REVISTA
CURTA
EDITORIAL Heróis certamente são um dos nossos assuntos favoritos, sejam eles quais forem, as narrativas envolventes daqueles que tem como missão salvar a vida de outras pessoas sempre deixam nossos corações quentinhos - as vezes de ódio. Hércules (1997), o filme da sessão de hoje, foi dirigido por Ron Clements e John Musker e conta a história Hércules, o adolescente semideus, que precisa passar por
testes antes de ir morar com os deuses no Monte Olimpo. Um dia normal na vida de qualquer um, né? Aqui na revista Curta e sobre esse filme vamos falar um pouco sobre os perrengues que esse personagem e outros heróis passam, um pouco sobre os vilões que amamos e até sobre psicologia porque afinal de contas o CineCom também é cultura.
Julia Lourenço
NESTA EDIÇÃO 3
Ficha Técnica e Sinopse
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Humanidade dos Deuses
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Hades, um “vilão” aclamado
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Um arquétipo do herói
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Dicas de cinéfilo, playlist e dica Cinecom
HÉRCULES Hercules, 1997 Direção: Ron Clements, John Musker Roteiro: Ron Clements, Barry Johnson, Don McEnery, Irene Mecchi, John Musker, Bob Shaw Elenco: Susan Egan, Tate Donovan, James Woods, Danny DeVito Nacionalidade: Estados Unidos
Sinopse
Hercules, filho dos deuses, foi capturado quando bebê por Hades e forçado a viver entre os mortais como metade homem e metade deus. Agora um adolescente, Hércules precisa realizar um rito de passagem na Terra para provar-se digno de viver com os deuses do Monte Olimpo. Com seu a judante, o sátiro cora joso Filoctetes, Hércules deve aprender a usar sua força para derrotar uma série de criaturas malignas.
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Humanidade dos deuses
O filósofo Xenéfones (570-480 a.C.) definiu a forma como os gregos lidavam com suas divindades em uma frase: “Os homens criaram os deuses à sua imagem e semelhança.” Há uma demasiada condição humana nos deuses, eles tinham pontos fracos em certos sentimentos, fofocavam, rivalizavam e guerreavam entre si; sempre tendo essa veia. Muitos deles eram entidades de sentimentos em si, como Afrodite que era a deusa do amor. Toda essa mitologia foi sendo absorvida pela sociedade ocidental, alguns são nomes de lugares, de sentimentos, de doenças, outros serviram para contar histórias e passar ensinamentos por essas alegorias. Caso do famoso Hércules que se tornou o principal herói da mitologia greco-romana, sendo retratado em inúmeras obras tanto da área da pintura e
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escultura como da literária e posteriormente da cinematográfica. A produção da Disney traz o herói interpretado como um exemplo de pessoa, justo, altruísta e defensor dos fracos e oprimidos, quase invencível, ou seja, praticamente uma verdadeira divindade. Porém nossos heróis, além dos seus sentimentos humanos, possuem pontos fracos, como Aquiles e seu tornozelo, local onde a sua imortalidade não atingia. Fazendo com que ainda que ele seja tão próximo de ser uma divindade em si, ele ainda tenha questões humanas em sua natureza.
João Martins
hades, um “vilão” aclamado O deus Hades é uma figura muito conhecida da mitologia greco-romana, sendo chamado de Plutão pelos romanos, seu domínio é o submundo, o reino das almas, o que faz com que não seja considerado um olimpiano como os outros doze deuses principais. Sua história se inicia ao ser engolido por seu pai, o titã Cronos, e salvo por seu irmão mais velho, Zeus, que se torna o deus dos céus e designa outros reinos para seus irmãos caçulas. Outro fator interessante a respeito da narrativa histórica do deus é o rapto e o casamento com a deusa Perséfone, sua sobrinha, que resulta na combinação paradoxal de vida e morte, trazendo riqueza para o solo. No filme da sessão, Hércules, Hades aparece mais sombrio do que suas antigas representações como estátua, com a pele azul e cabelo em chamas, além de uma personalidade
sarcástica, mórbida e cheia de peculiaridades divertidas. Esse comportamento inusitado fez com que o “vilão” ganhasse a admiração de diversos fãs da obra cinematográfica, tanto que ganhou uma versão live action no terceiro filme da trilogia Descendentes da Disney, que fala sobre os filhos dos personagens de contos de fadas, e aparece em diversas fanfics dos fãs. O desenvolvimento da história é preenchido com o jeito divertido do vilão debochado, deixando o filme mais engraçado.
Ana Vitória Messias 5
um arquétipo de herói Quando desenvolveu sua teoria da psique humana, Carl Jung usou o conceito de arquétipo, que quer dizer “padrão original”, para mostrar certos modelos de comportamento no inconsciente coletivo dos seres humanos. Jung os define em 12 tipos, embora existam mais, cada tipo tem suas características específicas. No filme e no mito de Hércules, pode-se perceber que o personagem se encaixa perfeitamente no arquétipo de herói. Com sua sede de batalha, Hércules busca o tempo todo provar o seu valor através de atos de coragem, mesmo quando enfrenta desafios, como a história dos famosos “12 trabalhos de Hércules”. Como ele prova seu valor através da bravura, seu maior medo é ser considerado um covarde. Apesar de ser arrogante e ter consciência do seu poder, o herói sempre acaba precisando recorrer a alguém quando precisa de a juda. Hércules é considerado um semideus (metade humano/metade deus) pela mitologia.
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Filho de Zeus, o maior de todos os Deuses, ele herda muitas características do pai, e como qualquer deus grego, acaba as combinando com suas fraquezas humanas gerando o pacote perfeito de qualquer ser celestial da mitologia grega. Essas fraquezas humanas, são o que transformam Hércules no herói perfeito, humano, mas ainda assim poderoso e comum.
Mariana Ribeiro
dicas de Maria de Lourdes do Couto é professora de história do ensino médio e gosta de filmes policiais, romances e ficção científica por causa de suas tramas. Confira sua lista de filmes favoritos:
Top 5 favoritos 1. Planeta dos Macacos (Tim Burton, 2001)
2. Doutor Jivago (Boris Pasternak., 1965)
3. O Guarda Costas (Mick Jackson, 1992)
4. O carteiro e o Poeta (Michael Radford, 1994) 5. Mentes Brilhantes (Ron Howard, 2002)
playlist
amizade Wannabe - Spice Girls •
Count on Me - Bruno Mars • I’ll Be There - The Jackson 5 • Warrior - AURORA • You’re My Best Friend - Queen •
dica cinecom
nostalgia • Karatê Kid - A Hora da Verdade (1984) • Os Caça-Fantasmas (1984) • Esqueceram de Mim (1990) • Edward Mãos de Tesoura (1990) • Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981)
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próxima sessão
Castelo Rá-Tim-Bum A próxima sessão será dia 27 de outubro.
Revista curta | edição 44 - Outubro/2019 Orientador: Albert Ferreira Edição Geral: Julia Lourenço Projeto Gráfico: Brenda Scota,
Beatriz Valente Reportagem e Redação: Mariana
Ribeiro, Ana Vitória Messias, João Martins Revisão: Maria Cecília Couto Diagramação: Beatriz Valente Crédito imagens: Beatriz Valente (capa) e reprodução (pag. 2-8)
