ASUG NEWS 83 - Ano 19

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Os usuários de TI estão vivendo um momento de grande revolução. Internet das Coisas, Cloud Computing, Inteligência Artificial, Big Data, entre tantas outras inovações trazem as soluções que muitos CIOs buscam para o crescimento de suas empresas, mas também apresentam novos desafios. Nesse contexto, inicia-se uma jornada em busca dos melhores caminhos a serem trilhados, visando a assertividade nos investimentos e na ferramenta a ser adotada. No universo SAP, a comunidade está frente a frente com esta realidade. Com o advento do S/4 HANA, muitos se questionam sobre o momento certo para a migração e o real custo-benefício de se investir nessa nova plataforma. Mais uma vez, a ASUG Brasil mostra que está ao lado de seus associados, pronta para oferecer o suporte necessário na tomada de decisões e no processo de implantação. A sólida ponte que construímos entre os consumidores e a SAP mostra-se, novamente, o caminho mais eficaz para esclarecer dúvidas e acessar as novidades relacionadas aos produtos da empresa alemã. Nesta edição da ASUG News, trazemos as respostas para os principais questionamentos dos usuários em relação ao S/4 HANA, com base no amplo diálogo que mantivemos nos últimos meses nos diversos espaços de participação, como o Comitê Estratégico, os Special Interest Groups (SIGs) e os ASUG Days. A participação da ASUG Brasil no SAP Fórum 2017 é mais uma mostra do amadurecimento desta relação e da parceria que se consolidou nos últimos 20 anos. A realização do evento em São Paulo traduz a relevância do mercado brasileiro no cenário global. Marcamos presença nas atividades, visando conhecer de perto os lançamentos e os cases de sucesso e levar aos nossos associados o que há de mais recente e inovador em TI. Nós, da atual diretoria, não medimos esforços para acompanhar esse momento de transformação digital e nossos SIGs são um exemplo dessa atuação. Quando assumimos a ASUG Brasil, propusemos uma grande reformulação, visando acompanhar as demandas dos usuários e as boas práticas mundiais. Assim, suprimimos alguns grupos e criamos novos, como os SIGs Agronegócios e HANA. Esta edição da ASUG News traz uma reportagem que retrata o dinamismo do pilar de Educação da entidade e as perspectivas dos novos coordenadores dos SIGs de Localização e Auditoria e GRC para o próximo ano. É neste clima de grandes mudanças que nos aproximamos da 20ª edição da Conferência Anual da ASUG Brasil, um evento que promete coroar as duas décadas de história da nossa entidade. Preparamos criteriosamente uma programação que corresponda às demandas dos usuários SAP por conhecimentos e novas soluções, com grandes especialistas da área da TI. Como reconhecimento aos cases de sucesso, realizaremos também o tradicional Impact Awards. O ciclo vitorioso da associação se encerra com uma palestra do renomado professor Clóvis de Barros, seguida de um merecido momento de descontração e confraternização ao som da Banda Blitz. Contamos com a sua presença! Boa leitura

Expediente

2015-2017 Presidente Cláudio Antônio Fontes Diretor Administrativo João Donizeti Santos Diretor Financeiro Wellington Brigante Diretor de Comunicação Lorival Verillo Diretor Associativo João Luiz Silva Barbosa

Cláudio Antônio Fontes

Presidente da ASUG Brasil

05 | Eventos

20ª Conferência Anual: palestra de Clóvis de Barros e show da Banda Blitz

06 | Capa

SAP Fórum: a transformação digital é agora

10 | Educação

SIGs conectam usuários e soluções

su ma rio Diretoria ASUG Brasil

Edi to ri al

15 | Case de Sucesso

Appin5: como lançar um aplicativo em cinco passos

16 | Entrevista Diretor de Relações Int. Paulo Sérgio E. A. Moraes Diretor de Educação Marcio A. Cardoso da Silva Diretor de Eventos Antonio A. Dias da Cruz Produção RS Right Support www.rscorp.com.br Conteúdo Ágora Comunicação Projeto Gráfico vegas.art.br

Jornalista Responsável Yasmim Taha MTB nº 62.264/SP Distribuição, Comercial, Marketing RS Right Support www.rscorp.com.br Executivo de Conta Orlando Fogaça orlando@rscorp.com.br Rosilene Alvernaz rosi@rscorp.com.br

