Catavento 17 2015 2016

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Jornal do Agrupamento de Escolas de Borba

Catavento N.º 17 Série II 2015 / 2016 3.º Período

Índice Editorial …………………………… 1 Vou para o 1.º Ciclo ……..… 2 Dia da Mãe …………………...… 3

EDITORIAL

Escola Limpa ………………...… 4

Encerramento do Ano Letivo O ano letivo está a chegar ao fim, por isso é chegada a altura de comemorarmos a proximidade das férias, depois de um ano dedicado aos nossos alunos, a divulgar e dinamizar projetos, a expor os trabalhos por eles realizados, a dar resposta aos diferentes leitores e a proporcionar aprendizagens. Antes do fecho desta edição, muitos projetos ainda andam em boas mãos. Logo que nos seja possível, a nossa página no Facebook dará conta de todas as atividades:

Campanha Pirilampo Mágico .….…………………………………….… 5 Mudanças Pubertárias .... 6 E se fosse Eu …………………. 7 Sessão de Divulgação de Formações Profissionais …………………………………………… 8

https://www.facebook.com/Bibliotecas-Escolares-de-Borba-668063883328046/

Dia Mundial da Água …….. 9

PS - não estamos esquecidos da importância de, no balanço de final de ano, identificar as práticas que tiveram sucesso e as que deverão manter-se, assim como os pontos fracos que importa melhorar. Façam chegar as vossas propostas e sugestões ☺ - a vossa opinião conta!

Leitores Sonhadores - 5.ª edição …………….……… 10 - 13

Boas férias e boas leituras para todos!

Visita a Elvas ………………… 15

Prof.ª Maria João Brinquete

Voando e navegando com os livros…

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Visita de Estudo a Lisboa …………………………………………. 14

Se eu fosse refugiado... ………………….……………… 16 - 19 Se eu fosse refugiado… Frases …………………... 18 - 22 Fotografia ……..……. 22 - 23 Vidas de Sempre …….….. 24

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Vou para o 1.ยบ Ciclo

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DIA DA MÃE A Rede Social de Borba, em parceria com o Agrupamento de Escola, realizou uma caminhada no Dia da Mãe – mães e filhos… de mãos dadas com a ternura.

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ESCOLA LIMPA No dia 19 de maio, no Auditório do Centro Escolar de Borba, decorreram sessões de sensibilização para os alunos de 1.º e 2.º ciclos sobre a temática da reciclagem e saúde ambiental. O objetivo desta atividade visou a aquisição e a melhoria de competências na gestão de recursos ambientais e sustentabilidade ambiental, sensibilizando os jovens para a correta separação dos resíduos urbanos. Esta atividade, promovida pelo Agrupamento Escolar de Borba, contou com a parceria do Município de Borba, Rede Social de Borba, SCMB – Rede Local de Intervenção Social de Borba (RLIS) e GESAMB - Gestão Ambiental e de Resíduos, EIM.

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CAMPANHA PIRILAMPO MÁGICO Uma tarde repleta de sorrisos «Somos quem Somos!» é este o lema da Campanha do Pirilampo Mágico de 2016 e, no fundo, traduz muito daquilo que se passou nessa tarde no Celeiro da Cultura de Borba. Os alunos do 1.º ciclo do Agrupamento de Escolas de Borba criaram, na oficina da criança, pirilampos originais que estiveram expostos no Celeiro da Cultura.

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MUDANÇAS PUBERTÁRIAS 3 de Março, às 14h30 Tendo como chapéu genérico as mudanças pubertárias, foram desenvolvidos temas diversos como a puberdade, adolescência, sonhos, alterações físicas, sistema reprodutor masculino e feminino, sexualidade, relações sexuais e reprodução. Os alunos presentes, cerca de 35, do 6.º ano de escolaridade, realizaram, ainda, uma breve atividade sobre as alterações físicas e psicológicas que ocorrem na puberdade. Promovida pelo Agrupamento de Escolas de Borba, esta sessão contou com a parceria da Unidade de Cuidados na Comunidade de Borba e o Município de Borba.

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E SE FOSSE EU Uma iniciativa conjunta entre a Direção Geral de Educação, o Alto Comissariado para as Migrações, o Conselho Nacional de Juventude e a Plataforma de Apoio aos Refugiados. Ficam algumas fotografias registadas no Agrupamento Escolar.

