As principais tendências em infraestrutura de data centers – Parte 1
A Huawei realizou recentemente uma conferência mundial em que apresentou as tendências em infraestrutura de data centers para o ano. Esta primeira parte do artigo resume os cinco principais pontos do estudo.
MERCADO 18
Guia de mini data centers
Com a crescente digitalização dos dados e a necessidade de aplicações de borda (edge data centers), as empresas buscam soluções pré-fabricadas de rápida implantação, com segurança e confiabilidade.
SERVIÇO
Expo ISP deve reunir mais de 15 mil visitantes em Olinda
O evento acontece entre os dias 8 e 10 de maio no Centro de Convenções de Pernambuco, que será palco de palestras técnicas e comerciais sobre as principais tendências do mercado de provedores regionais.
ESPECIAL 32
Robôs colaborativos na manutenção de redes de fibra
óptica
Com uma abordagem eficiente e segura para a inspeção em locais de difícil acesso, os robôs colaborativos (Cobots) podem trabalhar em conjunto com técnicos humanos para melhorar a eficiência e a precisão das operações de manutenção.
AUTOMAÇÃO
Próximos avanços em coerência integrada de alto
desempenho
Os motores ópticos de alto desempenho incorporados em transponders têm uma função contínua em redes submarinas e de longa distância, que demandam maximização de eficiência espectral e elevada capacidade da fibra.
FOTÔNICA
Guia de aplicação do medidor de potência óptica (OPM)
Os medidores de potência óptica auxiliam instaladores a medir a qualidade do sinal da rede com precisão e confiabilidade. Sua utilização, porém, demanda conhecimento técnico para que os testes sejam realizados de forma correta.
FIBRA ÓPTICA
Testes de cabeamento em data centers
Existem diferentes fatores a serem considerados nos testes de cabeamento de data centers, que variam conforme a área funcional dessas instalações. Compreender o que testar em cada uma das áreas é fundamental para assegurar a capacidade da rede. INFRAESTRUTURA
Ano 25 - Nº - 288 Maio de 2024
Capa: Helio Bettega Fotos: Deposit Photos e Shutterstock
opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI, podendo mesmo ser contrárias a estas.
DESTAQUES
SEÇÕES
Editorial 4 Informações 6 Em Rede 54 Interface 56 Segurança 60 Produtos 62 Publicações 65 Índice de anunciantes65 ISP em Foco 66
As
28
34
40
44
48
EDITORIAL
s data centers modulares e pré-fabricados estão se tornando uma solução cada vez mais atraente no mundo da tecnologia da informação. Com a crescente demanda por processamento de dados, impulsionada pelo 5G e tecnologias como IA – Inteligência Artificial e aprendizado de máquina, as infraestruturas flexíveis e escaláveis são uma alternativa eficiente aos modelos tradicionais de construção.
Como mostra o artigo que começa na página 18, que faz uma análise sobre as principais tendências do mercado para este ano, 99% dos operadores de data centers corporativos consideram as soluções pré-fabricadas como parte de suas futuras estratégias. Um ambiente de missão crítica com 200 racks, por exemplo, leva em média 24 meses para ficar pronto. Em contrapartida, a concepção modular pode ser executada em cerca de 10 meses.
Problemas na cadeia de suprimentos, profissionais insuficientes e falta de experiência constituem gargalos na construção de data centers. As empresas precisam recorrer à subcontratação de vários fornecedores de produtos, dificultando a garantia da qualidade como um todo da instalação. Com o amadurecimento de tecnologias, a pré-fabricação permite processos simplificados e rápidos: a engenharia civil mais complicada e a engenharia elétrica e mecânica são resolvidas já na fábrica, aproveitando a qualificação da mão de obra dos fornecedores e sua visão holística da obra.
A solução compacta e modular se destaca não apenas para aplicações corporativas e hyperscale, mas também para proteção de equipamentos em redes externas, como shelters e gabinetes para soluções de transporte óptico e 5G, que precisam de uma infraestrutura completa de energia, refrigeração e monitoramento para abrigar e proteger os equipamentos em localidades remotas e condições ambientais adversas.
