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Panetone é a cara do Natal, é verdade! Entretanto, um produto tão versátil e com excelente aceitação do público brasileiro tem muito mais potencial e, pode sim, ocupar as gôndolas dos supermercados o ano inteiro.

Uma pesquisa realizada pela Abimapi – Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados – revela que, em 2019, o panetone esteve presente em mais de 53% dos lares brasileiros e foi responsável por faturar R$ 848 milhões.

Ingerimos 1,3 kg do produto, o que equivale a 2,6 de unidades por lar. Esse dado nos coloca como o terceiro país que mais consome o produto no mundo, atrás apenas da Itália, criadora do panetone e do peru.

Para entender melhor as oportunidades de negócios desse setor, entrevistamos o gerente do Innovation Center Puratos, o chef Johannes Roos, especialista em panetones. Na entrevista ele destaca o produto “como um mercado com grandes oportunidades de negócio e ressalta a importância de entender o consumidor e não limitar a oferta do ítem a uma época do ano.”

Segundo Roos, o panetone pode ser apresentado o ano inteiro em aplicações diferentes como: colomba pascal, pão de forma fatiado, pão de açúcar e canela, entre outros. De forma alguma precisa ser limitado ao formato tradicional.

19:28 Min. Veja a entrevista completa com o chef Johannes Roos e aproveite as oportunidades para o seu negócio.

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Johannes destaca o investimento em embalagens especiais, como ação para aumentar o valor agregado do produto. Segundo estudo realizado pela Puratos, panetones industrializados e com embalagens diferenciadas são vendidos na faixa de R$28 a R$35. Já os panetones produzidos nos supermercados são vendidos atualmente na faixa de R$7 a R$9, o que evidencia uma ótima oportunidade de lucratividade, caso o empresário invista na matéria-prima de qualidade e em uma embalagem de destaque. A Puratos tem mais de 30 anos de experiência no mercado brasileiro de panetones. Atualmente é a líder no segmento e investe muito em pesquisas que ajudam a entender o consumidor e assim criar as melhores soluções para atender as expectativas do cliente final. Essas pesquisas orientam a elaboração das misturas, garantindo a textura, o sabor e a rentabilidade dos panetones.

Além disso, completa Roos, “quando o cliente compra um produto Puratos, ele leva junto um know-how de profissionais extremamente capacitados e um estudo de mercado bastante minucioso, que visa estritamente: panificação, confeitaria e chocolate. Tudo isso é agregado às nossas misturas”.

COLUNA PROTESTE

Coordenadora do Centro de Competência de Produtos e Serviços da PROTESTE, economista, pós-graduada em gestão do conhecimento e especializada em pesquisa de mercado e gestão de marketing.

Durante a pandemia, a Proteste acompanhou de perto os preços de alguns itens básicos, entre alimentos e produtos de higiene e limpeza, e confirmamos a percepção do consumidor de que houve uma alta acima da inflação acumulada no período (julho 2019 a junho 2021). Um exemplo é o óleo de soja, que apresentou variação superior a 130% em relação ao projetado, considerando a inflação acumulada.

Preço, com certeza, é um fator determinante para os consumidores, ainda mais em um momento de alta dos itens básicos de consumo. E, claro, como uma organização de consumidores é nosso dever orientá-los em suas decisões de compra e promover a economia doméstica.

Mas, do outro lado do balcão é preciso ir além do preço. Por isso, também verificamos em nossas análises se as medidas de segurança e higienização, necessárias devido à Covid-19, estavam sendo seguidas e tivemos resultados bastante otimistas. Todos os supermercados do estudo exigiam o uso de máscara no interior do estabelecimento e todos os caixas também as estavam utilizando, bem como disponibilizavam álcool gel para os clientes. E em quase todos os carrinhos eram higienizados frequentemente. Para além da pandemia, o atendimento de excelência, o propósito, a pegada sustentável, a oferta de experiências, a comodidade e a qualidade dos produtos podem fazer com que um estabelecimento seja o escolhido, apesar de ser mais caro. É preciso estar atento à chamada “customer experience”. Já em 2018, uma pesquisa da KPMG apontava que empresas que oferecem as melhores experiências aos seus clientes possuem as maiores taxas de crescimento de receita.

Por isso, para além das pesquisas de Preços dos Supermercados, a Proteste faz questão de realizar outros tipos de análises, como as de cliente oculto - em que simulamos uma situação pela qual os consumidores estão adquirindo ou fazendo uso de um serviço - e testes comparativos, em que avaliamos a qualidade de um produto, alimento ou serviço. Sempre pensando sob o ponto de vista de quem interessa: o consumidor.

2:24 Min. Veja aqui o vídeo na íntegra.