a organização do evento estado a cargo da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, Direção de Serviços Região Centro, – Desporto Escolar de Coimbra. Foi ao longo de toda a manhã, que cerca de um milhar de alunos dos vários estabelecimentos de ensino do distrito de Coimbra, disputaram os lugares que davam acesso à participação no campeonato nacional. O nosso agrupamento esteve representado por 35 alunos, nos diferentes escalões etários. Todos eles tiveram um desempenho e um comportamento muito meritório. Em termos de classificações individuais, há a destacar os seguintes alunos: Inês Rodrigues (nº12/9ºB) - 3º lugar; Pedro Lopes (nº25/4ºB) – 3º lugar e Jéssica Mateus (nº9/5ºD). Em termos coletivos, o nosso agrupamento também obteve resultados de relevo, nomeadamente nos escalões de infantil A feminino e iniciado feminino, onde obtiveram o 2º lugar em ambos os escalões. De referir ainda que a aluna Inês Rodrigues (9ºB), nos dias 23 e 24 de Fevereiro, representou o agrupamento no campeonato nacional de corta mato do Desporto Escolar, que se realizou na Aldeia das Açoteias (Algarve), e onde obteve o 50º lugar entre 150 participantes, no escalão de iniciados femininos.

Megasprinter – fase distrital O dia 7 de Março foi a data agendada para a realização da final distrital do Projeto “MegaSprinter” 2018. Cerca de mil alunos, em representação de quarenta escolas e agupamentos escolares do distrito de Coimbra, disputaram com muito afinco os títulos distritais nas provas de 40 metros, salto em comprimento, lançamento do peso e 1000m. A delegação do agrupamento de escolas de Condeixa-a-Nova marcou presença com vinte e dois alunos, distribuídos pelos diferentes géneros e escalões etários. Os resultados alcançados pelos nossos alunos foram extremamente positivos, de onde se destacam: o 1º lugar de Inês Rodrigues (9ºB); 2º lugar de Jéssica Mateus (5ºD) e Virgínia Gonçalves (11ºA) e o 3º lugar Pedro Lopes (4ºB) na prova de 1000 metros. Na prova de 40m destacou-se o aluno Afonso Barros (5ºA), onde alcançou o 2º lugar na final. Já na prova de salto em comprimento, o aluno Guilherme Ramalho (5ºA) alcançou o 2º lugar no escalão de infantis A. Os alunos Inês Rodrigues e Afonso Barros, ao alcançarem o 1º e 2º lugar nas suas provas, foram seleccionados para representar o agrupamento nos dias 23 e 24 de Março de 2018, em Lisboa, na fase final nacional.

Aos alunos participantes, que muito se esforçaram na defesa das nossas cores, PARABÉNS pelos resultados obtidos. 34 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2018


::Visitas de ESTUDO

Visita ao Parlamento Europeu

No âmbito da iniciativa do Parlamento de jovens, mais uma vez, a nossa escola foi selecionada para visitar o Parlamento Europeu, a convite do eurodeputado Fernando Ruas. A visita decorreu nos dias 28, 29 e 30 de setembro. Integraram esta iniciativa, oito alunos da Escola Secundária Fernando Namora, de diferentes anos de escolaridade, desde o 9º ao 12º ano, acompanhados pelos professores João Fernandes e Graça Gonçalves. De referir que o projeto foi desenvolvido no ano letivo passado, coordenado pela professora Sónia Vidal, que entretanto já não se encontra a lecionar no nosso agrupamento, mas só no presente ano letivo foi possível realizar a viagem. Foi uma experiência gratificante para estes alunos, não só pelo facto de conhecerem in loco, o local de grandes decisões a nível europeu, mas também pela forma como foram recebidos pelo Sr. Deputado. Tiveram a oportunidade de visitar o hemiciclo, de perceber como funciona e quando, assistir a uma apresentação sobre toda a estrutura parlamentar, organização das sessões, temas em debate, eleição dos deputados e votações dos diplomas. Para além da visita ao Parlamento, e apesar do pouco tempo, visitaram locais emblemáticos da cidade de Bruxelas. Será, com certeza, de manter esta iniciativa, no próximo ano letivo! Graça Gonçalves