A ASUG News é uma publicação da Associação de Usuários SAP no Brasil

As respostas para as principais dúvidas sobre o S/4 HANA

18 | Artigo

Alta disponibilidade de bases de dados

www.asug.com.br redacao@asug.com.br 0800-164064 Rua Nestor Pestana, 125, 9º andar, Conj. 92. CEP: 01303-907



e ven to

20ª Conferência Anual da ASUG Brasil Tecnologias na era da transformação digital As duas décadas de história da ASUG Brasil serão celebradas de forma muito especial durante a 20ª Conferência Anual, em 7 de novembro, no Hotel Pullman Vila Olímpia, em São Paulo. O evento contará com a participação de profissionais influenciadores e que estão envolvidos de maneira decisiva no processo de seleção, aquisição e implementação de produtos, serviços e soluções de tecnologia em suas corporações. Para o Diretor de Eventos, Antonio Augusto Dias da Cruz, a 20ª edição da Conferência Anual é uma referência para toda a comunidade ASUG Brasil. “Ela marca a celebração de duas décadas de parceria com os associados e a evolução constante dos temas, cada vez mais contemporâneos”, afirma. A temática deste ano é “Tecnologias na era da transformação digital”, remetendo a assuntos como Inter-

Informações: www.asug.com.br/conferencia-anual

net das Coisas, Big Data, Análise Cognitiva e Blockchain, que passaram a ser apresentados na prática. “Nosso objetivo é de estimular cada vez mais o novo papel da Tecnologia da Informação nessa nova era e mostrar como o ecossistema da SAP pode contribuir para essa jornada”, explica Cruz. O evento também foi especialmente desenhado com sessões enriquecedoras de parceiros e consultorias e uma palestra do Prof. Dr. Clóvis de Barros Filho, com suas análises sobre os tempos modernos. “Brindaremos o dia com a Banda Blitz, que consagra as gerações que fizeram dos 20 anos da ASUG uma história de comunidade vitoriosa”, anuncia o Diretor de Eventos da ASUG Brasil. Os cases de sucesso serão reconhecidos e premiados durante o tradicional Impact Awards.

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C A P A

A transformação digital é agora ASUG Brasil participa do SAP Fórum e acompanha a chegada de uma nova era do universo da TI Um dos maiores eventos de TI da América Latina, o SAP Fórum 2017 foi promovido em São Paulo, nos dias 12 e 13 de setembro, reunindo mais de 8 mil pessoas. A ASUG Brasil marcou presença no evento, mostrando a relação de parceria com a empresa alemã em prol da comunidade SAP no país. Representantes da SAP de diversos países apresenSetembro/Outubro | 2017

taram novos produtos e soluções para impulsionar os negócios das empresas brasileiras. Inovações nos campos da Internet das Coisas, Big Data, Inteligência Artificial, entre outras áreas, convidaram o público a embarcar na jornada da transformação digital.


CAPA

SIGs de Recursos Humanos e de Localização apresentaram ações e resultados durante o evento

Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil, abriu o evento

As tão esperadas inovações tecnológicas “do futuro” já fazem parte do presente das empresas brasileiras. O SAP Fórum Brasil, promovido nos dias 12 e 13 de setembro, no Transamérica Expo Center, mostrou que muitas tendências do mercado, anunciadas nas edições anteriores, transformaram-se em negócios digitais com as novas plataformas lançadas no mundo da Tecnologia da Informação. A ASUG Brasil marcou presença no evento, mostrando o seu importante papel no suporte à comunidade SAP na adesão às novas tecnologias e soluções, aproximando cada vez mais os consumidores à empresa alemã. “Esse é o evento mais importante da SAP na América Latina e o fato de ser sediado em São Paulo mostra a relevância do mercado brasileiro nas estratégias do mercado global”, disse o presidente da ASUG Brasil, Cláudio Fontes. Ele destacou a relação sólida estabelecida entre a entidade e a SAP ao longo das duas últimas décadas. “O evento também demonstra a grande parceria que temos com a SAP. Estamos sempre endereçando as solicitações dos clientes brasileiros, buscando soluções de forma conjunta e colaborativa”, celebrou Fontes. Essa relação próxima da ASUG Brasil com a SAP também foi destacada por Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil, durante a abertura do evento. Outros nomes de peso participaram, entre eles Pat Bakey, presidente da SAP Industries; Jennifer Morgan, presidente para Americas e APJ de Global Customer Operations, e Mala Anand, presidente global do SAP Leonardo e

Data & Analytics. Além do S/4 HANA, que já vem sendo tema de grandes debates nos últimos eventos da SAP, o grande destaque foi o portfólio do SAP Leonardo.

