Fim de Semana ARTESP - edição 84_

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EDIÇÃO 84 – 09 DE DEZEMBRO DE 2016 ASSESSORIA DE IMPRENSA RAMAL 2105


09.12.2016

Estudo aponta que a MP das Concessões fere a LRF BRASÍLIA - A Medida Provisória (MP) das Concessões está em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), pela ausência de estimativas sobre seu impacto sobre as contas públicas. É o que diz nota técnica elaborada pela Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara, que serve de subsídio à análise da proposta. Pela avaliação dos especialistas em orçamento, os mecanismos propostos pela MP, como a relicitação e a prorrogação antecipada dos contratos de concessão em infraestrutura podem ter repercussões sobre a despesa pública. Isso porque a MP coloca entre os contratos passíveis de serem relicitados ou prorrogados aqueles de Parceria Público-Privada (PPP), nos quais está envolvida uma contraprestação financeira por parte do poder público. Projetos. Dessa forma, o governo deveria ter incluído, na Exposição de Motivos da MP, uma estimativa de impacto fiscal. Ainda que ela fosse nula, como é o caso no momento, já que na carteira de projetos do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) não há nenhuma PPP. Outro ponto que pode trazer impacto para os cofres públicos é o que permite que a administração federal compense “haveres e deveres de natureza não tributária com concessionários e subconcessionários dos serviços públicos de transporte ferroviário, oriundos inclusive de fatos causados pela devolução de trechos ferroviários considerados antieconômicos”. Para os técnicos, essa eventual compensação também deveria estar estimada pelo governo. “Portanto, do ponto de vista do exame de adequação orçamentária e financeira, não se verifica compatibilidade da prorrogação, prorrogação antecipada e relicitação dos contratos de parceria abrangidos pela MP 752/2016 com as exigências da LRF para a geração da despesa”, conclui o parecer. A avaliação da Consultoria é apenas um pronunciamento técnico a respeito da proposta. Ela não tem nenhum efeito vinculante sobre a tramitação da MP. A proposta se encontra em tramitação no Congresso, onde já foi criada uma comissão mista para avaliá-la. Essa, porém, ainda não foi instalada, ou seja, não começou a funcionar na prática. Tampouco foi escolhido um relator para a medida provisória.


09.12.2016

Índice ABCR aumenta 0,2% em novembro, na comparação com outubro São Paulo, 09 de dezembro de 2016 - O Índice ABCR de atividade referente ao mês de novembro apresentou crescimento de 0,2% na comparação com outubro, considerando dados livres dos efeitos sazonais. O índice que mede o fluxo de veículos nas estradas concedidas à iniciativa privada é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada. Nessa mesma base de comparação, o fluxo de veículos leves caiu 0,3%, enquanto o de pesados aumentou 2,9%. “A expansão do fluxo de veículos pesados ditou a alta do Índice ABCR total e interrompeu a série de três resultados consecutivos de retração. De janeiro a novembro, o indicador acumulou queda de 3,8%, tendência negativa que deve se manter no curto prazo, diante do atual ambiente de restrição da demanda doméstica. Para 2017, diante da relativa melhora da atividade econômica, esperase uma elevação no fluxo de veículos nas rodovias concedidas”, afirma Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria. Em relação a novembro de 2016 sobre novembro de 2015, o índice total caiu 1,5%. Nessa mesma base de comparação, o fluxo de veículos leves e pesados apresentou queda de 0,1% e 5,7%, respectivamente. Nos últimos doze meses, o movimento de veículos nas rodovias concedidas registrou retração de 3,8%. Considerando essa mesma base de comparação, o fluxo de veículos leves diminuiu 3,0% e o de pesados 6,1%. No acumulado do ano (Jan-Nov de 2016 sobre Jan-Nov de 2015), o fluxo total de veículos caiu 3,8%. O movimento de leves recuou 2,9%, enquanto o fluxo de pesados apresentou recuo de maior magnitude, 6,2%. “De modo geral, o cenário prospectivo de continuidade da dinâmica negativa do mercado de trabalho deve seguir limitando o desempenho do fluxo de veículos leves no curto prazo”, ressalta Bacciotti. “Apesar da predominante contração do fluxo de caminhões ao longo de 2016, esperamos que a produção industrial delineie lenta recuperação no próximo ano e deve proporcionar uma dinâmica mais favorável para o fluxo de pesados em 2017”, completa. Índice ABCR Brasil Período LEVES Novembro/16 sobre Novembro/15 -0,1% Novembro/16 sobre Outubro/16 c/ ajuste sazonal -0,3% Últimos doze meses -3,0% Acumulado no ano (Jan-Nov/16 sobre Jan- -2,9% Nov/15)

PESADOS -5,7%

TOTAL -1,5%

2,9% -6,1% -6,2%

0,2% -3,8% -3,8%


06.12.2016

Petrobras aumenta em 8% preço da gasolina a partir desta terça (6) A Petrobras reajustou hoje (6) em 8,1% o preço da gasolina em suas refinarias. Também foi aumentado hoje o preço do diesel em 9,5%. A decisão foi tomada ontem (5) durante reunião do Grupo Executivo de Mercado e Preços da estatal, com base na nova política de preços da empresa, que prevê pelo menos uma revisão a cada 30 dias. O aumento de preços afeta diretamente as distribuidoras de combustível, que podem repassar ou não o valor aos consumidores finais. Segundo a Petrobras, caso o reajuste nas refinarias seja repassado integralmente ao consumidor, o preço da gasolina nas bombas deve aumentar 3,4% ou R$ 0,12 por litro, em média. Já no diesel, o aumento do preço final pode chegar a 5,5%, ou 0,17% por litro. O reajuste dos combustíveis nas refinarias foi decidido, de acordo com a Petrobras, devido ao aumento observado nos preços do petróleo e derivados e a desvalorização da taxa de câmbio.

07.12.2016

ANTT aprova condicionante para alteração nas tarifas de pedágio da BR-060/153/262/DF/GO/MG

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou, hoje (7/12), a condicionante estabelecida no art. 6, inciso I, alínea 'a', da Resolução nº 5.142/2016, que trata das alterações tarifárias na BR-060/153/262/DF/GO/MG (trecho da BR-060 e BR-153 no Distrito Federal até a divisa de Minas Gerais e São Paulo e BR-262, da BR-153/MG à BR-381/MG), administrada pela Concebra. Condicionantes – A Resolução 5.142/2016 aprovou, no dia 26/7, além da 1ª revisão ordinária, da 3ª revisão extraordinária e do reajuste da tarifa de pedágio, também alterações tarifárias vinculadas ao cumprimento de condicionantes estabelecidas em seu texto. Hoje, a agência reguladora aprovou a condição da execução do viaduto viário de interligação ao aeroporto de Goiânia (GO), autorizando a alteração da tarifa básica de pedágio de R$ 0,03175 para R$ 0,03198, com efeitos financeiros a partir da data da próxima revisão ordinária, que será em 27/6/2017.


