REVISTA
Nossa próxima Sessão
Clube dos Cinco ! A próxima sessão será dia 25 de Agosto.
Revista curta | edição 40 - Agosto/2019 Orientador: Albert Ferreira Edição Geral: Beatriz Valente Projeto Gráfico: Brenda Scota,
Beatriz Valente Reportagem e Redação: Mariana
Ribeiro, Bruno Gabriel e Ana Vitória Messias Revisão: Beatriz Valente Diagramação: Ana Vitória Messias Crédito imagens: Reprodução (pag. 2-8), Capa: Maria Eduarda Oliveira
CURTA
dicas de
EDITORIAL Em nossa primeira sessão de volta às aulas, apresentamos a vocês Um Dia Desses, dirigido por Travis Fine, que reescreveu o roteiro que George Arthur Bloom originalmente pensou 30 anos antes. Bloom se inspirou na história de um homem gay que conheceu em Nova York e o garotinho de 12 anos que ele criou. Legal, né? Um Dia Desses ainda recebeu críticas positivas e ganhou diversos prêmios em festivais de filmes
ao redor do país, incluindo em festivais que se concentram em obras LGBT, como o Outfest e o GLAAD Media Award. Nessa edição da revista curta trazemos um pouco de reflexão sobre adoção e o impacto na vida das crianças, com direito a uma playlist cheinha de músicas sobre pais e indicações de outros filmes LGBT. Aproveitem a sessão e até a próxima!
Beatriz Valente
Manuele Oliveira é natural de Viçosa, tem 15 anos e ama filmes de fantasia. Desde mais nova, conserva o gosto por universos mágicos e complexos que a entretém muito e incentivam sua imaginação fértil, preferindo filmes do que livros. Ela contou quais são seus filmes favoritos, confira:
Top 5 favoritos 1. O Rei Leão (Roger Allers, Rob Minkoff,, 1994) 2. Alice no País das Maravilhas (Tim Burton,
4. Tarzan (Chris Buck, Kevin Lima, 1999) 3. Mogli- Entre Dois Mundos (Andy Serks, 2018) 5. Os Vingadores (Joss Whedon, 2012) 2010)
playlist
Pais My Hero- Foo Fighters •
Amor de Pai - Regis Danese • Filho Adotivo -Sérgio Reis • Beautiful Boy - John Lennon • Perfect - Simple Plan •
NESTA EDIÇÃO 3
Ficha Técnica e Sinopse
4
Amor sem ressalvas
5
A luta pelo direito de amar
6
E o som chega aos cinemas
7
Dicas de cinéfilo, playlist e dicas cinecom
dica cinecom
LGBTQI+ • Moonlight: Sob a Luz do Luar - (2016) • Fosse o Mundo Meu - (2008) • Laurence Anyways - (2012) • A Gaiola das Loucas - (1996) • Kiss Me - (2011)
7
E o som chega aos cinemas O primeiro registro que se tem de um filme com sons é de 1927. A obra se chama O Cantor de Jazz, que causou uma grande revolução no cinema mundial e sua produção de filmes, que antes era limitada apenas a histórias mudas. Antes desse evento, eram utilizadas orquestras ou pianistas para fins de sonoridade nas produções, ou seja, apenas barulhos de fundo poderiam ser apreciados pelo público antes da invenção do v itaphone em 1926, responsável por essa evolução. Muitos diretores passaram a aderir essa nova fórmula de produção cinematográfica- no Brasil, o primeiro filme registrado usando essa nova tecnologia foi Acabaram-se os Otários, de 1929. Porém o grande Charlie Chaplin, aclamado por seu filmes mudos de ótima qualidade, se recusava a seguir esse novo estilo, rejeitando por muitos anos a aplicação da técnica sonora. Até que,
6
um dia desses Any Day Now, 2012 Direção: Travis Fine Roteiro: Travis Fine, George Arthur Bloom Elenco: Alan Cumming, Garret Dillahunt, Gregg Henry, Jamie Anne Allman, Chris Mulkey, Don Franklin, Nacionalidade: Estados Unidos
em O Grande Ditador de 1940, o homem cedeu e deu voz a seu personagem. Na atualidade, os efeitos sonoros estão sendo cada vez mais desenvolvidos e usados de formas estratégicas, a fim de aumentar a experiência do público. Há quem diga que a revolução sonora mais recente aconteceu na construção do filme Jurassic Park, de Steven Spielberg (1993), devido à qualidade técnica utilizada na construção da representação dos sons emitidos pelo Tyrannosaurus rex .
Ana Vitória Messias
Sinopse
O enredo de “Any Day Now” desenrola-se durante os anos 70, sendo inspirado numa história real. O filme segue um casal gay, que toma conta de um adolescente com Síndrome de Down, após este ter sido abandonado pela sua mãe viciada em drogas.
3
Amor sem ressalvas
De acordo com dados do CNJ, o Brasil tem cerca de 8,7 mil crianças vivendo em lares a espera de adoção. As crianças mais velhas acabam ficando de lado, já que os possíveis pais sempre dão preferências para bebês e crianças ainda durante a primeira infância. O processo de adoção é extremamente complexo e detalhista, e Um Dia Desses, mostra a batalha de um casal gay nos Estados Unidos tentando adotar uma criança com Síndrome de Down. A luta que o casal Rudy e Paul enfrentam nos anos 70, até nos dias de hoje, ainda é muito enfrentada por casais homossexuais. Uma grande discussão sobre adoção de crianças por casais gays acabou fomentando um debate na internet. Muito pre-
4
conceito e intolerância foi mostrado, e os questionamentos eram sobre quais influências teria na vida de uma criança ser criada por um casal gay. Acontece que as pessoas estão discutindo, mas não perceberam que as crianças não se importam com cor da pele, sexualidade, ou condição financeira, essas crianças só precisam de pessoas que possa chamar de família. Pessoas que as amem e as tratem bem, pessoas para serem chamadas de pais. As crianças são seres que ainda não foram tocados pelas mazelas da humanidade, ainda não existe ódio gratuito ou preconceito impregnado em seus seres, e isso as tornam diferentes.
Mariana Ribeiro
A Luta ´pelo Direito de amar Rudy era um cantor de boates que se apresentava como drag queen, até que o destino resolveu mudar toda a sua vida, com amor. Toda a luta que o casal Rudy e Paul passa pela adoção de Marco, comove muito e acaba sendo chocante como uma história da década de 70 ainda tem traços no mundo atual, mesmo com tanta evolução ao longo dos anos. Todo mundo precisa de amor e o fato de você colocar alguém no mundo não quer dizer que você vai ser realmente um pai para essa pessoa. Marco só precisava de amor, que não foi dado por seu pai ou por sua mãe, e é revoltante que exista tanta dificuldade para que ele possa ter esse amor, apenas devido ao fato de que viria de duas pessoas do mesmo sexo. Um Dia Desses é muito necessário e serve para excluir essa ideia errônea e preconceituosa que se tem sobre casais homossexu-
ais serem piores do que os héteros. O que realmente deve valer no mundo é o ser humano e não podemos deixar que o amor seja evitado por regras e leis que são pertencentes a um mundo antigo e preconceituoso. Ninguém deve ter medo de amar e ninguém deve proibir o seu amor. Marco foi uma criança que só precisava de alguém que o amasse e cuidasse dele, e é triste que tenha passado por tudo isso para que tivesse algo que temos com tanta facilidade e não damos valor, verdadeiros pais.
Bruno Gabriel 5
