COMfluências

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COM

fluências



Esta revista faz parte da avaliação final do componente Laboratório de Materiais Didáticos do Curso de Licenciatura em Artes Visuais / CAHL - UFRB, ministrado pela Profa. Andrea May e concluído em Março de 2022..





A primeira edição do podcast colaborativo Artemídia foi produzido pela turma de Laboratório de Materiais Didáticos do Curso de Licenciatura em Artes Visuais do CAHL/ UFRB (BA). Abordando o tema "Arte sobre diferentes pontos de vista" o podcast está recheado de informações interessantes. Vale conferir!



culturas


arte em fluxo quantos caminhos podemos seguir? ana paula lopes

podcast como possibilidade de arte educação

festa de santa bábara, arte e cultura


podcast: um novo sentido o contexto pandêmico exigiu a abertura de novos caminhos em nossas relações. todas as esferas sociais

sofreram

educação passaram

e a

como

o

áudio

como

a

ser

adaptações, arte.

mais

podcast,

notícias,

algumas

exploradas

que

inclusive

fornece

músicas,

ferramentas e

acessadas,

conteúdos

artes,

ouvinte

pode

acessar

internet a qualquer hora.

o

programa

em

história

muito mais.

o

a

pela

e


manifest(ação) percurssão religiosidade o

toque

dos

tambores

conduz

o

episódio

de

podcast "manifestação, percussão e religiosidade". transpassando

os

limites

do

isolamento

social,

o

episódio propõe uma experiência histórica e sonora pela festa de Santa Bárbara, levando o ouvinte ao embalo no morro da misericórdia da cidade de São Félix-BA.

o

material

é

resultado

do

trabalho

do

componente Laboratório de Materiais Didáticos do Curso

de

Universidade

Licenciatura Federal

do

em

Artes

Recôncavo

ministrado pela professora Andrea May.

Visuais da

da

Bahia,



segundo de

o

departamento

cultura

e

turismo

de

São Félix, há mais de 40 anos, o então prefeito da cidade

teria

autorizado

uma capinação onde hoje está localizada a gruta do milagre.

ao

tentar

cortar

um arbusto, o trabalhador viu

surgir

uma

em

sua

frente

mulher

aparência

com

similar

representação

a

da

da

santa,

dizendo que a poda não deveria ser realizada.

sua voz era forte como um trovão um

e

cortante

raio.

espalhou

a e

como

história as

se

pessoas

desde então, no dia 4 de dezembro,

milagre.

beber

católicas,

água

que

festejado

o

dia da santa na ladeira do

começaram a chegar para da

é

além o

das

evento

missas tem

a

brotava na fonte. a água

participação de grupos de

foi analisada e mostrou ter

samba de roda, e os xirês

um

(palavra

teor

grande

de

de

origem

significa

iorubá

minerais que fazem bem a

que

festa).

saúde. várias curas foram

sincretismo

relatadas após o consumo

relativa a Iansã, Oyá, orixá

da água.

dos ventos e dos raios.

religioso

ela

no é


alguns

grupos

percussivos

também

embalam

a

festa subindo a ladeira até a gruta do milagre. dentre

eles

está

o

Yakurinxirê,

grupo

percussivo

formado por mulheres.

no ano de 2021 o grupo trouxe o som dos repiques, da caixa, do agogô, do pandeiro, das dobras e dos surdos do fundão, com a participação de mulheres da

região

universidade

do

recôncavo

e

que

residem

região.

na

estudantes você

acompanha-las pelo instagram @yakurinxire

da

pode


créditos TEXTO E EDIÇÃO Ana Paula Lopes

ORIENTAÇÃO Andrea May

FOTOGRAFIAS Gabriel Moreno Ana Paula Lopes

REFERÊNCIAS Secretaria de Cultura e Turismo de São Félix YAKURINXIRE - Escola de Formação Percussiva de Mulheres

LINK DO PODCAST https://soundcloud.com/artemidia/podcast-artemidia-01


FESTA DE NOSSA SENHORA D'AJUDA Os embalos de novembro em Cachoeira-BA


Uma das maiores manifestações culturais que a pequena Cachoeira, cidade do interior da Bahia, oferece para a sua população e agregados, é a Festa em Louvor a Nossa Senhora D'Ajuda. Não se tem dados concretos e documentais sobre o início da adoração à Santa na cidade, mas se sabe que os cultos realizados na Capela, atualmente dedicada a Santa, deu-se início no ano de 1820. Antes era dedicada a Nossa Senhora do Rosário, padroeira da cidade. A festa reúne a mistura entre o sagrado e profano. O tríduo em Louvor a Santa, realizados dentro da Capela e os embalos e ternos, os quais são mais comentados e frequentados, reunindo muitas pessoas na cidade, durante os dias de festa.


Os festejos dão-se início no primeiro domingo do mês de novembro, onde o Bando Anunciador, com seu cortejo de caminhões, carroças e carros enfeitados com palhas, tecidos, flores e vários outros ornamentos, literalmente anunciam com a ajuda de uma orquestra charanga, a chegada das comemorações. Logo mais, no final de semana posterior, são apresentados em desfile festivo pelas ruas da cidade, o terno do silêncio, que sai às 00h e a lavagem das baianas posteriormente, por volta das 10h da manhã.


Os embalos alternativos acontecem durante os dias da semana seguinte à lavagem das baianas, sempre ao entardecer e percorrendo as principais ruas, preenchendo de alegria, cada canto da cidade.


O ponto alto da festa profana, é batizado por Terno da Alvorada, cuja saída em cortejo com Orquestra de Charanga e inúmeras pessoas com diversos tipos de fantasias, se dá exatamente às 05h da manhã de um domingo. É neste dia onde o imaginário, o espetacular e a alegria se reunem em um só lugar. As pessoas esquecem por um momento, os seus medos, as suas angústias e pudores e põem para fora o grito de libertade e felicidade. As ruas cachoeiranas se cobrem de cores e personagens diversos, de todas as cores e formas, pois fazem questão de se vestirem com a melhor fantasia que podem, se misturando com as cabeçorras e mandús.