06.12.2016

Vendas de veículos começam a reagir Demorou, mas as vendas de veículos enfim parecem ter parado de diminuir. Em novembro o patamar de emplacamentos subiu para 8,9 mil unidades por dia – número bem melhor do que as 7,9 mil unidades/dia registradas em outubro. Com isso, foram vendidos no mês 178,1 mil unidades, entre leves e pesados, com queda de 8,7% sobre novembro do ano passado e alta de 12% na comparação com o mês anterior. A informação foi divulgada pela Anfavea, associação que representa os fabricantes do setor. “Foi a melhor média diária de vendas do ano, algo que deve se fortalecer ainda mais em dezembro”, observa Antonio Megale, presidente da entidade. Com o resultado, a indústria cumpre a expectativa de que a queda no acumulado do ano ficaria mais branda a cada mês. “A baixa está ficando menor. Começamos 2016 com redução de 38,8% na comparação com 2015”, lembra. Agora a contração acumulada de janeiro a novembro é de 21,2% sobre igual período do ano passado, para 1,84 milhão de unidades, o que coloca o mercado interno de volta ao patamar de 10 anos atrás. Entre os segmentos, os veículos comerciais continuam como grandes responsáveis pela queda. A demanda por ônibus encolheu 32%, para apenas 10,4 mil chassis. Já as vendas de caminhões caíram 30,2%, para 46,1 mil veículos. Enquanto isso, o emplacamento de leves diminuiu 20,8%, com 1,5 milhão de automóveis e 280,9 mil comerciais leves. Os números dos últimos meses foram afetados pela interrupção na produção da Volkswagen, esclarece Megale. Por causa de problemas com fornecedores, a montadora ficou cerca de um mês com suas fábricas paradas e com a rede de concessionárias desabastecida. O executivo avalia que a situação impactou os números de produção, de vendas e até mesmo de exportação. Ele aponta que o atraso nas entregas de carros da companhia começa a ser regularizado somente agora. Além do problema na Volkswagen, Megale diz que há outros componentes que contribuem para a demora na recuperação das vendas. Ele, que alguns meses atrás defendia que a definição do impeachment colocaria fim à instabilidade política, reconhece que o ambiente segue incerto, o que prejudica a economia. Por causa disso a tomada de crédito para comprar veículos permanece no menor patamar histórico, com participação inferior a 51% nas vendas totais. “Os consumidores ainda estão tentando evitar dívidas”, destaca. CRESCIMENTO DE UM DÍGITO EM 2017 Megale avalia que, mesmo com o enorme tombo das vendas no acumulado do ano, a queda parou de se aprofundar. “Este é o primeiro passo para a recuperação”, afirma. Ele defende que o setor automotivo vai conseguir alcançar a projeção de 2,08 milhões de veículos vendidos no Brasil em 2016 – ou ao menos chegar perto deste número. “


08.12.2016

China financiará ônibus elétricos BYD no Brasil O Banco de Fomento da China vai abrir em 2017 uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para investimentos no Brasil na construção de ônibus elétricos e painéis solares. A linha será aberta para a BYD, chinesa líder do setor e que mantém uma fábrica de ônibus elétricos em Campinas, no interior de São Paulo. Em fevereiro, a companhia asiática vai abrir na região uma planta de painéis solares. Com essa linha, a BYD vai oferecer aos empresários de transporte público um contrato de leasing. Cada ônibus elétrico custa R$ 1 milhão, enquanto um modelo comum (movido a combustível) sai por R$ 400 mil. Segundo Adalberto Maluf, vice-presidente de vendas da BYD no Brasil, essa diferença será financiada no prazo de dez anos. As parcelas, segundo ele, serão pagas com o dinheiro que será economizado com combustível e manutenção. De acordo com técnicos da BYD, cada ônibus elétrico tem vida útil de pelo menos 20 anos. De acordo com técnicos da BYD, cada ônibus elétrico tem vida útil de pelo menos 20 anos. Dessa forma, segundo eles, seria possível até reduzir as tarifas depois de pago o empréstimo. O assunto foi tratado em uma reunião em Shenzhen, cidade onde está a sede da BYD, entre o presidente da empresa, Wang Chuan Fu, e o prefeito reeleito de Campinas, Jonas Donizete (PSB). Donizete disse no encontro que, diante da iniciativa dos chineses, vai incluir na licitação do transporte público de Campinas em 2017 a exigência da aquisição de uma cota mínima de ônibus elétricos para as companhias que forem operar na cidade. Atualmente, já circulam em Campinas 11 ônibus elétricos da BYD, que foram comprados pela Itajaí Transporte. Além disso, cinco táxis elétricos operam na cidade do interior paulista. O ônibus tem autonomia para rodar 300 km por dia usando uma bateria de ferrolítio, enquanto os carros andam 400 km sem precisar reabastecer. A BYD também espera, com essa linha de crédito, entrar no mercado da capital paulista, onde há a perspectiva que se aprove, em 2018, uma cota semelhante à de Campinas no momento da renovação dos contratos de transporte público. Além de Campinas, Curitiba e o Distrito Federal já operam com ônibus elétricos. Considerada o Vale do Silício da China, Shenzhen será em 2017 a primeira cidade do mundo a ter 100% da frota de ônibus e táxis movida a energia elétrica. Com 20 milhões de habitantes, Shenzhen espera também inaugurar em 2017 um trem monotrilho elétrico. Executivos da BYD disseram esperar que o governo de Michel Temer retome o Programa de Incentivo à Indústria de Nanocondutores (Padis), que foi derrubado no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. No dia 20, a BYD estará no 4.° leilão de energia solar.


06.12.2016

Aumento nas refinarias pode deixar litro do diesel R$ 0,17 mais caro

A partir desta terça-feira (6) começam a valer os reajustes de 9,4% no preço do diesel e de 8,1% no da gasolina nas refinarias. O aumento foi anunciado pela Petrobras nessa segunda-feira (5) e é resultado da revisão periódica de preços realizada pela empresa. Se a mudança for repassada aos consumidores, o litro do diesel pode subir 5,5% nas bombas, o equivalente a R$ 0,17; já a gasolina, 3,4%, ou R$ 0,12 o litro. A elevação, segundo a estatal, se deve à alta nos preços do petróleo e derivados e à desvalorização da taxa de câmbio no mercado internacional. Essa foi a primeira alta desde que a Petrobras adotou uma nova política de preços, em outubro, com revisões, no mínimo, a cada 30 dias. O objetivo é manter os valores alinhados com o mercado internacional. Desde então, a empresa anunciou duas reduções que, juntas, deveriam ter deixado o litro da gasolina cerca de R$ 0,10 mais barato e o diesel, R$ 0,25. O efeito, entretanto, não foi observado nas bombas. Segundo a Petrobras, o repasse do aumento aos consumidores finais depende das distribuidoras e dos postos de combustíveis.


05.12.2016

Rodovias ruins aumentam consumo de diesel e geram prejuízo de R$ 2,3 bi Conforme a CNT, 48,3% dos trechos analisados na Pesquisa de Rodovias têm problemas no pavimento

As condições precárias das rodovias devem gerar um prejuízo, aos transportadores, de R$ 2,34 bilhões em 2016, somente devido ao consumo desnecessário de mais de 700 milhões de litros de diesel. Esse valor leva em consideração a qualidade do pavimento, item que apresentou problemas em 48,3% da extensão avaliada na Pesquisa CNT de Rodovias 2016. De acordo com o estudo da Confederação Nacional do Transporte, o desperdício de diesel dos veículos de carga que transitam onde o asfalto tem problemas é, em média, de 5%. Isso se deve ao aumento das frenagens e acelerações. Outro problema é o aumento das emissões de poluentes. A estimativa da CNT é de que essa queima de diesel excedente contribua para a emissão desnecessária de 2,07 megatoneladas de CO2 neste ano. O cálculo sobre o desperdício de combustível leva em consideração a previsão de consumo em 2016 e o preço médio de revenda do diesel comum, R$ 3,015 o litro (média de janeiro a agosto de 2016). A média de consumo anual é uma estimativa do Primeiro Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2011.


