E-book - 2º Concurso Literário

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2022
Biblioteca Senac RIP
2ºCONCURSO LITERÁRIO LEITURA E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

2º CONCURSO LITERÁRIO

LEITURA E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Biblioteca Senac RIP 2022

INTRODUÇ

Ler é direito, se um livro reflexões ele em algum Leituras individuais e co diversos permitem que e movimentem pessoas de criar uma corrente c transformações.

“[…] a literatura tem sid poderoso de instrução currículos, sendo propo equipamento intelectua a sociedade preconiza, prejudiciais, estão prese manifestações da ficção dramática. A literatura c denuncia, apoia e comb possibilidade de viverm problemas” CANDIDO, Antonio. Dire In: A.C.R. Fester (Org.) D

Seguimos com o objetivo de integrar a instituição e incentivar a produção artístico literária, com a segunda edição do concurso literário.

O concurso exclusivo para funcionários e docentes do Senac nesta edição fez um convite de escrita através do tema da Semana Senac de Leitura: Leitura e transformação social.

Reunimos os textos inscritos crônicas/contos e poesias, neste e book para que todos tenham acesso ao material produzido pelos colegas.

Sumá

Meu personagem favorito Nada a dizer ........................ Um lugar transformador... Além do que leio/Além des Estava com saudades...de Leitura e transformação so Metamorfose........................

em um escritor!....................

“NÃO HÁ SAB OU SABER ME SABERES DIF

CONTOS CRÔNIC

LEITURA E TRANSF

MEU PERSONAGEM FAVORITO

Kira lia deitada na cama com as pernas pende Ali, imaginava os personagens, os lugares, e s Era como se fosse uma personagem também, vi A leitura era uma experiência enriquecedora sessão de leitura. A leitura era a sua fuga dos pr Sua vida, marcada por muitos problemas, tant para nada Mas isso mudava a cada personagem da lei rainhas, reis e princesas, todos eram important Ela adorava se perder em mundos que ela podi ela quisesse, essa liberdade era maravilhosa Com certeza era melhor do que toda a merda esquecer sua disfuncional família e focar em uns com os outros

Sua mãe mal a notava, seu pai parecia sempr velho que não lhe dava a menor atenção.

Ler era a única coisa que a mantinha sã, e ela e Quando ela entrou na livraria e andou pela tesouro escondido, e ela gostava de ver o que vez que esteve ali. Pegou um romance histórico e o levou pa compassivo Silenciosamente, Kira pegou o livro e o coloc ver. Era apenas um velho truque de livraria, m Assim como ninguém havia perguntado por braços por um bom tempo.

Deixando a livraria, Kira podia ver a escola do ano e, embora ela ainda fosse capaz de ver maioria das aulas já tinha acabado.

Entretanto, tinha que fazer o teste final de m para ficar reclusa em seu quarto e festejar na c No dia de ontem seu professor tinha lhe pedi para dizer a verdade, Kira não se importava momento da tão derrocada tomada do trono e e na primeira oportunidade correu para descobr

Tudo o que poderia fazer agora seria estudar mais para tirar uma boa nota, para que talvez ela pudesse chegar no conceito médio.

A verdade é que sua família nem perceberia se ela se arrebentasse na escola

Kira sabia disso, e, sentir se sozinha já estava virando um doloroso hábito. Como de costume, a calçada estava deserta, mas o portão e a grande porta da escola ainda estavam entreabertos.

Sua respiração ficou presa em sua garganta quando pensou um pouco mais Não queria lidar com udo agora, a existência daquele edifício, a sala de aula, seu professor e o teste de matemática, apenas esquecer de tudo era bem tentador.

Ela sabia que sua fuga estava em andamento e logo a escola estaria no passado, isto é, na quadra de trás

Mas quando virou a esquina viu seu professor, não havia nada mais que ela pudesse fazer Ela novamente detestava tudo o suficiente para se desesperar.

O fato é que seu professor percebeu sua tristeza e isso valeu alguma coisa, mas, na maioria das vezes, entendeu que as coisas eram o que eram, e ela não podia fazer nada para mudar isso. Seus dedos apertavam tanto o livro escondido que eles estavam se machucando.