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SESSÃO DE DIVULGAÇÃO DE FORMAÇÕES PROFISSIONAIS

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Inserido no Eixo da Educação do Plano de Ação da Rede Social de Borba de 2016, realizou-se uma Sessão de divulgação de formações profissionais aos alunos do 9.º ano e curso vocacional do Agrupamento Escolar de Borba, no dia 9 de maio, pelas 10h30, no Auditório do Centro Escolar de Borba. Esta sessão teve como objetivo «Combater o insucesso e o abandono escolar». A entidade promotora foi o próprio Agrupamento Escolar de Borba e contou com a parceria do Instituto de Emprego e Formação Profissional e do Município de Borba.

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DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Os professores de Ciências Naturais e os alunos do 5º ano idealizaram e concretizaram uma atividade que se destinou a comemorar o Dia Mundial da Água. Esta atividade teve lugar no dia 17 de março, pelas 18:00 horas, no Auditório do Agrupamento de Escolas de Borba. Do programa constaram as seguintes atividades: dança, projeção do vídeo “Terra Planeta Azul”, poesia, cartazes com frases imperativas, coreografia do Ciclo da Água, momento musicale uma exposição. Apostando na valorização da diversidade de metodologias e estratégias de ensino e atividades de aprendizagem, fundamentais na construção do conhecimento, foram objetivos desta atividade: contribuir para a formação integral dos alunos; desenvolver a capacidade de comunicar; fomentar o espírito de solidariedade; sensibilizar os pais para a importância da interligação Escola/Pais/Comunidade. Parabéns a todos!

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LEITORES SONHADORES – a 5ª edição No dia 15 de abril, teve lugar, no Auditório da Escola Superior de Educação de Portalegre, a 5º edição do Concurso Interconcelhio de Leitura “LEITORES SONHADORES”. Mais uma vez, o nosso agrupamento esteve muito bem representado, através da Margarida Oliveira (3ºano B) lendo um poema da obra de Maria Rosa Colaço“As Fadas Verdes”, do Miguel Chamorro (4º ano B) com os “Versos de Cacaracá” de António Manuel Couto Viana, da Lúcia Alpalhão (5º ano C) que leu um excerto da obra o Dragão” de Luisa Ducla Soares, e da Joana Leitão do (6º ano C) com a leitura de “O Principezinho“ de Antoine de Saint-Exupéry. A equipa da BE´s dá os parabéns aos nossos alunos, assim como aos cerca de 110 participantes, todos eles excelentes leitores, dificultando assim a tarefa do júri. Foi um prazer ouvir as Coordenadores interconcelhias da Rede das Bibliotecas Escolares Carla Correia e Alda Serras que nos contaram as histórias. Destacamos o “Livro Inclinado” de Peter Newell, por ser um grande clássico da literatura para crianças. E recomendamos a sua leitura ☺ Foi um dia fantástico com muitas leituras. Agradecemos a todos os que proporcionaram este momento! Para o ano… há mais – como se costuma dizer ☺

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LEITORES SONHADORES – a 5ª edição