E, logo após o dia em que o Terno do silêncio se apresenta, chega a terça feira com o seu Terno da saudade, para fechar os festejos profanos da Festa em Louvor a Nossa Senhora D'Ajuda. Deixando boas lembranças e muitas saudades dos dias de alegria.

Texto e edição por Edvane Albuquerque, bacharel em Artes Visuais e Licencianda em Artes Visuais, ambos pela UFRB - CAHL. Fotografias: Edvane Albuquerque Referências textuais: "Origem da festa D’Ajuda possui marcas históricas do século XIX" por Lorena Morais. "Capela D'Ajuda já deu sinal: um olhar do interior" por Adriana Silva dos Santos.


MASCARADOS NA TELA

Foto por: Luciano Carcará


MANIFESTAÇÕES CULTURAIS Por Larissa Araújo Foto: Imas Pereira/Divulgação

Acupe BAHIA

A festa toma as ruas de Acupe, com encenação, arte e cultura. Rostos pintados e roupas feita de palha de bananeira e couro, mostrando momentos que memoriza a fuga dos escravizados, perdas e a luta pela liberdade. Não se tem um ano que marca o início da cultura do Nego fugido, mas a manifestação já acontece a mais de um século. Além de lembrar as lutas no período da escravidão na região do Recôncavo Baiano, o enredo serve para ressignificar a história e dar protagonismo à conquista da abolição aos negros. Com os rostos pintados com uma mistura de óleo e carvão e a boca com tinta vermelha representando o sangue expressam a dor e o sofrimento do povo negro. Os atores são pessoas da comunidade (pescadores, marisqueiros, donas de casa, estudantes) e o impacto visual é assustador.

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BÔNUS

NEGO FUGIDO DOMINGOS DE JULHO EM ACUPE-BA

FOTOS: IMAS PEREIRA


CARETAS

As máscaras feitas de papel machê formam figuras monstruosas, coloridas, com dentes grandes. A função é mesmo assustar

as

pessoas.

Quando

os

mascarados despontam no início da rua, as crianças correm de medo na outra extremidade. Além das Caretas horrorosas, os brincantes se vestem com saias bem Escrito por Adriana Franzin Fotografia Eduardo Cesana

rodada feita de folhas de bananeira amarradas à cintura. Calçam botas, põem luvas e vestem por cima uma roupa bem estampada. As Caretas de Acupe desfilam até hoje, todos os domingos do mês de julho, pelas ruas da cidade.


HISTÓRIA

TERRA QUENTE R E C Ô N C A V O

D A

B A H I A .

FOTO POR MARCELO REIS A Vila (Acupe) tem uma população de aproximadamente 7.522 (sete mil quinhentos e vinte e dois) residentes neste local. Os moradores Informam também que sua economia baseada na

é

pesca-mariscagem, e a agricultura familiar. A

sede do distrito de Acupe, está distante 16 km da sede do municipio de Santo Amaro..


MARCELO REIS

SERIE FOTOGRÁFICA 17 DE JULHO DE 2016


TRADIÇÃO QUE DOMINA OS DOMINGOS DE JULHO EM SANTO AMARO ESCRITO POR EREM CARLA

Mestre Dodô é responsável pelas Caretas de Acupe há 38 anos

e

contou

Bahia.ba

como

ao

blog

surgiu

essa

tradição. “As

Caretas

surgiram

em

de

Acupe

1850,

quando

em Acupe existia engenho. Um senhor de engenho fez uma

festa

para

alegrar

o

povoado, quando de repente surgiu um negro disfarçado. Todos mas

da

festa

ninguém

gostaram,

sabia

quem

era aquele homem”, relata. Ao perceber o homem negro, o senhor mandou que recolhesse

todos

os

escravizados para contagem. Faltava um. Era justamente aquele que estava na festa. Ele

se

disfarçou

e

brincou

com as outras pessoas, mas o plano dele era fugir. E aasim o

fez,

enquanto

estavam

distraídos,

conseguiu

fugir.

Foi

todos ele assim

que nasceu o grupo Caretas de Acupe”, explica Dodô.


Mostra Virtual Indígena de Filmes Etnográficos do Ceará com Acessibilidade Universal Thaís Hayner


A

I

Mostra

Indígena

de

Filmes

Etnográficos do Ceará é uma iniciativa da Associação

das

Mulheres

Indígenas

Jenipapo-Kanindé em parceria com o Cine Clube

Aldeia.

Primeira

do

gênero

no

Estado, a mostra propõe um espaço de discussão

e

divulgação

de

filmes

etnográficos, em especial com temática indígena.

O

proporcionar entre

principal um

objetivo

intercâmbio

realizadores,

é

cultural

pesquisadores

e

comunidades tradicionais.

Em 2021 aconteceu a III Mostra Virtual Indígena Cearáalém

de

com

de

Filmes

Etnográficos

Acessibilidade

ser

um

entretenimento,

espaço

Universal

de

objetiva

do

lazer

a

e

difusão,

formação e produção audiovisual com acessibilidade

universal

indígenas,

para

partir

sua

de

passando discurso,

de

públicos.

se

meio

acessíveis

povos

expressam

própria objetos

por

audiovisuais

que

de

voz a

e

olhar,

sujeitos

de a

a

do

exibições todos

os


POEMA Feridas de Antônia kanindé Ferida é um poema idealizado a partir de uma história

de

indígena

racismo

Clecia

narrada

Pitaguary,

pela

na

parente

ocasião

ela

contava que um jornalista não queria que ela aparecesse

em

uma

lideranças

devido

fotografia ao

fato

com

de

outras

ela

não

corresponder ao estereótipo idealizado para o indígena

brasileiro,

é

então

que

uma

das

lideranças ali presente diz que o tom de sua pele é uma ferida da colonização. Essa história fez com que Antônia Kanindé criasse o poema Ferida.

