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CARREIRAS

O aspecto também é salientado pelo professor e coordenador do grupo Gestores de Saúde do Linkedin, José Augusto de Oliveira. “É preciso dominar os principais instrumentos de gestão empresarial, como mé todos para a tomada de decisão, noções de contabilidade gerencial e expertise nas questões afeitas à gestão hospitalar como insumos, agressores e serviços”. Ele ressalta ainda a importância de acompanhar os movimentos e tendências nas políticas de Saúde Pública e Privada e de regulação, além de ter perfil de liderança e comportamento organizacional. fOrMaÇÃO Buscar cursos de acordo com sua realidade profissional é o melhor caminho segundo a professora da FGV. “Temos curso de gestão para médicos de consultório, para aprenderem a conversar com prestadores de serviço, como advogados e contadores, planejar a carreira e o crescimento da clínica ou consultório, a fim de melhorar os recursos que aplica”. Seguramente os cursos são importantes, diz Araújo, da Korn/Ferry, porém, por definição são qualificatórios. “A chave é transformá-los em vantagens competitivas para o negócio, que realmente tragam benefícios, em comportamentos que serão demandados e tenham a ver com a experiência que a pessoa viveu ou viverá, dentro ou fora do país, seus projetos e desafios”. Ele completa que a melhor preparação é buscar novas habilidades mais relacionadas às competências comportamentais do que qualificação técnica. “Como lidar com o novo e diferente, gerenciar conflitos, entender a perspectiva de terceiros para que possa ser incorporada a sua. São dimensões que o novo cenário e suas alavancas exigirão do gestor”. OrieNTaÇÃO A professora Ana Maria Malik, da FGV Saúde, lembra que o gestor convocado no mercado para profissionalizar uma determinada empresa de tradição familiar também deve saber o que acontece no mercado com um todo. “As oportunidades de informação e formação são infinitas. Há cursos presenciais e a distância, embora ainda não se consiga substituir alguns conteúdos em que é imprescindível unir alunos e professores dialogando com profissionais que conheçam sua realidade e, de preferência, sejam seniores”. Nesse aspecto, recorrer ao coaching é válido, segundo Ana Maria, com a ressalva de que alguns trabalham atitudes e outros apenas marketing individual, enquanto os programas para desenvolvimento de carreira “in company” focam os objetivos da própria organização. “Tudo pode funcionar, depende da atitude de quem está investindo e de quem vai aprender, sem posições defensivas diante de novas ideias”.

araújo, da Korn/ ferry: Visão holística e integrada é fundamental

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