LIGA revista eletrônica colaborativa

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LIGA

SETEMBRO 2021

R E V I S T A E L E T R Ô N I C A C O L A B O R A T I V A



TRANÇAMOS CORDAS EM ACORDOS.

ARTE QUE VIRA LIGA, AMÁLGAMA DE VIDAS EM REDE. JUNTES NA EXPECTATIVA DO FAZER VALER AS CONEXÕES E A MAGIA FEMININA TORNAR-SE O FIO CONDUTOR, MOVIMENTARAM PÁGINAS ROLANTES. 4 BELAS, 4 DELAS, TODAS ELAS SABEM PARA ONDE VÃO E NOS LEVARÃO TAMBÉM. VAMOS TER COLAGENS, LINKS, HAIKAI, ASSEMBLAGE E

POVOS ORIGINÁRIOS.

MUITO A APRENDER E COMPARTILHAR NA ABA TECNOLÓGICA DA EDUCAÇÃO, O CENTRO DOS OLHARES QUE SE CRUZAM E CRIAM NOVAS PERSPECTIVAS NAS ARTES VISUAIS. BEM-VINDES!

ANDREA MAY ARTISTA VISUAL E SONORA DOUTORANDA EM ARTES VISUAIS/ UFBA



MARIA FERNANDA FERREIRA

NASCIDA E CRIADA EM ITABERABA-BA, EGRESSA DO CURSO DE ARTES VISUAIS PELA UFRB, DESDE 2019.TEM COMO BASE OS LUGARES HABITADOS PELO SEU CORPO, VÊ FORÇA E POTÊNCIA NA RAIZ.

RAIZARTES.BLOGSPOT.COM


Júlia Diandrade Contornos do Silêncio, 2021 Colagem digital


Contornos do silêncio andando pelas ruas da minha cabeça, desviando de um questionamento aqui e outro ali, acabei me perdendo. quando me dei conta, estava numa ruazinha sem saída, uma viela. tentei voltar mas o silêncio me parou, parece abstrato mas acreditem, o silêncio me parou. parecia brabo comigo, perguntei: qual o motivo dessa cara feia? ele ficou calado, como de costume, eu permaneci firme no questinamento, como de costume. ⠀ senti um ar de decepção na conversa, não sei explicar pra vocês mas eu sinto o ar, sinto o tom, me avalio e avalio o mundo a minha volta sob a ótica sensitiva que meu corpo espelha e naquele momento não foi diferente. senti o ar de decepção mas optei por não dizer nada. ele não costumava ser nítido comigo, meio vago e volta e meia, quando perdia a paciência com a prepotência de uma jovem que não sabe fazer uso de tantas emoções, ele se ausentava. mas dessa vez tinha algo diferente, ele estava decepcionado e continuou ali. respirou fundo impaciente e me disse: ta vendo? você ta fazendo de novo. você me usa com raiva. excitei mas indaguei: o que eu tô fazendo se eu estou calada e você também? ele riu, como quem diz: ela, mais uma vez, não tem dimensão do meu tamanho e perguntou: como você me enxerga? ⠀ silenciei. passou tantas possíveis respostas na minha cabeça que, na prática, não saiu nenhuma. ele encerrou a conversa me dando as costas e disparou: eu te preencho de soberba ou de paz? sai da rua em direção ao que chamo de casa, dessa vez sem desviar dos questionamentos. me vi num empasse: aonde eu repouso o silêncio? me aconchego no conflito ou na resolução? resolvi perguntar a vocês, mas podem optar por ficarem calades.⠀

Júlia Diandrade


Júlia Diandrade Amor na prática, 2021 Colagem digital de Fotografia de Luciano Andrade


ONTOLOGIAS

O arranjo entre palavra e imagem da artista Júlia Diandrade Entrevista: Maria Fernanda Ferreira MF- Quem é Júlia Diandrade? Bom, podemos começar dizendo da onde eu brotei, minha terra é Itaberaba, interior da Bahia. Comecei por lá já que é pra onde eu retorno sempre que preciso me encontrar, quando preciso consultar quem eu já fui, enxergar quem eu tô agora e traçar estrada a fora descobrindo quem tá vindo. Acredito que respeitando o passado é que consigo fazer as pazes com o tempo, com minhas fases. Mas sem delongas, sou artista e estudante, gosto dessas palavras, ambas condensam meu olhar sobre mim, sempre estudando, aprendendo e me expressando artisticamente sobre o que absorvi do mundo e das pessoas.