07.12.2016

Máquinas superam projeções dos fabricantes MÁRIO CURCIO, AB

Produção de colheitadeiras no acumulado do ano registrou alta de 10,4% A venda de máquinas agrícolas e rodoviárias no acumulado até novembro chegou a 38,8 mil unidades e já superou em 2,1% as projeções dos fabricantes para 2016. Como resultado, o ano deve se encerrar com cerca de 42 mil unidades. A queda em relação ao ano passado será próxima a 6% e não a 15,5% como se estimava. A produção até novembro alcançou 47,3 mil equipamentos, 2,4% a mais que a estimativa para o ano inteiro. Com a soma de dezembro o setor terá algo como 51,5 mil unidades e queda de 6,5% em vez de 16,4%. Os números de novembro foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). De janeiro a novembro foram montadas 4,1 mil colheitadeiras, volume 10,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. “O Brasil deve ter uma safra de 210 milhões de toneladas. O agronegócio superou as expectativas. O setor tem obtido sucesso no Brasil e ainda há espaço para evoluir”, afirma o presidente da Anfavea, Antonio Megale. “Por isso é importante haver estabilidade na oferta de recursos para financiamento do agricultor”, recorda. As exportações até novembro chegaram a 9,1 mil máquinas, superando a previsão anual em 10,9%. Nesse ritmo, o setor deve terminar 2016 com 10 mil embarques, praticamente repetindo as 10,1 mil unidades exportadas em 2015. “Os fabricantes vêm fazendo um grande esforço para abrir novos mercados, inclusive em países da África”, conclui Megale.


06.12.2016

Produção de veículos sofre para chegar a 2 milhões em 2016

“Não vamos atingir o nível de produção de veículos previsto para o ano.” Foi com esta afirmação que o presidente da Anfavea, Antonio Megale, admitiu que a indústria sofre para alcançar a casa dos 2 milhões de veículos produzidos neste ano ao divulgar os resultados da indústria na terça-feira, 6, em São Paulo. Em suas projeções revisadas em junho e mantidas até agora, a entidade que reúne as montadoras instaladas no Brasil esperava encerrar 2016 com pelo menos 2,29 milhões de veículos produzidos, o que ainda representaria queda de 5,5% sobre o volume total de 2015, puxada pelo segmento leve, com 5,7% de queda, para 2,20 milhões, e no caso de pesados, um volume 1% menor no comparativo anual, para 94,6 mil unidades. No entanto, o resultado do acumulado entre janeiro e novembro chegou perto – 1,95 milhão de unidades, entre leves e pesados, mesmo nível de 2004 – mas ainda abaixo da meta da associação. Com isto, a produção está 14,6% abaixo do registrado em igual período de 2015. O fraco desempenho do mercado interno provocou volumes ainda menores de produção neste segundo semestre. Para Megale, alia-se a isso a paralisação das quatro fábricas da Volkswagen no País em agosto por falta de peças. “Erramos no volume previsto e estamos atribuindo isso principalmente pela quebra das operações da nossa associada. Não sabemos ainda o número [da produção para


2016], mas deverá ser de 100 mil a 150 mil abaixo da nossa projeção, que é exatamente a diferença da perda da nossa associada”, reforçou. Se isso se confirmar, o ano deverá terminar com até 2,14 milhões de unidades, considerando 150 mil unidades a menos, e fecha 2016 com queda de 11,5% sobre 2015. O executivo acrescentou que em função da instabilidade verificada ao longo do ano, a Anfavea achou por bem não refazer a projeção para a indústria. “Julgamos que a previsão foi correta e muito realista, o que aconteceu foi um imprevisto”, afirmou. Para novembro, a entidade esperava um mês forte e ele veio: foram fabricados pouco mais de 213,3 mil veículos, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Este volume representa crescimento de 22,4% sobre o resultado de outubro e também alta de 21,8% sobre igual mês de 2015: foi o melhor mês de produção de veículos em 2016, além de ser o melhor mês desde agosto de 2015. Ainda segundo Megale, há um esforço muito grande por parte da Volkswagen de tentar recuperar o tempo perdido, o que pode ter contribuído para a alta de novembro, mas o executivo defende que haveria crescimento no mês de qualquer forma. “Novembro e dezembro normalmente são meses mais aquecidos, há uma corrida para preparar estoques e estar preparados para o fim e começo do próximo ano. Está sim um pouco aquecido em função dessa aceleração [da Volkswagen], ainda assim, teríamos um crescimento forte em novembro e esperamos que seja muito forte em dezembro. Talvez, se a produção da nossa associada tivesse sido mais equilibrada nos meses anteriores, o resultado geral não teria caído tanto”, disse. “Dezembro deve repetir [o resultado de novembro] e assim poderemos ficar acima das 200 mil unidades, o que ajudará no fechamento do ano”, finalizou. ESTOQUE E EMPREGOS O total de veículos parados nos pátios das montadoras e nas concessionárias esperando vendas fechou o mês passado em 206,3 mil unidades, sendo 162,3 mil nas revendas e os demais 44 mil nas fábricas. Com isto, há estoque suficiente para 35 dias de vendas, considerando a média diária de vendas verificada também em novembro, que foi de 8,9 mil unidades por dia útil, a melhor do ano. Em outubro, quando o ritmo de vendas foi um pouco menor, o estoque era de 40 dias. “Já estamos muito mais próximos dos estoques que consideramos bons e ideais. Caiu o número, tanto com a aceleração de vendas quanto dos ajustes de produção que tenta compensar isso, portanto, o estoque está dentro dos parâmetros que julgamos razoável”, disse Megale. Já os empregos, por causa dos ajustes de estoques nas fábricas, o total de empregados pela indústria automotiva diminuiu 0,3% na passagem de outubro para novembro, com um total de 123,2 mil. Há um ano, 131,3 mil pessoas estavam trabalhando no setor, o que revela queda de 6,2%. No levantamento da Anfavea, em novembro, 2,2 mil pessoas continuam em regime de layoff e outras 5,2 mil estão no PPE, Programa de Proteção ao Emprego.


07.12.2016

Tabelamento do frete é aprovado por unanimidade na Câmara

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o projeto de lei 528/2015, do Deputado Assis do Couto, que cria a política de preços mínimos do frete. Esse projeto foi comemorado por transportadores que estiveram presentes na reunião da comissão na manhã de hoje. Na última semana, caminhoneiros fizeram greves em várias regiões do país pedindo a aprovação do projeto. Caso o projeto não fosse aprovado hoje, novas manifestações seriam feitas. A Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas é considerada como a salvação do transporte rodoviário de cargas, visto que os valores de fretes praticados hoje estão defasados em cerca de 30%. O projeto considera a atualização dos valores do frete a cada semestre, baseados nos preços do diesel, inflação e outros custos inerentes ao transporte. Até que um estudo completo seja feito, os valores a serem pagos deverão ser de R$ 0,70 por quilômetro rodado para cargas a granel e neogranel ( formada por conglomerados homogêneos de mercadorias, de carga geral, sem acondicionamento específico, cujo volume ou quantidade possibilite o transporte em lotes, em um único embarque), R$ 0,90 para cargas de frigorificados e carga perigosa por km rodado. Esses valores são para cada eixo do veículo. Em fretes considerados curtos, de menos de 800 quilômetros, o valor pago deverá ser acrescido de 15% sobre os valores anteriores. A lei ainda obriga o governo à contratar cooperativas de transportes, priorizando caminhoneiros autônomos, para o transporte de produtos como milho da Conab e outros.


08.12.2016

Empresa de ônibus urbanos de Londres vai participar de licitações no Brasil

ADAMO BAZANI

O Brasil pode ter a mesma empresa que opera os tradicionais ônibus de dois andares em Londres prestando serviços nas cidades nos próximos meses. A Tower Transit, que possui 450 ônibus na Inglaterra e que transporta 100 milhões de passageiros na capital britânica, abriu um escritório em São Paulo e buscar parceria para as concessões brasileiras. A capital paulista deve ser a primeira. A informação é do Jornal Valor Econômico. O presidente da companhia, Neil Smith, diz que a realidade do transporte no Brasil pode encontrar na experiência das empresas estrangeiras, alternativas interessantes. “Vemos no sistema de transporte urbano no Brasil alguns sinais que apontam para mudanças que vão demandar mais ‘expertise’ e abrir espaço para companhias estrangeiras … Trânsito cada vez mais congestionado, menor capacidade para investimento em tecnologia e em frotas mais modernas, com custos crescentes e a taxas superiores à inflação são alguns gargalos que terão que ser enfrentados” – disse o empresário que também é integrante da família fundador da companhia.