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VISITA DE ESTUDO A LISBOA No passado dia 15 de abril de 2016, os alunos de 9.º ano de escolaridade deslocaram-se, em visita de estudo ao Museu da Eletricidade e ao Parlamento, onde presenciaram uma parte dos debates parlamentares. A iniciativa foi organizada, pelas disciplinas de Ciências Físico-Química e de História. Os objetivos foram: promover o debate democrático; desenvolver a aprendizagem não formal; promover a formação pessoal e social do aluno; desenvolver o espírito de observação do aluno; ampliar e cimentar conhecimentos dos conteúdos programáticos. No sítio do Museu da Eletricidade podemos ler: “A Central Tejo foi uma central termoelétrica, propriedade das Companhias Reunidas de Gás e Eletricidade (CRGE), que abasteceu de eletricidade, toda a cidade e região de Lisboa. Está situada em Belém, Lisboa, e o seu período de atividade produtiva está compreendido entre 1909 e 1972, se bem que a partir de 1951 tenha sido utilizada como central de reserva, produzindo apenas para completar a oferta de energia das centrais hídricas. Em 1975 foi desclassificada, saindo do sistema produtivo. Ao longo do tempo sofreu diversas modificações e ampliações, tendo passado por contínuas fases de construção e alteração dos sistemas produtivos.” O Palácio de S. Bento, onde se encontra instalada a Assembleia da República, começou a ser construído, no ano de 1615, no espaço da Quinta da Saúde. Depois do fim das Ordens Religiosas, a adaptação do Convento de S. Bento a Palácio das Cortes ou Parlamento foi confiada ao arquiteto Possidónio da Silva, que aproveitou a Sala do Capítulo dos frades para servir de Câmara dos Pares e fez construir, de raiz, a Câmara dos Deputados. Contudo, a verdadeira reformulação do edifício só se iniciou, em 1867, com o arquiteto Jean François Colson e após o incêndio de 1895, com o arranque das obras projetadas pelo arquiteto Miguel Ventura Terra que venceu o concurso público aberto para o efeito. A fachada principal do Palácio de S. Bento e outras obras de vulto, no seu interior, resultaram de várias intervenções realizadas ao longo do séc. XX. O Parlamento de Portugal é constituído por uma única Câmara, designada Assembleia da República, constitui um dos Órgãos de Soberania estabelecidos pela Constituição. Este documento base do Estado, que é a lei fundamental de Portugal define-a como “a assembleia representativa de todos os cidadãos portugueses”. Os outros Órgãos de Soberania são o Presidente da República , o Governo e os Tribunais. A aluna Inês Serol (turma B, n.º 6) deu-nos a sua opinião sobre esta visita de estudo, que passamos a citar: “Sobre a visita de estudo ao Parlamento acho que foi bastante elucidativa e esclarecedora uma vez que ficámos a conhecer como as coisas decorrem por lá e a perceber como são diferentes daquilo que vimos nos media. Gostei também do Museu da Eletricidade, pois é interessante ficarmos a saber como é que a energia se transforma em eletricidade, mas uma vez que ainda não tínhamos dada essa matéria a Fisico-Química considero que tudo o que ouvimos lá tenha sido absorvido de uma maneira algo superficial, pois se tivéssemos algumas "bases" teria sido mais produtivo. Por fim, considero que foi uma visita de estudo interessante e divertida, tendo como Composto e impresso no Centro de Recursos do Agrupamento de Escolas de Borba

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único aspeto negativo as condições climatéricas desse dia, que foi algo de todo incontrolável e que nada havia a fazer.” Profs. Ana Padilha, João Azaruja, João Carvalho e Nuno Ramos

VISITA A ELVAS No dia 5 de maio, nós, os alunos das turmas do 8.º ano, participámos numa visita de estudo a Elvas. Assim que chegámos a Elvas deslocámo-nos num comboio, onde nos divertimos muito, observando a paisagem e a maravilhosa cidade. Acompanhados pelos professores Caetana Paulo, Nuno Ramos, Elisabete Fiel, Sílvia Bailote e Maria José Figueiras conseguimos interpretar melhor a história desta cidade que tanto teve para nos contar. De manhã visitámos o Museu de Arte Contemporânea, onde vimos uma exposição de João Louro denominada “Smuggling”. Neste museu realizámos uma atividade em que tínhamos que elaborar uma legenda para uma imagem “cega”… valeu a pena pela experiência. Após o almoço fomos visitar a Casa da Cultura onde apreciámos a exposição “Palavras e imagens”; esta exposição despertou-nos a curiosidade, pois uma das professoras, Elisabete Fiel, tinha expostos alguns trabalhos seus. Seguidamente, fomos visitar o Forte de Santa Luzia. Embora já um pouco cansados, ganhámos coragem e estivemos atentos à visita guiada a este Forte. Aqui, visitámos a casa do governador, as galerias subterrâneas e os fortins. Foi uma visita cansativa, mas bastante interessante. Ao fim da tarde regressámos a Borba cheios de História para contar e lembrar. Alunos da turma A do 8.º ano

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Se eu fosse refugiado... Se eu fosse um refugiadoN Penso que também não ficaria agradado pela forma como a sociedade rejeita aceitar os problemas que está a sofrer e quem os consegue resolver não se encarrega de o fazer. Seria frustrante saltar de fronteira em fronteira, de jurisdição em jurisdição. Ficaria cansado de esperar com uma falsa esperança de resolver os meus problemas; seria desgastante esperar que fosse um dos poucos que chegam ao seu destino e verdadeiramente realizam os seus sonhos. Para além da falta de colaboração em ajudar os refugiados, penso que também seria difícil sobreviver com escassez de comida, água e ainda sentir saudades dos que lá ficaram. Afonso Pereira, n.º 3, 9.ºC

