Bocas 23 março

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Dia Mundial da Poesia 2014

POESIA EM SEGUNDO PLANO

FAÇA LÁ UM POEMA! Em iniciativa conjunta, o PNL e o CCB organizam um concurso , no âmbito do Dia Mundial da Poesia 2014, como forma de incentivar o gosto pela leitura e pela escrita da poesia. A Escola de Santa Clara aceitou o desafio! Aqui apresentamos os poemas dos alunos que representarão a Escola Sta. Clara bem como os dos outros participantes.

PORTUGAL

NEVE

Oh! Portugal amigo meu Que tanta história carregas Não há País mais belo como o teu Em nenhuma das outras terras.

Eu fui à janela e vi Tudo coberto de branco, Era a neve a cair Tapando o mundo com seu manto.

Muitos antes de apareces Já o destino te criara Mas que futuro tão risonho Que Deus te traçara.

Saí lá fora e vi A terra sem cor, sem brilho, Só havia pegadas de animais Seguindo por um modesto trilho.

Foste forte e glorioso E muitos mares enfrentaste Percorreste todo o mundo Carregando nas costas, teu estandarte. Estandarte que era teu Teu por direito Carregando a bandeira Sempre com orgulho e respeito. Nas bocas do mundo andaste E nos mares também Não havia Adamastor que te travasse Pois claro, como tu não há quem! Está-te no sangue desde sempre Povo nobre e hostil Conhecido na África, Ásia e Europa E mais tarde no Brasil. Tais peripécias feitas Como nunca ninguém fez Por isso posso gritar bem alto Tenho orgulho em ser português. Rodrigo Campaniço (8ºA )

MARGARIDA

Fiquei parado, pasmado, e vi Um mundo tão misterioso, Árvores e cascatas congeladas, Um lago de gelo maravilhoso! Por fim, parou de nevar! E eu pensei baixinho Como aquele imponente branco Me fazia sentir tão sozinho. Mas depois vi as crianças A magia e a alegria estavam no ar, Vi a neve de outra maneira E também fui brincar!

Pedro Balça (6º D) 2ºciclo MAR DA DEPRESSÃO Mar, mar, mar Ouve a minha depressão Gostava de namorar Mas estou na solidão. Sentes o que eu sinto Em ti sinto opinião Ajudaste-me a crescer E a sair da depressão

Margarida é uma flor, Tão bela, tão bonita Que quando os raios de sol da manhã Lhe tocam Ela floresce, cheia de vida

Mar da depressão A ti já não dou a mão Queres o corpo Mas dou apenas o coração.

Já ao anoitecer Quando ela se recolhe Ainda ilumina a minha vida Por isso tenho orgulho Em lhe chamar Margarida.

Falecer aqui Ficar eternamente Porque em ti vi Um mar de gente contente Por prevalecerem presentes em ti. Renato Rainha (9º

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Venha leitor! Ponha o pé! Numa verdade das terras rurais. Assiste ao quão difícil é Chegar palavras poéticas aos demais. Não pretendo dizer mal! Só quero fazer uma crítica Não muito analítica Da minha terra natal. Não sejamos desonestos, Nem, por outro lado, modestos! O que esta terra tem de boa, Já o tinha antes de haver Coroa. Planície com papoilas, trigo e cevada Tão bela é como o Amor Talvez porque foi lavrada Com esforço, trabalho e suor. Presente: situações estão alteradas (A ironia é que custa limpar um canteiro…) Oh! Pobres almas fatigadas… Descansem encostadas ao sobreiro. E nada para fazer… Pois já está tudo feito… Vêem o rio nascer E afundam-se no seu leito. Mas a vida ficou complicada!... Entrámos num ciclo de sobrevivência Pois quem não tem vida atarefada Ou é emigração ou é demência. E quem vai por aí agora Está a escolher um duvidoso caminho… Ainda chega à cidade de Mora E lá encontra o seu vizinho… Aqui entram as novas gerações Têm uma vida nova a percorrer: Ou vivem-na como vilões, Ou perdem-se sem saber. Até que acaba por vir ter comigo Brisa de vento, em tom soprano. Sussurra-me …quase um amigo… Ah! Nosso Alentejo, tão alentejano…

Mauro Alves (9ºA) 3ºciclo


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