O grupo da Tower Transit possui dois mil ônibus em concessões que movimentam em torno de um US$ 1 bilhão. Além de operar desde 2013 diversas redes urbanas de ônibus urbanos em Londres, a empresa também atua na Austrália, onde foi fundada em 1995, e em Cingapura desde o ano passado. Ao todo são cinco mil funcionários e o faturamento no ano passado foi de US$ 500 milhões, sendo que 33% desse valor vêm do Reino Unido. O presidente da Tower Transit disse ao Valor que a empresa já tem acesso a recursos para investir no Brasil em disputas de grandes concessões, mas que não deve atuar sozinha e sim com parceiros locais, sendo que o modelo mais provável seria joint venture. O frotista adiantou que já conversa com empresários brasileiros, mas mantém os nomes em sigilo. Nos anos 1980, Smith esteve no Brasil para importar ônibus da Marcopolo. Ele disse que as leis de transportes aqui são complexas e desiguais entre as cidades, mas que o mercado agora com a crise econômica abre uma brecha para companhias estrangeiras. “O Brasil é um mercado singular, com leis complexas”, afirmou o empresário. “Sabemos que há uma crise econômica e política, mas exatamente por isso vemos oportunidades. Se não fosse por esse momento, provavelmente não haveria brechas para companhias estrangeiras no segmento de transporte urbano”, apontou. CIDADE DE SÃO PAULO PODE SER A PRIMEIRA: Ao jornal, o empresário confirmou que a Tower Transit deve participar de licitações em grandes sistemas, inclusive na capital paulista, um dos mercados que mais chama atenção da gigante internacional. “São Paulo é um de nossos interesses. Mas vamos monitorar oportunidades em outras capitais, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte, ou mesmo grandes cidades secundárias”, afirmou. A licitação de transportes da capital paulista foi aberta em 2013. Depois dos protestos contra asa tarifas, foi suspensa pela prefeitura e relançada em 2015 após contratação de uma empresa de verificação de contas. Logo em seguida, foi bloqueada pelo Tribunal de Contas do Município que apontou 49 pontos que precisariam ser esclarecidos, sendo liberada somente em julho de 2016 para alterações. A licitação já prevê a participação de empresas internacionais. A proposta que foi barrada pelo Tribunal de Contas do Município e que deve ser refeita, contempla contratos de 20 anos, renováveis por mais 20 anos, no valore de US$ 66,1 bilhões. A empresa Tower Transit adiantou que onde ganhar no Brasil não vai operar ônibus de dois andares por questões técnicas.


08.12.2016

CONTRAN fixa prazo para retirada de circulação de carretas tanques com excesso de peso

O CONTRAN publicou a Resolução 627/2016, que passou a permitir aos tanques fabricados entre 1º de janeiro de 2000 e 31 de dezembro de 2007 a obtenção a qualquer tempo de Autorização Específica para circularem com excesso de peso bruto de até 5%. No entanto, o preço pago por este “benefício” foi muito alto. Foi estabelecido um prazo máximo de vinte anos para a retirada de circulação destes tanques, conforme o seguinte cronograma: Cronograma para retirada de circulação dos tanques com excesso de 5% Ano de fabricação do tanque Data máxima de saída de circulação 2000 31 de dezembro de 2020 2001 31 de dezembro de 2021 2002 31 de dezembro de 2022 2003 31 de dezembro de 2023 2004 31 de dezembro de 2024 2005 31 de dezembro de 2025 2006 31 de dezembro de 2026 2007 31 de dezembro de 2027 A alegação é a da sempre: o trânsito de veículos com excesso de peso provoca danos exponenciais ao pavimento. Não se levou em conta que, no caso dos tanques, este dano é limitado pela própria capacidade cúbica do equipamento, o que não ocorre com os demais veículos de carga seca. Além do mais, estes tanques normalmente duram mais de vinte anos.


Suspensor de eixo

Apresentado na Fenatran, o caminhão trator modelo FH 6×4, com eixo suspensor da Volvo não estava previsto na legislação de trânsito, que exigia tração 6×4 para veículos com capacidade máxima de tração igual ou superior a 57 t. Para legalizar o seu uso, o Conselho Nacional de Trânsito acaba de editar a Resolução 628/2016, que altera alguns dispositivos da Resolução 210/06, sobre limites de pesos e dimensões. Foi modificado artigo 11, que passou a ter a seguinte redação: “Art. 11 A partir de 1º de janeiro de 2011, as Combinações de Veículos de Carga (CVC), de 57 toneladas, serão dotadas obrigatoriamente de tração dupla 6×4 (seis por quatro), podendo suspender um dos eixos tratores somente quando a CVC estiver descarregada, passando a operar na configuração 4X2 (quatro por dois). Recém lançado também na Europa, o sistema é indicado principalmente quando o motorista roda sem carga e em situações que exigem pouco esforço do caminhão. Com o suspensor de eixo ligado, o segundo eixo motriz 6×4 passa à tração 4×2, onde as rodas são elevadas até 14 centímetros do chão, reduzindo desgaste mecânico e o consumo de diesel. Segundo a marca, o dispositivo gera uma economia de 4% em despesas com combustível. O acionamento se dá por meio de dois botões localizados no painel de instrumentos. Em modo automático, por exemplo, o sistema impede que o modelo trafegue com carga e o eixo elevado. O 6×4 com eixo suspensor é mais indicado para receber aplicações de carroceria de madeira, tanques para cargas liquidas e graneleiros. Neuto Gonçalves dos Reis – Diretor Técnico Executivo da NTC&Logística, membro da Câmara Temática de Assuntos Veiculares do CONTRAN e presidente da 24ª. JARI do DER-SP.


09.12.2016

Em seis meses, VLT do Rio atinge a marca de 4 milhões de passageiros RIO - De casa, no Santo Cristo, até o Centro, nada mais de ônibus quentes que, apesar do trajeto curto, ficavam parados em engarrafamentos. A universitária Evelyn Carreiro só faz esse percurso agora de VLT, que esta semana completa seis meses de operação no Rio batendo a marca de 4 milhões de passageiros. Após esse tempo, persistem ressalvas dos usuários quanto ao novo meio de transporte da cidade. Mas, no balanço geral, a maioria, assim como Evelyn, tece elogios aos bondes. — Hoje levo dez minutos entre minha casa e o Centro. É confortável, tem arcondicionado, é limpo... Mesmo nos fins de semana costumo pegar o VLT, para ir correr na Praça Mauá — diz a moradora do Santo Cristo, que criou novos hábitos nos últimos seis meses. Misturada aos 25 mil a 30 mil passageiros diários do sistema, ela se tornou uma usuária frequente. O mesmo ocorreu com Eloísa Caldas. Ela trabalha numa companhia aérea no Santos Dumont. Do aeroporto até a Cinelândia, onde depois pega o metrô, opta pelo VLT diariamente. Também gosta do conforto sobre trilhos. Mas calcula quanto poderia economizar se as duas tarifas fossem integradas. — Gastaria a metade do que pago com passagens hoje. Não entendo por que ainda não houve essa integração — questiona Eloísa, tocando numa das principais críticas dos passageiros do VLT até aqui. Já para o contador Robson Danaro a reclamação é outra: para ele, continua longo o espaço entre um bonde e outro. Intervalo esse, no entanto, que vem caindo, de acordo com a Secretaria municipal de Transportes. No início, eram 30 minutos. Hoje, varia entre oito e 20 minutos, dependendo do horário e da demanda. O tempo de percurso, diz a prefeitura, também vem diminuindo. Em média, uma viagem no sentido rodoviária dura 29 minutos. Já em direção ao aeroporto, 34 minutos. Uma redução, afirma a Secretaria de Transportes, de 30% em relação a julho, quando o serviço começou a ser realizado em todo o trajeto. Desde então, curioso é que o VLT consolidou um horário de rush diferente dos demais modais. Em vez do início da manhã e do fim de tarde, o pico de movimento, nos fins de semana, é a partir das 15h, perto das programações da Orla Conde. Já nos dias de semana, ocorre por volta das 13h, próximo da hora do almoço. Sendo que, com a abertura do AquaRio, em novembro, a média diária de passageiros aumentou cerca de 15% nos dias úteis e em 20% nos fins de semana, com a parada Utopia/AquaRio recebendo até três vezes mais usuários aos sábados e domingos. Enquanto não inaugura a nova fase do VLT — entre as praças Quinze e da República, prevista para este fim do ano— os principais pontos de embarque e desembarque, no entanto, continuam sendo as paradas da Cinelândia, Carioca, Santos Dumont, São Bento e Candelária.