Se eu fosse um refugiado… Um refugiado é aquele que tem de fugir para se salvar, é aquele que não pode ter medo, mas por medo foge. Se fosse comigo, faria igual, para me salvar a mim e à minha família. Não deixaria de sentir angústia , mágoa, tristeza, revolta, medo… Teria de abdicar das minhas coisas e deixar para trás parte de mim… Faria uma paragem no tempo e adiaria tudo aquilo que queria fazer, para poder sobreviver, pois a isto não se chama viver. Nunca baixaria os braços, procuraria um local seguro para ficar momentaneamente, mas, quando este pesadelo terminasse, voltaria para o local onde eu, realmente, pertencia. O problema é se este pesadelo não terminar e qualquer dia somos nós que estamos nesta situação. Ana Genebra, n.º 4, 9.ºC

Se eu fosse um refugiado... ter que abandonar tudo o que conhecia e sempre chamei de “casa”... deixar o meu país por uma guerra sem escrúpulos... recomeçar do zero no outro lado do continente para respirar por mais uns anos... Será que valia a pena todo esse esforço para viver neste Mundo? O que é que eu faria se fosse um refugiado? Sinceramente? Entraria em pânico. Seria uma mudança mais do que drástica e aí perceberia o quão mal estaria o meu país. É impressionante a calma que algumas destas pessoas transmitem, elas devem sofrer tanto... Porque é que as tratam como lixo? Gostavam que vos fizessem o mesmo? Somos todos humanos. Por favor, tratem-nos como tal. Inês Martins, n.º 21, 9.ºC Composto e impresso no Centro de Recursos do Agrupamento de Escolas de Borba

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Se eu fosse refugiado... Se eu fosse um refugiado, o sentimento de angústia e tristeza era o que iria predominar no meu corpo. Acordar todos os dias e ver como o mundo está a ficar, ter que abandonar a minha casa, deixar algumas pessoas para trás, saber que, a qualquer momento, poderia morrer... Teria que passar os meus dias a ver pessoas feridas, outras até mesmo mortas, algumas crianças muito pequenasN Não seria fácil assistir a isto todos os dias ao abrir os olhos de manhã. Iria ser levado para outro sítio ou país, onde tudo é desconhecido, as pessoas, os hábitos de vida, a religião, teria que andar na rua e levar com olhares odiosos por pensarem que levaria a guerra comigo e, no final, eu só queria um lugar para viver, proteger a minha família, onde pudesse ter conforto, alegria, pudesse acordar todos os dias com um sorriso na cara e não com os olhos cheios de lágrimas e tristeza por estar a viver aquela situação. Não seria fácil passar por isto e tenho a sorte de não estar, mas é triste pensar que pessoas inocentes, que só querem proteger a família, crianças, que terão isto guardado na memória que levarão toda a vida, realmente uma triste memória! Ana Lambuzana, n.º 2, 9.ºA

Se eu fosse uma refugiada... Usamos várias vezes no nosso quotidiano as expressões "se eu fosse" ou "se eu tivesse" mas, ao dizermos isto, subentende-se que não somos/temos essa determinada pessoa/objetivo e é ultra difícil vestirmos a pele de algo que não somos, ainda por cima de um tema tão frágil como este. Basicamente, um refugiado é alguém que procura um refúgio para sair de algo que não o satisfaz. Neste caso, falamos dos refugiados que procuram sair da sua cidade, do local que era suposto ser o seu lar, onde tivesse conforto. Popularmente falando, se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé, isto é, o conforto que eles tanto necessitam não está onde devia estar, por isso, saem do seu país de origem para um que lhes é desconhecido. Como tenho a ideia do que é um refugiado (sim, uma ideia, saber o que é ser refugiado é saber o que sente um e felizmente eu não sei), posso dizer o que possivelmente ia sentir. Angústia, devido a toda a situação, tanto por mim como pelos meus. Como sou "crescida", provavelmente teria que me orientar sozinha e começar uma vida da mesma maneira, sozinha. Como pessoa sensível que sou, também vou destacar a minha deploração por aqueles que se afastam da família, ou pior, aqueles que a perderam. Sentir-me-ia também revoltada, pois nem eu nem os que me acompanhavam tínhamos culpa do sucedido, especialmente por ser do sexo feminino, isto porque a mulher nestes países sofre uma desigualdade de género que é tudo menos credível. Resumindo, ia sentir-me sensível, angustiada, revoltada, só e realço novamente angustiada, mas, como tudo tem um lado positivo e eu também sou crente no destino, ia pensar positivo e pensar que o destino me deu uma oportunidade para ter direito a uma vida com que sempre sonhei. Poder ser livre e isto bastava-me. A liberdade é tudo! Beatriz Canhoto, n.º 3, 9.ºA Composto e impresso no Centro de Recursos do Agrupamento de Escolas de Borba