Além da velocidade de implantação, os data centers modulares permitem expansões rápidas e eficientes, sendo ideais para operações que preveem crescimento futuro ou têm necessidades de capacidade variáveis. São flexíveis em termos de localização e podem ser empilháveis, superando limitações de espaço e condições de construção. Também são projetados para serem mais eficientes em termos energéticos, com menor impacto ao meio ambiente.
À medida que as empresas continuam a buscar soluções que atendam às suas necessidades dinâmicas, espera-se que a adoção desses data centers continue a crescer nos próximos anos. Por isto, também nesta edição, publicamos um guia de fornecedores de mini data centers, que incluem as versões compactas em contêiner e em rack, totalmente prontas para instalação. O levantamento pode ser conferido na página 28.
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RTI - Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de RTI Redes, e Instalações, revista de
RTI - Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de RTI Redes, e Instalações, revista de revista de comunicação, é comunicação, comunicação, é comunicação, uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Técnica Cultural Ltda. Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Técnica Cultural Ltda. Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Publicidade, Circulação e Correspondência: Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Publicidade, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 01155-900 São Paulo SP Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 inforti@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br
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ISSN
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1808-3544
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expansão das infovias digitais e das redes 5G, aliada ao avanço do processamento de borda (edge computing), representa um vasto potencial de mercado no Brasil. Inspirada por essa oportunidade, a ALGcom, fabricante brasileira de infraestrutura de telecomunicações com sede em Caxias do Sul, RS, está ampliando o segmento de atuação com o desenvolvimento e produção de shelters data centers e soluções modulares em contêiner, além de gabinetes inteligentes para OpenRAN e SLS – Street Level Service, todos já prontos para instalação e capazes de oferecer elevada eficiência energética, durabilidade e resistência à corrosão e intempéries. Para impulsionar esse novo empreendimento, a ALGcom fechou uma parceria estratégica com a alemã Rittal, empresa especializada em sistemas para painéis elétricos, distribuição de energia, climatização e infraestrutura de TI, com plantas fabris em três continentes e 65 subsidiárias.
o mercado local e 62 países. Há cerca de oito anos passou a comercializar gabinetes outdoor e, no início de 2023, introduziu os shelters de maior porte e já equipados para atender ao setor ferroviário, que buscava soluções de alta confiabilidade para proteger os sensores e equipamentos eletrônicos de sinalização posicionados ao longo dos trilhos.
“Quando um cliente de uma operadora por acaso conheceu o projeto, ele gostou tanto que nos encomendou um modelo semelhante”, conta Gerhardt. A empresa resolveu então adaptar a solução, com ajustes principalmente com relação à climatização e controle de temperatura, e lançar a linha para todo o mercado de telecom. “Já tínhamos 95% do que seria necessário para o desenvolvimento, ou seja, a expertise, as máquinas e o supply chain da cadeia produtiva, incluindo as vedações, revestimentos e elementos de fixação. A transição foi um processo natural”, conta o executivo.
oferece maior flexibilidade, escalabilidade e agilidade na entrega. Com 2 a 8 racks, a solução é projetada e instalada no prazo de 90 a 120 dias. “Futuramente, caso o cliente mude de endereço, o data center pode ser transferido para uma filial ou mesmo revendido. É um investimento que não se perde. O contêiner não oxida nem envelhece, podendo durar até 30 anos”, diz.