Estamos sempre endereçando as solicitações dos clientes brasileiros à SAP, buscando soluções de forma colaborativa

Cláudio Fontes, presidente da ASUG Brasil ASUG News 7


CAPA

Reinvenção do RH

Como se comporta e age a nova geração, os milenaristas, que até 2025 deve representar 75% da força de trabalho nas empresas? Com o olhar atento ao futuro, não muito distante, e como estratégia para que os empregadores retenham o seu quadro produtivo e engajado, a ASUG vem disseminando a importância de a área de Recursos Humanos se preparar para as mudanças na maneira como as organizações trabalham. A ação vem sendo realizada em parceria com a SAP que, após oferecer o HCM, uma plataforma on premise para gestão de pessoas, inova lançando o Success Factors, o SFSF, totalmente in cloud. O tema foi apresentado por Donato Locaspi, coordenador do Special Interest Group (SIG) Recursos Humanos da ASUG Brasil, e Sueli Nascimento, gerente de produto na SAP, durante a edição 2017 da SAP Fórum, na sessão plenária “Os desafios de RH para garantir a retenção de sua força de trabalho e as estratégias da SAP para seu sucesso no mundo digital”. Locaspi iniciou a palestra provocando reflexões sobre como o “Departamento Pessoal” atuava, normalmente gerindo pessoas com decisões da empresa a serem cumpridas pelos colaboradores; e como foi necessária a abertura dessa área para ouvir e gerir com mais eficiência. O momento novamente pede uma reestruturação na área. Com esse argumento, Locaspi trouxe pontos relevantes que merecem um olhar especial das empresas, como cargos de liderança e perspectivas de ascensão para homens e mulheres; eSocial, que será obrigatório em 2018; a recompensa econômica que empregadores devem praticar; o sentimento dos

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colaboradores em relação ao local onde trabalham; plano de carreira executável; políticas de promoção; avaliações profissionais mensuráveis e claras; atuação da empresa na inclusão de pessoas com necessidades especiais; treinamentos; longevidade dos funcionários, entre outros assuntos. “O RH não existe para ficar escondido. Ele tem que se reinventar e conciliar tato, ferramenta e estratégia para reter os talentos. Custa caro uma contratação ruim ou a perda de um talento. Hoje o RH tem que saber avaliar um perfil no Linkedin, por exemplo”, disse.

O RH tem que se reinventar e conciliar tato, ferramenta e estratégia para reter os talentos

Donato Locaspi, coordenador do SIG Recursos Humanos

Sueli ressaltou a missão da SAP de oferecer soluções integrando as pessoas. “Não pensamos apenas em processos. Eles são importantes, mas as pessoas estão na mira da nossa missão e melhorar a vida delas é o objetivo”, enfatizou. Ela explicou que a principal mudança do HCM para o SFSF é o formato em nuvem e suas vantagens, como o armazenamento das informações e o acesso rápido, disponível para vários dispositivos conectados à Internet, com ambiente corporativo integrado, compartilhando informações e minimizando erros e conflitos entre as áreas.


CAPA Mauro Vinícius Ferras (à dir.) e Knut Barthel falaram sobre as novidades da área de localização

As particularidades da localização

O SIG Localização marcou presença no evento. O coordenador Mauro Vinícius Ferraz comandou a Info Session sobre a nova versão da NFe 4.0. Ele expôs a necessidade de contemplar as particularidades de cada estado, o que exige que a SAP faça ajustes na plataforma. O tema vem sendo discutido durante as reuniões promovidas pela ASUG Brasil. “O objetivo é chegar a um senso comum. Muitas vezes uma empresa percebe que tem que adotar regras diferentes em relação às outras, principalmente por estarem em estados distintos”.

Ferraz também abordou a nova versão do CTe, alertando sobre a implementação do SP26 antes da desativação da versão 2.0 do CTe e 1.0 do MDF-e. “Caso contrário a consulta de status não irá funcionar”, alertou. O projeto de Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) está sendo conduzido de forma integrada, segundo Ferraz. O piloto terá início em dezembro de 2017 no Rio de Janeiro (RJ), em São Paulo (SP), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Maringá (PR) e Marabá (PA).