O

poema

está

disponível

nas

redes

sócias de Antônia., clique aqui para conferir.


Meu corpo, é ferida exposta.

Aos indígenas e a natureza.

A minha identidade Não se encontra em minha cor

Da tal colonização. Das violências sofridas,

Não tenho pele vermelha,

Nós cachos do meu cabelo

Dos medos, da opressão.

Não pareço Iracema,

Ou no que quer que for.

Meu cabelo é cacheado Ao mesmo tempo é morada,

Nada tenho de morena.

Ela é parte do meu eu Da minha ancestralidade

De saberes ancestrais, De encantos e encantarias,

Sou indígena, e luto

Quem antes me antecedeu.

Vivencias e muito mais.

Pro meu povo garantir,

E quem vive a atualidade.

Os diretos de viver Vivo a realidade

E a terra conseguir,

A minha identidade,

De um conceito irreal

Afins de assegurar um futuro para

Se encontra no meu povo

Onde, o indígena do hoje

mim,

No lugar onde nasci

Deve ser, tal qual, igual.

Mas também para os pequenos,

E nasceria de novo,

Aos que outrora viviam

Os chamados Curumins.

Pois território é vida Minha vida é meu povo.

Sem contato inicial Com os chamados de Brancos,

Já perdi até as contas

Invasores, na real.

Das vezes que me indagaram

Meu corpo é uma ferida que não

Apontaram minha pele,

tem como curar,

Pregaram as grandes massas

Meu cabelo cacheado,

Tá exposta, aparente para quem

Modos fixos de ser,

Questionaram o meu eu,

quiser olhar,

De viver e de estar

Meu povo e meu passado,

Mas quem olha só por fora não

E de como estabelecer

Diante de uma crença,

consegue enxergar

As relações que outrora

Um discurso atravessado,

A dimensão do sagrado

temos que desenvolver.

De que o indígena do hoje deve

Que está a me habitar.

ser como o passado. Qualquer fuga do padrão Se denota estranheza,

Se assim sou no presente não é

Se julga, se jogam pedras

por um querer meu

Me pergunto sem certeza

A violência vivida

O quanto? O Onde? e como?

Nos tempos que precedeu a tal

Faremos a tal proeza

colonização

De entender que o preconceito

marcou forte o corpo meu.

É a mais pura fraqueza De quem não sabe enxergar

Dizem que jamais se deve,

O grau e a profundeza

julgar um livro pela capa

Dos males coloniais

Ora, ora aqui vos digo Não

me

marcas.

julgue

por

minhas


Muncuzá e a sua importância alimentar para o povo kanindé O documentário retrata sobre a significância que a culinária tradicional tem para o povo Kanindé. Assim, o prato além de ser o principal alimento festividade

do

povo

que

é a

também origem

símbolo a

Festa

de do

Muncuzá, onde celebram e comemoram em coletividade a fartura do milho. Confira esse belíssimo trabalho clicando aqui!


"A lenda cotidiana" do povo pitaguary

O documentário "A lenda cotidiana"

que

retrata

Três contos da "Pedra da Torre",

a

moradia

dos

encantados, narrados por Augusta e Amélia, irmãs gêmeas, Pitaguary

do do

povo Ceará,

conhecidas tradicionalmente por suas estórias.

Confira o documentário aqui! Produção:

Organização

Mãe Terra Pitaguary / Coletivo Entre Olhos.


Documentário: Assembleias de 1994 a 2021 O documentário "Assembleias de 1994 a 2021" apresenta

a

linha

do

tempo

de

todas

as

assembleias realizadas pelos 15 povos indígenas existentes no Ceará.

Os povos indígenas consideram as assembleias um importante marco que contribuiu e contribui para o fortalecimento da luta. Realização: Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Ceará. VEM ACOMPANHAR!!


a Identidade Indígena do povo jenipapokanindé A

serie,

identidade

Vozes:

A

Indígena

do

Povo Jenipapo-Kanindé, produzido por Arthur de Moraes, conta por meio de 6 episódios a história de

luta,

encantos fazer

e

da

saberes, modos

de

comunidade

indígena. A série foi recentemente premiada com o Gandhi de

comunicação

jornalismo. Serie disponível aqui!!

de


Festa do Marcovivo de yburana do povo JenipapoKanindé O

curta

"Festa

do

Marco-Vivo

de

Yburana"

que

apresenta

a

festa

tradicional

do

povo

Jenipapo-Kanindé, que simboliza

a

demarcação indígena

da

terra

através

da

Planta Yburana. Clique

aqui

para

conferir. Realização: Indígena Kanindé.

Museu Jenipapo-


artes


CORRERIA Por Marcos da Matta Eu me chamo Marcos da Matta. Sou de Conceição do Almeida e moro em Cachoeira, cidades do Recôncavo da Bahia. As culturas, os trabalhos, as religiões, costumes, texturas, formas e cores deste território constroem o meu cotidiano, influenciando socialmente e artisticamente as minhas produções. Sou bacharel em Artes Visuais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e atualmente curso Licenciatura também em Artes Visuais nas cidades de Cachoeira e São Félix, cidades onde moro e transito há mais de sete anos e onde eu me percebi no território do Recôncavo, seus vários significados e a importância de existir em outros territórios não geográficos. Um desses territórios é o grupo de formação para jovens artistas Práticas Desobedientes, do qual sou integrante e onde me desenvolvo artisticamente a partir das trocas com outros artistas. Correria é minha pesquisa atual. É uma série sobre trabalhadores de rua, suas ferramentas e suas formas de produzir vida, sustento, não só pelo trabalho, mas também a partir de cultivo dos afetos, das pequenas alegrias do cotidiano, das disputas, da fé, da família e amigos, do amor, do cuidado consigo e com os seus, da sobrevivência. Esses trabalhadores de rua são negros como eu, e ainda hoje exercem atividades que outros trabalhadores ou ganhadores negros já exerciam, ocupando as ruas e cantos da Bahia e do Brasil séculos antes da abolição. Correria é a busca pela sobrevivência na disputa com a realidade. É ter motivo pra levantar da cama e ir pra rua, motivo para voltar para casa. É se permitir sonhar de novo, ainda que os sonhos tenham diminuído pela tensão com a realidade, ou porque tenham se dividido em vários pequenos sonhos cada vez mais possíveis. E é buscar os alimentos para o corpo e para a alma para se manter de pé e reforçar as bases contra as erosões e forças que sacodem as estruturas.


