Jardim Botânico de Isabel Duprat

JARDIM BOTÂNICO Isabel Duprat Zanardi, Bianca; Universitária; Centro universitário da Belas Artes de São Paulo, Bianca@zanardi.pro

Resumo:

Isabel Duprat é uma paisagista na qual é apaixonada por seu trabalho, seu interesse por paisagismo começou na infância e foi semeado pela a mãe.

Em 1983 abro seu próprio escritório, e em 2002 seu marido se juntou a ela, trazendo uma grande contribuição aos jardins que projetavam.

Em seus projetos Isabel Duprat costuma tentar incluir as plantas já presentes do lugar e usar novas para criar uma paisagem diferente. E também ela costuma sempre tentar adicionar plantas nacionais em seus projetos.

No jardim botânico não poderia ser diferente.

Palavras chave: Jardim Botânico, Isabel Duprat, jardins

Biografia:

Isabel Duprat nasceu na cidade de São Paulo, em 1954. Formou-se na faculdade de arquitetura e urbanismo Mackenzie e atua como arquiteta paisagista há 42 anos.

O prazer de semear, plantar e ver crescer, sobretudo arvores, foi cultivada e estimulada pela mãe. Desejou fazer botânica na infância e na adolescência à curiosidade e o gosto pela arquitetura surgiram. Fazendo assim o caminho do paisagismo obvio.

Fez estágio com Roberto Burle Marx e fazia expedições em busca de novas espécies vegetais promovidas pela a botânica Nanuza de Menezes e seu grupo de pesquisa da USP. Em 1983 criou seu próprio escritório de projetos e execução de jardins e uma loja de plantas em uma chácara, que foi passa pelo Sr. Fernando Silva, um jardineiro português de enorme conhecimento com quem aprendeu muito sobre plantas.

Em 2002 o marido Manoel Dubeux Leão, musico e engenheiro agrícola se juntou a ela no escritório trazendo uma grande contribuição na coordenação dos trabalhos de jardins que projetam.

Imagem 1 (https://www.isabelduprat.com/isabel)

Hoje seu escritório conta com a participação de 7 funcionários sendo eles 4 arquitetos, 1 assistente administrativo, 1 secretária, e uma consultora na área de tecnologia e conteúdo.

Isabel também utiliza seu tempo também para escrever artigos e poemas sobre a importância e a necessidade da natureza no nosso dia a dia. E também da beleza e da tranqüilidade que ela pode nos passar somente por estar lá.

Em seus textos, nos quais ela mostra com uma incrível leveza e precisão a forma como ela enxerga as coisas. E a maioria dos seus textos são sabre natureza formas e cores. Possibilitando-nos entender melhor as escolhas que ela utiliza em seus projetos.

Seu nome também está presente em varias revistas e também é citada em vários artigos sobre paisagista e está sendo um grande destaque com seus novos projetos a tornando uma das melhores paisagista nacionais.

Imagem 2 (https://www.isabelduprat.com/publicacoes)

E seu sucesso só vem aumentando. Com seu novo projeto que foi desenvolvido para o Centro de pesquisa e ensino Albert Einstein.

No qual ela teve que se preocupar com espaços para as pessoas poderem circular pelo campus e também em áreas nas quais as pessoas pudessem socializar e fazer seus trabalhos em áreas informais, e fazer co que o ambiente não ficasse

totalmente carregado de plantas e as pessoas pudessem se sentir confortável em permanecer horas naquele mesmo local.

E esse projeto foi feito com maestria e foi inaugurado recentemente. Já causou grandes comoções de tão belo que ficou.

Seu tempo com Burle Marx:

O site da Bamboo publicou texto da paisagista Isabel Duprat: “Roberto Burle Marx nos contagiou com sua inspiração abençoada. Criou uma nova linguagem de paisagismo a partir da matriz traçada pelo modernismo. Com uma perspectiva própria e original, se mostrou um homem comprometido com o espírito e a técnica do seu tempo, envolvido em projetos e intervenções que visavam organizar e transformar o ambiente, harmonizando homem e mundo natural. Sua rigorosa formação na disciplina do desenho e da pintura se iniciou em Berlim aos 19 anos. E foi sob o impacto de uma exposição de Van Gogh que decidiu ser pintor. “Foi tão impressionante que ele fez essa escolha por mim”, Roberto uma vez comentou. Ao mesmo tempo, nas estufas do Jardim Botânico de Dahlem, se encantou com a exuberante flora brasileira. A sincronicidade dessas descobertas sempre permeou sua vida, se alternando e se mesclando: a pintura e o jardim como forma de expressão de sua arte. “Quero ver, por isso desenho. Não quero fazer pintura que seja um jardim. Se faço jardim, não quero fazer pintura.” Lembro-me com prazer, recém-saída da faculdade de arquitetura, de subir deslumbrada, todas as manhãs, a rua Cardoso Júnior no bairro carioca de Laranjeiras – onde ficava o seu escritório –, mal podendo acreditar na alegria de estar ali”.

