Jornal Já nº24 | dezembro 20

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dezembro de 2020 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1


Índice :: EDITORIAL Uma escola sem alunos intramuros não é uma escola. A pandemia confrontou-nos, a partir de março, com uma realidade que poucos imaginavam. Num pestanejar de olhos, os edifícios 3

Queremos… outra forma de ser escola - Mª João Mariano

escolares ficaram vazios, moribundos, tristes, enquanto os atores que lhes davam vida definhavam em casa, vergados a uma realida-

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Entrevista ao Diretor

6 -11 Notícias /Aividades Projeto eTwinnig 8ºA Halloween Dia da Cultura Científica

de para a qual não tiveram tempo de se preparar.

Em setembro regressámos, ansiosos, à escola. Não aquela escola a que estávamos habituados, mas a uma escola diferente, quiçá mais cinzenta, menos apelativa, limitada nos espaços e circuitos e carregada com um turbilhão de regras e recomendações.

12-13 + Património

Ponte filipina da Fonte Coberta, um património a preservar Fernando Abreu

14-17 Notícias/Atividades App “Aprender m@is em Condeixa” - Nelson Silva Saúde+ É FIXE! Mãos à Horta

Tudo em nome da segurança e da defesa da nossa saúde. De novo se alteram rotinas, comportamentos, ocupação de espaços, uso de novas ferramentas, distanciamento social, afetos e emoções contidas. Realmente a escola não é a mesma! Sejamos otimistas. Se nos adaptámos durante meses ao E@D e a esta “nova escola”, certamente saberemos caminhar no sentido de que o nosso agrupamento levará a bom porto a mis-

18-25 Dossier Outra forma de ser escola

Uma forma de (re)ver a escola João Fernandes Outra forma de “ajudar a aprender” Helena Bidarra Olhar de novo… Graça Lucas Uma partilha de práticas para construir outra escola Mário Alves

são de continuar a educar pessoas competentes, conscientes, compassivas, comprometidas e criativas. Continuará a ser uma escola ao serviço das aprendizagens pessoais e sociais de natureza cognitiva, mas também afetiva, social e emocional. Porque somos fortes, somos capazes de ultrapassar as diversidades e, em conjunto, engrandecer o nome da nossa instituição. Como diz o ditado popular, “a seguir à tempestade vem a

26-33 Na BIBLIOTECA acontece… Mês Internacional da Biblioteca Escolar Encontro com escritores Movimento 14-20 PNL—Projeto Read & Stand up—Levanta-te po ruma causa!

34- 37 LEMOS+, escrevemos melhor

bonança”. Saibamos, pois, aproveitar os ensinamentos destes tempos anormais e, com a ajuda dos meios tecnológicos que começam a chegar às escolas, possamos construir uma outra forma de ser escola.

dezembro de 2020 Equipa do Jornal

Avelino Santos

Ana Rita Amorim

Diretor do Agrupamento de Escolas de Condeixa

Carla Fernandes Graça Lucas Susana Brito

aec.jornal@aecondeixa.pt 2 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2020


Outra forma de ser ESCOLA:: QUEREMOS … OUTRA FORMA DE SER ESCOLA! Este poderia ser o mote do último programa 15/25 do Jornal da Noite desta semana da SIC. Jovens, entre os 15 e os 25 anos, questionados por Conceição Lino, pronunciaram-se sobre o modo como vêem a escola de hoje, que razões os levam a encará-la com desmotivação, desinteresse, o que deveria mudar no ensino, etc. Muitas foram as críticas: conteúdos programáticos extensos e pouco motivadores, distantes da realidade dos nossos dias, dos interesses dos jovens, de pouca utilidade prática no quotidiano. Falta de discussão de Ora se há algo que a pandemia e o Ensino a Distância, temas relevantes da atualidade, de confronto de ideias, entre 16 de março e 26 de junho de 2020, em muitos de abordagem de um mesmo assunto sob várias pers- casos, nos ensinaram, é que nada substitui a humanizapetivas…

ção do ensino presencial.

Ouvindo estes jovens, eu, professora, que contacto O ser humano é, felizmente, um animal gregário e é no com muitos outros todos os dias, questionei-me sobre e do convívio com os outros que crescemos, nos dea forma como tinham sido selecionados para o progra- senvolvemos, nos tornamos melhores enquanto pessoma em causa. Pareceram-me, os mais novos e os mais as e cidadãos. Se a escola enraizada nesta troca de vivelhos, alguns já no mercado de trabalho com licencia- vências diárias conseguiu durante décadas formar exceturas concluídas, pessoas bem formadas, motivadas, lentes seres humanos, não devemos cair no erro de a com interesses em várias áreas e sobre vários assuntos, descartarmos como se fosse um cadinho de defeitos, com uma opinião formada sobre os mesmos, com espí- de práticas ultrapassadas e bolorentas que nada têm a rito crítico e capacidade de decisão e mais uma vez me ver com os interesses e motivações dos alunos de hoje. perguntei como é que uma escola com tantos defeitos O trabalho do professor tornou-se hoje mais difícil detinha conseguido realizar um trabalho tão bem conse- vido aos jovens se isolarem atrás dos écrans dos teleguido, pois, afinal, estava perante cidadãos proativos, móveis e computadores, terem deixado de comunicar, determinados, cientes do que deveria melhorar no en- de se exprimir, até uns com os outros. O desafio maior sino e na sociedade.

é, precisamente, conseguir que eles redescubram o

Pareceu-me que os valores, as competências do docu- valor da palavra, oral e escrita, o poder da argumentamento do Perfil do Aluno no Final da Escolaridade ção, da expressão dos sentimentos, da troca de pontos Obrigatória tinham sido concretizados nos 12 anos de de vista. ensino, já que havia jovens com 16 e 17 anos, no referi- Julgo que as” formas inovadoras de ensinar e aprender” têm, obrigatoriamente, de contar com o contributo do programa televisivo, igualmente detentores de uma ativo e comunicativo do aluno, tal como fizeram os joopinião formada e bem argumentada. vens entrevistados no programa da SIC. Quando se fala na escola do futuro, em novas formas de ensinar e aprender, temos tendência a pensar logo Maria João Cura Mariano (Diretora de Turma do Ensinas novas tecnologias, em plataformas virtuais de ensi- no Secundário) no, em bancos de dados, de conhecimentos, no poder encantatório da imagem...

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Outra forma de ser ESCOLA:: ENTREVISTA ao Diretor Avelino Santos tem 59 anos e é o atual diretor do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova. Tem uma já uma larga carreira na gestão educativa, tendo assumido as funções de diretor nos Agrupamentos de Escolas de Castanheira de Pera e de Penela. Pelo meio foi Coordenador da Área Educativa de Coimbra, entre 2004 e 2005. Após dois anos como professor na escola EB nº2 de Condeixa-a-Nova, iniciou um novo desafio ao candidatar-se ao cargo Diretor do Agrupamento, vencendo a eleição. O início do seu mandato coincidiu com a organização do ano letivo 2020-2021, ano de pandemia, facto que tem gerado muitas dificuldades, não só neste Agrupamento, mas por todo o país. Esta entrevista pretende dar a conhecer melhor o seu trajeto e as intenções para o futuro. Quando decidiu concorrer para a escola de Condeixa, pensou vir a ser diretor do Agrupamento? Confesso que foi um misto de emoções: se por um lado queria sair do Agrupamento de Escolas de Penela, por achar que o meu trabalho nesse Agrupamento estava terminado e era altura de dar lugar a novos protagonistas e a novas ideias, apesar de saber que estava a contrariar a larga maioria dos professores, funcionários e encarregados de educação que não desejavam a minha saída, por outro lado sentia que era um desafio interessante poder recomeçar a dar aulas na minha terra, ao fim de mais de 26 anos sem lecionar. Não escondo que para além desse novo desafio que era de voltar a ser professor, ainda sentia “o bichinho a morder” por poder ser diretor de um Agrupamento de Escolas com o prestígio e grandeza do nosso Agrupamento. Não estava de todo fora do meu horizonte ser o que sou neste momento. Só não esperava que tal acontecesse tão cedo. Quais são os seus objetivos como diretor do Agrupamento de Escolas de Condeixa? Que linhas tem o seu projeto educativo? São vários os objetivos que me propus concretizar e que fazem parte do meu projeto de candidatura a diretor. Se me é permitido direi que o meu projeto assenta em três grandes eixos de ação: o primeiro eixo tem a ver com a autonomia da escola e a qualidade do seu serviço prestado à comunidade. Neste eixo de ação procurarei que o Agrupamento de Escolas de Condeixa tenha uma identidade própria, autónoma, capaz de assimilar todos os contributos internos e externos de forma a que se possa destacar como um polo de ensino básico e secundário de excelência e que vá de encontro à política educativa do município, num contexto de relevo regional, e mesmo nacional. Por outro lado, a qualidade superior do serviço prestado a todos os níveis deve ser um desiderato a cumprir, bem como a construção de uma cultura de escola em que todos se considerem parte integrante da nossa instituição. O segundo grande eixo de ação tem a ver com a organização pedagógica que deve ter como última finalidade o sucesso educativo e a inclusão. Neste contexto considero linhas prioritárias de ação a melhoria das práticas pedagógicas e dos processos avaliativos para além da oferta de atividades extracurriculares essenciais à formação dos jovens e à sua plena integração na sociedade (Tenho pena que devido à pandemia as atividades extracurriculares não tenham tido o desenvolvimento e a importância que lhes deve ser atribuída). Finalmente proponho um terceiro eixo relativo ao fortalecimento de uma projeção do Agrupamento não só ao nível local, mas que ultrapasse esse âmbito e se projete a nível regional e mesmo nacional. 4 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2020