Com qualquer dois mil réis

Acrílica sobre tela. 100 x 70cm. Ano 2022


Jaime está de mudança

Acrílica sobre tela. 100 x 70cm. Ano 2021


Marcos sonha em ser mototaxi

Acrílica sobre tela. 100 x 80cm. Ano 2021


Priscila vende trufas

Acrílica sobre tela. 100 x 80cm. Ano 2020


Eu vendendo queijo assado Acrílica sobre tela. 100 x 80cm. Ano 2020


O sensível masculino eo

por Jadson Lucas


Apresentação: Há muito tempo eu tenho procurado entender qual é o meu caminho como artista. Não penso que nasci artista, mas escolhi a arte, pois através da arte eu passo a me reconhecer e a entender a minha estranheza, paixões e emoções. Através da arte eu passo a explorar a minha sensibilidade, porém tal sensibilidade vinda de um corpo masculino acaba se tornando uma poderosa arma contra o pensamento machista e sexista, pois ao longo de muito tempo o ideal masculino não poderia estar envolvido com a sensibilidade, que até os dias de hoje é ligada apenas ao feminino. Mas o que é a sensibilidade? E como ela foi ao longo da história associada ao feminino? Bem, eu não vim responder essas perguntas nesse texto, afinal há muitas visões do que seria um corpo sensível, tal como são muitas as formas de expressá-lo, penso que isso depende muito de uma subjetividade particular de cada pessoa. Todavia, acredito que, como artista, é meu papel apresentá-lo à minha visão, ao meu entendimento da expressão de um corpo masculino sensível, e para isso escolhi meu próprio corpo como objeto de estudo. Foi em 2018 que resolvi estudar o meu próprio corpo através do desenho com nanquim e lápis aquarelável. Percebi que era uma excelente forma de evoluir a minha técnica e aprender mais sobre o meu olhar, sobre retratar o corpo. Procurei usar um formato de papel pequeno, o A5 (148 mm x 210 mm). O papel que usei é um papel próprio para desenho com gramatura de 200 g/m², de cor creme. Para fazer o estudo fiz algumas fotografias com o meu celular, algumas vezes usei o apoio de um tripé. À medida em que fui fazendo as fotografias, eu ia rabiscando e tentando encontrar as formas somente por meio da observação, foram muitas tentativas até estar satisfeito com as obras. Como resultado desse meu estudo, obtive uma série de nove desenhos, repletos de significados íntimos e de uma expressão estética ainda em transformação. A seguir, apresentarei essa série e comentarei sobre meu processo de criação e os principais pontos que cada desenho trás em sua visualidade.


1. O corpo em partes Dividi meu estudo em partes, na primeira resolvi retratar uma das minhas mãos e um dos meus pés, visto que é através dessas duas partes que meus caminhos na arte começam. O pé é a base, é o primeiro contato com o meu caminho, ele trilha e sustenta; a mão é o apoio, a vanguarda da minha criação, por onde toda energia flui e deságua no papel em branco.

Imagem: 1/9


Nota-se que escolhi uma estética repleta de incerteza e angústia nos traços, mas não foi apenas por se tratar de uma experimentação, pois busquei também retratar a ansiedade que percorre o meu corpo, e colori as tensões em vermelho para me referir a sua intensidade.

Imagem: 2/9


2. A metamorfose Para mim, a sensibilidade é a capacidade de tocar e ser tocado pelos corpos ao seu redor, e a partir desse toque: transformar e ser transformado. A maior força de transformação na natureza é a metamorfose, sendo o seu maior símbolo: a borboleta, capaz de alcançar belíssimas transformações. Pensando nisso, nos próximos desenhos eu retratei meu corpo interagindo e tocando uma borboleta, metáfora maior da sensibilidade.

Imagem: 3/9


Imagem: 4/9


3. O rosto incômodo Para retratar meu rosto, eu busquei as minhas imperfeições, ou melhor: o desproporcional e o torto. Meus dentes são o que tenho de mais torto, já me causaram muito incômodo, tal como minhas olheiras e pelos rebeldes. Hoje entendo que essas características fazem parte de mim, e colaboram na maneira como eu interajo com o outro e o outro comigo. Portanto, penso que as imperfeições do corpo são expressões poderosas do seu eu sensível.

Imagem: 5/9


Imagem: 6/9


Imagem: 7/9


4. O corpo nu Foi um grande desafio retratar o meu corpo nu, além de ser a primeira vez que fazia esse tipo de retrato, era a primeira vez que eu posava dessa maneira. Contudo, eu não poderia deixar de acrescentar a essa série um retrato do corpo masculino em sua forma mais sensível de todas, onde está vulnerável ao outro e onde o outro está vulnerável a ele. Pois a visualidade do corpo nu toca imediatamente quem o vê.

Imagem: 8/9


Imagem: 9/9


Considerações finais: Através desse estudo, eu pude entender melhor o nível da minha técnica e as possibilidades por trás do retrato do corpo masculino. Mas, além disso, reconheci minhas limitações, meus receios com meu próprio corpo, eu pude sentir um misto de ansiedade, euforia e desânimo durante a produção dos desenhos, afinal, ainda estou aprendendo as técnicas do desenho por observação e obviamente não consegui retratar o corpo com realismo, mas fiquei contente pelo poder subjetivo que as obras tomaram, além da delicadeza misturada com a angústia nos traços. Poesia visual que me ajuda a entender que tipo de artista eu quero me tornar.