março de 2018 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 35


::Visitas de ESTUDO Visitas de Estudo ao Museu

PO.RO.S Museu Portugal Romano em Sicó,

No dia 15 de novembro de 2017, todos os alunos da Escola Básica de Anobra foram a Conímbriga ver as ruínas e visitar o Museu. Fomos recebidos pela guia Helena, que nos explicou toda a história da cidade romana de Conímbriga. Antes de terminar a visita, passámos pelo Museu onde se encontravam objetos encontrados pelos arqueólogos. Seguimos para o Museu PO.RO.S. e foi muito divertido e diferente porque utiliza as novas tecnologias para recriar a vida dos romanos. Passámos uma manhã diferente e muito interessante, aprendemos mais sobre a história do nosso concelho.

No dia 11 de Novembro, os alunos do curso EFA da Escola Fernando Namora, acompanhados pela professora Regina Barros, visitaram o Museu PO.RO.S, atividade integrada na área de PRA. Eis algumas opiniões. A vista ao museu PO.RO.S. correu muito bem, fiquei surpreendida com a ligação dos acontecimentos e vivências passadas com a tecnologia actual, pois torna-se uma visita agradável, principalmente, se formos com crianças. Como há muitos vídeos, jogos interativos, ecrãs touch para descobrir mais sobre os romanos e aquela época, torna-se mais apelativo e menos cansativo. O mais interessante para mim foi a zona das termas, pelo aproveitamento do espaço onde passava a água do moinho e os efeitos para imitar a água já que é difícil manter a água a passar ali. Não houve nada de que não gostasse, mas se calhar algo a melhorar. Como é normal nas visitas guiadas, houve espaços onde não tivemos tempo de ler com pormenor certos textos. Por isso, acho que a seguir à visita guiada poderíamos ter aproveitado melhor o espaço; no entanto, considero importantíssimas as explicações da nossa guia (Sandra). Inês Paiva

36 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2018


::Visitas de ESTUDO Posso dizer que o Museu Portugal Romano em Sicó (PO.RO.S) me possibilitou uma grande viagem no tempo até à ocupação romana daquele território, complementado com as ruínas de Conímbriga. Através das salas multimédia e de exposições, todos nós pudemos recuar ao tempo do império romano e da ocupação da Península Ibérica e efetuar o percurso até à contemporaneidade, ao mesmo tempo que conseguíamos ir percebendo os seus modos de vida, desde a religiosidade até à intimidade. Na minha opinião, o ponto alto da visita foi a “visita” às termas, com todo aquele “aproveitamento” de espaço e todos aqueles “efeitos”. Por outro lado, o ponto negativo desta visita foi o tempo e a velocidade a que a visita se realizou e, por isso, acho que não aproveitei da melhor maneira nem como queria. Laura Ribeiro Gostei imenso do museu. Do que mais gostei foram as termas. A água estava super bem caraterizada e o ambiente também era bastante pacífico. Soube muito bem estar lá. Foi muito relaxante. Um aspeto negativo é sem dúvida a parte da visita em si, porque foi demasiado rápida. Penso que podíamos ter aproveitado mais o museu se fossemos com mais calma e com tempo para ler o que estava nas paredes, por exemplo, e ver com mais atenção as partes interativas. Catarina Simões Do que mais gostei, além das exposições, foi o facto de ter percebido que nós, praticamente, herdámos tudo dos romanos, desde o take-away aos graffiti, passando pelos spas. O que mais me desagradou foi o facto de não termos tido mais tempo para ler toda a informação que estava inserida nas paredes de cada sala e podermos utilizar toda a tecnologia. Tânia Tomás

