Revista Curta – Edição nº33 – novembro/2018

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REVISTA

CURTA


EDITORIAL Depois de toda nossa tragetória chegamos a nossa última sessão do ano! No gramado das 4 pilastras (e as vezes no DEF) conhecemos alguns tipos de constituição de família nos filmes: Uma Família de Dois e Estranha. Cantamos na chuva com Don Lockwood e Lina Lamont. Vivemos grandes emoções do cinema brasileiro com o romance de Lisbela e o Prisioneiro. Nos divertimos com classicos do cinema, como, Show de Truman. E trouxemos crianças para nosso mundo de fantasia com o Rei

Leão e A Noiva Cadáver. Poxa, foram tantas pipocas estouradas! Hoje nos despediremos das sessões desse ano na companhia de Charlie, Sam e Patrick, em As Vantagens de Ser Invísivel. Uma história tocante sobre a importância da amizade, descobertas da adolescência, e questões pertinentes sobre saúde mental, nos guiando ao som de David Bowie! Esperamos viver muitas aventuras com vocês ainda, agradecemos a sua presença e até logo!

Amanda Veloso

NESTA EDIÇÃO 3

Ficha Técnica e Sinopse

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Fale sobre saúde mental, escancare a verdade!

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Do mundo dos livros ao mundo das telonas

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Alternatividade e Originalidade

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Didas de cinéfilo, playlist e dicas cinecom


as vantagens de ser invisível The Perks of Being a Wallflower, 2012

Direção: Stephen Chbosky Roteiro: Stephen Chbosky Elenco: Logan Lerman, Emma Watson, Ezra Miller, Paul Rudd

Nacionalidade: Estadunidense

Sinopse

Um jovem tímido se esconde em seu próprio mundo até conhecer dois irmãos que o ajudam a viver novas experiências. Embora esteja feliz nessa nova fase, ele não esquece as tristezas do passado, que têm origem em uma chocante revelação.

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Fale sobre saúde mental, escancare a verdade!

O filme de hoje, As Vantagens de Ser Invisível, é um filme lindo, especial e inspirador. Quer saber o por quê? A produção de 2012 traz em sua história, de forma subjetiva, a problemática em torno da saúde mental. Trata com cenas icônicas os maiores problemas de todos os adolescentes do filme e reata a discussão em torno de sermos a parte populacional que mais sofre com distúrbios mentais nessa década! A importância de traduzir esses problemas através do cinema para pessoas que consideram tudo isso um pequeno “drama adolescente” se mostra quando percebemos que na maioria das vezes, o filme é visto apenas como uma produção teen, aparentemente ‘leve’.

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Não se engane! Outra coisa muito importante para quem assiste e para quem produziu o filme é: a observação do próximo. Olhe para seu amigo, converse com ele, faça-o se sentir protegido e à vontade para estar do seu lado. No filme, Charlie, mesmo que enfrentando todos os dias os traumas passados, têm a oportunidade de se divertir quando conhece Sam e Patrick. E é só aí, que ele percebe que ninguém e nem ele mesmo, merece ter uma vida tão caótica com tão pouca idade. Por fim, o filme ainda traz uma abordagem das famílias que não se entendem tão bem, não levantam “nas mesas de jantar” assuntos que permeiam o mundo jovem. Mas o que eu quero perguntar para você é: já desabafou com alguém hoje? Se não, faça! Precisamos manter o equilíbrio e criar forças para possíveis futuros obscuros.