O que atraiu a atenção de seu professor.

Kira, não se preocupe com a matemática. Ela é definida como a ciência repleta de lógica e de números Deixe que as figuras geométricas e das operações matemáticas se consolem

De alguma forma, aquelas palavras fizeram todo o sentido, eram personagens também, e que por ela não haviam sido notados e nem compreendidos. Seu estado mudou, sua respiração e seus músculos se acalmaram.

Professor, a matemática pode se importar?

Claro Kira, dependendo da área muito mesmo Por exemplo, como a aritmética que você estudou os números, a geometria que você estudou as figuras. As quatro operações matemáticas, odas são personagens em nosso mundo.

Professor, mas a matemática é difícil e complicada Como eu vou gostar de um personagem assim?

É por isso que você precisa do ambiente correto. Reis ficam em castelos, carros velozes ficam nos campeonatos de corridas. Os ambientes do nosso personagem são as várias áreas do conhecimento.

Áreas do conhecimento?

Veja, a nossa personagem auxilia como estudiosa da natureza e seus fenômenos que a caracterizam. A matéria, a energia e as suas interações. Nossa personagem ganha a forma da física, ora com poderes mecânico, ora poderes elétricos, podendo saber muito mais que nós sobre as refrações da luz na óptica, saber o que se fala mesmo de longe entendendo da acústica e como o som se propaga no meio. Até poderes magnéticos. E todos juntos usam seus poderes para resolver problemas na minha vida, na sua e na de todos.

Sabe de uma coisa?

Não, o que professor

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Tenho certeza de que até neste livro que matemática.

Kira sorri, percebendo que ele notou seu tesour Mas será que eu vou reconhecê los?

O segredo é não ter medo, deixe eles a v familiarize até que eles façam parte important

Kira pensou e logo percebeu que estava conve Kira se despediu e correu para casa

Ao entrar, sua mãe a abraçou parecendo ter enc Kira ficou imóvel, até que retribuiu o abraço. Pensei que não se importava comigo. Sua mãe sorriu Filha, deixei você criar seu espaço pois pr Sempre estive aqui, sempre!

Kira chorou e reclamou, falou do pai que anda irmão que não falava mais, apenas a ignorava Enquanto falava, não notou sua família reunida Um minuto! Pede a mulher para a plateia que estado de São Paulo.

Minha mãe enxugou minhas lágrimas com Naquele dia lembrei do que meu professor dis “Nunca desista dos personagens em seus sonhos. destemor. Acredite que você é capaz de venc vitória será a sua tarefa diária Sua vida é uma e conhecê las e lutar por elas Seja forte e d Não existe limite para seus personagens, não em si mesma que possui todos eles.”

E é por isso que estou aqui com vocês, mostra ao longo de minha vida

Um mundo melhor, se faz com a leitura e a oportunidade apenas se comprometa com problemas, foi assim que aprendi, foi assim que

Autoria: Marcus Facine

NADA A DIZER

A crônica do Antônio Prata despertou interesse: havia, a esposa do motorista, ecido? A do Gregório, pontuada com vírgulas, apresentou as exigências sobre a vida de uma nina que se torna mulher e tem uma filha menina e a história começa de novo. A de Clarice, seguida, foi um desabafo: ela não sabia o que escrever no papel branco que a encarava nquilo, e, então, ela só saberia quando o fizesse, lápis em folha. Ainda, dizia que não se stumava a ser chamada de escritora, porque só se sentia escritora quando estava, de fato, revendo em nenhum outro momento mais. so foi depois do Sarau que organizamos no Mirante, que ocupou a tarde com poema, teatro e sica. Em sala, os ânimos ainda batucavam no ritmo do coração, acelerados. Deu-se o tempo e, teriormente, apresentou se o conteúdo: quem sabe o que é uma crônica? Antônio Prata, egório Duvivier, Clarice Lispector A sala foi do estrondo ao silêncio. Entregues os papéis, os nos estavam concentrados nas suas próprias produções. Tocavam, nesse momento, a literatura; iam, gritavam e dançavam por meio de letras cursivas ou de formas, retas, tortas, marcadas no pel Escreviam sobre os supermercados, o transporte público, a paralisação das rodovias, a ração cachorro, os romances da juventude: assuntos do cotidiano, como pede uma crônica E, dentre as as crônicas recebidas, uma chamou minha atenção.