Hoje tive a oportunidade de conhecer e experienciar, tridimensionalmente, uma grande aventura: a epopeia da romanização da Lusitânia, em geral, e do território de Sicó, em particular. Através de salas multimédia e de exposições, pude recuar até ao tempo do império romano e da ocupação da Península Ibérica, efetuando o percurso até à contemporaneidade, sendo, sem dúvida, a parte que mais me cativou nesta visita. Foi uma hora bem passada em que fiquei a conhecer um pouco mais da herança cultural romana, em especial, no território de Sicó. Miguel Ferreira Com o intuito de adquirir mais conhecimentos sobre a Civilização Romana e, claro, ficar a conhecer um pouco mais o museu interactivo, foi o objectivo da visita. Assim, com ajuda de uma guia que nos acompanhou durante toda a visita pudemos observar inúmeros utensílios romanos, como as armaduras utilizadas em combate, as moedas, e vimos ainda, em formato digital, como teria sido a cidade romana, observando a Casa dos Repuxos, que fica situada nas Ruínas de Conímbriga, que todos os formandos já tinham visitado anteriormente. Fiquei a saber que, quanto a política, só os homens tinham direito a tomar decisões e as mulheres, por sua vez, podiam “manifestar” a sua opinião através de grafitis. Achei curioso que muitas palavras que usamos hoje em dia já os romanos as utilizavam e a palavra salário é uma delas, visto que os trabalhos eram pagos em sal, substância que tinha importância máxima para os romanos, visto que servia para curar feridas e conservar os alimentos. Esta visita foi uma mais-valia para todos. Gostei imenso do museu e de tudo o que tem para nos oferecer, é gratificante estar situado no nosso concelho e é, sem dúvida, um local muito interessante para visitar. Fátima Carvalho

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::Visitas de ESTUDO Visita de estudo à ESCOLA da ÁGUA com os alunos do 7.º ano da Escola Básica nº2 de Condeixa

Em novembro, no âmbito da disciplina de Ciências Naturais, os alunos do 7º ano da Escola Básica nº 2 de Condeixa, participaram numa visita de estudo à antiga escola primária de Arrifana, na freguesia de Ega, concelho de Condeixa, que deu lugar à Escola da Água – Centro de Interpretação. Os alunos das várias turmas, acompanhados pelas respetivas professoras de Ciências Naturais, tiveram oportunidade de visitar a exposição permanente no exterior que dispõe de um conjunto de painéis temáticos que ajudam a compreender o território do Maciço Cársico de Sicó e da planície do rio de Mouros sob o tema “Água dura em pedra mole”. Através do conhecimento transmitido pela monitora e de algumas experiências simples, os alunos aprenderam que … … “na serra a água é escassa e é preciso poupá-la; descobriram que o ar azeda a água e esta corrói o calcário; a água torna-se dura e então deposita o calcário nas grutas, nos canos, nas plantas aquáticas ou até mesmo dentro de nós.” (Alexandre Silva, Beatriz Fernandes, Bianca Rodrigues, Joana Caetano, Laura Henriques e Maria Santos, do 7ºE). … “temos sempre de ter cuidado quando decidimos explorar uma gruta!” (Catarina Acúrcio, 7ºA). Ainda durante a visita, os alunos tiveram a oportunidade de observar a flora e a fauna de um charco, tendo sido possível admirar rãs e várias espécies de plantas, tais como a menta-aquática (Mentha aquatica), também conhecida como hortelã-dos-ribeiros ou hortelã-da-água, a tabua (Typha sp.), a rabaça (Oenanthe crocata), entre outras. Por fim, no interior da escola, através de uma maquete 3D interativa, os alunos identificaram alguns locais referentes ao património local. “Esta visita de estudo possibilitou aos alunos a compreensão do papel da ÁGUA no desenvolvimento do património natural e das atividades humanas da região.” (Ana Sofia Cunha, 7ºE).