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Se eu fosse refugiado... Se eu fosse um refugiadoN Sentir-me-ia desolada, triste, angustiada. Todos os seres humanos deveriam ter os mesmos direitos. O direito à vida, o direito a ser feliz. Mas não, um refugiado não tem. Teria que deixar tudo para trás. A minha casa, a minha roupa. Até a coisa mais simples como uma escova de dentes! São partes de mim, embora pareça absurdo. Colocar-me-ia, a mim e à minha família, em perigo apenas porque o mundo não é homogéneo, uniforme. Apenas porque determinadas mentalidades foram estruturadas segundo a ideia de que se deve praticar as artes do mal. Se fosse um refugiado, deixaria de viver, de sorrir. Apenas estaria de corpo presente, visto que a minha alma afundar-se- ia na mágoa de ter perdido tudo. De ser um ser humano desprezado, indesejado. A minha vida mudaria por completo. O meu pensamento iria vaguear em “porquês”. Porquê a mim? Porquê à minha família? Porquê um mundo assim? Porquê tanta crueldade, rancor e desonestidade? Sinto que vou morrer na ignorância, sem a resposta a todas estas perguntas. Carlota Xarepe,n.º 4, 9.ºA

Se eu fosse uma refugiada… Sinceramente, não consigo imaginar-me como refugiada. Para ser refugiada é necessário suportar, para além de dor física, muita dor emocional devido a tantos problemas que têm de enfrentar. O risco de me separar da minha família ou até mesmo perdê-la trazer-me-ia uma angústia que, provavelmente, seria insuportável, adicionando-lhe o facto de ter que abandonar o nosso lar com todas as minhas coisas, que tanto me dizem, provavelmente não aguentaria tal situação. Vaguear por aí, sem rumo, é apenas de um verdadeiro sobrevivente, que tem amor suficiente à vida para lutar por ela venha o que vier. A vida é algo tão bom! É triste como há "seres humanos" com atitudes tão desumanas, que pensam ter o direito de tirar o bem mais precioso que temos. Ainda mais infeliz é o facto de, ao ter que tomar a decisão de darmos um pouco para os ajudar, tantos países e cidadãos dos mesmos se recusam a fazê-lo por puro egoísmo. Nesta situação, a única coisa a manter connosco, para além de bens materiais, é a esperança. Carolina Pedreiro, n.º 5, 9.ºA

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Se eu fosse refugiado... Ser um refugiado, apesar de não aparentar, é muito mais do que ser apenas um fugitivo. Ser refugiado implica o ter de fazer muitos sacrifícios. Enquanto refugiados, nós, os seres humanos passamos por diversas dificuldades, tristezas, perdas e angústias. Sendo um refugiado obrigatoriamente teria de abandonar o meu lar, os meus pertences, vários dos meus amigos e família, basicamente teria de abandonar a minha vida para me tornar um humano que foi pura e simplesmente obrigado a fugir do seu país, esperando sobreviver. Se eu fosse um refugiado, teria de ser forte, pois ser um implica uma decadência drástica no nível e modo de vida. Caminhando dia e noite, continuamente, fugindo e evitando qualquer tipo de confronto bélico, militar, tentando ser aceite num país clandestino, tentando arranjar forma de um país me oferecer um lar e me tornar novamente um cidadão comum. Ser refugiado é ser um guerreiro, um batalhador, guerreando constantemente contra a fome, sede, cansaço e muitas vezes conta a vontade de colocar um ponto final no sofrimento pelo qual tem de passar diariamente suicidando-se. Ser refugiado é viver na rua, passar fome durante dias a fio, é ver dezenas de outros refugiados perecer diariamente tanto por obra da natureza quanto por mão humana. Ser um refugiado é colocar de lado todas as diferenças e ajudar outros tantos que se encontram na mesma situação, pois só quem o é entende o quão mal se sente, olhar rostos de crianças que sorriam permanentemente de orelha a orelha e que agora estão cobertas de terra e lágrimas; olhar idosos que já passaram por tanto na vida e que mal conseguem aguentar-se naquela situação decrépita e muitas vezes acabam por falecer, levando com eles toda a sabedoria de uma vida que acabou devastada por razões egoístas que visam a dizimação total de quem é diferente, resumindo, um genocídio. José Simões, n.º 14, 9.ºA

