Revista Curta – Edição nº24 – abril/2018

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PRÓXIMA SESSÃO

13 de maio, às 19 horas em parceria com o CELIB - Curso de Extensão em Língua Brasileira de Sinais

Apoio:

revista curta edição 24 - abril/2018 ORIENTADOR EDIÇÃO GERAL REDAÇÃO

Albert Ferreira Beatriz Valente Paola Butty Sara Brunelli Yan Gabriel Oliveira REVISÃO Laíssa Oliveira DIAGRAMAÇÃO Andre Aguiar PROJETO GRÁFICO Andre Aguiar Déborah Médice Tayná Gonçalves IMAGENS Reprodução Realização:


DICAS DE CINÉFILO

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7 João Flávio Caldeira está cursando seu primeiro período de História na UFV, vem de João Monlevade - MG e sua lista de filmes preferidos é compostas por longas-metragens super nerds! - Scott Pilgrim Contra o Mundo (Edgar Wright, 2010) - Star Wars episódio VI - O Retorno do Jedi (Richard Marquand, 1983) - Homem-Aranha 2 (Sam Raimi, 2004) - O Império do Besteirol Contra Ataca (Kevin Smith, 2001) - Kung Fu Panda 2 (Jennifer Yuh Nelson, 2011)

EDITORIAL

> Hurt – Johnny Cash

Boa noite! Em nossa segunda sessão do ano, a revista curta traz para vocês o filme Lion – Uma Jornada para Casa, que teve seis indicações ao Oscar de 2017, incluindo o de Melhor Filme! Nós, do Cinecom, tentamos levar filmes com origens diferentes para nosso público e o selecionado para essa sessão é um longa de co-produção australiana baseado em uma história real e que traz várias temáticas que levam a reflexão. Muitas pessoas podem assistir a um filme sem analisar as mensagens por trás dele, mas estamos aqui justamente para isso: estimulá-los a pensar naquela lição que pode estar escondida entre as cenas. Então, como de costume, nós abordamos alguns desses temas aqui para vocês. Boa sessão!

por Beatriz Valente

PLAYLIST: QUEM NUNCA SE SENTIU SOLITÁRIO?

> Vento no Litoral – Legião Urbana > Black – Pearl Jam > Everybody Hurts – R.E.M. > Love of My Life – Queen > La Solitudine – Laura Pausini

NESTA EDIÇÃO 3 Sinopse 4 Choque de realidade 5 Ciclos, cuidado e humanidade 6 Como a mídia retrata a tecnologia 7 CineCom indica

ÁSIA E OCEANIA:

O QUE VOCÊ DEVE VER

Pure Love < (Pure Love, 2016)

Cinzas < (Sholay, 1975)

Crocodilo Dundee < (Crocodile Dundee, 1986)

O Piano < (The Piano, 1993)

Your Name < (Kimi no na wa, 2016)


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COMO A MÍDIA

LION - UMA JORNADA PARA CASA

RETRATA A TECNOLOGIA? A tecnologia é algo presente na maioria dos aspectos de nossa rotina nos dias de hoje. Usamos a internet e outros avanços para tudo desde trabalho, estudo e até mesmo para nós divertir e entreter. Se tornando algo tão intrínseco a nossa sociedade que se atualmente é quase impossível viver desconectado da rede. Muito dos imaginários e devaneios explícitos nos mais diversos tipos de mídia, como filmes, séries e literatura, exaltam o lado negativo que a tecnologia e nossos hábitos desenvolvidos ao uso dela e da internet resultam, principalmente ao retratar e imaginar possíveis futuros. Podemos usar como referências filmes como os ganhadores do Oscar Ex Machina: Instinto Artificial (2014) e Matrix (1999) e também a série Black Mirror (2011- atualmente). No entanto não é sempre que os filmes escolhem esse ponto de vista para retratar

tal assunto. Uma prova disso é o filme Lion: Uma jornada para casa (2016). No longa e também na vida real, já que o filme é baseado em uma história real, Saroo é um rapaz indiano que quando mais novo se perdeu de sua família e acabou sendo adotado por um casal de australiano e quando mais velho ele utiliza de ferramentas como o Google Earth e o Google Maps para tentar encontrar sua família biológica. Pegando a vivência explicitada no filme é também fazendo um recorte sobre a nossa realidade conseguimos ver e analisar que umas ferramentas tão presentes e de fácil acesso ao nosso dia pode influenciar positivamente na nossa sociedade. E com isso entra nossos papéis de como seres pensantes escolher e julgar as melhores formas de se utilizar as novas tecnologias ao nosso favor e não contra a gente.

por Yan Gabriel Oliveira

(LION, 2016)

Direção: Garth Davis Roteiro: Garth Davis e Luke Davis Elenco: Dev Patel, David Wenham, Nicole Kidman, Rooney Mara. Nacionalidades: Austrália, Reino Unido e Estados Unidos.