E em meados dos anos 1990, Isabel comandaria a primeira recuperação do paisagismo que passou a abrigar o centro cultural. No qual estava ajudando Burle Marx por conta de seu estágio, e quando o projeto foi levantado para fazer a recuperação seu nome foi um dos primeiros a ser falado.

O jardim botânico:

Era um grande espaço vazio em pleno Jardim Europa com uma caixa de Água no meio do terreno. O local sempre despertou uma grande curiosidade em Isabel durante suas caminhadas na infância e adolescência.

Então ela sempre se perguntava o que iriam fazer com aquele terreno. Muitos anos depois coube a ela decidir o que fazer.

Um morador do rio de janeiro que comprou uma casa em São Paulo para ir e vir por necessidade de trabalho, e a casa era uma massa recém construída acumulando maneirismo neoclássico que culminavam na tentativa de um jardim a moda francesa.

Imagem 3 (https://www.isabelduprat.com/jardim-bot%C3%A2nico-)

Eles não gostavam mais a localização agradava. E casa estava em ótimas condições não fazia sentido demolirem. A vegetação seria a solução para mudar a ambiência e, sobretudo fazer com que se sentissem bem na cidade.

Ela fez uma grande reforma no jardim refazendo seus trajetos, e deixou a vegetação tomar conta dos muros de divisa, e invadir as bordas da piscina.

Dois anos depois os moradores decidiram comprar o terreno vizinho para poder ampliar seu jardim.

Imagem 4 (https://www.isabelduprat.com/jardim-bot%C3%A2nico-)

Quando se deparou com o terreno, não viu uma grande variedade de arvores apenas algumas goiabeiras, alguns fícus, uma Santa Bárbara, grumixamas, as árvores mais bonitas do terreno, uma jaqueira e uma mangueira.

Foi então que a idéia de fazer um jardim botânico surgiu. “um lugar que guardasse árvores tão especiais como as que sonhavam que habitavam este lugar.”

Colecionamos exemplares já maduros com alturas entre 7 e 12 metros, como paubrasil, cedro, canafistula, guarantã, erytrina verna, sapucaia, triplaris, pau ferro, paus mulatos, mongubas, ingás, jatobá, ipê roxo, rosa e amarelo.

Um passeio de pedras percorre estes exemplares valiosos das nossas matas, verdadeiros monumentos vivos. Este percurso pelas árvores traz de passagem inúmeras texturas, formas e cores de folhagens e arbustos, como begônias, crinun, alocasias,

xantosoma,

Calateas,

medinillas,

samambaias,

filodendrons,

esparramados em grandes tapetes pelo chão, fazendo a integração com o antigo jardim. A casa passou por uma reforma para se abrir para a nova área através de um pátio de granito rosado que desenhei, incorporando alguns fícus benjamim existentes.

Foi quando percebeu que a antiga piscina já estava pequena para dimensão do projeto, mas decidiu que não iria a aumentaria, porem recebeu um novo revestimento de ardósia de forma que refletiria a vegetação á sua volta e continuasse ali quieta.

Imagem 5 e 6 (https://www.isabelduprat.com/jardim-botanico)

E também é possível notar a presença de varias esculturas espalhadas pelo jardim.

Fazendo assim uma bela composição de paisagem, pois as cores escolhidas foram sempre ou neutras (como o cinza) ou coloridas para chamar atenção e dar contraste com a vegetação ao redor delas.

Curiosidades técnicas: 

O projeto teve uma área de intervenção de 3800 m²



Passou por três reformas ao longo do tempo, sendo elas: a primeira quando a casa foi construída, a segunda quando fizeram a intervenção no jardim, e a terceira quando comprar o terreno vizinho e ampliaram o jardim.



O projeto foi executado de 2008 - 2013

Considerações finais:

Como dito anteriormente em seus projetos Isabel Duprat costuma tentar incluir as plantas já presentes do lugar e usar novas para criar uma paisagem diferente. E

também ela costuma sempre tentar adicionar plantas nacionais em seus projetos.

Com uma grande variedade de cores, formatos e tamanhos diferente, formando uma bela paisagem nova Então seus projetos sempre possuem um tom de brasilidade neles. E isso veio dês de seu tempo com Burle Marx E em uma entrevista ela falou que quando passa pela a rua onde está localizado o jardim, ela se enche de alegria e felicidade ao ver a bela cobertura arbórea que continuam a crescer, em cima do muro, onde estão protegidas pelo um lindo jardim botânico.

Referências:

https://casacor.abril.com.br/paisagismo/projetos-de-paisagistas-brasileiros-inspirarconhecer/ https://www.isabelduprat.com/jardim-botanico http://radardecoracao.com.br/paisagista-isabel-duprat-relembra-momentos-deaprendizagem-com-burle-marx/ https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2015/05/05/casa-dos-anos-40-temjardins-tropicais-de-burle-marx-piscina-e-bosque.htm