aluna dizia que escrevia para não ficar com observação negativa, apenas, e afirmava, nas meiras linhas que antecediam outras vinte, que não tinha nada a dizer Perceba: nas primeiras has que antecediam outras vinte Palavras e mais palavras preenchiam o papel que a aluna xergava vazio, ainda que estivesse menos branco do que escrito. Qual nada a dizer é feito de tas palavras? Justificava se por fazer o simples e ordinário, mas gastava a caneta rosa para pressar os mais profundos sentimentos Reivindicava ao professor para que não a avaliasse mal, mo se declará los não pudesse, de maneira alguma, formar uma crônica Mas, pode E, podendo, ma. Tendo consciência ou não da sua transformação, a aluna, assim como Clarice, quando revia, não era nada que não fosse uma escritora.

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Autoria: Felippe Paolucci de Andrade

UM LUGAR TRANSFORMADOR...QUE ENTUSIASMA UM BOM LEITOR EM UM

ESCRITOR!

Pois é, amigos Depois de anos trabalhando que transforma a partir da educação Um luga para ser a ponte para o desenvolvimento de se Durante os anos que se passaram presenciei a no potencial que todos nós temos Cresci como pessoa e profissional, pude bebe saberes com tantas pessoas.

E o tempo foi passando e todas as imagens valeu a jornada que estava passando E hoje ao revisitar todos os momentos consi onde estou, no entanto, alguns indícios de que presenciei colegas adoecendo, amigos se “desligarem” e eu sentindo os efeitos de um a excesso de chefes e a falta de líderes que honr lembrei da crônica “Rei dos Dedos”, Moacyr ao mesmo corpo.... Mas alguns, é preciso di alguém precisa se impor, alguém precisa manda Cenário que trouxe muitos afastamentos, sentimentos não expressos e hoje somente estudantes é que me fazem sentir o desejo de c O aprendizado gerado ao longo da minha compartilhamento me estimulam a acreditar q para o meu desenvolvimento enquanto ser hum Grata ao mundo da educação de qualidade que social acesse o mundo que transforma vidas!

Autoria: Esperança

POESIA

ALÉM DESSE

Dê uma pausa, respire profundamente nas pági sinta a doçura invadir seu ser através do off se Este ato é como o óleo das azeitonas, é inexplicável, impregna na alma, acontece

A vontade de ler quando vem forte é um desat negá la te faz réu, até que mude para retomada Mas seja rápido não demore ainda que vesper são muitas escolhas, poemas, contos, teatro de Nada de se entregar a paixão da página inicial no meio da trama é que está a queima das vende E nunca pare bem ali onde todos apontam o fi a escrita não finda, vai além das páginas e letr

Encontrando espaço mesmo ante a indiferença mudança social chega nas palavras do papo re Não finaliza deitada nas cinzas da convalescenç mas se entrega por inteira na ação e no projeto. Na leitura posso encontrar um beijo muito biz Dizem que acontece com quem se entrega por Mas também encontro a dor, o medo que sem Mão na lagrima, viro a página, olhar sorrateiro.