Outra forma de ser ESCOLA:: Para isso propus que se desenvolvam parcerias locais, regionais, nacionais e mesmo internacionais de modo a projetar o nosso agrupamento como modelo de uma escola de sucesso, integração e inovação no contexto educativo. Condeixa é um dos concelhos de risco, devido à pandemia. Que medidas foram tomadas para controlar este contágio na escola? Ainda antes do início das atividades letivas a direção elaborou um plano de contingência para ser aplicado ao longo do ano letivo. Nesse plano estava plasmado as medidas que deveriam ser tomadas desde o início das aulas. Desde então e até hoje cumpriu-se o estipulado no plano, mesmo que por vezes as medidas tomadas pela direção da escola não fossem do agrado de todos os encarregados de educação. Foi muito importante o que se planeou e hoje os frutos são visíveis, já que num universo de 1900 alunos, 200 professores e mais de 100 assistentes operacionais e técnicos, não houve focos de pandemia e apenas um número muito residual de alunos, professores e funcionários tiveram infeção ou foram obrigados a ficar de quarentena. Penso que as medidas tomadas de início como a medição de temperatura à entrada nas escolas, a higienização das mãos à entrada da escola e antes de cada aula e mais tardiamente a colocação de acrílicos a separar as mesas duplas, foram ações de grande importância na prevenção do contágio da pandemia. Não sabemos o que o nos espera no futuro, mas até ao final do primeiro período as medidas implementadas deram resultado. É claro que se não fosse o grande civismo de todos os alunos, professores e funcionários e o cumprimento escrupuloso das regras da DGS e certamente que os números registados não seriam os evidenciados. Com tudo isto, a escola está a mudar. Como considera que poderá produzir a mudança para a escola do futuro? Existirão outras formas de aprender e ensinar? É verdade! Mesmo com tudo isto que nos está acontecer, a escola está a mudar. Desde logo pela grande lição de civismo que, em época de pandemia, e contra todas as previsões, a comunidade educativa, e sobretudo os alunos foi capaz de dar. Por outro lado, provou-se que a escola ainda é a maior organização democrática, onde todos independente do seu estatuto social acede em igualdade de oportunidade. Verificou-se que essa igualdade de oportunidade não existia no ensino à distância ministrado na primeira fase da pandemia. As desigualdades sociais foram por demais evidentes. No ensino presencial essas desigualdades são esbatidas pelo processo de ensino aprendizagem que as escolas são capazes de operar. Mudanças para o futuro? Enormes! E prevejo que num curto espaço de tempo! Se a pandemia nos deixar ainda este ano letivo, haverá já no próximo algumas alterações não só ao nível do equipamento tecnológico que já começa a chegar às escolas, tanto para alunos como para professores, mas também ao nível dos e-manuais que aliviarão os problemas de peso das mochilas dos estudantes. Também está na forja alterações ao nível da avaliação dos alunos bem como do currículo de cada nível de ensino. Só espero que, tal como alguns filmes de ficção científica apregoam, não ficamos reféns de automatismos ou sem possibilidades de nos afirmarmos como críticos da nossa própria evolução. A felicidade de todos é a minha felicidade. Esse foi o grande lema da minha candidatura. Fazer feliz todos os que, nas diversas situações, fazem parte da comunidade educativa.

O Jornal Já agradece ao Sr. Diretor a concessão desta entrevista Os repórteres André Luís e Pedro Freire, 7º E. dezembro de 2020 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 5


::NOTÍCIAS / ATIVIDADES Projeto eTwinning - 8ºA O eTwinning é um projeto europeu que disponibiliza uma plataforma para que os professores, educadores de infância, diretores e bibliotecários, que trabalham com escolas europeias envolvidas, possam comunicar, colaborar, desenvolver projetos e partilhar informações entre si. Este ano, a nossa turma está a desenvolver um projeto europeu, designado Património Cultural, com a escola secundária D. Dinis, em Coimbra, uma escola de Velas, na ilha de S. Jorge, nos Açores, uma escola da Turquia e outra da Itália. O projeto eTwinning tem como principais objetivos criar redes de trabalho colaborativo entre as escolas europeias, de modo a articular o património material, imaterial e natural e os novos ambientes digitais com as práticas educativas, de forma eficaz, cumprindo os diferentes currículos. Visa, ainda, promover leituras variadas, percorrendo épocas e áreas do saber: leituras literárias, artísticas, históricas, geográficas… Este período, as leituras desenvolvidas em alguns Projetos de Leitura levaram à abordagem da temática do Holocausto. Este tema já foi abordado em diferentes disciplinas, para as quais realizámos vários trabalhos, assim como um vídeo em Inglês, músicas da época, em Educação Musical e alguns alunos a apresentação oral de Português. Desenvolveremos empenhadamente mais atividades, ao longo do ano letivo. A turma está a lidar com este projeto de uma forma calma, mas com expectativas altas. Como turma, esperamos vir a ter uma maior cultura geral e saber um pouco mais de cada país quando terminarmos esta experiência. Outra expectativa que temos é poder conhecer outras pessoas que são de outros países e falam línguas diferenO que pensam os alunos do 8ºA É um projeto que nos vai ajudar a conhecer novas culturas. Um projeto que dará asas ao nosso futuro. Um projeto que vai revolucionar a nossa mente. Estou muito ansiosa com este projeto. É uma excelente oportunidade! É um projeto que nos permite ultrapassar a barreira dos idiomas. O nosso projeto eTwinning é muito inovador, estou muito ansiosa! Um por todos e todos por um. Um projeto que nos vai levar mais longe. O projeto eTwinning é um projeto que serve para melhorar o conhecimento dos alunos.

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tes.


NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: Uma ótima oportunidade de conhecer novas culturas e histórias. O projeto é um passo dado para o futuro. Serve para conhecer as culturas de outros países. Os repórteres, Bernardo Lobo, Leocádia Simões, Margarida Figueiredo e Tiago Fonseca

Calendrier de l'Advent

Este ano letivo, as turmas dos sétimo anos de Francês ornamentaram o átrio do bloco A, da escola EB 2/3 de Condeixa, com uma exposição alusiva ao tema: “ Le Calendrier de l’Avent”. Esta atividade foi dinamizada ao longo do primeiro período sob a orientação das professoras que lecionam este nível de ensino. Os alunos demonstraram um grande entusiasmo, empenho e criatividade na elaboração destes calendários. «Maintenant, nous allons vous raconter un peu de l’histoire du fameux Calendrier de l’Avent dont la tradition est d’origine germanique destinée à faire patienter les enfants jusqu’à Noël. Ainsi, le premier Calendrier de l’Avent a été commercialisé en 1920 avec de petites portes ou fenêtres à ouvrir. Depuis 1958, ces calendriers cachent les premières surprises en chocolat derrières ces petites ouvertures. Chacune d’entre elles doit être mangée jour après jour jusqu’à la veille de Noël. Nos Calendriers de l’Avent ont pris diverses formes : des guirlandes de sapins ou de sachets ; des maisons avec des façades couvertes de fenêtres numérotées jouant le rôle des cases; une hotte numérotée, ou des Calendriers de l’Avent avec des cadeaux surprises, entre autres...» As professoras de Francês : Anabela Carvalho e Maria Cecília Loureiro

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::NOTÍCIAS / ATIVIDADES

Halloween In the last week of October, the teachers Odete Ferreira and Susana Brito challenged the 7th grade classes to participate in an activity alluding to the celebration of Halloween: decorating the door of each room with motifs related to the date. However, according to Isa Alves, a student from 7th G, it wasn’t an easy task, as time was short to finish, yet we started working right away. On the 28th, some began to look for references and on the 29th we gather the materials needed to finish the decoration by the end of the 30th, as the doors would be appreciated by the English teachers on the 31st. Then, with a great deal of effort, we took dvantage of every minute of each break, of every lunch break, to finish the decoration of the doors. When we finished, we admit that (apologising to Dona Graça) we had a party, we shouted, we ran, it was crazy but we really liked the final result and we had a lot of fun and hat this is the most important thing.

Isa Alves, 7ºG.

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NOTÍCIAS / ATIVIDADES::

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::NOTÍCIAS / ATIVIDADES Dia Nacional da Cultura Científica E … mais uma vez aconteceu. A biblioteca da Escola Amarela comemorou o Dia Nacional da Cultura Científica / Dia Mundial da Ciência, no âmbito da Semana da Cultura Científica. Os professores e alunos do 7º ano participaram nessa comemoração, com uma exposição de trabalhos realizados na disciplina Projeto em Ciência. Calendários cósmicos e bilhetes de identidade dos planetas do sistema solar, foram os temas abordados pelos alunos nos seus trabalhos, que foram apresentados em diferentes formatos: cartazes, portfólios e em formato digital.

Teresa Coelho, professora do grupo 510 (Física e Química).

Um pouco mais de cultura científica …

O que é o Calendário Cósmico? O calendário cósmico é uma escala didática de tempo elaborada pelo cientista norte-americano Carl Sagan (1934-1996), cujo objetivo era o de resumir ou abreviar metaforicamente num ano toda a história do universo, desde o início do Big Bang aos dias atuais. Na escala de tempo elaborada por Sagan, cada segundo do calendário cósmico equivale a 500 anos. Isso significa que a famosa explosão do Big Bang, que, segundo a sua teoria, teria dado início a tudo o que se encontra no universo, marca o primeiro momento do calendário cósmico e que Pedro Álvares Cabral, dentro dessa escala, teria chegado ao Brasil praticamente no início do último segundo de 31 de dezembro. Milésimos de segundos depois dava-se a Segunda Guerra Mundial, nascia o sistema capitalista e que Apolo XI chegava à Lua. Nesta escala do tempo, a meia-idade humana são 0,15 segundos.

