A alma nova

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O manto dos horrores, E o gládio vingador das cóleras celestes Ó noite dos amores,

Retomas o tom puro e santo do mistério Da pálida mulher Que vai colher, cismando, um lírio ao cemitério E ao campo um malmequer!

Em horas de tormenta és a mulher colérica! Até cospes na cruz! E formam-te espirais na coma atmosférica As víboras de luz!

Porém no teu regaço, altivo, casto, enorme, Em doce e plena paz, É que a virtude sonha e que a desgraça dorme


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