08.12.2016

Cidade do estado do RJ pode entrar em colapso por alta nos roubos de cargas

Os crescentes casos de roubos de carga na Região Metropolitana do Rio estão afetando em cheio a economia da pequena cidade de São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana. O município é o principal fornecedor de frango congelado da capital, e o setor emprega, direta e indiretamente, 50% da população em idade ativa na cidade. Por dia, cerca de 50 caminhões com o produto saem em direção à Região Metropolitana, cada um com cargas que variam de 30 a 50 mil reais. Os veículos têm sido alvo constante de assaltantes, segundo os empresários. Nos últimos três meses, produtores acumularam prejuízos individuais de até R$ 500 mil. É o caso de Marcelo Diniz, que emprega 82 pessoas em seu abatedouro. De setembro para cá, ele perdeu R$ 300 mil em carga e teve um caminhão roubado. O veículo era avaliado em R$ 200 mil. Marcelo diz que, se continuar sendo vítima de assaltos, o abatedouro não terá condições de continuar aberto. “Não é só demissão, reduzir o quadro de funcionários. Se continuar assim, com esses furtos, corre o risco da empresa fechar. Chega uma hora que você não consegue suprir aquilo que está sendo roubado. Não há empresa, por mais sólida que seja que consiga resistir a uma situação dessas”, contou. Os funcionários dos abatedouros que fazem entregas estão com medo de trabalhar. Eles começaram a descer a Serra, em direção à capital, em comboios de até doze caminhões. Segundo o motorista Gilmar de Oliveira Rosadinho, assaltado cinco


vezes, qualquer moto ou carro que pare ao lado do caminhão já é motivo para fazer com que ele entre em pânico. “Nós estamos descendo em comboio de dez ou doze caminhões. Estamos com medo, tem lugares que não vamos mais. Quando encosta um carro ou uma moto ao lado do caminhão já entro em pânico. Trabalhar no Rio está bem tenso”, disse. O presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Lucas Rabelo, disse que a economia de São José depende essencialmente do funcionamento dos abatedouros. Ele teme que as empresas comecem a fechar as portas. “A economia da cidade gira em torno dos abatedouros de frango. Nós temos direta e indiretamente em torno de dez mil pessoas envolvidas nessa atividade em uma cidade de 20 mil habitantes. Isso pode acarretar para a cidade um prejuízo muito grande. Temos a preocupação dos abatedouros não levaram mais frango para o Rio ou até fecharem as suas portas por causa dos roubos que estão acontecendo”, ressaltou. De acordo com os donos de abatedouros e motoristas de caminhão, quase sempre os roubos são cometidos por bandidos do Complexo do Chapadão, que fica na capital fluminense. Fabiano Rocha Machado trabalha no setor há 23 anos e diz que o comum era até dois roubos por ano, mas apenas em 2016, ele já foi vítima oito vezes. Ele contou que, além de perder a carga, os bandidos também levaram dois de seus caminhões. Um ele conseguiu recuperar, indo até o Chapadão buscar o veículo, mas o outro ainda está na comunidade. “Nunca teve tanto roubo assim. Costuma ter um ou dois, mas de um ano pra cá ficou fora do controle. Não tem mais jeito, estamos muito preocupados porque não sabemos o que fazer. E sabemos onde está o problema, todo caminhão que roubam vai pro Chapadão. Eu tenho um caminhão lá até hoje. O seguro até me pagou, mas tenho um caminhão perdido lá dentro ainda”, contou. Os motoristas reclamaram que quase não veem policiamento nas estradas. A Polícia Militar informou que desde março faz a operação “Mercadoria Legal” para coibir o roubo e furto de cargas. E que, além disso, vem fazendo várias prisões, como do traficante Carlos José da Silva Fernandes, conhecido como Arafat, chefe do tráfico de drogas do Chapadão e da Pedreira, que também é acusado de pertencer a uma quadrilha especializada de roubos de cargas. Porém, o delegado Maurício Mendonça da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, contou que a prisão do traficante não quer dizer que a quantidade de roubos de cargas na região irá diminuir. “Não vou ser leviano de dizer que agora aquela comunidade não tem mais líder porque amanhã ou depois, ou talvez até já tenha um nosso líder no tráfico de drogas, que ainda não hoje, já tenha conseguido coordenar novos marginais que executem roubo de carga”, disse. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública, entre janeiro e outubro, foram registrados 7439 casos de roubos de carga, 214 a mais do que em todo o ano passado. Dados do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas apontam que o mês de novembro teve mais de mil casos. Porém, segundo donos de empresas, esses dados podem ser maiores, já que muitos motoristas desistem de registras queixa, quando apenas a carga é levada, por causa da burocracia.


09.12.2016

70% dos mortos no trânsito das marginais estavam em motocicletas A maior parte das mortes em acidentes nas marginais Tietê e Pinheiros entre agosto e outubro deste ano envolveu motocicletas e ocorreu nas pistas locais das duas vias. Dados do site Infosiga, do governo Geraldo Alckmin (PSDB), mostram que de 10 mortos, 7 estavam em motos. E de um total de 9 acidentes, 8 aconteceram nas pistas locais. É justamente nessas pistas que o prefeito eleito João Doria (PSDB) pretende manter uma faixa na velocidade de 50 km/h. Na campanha e logo após a eleição, o tucano prometeu aumentar os limites de velocidade em todas as pistas das marginais. Após críticas, a nova gestão estuda mante a faixa da direita da pista local em 50 km/h e as outras em 60 km/h. Para o especialista em segurança de trânsito Horácio Figueira, a ideia do prefeito eleito vai aumentar o risco para as motos. "As marginais contam com mais de 200 ruas de acesso. Quem estiver na faixa mais rápida vai precisar mudar quando for acessar uma dessas ruas. E isso aumenta os riscos de um veículo atingir outro", diz. FISCALIZAÇÃO Os dados do Infosiga mostram ainda que parte do período em que foram registradas as dez mortes coincide que o fim da fiscalização de motos nas marginais por radares-pistola. No início de setembro, a Prefeitura de São Paulo, da gestão Fernando Haddad (PT), deslocou os guardas-civis que operavam os radares para fazer segurança em parques da cidade. Para Figueira, a falta de fiscalização é um dos fatores responsáveis pelo alto número de mortes de motociclistas. "É uma derrota da vida quando se reduz a fiscalização", afirma. No mesmo período, houve o registro de duas mortes em acidentes com carros e uma por atropelamento. Das sete vítimas, cinco tinham idades entre 18 e 25 anos. FAIXA EXCLUSIVA Gilberto de Almeida, presidente do SindimotoSP (sindicato dos motofretistas), afirma que a diferença de tamanho entre os veículos contribui para a gravidade dos acidentes envolvendo motos. Ele criticou a falta de políticas públicas, fiscalização e campanhas de segurança. "As últimas administrações só pensaram em pedestres e ciclistas", afirmou. "As marginais precisam de faixas para motos." PROMESSA Apesar de insistir durante a campanha eleitoral que iria acabar o que chamava de "indústria da multa", o prefeito eleito João Doria (PSDB) afirmou nesta quinta (9), por meio de sua assessoria, que planeja aumentar a fiscalização para reduzir as mortes de motociclistas. O futuro governo deve confirmar até o próximo dia 20 como serão os limites de velocidade nas marginais. A gestão Fernando Haddad (PT) não respondeu questionamentos da reportagem sobre ações de segurança nas duas vias expressas.