MF- Como surgiu o ontologias e quais as intenções da página hoje? O ontologias começou por volta de 2012 – 2013, inicialmente em não era um perfil no instagram, era uma assi-

tura que me sentia confortável pra assinar, escrevia pra mim, pra amigos próximos, na terceira pessoa, de maneira desassociada, como se coubesse o papel de leitora. Me aproximar da escrevivência com o passar do tempo foi me dando contornos mais corajosos, como se eu pudesse ser os dois, sabe? Escritora e leitora da mesma obra. O insight de tornar a assinatura Ontologias um projeto, uma página, foi uma materialidade do que eu disse antes, uma reconciliação, fiz as pazes com minha escrita trazendo-a pra perto, daí abriu o canal, fui explorando a fotografia, as ilustrações... Ao tocante das minhas intenções com a página tem tomado forma devagar, o retorno e as trocas com as pessoas que acompanham é um combustível enorme, penso em continuar movimentando a página, já forneci alguns produtos, entretanto, ainda tô encontrando uma maneira confortável de lidar com a compra e venda das artes, pensando a logística.


Pele pele pele pele de quem mastiga a pele, pele pele pele pele de quem sente no pelo Júlia Diandrade

Tato, 2020 Colagem digital


MF- Seu trabalho é um arranjo entre as palavras e as imagens, certo? Como funciona o processo de escolha das imagens? É puramente estético ou carrega significado?

A paleta de cores é uma das maneiras que encontrei de valorizar a estética que eu gosto e consumo, com a minha produção artística. Os tons terrosos me remetem tanto a terra, quanto ao meu momento favorito do dia, o final da tarde.

A imagem costuma chega primeiro, pensar nas imagens, pra mim, funciona pensar de que forma, a materialidade de uma ideia que tivecabe numa foto, numa ilustração. A estética é importante, embora a estética que me importa é a que valorize e contemple os meus referenciais.

MF- Em algumas obras, as palavras parecem surgir como diálogos, afirmações ou devaneios de vivências suas. Acho que não é possível definir uma única temática para seus trabalhos, mas o que tem sido mais potente pra você nessa relação de costura entre palavra e imagem?

MF- Um dos elemento visuais marcante no seu trabalho são as cores. No início da página as postagens eram coloridas, mas você vai se direcionando para uma única paleta. O que te aproxima desses tons? Gosto pessoal mesmo, costumo brincar que quem quiser me encontrar, me procura nos tons terrosos.

Certamente, a relação com minhas raízes e meus afetos, costumo manter ambas as coisas próximas.


5 PÁGINAS DE ARTE PARA SEGUIR NO INSTAGRAM Texto: Maria Fernanda Ferreira

Como sabemos, o instagram se tornou uma das redes sociais mais acessadas no mundo todo. Por ser uma plataforma acessível e que dispõe diversas possibilidades, que vão desde acessar notícias a montar e editar fotos e vídeos. Se você gosta de arte e quer ficar por dentro das notícias do universo artístico ou está em busca de ampliar o seu repertório, a lista com cinco páginas de arte pode ser um guia para te ajudar.


Maria Macêdo Dança para um futuro cego, 2021 Performance: 40 x 60cm

@artistaslatinas O projeto Artistas Latinas procura criar uma plataforma de difusão cultural, trazendo visibilidade para a produção artística realizadas nos países que compõe a América Latina, mostrando a diversidade e possibilidades no âmbito das artes visuais criadas em nosso continente.


Untitled XXXVll Merikokeb Berhanu

@descolonizarte A descolonizarte é uma página localizada no instagram da revista digital de artes visuais que leva o mesmo nome. Foi fundado em 2019 pela jornalista Bárbara Alves, com o objetivo de divulgar a produção de artistas racializados e periféricos.


Mestre Didi Sem título, 1984 Acervo MAM São Paulo

@projeto.afro Projeto Afro é uma plataforma afro-brasileira de mapeamento e difusão de artistas negros/as/es. O projeto deseja ampliar e visibilizar a produção artística de autoria negra no Brasil, apresentando sua multiplicidade, seus interrelacionamentos e sua abrangência. Um espaço de descoberta e ressignificação.


Artista: Lygia Clark Máscara Abismo com Tapa-Olhos, série 1968

@anevalls Ane Valls é uma mulher que lê outras mulheres e que conversa com elas partejando novas poéticas ou propondo gérmens de poéticas outras que permitem a criação coletiva. Em sua página no instagram ela levanta diversas questões acerca da história da arte, além de dar dicas práticas para a vida de artista.