Trabalhamos há anos com o SIG Localização da ASUG e tem sido uma relação de benefícios mútuos

Knut Barthel, Globalization Product Manager da SAP

Knut Barthel, Globalization Product Manager da SAP, acompanhou a apresentação e destacou a importância da parceria entre ASUG Brasil e SAP. “Trabalhamos há anos com o SIG Localização da ASUG e tem sido uma relação de benefícios mútuos, tanto para os associados, como para a empresa, pois conseguimos usar o feedback dos clientes para atender à legislação e para novos desenvolvimentos”, disse. ASUG News 9


iNFLUENCIA

e du ca cao

SIGs conectam usuários e soluções Canal direto de diálogo com a SAP, os Special Interest Groups promovem troca de experiências e encaminham demandas dos usuários Um dos pilares da ASUG Brasil, a Educação se estrutura através dos Special Interest Groups (SIGs). Em constante aprimoramento, buscando atender da melhor forma as demandas dos associados, eles se consolidaram como uma poderosa ferramenta de diálogo com a SAP. Atualmente são 13 grupos de estudos, que promovem debates, trocas de experiências e esclarecem as dúvidas dos participantes. Marcio Silva, diretor de Educação da ASUG Brasil e representante a empresa Rhodia (Grupo Solvay), está à frente desta área há três anos, período em que os SIGs passaram por uma importante atualização, que considerou os interesses dos associados e suas necessidades, o momento que o país atravessa e também as boas práticas das ASUGs de outros países. Assim, extinguiram-se alguns grupos e criaram-se novos, renovando a dinâmica desse pilar. “Tomamos decisões corajosas. O feedback dos nossos associados Setembro/Outubro | 2017

foi fundamental para realinharmos os SIGs e atingirmos a estrutura robusta que temos hoje”, diz Silva. Atualmente, os grupos se agregam em três eixos de atuação: indústria, processo e tecnologia. A novidade mais recente foi a criação do SIG Agronegócio, uma iniciativa pioneira da ASUG Brasil no mundo. A resposta da comunidade foi imediata e há 33 potenciais participantes, o que revela a grande vocação do país para esta atividade. “Foi uma inovação. A criação desse grupo é uma aposta e queremos conectar toda a cadeia do agronegócio, trazendo soluções para os produtores de sementes e de equipamentos, até o setor de distribuição”. A participação é a grande marca dos SIGs, que incentivam o diálogo entre os participantes e também com a SAP, visando conectar pessoas e soluções. “Acolhemos sugestões, reclamações e discutimos aquilo que não está funcionando.


educacao

Isso ajuda as empresas a obterem melhorias. Assim, capitalizamos sobre as lições aprendidas”, explica o diretor. O endereçamento dos problemas e das demandas reportados durante as reuniões são diretamente encaminhados à SAP, que mantém um facilitador para cada SIG. Esse profissional acompanha os diálogos, acolhe propostas e apresenta as novidades em soluções e produtos. “Isso facilita muito a comunicação e ganhamos tempo, porque há muitas pessoas que compartilham dos mesmos desafios. Assim, encaminhamos de forma conjunta e facilitamos a troca entre os usuários e a SAP”, esclarece Silva.

Tomamos decisões corajosas. O feedback dos nossos associados foi fundamental para realinharmos os SIGs

Marcio Silva, diretor de Educação

Os dilemas do S/4 HANA

Uma recente prova deste intercâmbio com a empresa alemã é o SIG S/4 HANA, que vem promovendo intensos debates sobre o tema, demandando constantemente os representantes da SAP. De acordo com Silva, os usuários vivem dilemas de três ordens: técnica, funcional e de disponibilidade de recursos. “Não existe resposta única. Há diversos caminhos e consequências, que estão atrelados a cada empresa, mas nem todas se sentem preparadas. Uma das grandes inseguranças é em relação ao retorno dos investimentos”.

Participe dos SIGs

Educação sem fronteiras

SIG Insurance

O Brasil é um país de dimensões continentais e cada região apresenta uma realidade diferente. Visando acompanhar essa dinâmica, os SIGs estão trabalhando para contemplar as peculiaridades de cada estado e dos diferentes perfis de usuários, considerando o contexto geográfico. Os ASUG Days têm sido uma importante ferramenta de descentralização das ações da entidade, levando os conteúdos abordados nos grupos de estudo para outras regiões. “Existe uma grande concentração de empresas no eixo Rio-São Paulo e quem está fora dessa área tem restrição de despesas em virtude da crise”. Outra aposta que está sendo estruturada é um acesso remoto, para promover discussões com usuários de diversos estados sem a necessidade de deslocamento.