A ALGcom tem como foco o mercado de provedores de Internet, operadoras e empresas de torres de celular (torreiras), responsáveis por construir a infraestrutura de 5G. “Atualmente, o gargalo das redes metropolitanas do Brasil não está na rede de fibra óptica. Está na distância do data center até o usuário. Quem mora nas extremidades do país experimenta uma navegação muito mais lenta ao acessar uma nuvem. Então todo provedor regional de grande porte em algum momento precisará investir em processamento de borda para melhorar a qualidade de experiência de seus assinantes”, diz o CTO. O produto
“Todo o recheio do data center é da Rittal, como os dispositivos de IoT –Internet das Coisas, controle de acesso, telemetria e climatização. Mas o projeto, fabricação dos shelters e módulos e integração da solução são de nossa responsabilidade. Estamos entregando um produto 100% normatizado no segmento”, diz Lissandro Gerhardt, CTO da ALGcom. A empresa brasileira conta com 90 colaboradores, engenharia própria e produção totalmente verticalizada em sua planta industrial de 4000 m2, incluindo a chaparia, o que permite realizar as customizações das estruturas metálicas de forma ágil e precisa. Fundada há 20 anos, a ALGcom produz antenas ponto a ponto para rádios micro-ondas (carro-chefe), retificadores e conversores de energia para
A aposta deu certo e logo a ALGcom recebeu a encomenda de sete shelters de 3 x 3 m que abrigam as estações amplificadoras de um novo backbone óptico de uma infovia no Norte do país. Denominado IDC - Internet Data Center, o produto é customizado de acordo com a demanda do cliente, mas há modelos padronizados, com dimensões de 1,5 x 1,5 m a 6 x 6 m, e fornecidos com controle de acesso, racks de TI, ar-condicionado de precisão com redundância, telemetria, controle de incêndio, câmeras externas de vigilância e quadros de distribuição de energia e de transferência para gerador (QTA).
Além do shelter IDC, a empresa está desenvolvendo e irá lançar no segundo semestre versões maiores e modularizadas em contêineres de 4, 6 até 12 metros. “Como temos uma expertise de muitos anos na fabricação de racks e gabinetes, nós desenvolvemos um sistema exclusivo de montagem a um custo bem atrativo”, diz.
Além dos custos até 50% inferiores aos do modelo convencional em alvenaria, o contêiner pré-fabricado
da ALGcom atenderá as empresas que demandam data centers em compliance com Tier III e Tier IV.
Também no roadmap de lançamentos para o segundo semestre está o Smart Cabinet OpenRAN , um gabinete outdoor inteligente com capacidade de suportar maior densidade energética sem aumentar o consumo de energia, pois estes vêm equipados com trocadores de calor (air exchange) no lugar do ar-condicionado. Tal gabinete,
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INFORMAÇÕES
associado às novas PSUs - Power Supply Units, permitirá que as operadoras priorizem a alimentação dos equipamentos ativos, promovendo um melhor gerenciamento energético durante eventos de falta de energia CA e resultando em autonomia de backup de 4 a 6 horas. Por outro lado, os equipamentos internos, como os switches, OLTs, e servidores, deverão suportar temperaturas de até 55°C.
“O 5G trouxe algumas mudanças bem marcantes em termos de infraestrutura. O gasto energético é menor por bit enviado até o usuário final, porém o processamento e o throughput são mais elevados. Então o consumo energético será bem maior”, diz. Na topologia OpenRAN os rádios ficam na torre e não dentro do gabinete. Mesmo assim, não é possível reduzir seu tamanho porque a estrutura precisa abrigar a retificadora de grande porte e as baterias de lítio. Todos os parâmetros físicos do gabinete, como temperatura interna e externa, umidade, pressão, autonomia da bateria e consumo, podem ser monitorados e analisados por meio de inteligência artificial (IA). “Durante um evento de falta de energia prolongada, se o consumo das baterias aumentar significativamente, o servidor no gabinete ajusta os padrões de operação dos rádios, priorizando a conectividade com os usuários para manter serviços essenciais e desativar serviços de navegação não essenciais”, explica o CTO. Essas alterações visam garantir uma gestão eficiente da energia e a continuidade dos serviços em situações críticas, demonstrando a adaptação das infraestruturas às demandas cada vez mais complexas das redes de telecomunicações.