07.12.2016

Reino Unido propõe prisão perpétua para motorista por morte no trânsito

Quem dirige propositalmente de maneira perigosa e mata alguém no trânsito poderá passar o resto da vida atrás das grades. É o que está propondo o governo do Reino Unido, que abriu consulta pública sobre o assunto antes de mandar um projeto de lei para o Parlamento. Motoristas bêbados e drogados que provocarem acidentes fatais também poderão ter o mesmo destino. A justificativa do governo para a proposta é que a Justiça tem sido leniente com motoristas irresponsáveis. Atualmente, a pena máxima é de 14 anos. Subir para um máximo de prisão perpétua daria liberdade para os juízes dosarem o tempo de cadeia conforme as circunstâncias do crime. A dúvida levantada pelo Ministério da Justiça é se a pena deve ser mais leve para quem dirige bêbado ou drogado do que para o motorista que, mesmo sóbrio, opta por dirigir de maneira arriscada. Nesses casos, a bebida ou a droga poderiam ser consideradas atenuantes. A consulta pública vai até fevereiro. Só depois um projeto de lei deve ser redigido e levado aos parlamentares.


06.12.2016

Contagem de Tráfego: DNIT e Exército entrevistam meio milhão de condutores Com a realização da segunda etapa da Pesquisa Origem e Destino (OD), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) produziu, nas duas edições, cerca de 510.000 entrevistas amostrais com condutores de veículos leves e pesados e contou e classificou 5.750.000 veículos, em 118 postos de contagem distribuídos em 16 Estados* das cinco regiões brasileiras. As informações foram recolhidas por meio de tablets. Os equipamentos foram adquiridos pelo DNIT e utilizados por militares do Exército Brasileiro (EB). Nas duas primeiras fases, 4.800 homens foram treinados especificamente para estas ações. As entrevistas amostrais e a contagem classificatória fazem parte da Pesquisa OD ou Pesquisa Nacional de Tráfego (PNT), uma das ações do Plano Nacional de Contagem de Tráfego (PNCT). O Plano é composto pela contagem permanente automatizada, pela Pesquisa OD (ou PNT) e pela aplicação de modelo matemático, visando à consolidação dos dados. A Pesquisa, com abordagem direta aos motoristas, é realizada das 6h às 18h. Já a contagem e classificação veicular, que registra todos os automóveis que passam pelos postos do DNIT e Exército, ocorrem ininterruptamente, 24 horas por dia, durante os sete dias de cada fase. Na primeira etapa, entre 2 e 8 de julho, foram entrevistados 211.000 mil motoristas e classificados 3.500.000 veículos. Na segunda etapa, entre 19 e 25 de novembro, foram 300.000 entrevistas e 2.200.000 contagens de veículos. Etapas

UF Postos Entrevistas Contagem

02 a 08/07 05**

60

211.000

3.500.000

19 a 25/11 13*

58

300.000

2.200.000

“Para a terceira fase da Pesquisa OD, já há tratativas visando sua execução entre os meses de junho e julho de 2017, com 120 postos localizados em todas as cinco regiões do país”, comentou o coordenador-Geral de Planejamento e Programação de Investimentos (CGPLAN/DNIT), André de Oliveira Nunes. A aplicação dos questionários e a contagem e classificação veiculares foram realizadas pelo Comando de Operações Terrestres (COTER/EB). Já a organização técnica e o controle de qualidade dessas pesquisas são gerenciados pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por meio do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE/UFRJ).


07.12.2016

Mercado de lubrificantes para veículos pesados comercializará produtos com mais tecnologia em 2017 A Resolução nº 22 da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determina que a partir de 1º de janeiro de 2017 os níveis mínimos de desempenho dos óleos lubrificantes para motores automotivos ciclos Otto e Diesel permitidos para fins de registro, comercialização, produção ou importação estabelecidos no inciso I do artigo 16 sejam: API SL, API CH-4 e ACEA vigente. Presentes no mercado com uma linha completa da mais alta tecnologia existente para motores a diesel, todos os óleos lubrificantes Mobil Delvac á obedecem a nova norma e atendem até o API CJ-4. Indicados para veículos como caminhões, ônibus, pick-ups, vans, e aprovados pelos principais fabricantes de motores, os produtos Mobil Delvac trazem diversos benefícios, como excelente limpeza dos motores, auxílio na redução do consumo de lubrificante e extensão dos intervalos de troca tendo capacidade para rodar até 60 mil quilômetros, além de ajudar a manter a potência máxima do motor. A gerente de marketing da Mobil, Roberta Maia, explica que movimentações como essa da ANP são fundamentais para abrir espaço para novas tecnologias em substituição a produtos obsoletos, que não agregam tantas vantagens ao consumidor se comparados aos demais disponíveis no mercado. “Essas mudanças mostram que o mercado nacional tem acompanhado a evolução dos óleos lubrificantes. A Mobil não comercializa produtos com a certificação API CG-4 desde 2014 e investe constantemente em tecnologia para oferecer o que há de melhor ao consumidor, como lubrificantes premium de alta performance, que proporcionam segurança, produtividade e proteção”, completa. Como funciona a regulamentação? Por meio da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a legislação brasileira exige que os óleos lubrificantes apresentem classificações como a API (American Petroleum Institute), que aponta a qualidade dos produtos, e a SAE (Society of Automotive Engineers), que informa o tipo de viscosidade. Portanto, essas siglas existentes nos rótulos das embalagens não são meramente ilustrativas, pelo contrário, elas são essenciais para identificar o produto e assegurar o desempenho oferecido. Para conquistar cada um desses certificados é necessário que o óleo cumpra uma série de requisitos e critérios pré-estabelecidos que determinam o tipo e a qualidade do produto, por isso são tão importantes.


07.12.2016

Inaugurado novo terminal de passageiros do Aeroporto de Belo Horizonte (MG) Estrutura vai ampliar em mais de 60% a área atual do aeroporto

Foi inaugurado o novo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte. A entrega da obra vai ampliar em mais de 60% a área atual do aeroporto, acrescentar 17 novas pontes de embarque e dobrar a capacidade para 22 milhões de passageiros/ano. Desde agosto de 2014, a concessionária BH Airport (formada pelo Grupo CCR, Zurich Airport e Infraero) assumiu a responsabilidade pela ampliação, manutenção e exploração do aeroporto e já investiu mais de R$ 870 milhões na obra, que inclui a reconfiguração do sistema viário de acesso ao aeroporto, a ampliação do pátio de aeronaves, novas vagas de estacionamento, revitalização do terminal existente e a construção de um novo. Para o ministro dos Transportes, o modelo de concessões é uma alternativa para viabilizar investimentos em infraestrutura, necessários para a retomada do crescimento do País. Além disso, melhora a qualidade dos serviços, emprega inovação e experiência de operadores internacionais ao Brasil. Em 2015, o Aeroporto Internacional de BH movimentou mais de 11 milhões de passageiros.


05.12.2016

Marinha do Brasil lança terceira fase do Porto sem Papel Projeto visa desburocratizar processo de despacho de embarcações

A Marinha do Brasil lança, nessa terça-feira (6), a terceira fase de implantação do projeto PSP (Porto sem Papel), sistema que tem o objetivo de facilitar a análise e a liberação de mercadorias nos portos brasileiros. A proposta é acabar com formulários em papel ao convertê-los em um único documento eletrônico. O lançamento da nova fase ocorrerá na Capitania dos Portos do Rio de Janeiro. A nova fase atesta a Marinha do Brasil como primeiro órgão anuente ao sistema PSP. Devem ser reduzidas, em média, 50% das informações e documentos tramitados. A etapa promete incrementar as navegações de longo curso, cabotagem, apoio marítimo e navios de cruzeiros marítimos, que passam a usufruir do despacho quando de sua temporada em águas jurisdicionais brasileiras.