Se eu fosse uma refugiada, sentir-me-ia triste e revoltada, porque a condição de refugiada não é uma escolha, mas sim uma imposição, ou seja, os refugiados saem do seu país devido à guerra, com a esperança de encontrarem um melhor destino, não saem por vontade própria, porque ninguém gosta de abandonar o sítio que retrata a sua história de vida. Se um dia fosse obrigada a sair do meu país devido a uma guerra, levaria a minha família, porque era incapaz de viver sem ela e iria tentar encontrar um lugar seguro para vivermos. Sei que, se fosse refugiada, iria ter de ultrapassar muitos obstáculos, ou seja, não teria onde tomar banho, a comida não seria suficiente, teria de passar por mares e por sítios desconhecidos; seria muito difícil sobreviver, mas iria fazer de tudo para chegar a um lugar seguro; nesse lugar, iria procurar um emprego para os meus pais, de forma a ganhar algum dinheiro para comprar comida, sobretudo para alimentar o meu irmão mais novo. Ser refugiado é uma situação pela qual ninguém deseja passar, porque é uma vida muito difícil, porém, se eu fosse refugiada, faria de tudo para chegar a um destino seguro, para conseguir ter uma vida melhor, para poder lutar contra as injustiças e desigualdades sociais. Sofia Pécurto, n.º 19, 9.ºA Composto e impresso no Centro de Recursos do Agrupamento de Escolas de Borba

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Se eu fosse refugiado… - Frases Se eu fosse uma refugiada, sentir-me-ia mal por abandonar o meu país, a minha terra, as minhas origens. Se eu fosse uma refugiada, tentaria ajudar os “companheiros de viagem” que estivessem feridos. Ana Chapa, n.º1, 7ºC Se eu fosse uma refugiada, esforçar-me-ia para voltar a ter uma vida normal. Se eu fosse uma refugiada, iria levar no meu coração as pessoas que são importantes para mim. Beatriz Neves, n.º2, 7ºC Se eu fosse uma refugiada, iria tentar adaptar-me às tradições, costumes e modo de vida do país. As circunstâncias de nós, refugiados, estarmos em apuros é suficiente para que assista às pessoas o dever de ajudar e acolher. O que é subestimado é que isto seja um dever e não uma opção. Catarina Andrade, n.º3, 7ºC

Se eu fosse uma refugiada, de tudo aquilo que tenho, bastava-me levar uma coisa comigo: a certeza do amor incondicional de todos os meus entes queridos. Se eu fosse uma refugiada, teria algo constantemente na cabeça: escapar, sair, voltar a um mundo colorido, que todas estas guerras outrora enegreceram. Catarina Grou, n.º4, 7ºC Se eu fosse uma refugiada, iria pensar na reviravolta que levou o meu mundo: tudo o que construí durante uma vida bastou um minuto para se desmoronar. Se eu fosse uma refugiada, sentir-me-ia triste, sozinha e abandonada por tudo e todos. Daniela Laranja, n.º5, 7ºC Se eu fosse uma refugiada, iria gostar que alguém me ajudasse. Em primeiro lugar, sentir-me-ia triste e abandonada, o mundo ter-me-ia traído, teria de deixar tudo para trás, não era capaz de me imaginar sem fazer aquilo de que mais gosto. Fátima Pécurto, n.º6, 7ºC

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Se eu fosse refugiado… - Frases