Silvana Mendes Título: Afetocolagens- Descontrução de Visualidades Negativas em Corpos Negros (Série 2), 2021

@artebrasileiros ARTE!Brasileiros é uma plataforma de cultura com foco em arte contemporânea.


AÇUCENA COSTA

DESDE SEMPRE CONSIDEREI A ARTE COMO PRINCIPAL ELEMENTO DE COMUNICAÇÃO, E QUE SE FEZ PRESENTE EM TODOS OS MOMENTOS DA MINHA VIDA. GOSTO DE USAR O VISUAL PARA DIZER O QUE NEM SEMPRE É POSSÍVEL COM A FALA.

NONAKOTOBA.BLOGSPOT.COM


Haikai Haikai Meu A arte do Haikai

ノナの言葉


A História O Haikai surgiu pela primeira vez na literatura japonesa durante o século 17, como uma reação concisa às elaboradas tradições poéticas, embora não tenha se tornado conhecido pelo nome de Haikai até o século 19.

Originalmente, a forma do Haikai era restrita ao assunto a uma descrição objetiva da natureza sugestiva de uma das estações, evocando uma resposta emocional definida, embora não declarada. Particularmente após a revitalização do Haikai no século 19, sua gama de assuntos se expandiu para além da natureza. Mas o Haikai continuou sendo uma arte de expressar muito e sugerir mais com o menor número possível de palavras.


Uma cai Duas caem Ah, camélias!

- Shiki

A neve se desfaz e a aldeia está inundada de crianças.

- Kobayashi Issa

Com a luz do relâmpago

Barulho de pingos –

Orvalho nos bambus.

- Matsuo Bashô

O mar de primavera o dia todo lentamente ondula.

- Buson


Como é feito um Haikai? A estrutura tradicional de um haikai é composta por três versos, totalizando dezessete sílabas.

O príncipe vem, pés na areia quente, 1

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ainda é frio. 2

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-ノナの言葉

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O Haikai pelo mundo Originário do Japão, os haikais de hoje são escritos por autores de todo o mundo. O haikai em inglês e o haikai em outras línguas têm seus próprios estilos e tradições, embora ainda incorporem aspectos da forma tradicional do haikai. Os haikais não japoneses variam amplamente quanto ao grau de proximidade com os elementos tradicionais. Um movimento minoritário dentro do haikai japonês moderno ( , gendai-haiku), apoiado por Ogiwara Seisensui e seus discípulos, tem variado da tradição de 17 em diante, bem como de tomar a natureza como assunto.

現代 俳 句

No Brasil

No Brasil, em alguns casos, o haicai reduziu-se a uma estrutura fixa e abandonou o elemento filosófico de origem japonesa, como a existência de uma palavra que dispara a emoção ou de um kigo (termo que indica as estações do ano). Outros poetas abandonaram também os 17 versos e optaram por outro tipo de metrificação, ou mesmo pela sua ausência. Além disso, em vez de os autores limitarem-se aos temas bucólicos, houve uma ampliação temática


Acordei e me olhei no espelho ainda a tempo de ve meu sonho virar pesadelo.

- Paulo Leminski

Olha, Entre um pingo e outro A chuva não molha.

- Millôr Fernandes

As coisas humildes, Têm seu encanto discreto: O capim melado...

- Afrânio Peixoto

Assombrada por você minha sombra se esconde de mim. - Alice Ruiz


O protagonista é o Haikai!

サイダーのように言葉が湧き上がる

Palavras que borbulham como refrigerante


Palavras que Borbulham como Refrigerante (Words Bubble Up Like Soda Pop) é uma animação japonesa dirigida por Kyohei Ishiguro e lançado em 2021. A trama do filme gira em torno de Cerejinha, um garoto muito tímido que usa haikais como uma forma de expressar o que sente e o que vê. Já de início pode-se notar a importância dos poemas na vida do menino, e ao decorrer da animação fica claro que mesmo usando poucas palavras, é na simplicidade que os haikais se tornam tão profundos quanto o oceano. A história também conta com a participação de Sorrisinho, uma influencer, que ao contrário de Cerejinha não encontra problemas em expressar o que sente, mas mas sempre usa máscara por conta da sua insegurança com seu aparelho dental. Ambos os personagens têm obstáculos que parecem ser impossíveis de serem superados, mas chegando ao final fica evidente que quando se juntam, suas dificuldades se tornam um pouco menos assustadoras e o que parecem ser imperfeições e incoerências são na verdade um belo amontoado de palavras que se completam e que fazem sentido, um haikai.