Teresa Coelho, professora do grupo 510 (Física e Química).

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NOTÍCIAS / ATIVIDADES::

Saber +

O Dia Nacional da Cultura Científica, instituído em 1996, é assinalado a 24 de Novembro em homenagem a Rómulo de Carvalho, procurando realçar a importância do conhecimento científico para o crescimento e desenvolvimento de Portugal e dos portugueses. Rómulo de Carvalho, investigador, professor, poeta, autor de manuais escolares e livros de investigação científica e de poesia, deixou uma marca relevante para afirmar a ciência como o meio para modificar, ampliar e substituir o conhecimento. “Estimular é saber tirar proveito das coisas, saber encantar, digamos, pôr as coisas em relevo, mesmo as coisas insignificantes(…) Tornar pensáveis as coisas habituais que não se pensam” - afirmou um dia. Conheça mais sobre esta personalidade notável em https://www.uc.pt/iii/romuloccv, o sítio eletrónico do Rómulo — Centro de Ciência Viva da Universidade de Coimbra, inaugurado em sua homenagem. dezembro de 2020 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 11


:: + Património Ponte filipina da Fonte Coberta, um património a preservar

de Tomar, no ano seguinte. Para além de outras medidas, os governantes filipinos preocuparam-se em edificar pontes, reparar e abrir novos caminhos tendo como objetivo ligarem a rede viária porNo final do reinado de D. João III (1521-1557), o império português atravessou graves dificuldades decorrentes da falta de dinheiro nos cofres do Estado, deficiente e cor-

tuguesa à espanhola perspetivando assim a consolidação da União Ibérica. É dentro desta premissa que se entende a construção da ponte na bonita aldeia da Fonte Coberta. Durante muito tempo esta ponte foi conhecida popular-

rupta administração do/no vasto espaço marítimo e colo- mente, e em documentos das Juntas de Freguesia anterionial, decadência do comércio no Oriente, abandono das res a 2002, por do arco ou romana. Considerando que o praças do norte de África, diminuição das frotas que parti- seu aspeto não denuncia esses elementos construtivos, am para a Índia, perda da rota do Cabo para a iniciativa enquanto presidente da referida autarquia, a partir do dia privada e ataque aos navios portugueses por parte de cor- 2 de janeiro do ano anteriormente referido, decidi contacsários (indivíduos que assaltavam protegidos pelas autori- tar (a resposta foi obtida no dia 2 de fevereiro de 2003) o dades dos seus países ou a mando delas) franceses, holan- meu antigo professor e mestre de Técnicas de Investigadeses e ingleses e concorrência das rotas do Levante. De ção Arqueológica na Universidade de Coimbra, Professor modo oposto se encontrava a vizinha Espanha, cujo vasto Doutor Jorge Alarcão, com vista a esclarecer a sua oriimpério, onde «o Sol não se punha», fornecia Madrid de ouro e prata em abundância. Em 1578 o rei D. Sebastião, com o intuito de restaurar o prestígio luso no continente africano e concebendo ser o braço direito de Deus na expansão da sua fé, acabou por sucumbir na desastrada batalha de Álcacer-Quibir, em Marrocos. Como o soberano não tinha irmãos nem descendentes emergiram no horizonte vários candidatos ao trono, entre eles Filipe II de Espanha, filho de uma princesa

gem, o que consegui. Através da consulta, sugerida, da tese de doutoramento do Professor Doutor António de Oliveira, da mesma universidade, e meu antigo docente, e dos dados presentes no Arquivo Municipal de Coimbra, a conclusão a tirar é que a ponte ergueu-se entre 16361637, no reinado de Filipe III (Filipe IV de Espanha) de Portugal, pelo mestre-de-obras de pedreiro José da Fonseca, de Ansião. Arrematou a obra por 180.000 réis enquanto a vistoria aquando do lançamento da primeira pedra orçou em 6.600 reis.

portuguesa, que, após a morte do regente cardeal D. Henrique em 1580, invadiu Portugal e foi legitimado nas cortes

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+ Património:: Como por aqui passa, desde o século IX, o Caminho município de Condeixa-a-Nova dado à estampa em Central Português rumo ao importante santuário cató- 2016), debaixo da atual cobertura de asfalto, do tabulico de Santiago de Compostela-Galiza, a estrutura viá- leiro, esconde-se a capa em ouro de um rei mouro, ria sentiu - e continua a sentir -o caminhar de peregri- quando é sabido que os berberes (e árabes, em númenos simples e ilustres tais como o de João Batista Con- ro mais reduzido) invadiram a Península Ibérica no ano falonieri, secretário de monsenhor Fábio Biondo Mon- de 711, sendo a ponte posterior, do século XVII. talto, patriarca de Jerusalém, núncio papal em Lisboa, Como o leito do rio dos Mouros atravessa uma região membro do gabinete do papa Clemente VIII, corria o cársica e é estreito, a ponte possui somente um arco dia 24 de

de volta perfeita, formada por silhares simétricos, sem

abril de 1594, e a do duque Cosme de Médicis, filho de necessidade de pegões centrais que tenham talhamares Fernando II de Médicis e Vittoria della Rovera, no dia (construção de forma angular) para reduzir o ímpeto 22 de fevereiro de 1669, vindo de Florença-Itália, das águas. A demais obra foi erguida com pedra assiméacompanhado de uma vasta comitiva, entre eles o ar- trica, em jeito de argamassa, sem nenhuma isodomia, quiteto e ilustrador Pier Maria Baldi, que tem agora ou seja, o sistema construtivo não tem regularidade uma pequena praça com o seu nome na Fonte Coberta, nem idêntica dimensão entre si. A ponte possui um e o relator Lorenzo Magalloti, que nos deixaram uma tabuleiro horizontal de 12, 30 metros de comprimento descrição e pintura da povoação, hoje à guarda da Bibli- e 3, 46 metros de largura. Lateralmente, as suas guaroteca Medicea Laurenziana situada na capital toscana.

das formam um cavalete com altura máxima de 60 cen-

Por esta ponte circularam, durante a 3.ª invasão fran- tímetros. Este cavalete, em Espanha, é conhecido por cesa, contingentes militares luso-ingleses e soldados lombo de asno e a sua parte mais alta configura o Axi vindos de Paris sob o comando do Marechal Massena. Mundo, isto é, a coluna, o pilar, o eixo do mundo que Aliás, no dia 13 de março de 1811, uma parte do Esta- permite ligar o espaço profano (terra) com o espaço do Maior napoleónico, 55 soldados (30 granadeiros e sagrado (céu). Quando a Junta de Freguesia em apre25 a cavalo) e a amante do chefe francês, Henriette ço tomou as rédeas do poder encontrou a ponte coLebreton, acamparam na aldeia, debaixo de umas fron- berta lateralmente de um espesso manto de silvado e dosas árvores, junto da entrada Sul da atual Rua dos procedeu ao seu corte (alguns caules das silvas tinham Alpendres, segundo a tradição popular, quando, inespe- 8/9 centímetros de diâmetro) em 2005, trinta e dois radamente, perto das 22 horas desse dia, tropas do anos após a última limpeza. exército britânico, vindas do lado de Condeixa-a-Nova, Utilizando o parecer que pedimos, no exercício de cariam capturando o comandante gaulês, os seus ajudantes go autárquico, ao IGESPAR, pensamos que esta estrue a sua inseparável companheira disfarçada de oficial de tura rodoviária devia ser recuperada de acordo com as cavalaria.

sugestões recebidas e declarada imóvel de interesse

Não sendo esta ponte uma daquelas que a tradição municipal. popular, em diversos países europeus (Portugal, Alemanha, Bulgária, Espanha, França, Itália, etc.), atribui a sua

F. M. Carreira de Abreu

edificação a uma decisão do diabo, não deixa de ter

Professor de História

uma lenda a ela associada, com incongruências cronológicas e históricas. dezembro de 2020 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 13

Segundo essa lenda (publicada no livro de lendas do


::NOTÍCIAS / ATIVIDADES App “Aprender m@is em Condeixa” A App “Aprender m@is em Condeixa”, otimizada para rodar em tablets e smartphones com sistema operativo android ou ios encontra-se acessível através do link https://app.vc/aprender_mais_em_condeixa. Esta App tem por objetivo desenvolver as competências digitais de alunos e professores, melhorar as taxas de sucesso e a qualidade do ensino/ aprendizagem. A estratégia pedagógica subjacente a esta App é a flipped classroom ou sala de aula invertida. Designa-se aula invertida porque inverte a lógica de organização da sala de aula. Com ela, os alunos aprendem o conteúdo nas suas próprias casas utilizando as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), por meio de vídeoaulas ou outros recursos interativos, como jogos de computador, textos, vídeos ou outro conteúdo adicional para estudo. Esta App encontra-se organizada por áreas temáticas, nomeadamente, Português, Matemática, Estudo do Meio, Apps e Jogos educativos. Para além de links e sites para a aprendizagem de temáticas das disciplinas envolvidas, os alunos constroem os seus próprios conteúdos, como a História do Meio Local de Condeixa. Esta App “Aprender m@is em Condeixa”, foi um dos 1000 projetos distinguidos, entre os 3800 projetos participantes, a nível nacional, com o selo Escola Amiga da Criança, 3ª edição, 2019/2020, iniciativa conjunta da CONFAP (Confederação Nacional das Associações de Pais), da LeYa e do psicólogo Eduardo Sá, que visa distinguir escolas que concebem e concretizam ideias extraordinárias, contribuindo para um desenvolvimento mais feliz da criança no espaço escolar e essencialmente partilhar essas boas práticas. No ano letivo 2020/2021, é uma das Apps subjacentes ao Projeto @ula +, destinado ao ensino das TIC, no âmbito da Disciplina Oferta Complementar, lecionada em todas as turmas do 1ºCiclo do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova, pelo professor Nelson Silva.