Confira os temas dos grupos de estudos da ASUG Brasil e participe daqueles que se enquadram no perfil da sua empresa! SIG Administração Pública SIG Auditoria e GRC SIG Gestão de Projetos (GP)

SIG Localização SIG Mills & Mining SIG Novas Implementações SIG Pharma SIG Process Management (PM) SIG Recursos Humanos (HR) SIG BITI (Tecnologia e BI) SIG S/4 HANA SIG Agronegócio ASUG News 11


educacao

SIGs sob nova direção Grupos Localizacão e Auditoria e GRC têm novos coordenadores

Manter o dinamismo dos SIGs é uma das prioridades da ASUG Brasil. Por isso, eles estão em constante transformação e a troca de coordenadores é uma estratégia para inovar. As mais recentes mudanças envolvem os SIGs Localização e Auditoria e GRC, que estão sob nova direção. Na área de localização, o grande desafio do SIG, que tem o maior quórum, é trazer respostas às grandes complexidades que a legislação brasileira impõe. “As empresas querem entender e se antecipar sobre como utilizar os módulos da SAP, de forma que eles respondam às suas expectativas. Não podemos permitir a penalização dos usuários e o comprometimento dos resultados ”, explica Silva, referindo-se à nota fiscal. O escolhido para assumir o SIG nesse novo período é Mauro Vinicius Ferraz, da Suzano Papel e Celulose. Já no campo da Auditoria e GRC, o compliance é a “bola da vez”, tendo em vista os recorrentes eventos que envolvem corrupção, reforçando o interesse dos associados no tema. Nei Vilha Dias, da Klabin, estará à frente deste SIG no próximo período.

SIG Localização

Coordenador: Mauro Vinícius Ferraz Currículo: Contador, pós-graduado em Controlado-

ria e Planejamento Tributário, com ampla experiência na área tributária. Iniciou sua trajetória profissional na Suzano Papel e Celulose em 1997. Em 2015, participou da constituição do CSC, fase de centralização do recebimento fiscal. No ano seguinte, foi convidado a integrar a equipe de TI da Suzano Papel, atuando no modulo FI.

ASUG News: Os pontos de discussão abordados pelo SIG Localização vêm passando por mudanças nos últimos anos, como é o caso da Nota Fiscal Eletrônica. Como manter os usuários atualizados? Mauro Vinicius: Os representantes da ASUG no SIG Localização possuem excelente conhecimento tributário/ fiscal, permitido, assim, manter os associados atualizados com base nas últimas mudanças publicadas. Devido à elevada complexidade da legislação e a suas constantes atualizações, precisamos promover a integração e a troca de experiências entre os participantes (ASUG, associados e equipe SAP). AN: Quais as principais demandas dos integrantes do SIG Localização em relação à SAP? MV: Os associados buscam informações sobre os desenvolvimentos vinculados às novas obrigatoriedades legais, prazos de liberação das SAP Notes e Support Package do GRc-NFe. Nas reuniões do grupo, a equipe da SAP sempre Setembro/Outubro | 2017

apresenta o status dos desenvolvimentos e SAP Notes já liberadas, facilitando muito a análise da equipe de TI dos associados. AN: Como o SIG pretende abordar as diferenças de regras que há entre os estados no que diz respeito a tributação e outras burocracias? MV: O sistema tributário brasileiro é muito conhecido pela sua complexidade, que vem passando por frequentes inovações, como, por exemplo, o SPED, que visa padronizar as informações contábeis e fiscais. Recentemente foi implementada uma pesquisa, para que os associados expressassem os temas que gostariam de abordar nas próximas reuniões do grupo. Isso ajuda na elaboração da agenda, permitindo melhor atender os associados. Além disso, abordar os assuntos do SIG Localização nos ASUG Days em outros estados permite aumentar a integração entre ASUG, associados e equipe SAP, como ocorreu no evento realizado em Porto Alegre (RS).


SIG Auditoria e GRC

educacao

Coordenador: Nei Dias Currículo: Formado em Administração de Empre-

sas, MBA em Finanças, Controladoria e Auditoria. Tem mais de 15 anos de experiência nas áreas de Prevenção de Perdas, Controles Internos e Auditoria. Atua na Gerência de Auditoria e Compliance da Klabin. ASUG News: Quais as principais demandas em relação aos produtos SAP nesta área de Auditoria e GRC? Nei Dias: Vem crescendo bastante a demanda sobre informações dos produtos de Gestão de Fraude, Auditoria e produtos relacionados à detecção de ameaças cybersecurity e segurança SAP. AN: O tema “segurança da informação” vem ganhando cada vez mais destaque nesse setor e isso tem se refletido nas discussões do SIG. Você vê essa tendência para os próximos anos? ND: Esta é uma tendência mundial. Todas as empresas devem se preocupar com segurança da informação. Este tema será muito discutido no grupo, com a tecnologia cada vez mais utilizada nas empresas e os diversos modos para acessar as informações. O termo segurança deve ser abordado nas reuniões e divulgado para os investidores com objetivo de mostrar como a organização está preparada para proteger suas informações. AN: Foram temas de grande relevância em 2017: a Matriz de Risco SoD, modelo de perfil de acesso, transformação digital, cyber crimes, legislação e segurança da informação. Esses assuntos seguirão entre as principais abordagens? ND: Sim, eles continuarão na pauta das reuniões. Além destes, vamos inserir outros, como riscos corporativos das organizações, compliance, a lei anticorrupção, matriz de processos e controles, etc. Vale salientar que é possível sugerir durante as reuniões, por e-mail ou telefone, temas para serem abordados nos próximos encontros. AN: Qual dinâmica pretende adotar para endereçar as demandas dos integrantes do SIG para a SAP? ND: Este será o maior desafio: incentivar os integrantes do grupo a sugerirem temas e demandas para as reuniões e, no mesmo momento, submeter à SAP as propostas de