Referências https://www.google.com/amp/s/www.portugues.com.br /amp/literatura/o-haicai.html https://www.britannica.com/art/haiku


GABRIELA FERNANDES

ARTISTAEDUCADORA,INSTIGA-A COMUNICAÇÃO DAS CORES, FORMAS, TRAÇOS E LINHAS. GRADUANDA EM ARTES VISUAIS PELA UFRB PESQUISA OLHARES MÚLTIPLOS SOBRE A ESTÉTICA FEMININA.

CORESDAGABI.BLOGSPOT.COM


ETNASSAP O Gabriela Fernandes


O Passante ... Aquele que passa com seu chapéu , quase como um troféu. Apropria, pega, tira , confisca, ocupa, toma, acomoda, copia. Às vezes passos lentos, às vezes apressado. Lá vai o passante, depois de se ajeitar para um café da Dona Maria. Quase como gesto corriqueiro ajusta seu chapéu. Na mão o copo descartável do café. Adaptar, adequar, amoldar, encaixar Seu caminho esbarra na fé.


ASSEMBLAGEM - É usado para definir colagens com objetos e materiais tridimensionais. Baseada no princípio de que todo e qualquer material pode ser incorporado a uma obra de arte, criando um novo conjunto sem que esta perca seu sentido original. "ESTÉTICA DA ACUMULAÇÃO". https://pt.wikipedia.org/wiki/assemblage.

Obra: O passante - José Resende. Escultura em aço cortein, altura de 12 metros , Instalada no Largo da Carioca .



O passante é alguém que não se importa se o chapéu é uma invenção do homem. Este chapéu não está ali para o outro. Está ali porque se preocupa com a sua solidez.


É também influenciado pelas CORES Amarelo , azul , vermelho, verde, preto, rosa, laranja, roxo, marrom, cinza, branco ... sacolas , cascas, palhas, madeira, corda, lona, ferro, eletrônicos, produtos orgânicos , produtos têxteis, produtos industrializados ...

A UMA PASSANTE

A rua, em torno, era ensurdecedora vaia. Toda de luto, alta e sutil, dor majestosa, Uma mulher passou, com sua mão vaidosa Erguendo e balançando a barra alva da saia

Pernas de estátua, era fidalga, ágil e fina. Eu bebia, como um basbaque extravagante, No tempestuoso céu do seu olhar distante, A doçura que encanta e o prazer que assassina.

Brilho... e a noite depois! - Fugitiva beldade De um olhar que me fez nascer segunda vez, Não mais te hei de rever senão na eternidade?

Longe daqui! tarde demais! nunca talvez! Pois não sabes de mim, não sei que fim levaste, Tu que eu teria amado, ó tu que o adivinhaste!

Charles Baudelaire


REFERENCIAIS Chapéu : Substantivo Masculino 1.vestuario.chapelaria peça de vestuario provida de copa e abas, destinada a cabeça. 2. Por amalogia qualquer cobertura ou coroamento que se destina a proteger , rematar ou reforçar alguma coisa. https://www.dicio.com.br/chapeu/.

Obra: Mulher com Chapeu - Henri Matisse


THAÍS HAYNER

SOU INDÍGENA DO POVO ANACÉ-CE , FAÇO PARTE DA ARTICULAÇÃO JOVEM ANACÉ (AJA) E DO GRUPO TAMAIN COMO FOTÓGRAFA, TENDO SEMPRE MOSTRAR UM POUCO DA MINHA ALDEIA NO MEIO DIGITAL, ATUALMENTE ESTOU CURSANDO LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA.

GRUPO-TAMAIN.BLOGSPOT.COM


TA MA IN TAMAIN É UM ESPAÇO

DE ARTE INDÍGENA, DE CONTATO DA MÃE TERRA, UM LOCAL ONLINE, NA REDE PARA PESCAR SONHOS DOS POVOS QUE A MAIS TEMPO RESISTEM.

THAÍS HAYNER 2021


TAMAIN O Grupo Tamain nasceu no mês de novembro de 2020, juntando artistas de várias comunidades indígenas do Ceará, inclusive pessoas que estão fora do estado, mas se reconhecem e são reconhecidas por alguma etnia nesse território e pessoas em retomada, buscando sua identidade étnica. Nossos encontros acontecem semanalmente, de modo virtual, reunindo diálogos entre integrantes de povos como Jenipapo-Kenindé, Tremembé, Anacé, Kariri, entre outros. Nos reunimos para criarmos espaços de possibilidades enquanto artistas indígenas na região nordeste do Brasil, demonstrando como a arte está presente no meio indígena e em sua identidade, que é tão desvalorizada e desautorizada a ocupar espaços na sociedade.