14 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2020


NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: CONFISSÕES…

Após um 3º período conturbado no ano letivo passado, os alunos da turma A, da EB1 de Sebal, e respetivas famílias, contaram-nos como se sentiram durante esta fase. Uns frequentavam o último ano do jardim de infância, outros o 1º ano, no entanto, os seus sentimentos não são muito diferentes…

Estudar em casa é difícil para o encarregado de educação e para o aluno. O estudar na escola é muito bom, porque com qualquer dúvida está a professora por perto para ajudar.

“Não tinha a minha professora para me ensinar bem. Sentia a falta dos meus amigos para brincar.” Família: Houve alguma dificuldade em manter as rotinas do horário escolar, adotar o melhor possível o método de ensino, além de ter de conciliar com o teletrabalho.

“No confinamento gostei de estudar com a minha mãe, mas fiquei triste por não ver os meus amigos”.

“Senti falta da escola e dos meus amigos; Os desafios da Educadora Ana não eram muito difíceis e eu gostava de fazer os trabalhos com a mãe e o pai.” Família: serve de complemento, mas em termos de aprendizagem/ aquisição de conhecimentos é difícil adquiri-los em casa Eu às vezes tinha saudades dos meus amigos. Eu sentia-me triste porque não podia brincar com eles e não podia ver a minha professora. Às vezes queria sair de casa.

“Eu gostei mais ou menos. Gostei às vezes de ficar em casa com a mana, mas depois tive muitas SAUDADES da professora e dos meus amigos!”

“Durante o confinamento, senti-me presa, fechada. Tive saudades dos meus amigos e de brincar com eles. Gostava de algumas propostas da educadora Isabel, sobretudo dos trabalhos manuais. Não gostava das reuniões ZOOM; eram aborrecidas; gostava de ver os meus amigos e a Isabel, mas não gostava de falar.” A nível familiar, sentimos uma grande pressão para dar resposta a todas as propostas da educadora de infância. Fazíamos um esforço para acompanhar as sugestões/ solicitações, mas nem sempre o conseguíamos fazer.

Apesar do grande salto tecnológico que a sociedade foi forçada a dar devido ao Covid-19, não conseguiu substituir (e ainda bem) o lado humano que tanto prezamos e é tão importante para a nossa saúde emocional. Sentimos falta dos abraços, dos sorrisos, das brincadeiras, convívio com colegas e professora.

O confinamento apanhou-nos a todos de surpresa. Com os pais a trabalhar ficou muito complicado ficar acompanhados pelos avós, sem ter conhecimento para alguns trabalhos. A certa altura já se falava em ir à escola saudades dos colegas. Por outro lado, aproveitouse para estar em família.

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::NOTÍCIAS / ATIVIDADES No nosso caso, em situação pré-escolar, sentimos que foi uma verdadeira aventura tanto para nós como para a nossa filha. Apesar de exigir mais de nós pais, ajudou-nos a proporcionar atividades mais assertivas para o nível de ensino em questão e ao mesmo tempo manter a nossa filha em constante aprendizagem/ consolidação. O receio de não conseguirmos chegar ao objetivo pretendido e no tempo estipulado, estava presente durante as atividades propostas, mas consequentemente, foi o que as tornou ainda mais desafiantes. Como recordar é viver…foi da maneira que recordámos os velhos tempos de E.V.T. e Expressão Plástica. Para a nossa filha como reclama diariamente que os pais nunca tem tempo de “brincar” com ela e na altura é de salientar que o irmão era recém-nascido, o confinamento e as aulas à distância foram “a cereja no topo do bolo”, foi da maneira que conseguiu ter a mãe mais tempo para ela.

Tinha saudades de brincar com os meus amigos e estava presa na quarentena. Mas senti-me bem e não estava farta de estar em casa. Fiz os trabalhos da escola e pintei desenhos que o mano imprimiu. Brinquei com a mana e ajudei os pais. A minha mãe sentiu-se triste por não podermos conviver e estarmos fechados em casa.

Fizemos algumas videoconferências pelo Zoom. Gostei muito de ver e falar com os meus amigos e professora. Sempre deu para matar um bocadinho as saudades. Fiz também alguns trabalhos que a professora ia mandando por WhatsApp ou e-mail.

Saúde+ É FIXE! Olá! Somos os alunos da turma do 2.ºB da EBN.º3 de Condeixa. Estamos aqui para partilhar convosco uma novidade: Estamos a ficar mais saudáveis! E como conseguimos isso?! Todas as quartas-feiras, o lanche da manhã passou a ter um destes alimentos bons: fruta, iogurte, frutos secos, cereais… A nossa professora Augusta começou a reparar que alguns dos nossos lanches tinham alimentos pouco saudáveis… batatas fritas, pãezinhos com chocolate, bolachas com creme, etc. Então propôs-nos termos um dia da semana para comermos bem e ser o “Dia da fruta”, “Dia do iogurte”, “Dia dos frutos secos” e Dia dos cereais”. Agora, temos MAIS SAÚDE e trabalhamos com MAIS Alegria! Graças à colaboração dos nossos Pais e alguns Avós, o Projeto da nossa turma “Saúde+ É FIXE!” está a ser um sucesso e as nossas lancheiras trazem agora lanches variados e saborosos, mas também saudáveis e nutritivos. FAÇAM COMO NÓS… TRAGAM LANCHES COM IOGURTE, FRUTA OU SANDUÍCHE A SAÚDE VAI MELHORAR E LANCHAR VAI SER MAIS FIXE!

16 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2020


NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: Mãos à Horta Este ano, a nossa turma, tem no seu espaço de recreio uns canteiros que já foram belas hortas. Devido a esta horrível pandemia tivemos que reinventar brincadeiras e abandonar um pouco o futebol. Então algumas meninas, nas suas corridas habituais, olharam para os canteiros e tiveram uma ideia espetacular. Todos juntos propusemos à professora aproveitar pelo menos um deles e criar a nossa horta. A nossa professora concordou com a ideia, fez umas pesquisas e pediu autorização ao Coordenador da Escola, para transformarmos aquele canteiro envelhecido num canteiro biológico e sustentável. Começamos por pedir às nossas mães que, quando fizessem sopa, guardassem as sobras das cebolas, dos nabos, das cenouras, das batatas, das courgettes e alguns dentes de alho. À medida que íamos trazendo para a escola, íamos pondo as sobras em água e mais tarde, quando já víamos umas folhinhas novas a nascer, transplantámos para um canteiro. Ainda é muito cedo para termos algum resultado. A nossa professora comprou, no mercado de Condeixa, para juntar à nossa experiência, algumas variedades de couve, alho francês, alface… Nós achamos que foi com medo que a plantação não resultasse… Mas temos, quase a certeza que vai resultar! Cavamos muito bem, pusemos estrume, regamos com alguma frequência, até já tivemos que pôr umas cinzas, para afastar os caracóis. Deve ser um bom sinal, haver caracóis na nossa horta, será porque os nossos legumes são bons? Vamos ter esperar para ver.

“Os jovens agricultores” do 4.ºA da EB n.º3 de Condeixa

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:: Outra forma de ser ESCOLA Uma forma de (re)ver a escola “Insanidade é continuar a fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.” Albert Einstein A sala de aula conectada Na atualidade a escola é fortemente confrontada com a revolução operada pela internet que permite formas revolucionárias de ensinar e aprender. Na sociedade da informação o uso das novas tecnologias e as mais diversas formas de metodologias ativas proporcionam aulas dinâmicas, interessantes e atrativas, colocando o aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem. O aspeto lúdico, pode tornar-se uma técnica facilitadora na elaboração/avaliação de conceitos, no reforço de conteúdos, na criatividade, no espírito de competição e de equipa. A gamificação no ensino tem vindo a ser integrada nas práticas educativas, provocando mudanças que promovem a motivação e o envolvimento dos alunos nas tarefas propostas.

A sustentável leveza da avaliação A avaliação (formativa) deve ser efetuada de modo a ajudar o aluno a aprender e o professor a ensinar. Dar uma maior atenção à avaliação formativa na sala de aula, na perspetiva de avaliação para a aprendizagem, é um dos mais poderosos meios de melhorar o aproveitamento dos alunos. Fornece feedback sobre o resultado das aprendizagens e, naturalmente, o impacte das estratégias pedagógicas aplicadas servindo para reajustar e/ ou proporcionar novas e diferentes abordagens. A avaliação pedagógica é, pois, um processo incontornável em toda o processo ensino/aprendizagem. Imprescindível para a monitorização do progresso dos alunos e da qualidade educativa dos próprios agrupamentos ou escolas. O sucesso é gratificante e motivador para o aluno, mas não devemos esquecer quão importante se reflete em ambiente familiar e na escola. A escola e a sociedade A sociedade é cada vez mais complexa e diversa. O mercado de trabalho tornou-se muito mais dinâmico. Os que saem da escola devem adaptar-se a um mundo em mudança que exige novas competências e diferentes atitudes. Verifica-se uma mudança substancial no que a sociedade solicita ao sistema educativo e às escolas. As novas tecnologias, a contínua mudança no sistema produtivo e de distribuição/comercialização face às alterações nos padrões de consumo apelam à necessidade de aprendizagem ao longo da vida e colocam continuamente às escolas novos desafios. 18 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2020


Outra forma de ser ESCOLA:: Projetar a escola para o futuro implica que esta se comporte como um espaço de debate e confronto de ideias, onde todas as perspetivas são aceites e (des)construídas. Onde os alunos deixem de receber o peixe e comecem a aprender a pescar. Mas, rever a escola segue um percurso ao longo do qual não surjam apenas “discursos inconsequentes”, mas que estes se traduzam em “prioridades políticas” e em “recursos humanos e financeiros”. João Fernandes, professor coordenador do Departamento de Ciências Sociais e Humanas.