Sobre o autor Jadson Lucas Ribeiro é bacharel e licenciando em Artes Visuais. Nascido no interior da Bahia e criado na zona rural, ele é romancista, contista e poeta. Autor do romance Pedaços do caos (2017), do conto Cemitério de estrelas (2018) e da coletânea de poemas Rastilho de pólvora (2019).

@jadsonav

linktr.ee/jadsonav


Escultura em movimento por Vanessa Muniz

FOTO: DANILO MARTINS


A inspiração A ponte Dom Pedro II foi fundada em 1885 e está localizada sobre o Rio Paraguaçu no estado da Bahia, fazendo a ligação dos municípios de Cachoeira e São Félix, mais precisamente no Recôncavo baiano. Além da sua beleza arquitetônica, serve como ponte automotiva, ferroviária e para pedestres.


FOTO: DANILO MARTINS

A obra foi Desenvolvida na disciplina Elaboração de Projetos em Artes Visuas, com o objetivo de relacionar um dos ponto turístico que está entre as cidades de Cachoeira e são Félix, que é a Ponte D. Pedro II. Essa obra foi colocada em exposição, em 2017. A proposta da obra é representar a ideia de movimento, onde o eixo principal de ligação é a Ponte, mostrando a vida corrida das pessoas que passam por ali, remetendo um elo.


FOTO: DANILO MARTINS

A experiência de criação foi um desafio, à montagem desse trabalho foi bem complicada, pois foi necessário que todos os itens utilizados estivessem em ligação para que a obra funcionasse. No decorrer desse processo pude perceber que a obra correspondia exatamente a essa ideia de movimento que estaria representada nas pessoas.


Desbodramentos da criação: Blog "Ponte em Movimento" O blog foi uma plataforma criada para divulgação do trabalho. Além de apresentar a obra e seus processos, leva o conceito relevante sobre a história e muitas curiosidades que giram ao entorno da ponte D. Pedro II, um dos pontos turísticos mais famosos do Recôncavo baiano.


Grafitti & Sticker ART


Início Respirando arte desde 2015, iniciando trabalhos com grafitti e sticker numa crew composta por mulheres de nome SDNcrew na cidade de Feira de Santana-Bahia Usa paredes da cidade pra expressar sua poética e indagações do cotidiano com o codinome BOZA e personagens que representam mulheres com corpos reais. Acompanhe minhas redes:

@mandsblomarte



Os stickers são aqueles adesivos facilmente encontrados nas ruas de grandes cidades e fazem parte da cultura underground. Eles podem ser autocolantes impressos em vinil ou em formato lambe-lambe, quando é necessário aplicar com uma espécie de cola caseira. Populares na cultura de rua, este tipo de intervenção é considerada uma modalidade da arte urbana, ao lado de outras manifestações como grafite e estêncil



O GAF convida artistas de várias cidades do Brasil e do mundo para fomentar a produção de grafitti nas escolas. Além da produção artística o evento oferece oficinas para os estudantes e shows com música, dança etc.


amanda amorim

amanda amorim


rimara motta

rimara motta




rimara motta

rimara motta


Acompanhe na web

Grafitti arte feira; Sticker arte e outros links para você ficar informado!


educação


MAM

"Mergulho", 2009, de Edmilson Nunes

O Museu de Arte Moderna se encontra no Rio de Janeiro, mas está sempre dando uma amostra do seu trabalho para todo o Brasil através do instagram


MUSEUS BRASILEIROS SE ADAPTAM A PANDEMIA "O INSTAGRAM DO MASP É O MAIOR INSTAGRAM DE MUSEU DA AMÉRICA LATINA EM NÚMEROS DE SEGUIDORES, CURTIDAS, POSTS E COMENTÁRIOS." MASP

"O Instagram é uma ferramenta fundamental para o museu, tanto de desenvolvimento e disseminação de nossos programas e curadorias, quanto de diálogo e participação, algo que nos permite também reafirmar nossa missão enquanto um museu 'inclusivo, diverso e plural'. " MASP

Visite o instagram do MASP através do link https://www.instagram.com/masp/


" Tivemos que, muito rapidamente,

pensar em estratégias para manter o público de alguma forma em contato com o museu [...]

"

D

evido a pandemia os museus ficaram quase um ano inteiro fechados ao público, e uma das maneiras que encontraram para enfrentar as dificuldades postas pela pandemia foi buscando novas possibilidades através das redes sociais e dos sites. A utilização das redes sociais pelos museus do país já vinha acontecendo de forma lenta e gradual, no entanto a pandemia fez acelerar esse processo. O Instagram é uma das redes sociais mais alimentadas, os conteúdos são diversos, desde amostras, projetos, além de informações sobre artes visuais e novidades relacionadas ao museu, as publicações são quase sempre diárias, e assim os museus fizeram crescer seu número de seguidores nas redes sociais. Citação de Valéria Picolli, curadora chefe da Pinacoteca de São Paulo


Mergulho", 2009, de Edmilson Nunes

A IMPORTÂNCIA DOS MUSEUS DURANTE A PANDEMIA


F

ez-se necessário durante a pandemia por COVID-19 o cumprimento do isolamento social a fim de evitar o contágio em massa da população, e durante a quarentena poucas eram as opções de acesso a cultura e lazer, o que acabou repercutindo na saúde mental da população no Brasil e no mundo, levando ao aumento da ansiedade, do estresse e até mesmo piorando e colaborando com o surgimento de casos de depressão. A busca por opções de lazer virtuais cresceram durante a pandemia, uma estratégia de manutenção da saúde mental, e os museus através dos sites e das redes sociais se fizeram uma opção viável de contato com cultura e lazer durante o período de isolamento e distanciamento social.