Raphael anacé Rapha é dj, designer, artista visual, jovem liderança Anacé, participo do grupo de dança “São Gonçalo” e do “Coco” da aldeia Taba dos Anacé. Articulador da Articulação Jovem Anacé-AJA, faço parte do grupo TAMAIN, e atualmente tenho um projeto acompanhado pela mercúrio a partir da bolsa reticências, com o projeto Tecnotapera. A Tecno Tapera é um projeto de música Anacé, da Reserva Indígena Taba dos Anacé. É uma experimentação musical que mescla o ancestral e contemporâneo, unindo a tradição à elementos atuais como a música eletrônica e outros. É um ambiente de troca, formação e experiência no território indígena, que propõe o encontro entre diferentes grupos que produzem música e expressões artísticas para a gravação dos mesmos e a mixagem a partir da estética tecno e eletrônica. Essas serão disponibilizadas nos canais da aldeia e plataformas de streaming musical.


@tecno_tapera Sem título, 2020


@tecno_tapera Sem título, 2020


Rodrigo tremembé Sou Rodrigo Tremembé, Indígena pertencente ao Povo Tremembé. Moro na Aldeia Córrego João Pereira em Itarema Ceará, graduado em Geografia, artista visual, faço desenhos, pinturas, artesanatos e grafismos corporais e têxtil. Minha área de atuação mais constante é na produção de Croquis de moda indígena e camisas com estampas étnicas ao qual coloco minhas inquietações em pauta, falo sobre as diversidades físicas, sociais e culturais de nós, Povos Originários, ressaltando o protagonismo Indígena no meio da moda (onde há poucas representações) fortalecendo assim uma moda ante colonial.


@rodrigo_tremembe Sem título, 2021


@rodrigo_tremembe Sem título, 2021


MERREMII KARÃO Merremii Karão (nome étnico de rito de passagem) pertencente a Nação Karão Jaguaribaras, do Estado do Ceará. Agricultora, militante indígena, contista, poetisa, ambientalista, artista plástica com Taowás (Pinturas e grafismos), representa a força das Kahañe Kahoo (o espírito feminino) em seu Kalembre/ Aldeia. Graduanda em Sociologia na UNILAB-CE. Como liderança jovem, tem a função de levar a voz do povo além do Kalembre. Na arte, preserva e promove os saberes ancestrais em diversas linguagens, seja nas Taowás (grafismos e pinturas); na música; dança; filosofia; poesias, entre outras artes que fortalecem as práticas do bem viver.


@cabocla_serpente Sem título,2021


Débora Anacé Sou Débora Anacé, tenho 23 anos, moro na Reserva Indígena Taba dos Anacé. Faço pedagogia na Universidade Estadual do Ceará, estou no 8 semestre. Durante o curso fui bolsista de Iniciação Científica onde estudei sobre a relação educação e pobreza e a crise estrutural do capital. No momento estou fazendo um estudo sobre políticas de acesso e permanência de estudantes indígenas na Universidade Estadual do Ceará. Faço parte da juventude indígena Anacé e também faço parte do coletivo Tamain que é um coletivo de artistas indígenas de todas as áreas. Sou fotógrafa indígena já tive fotos premiadas pelo prêmio de fotografia indígena br. Tenho fotos publicadas no ebook A banalidade do mal e na revista Laudelinas número 2 que é uma revista que reúne vozes de mulheres de toda parte do Brasil.


@debora_anace Sem título,2021


@debora_anace Sem título,2021


Junior potiguara Meu nome é João Edilson de Melo Junior ,conhecido como Junior Potiguara, tenho 23 anos, sou indígena do povo Potiguara da Aldeia Vila Nova(sede, periferia no Alto da Boa vista) na cidade de Monsenhor Tabosa-CE, Serra das matas, os primeiros resquícios de desenhos na minha vida começou na infância, não recordo a idade, mas sempre gostei de desenhar, passei um bom tempo sem ter contato com essa arte por conta da rotina do dia a dia, e com a chegada da pandemia houve essa desaceleração em nossas vidas, foi ai que a vontade de desenhar me foi acordada novamente, a importância do desenho na minha vida é que levo como uma forma de terapia, e meditação, é um momento onde consigo silenciar meus pensamentos e vou seguindo a intuição, com tudo acabo melhorando a concentração, paciência, e a alto confiança.


@junior.artez Sem título,2021


@junior.artez Sem título,2021



Centro de Artes, Humanidades e Letras


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