Se eu fosse um refugiado, sentir-me-ia muito triste, porque não estaria em minha casa, não poderia brincar com os meus amigos, nem fazer aquilo de que mais gosto. Se eu fosse um refugiado, sentiria muitas saudades da minha família, porque, sem ela, eu não estaria a escrever estas frases. Filipe Borralho, n.º7, 7ºC Se eu fosse um refugiado, deixaria passar os mais necessitados e ajudá-los-ia. Se eu fosse um refugiado, gostaria de não ser olhado de modo diferente pelas ditas “pessoas normais”. Guilherme Barradas, n.º8, 7ºC Se eu fosse uma refugiada, para onde quer que fosse, levaria comigo a minha família, nem que fosse no meu coração. Se eu fosse uma refugiada, pensaria nos perigos e medos que poderia vir a enfrentar e a sofrer. Se eu fosse uma refugiada, só pensaria em sair daquele sítio e encontrar algo diferente e maravilhoso, sem guerras, conflitos… Joana Ratado, n.º9, 7ºC Se eu fosse um refugiado, sentir-me-ia triste e com vontade de chorar. Se eu fosse um refugiado, sentir-me-ia sozinho. José Rodrigues, n.º11, 7ºC Se eu fosse um refugiado, aprenderia a dar mais valor à vida, à escola… Se eu fosse um refugiado, pensaria sempre mais nos outros do que em mim. Luís Curvo, n.º12, 7ºC Se eu fosse uma refugiada, de certeza que sentiria medo, que me sentiria aterrorizada e não conseguiria parar de pensar na minha família e no que tinha deixado para trás. Se eu fosse uma refugiada, ajudaria todas as pessoas que pudesse, pois, neste mundo cruel, um pequeno gesto faz a diferença. Se eu fosse uma refugiada, pensaria que o amanhã iria ser melhor, mas não conseguiria

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Se eu fosse refugiado… - Frases esquecer toda aquela tristeza, angústia, terror, todo aquele ambiente aterrorizador que, decerto, me perseguiria nos meus sonhos. Maria Coxixo, n.º13, 7ºC Se eu fosse um refugiado, iria sentir-me triste, porque estava a abandonar o meu país. Se eu fosse um refugiado, pensaria nos refugiados que não conseguiram escapar da guerra. Miguel Alpalhão, n.º14, 7ºC

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VIDAS DE SEMPRE (XXII) Mestre Diogo de Borba, pregador, missionário e fundador do Colégio da Santa Fé de Goa (?-1555) A “Crónica da Província da Piedade” e o “Hagiológico Lusitano” referem que Mestre Diogo de Borba, que tomou o apelido da vila, onde nasceu, foi educado pelos frades do Convento do Bosque. Mais tarde, estudou, em Espanha, na Universidade de Salamanca e na Andaluzia. No país vizinho, tornou-se discípulo e companheiro do afamado pregador Padre João de Ávila. Os dotes de oratória deste ilustre borbense chegaram ao conhecimento do rei Dom João II, que o convidou a acompanhar o primeiro bispo de Goa, Dom Frei João de Albuquerque à India, em 1538. Neste território ultramarino, Mestre Diogo de Borba prosseguiu a sua missionação de forma exemplar, incindindo a sua atividade religiosa numa preocupação extrema com a preparação dos padres asiáticos. Neste sentido, assumiu o papel do principal fundador do Colégio da Santa Fé, de Goa (1541). Três anos depois, em 1544, Mestre Diogo de Borba entregou o colégio à poderosa e influente Companhia de Jesus, em cuja Ordem Religiosa ingressou, de imediato. Aliás, sendo contemporâneo de São Francisco Xavier, é muito provável que tenha privado com o mais emblemático padre jesuíta daquele tempo. O nosso orador sagrado faleceu, em 1555, na cidade de Goa, e foi sepultado na capela-mor do Colégio da Santa Fé. O “Hagiológico Lusitano” chama a Borba “ilustre por ter produzido esta insigne tocha da cristandade oriental”. Na atualidade, das casas professas dos jesuítas, apenas subsiste o Colégio do Bom Jesus de Goa, onde se encontra o túmulo de São Francisco Xavier.

EQUIPA: Educ. Helena Duarte, Prof. Catarina Ferreira, Prof. João Azaruja, Prof. Maria João Brinquete e Prof. Norberto Alpalhão Composto e impresso no Centro de Recursos do Agrupamento de Escolas de Borba

https://sites.google.com/site/escolasdeborba/

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MAROUVAS

Prof. João Azaruja


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