melhorias e/ou novas demandas. Será um prazer muito grande receber sugestões, avaliar em conjunto com os integrantes e propor para a SAP a avaliação das sugestões. Durante minha gestão eu gostaria de propor algumas inovações no sentido de geração de conteúdo localizado, como, por exemplo, unir o grupo para gerar uma matriz de transações críticas que seja comum para a maioria das empresas em nossa região e país. Outros conteúdos podem ser gerados para estabelecer uma matriz de Riscos SoD, controles compensatórios genéricos que se aplicam aos riscos de maior relevância, etc. AN: É preciso avançar na aproximação desse diálogo? ND: Claro que sim. Precisamos fazer com que os integrantes tenham o prazer e a certeza de que podemos abordar temas, necessidades e dificuldades sem qualquer barreira e/ou falta de oportunidades. A geração de conteúdo é um avanço que vou buscar estabelecer na minha gestão. AN: Como você prevê a dinâmica das reuniões? ND: Reuniões bem objetivas, com temas atuais, oportunidades para debates e, acima de tudo, em que os integrantes possam sugerir temas. Devemos fazer com que cada reunião seja um aprendizado sobre as melhores práticas das empresas e mercado e oportunidade para que os participantes possam apontar necessidades e demandas. A dinâmica já é muito boa. Sempre há uma pesquisa no início do ano para determinar entre os associados do grupo quais são os principais assuntos que deverão ser abordados. Também temos a SAP para palestrar sobre a solução e o produto relacionados ao tema e também convidamos uma auditoria independente (BIG4) para palestrar sobre tendências, pesquisas recentes e boas práticas referentes ao assunto. Para complementar as agendas, os associados expõem seus casos de sucesso. Lembrando que o propósito principal da palestra é disseminar conhecimento e não a venda de serviços relacionados ao tema.

Participação em números (dados de 2009 a 2017)

7.967

participantes nos SIGs

188

reuniões realizadas

691

palestras ministradas

445

empresas participantes

109

parceiros presentes nas reuniões

336

clientes participantes ASUG News 13



C A S E Crie e disponibilize em loja o seu aplicativo em 5 passos Case de sucesso da Appin5 revoluciona a concepção e o lançamento de aplicativos Com o início de seu negócio em 2014, para a criação de aplicativos para eventos, a Appin5 é uma empresa uruguaia que conta com clientes na América Latina e que consegue gerar um aplicativo em apenas cinco passos. Seu principal produto, o aplicativo para eventos e congressos, já foi usado no Brasil para vários eventos de mercado, como os da ASUG, Autocom, EMCshow. “Com a experiência que ganhamos em conferências e eventos da ASUG, estamos lançando uma versão do aplicativo de eventos e congressos para SAP S/4 HANA® e SAP Cloud Platform”, diz Alejandro Silva, da Appin5.

Cinco passos, um aplicativo! 1) Digite o site, selecione o tipo de app a ser feito e dê-lhe um nome, descrição e imagem para o ícone 2) Selecione a cor da base e faça upload do logotipo do aplicativo para o site 3) Digite o endereço de correio para envio do formulário eletrônico. Carregue as informações do aplicativo 4) Escolha a paletas de cores Para mais informações, acesse: http://www.appsin5.com 5) Teste o aplicativo Depois disso, o aplicativo está pronto. É só decidir o momento ideal para subi-lo para as lojas da Apple e Android, para que mais pessoas possam baixá-lo. Segundo um dos clientes do Appin5, a solução é realmente fácil, simples e tem excelente custo-benefício. “Estamos usando o APPin5 desde 2015 e em pouco tempo conseguimos, com a ajuda deles, oferecer um serviço diferenciado para o nosso evento anual”, explica o Dire-