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Visitas de ESTUDO::

“Foi uma visita proveitosa, em que os alunos adquiriram novos conhecimentos e permitiu uma melhor compreensão da matéria de Ciências Naturais.” (Beatriz Facas, 7ºA) De um modo geral, os alunos gostaram bastante da visita à Escola da Água e revelaram interesse e curiosidade pela atividade. Esta curta visita complementou, assim, os conteúdos já desenvolvidos nas aulas de Ciências sobre elementos da paisagem cársica e rochas sedimentares calcárias. Contribuiu, igualmente, para o conhecimento do património natural e cultural local e não se teria realizado sem o apoio dado pela Autarquia de Condeixa, que assegurou inteiramente o transporte das turmas feito em autocarro. Professora Ana Couto

Visita de estudo a Aveiro No dia 22 de janeiro, fomos em visita de estudo a Aveiro, com todas as turmas do oitavo ano. Saímos da escola às 8.30 h e, quando chegámos, fomos visitar o Centro de Ciência Viva de Aveiro, onde tivemos oportunidade de trabalhar e descobrir curiosidades na área das ciências. De seguida, visitámos uma sala onde aprendemos mais sobre a história do pão, e até tivemos oportunidade de fazer o nosso próprio pão. Ao meio dia, almoçámos num grande parque ali perto, e aproveitámos para descontrair. À tarde, fomos visitar as salinas, onde ficámos a conhecer o processo de obtenção do sal, as várias etapas, o trabalho duro de todos os envolvidos e o aproveitamento desta atividade para fins turísticos. Antes de regressar, lanchámos num parque de merendas. Foi um grande dia e aprendemos bastante. Ana Beatriz Vintém nº1 8ºC Ana Sofia Castanheira nº2 8ºC

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Concurso Nacional de Leitura A 12.ª Edição do Concurso Nacional de Leitura [CNL] vai cumprir-se entre o dia 20 de Novembro de 2017 e o dia 10 de Junho, data de celebração da língua portuguesa. […] Cabe ao Plano Nacional de Leitura 2027 a organização geral do CNL e o controlo do seu desenvolvimento, ao longo de duas Fases consecutivas: Fase Regional – engloba as provas nas escolas, municípios e territórios das comunidades intermunicipais / áreas metropolitanas / associações de municípios fazendo intervir, de forma decisiva, as Bibliotecas Escolares e as Bibliotecas Públicas; Fase Nacional – conta com a participação de todos os parceiros e é constituída por uma prova dirigida a todos os vencedores da Fase Regional + vencedores das Escolas portuguesas e com ensino de português no estrangeiro [EPE], que apurará cinco finalistas em cada nível de ensino, os quais serão, na mesma cerimónia, ordenados em função da avaliação de um júri nacional, a constituir para o efeito. O Agrupamento de Escolas de Condeixa realizou, durante os meses de janeiro e fevereiro, a fase escola, com a participação dos alunos de todos os ciclos de ensino. As obras selecionadas foram: 1º CEB - “Uma aventura em Conímbriga”, de Ana Magalhães e Isabel Alçada. 2º CEB - “Os três reis do Oriente”, de Sophia de Mello Breyner Andresen 7º ano - “Assim, mas sem ser assim”, de Afonso Cruz 8º ano - “Vamos comprar um poeta”, de Afonso Cruz 9º ano - ”Contos”, de Vergílio Ferreira Secundário - “O rapaz que habitava os livros" de Valter Hugo Mãe, em "Contos de cães e maus lobos"; "O menino que escrevia versos" de Mia Couto, em "O fio das Missangas"; "Felicidade clandestina" de Clarice Lispector, em "Contos".

Alunos Apurados 1º CEB - Carolina Orfão - 4ºA - EBnº3 2º CEB - José Miguel Marques - 6ºD 3º CEB - Beatriz Diogo - 8ºA Secundário - Rita Simões - 10ºA

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