08.12.2016

ESPECIAL: Busworld Latin America mostra o momento crítico do transporte em toda a América Latina

Evento na Colômbia teve modelos antigos, mas focou novidades tecnológicas e conjuntura da mobilidade na América Latina JOSÉ CARLOS SECCO ESPECIAL PARA O DIÁRIO DO TRANSPORTE

O transporte coletivo urbano representa um dos temas mais delicados nas principais cidades da América Latina. Apesar de todo o potencial que existe na região para a utilização do ônibus como o principal meio de transporte de massa, a falta de investimentos em infraestrutura, a crise econômica e a cultura pelo transporte individual estão entre os maiores obstáculos para que a mobilidade urbana possa avançar com equilíbrio e sustentabilidade em toda a região. Não somente na Colômbia, Brasil, México e Chile, os maiores mercados da América Latina, toda a indústria do ônibus aposta e investe há alguns anos no desenvolvimento e na oferta de novas tecnologias e produtos. Mas a demanda de mercado não está atendendo as promessas e, muito menos, as expectativas dos fabricantes e fornecedores de componentes.


No Brasil, a demanda por ônibus caiu 75% nos últimos três anos e não há perspectiva de retomada nas renovações de rodoviários e de urbanos. São necessárias medidas que estimulem os operadores e os fabricantes, como a queda dos juros, linhas de financiamento mais atraentes, reajuste de tarifas, estímulo e facilitação para a exportação ou ainda retomada de investimentos em obras para a mobilidade. Mesmo assim, o brasileiro somente irá adotar o transporte coletivo quando se sentir atraído e os benefícios que gera fizerem com que deixe de utilizar o transporte individual. Na Colômbia, por exemplo, terminou neste dia 7 de dezembro, a primeira edição da Busworld Latin America, congresso e exposição internacional, as principais montadoras e fabricantes de ônibus apresentaram diversas novidades, mesmo com a queda de mais de 50% nas vendas. No segmento rodoviário, os negócios foram a metade dos registrados em 2015 e, no segmento urbano, praticamente não existiram.

Biarticulado da Scania foio um dos destaques: sustentabilidade e alta capacidade

A Scania apresentou o primeiro biarticulado movido a gás do mundo que transporta até 250 pessoas, emite 70% menos e é 25% mais econômico que o diesel. A Mercedes-Benz aposta na tecnologia Bluetec5 e na força de sua rede local para pular de 3,5% de participação de mercado para 10% no final de 2017. A Otokar, maior fabricante de ônibus da Turquia e líder nos segmentos de mini e midibus na Europa, anuncia que pretende ingressar, em dois anos, no continente, começando pela Colômbia e depois México e Chile. E a Volvo, maior fornecedor para os sistemas BRT do país, ampliou para 15% sua presença no segmento rodoviário. Tudo isso porque os operadores de transportes colombianos enfrentam uma das piores, senão a pior crise. Sem investimentos e com tarifas congeladas há quase cinco anos, a maioria não tem fôlego para investir em renovação de frota. Com isso, quase todos os projetos em andamento estão sendo revistos. Existem exceções, como a cidade de Cartagena, que introduziu um sistema exclusivamente com ônibus movidos a gás. Mas Bogotá, Medellín e Cali sofrem com a falta de sustentabilidade dos sistemas como um todo.


Transporte público na Colômbia avançou, mas ainda muito deve ser feito

O mercado colombiano não deve passar, em 2016, de quatro mil unidades comercializadas. O segmento de micros e minis, representa 30% e é o mais forte, com veículos entre 7 e 10 toneladas de PBT. Os médios, entre 10 e 12 mil kg, representam outros 30% e os rodoviários e os pesados (para os sistemas trocais de BRT), os demais 40%. Então, de onde virá a demanda para atender toda a expectativa desses fabricantes internacionais e aplicação dessas novas tecnologias? A resposta é que o ônibus é o modal mais eficiente em custo de implantação e desempenho para toda a América Latina e que a necessidade por transporte público de alto volume só tende a crescer. Enquanto essas vendas não se concretizam, as empresas seguem investindo para colher esses frutos dessa demanda reprimida no futuro. A Scania iniciará, em Bogotá, no sistema Transmilenio, os testes com o novo biarticulado a gás, que tem capacidade para transportar 240 passageiros. A Mercedes-Benz também investe no gás natural e escolheu Medellín para introduzir o seu protótipo de ônibus GNV convencional, com carroceria Marcopolo Gran Viale, ambos com tecnologia Euro 6. E a Volvo investe nos híbridos e elétricos híbridos para manter sua posição de maior fornecedor de veículos para os sistemas BRTs do país. Em Bogotá, a fabricante sueca tem a segunda maior frota híbrida do mundo, com 337 ônibus, somente menos do que em Londres, onde são 700 veículos híbridos em operação. Veículos de menor capacidade, entre minis, micros e médios respondem por 60% do mercado de ônibus na Colômbia Apesar de não ter apresentado na Busworld Latin America, a Volvo deverá trazer para a Colômbia o recém-lançado chassi de 30 metros e capacidade para 300 passageiros, e a tecnologia do ônibus convencional híbrido elétrico que está em operação em Curitiba. A companhia tem foco no custo por emissões e por passageiros para definir quais as melhores tecnologias e produtos para cada sistema e mercado em particular.


05.12.2016

Passageiros dentro de ônibus autônomo da Mercedes-Benz, em testes

Apple confirma desenvolvimento de carro autônomo ADAMO BAZANI

A empresa de tecnologia Apple confirmou o desenvolvimento do projeto Titan, seu carro autônomo. Com isso ela se junta a Google e Uber, que já têm seus projetos. A confirmação veio por meio de carta assinada pelo diretor de Integridade de Produtos da Apple, Steve Kenner, à National Highway Traffic Safety Administration, agência de transportes dos Estados Unidos. A informação inicialmente foi divulgada pelo The Guardian. “A companhia está investindo pesadamente no estudo de aprendizado de máquinas e automação, e está excitada sobre o potencial dos sistemas automatizados em muitas áreas, inclusive os transportes”, diz o documento. O projeto deve envolver mil engenheiros, muitos que eram da Tesla, outra empresa que aposta neste segmento. De acordo com a consultoria KPMG, este mercado deve movimentar US$ 1,1 trilhão em 2025.