Outra forma de “ajudar a aprender”

Já muito se falou e se escreveu sobre os meses que passámos em confinamento. Tal como milhares de professores, eu, como professora de matemática, tive de aprender (em pouco tempo …) a trabalhar com novas plataformas, novas formas de avaliar e, sobretudo, tentar fazer chegar aos alunos, da melhor forma possível, os conteúdos previstos, bem como possuir o seu feedback. Tentou-se que o “estar longe” se transformasse no “estar perto”, usando a (imensa) troca de emails, plataformas de partilha de materiais, correção de trabalhos visionando fotos enviadas pelos alunos, aulas através de videoconferência e até mesmo a utilização do telemóvel. Como se sabe, o caso concreto da disciplina de matemática, tem a particularidade de possuir uma linguagem simbólica específica, o que pode dificultar a autonomia dos alunos no seu estudo. Tratou-se, portanto, de um desafio acrescido tanto para os alunos, como para os professores de matemática. No meu caso, consegui, através do Microsoft Surface, trabalhar nas aulas síncronas, em tempo real com os meus alunos, permitindo-lhes ver o que eu estava a escrever e, desta forma, efetuar os respetivos apontamentos. Era uma aula numa sala virtual, na qual havia um quadro, não o habitual quadro branco da sala de aula, mas o ecrã do computador. Para além da dificuldade de “ajudar a aprender”, expressão usada por um professor nos meus tempos de carteira, sem dúvida que a presença física, o diálogo, o dedo no ar, a pergunta inoportuna e o engelhar de testa, quando alguma coisa não tinha sido apreendida, fizeram muita falta … Nessa fase, sem dúvida que se verificou uma ligação muito estreita entre família e escola, deu-se mais valor, não só à presença física do professor, como também à própria profissão e a conhecida frase “Nada substitui o professor” fez/faz todo o sentido! Helena Bidarra, professora do grupo 500.

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::Outra forma de ser ESCOLA Uma partilha de práticas para construir outra escola A Escola, como lugar de conhecimento, relações e desenvolvimento humano, está a atravessar uma fase de mudança sem precedentes. Os alunos e professores ficaram em casa durante um largo período e continuam, no presente ano letivo, no vai e vem, sem aulas presenciais. Esta circunstância tem gerado perplexidade na escola e nas famílias. Por outro lado, no espaço online, estão disponíveis e facilmente acessíveis uma multiplicidade de ferramentas [Youtube, Google, Wikipedia, redes sociais…] que retiraram à Escola o papel exclusivo de transmissão de conhecimentos e tornaram-se um meio de consulta mais fácil, acessível e apelativo para as crianças e jovens em idade escolar. Não obstante, sabemos que a disponibilidade de informação e conhecimento, é uma coisa. Outra coisa bem diferente é a estruturação de aprendizagens formativas orientadas para o conhecimento e desenvolvimento dos/as alunos/as, futuros cidadãos da sociedade de amanhã. É neste quadro de mudança, em que a Escola teve que se adaptar e desenvolver atividades letivas no recente período de confinamento de #Estudo em casa. Tal como todos os professores, tive que me adaptar e aprender também a usar algumas ferramentas que me pareceram úteis. O objetivo deste pequeno artigo é precisamente elencar algumas estratégias e ferramentas com potencial para ajudar a Escola e os professores a trabalhar no ensino a distância (E@D). #1 Ferramentas de edição de vídeo Vivemos no tempo da comunicação visual, em que a imagem vale mil palavras. A elaboração de pequenos vídeos educativos, centrados em conteúdos pedagógicos pré-determinados, com aplicação da metodologia de aula invertida, afigura-se como uma estratégia de alto valor educativo. Através da combinação de clips de vídeo, fotos, texto e gráficos informativos, com ou sem narração, é possível veicular informação de modo acessível. As modernas ferramentas permitem cortes, misturas, efeitos animados, etc… Pessoalmente tenho usado o programa suite de vídeo Movavi, disponível em movavi.com. A suite inclui o editor de vídeo, gravador de tela, assistentes automáticos, conversores de ficheiros vídeo, etc… Este programa tem uma versão de testes gratuita durante alguns dias. Para continuar a usar é necessário adquirir uma licença. A interface gráfica é muito intuitiva tipo “drag and drop”. Contudo, a meu ver o ganho de produtividade que o programa permite vale bem a pena o investimento.

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Outra forma de ser ESCOLA:: Ainda no plano da edição vídeo, utilizei bastante uma ferramenta muito interessante chamada Flipgrid. Trata-se de uma plataforma online do universo Microsoft. Basta procurar, há uma larga comunidade de educadores que utilizam a plataforma, nomeadamente nos EUA e Europa, e que tem imensas propostas educativas para uso da plataforma prontas a ser usadas ou reconvertidas de acordo com as necessidades educativas de cada docente. O Flipgrid necessita de criar uma conta, ou usar as contas institucionais Microsoft ou Google. Basicamente o Flipgrid permite que os alunos gravem e editem pequenos clipes de vídeo – até 10 minutos! – em resposta a uma solicitação educativa do professor. Pode ser a opinião sobre um texto, um poema, uma apresentação oral no âmbito das Línguas ou Ciências. No meu caso, professor de Música, é perfeito para a performance artística dos alunos nas artes e também no desporto. Como já referi, é possível os alunos editarem os vídeos antes de os entregar, fazer cortes, esconder a sua imagem para os mais reservados, inserir textos, etc… Esta ferramenta tem ainda vários potenciais entre os quais destaco o favorecimento da exposição perante um público, já que existem alunos mais reservados que receiam expor-se aos colegas e ao professor durante a aula. Esses alunos não colocam questões, não expõem dúvidas. Atualmente, a maior parte dos jovens e adolescentes está mais à vontade em frente a uma câmara do que na sala de aula. Assim, esta ferramenta é perfeita para essas interações.

# 2 - Sway Microsoft 365 Vivemos num mundo em que o power point reina. Contudo, existem ferramentas que são variantes deste conceito que devemos explorar. Gosto especialmente do Sway, que faz parte da suite Microsoft 365. O professor pode usar a sua conta institucional para usar esta ferramenta. Muito resumidamente, apenas precisamos de colocar o seu conteúdo (ou converter velhos powerpoint ou pdf) na forma de texto, imagens ou vídeos, e o Sway trata do aspeto gráfico, de modo a veicular a informação de modo mais apelativo. Mais, estas publicações em Sway são sempre acessíveis através de um URL disponível online, não necessitando de instalar qualquer app. Assim são perfeitas para fazer unidades letivas e partilhar com os alunos. Se os alunos estiverem a ver a publicação através de um smartphone, o ecrã adapta-se a essa definição. Se for num PC, o ecrã adapta-se ao tamanho. Permite que o professor ganhe tempo, focando-se apenas nos conteúdos educativos e não perca tempo com os aspetos gráficos da apresentação, uma vez que isso é gerido pelo Sway. Os link são depois partilhados com os alunos através de uma plataforma colaborativa ou do email institucional dos alunos. #3 Plataformas Google Classroom e App’s Google Suite Já muito foi dito sobre estas plataformas, mas reforço a ideia que vale a pena o professor/a investir algum tempo na exploração de todo este universo. As App’s Google (Docs, Slides, Drive, …) integram-se perfeitamente. dezembro de 2020 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 21


::Outra forma de ser ESCOLA As ferramentas de partilha permitem a realização de trabalhos de grupo efetivos em colaboração real de alunos/ professores... As ferramentas de videoconferência Meet integradas permitem realizar videoconferências, como atividade síncrona, onde a necessidade absoluta da sala de aula já não se coloca. Assim, investindo algum tempo na exploração de todos estes recursos, o professor/a está, na realidade, a desenvolver as suas capacidades de organização e gestão escolar, melhorando processos e otimizando práticas educativas. Por último, apraz-me destacar que, talvez o mais importante não seja o programa de PC que usa, ou a ferramenta, ou a plataforma A ou B… mas sim a sua paixão por estar na Escola em ajudar os alunos/as a aprender e a contribuir para o desenvolvimento humano das próximas gerações. Mário Alves Professor de Educação Musical/Música

A quarentena

Na quarentena foi tudo muito complicado. Tivemos de ir para casa, as aulas foram por videoconferência e assim mantivemos o contacto com a professora e com os colegas. Tínhamos aulas com a professora e víamos o Estudo em Casa. A professora Maria da Luz enviava-nos todas as semanas um plano para nós, alunos, trabalharmos. Nós também tínhamos aulas de inglês por videoconferência e apresentamos alguns trabalhos. A professora, no fim, deixava-nos um minuto para nós falarmos um pouco com os colegas da turma. Mas não era o mesmo do que estar na escola a brincar e a conversar. Os trabalhos eram mais difíceis de fazer, porque não tínhamos a ajuda da professora. Quando começaram as aulas, no dia 18 de setembro, aprendemos novas regras: não podíamos partilhar material escolar e alimentos, também só temos um lugar para nós e não podemos andar pela escola inteira. Este ano está tudo a ser muito diferente. Todos os dias, a professora está aflita da sua garganta, por ter de falar mais alto para todos ouvirmos, em especial os alunos que se sentam no fim da sala. A máscara dificulta a saída do som e, por isso, tem de se esforçar mais. A turma cumpre as regras de segurança e a professora fica muito feliz.