João Pedro Mageste


Do mundo dos livros

às telonas

O norte-americano Stephen Chbosky é o grande responsável pela trama que vamos assistir hoje. Ele, que publicou a história de Charlie em 1999 em forma de cartas (nos deixando até hoje sem respostas de quem era o destinatário), foi o escolhido para dirigir o filme inspirado em sua obra. Em um conjunto magnífico de cenários bem construídos e uma trilha sonora inesquecível, ele pôde dar vida aos seus personagens e tirou do papel tudo aquilo que não passava do mundo da imaginação de cada leitor. No entanto, mesmo que Chbosky tenha se mostrado a pessoa certa para ocupar a cobiçada cadeira de diretor, sua trajetória no universo cinematográfico não começou em meados de 2011 com o filme em questão. Sua primeira vez como roteirista e diretor de cinema foi em 1995 com o filme independente The Four Corners of Nowhere. Em sequência, fez parte do time de Rent- Os Boêmios em 2005 como roteirista. Seguindo a ordem cronológica, sua carreira se consolidou com As vantagens de ser invisível, abrindo oportunidades para

que ele fosse o responsável pelo roteiro e direção (não necessariamente os dois ao mesmo tempo) de filmes de grande sucesso como Convergente da série Divergente em 2016, A Bela e a Fera e O Extraordinário, ambos de 2017. Da pra esperar muita coisa boa vindo por aí do grande Chbosky, né?

Estela Antunes 5


Alternatividade e Originalidade A cena independente no cinema, assim como em outras mídias, é bem diversificada e nas últimas décadas vem nos rendendo verdadeiros clássicos como Donnie Darko (2001), Loving Vincent (2017). Mas, de que realmente se trata esse tipo de filme? Muitas pessoas acabam confundindo termos ao tratar o cinema indie como um gênero, isso não é verdade, é bem mais do que isso. As produções alternativas, independentes ou “indie” geralmente têm em comum o fato de serem bancados por pequenos produtores, terem pouca grana investida, darem mais liberdade para os artistas inovarem e fugirem do padrão mainstream. Os cineastas desse meio gostam de usá-lo para poder explorar temáticas consideradas mais subversivas como racismo, homoafetividade, e como é o caso de As vantagens de ser invisível (2012), amizade e depressão. Isso não exime a cena alternativa de criar produções que se focam por exemplo no humor como é o caso de Evil

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Dead (1981) que é a nata dos filmes de terror trashzões de sua época com sangue falso, visceras voando e efeitos de baixo custo; já outro filme indie premiadíssimo é Juno (2007) que completamente diferente do anterior, fala com uma linguagem muito legal sobre gravidez na adolescência. Ficam as recomendações, no mais é isso ai, boa sessão!

Júlio Cleber


dicas de

cinéfilo

César Cardoso, natural de Visconde do Rio Branco, formou em Engenharia de Produção na UFV e é um amante do cinema. Sua lista é composta de filmes de renomados diretores e com grandes atores, sendo alguns dos longas-metragens premiados e a maioria cheia de ação.

Top 5 favoritos 1. Poderoso Chefão (Francis Coppola, 1972)

2. Goodfellas (Martin Scorsese, 1990)

3. Cães de Aluguel (Quentin Tarantino, 1992) 4. Batman: O Cavaleiro das Trevas (Christopher Nolan, 2008) 5. Fences (Denzel Washington, 2016) playlist

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Never Be Alone - Shawn Mendes • The Scientist - Coldplay • Photograph - Ed Sheeran • Sign of the Times - Harry Styles • Sweater Weather - The Neighbourhood •

dica cinecom

Poder da amizade •Harry Potter e a Pedra Filosofal - (2001) •Toy Story - (1995) •Percy Jackson e o Ladrão de Raios - (2010) •Divergente - (2014) •Quatro Amigas e Um Jeans Viajante - (2005)

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equipe cinecom

Essa foi a nossa última sessão! Esperamos vocês no próximo ano.

Revista curta | edição 33 - Novembro/2018 Orientador: Albert Ferreira Edição Geral: Amanda Veloso Projeto Gráfico: Brenda Scota Reportagem e Redação: João Pedro Mageste, Estela Antunes, Júlio Cleber Revisão: Maíra Ferrari Diagramação: Beatriz Valente Crédito imagens: Reprodução (Capa e pag. 2-8)


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