ÔNIBUS: Mais adiantados que os veículos de passeio estão os ônibus. Grandes montadoras como a Mercedes-Benz, já mostraram produtos. Empresas de tecnologia europeias, norte-americanas e asiáticas também já operaram ônibus sem motoristas, mas em forma de testes. De acordo com os pesquisadores destas empresas, pela demanda maior de passageiros e uso contínuo, a automação em veículos com pneus inicialmente deve ser mais vantajosa no transporte coletivo. Confira alguns dos testes: No dia 24 de setembro de 2016, a Administração de Transportes Parisienses – RATP, testou às margens do rio Sena um micro-ônibus elétrico modelo EZ10 da fabricante francesa Easymile. O veículo anda até a 25km/h e transporta 12 pessoas. Ainda em setembro de 2016, Helsinque, maior cidade da Finlândia, também aderiu à onda de testes com veículos de transporte coletivo sobre pneus que podem operar sem motorista. Dois miniônibus também da Easymile, fizeram o trajeto entre duas estações do distrito de Hernesaari. No dia 18 de julho de 2016, a Mercedes-Benz apresentou na Holanda o primeiro veículo da marca que pode circular sem motorista. É o CityPilot Em junho, a IBM começou a testar nas vias convencionais de National Harbor, Maryland, nos Estados Unidos, um miniônibus com capacidade para 12 passageiros, que trafega sem motorista e ainda interage com os passageiros. É o sistema IBM Watson Em março, na cidade de Sion, na Suíça, que tem pouco menos de 30 mil habitantes, começou a operar em teste, depois dois anos de estudos na universidade local, um miniônibus fabricado pela montadora francesa Navya. As operações ficaram a cargo da start-up BestMile Na cidade de Zhengzhou, na China, em setembro de 2015, a fabricante Yutong apresentou um sistema de condução autônoma de ônibus. O desenvolvimento foi da Academia Chinesa de Engenharia. Já Moscou anunciou que para a Copa do Mundo de 2018, haverá miniônibus sem motorista. O veículo terá capacidade para oito passageiros. O anúncio foi feito pelo vicepremiê russo Arkádi Dvorkôvitch, em 7 de julho deste ano. Na ocasião, o diretor-geral da holding Volgabus, empresa que vai desenvolver o modelo, Aleksêi Bakúlin, disse que 60% dos componentes do pequeno ônibus serão feitos na Rússia. No Brasil ainda não há nenhum teste agendado com veículos autônomos de transportes coletivos sobre pneus. No entanto, a própria Mercedes Benz admitiu que o país está entre os planos do projeto de ônibus sem motorista.


07.12.2016

Lente de contato pode ser a resposta para carros e ônibus elétricos ADAMO BAZANI

Hoje uma das grandes ressalvas que se faz em relação a carros e ônibus elétricos, além do custo inicial dos veículos, é autonomia e o tempo de recarga das baterias. Mas a solução pode estar na vista, sem trocadilhos. É que pesquisadores Universidade de Surrey, Inglaterra, criaram um polímero que pode fazer com que haja melhora significativa no desempenho dos supercapacitores, que são componentes eletrônicos leves que armazenam e distribuem grandes volumes de energia. Um veículo pode receber uma carga de energia para operar por cem quilômetros em questão de segundos O plástico foi desenvolvido a partir da tecnologia das lentes de contato moles. O segredo está na capacidade de transmissão do material. A pesquisa mostrou que o material pode ampliar a densidade energética dos supercapacitores entre 1.000 e 10.000 vezes. À Bloomberg, Donald Highgate, 76 anos, que ajudou a comercializar a tecnologia das lentes de contato moles nos anos 1970, disse que no futuro, os supercapacitores poderão operar sozinhos para criar veículos elétricos que percorram distâncias similares às dos carros movidos a gasolina ou ônibus a diesel. A tecnologia já foi testada no Departamento de Engenharia Aeroespacial da Universidade de Bristol, Inglaterra. Um dos participantes dos testes, Ian Hamerton, se mostrou otimista. “Acreditamos que se trata de um avanço extremamente animador, um possível divisor de águas” Segundo ainda a Bloomberg, em 2011, o fundador da Tesla Motors, Elon Musk, já havia dito que a evolução dos veículos elétricos está mais associada aos supercapacitores que às baterias. Os supercapacitores já oferecem doses de energia para ajudar a impulsionar trens e ônibus em algumas partes do mundo. As pesquisas anteriores se concentraram em melhorar a área das superfícies dos eletrodos, mas esta atual quis substituir o material usado como eletrólito. O resultado mostrou que o material pode aumentar a densidade energética dos supercapacitores entre 1.000 e 10.000 vezes. Os supercapacitores atuais têm densidade energética de cerca de 5 watts-hora por quilo, contra 100 watts-hora das baterias de íon de lítio, as mais normalmente usadas nos veículos elétricos. Os carros movidos à gasolina têm uma densidade energética de 2.500 watts-hora por quilo.


06.12.2016

Volkswagen vai lançar serviços de carro elétrico compartilhado

RENATO LOBO

A Volkswagen tem planos de lançar serviços de transporte com veículos elétricos compartilhados na Europa visando se tornar líder deste segmento. A empresa lançou em Londres a marca Moia, que soma as demais administradas pelo grupo, entre Audi, Porsche e Skoda. A Moia deve trabalhar em sistemas por demanda em duas cidades alemãs, em caráter de teste, e posteriormente nos Estados Unidos e China. “Nas grandes áreas urbanas do planeta, existe uma tendência cada vez mais forte de evitar a propriedade de veículos, e em direção da mobilidade compartilhada on demand”, disse Thomas Sedran, vice-presidente de estratégia da Volkswagen. De acordo com a montadora, existem negociações com cerca de 20 prefeituras na Europa. A ideia da empresa é manter taxas de locações competitivas ao transporte coletivo. Veículos elétricos A empresa ainda projeta que 25% dos carros que serão comercializados até 2025, sejam elétricos. As ações da Volkswagen prevem um futuro onde as cidades cada vez mais focarão em políticas públicas contra a poluição do ar e congestionamento. “Da mesma forma que os clientes precisam de mudanças, o modelo de negócios dos automóveis também precisa mudar”, disse Thomas.


06.12.2016

Scania apresenta na Colômbia biarticulado a gás natural veicular

Custos com combustíveis podem ser até 25% menores, diz Scania ADAMO BAZANI

A Scania apresentou na Busworld Latin América o primeiro ônibus biarticulado da marca com motor tecnologia Euro 6, a gás natural. O evento ocorre em Medellín até esta quarta-feira. De acordo com a companhia, o veículo é adequado para grandes corredores como o Transmilenio, de Bogotá, Metroplus, de Medellín. O diretor comercial da Scania, João Crema, disse no evento que hoje é impossível pensar em sustentabilidade sem pensar em transportes coletivos e que as tecnologias menos poluentes podem aperfeiçoar esta relação. O veículo tem capacidade para 250 passageiros, com 27 ou 28 metros de comprimento. Segundo a Scania, o modelo pode reduzir em 90% as emissões de materiais particulados e permitir uma economia de combustível de 25%


09.12.2016

SEST SENAT lança simulador para motoristas de transporte de carga e passageiros em MG

O Sest Senat irá inaugurar na próxima terça-feira (13), às 8h30, o primeiro simulador de direção, na unidade em Contagem. O objetivo é aprimorar o treinamento dos motoristas profissionais de cargas e passageiros, aumentar a segurança e reduzir os custos dos transportadores. Os simuladores passarão a fazer parte dos treinamentos da instituição. O projeto “Simulador de direção Sest Senat – Eficiência e Segurança no Trânsito” disponibilizará 60 equipamentos híbridos para capacitar motoristas de caminhão, carreta e ônibus. Em Minas Gerais serão ao todo 14 simuladores. O próximo será lançado no dia 20 de dezembro em Patos de Minas e em sequência Belo Horizonte também deverá recebe o equipamento na unidade Sest Senat no bairro Jardim Vitória. No total, serão investidos R$ 41,56 milhões no projeto, que contempla também o desenvolvimento de cursos, horas técnicas de manutenção, capacitação de instrutores e proposta pedagógica. A meta é formar 50 mil profissionais em três anos. Os alunos precisam ter carteira de habilitação nas categorias C, D ou E. “Esse é um projeto inovador de alta tecnologia. O aluno terá a chance de vivenciar em um ambiente virtual situações de risco a que ele está exposto no dia a dia. Quando ele for trabalhar em um veículo mais moderno, ele poderá ter mais facilidade depois de ter passado pela capacitação no simulador”, comenta Vander Francisco Costa, presidente da Fetcemg e do Coselho Regional do Sest Senat em Minas Gerais. A primeira unidade do Brasil a receber o equipamento foi a de Samambaia (DF). Até junho de 2017, todos os 60 simuladores deverão estar disponibilizados. Nas unidades, estão sendo construídas salas específicas para o treinamento. A infraestrutura utiliza recursos de alto padrão tecnológico e didático, com sistema de som e imagens.


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