tor de Eventos da ASUG Brasil, Antonio Augusto Cruz. Vale mencionar que a ASUG Brasil e a Socium Partner Group, distribuidor GeneXus para o estado de São Paulo, acabaram de assinar um acordo para utilizar o produto da Appin5 em 2017, na 20ª Conferência Anual. Assim, os participantes do evento terão em seus smartphones a agenda dos eventos que forem celebrados em 2017 e no próximo ano. ASUG News 15


iNFLUENCIA

en tre vis ta

Dúvidas sobre a hora certa para migração? Nós respondemos para você! Flávio dos Santos Junior fala sobre o S/4 HANA Quais são as vantagens do S/4 HANA? Quando é o momento certo para a migração? Posso executar essa mudança gradativamente? Inúmeras dúvidas e inseguranças permeiam o cotidiano dos usuários SAP em relação à nova plataforma. As discussões sobre esse tema são comuns nas reuniões dos grupos de estudo da ASUG e motivaram a entidade a criar um grupo específico para troca de experiências, o SIG HANA. O coordenador Flávio Santos Junior, da Suzano Papel e Celulose, está trabalhando para proporcionar um amplo espaço de diálogo entre os associados e a SAP, visando desvendar todas as dúvidas relacionadas ao produto. Em entrevista para a ASUG News, ele expõe como esse momento está sendo conduzido pela entidade.

ASUG News: O lançamento do S/4 HANA gerou muitas inquietações na comunidade SAP sobre o processo de migração e suas vantagens. Como a ASUG Brasil está atuando para estabelecer um diálogo entre os usuários e a empresa? Flávio Santos: A estratégia usada no primeiro encontro foi explicar e detalhar bem as diferenças entre o HANA, utilizado como banco de dados, e a solução S/4HANA. As apresentações foram realizadas por especialistas da SAP, com foco em demonstrar o que é possível realizar com cada solução. A interação com o público presente foi bem interessante para esclarecer qualquer dúvida. Os próximos encontros irão continuar abordando a solução e com demonstração prática, por meio do compartilhamento de experiências de empresas que já aderiram ao S/4HANA e consultorias associadas à ASUG para um roadmap de migração ou instalação. Junho/Julho | 2017

AN: Os usuários também estão inseguros sobre o momento certo de migrar. Como orientá-los em relação à incerteza? FS: A grande dúvida das empresas é compreender qual será a vantagem competitiva em adotar o S4/ HANA e as possibilidades de simplificação na infraestrutura e nos processos. A SAP, juntamente com a ASUG, criou uma agenda que está facilitando o entendimento. As atividades de discussão são formuladas em conjunto com os participantes do SIG HANA. Ao final de cada encontro é enviada uma pesquisa e utilizamos os dados para formular a pauta das reuniões. AN: Há apenas um caminho para a migração? É possível aderir ao S/4 HANA sem possuir a plataforma anterior? FS: Existem várias formas de migração, que são debatidas nos encontros realizados com nossos associados. É possível adotar o S/4 HANA sem ter a plataforma anterior e já existem no mercado alguns casos deste tipo. Porém, são experiências isoladas.


entrevista

AN: Quais são as principais novidades e vantagens que a SAP apresenta sobre o roadmap S/4 HANA? FS: O grande foco da SAP é explicar as simplificações dos processos e a nova forma de interação intuitiva dos usuários finais com a solução. AN: É possível realizar a migração gradativamente ou ela deve ocorrer em um único momento? FS: É possível sim realizar a migração em etapas. Recomendo que aqueles que quiserem compreender melhor esse processo participem dos encontros da ASUG Brasil. AN: A SAP tem disponibilizado canais de dúvidas e suporte? Há apoio aos usuários que optam pelo S/4 HANA? FS: A SAP tem toda a estrutura de vendas, consultoria e suporte preparada para ajudar os clientes na nova solução e no novo grupo criado pela ASUG. Esse espaço está contribuindo para enriquecer as discussões em torno do S/4 HANA, por meio da troca de experiências.