Mª Leonor Vaz e Matilde Teixeira 4.º C da EBN.º 3 de Condeixa-a-Nova

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Outra forma de ser ESCOLA:: Após a quarentena

A escola em pandemia foi diferente. Tínhamos aulas por vídeo conferência com a nossa professora e usávamos o computador, o que se tornava difícil para nós e para a professora, pois ela não podia explicar como quando tinha o quadro na sala de aula. Víamos também as aulas na televisão, no Estudo cumprir as regras de segurança. em casa sempre de manhã da segunda-feira à sexta-feira. Agora não podemos partilhar materiais escolares, Todos tínhamos uma conta no Classroom para alimentos e outros objetos. onde a professora enviava os trabalhos; os nossos pais

Agora já não podemos andar pela escola inteira,

imprimiam e depois fazíamos. Depois de feitos, os pais só podemos andar no nosso espaço. enviavam para a professora para ela corrigir. A professora Maria da Luz tem de andar todo o Para nós, as aulas na quarentena foram muito dia de máscara e isso faz com que traga dificuldades para complicadas e nós não gostávamos das aulas na quaren- a professora e para nós. tena. Quando, a 18 de setembro, começaram as aulas

Mª Leonor Vaz e Matilde Teixeira

foi tudo diferente! Sentimos coisas boas, porque já pode-

4.º C da EBN.º 3 de Condeixa-a-Nova

mos estar com os colegas e a professora, mas outras más porque não podemos estar à vontade. Temos de

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:: Outra forma de ser ESCOLA

Olhar de novo… Passados 80 anos e olhando para as fotos que retratam duas épocas, a da década de 40 do séc. XX e a de 20 do séc. XXI, encontramos semelhanças que alteraram e alteram, hoje, o nosso viver. Durante a Segunda Guerra Mundial, Londres temia um ataque químico por parte de Hitler e, por essa razão, as autoridades londrinas adotaram medidas preventivas distribuindo máscaras antigas à população e ensinando, com exercícios específicos, as crianças a usá-las na escola. A Blitz (nome que, em alemão, significa 'relâmpago') foi a campanha de bombardeamentos estratégicos realizada na Segunda Guerra Mundial pela Luftwaffe - a aviação alemã - contra o Reino Unido, entre 7 de setembro de 1940 e 10 de maio de 1941. Embora tenha atingido várias cidades na Inglaterra, o bombardeamento começou em Londres. No nosso tempo e no Mundo, quase há um ano, a população teme um ataque viral por coronavírus, e as autoridades ordenaram, igualmente, o uso de máscara! A escola, de acordo com as normas emanadas da DGS, reorganizou o espaço escolar. Nada é igual: não o são as salas de aula, os recreios, a sala de professores, o bar, que deixamos de ter. E que saudades de pequenos nadas que nos reconfortavam o estômago e a alma. O convívio com os colegas deixou de existir, as partilhas anularam-se, bem como os almoços e os jantares que antecediam o Natal... 24 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2020


NOTÍCIAS/ATIVIDADES:: Lecionar com máscara, sentir a constante humidade da respiração concentrada no espaço exíguo de

um pedaço de tecido ou de polipropileno, que abafa a voz de quem quer chegar aos vinte e cinco ou mais alunos da sua sala de aula, também é bem diferente! A distância física obrigatória impede aquele gesto de carinho, de afeto, necessário para que o aluno se encoraje e não desista. A nossa escola mudou tanto… Mas já o poeta Luís de Camões há quatro séculos cantou: Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, / Muda-se o ser, muda-se a confiança; /Todo o mundo é composto de mudança,/Tomando sempre novas qualidades. // Continuamente vemos novidades,/ Diferentes em tudo da esperança;/ Do mal ficam as mágoas na lembrança,/ E do bem, se algum houve, as saudades. Por isso, devemos continuar a nossa luta! Graça Lucas, professora do grupo 300.

“CONTOS MÍNIMOS TERROR AO MÁXIMO” IV CONCURSO de ESCRITA CRIATIVA O desafio consistia em escrever um conto de suspense em exatamente 77 palavras durante o MIBE - Mês Internacional das Bibliotecas Escolares – outubro de 2020 -, com vista a desenvolver competências no âmbito da expressão escrita, da criatividade e do acesso aos meios digitais. Os alunos CEI responderam ao repto lançado e produziram os seus contos terríficos.

Fredi Fredi é um monstro adulto. Tem a pele áspera, castanha, coberta por escamas escuras. O monstro é gigante e corcunda. Tem pernas curtas e braços longos, cabelo comprido, encaracolado e é ruivo. O nariz é redondo e arrebitado. Ele é desdentado. Os seus olhos são grandes, brilhantes e pretos. Tem feridas horrorosas pelo corpo todo. O Fredi é muito mau para toda gente. Ele vai às casas das pessoas e fica escondido por baixo das camas.

Adriana Duarte, 5ºA.

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::NOTÍCIAS/ATIVIDADES Numa gruta arrepiante Há muitos anos, numa noite escura, num cemitério assombrado, apareceram muitos zombies cheios de sangue. Eram muito assustadores! Tinham olhos grandes, vermelhos e eram mesmo feios! Eles atacaram os meninos, pois achavam-nos deliciosos. Para eles, eram docinhos. Pedi à minha amiga Angélica para me ajudar. Passados 100 anos conseguimos salvar os meninos de uma gruta escura e amaldiçoada! Pensei que íamos todos morrer, mas não! No final os zombies morreram e ficou tudo bem!

Inês Fonte, 8ºF A MANSÃO A dona Marta pôs uma mansão à venda. A Isidora comprou a mansão e mudou-se para lá com os seus quatro cães. A dona Marta não queria ver estranhos na sua casa, apenas o dinheiro, e resolveu matar a Isidora. Para apanhá-la desprevenida, matou um cão todas as semanas. Quando ia matar o quarto, a Isidora deu-lhe uma machadada num braço, mas ela deu com uma pá no pescoço da Isidora e cortou-lhe a cabeça. António Carvalho, 7ºA

Contos premiados

2º CEB

26 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2020


NOTÍCIAS/ATIVIDADES::

dezembro de 2020 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 27


::Na BIBLIOTECA acontece

Outubro é o Mês Internacional das Bibliotecas Escolares (MIBE), uma oportunidade para as bibliotecas escolares de

todo

o

mundo

darem

a

conhecer

o

trabalho

que

desenvolvem.

A IASL (International Association of School Librarianship) propõe, neste ano atípico para as escolas, o tema “Descobrir caminhos para a saúde e o bem-estar com a biblioteca escolar”, salientando a missão de servir a comunidade para ajudar a promover a saúde e o bem-estar ocupacional, emocional, físico, espiritual, intelectual e social das crianças e jovens. Este desiderato fundamenta-se no Objetivo do Desenvolvimento Sustentável número 3 da Agenda 2030 da ONU: Saúde de qualidade. Questão central na atualidade, o tema leva-nos a refletir sobre a relação entre o conhecimento e a construção de uma visão holística do ser humano no mundo. As regras de utilização da BE em tempo de pandemia serão explicitadas junto dos nossos alunos, em sessões de formação para o efeito. As normas de utilização, a sinalética dos espaços, a adaptação das zonas funcionais e dos circuitos de circulação foram explicitadas para o funcionamento eficaz dos serviços.

28 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2020


Na BIBLIOTECA acontece:: Para além disso, este ano as bibliotecas escolares desenvolveram algumas iniciativas relacionadas com a apresentação dos serviços das bibliotecas como local de cruzamento de culturas e de saberes. No dia das Bibliotecas Escolares, 26 de outubro, as aulas começaram de maneira diferente nas escolas EB nº2 e ESFN, com o (RE)lançamento do Projeto 10min@Ler+.

A partir desta data, os professores e os alunos passaram a usufruir também de caixas de leitura, com títulos direcionados para os diferentes ciclos de ensino, para serem transportadas para a sala de aula, quer como suporte aos 10 minutos de leitura, quer para usar nas aulas de substituição.

A leitura do “Manifesto Anti-Leitura”, magnífico texto de José Fanha, marcou também estas comemorações, numa dinâmica do projeto “Read & Stand Up”, que os alunos do 9º ano desenvolveram. “Abaixo a leitura, pim! Andam por aí elementos suspeitos que se escondem nas sombras das bibliotecas e chegam a ir às escolas para espalhar um vício terrível e abominável especialmente junto dos mais novos! Dos mais tenros! Dos mais ingénuos! Um vício que se chama LEITURA!” - J. Fanha (2012)

No dia 27 realizou-se o encontro com os escritores Rui Correia e António Nabais, que apresentaram às turmas do 6º ano os seus livros da coleção “Contos Arrepiantes da História de Portugal”. Procuramos, acima de tudo, com estas estratégias, favorecer o reconhecimento das funções inerentes à biblioteca escolar (informativa, educativa, cultural e recreativa) e demonstrar que somos uma estrutura pedagógica viva e ativa capaz de servir e envolver a comunidade escolar. Ana Rita Amorim e Carla Fernandes (professoras bibliotecárias)

dezembro de 2020 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 29


Na BIBLIOTECA acontece:: “Contos arrepiantes da História de Portugal”, uma coleção em destaque. O mês de outubro foi enriquecido com a apresentação de uma coleção sobre História de Portugal em sessões dirigidas aos alunos do 2º CEB. O seu lançamento oficial pela editora Nuvem de Tinta ocorreu em julho. Da autoria de Rui Correia e António Nabais, com ilustrações de Hélio Falcão, a ação do primeiro volume situa-se na Idade Média. Os livros seguintes seguem a ordem cronológica da linha histórica do nosso país, apresentando breves contos, com ingredientes peculiares, muitas vezes ocultados nos manuais programáticos.