"

A cultura, de uma forma geral, foi duramente castigada pela pandemia de covid-19. Eventos presenciais deixaram de acontecer e dezenas de artistas, de grupos, tiveram que se readaptar para manter os ensaios e as apresentações. Na maioria das vezes, sem que houvesse o " suporte necessário. Por outro lado, a internet deu visibilidade a muitos rostos e vozes e mostrou, para diferentes públicos, como a arte pode ser uma aliada durante a pandemia – até mesmo para manter a saúde mental.

"

"

Sarah Stephany da Paixão Cordeiro Atualmente é aluna do curso de Licenciatura em História pela UFRB. Natural da cidade de Feira de Santana- BA. Email: sarahstephanypaixão@gmail.com


arte e tecnologia Abrindo caminhos para acessibilidade e inclusão Mahara Porto


Parceria que funciona A parceria entre arte e tecnologia além de propiciarem aos artistas fazerem o uso de novas ferramentas e técnicas para produzirem formas inovadoras, também propiciam ao expectador novas maneiras de experienciar a arte. Graças aos avanços tecnológicos, a arte está cada vez mais acessível. Atualmente pode-se visitar museus apenas com o uso de um celular. Mas para além da acessibilidade, a tecnologia também beneficia a arte com a inclusão. Pensando a arte como ferramenta que auxilia o desenvolvimento do aprendizado, podemos pensa-la enquanto um meio valioso de inclusão social, mas é de conhecimento quase que comum, o fato de que muitos professores enfrentam no Brasil inúmeras dificuldades com relação a infraestrutura das escolas onde trabalham, em muitas há falta de equipamentos tecnológicos necessários para garantir um aprendizado de todos, e para o professor ou professora de artes essas limitações podem contribuir para a falta de acessibilidade e inclusão de seus alunos para com algumas obras.

Afim de afunilar as dificuldades e tornar a arte ainda mais inclusiva é necessário pensar em possibilidades, fazendo das novas tecnologias meio norteador, para solucionar ou pelo menos diminuir essas limitações.

Fotografia: Diário de Yucatán


Acesso e inclusão

Conhecer obras e seus autores hoje é dia é bem mais simples. Graças aos avanços tecnológicos, visitas a museus online tem se tornado uma forma acessível e barata de ter uma experiência com expressões artísticas. Permitir aos alunos trabalho com fotografias visto que muitos possuem seus próprios celulares também garantem mais contato com a arte. Mas enquanto a inclusão de PCD's (pessoas com deficiência)? Como podemos garantir uma experiência completa a alunos que possuam algum tipo de deficiência? Especialmente deficiência visual? Estar em contato com quadros e esculturas ainda se mostram experiências inviáveis, ou será que os aterfatos tecnológicos abrem espaço para esse público democratizando arte e cultura?

Fotografia: Madalena soares


Um novo olhar, novas possibilidades

Fotografia: Cristiano Santana


Em 2018, a thougthworks juntamente com artista plástica Leonora Rosenfield desenvolveram a exposição "Relevo" na cidade de Porto Alegre. A exposição contou com interpretações novas de obras apresentadas em anos anteriores na Bienal do Mercosul. Essas novas interpretações utilizando o relevo e textura ajudaram a propiciar uma experiência sensorial, permitindo dessa forma, que pessoas com deficiência visual pudessem aprecia-las e conhecelas através de outros sentidos. As obras foram desenvolvidas com uma técnica inédita chamada afresco sintético, criada por Leonora, que também interpretou as obras com as mesmas dimensões e cores originais para garantir uma compreensão da obra pelo toque. A experiência se tornou ainda mais completa devido a técnica da thougthworks, de desenvolver uma luva assistiva que possui a sensores de cor sendo capaz de traduzir as cores da obra em sons ou gravações ilustrativas das cores para PCD's que nunca tiveram nenhuma exposição as cores.

Fotografias: Cristiano Santana


Prática, em sala de aula

Arquivo pessoal: Santiago Lemos

Arquivo pessoal: Santiago Lemos

Visualizando ações inclusivas aplicadas em sala de aula, o professor de artes visuais Santiago Lemos fez uma importante ação para os alunos cegos do centro de habilitação e apoio ao deficiente visual (CEBRAV) em Goiânia. O professor teve a ideia de modelar as imagens em um computador fazendo a impressão tridimensional de réplicas de monumentos, auxiliando aos seus alunos a identificarem as obras citadas nas aulas.


Para refletir... Tanto para artistas quanto para professores, pensar em arte alcançado os mais diversos públicos é tarefa fundamental, pensar possibilidades e fazer uso das tecnologias para facilitar e democratizar o acesso é a arte é para além de uma tarefa especial, um dever.

Créditos Edição e texto: Mahara Porto Fontes: Exposição "O relevo" <https://lenorarosenfield.com/exposicoes/o-relevo-2018/> "Professor usa tecnologia 3D para ensinar artes a alunos com deficiência visual" <https://site.educacao.go.gov.br/noticias/1154-professor-usa-tecnologia-3d-para-ensinarartes-a-alunos-com-deficiencia-visual.html>


AS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TDIC) NA EDUCAÇÃO E AS METODOLOGIAS ATIVAS PARA APRENDIZAGEM POR RODRIGO LUCENA


A UTILIZAÇÃO DAS TDIC PARA A EDUCAÇÃO As TDIC são “tecnologias digitais de informação

e

como

(as) usando essas novas tecnologias

celulares,

como mediadores da formação de

notebook e os mais variados recursos

conhecimento.oAs tecnologias e as

digitais. Nas últimas décadas está em

mídias digitais têm entre as suas

constante expansão entre os estudos e

funções

os

instrumento

computadores,

comunicação”

Sendo estimulados pelos professores

aplicativos,

aprimoramentos

desses

meios

na

educação mediador

educativas, artísticas e de comunicação

aprendizagem pelos discentes, sendo

utilizando-se

uma

onde

o

discente

é

o

ativas

principal

personagem da construção do seu saber.

série

de

realização

o

docente

metodologias

a

entre

visando proporcionar novas experiências de

e

como da

possibilidades

de

recursos didáticos úteis na obtenção do

objetivo

central

que

aprendizagem significativa.

