REVISTA
CURTA
EDITORIAL Na nossa segunda exibição de agosto, trazemos para vocês uma das mais populares animações do cinema japonês. Do renomado Estúdio Ghibli, com roteiro e direção de Hayao Myiazaki, A Viagem de Chihiro, ganhou o Oscar de melhor animação em 2003, e teve concorrentes de peso como, Lilo & Stitch e A Era do Gelo. O filme narra as desventuras da pequena Chihiro após ir parar em um mundo mágico onde seus pais
são transformados em porcos; Chihiro se vê até mesmo sem o próprio nome em um mundo estranho, mas algumas pessoas que não foram tão receptivas no ínicio, se mostram dispostas a a judá-la a mudar de situação. Aproveitem a sessão, e se deixem levar pelo mundo de cores e seres mágicos de Chihiro, mas é claro, degustando a pipoca que é por nossa conta!
Mariana Ribeiro
NESTA EDIÇÃO 3
Ficha Técnica e Sinopse
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O olhar crítico da obra
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A viagem da vida adulta
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Como surgiu as animações japonesas?
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Dicas de cinéfilo, playlist e dicas cinecom
A Viagem de Chihiro Sen to Chihiro no Kamikakushi, 2001 Direção: Hayao Miyazaki Roteiro: Hayao Miyazaki Elenco: Myiu Irino, Rumi Hiragi, Akio Nakamura, Bunta Sugawara Nacionalidade: Japão
Sinopse
Chihiro e seus pais estão se mudando para uma cidade diferente. A caminho da nova casa, o pai decide pegar um atalho. Eles se deparam com uma mesa repleta de comida, embora ninguém esteja por perto. Chihiro sente o perigo, mas seus pais começam a comer. Quando anoitece, eles se transformam em porcos. Agora, apenas Chihiro pode salvá-los.
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o olhar crítico da obra
A obra de Hayao Miyazaki é muito mais do que um simples filme infantil que venceu um Oscar. Enquanto conta a história da aventura mística da jovem Chihiro, o enredo explora problemas sociais com grandiosidade e sutileza, ou seja, utiliza críticas duras de uma forma subjetiva, que faz com que o público juvenil absorva o conteúdo encantado com a magia e com que os mais velhos questionem e reflitam a respeito. O trabalho infantil e o mercado sexual do Japão são as duas maiores críticas apresentadas, a principal só tem dez anos e se encontra em uma situação aterrorizante para alguém de sua
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idade, resultando em sua ação de aceitar trabalhar em uma casa de banho para homens que pagam, também, para deitaremse com as funcionárias do local. O personagem de máscara que persegue a garota, sempre lhe oferecendo ouro, é a caracterização desse comportamento malicioso da comercialização de corpos jovens. Um dos outros simbolismos que foram incluídos é a crítica à ganância e ao exagero do consumismo, representada pela figura dos pais da menina ao virarem porcos por serem descuidados e movidos pelo desejo. Os acontecimentos tratam-se do caminho de amadurecimento dela, a passagem da infância para a adolescência em busca de seu verdadeiro eu.
Ana Vitória Messias
a viagem da vida adulta Se perder em outro mundo, foi o que aconteceu com Chihiro após seus pais se tornarem porcos e ela se ver sozinha em meio ao estranho. A pequena Chihiro passou pelo medo e sozinha, mas teve grandes aventuras e tirou grandes aprendizados de toda situação. Ela passou na infância, mas não é por isso que passamos quando chegamos à vida adulta? Quer dizer, nossos pais não se tornam porcos, mas ficamos sozinhos no mundo e precisamos fazer nossas próprias coisas. Cortar o cordão umbilical pode ser muito doloroso, desde ficar sozinho o dia todo, até separar o dinheiro das contas do mês, mas o aprendizado é maior a medida que se alcança independência. Querendo ou não, nós saímos de casa, mas a independência é consequência em qualquer situação. Essa independência pra uns pode não ser muito novi-
dade, mas para outros pode ser sinônimo de irresponsabilidade e decisões erradas. Não importa a idade, as decisões são a parte mais difícil da independência, quando não se tem quem as faça por você, a vida se torna muito mais séria, carregar o peso das consequências pode ser agdo demasiadamente doloros. Mas é essa parte que nos dá maturidade, saber e carregar o peso das nossas escolhas. Chihiro não escolheu passar por tudo aquilo, mas ela, com certeza, se tornou uma pessoa melhor depois da experiência.
Mariana Ribeiro 5
como surgiram as animações japonesas? As animações japonesas começaram no início do século XX, sendo Katsudö Shashin (de um autor desconhecido) a mais antiga delas. É uma animação curta, com apenas três segundos, que apresenta um menino de chapéu vermelho em um quadro. O primeiro anime com som foi lançado em 1933. Com a participação do Japão na Segunda Guerra Mundial, as animações foram produzidas no intuito de acalmar e recrutar a população. Em 12 de abril de 1944, foi lançado o primeiro longa animado japonês, financiado pela Marinha Imperial. Atualmente, a indústria de animações japonesas é enorme, com longas e animes passando pela infância de muitos, mesmo que não reconheçam sua origem. Muitas pessoas conhecem os filmes animados da Disney, da Pixar e da Dreamworks e, apesar da grande aclamação dos
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estúdios Ghibli no Ocidente, as animações japonesas merecem cada vez mais um destaque especial. Vários desses filmes são notórios pela qualidade e originalidade, alguns deles até exercendo influência sobre produções ocidentais, com adaptações hollywoodianas que podem ou não conquistar os fãs.
Beatriz Valente
dicas de Maria Eduarda Oliveira é de Viçosa- MG, caloura da Engenharia Florestal, e a escolha de suas obras adoradas é marcada pela indecisão em escolher apenas um gênero ou uma produção. Seus filmes favoritos são bem diferentes entre si, o que caracteriza sua personalidade geminiana, confira:
Top 5 favoritos 1. Titanic (James Cameron, 1997) 2. Truque de Mestre (Louis Leterrier, 2013) 3. Coraline e o Mundo Secreto (Henry Selick, 2009)
4. O Rei Leão (Jon Favreau, 2019) 5. Road To Ninja: Naruto o filme (Hayato Date, 2012)
playlist
Tracklist movie All Star - Smash Mouth •
Happy - Pharrel Willians • Beauty and the Beast - Ariana Grande ft. John Legend • Circle of Life - Elton John • Once Upon a Dream - Lana del Rey •
dica cinecom
animações • Divertidamente (2015) • Coraline (2009) • Meu amigo totoro (1988) • O Serviço de Entregas da Kiki (1989) • Princesa Mononoke (1997)
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Nossa próxima sessão será 8 de setembro A votação ocorrerá na nossa página do Facebook Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança (1977)
Curtindo a Vida Adoidado (1986)
E.T.: O Extraterrestre (1982)
Revista curta | edição 41 - Agosto/2019 Orientador: Albert Ferreira Edição Geral: Mariana Ribeiro Projeto Gráfico: Brenda Scota, Beatriz Valente Reportagem e Redação: Ana Vitória Messias, Beatriz Valente,
Mariana Ribeiro Revisão: Beatriz Valente Diagramação: Beatriz Valente Crédito imagens: Reprodução (Capa e pag. 2-8)