Um encontro com o saber No dia 27 de outubro, os escritores Rui Correia e António Nabais vieram ao auditório da escola EB nº2 apresentar os seus recentes livros “Contos arrepiantes da História de Portugal”, ilustrados por Hélio Falcão. Os professores Rui Correia e António Nabais, de História e de Português e Latim respetivamente, aceitaram o convite para realizarem uma palestra no auditório, com o objetivo de dar a conhecer mais sobre vários temas da História. Em minha opinião, os escritores estiveram muito bem e o professor Rui foi muito divertido. Um facto interessante é que a Teresa e o Manuel (duas personagens que te vão acompanhar e comentar os contos) têm o nome e a personalidade dos filhos de um escritor e a aparência dos filhos do outro. Não te esqueças de ler estes livros para saber mais sobre a história do nosso país! Cassiano Silva, 6º C.

30 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2020


Na BIBLIOTECA acontece:: A coleção, que conta com dois títulos publicados - "A Idade Média Medonha" e "Descobrimentos desgraçados", narra diferentes episódios, de uma forma interessante, lúdica e a puxar para os pormenores mais nojentos e medonhos da História. Rui Correia é professor de História, vencedor do Global Teacher Prize Portugal 2019. Conferencista, editor e autor de numerosos estudos de história, património e didática da história, deu a conhecer, de forma atrativa, alguns pormenores dos livros e sublinhou a importância do saber. António Nabais, professor de Português e de Latim, contou como pôde concretizar um dos meus maiores desejos: viajar no tempo. Afinal vale a pena recuar para perceber o que pensavam e sentiam as pessoas de outras épocas!... Num esforço a quatro mãos, conseguiram produzir histórias peculiares que envolvem o leitor curioso e alimentam o gosto pelo saber, já que este “não ocupa lugar”.

A verdadeira História de Portugal No âmbito do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, os autores Rui Correia e António Nabais vieram à EB Nº 2 de Condeixa-a-Nova fazer a apresentação da sua medonha coleção "Contos Arrepiantes da História de Portugal". Originalmente, estes livros integrariam a coleção: “Episódios repelentes, desgraçados, tenebrosos, viscosos, nojentos, horripilantes, imundos, malcheirosos, formidolosos, enlameados, brutais, asquerosos e que chegam mesmo, por vezes, a ser desagradáveis da História de Portugal”. Estão a ver como isto seria difícil de inserir num livro como título principal!... Mas não pensem que não o podem ler! Espreitem a contracapa e verão com todas estas nojentas palavras! As breves e curiosas histórias são acompanhadas dos comentários hilariantes de duas personagens muito divertidas: a Teresa e o Manuel. E sabem o que está para vir? Um novo livro sobre a História do nosso país! Está a caminho o volume sobre o reinado de D. João V e o ouro do Brasil. Na sessão com a nossa turma, os dois escritores pediram-nos que entrássemos no papel da Teresa e do Manuel. Vejam lá! É pena que a nossa criatividade não fosse muita… Aconselhamo-vos a ler estes livros, pois aí sim se conta a verdadeira História de Portugal, de uma maneira que leva os nossos olhos às lágrimas, de tanto rir, ou deixa a barriga embrulhada, por assistir a cenas grotescas! Francisca Marques, Nº5 , 6ºE. Inês Brito, Nº9, 6ºE. dezembro de 2020 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 31


::Com a BIBLIOTECA acontece

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Com a BIBLIOTECA acontece::

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::Com a BIBLIOTECA acontece

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Com a BIBLIOTECA acontece:: A turma do 10ºA tem vindo a desenvolver o projeto “Read & Stand Up – Levanta-te por uma causa”, com motivação, entusiasmo e empenho. No seu âmbito, já concretizou, no primeiro período, algumas atividades. Realizou o Podcast do Projeto na aula de Português, sob orientação da professora bibliotecária. Participou na comemoração do Dia Internacional do Pijama Solidário, em colaboração com a CPCJ de Condeixa e a Loja Social da Câmara de Condeixa, cujos donativos, angariados na escola, reverteram para este serviço solidário. Em torno do Dia Internacional dos Direitos Humanos, os alunos foram à turma do 12ºC, na aula de Filosofia, no dia catorze de dezembro, onde leram expressivamente manifestos alusivos a vários direitos humanos, escritos em trabalho de grupo na disciplina de Português, seguindo-se um debate. Também deram ênfase ao Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, tendo projetado as seguintes atividades no dia vinte e cinco de novembro: o visionamento de um pequeno um filme da APAV por várias turmas, a exposição de cartazes, a escrita de mensagens alusivas à temática nas máscaras e na indumentária, a ida à turma do 12º PTAC que representou para eles um teatro sobre violência conjugal após o qual foram levados a debater sobre o assunto, e a organização de uma sessão sobre a violência doméstica, em particular a violência no namoro, no dia catorze de dezembro, atividade articulada com a CPCJ de Condeixa que a dinamizou. A pedido da turma, também beneficiou desta atividade a turma do 9ºF. A sessão foi muito interessante a avaliar pela participação dos alunos e a pertinência das questões colocadas. Os alunos ficaram muito felizes com os elogios dos elementos da CPCJ por estes terem tomado a iniciativa de abordar o tema da violência doméstica, abraçando também a causa do Pijama Solidário e disponibilizando materiais com os quais a turma vai realizar um mural. A professora bibliotecária, o professor de Filosofia bem como os alunos do 12ºC teceram comentários muito positivos, tendo sido agradavelmente surpreendidos pela atividade desenvolvida, em reconhecimento do caráter pedagógico e original da abordagem feita aos Direitos Humanos. Na última aula do período, os alunos definiram trabalhos de projeto sobre alguns temas a desenvolver no segun-

do período, nomeadamente o racismo, o holocausto, guerra e paz, os refugiados e a igualdade de género, para os quais vão selecionar obras de leitura e delinearam objetivos bem como estratégias/ atividades a implementar de modo a sensibilizar e mobilizar a comunidade escolar. Os alunos estão a desenvolver competências na leitura, na escrita, na oralidade e no domínio social, estão a tornar-se proativos e empreendedores na defesa das suas ideias, na afirmação das suas convicções e da sua solidariedade ao lutarem por causas da sua escolha. Hortênsia Ramos, professora do grupo 300.

dezembro de 2020 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 35


LEMOS +, escrevemos melhor:: MANIFESTO ANTI-CULTURA (1) Aristóteles dizia, interrogado sobre a diferença existente entre os homens cultos e os incultos: ”A mesma diferença que existe entre vivos e mortos”. (2) Nada mais errado! (3)A cultura está a destruir-nos. (1) Está a dar voz a quem nos dá jeito estar calado. (2) Está a informar os jovens e a formar pessoas que terão o poder de decisão. (1+2+3) Abertura das mentes, NÃO! Abandono do conservadorismo, NÃO! (1)Por isso: VAMOS ANDAR ÀS TURRAS COM A CULTURA! VAMOS GRITAR AOS 2, 3, 4, 5 VENTOS! (2) ABAIXO O PENSAMENTO CRÍTICO! (3) ABAIXO A OPORTUNIDADE DE EVOLUÇÃO! (1) Evoluir estraga a forma como queremos silenciar quem, claramente, se faz de vítima. (2)Racismo, dizem eles, TRETAS DIZEMO NÓS! (3) NÃO SE FAÇAM DE VÍTIMAS! CHEGA! (1) A informação que lhes estão a dar vai ser a nossa ruína. (1+2+3 PAREM DE PESQUISAR! PAREM DE LER! (1) Vamos parar esta abominação denominada cultura. (2) Vamos proteger-nos. (3)Vamos pôr fim a esta maldição que cada vez mais caí sobre todos nós e nos mata aos poucos. (1)Que está a formar os nossos jovens e enriquece os nossos dias. (2)Assédio sexual ,diz eles. (1+2+3) TRETAS DIZEMOS NÓS! (3) Vamos pôr fim a todas as variações culturais que se espalham como herpes, de boca em boca! (1)Vamos calar quem tem cultura e informação. (2)Vamos aumentar percentagens que não nos convém estarem baixas. (3)Percentagens de alfabetismo. (1)Percentagens de votos apenas pelo sexo biológico da pessoa que, bom ou mau, é um candidato. (2)Esta nossa epidemia de bom senso e ativismo vai melhorar as coisas. Abram os olhos! (1+2+3)TRETAS DIZEMOS NÓS! (1+2+3)FIM À CULTURA! (1+2+3)FIM À OPORTUNIDADE DE EVOLUÇÃO! (1+2+3) FECHEM A SETE CHAVES AS MENTES! ABAIXO AS SETE ARTES! Madalena Pedrosa; Maria Almeida; Rodrigo Antunes – 10ºA 36 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2020


LEMOS +, escrevemos melhor:: MANIFESTO ANTI-DIREITOS HUMANOS (1) Hoje em dia, até os professores já decidiram incluir este assunto como tópico importante nas suas aulas. O que tinham estas pessoas na cabeça para incentivar os alunos a defender um tema tão hilário como: (Todos) OS DIREITOS HUMANOS (2) Aqueles que elegeram este Ministro da Educação e o autorizaram a implementar tal coisa no ensino de tantos jovens e crianças estavam a pensar em quê? Que elas iam simplesmente levantar-se e “lutar pelos seus direitos”? Que coisa ABSURDA! (Todos) ABAIXO OS DIREITOS HUMANOS, PIM! ABAIXO AOS MANIFESTANTES, PUM! (1) FIM AOS JOVENS MANIFESTANTES QUE LUTAM PELAS SUAS CAUSAS! (2) FIM ÀS DECLARAÇÕS INTERNACIONAIS!