Existem várias formas de migração, que são debatidas nos encontros realizados com nossos associados

Flávio Santos Junior, coordenador do SIG HANA

ASUG News 17


ar ti go

Alta disponibilidade de bases de dados Heitor W. Lourenço Jr. - Robert Bosch LTDA

Serviços essenciais para a garantia da segurança e um bom desempenho Quando se define uma base de dados, existem várias perguntas a serem feitas e que direcionarão detalhes e tecnologias a serem empregadas e que, se não bem definidas de início, podem trazer dificuldades para a implementação posterior. Uma delas é a alta disponibilidade, ou seja, a necessidade de que a base de dados tenha downtimes mínimos ao longo do tempo. Números como 99,99% de disponibilidade não são incomuns e, com certas tecnologias atuais, os 100% já não são um sonho. A alta disponibilidade passa por vários pontos: • Server room com no breaks e geradores • Mais de uma fonte de alimentação elétrica no servidor, storage, rede, etc. • Climatização com redundância • Server room adicional com distância apropriada do local principal para que, em caso de desastres naturais, terrorismo, greves, etc., o outro possa assumir os serviços daquele impedido • As tecnologias específicas para a base de dados Setembro/Outubro | 2017

Neste momento, vamos focar somente nos serviços essenciais para a base de dados. Assim, a alta disponibilidade passa pelo servidor, storage e binários do sistema gerenciador de banco de dados (i.e., Oracle, DB, etc.). A tecnologia de cluster, já bem antiga, é a empregada para alta disponibilidade e conta com um ou mais nós (servidores) que podem responder pelo serviço de banco de dados. Temos basicamente duas implementações:

Ativo / passivo:

o serviço de banco de dados está ativo num nó e, caso este venha a falhar (por falta de energia elétrica, queda do server room, rede, etc), um outro nó (idealmente em


artigo

outro server room) assumirá os serviços daquele que falhou. Para isso, um outro servidor pronto, com tudo instalado, passa a responder pela base de dados. Há softwares como o Veritas que fazem a passagem dos recursos, que incluem os discos e os pontos de rede, e coloca o banco de dados no ar. Se os servidores estão em server rooms diferentes, os storages deverão ser espelhados e sincronizados em tempo real. Este tipo de implementação tem um downtime, que pode variar de segundos a minutos e que leva em consideração a detecção da falha, tomada de decisão e passagem de todos os recursos. Também contempla a recuperação dos dados, pois o serviço de banco de dados provavelmente abortou com transações em execução. Esta implementação também permite manutenções com mínimo downtime, como aplicação de patches, e troca de componentes físicos, em que as bases de dados sofrem failover para o outro nó, deixando o nó inicial disponível para manutenção. Isso também, com parada momentânea do serviço. Existe uma tecnologia, RAC OneNode da Oracle, que permite esse failover programado sem parada alguma, pois ele passa os acessos e transações de um nó para o outro gradualmente sem perda de serviço. Nesta implementação ativo / passivo, o nó passivo não precisa estar sem prestar serviço algum. Isso seria muito caro pois haveria uma estrutura cara parada. O que se faz é colocarem-se bases de teste no nó passivo e, em caso de necessidade de assumir o outro nó, elas podem seletivamente ser desativadas para liberar recursos de CPU, memória e IO para as bases produtivas advindas do nó que falhou.

Ativo / ativo:

Nesta implementação, os vários nós estão executando o gerenciador de base de dados e respondendo pelo serviço. Em caso de falha de um deles, não há toda a passagem de recursos como na outra implementação, mas, sim, os nós restantes decidem qual deles vai assumir os recursos do que falhou e recupera as transações que estavam sendo executadas (rollback). Assim, tudo continua normalmente.

Todas as bases que demandam alta disponibilidade devem ter política de backup implementada

Essa implementação é a ideal para scale out, em que se colocam e tiram nós do cluster sem afetar o serviço, permitindo um crescimento do uso do serviço praticamente sem limites e com servidores menores e mais baratos. Na verdade, é como se uníssemos todos recursos de CPU, memória e I/O de todos servidores para que o serviço fosse atendido. Uma primeira implementação desse tipo foi feita pela Oracle com a versão 8 do Parallel Server, há cerca de 20 anos. A entrega era lenta devido às características de transferência dos dados entre nós que era via IO físico. Depois, veio o RAC (real application cluster) da mesma empresa, e a troca é realizada via um Interconnect de alta velocidade, que simula uma memória única entre todos os nós.

Independentemente da implementação, deve-se sempre ter em mente: • Backup: todas as bases que demandam alta disponibilidade devem ter política de backup implementada. Se houver mais de um server room, estes backups devem ser cruzados, ou seja, as fitas não devem ficar no mesmo local onde a base reside. • Redundância de storage, RAID, etc. para garantir que haja cópias on line dos dados a fim de não se ter que recorrer a um restore para a continuidade do serviço, o que deixaria um downtime elevado. Há várias tecnologias neste sentido entregues pelos fabricantes de storage e pelos próprios gerenciadores de bases de dados como ASM e Data Guard da Oracle. ASUG News 19



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