é

a


ERA DIGITAL

A contemporaneidade é descrita como era digital onde o conhecimento e as tecnologias podem ser utilizadas como elo de ligação atrativa e facilitadora para aquisição de novas competências e habilidades ampliando as fontes de informações, trocas e interações sociais diversas em uma espaço de telepresença do indivíduo por essa TDIC. O corpo docente e a escola passam a ter na contemporaneidade a demanda de concretizar uma educação voltada para o letramento digital pois "com tantas mudanças sociais, a escola não pode esquivar-se da responsabilidade de preparar seus estudantes a lidarem com essa realidade. Pensando nas transformações ocorridas na maneira de aprender e considerando que, em muitos casos, parte do letramento tem ocorrido por meio digital, pode-se dizer que é necessário que a escola passe a se preocupar com a formação de leitores para esse novo meio.[...] é preciso que sejam oferecidas aos alunos práticas pedagógicas que demandem o letramento digital e também formem leitores autônomos.[...] a participação e colaboração do grupo (professores e alunos) são fundamentais para que o processo de ensino e aprendizagem ocorra de maneira satisfatória e para que esses novos gêneros emergentes possam ser trabalhados, compreendidos e desenvolvidos de maneira a contribuir para o conhecimento dos alunos."(KENSKI, 2021, pp.392-393)

É possível inferir que o processo de pandemia

de

covid-19

e

a

necessidade do ensino remoto emergencial( totalmente diferente da dinâmica da proposta EaD que possuem um planejada e uma elaborada própria) causou uma aplicação da utilização das TDIC na realidade escolar em todos os níveis de escolarização e de ensino entre as turmas do primário até os programas

de

pós-graduação.

Ocasionada

pela

urgência

prosseguir

com

as

de

práticas

educativas e o prolongamento do isolamento social.


AS PLATAFORMAS DIGITAIS COMO MEDIADORES PARA A APRENDIZAGEM Várias plataformas digitais podem auxiliar o professor(a) em sua prática docente com foco na realização do ensino

e

aprendizagem.

Vários

recursos e ferramentas podem ser amplamente utilizados objetivando a aquisição de experiências educativas proveitosas. Entre eles tem destaques o

google

meet

para

"Os educadores precisam compreender as especificidades desses equipamentos e suas melhores formas de utilização em projetos educacionais.[...]Saber utilizar adequadamente essas tecnologias para fins educacionais é uma nova exigência da sociedade atual em relação ao desempenho dos educadores.[...] É preciso saber aliar os objetivos de ensino com os suportes tecnológicos que melhor atendam a esses objetivos."(Gonçalves; Santos; Marchesan, 2021, pp. 4-5)

encontros

síncronos, o google sala de aula para exposição

de

material

diverso

e

compartilhamento de informações e o

AVA

-Ambiente

Virtual

de

Aprendizagem que é muito usual em proposta de ensino EaD( educação a distância)

que

também

possui

estratégias múltiplas de atividades e/ou

interações

síncronas.

assíncronas

e

Sites, blogs e canais do youtube estão em constante expansão oferecendo conteúdos

educativos,

eventos

acadêmicos como palestras, oficinas e conferências.Proporcionando interação

social

entre

uma

pessoas

de

diferentes localidades ampliando e tornando

o

conhecimento

mais

acessível, plural e inclusivo.Empresas de aplicativos e plataformas digitais avançaram

na

comercialização

criação de

e

recursos

na para

motivar a aprendizagem de crianças e jovens, criando muitas experiências recreativas, lúdicas e educativas.


PIRÂMIDE DE APRENDIZADO DE WILLIAM GLASSER O psiquiatra estadunidense William Glasser (1925-2013)

afirmava

humano

totalmente

é

que

nenhum

ser

desmotivado.

De

acordo com ele, somos aptos a aprender por meio

de

canais

intrínsecos.

Eles

estão

presentes em cada um de nós, pela liberdade pessoal diante do ato de estudar. É a partir deste conceito que ele propôs a Pirâmide da Aprendizagem, que defende que a aprendizagem assertiva, não se limita à memorização mecânica ou a técnicas com formas padronizadas de retenção.


CARACTERÍSTICAS DAS METODOLOGIAS ATIVAS DE APRENDIZAGEM A partir das metodologias ativas, as práticas pedagógicas são organizadas com o intuito de induzir o estudante a participar do seu processo de aprendizagem. Além do mais, essas metodologias estimulam a resolução de problemas práticos, contribuindo para o desenvolvimento de competências, como pensamento crítico. Trazendo assim mais

autonomia

independência.

aos

Sendo

estudantes, assim,

a

responsabilidade, metodologias

trabalho

ativas

em

contribuem

equipe

e

para

o

desenvolvimento da dimensão cognitiva quando socioemocional dos estudantes. Aprendendo a expor suas opiniões e a respeitar pensamentos diferentes.

BENEFÍCIOS


“NÃO SE DÁ O PEIXE. É PRECISO ENSINAR A PESCAR.” ENSINO HÍBRIDO A união do ensino tradicional e presencial com o ensino de educação a distância (EAD), o uso de tecnologia no ensino facilita o contato do aluno com o conhecimento, proporcionando aos estudantes busque fontes, informações e dados online de maneira rápida, com a finalidade de complementar o que foi apresentando em sala de aula.