(1) Toda a gente fala de direitos humanos, mas talvez devessem começar a pensar mais nos seus deveres. Não têm nada melhor para fazer do que lutar pelos seus direitos? Vão, mas é estender a roupa a ver se o sol lhes seca as ideias! (Todos) CRIEM MAS É UM DIA INTERNACIONAL DOS DEVERES HUMANOS! (2) Já pensaram que, quando estão a lutar pelos vossos direitos, talvez eles não sejam tão vossos como pensam? (Todos) ACABEM COM ELES! (1) Vocês acham mesmo que a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi criada depois da 2ª Guerra Mundial para prevenir uma terceira? (2) AINDA HÁ GUERRAS TODOS OS DIAS! (1) A VIOLÊNCIA ESTÁ A AUMENTAR! (2) HÁ ASSASSINATOS A ACONTECEREM AGORA MESMO! (1) AS TAXAS DE CRIMINALIDADE NÃO PARAM DE CRESCER! (Todos) OS DIREITOS HUMANOS NÃO ESTABELECERAM A PAZ NO MUNDO!

(2) 30 Artigos não definem as nossas obrigações e os nossos privilégios neste Mundo. NÓS SOMOS INSIGNIFICANTES, UMA PESSOA NÃO MUDA ABSOLUTAMENTE NADA! (1) Não vale a pena terem um dia em que se sintam seguros, importantes e respeitados se nos outros 364 são fúteis e descartáveis! (Todos) ACABEM COM O 10 DE DEZEMBRO! (2) Travem os manifestantes que se dão ao trabalho de pedir ao estado e ao governo respeito pelos seus direitos. Eles não vão fazer nada para mudar isso. (Todos) PAREM DE TENTAR! (Todos) CHEGA! PUM! BASTA! Laura Ferro, Nº 14 e Lara Bento Nº 11 - 10ºA dezembro de 2020 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 37


LEMOS +, escrevemos melhor:: MANIFESTO ANTI-LIBERDADE (1) Algumas pessoas pensam que podem expressar-se livremente só porque têm o “direito à liberdade”. Pois bem, digo-vos: estes hábitos são narcisistas e todas as opiniões deveriam ser iguais. Afinal vivemos todos no mesmo país, temos que pensar todos da mesma forma. (todos) Abaixo as opiniões! (todos) Abaixo a liberdade de circulação! (todos) Abaixo a liberdade de escolha! (todos) Abaixo a liberdade religiosa! (todos) Abaixo a liberdade de voto! (2) Além disso, se continuarmos a deixar os nossos filhos escolherem o que querem estudar, em quem querem votar, o que querem fazer, com quem querem casar, o mundo vai cair em ruína. Pensem: Como é que alguém tão novo vai saber a resposta correta para estas questões? Não sabe! (3) É por isso que a educação tem de ser diferente. Afinal ela ajuda na criação destas ideias malucas que são impostas pelos professores. Segundo eles, estão a levar os alunos a pensar por si mesmos. Mas onde é que já se viu isto? (todos) Não à liberdade! Verdade é só uma! (1) E é no estrangeiro onde começam todas estas ideias extravagantes. Não podemos permitir que os nossos cidadãos viajem para onde querem, é preciso ter regras que controlem a troca destes ideais. Não se iludam com eles por serem novos, apenas existem para destruir a tradição que vem de há muitos séculos atrás, mas que serve perfeitamente para os tempos modernos. Afinal a sociedade pouco mudou. (todos) Digam não à liberdade de pensamento! A tradição deve continuar! (todos) Digam sim à opressão de ideias! (2) E não pensem por um momento que estas liberdades são benéficas e que respeitam a individualidade. Não tenham empatia por elas! O que será do mundo caso haja pessoas que discordam umas das outras, que pensam em levar a Humanidade a Marte, que falam de maneira diferente, que pintam quadros de maneira diferente, que veem com outros olhos! Ai, ai, ai, raciocinem! (3) E por isso pedimos que gritem connosco: (todos) Não à liberdade! Não à liberdade!

Cristiano Pinto, Laura Henriques e Carolina Simões – 10ºA 38 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2020


LEMOS +, escrevemos melhor:: Premika está de volta! “Um jogo online arriscado: e agora, Tiago?” é a nova aventura da Premika, uma androide cheia de recursos e cuja missão é ajudar todas as crianças do mundo a lidarem com a tristeza, a frustração, o medo e a solidão, tornando-as mais confiantes em si próprias. Nesta nova aventura, Tiago, que adora videojogos, mete-se num jogo de equipas online e conhece o BlackShark, um jogador que sabe tudo sobre videojogos. Tiago está fascinado por este amigo virtual, mas será que o BlackShark é mesmo tão fixe como o Tiago pensa? A coleção “Alerta Premika! Risco online detetado”é dirigida às crianças entre os 8 e os 11 anos no âmbito da segurança na Internet e é baseada nas narrativas das crianças recolhidas no terreno pela investigadora e coautora Teresa Castro. As histórias, construídas passo a passo a partir das escolhas do leitor, levam a diferentes desenlaces. Pretende-se dar ao leitor a possibilidade de refletir sobre as suas escolhas, participando na narrativa. Esta metodologia, além de dinâmica e reflexiva, pretende envolver as gerações na condução do enredo, convidando adultos e crianças a dialogarem sobre os riscos e as oportunidades da Internet. Este segundo livro traz o jogo de tabuleiro “Segurança na Internet” (este mesmo jogo existe em formato gigante para as atividades nas escolas) e um PictioNet para as crianças e as famílias se divertirem e aprenderem a navegar em segurança na Internet. Em fevereiro e março, foram feitas várias apresentações do “Um jogo online arriscado: e agora, Tiago?” nas escolas - apenas interrompidas pela declaração do estado de emergência - e esperamos que possam ser retomadas num futuro próximo. O Instituto de Apoio à Criança e as autoras desejam boas leituras e recomendam a máxima atenção das famílias para as situações de risco online exponenciadas pela pandemia, nomeadamente no que se refere à atividade dos predadores sexuais na procura de novas crianças e adolescentes online (videojogos, redes sociais-WhatsApp-).

Claudia Manata, coautora da coleção “Alerta Premika! Risco online detetado.”

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Duarte Vaz Estou a adorar participar neste projeto, pois ele é uma mais valia para nos tornarmos jovens proativos e empreendedores e, com ele, procuramos sensibilizar os demais com diversas atividades que abordam questões que necessitam de mudança para termos uma sociedade melhor.

Os alunos opinam! Beatriz Branco Na minha opinião, o projeto "Read and stand up- Levanta-te por uma causa" tem-me levado a envolver-me em assuntos muitos interessantes e importantes. Este incentivou-me a fazer algo acerca de temáticas que afetam a sociedade atual, a ser mais ativa, e, certamente, sem este, não me teria movido em prol destas causas. Está a ensinar-me a ser uma aluna e cidadã sensibilizada e que sensibiliza os outros para vários assuntos. Diana Pocinho Eu gosto muito deste projeto, pois acho que ele uniu mais a nossa turma na medida em que é uma boa maneira de convivermos e nos divertirmos e, ao mesmo tempo, procuramos sensibilizar as outras pessoas a servirem várias causas, causando assim impacto nas suas vidas e levando-as, por vezes, a mudar a sua maneira de ver o mundo e os problemas que nos rodeiam.

Beatriz Pinheiro Estou a gostar de participar no projeto, pois é uma forma de sensibilizar as novas gerações, ou seja, nós, de problemas que acontecem no mundo atual. Para este projeto, no dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres/homens, alguns elementos da turma, incluindo eu, trouxemos mensagens que colocamos no nosso vestuário para as fazermos chegar a outras turmas que não participaram no projeto e verifiquei que marcamos a diferença porque olhavam e liam-nas com curiosidade, tendo assim conseguido o nossa objetivo: sensibilizar, chamar a atenção, marcar o momento para abordar o assunto e refletir sobre ele.

Catarina Acúrcio O Projeto “Read and Stand Up” é um projeto

muito interessante no qual gosto de participar. Ajuda a desenvolver as nossas ideias, opiniões e criatividade, permite-nos obter novos conhecimentos e sensibilizar-nos sobre alguns temas e problemas muito presentes na sociedade. Está a tornar-nos cidadãos ativos e lutadores pelas nossas causas.

Madalena Pedrosa Eu estou a adorar este projeto! Acho-o muito dinâmico e permite trabalhar as nossas competências ao nível da leitura, da oralidade e da escrita, sendo que também é desenvolvido o nosso pensamento crítico em relação à sociedade em que estamos inseridos. Sendo assim, o meu balanço desta primeira parte é muito positivo. Sou uma pessoa que gosta deste tipo de atividades e acho que os meus colegas, uns mais que os outros, também apreciam, pois tivemos, como turma, um grande dinamismo, tendo já em vista outros projetos para os 2º e 3º períodos que irão ser ainda mais interativos em relação à comunidade escolar e serão ainda mais ambiciosos. 40 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2020

Laura Carvalho Gosto de realizar este projeto e acho que é uma boa iniciativa. Com ele desenvolvemos habilidades de comunicação e aprendemos a trabalhar em grupo e a aceitar as diferentes opiniões e ideias de cada um. Este projeto "abre-nos os olhos" para vários temas impactantes da atualidade e faz-nos pensar em soluções e novas iniciativas para os resolver. Ensina -nos a ser jovens proativos e empreendedores, o que é uma mais valia para a nossa formação como estudantes e pessoas agora e no futuro!


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