Tentar compreender o mundo em que vivemo Mas não deixe de questionar, pergunte até ent Para acessar o conhecimento basta a leitura O resto se adquire, simplesmente vem, isso é o pode

ESTAVA COM SAUDADES...DE LER BRASIL

conto de uma lenda inicia sempre uando a narrativa traz, algo que já aconteceu, esmo que terrível, para quem ouve, alguma forma trazer algum aprendizado, lvez crie com simbologia retratada intenções de que não ocorra novamente.

r nas entrelinhas, ler atentamente, r exige suor, pois precisamos refletir razer para a vida palavras mortas à tinta, ja qual estilo for, todos é melhor que um.

h a magia da leitura, agia é viver livre e amar rtencer na sua totalidade e não em doses, r representado na sua legenda, não por um candidato específico imaginário criado, num mito m muitas vezes da crença que de um conto ue não foi nem preciso aumentar um ponto, os fez ter saudades de quando tudo era diferente nos fez perceber que o brasileiro ri quando deve chorar as sua força está perdida na marca que causaram

o é um fato, mas uma metáfora da vida ue só se aguenta tantas adversidades, uando há persistência. esmo a leitura derrubando mitos, receu ser uma fábula quando a ficção rnou se real, não moeda, mas ausência dela na mão. i vendaval ao se fazer simbologias, m solução e noção, com religião, urante a festa junina, com enfeites, mo com alegorias, parecendo que não tínhamos mais bandeirinhas.

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É preciso ter raça, Não sendo sinônimo de uma divisão arbitrária Mas com variedade, pois sem ela perdemos a f

É preciso ter gana, Vontade, mas sem ódio e desejo de vingança

É preciso apoiar as Marias, mas também é apoi Kauã e Ubiratan e não ser obrigado a definir s E isso ser ainda encarado de forma estranha Liberdade para ser como queremos ser.

É preciso ter fé na vida, nome registrado ou soc Ter cotas, casa, comida, ter auxílio, ter alegria Ser enxergado, ser incluído, ter escola, bibliotecas, lazer, respeito e ter inspiração.

Ter a oportunidade de ler, trabalhar e sonhar Tenho saudades do que ainda não vivi, Tenho saudades de quando a verdade valia ma Tenho saudades do meu Brasil, onde rir não e

Autoria:

LEITURA E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

ansformação social sem a leitura como fundamental? todo mundo soubesse... mos tanto que aprender pela frente; é mesmo para ampliar a crítica do valor vigente; m nenhuma dúvida... ra o sucesso no mundo profissional; mportante o desenvolvimento intelectual; o momento em que muitos querem ter razão; r que não apostar na imaginação? leitura influencia no agir, pensar e falar; o tem como negar; reflexão é: mpreender e ser compreendido não viver focado no seu próprio umbigo. nda encontramos aqueles que ousam dizer: O livro não garante comida na mesa! a, ora quanta frieza!!! as me diga com franqueza uem resiste a uma gentileza? mecemos a colocar a leitura em prática; ra não nos condicionarmos apenas a didática o âmbito social a leitura transforma; faz o ser humano ver o que verdadeiramente importa. postemos nos resultados significativos do grupo social; nesse lugar que o homem verdadeiramente encontra o seu valor fundamental

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Autoria: Iana Cristina de Melo

METAMORFOSE

Era uma vez...

Uma menina que queria ser escritora. Ou seria professora? Nos livros, ela mergulhava E contava histórias, longas; ali se transformava

As melhores eram as de princesa! E assim a menina se sentia Uma princesa que sonhava, acreditava, fantas Nos livros, ela se encontrava. E crescia mulher forte, trabalhadora; ali se em

“A educação sozinha não transforma a socieda sem ela a sociedade muda”, já dizia Paulo Fre Então essa mulher se tornou escritora! Então essa mulher se tornou professora!

E... Se a leitura é uma forma de transformação s Essa menina, agora mulher, não se transformou sozinha, Ela se tornou mobilizadora, educadora e multi Acredita e faz, reflete, age, luta.

Além das histórias dos livros, ela participa das Ela aprende a fazer maiores perguntas. Ela prefere o enredo ao final... Isso, na vida re Nas histórias dos livros? Claro que ela ainda a “E viveram felizes para sempre!” Fim

Autoria: Senhora (pseudônimo)

AGRADECIMEN

A Biblioteca Senac de Ribeirão participantes, comissão julgado na construção do 2° Concurso E disse Carlos Drummond de A “Não somente uma certa ma coisas, senão também uma im de qualquer outra maneira...

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