STORYTELLING Também denominada de contação de histórias, é uma metodologia de aprendizagem ativa de grande utilidade para graduação. Afinal, construir narrativas é parte de um processo de memorização inerente ao ser humano. Para aplicar essa metodologia em sala de aula, recomendamos não apenas que os professores(as) usem narrativas para explicar seus conteúdos. Mas, principalmente, que eles proponham aos alunos criar narrativas sobre determinado tema que está sendo explorado em sala, por exemplo. Assim, os discentes participam como criadores e contadores de histórias, e não apenas meros ouvintes.

GAMIFICAÇÃO É uma estratégia de aprendizagem em que orienta a utilização de elementos de jogos para engajar os alunos em uma experiência de aprendizagem. O objetivo da gamificação é trazer a experiência dos jogos para o ensino. Com o principal ponto dessa metodologia é fazer com que os alunos entrem em uma competição saudável, estimulando o pensamento “fora da caixa” e a motivação e a dedicação para o estudo. Curiosidades : Há pesquisas que indicam que pessoas de todas as idades ao redor do mundo passam mais de 3 bilhões de horas semanais jogando. Jogar é prazeroso, é divertido e estimula o prazer e as capacidades intelectuais. Assim, por que não investigar como as características presentes em jogos podem auxiliar também no processo educativo?


"ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO, MAS CRIAR AS POSSIBILIDADES PARA A SUA PRÓPRIA PRODUÇÃO E/OU A SUA CONSTRUÇÃO."( PAULO FREIRE) SALA DE AULA INVERTIDA

Consiste na inversão do modelo tradicional. Dessa maneira os alunos devem ler o conteúdo em casa e o encontro em sala de aula é dedicado a discussões e resolução de questões. Promovendo a dinamização do ensino uma vez que diminui a quantidade de aulas expositivas e teóricas. APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (PBL)

É um método que estimula o aprendiz a resolver problemas, ou seja, encontrar uma solução inovadora para um problema real da comunidade em que está inserido. Os aprendizes realizam devem fazer um trabalho de investigação e cheguem a soluções possíveis para o problema apresentado pelo professor. E além disso, descubram o próprio problema e a solução. Consegue ver a diferença? Sabe o ditado O PBL faz isso: mostra o caminho, apresenta os recursos que os aprendizes irão precisar e deixa livre para que a solução seja encontrada.

Curiosidade: Na ideia tradicional, os professores levam problemas a serem discutidos em sala de aula, e em algum momento apresenta a “resposta correta”.


APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS

“A boa educação é aquela em que o professor pede para que seus alunos pensem e se dediquem a promover um diálogo para promover a compreensão e o crescimento dos estudantes” (William Glasser)

O professor(a) deve propor um projeto p r á t i c o a o s a l u n o s. E s s e p r o j e t o d e v e e s t a r relacionado às possíveis vivências que os e s t u d a n t e s e n f r e n t a r ã o p r o f i s s i o n a l m e n te n a á r e a . E p a r a q u e e s s a m e to d o l o g i a s e j a aplicada corretamente, o professor(a) deve atuar como orientador e observar o d e s e n v o l v i m e n t o d o s a l u n o s . O s d i s c e n te s , por sua vez, devem elaborar planos de a ç õ e s p a r a o s p r o j e t o s , e x e c u tá - l o s e demonstrar seus resultados alcançados

Possível roteiro de questões norteadoras para utilização dessa metodologia:

CONTATOS

Facebook: Rodrigo Lucena Instagram: rsl_lucena E-mail: rodrigo.silva.paulista@gmail.com

AUTOR

REFERÊNCIAS

Rodrigo Silva Lucena

Mestrando

da

A PIRÂMIDE DE APRENDIZAGEM DE WILLIAM GLASSER.CESD - Centro Síndrome de Down.

linha

história e teoria da arte no Programa de PósGraduação

em

Visuais

Escola

na

Artes de

Belas Artes (EBA/UFBA).

Disponível

em:

https://www.cesdcampinas.org.br/a-piramide-de-aprendizagem-de-

williamglasser#:~:text=O%20psiquiatra%20americano%20William%20Glasser,os%20conceitos%20 ap%C3%B3s%20a%20aula Acesso em 2 de março de 2022. Conheça 8 tipos de metodologias ativas para desenvolver na IES.Publicado em 14 de maio de 2021 na Educação Saraiva.Disponível em: https://blog.saraivaeducacao.com.br/tipos-de-metodologiasativas/. Acesso em 25 de fev. de 2022. GAROFALO. Débora. Como as metodologias ativas favorecem o aprendizado.Publicado em 25 de junho de 2018. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/11897/como-asmetodologias-ativas-favorecem-o-aprendizado Acesso em 25 de vefereiro de 2022. GONÇALVES. Angélica Ilha. SANTOS.Guilherme da Silva dos. MARCHESAN.Maria Tereza Nunes.O

Ator,Historiador formado pela UFRB onde atualmente é discente da Licenciatura em

Hipertexto e a não linearidade textual como agente facilitador da aprendizagem.In;SIGNORevista do Curso de Letras e da Pós-Graduação em Letras. Santa Cruz do Sul, v. 37 n.62, p. 381-395, jan.-jun., 2012.Disponível em: http://online.unisc.br/seer/index.php/signo/index. Acesso em 20 de

Artes Visuais (CAHL/UFRB). Integrante dos

julho de 2021.

seguintes

KENSKI. Vani Moreira. Aprendizagem mediada pela tecnologia. In: Revista Diálogo Educacional.

grupos:

Áfricas

nas

Artes

e

História e Memória da Educação Brasileira( HIMEB/UFRB).

Curitiba,

v.

4,

n.10,

p.47-56,

set./dez.

2003.Disponível

em:

https://periodicos.pucpr.br/index.php/dialogoeducacional/article/view/6419/6323. Acesso em 18 de setembro de 2021. Quais as principais características das Metodologias Ativas? SWA Sistemas.Disponível em: https://www.swa.com.br/blog/quais-as-principais-caracteristicas-das-metodologias-ativas/ Acesso em 25 de fevereiro de 2022.



Centro de

Artes, Humanidades e Letras


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