Sinopse Aos cinco anos de idade, o indiano Saroo se perdeu do irmão numa estação de trem de Calcutá e enfrentou grandes desafios para sobreviver sozinho, até ser adotado por uma família australiana. Incapaz de superar o que aconteceu, aos 25 anos ele decide buscar uma forma de reencontrar sua família biológica.


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CICLOS, CUIDADO E

A HUMANIDADE QUE NOS PERTENCE

CHOQUE DE REALIDADE O filme Lion – Uma Jornada para Casa relata também uma realidade muito dura. Saroo bem pequeno, perdido diante de uma cidade gigante e desconhecida, sozinho e angústiado, mostra a realidade de outros como ele. No filme, diversas crianças abandonadas nos causa comoção e choque, isso porque desde cedo, meninas e meninos enfrentam a pobreza extrema a fim da sobrevivência. Sem qualquer amparo e acesso a direitos básicos, as crianças são jogadas á sorte e ficam a deriva dos perigos dos adultos mal-intecionados. Dessas milhares de crianças de rua da Índia, que moram em platafromas de trem ou calçadas, são orfãs ou fugiram de casa por maus tratos. As péssimas condições de vida e o descaso dos menores do filme leva também à baixa expectativa de vida e falta de oportunidade, assim, isola o pensamento de mudanças de tais

condições, perpetuando o estado de miséria. Segundo dados divulgados pelo site Terra, o risco de contrair Aids é elevado pelo abuso sexual sofrido, que acontece muita das vezes porque precisam de dinheiro para resistir aos restos e bicos. A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que tal país tem pelo menos 3,7 milhoes de pessoas infectadas pelo HIV, na qual as crianças são submetidas e percursores. Esse triste fato relatado no filme nos faz pensar sobre a dificuldade dessas crianças e um sentimento de que isso precisa ser mudado.

CURIOSIDADES

Sites que oferecem ajuda a essas crianças: https://goo.gl/g3nv7Z https://goo.gl/bckHJu https://goo.gl/pJy6gj https://goo.gl/gBi9io

por Paola Butty

Somos seres vivos, de uma forma que vai muito além de apenas se encaixar em definições biológicas. A gente nasce, cresce, se torna capaz de se reproduzir e morre. É um ciclo natural que nos define, mas também nos faz pensar sobre nossa passagem aqui neste planeta. Sempre acreditei que uma característica fundamental dessa nossa existência é o cuidado. Afinal, somos bilhões de seres humanos vivendo por aí, o que nos torna, de certa forma, ligados por uma essência. Viemos do mesmo lugar e não sabemos para onde vamos. Onde eu quero chegar com isso? Que só temos o agora, que temos uns aos outros, e que é preciso cuidado. Um tema abordado no filme Lion – Uma Jornada para Casa, de Garth Davis, é justamente esse cuidado, mas em forma de adoção. Infelizmente, crianças abandonadas ou que, por algum motivo, não possuem família, fazem parte de uma realidade cruel em nosso mundo, visto que o que nos torna

capazes de se reproduzir nem sempre garante que tenhamos o necessário para suprir a necessidade desse cuidado. Aí entra nosso papel como seres humanos. Por estarmos no mesmo barco, dividindo o (quase) mesmo ciclo, temos uma consciência que nos permite acolher os outros como uma extensão de nós mesmos. Para além de questões sanguíneas e biológicas, mas de amor e cuidado. Esse é o ponto que faz a adoção ser fundamental em nossa realidade. Não podemos desconsiderar que adoção é um processo, e que em si já possui dificuldades. Para além da visão do cuidado, precisamos discutir os assuntos referentes a esse meio, como a adoção por casais homossexuais, por exemplo. Ou adoção de crianças negras. Esses e outros assuntos constituem a realidade da adoção e precisam estar presentes para que nós, seres humanos, possamos promover uma existência melhor para cada um aqui na Terra.

por Sara Brunelli


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