ALGcom – Tel. (54) 3201-1903 Site: https://algcom.com.br/
de telefonia móvel 4G e 5G das MVNOs –operadoras móveis virtuais. “Queremos fazer tudo integrado para que o provedor de Internet possa oferecer novos serviços aos assinantes, aumentar o tíquete e se diferenciar no mercado”, diz o diretor de Marketing e novos negócios, Antônio Gallo.
A aposta da OléTV nas redes móveis tem como motivação a esperada revisão do PGMC - Plano Geral de Metas de Competição e do RUE - Regulamento de Uso do Espectro, que deverá ampliar o acesso ao espectro de radiofrequências a pequenas empresas como é o caso dos provedores atuando como MVNOs. A consulta pública pela Anatel foi encerrada no dia 11 de abril e em breve a regulamentação será divulgada. O PGMC quer repetir na telefonia celular o sucesso da competição na banda larga fixa, com regras diferenciadas aos prestadores de pequeno porte, incluindo o roaming nacional e garantias ao uso de espectro secundário. A título de exemplo, há 10 anos, quando o PGMC entrou em vigor, o mercado de Internet era extremamente concentrado nas grandes operadoras. Mas, graças às suas medidas, hoje existem mais de 20 mil empresas com oferta de fibra óptica.
“Onde tiver a melhor rede, o nosso parceiro provedor poderá ofertá-la”, diz. Presente em 25 estados brasileiros, a OléTV oferece uma plataforma completa de mídia, desenvolvida com tecnologia 100% nacional e proprietária, permitindo aos provedores ofertar combos de Internet com mais de 140 canais de TV por assinatura, filmes e séries com mais de 4000 horas inclusos no pacote, além de programação ao vivo, programas e filmes on demand. Associada e premiada pela Associação Neo, possui a certificação Google Widevine DRM, que a habilita a fornecer a segurança exigida pelos estúdios e a fazer a transmissão em alta resolução conforme as exigências de grandes empresas, tais como Discovery, Disney, ESPN, HBO, Warner e AMC.
Na avaliação do diretor, o DNA de desenvolvimento voltado para uma solução fim a fim, com infraestrutura e softwares próprios, transporte de dados e CDNs pública e privada, aplicativos em todas as plataformas para entrega de conteúdo, garante à empresa a flexibilidade de trazer inovações para o setor, com redução de custos operacionais, alta disponibilidade dos serviços e independência na gestão da operação.
OléTV, techmedia brasileira 100% independente que fornece soluções de TV ao vivo, streaming e VOD – video on demand, fundada em 2016 em Florianópolis, SC, está trabalhando na integração de seu sistema com a plataforma
Com as condições mais competitivas previstas pelo PGMC, o próprio provedor poderá criar sua rede celular, em uma cidade pequena ou microrregião, usando o espectro secundário a ser liberado. Além de ajudar na retenção do cliente, o serviço móvel entrará na composição da oferta de serviços e o provedor terá condições de entregar conteúdo de vídeo em qualquer rede (e não apenas pela fibra óptica). “Quando uma empresa fornece um serviço de qualidade, é mais fácil ampliar a gama de produtos porque ela já conquistou a confiança do cliente. Estamos enxergando esse mercado como uma nova opção de atuação”, afirma Gallo. Para facilitar esse processo, a OléTV também será uma credenciada MVNO junto a todas as operadoras de telefonia móvel (multirrede).
Os pacotes são oferecidos em versões básicas (canais abertos, locais e obrigatórios), com custo por assinante, e premium, com acesso a canais internacionais, em que o resultado é dividido entre o provedor e a OléTV. A empresa comercializa a plataforma completa (infraestrutura + programação) ou somente a infraestrutura, em que o próprio provedor contrata o conteúdo com as programadoras. “O nosso parceiro pode montar pacotes com os canais que o assinante realmente vai usar e oferecer o streaming como SVA –serviço de valor agregado, trazendo benefícios fiscais e retenção na base do assinante”, finaliza o diretor.
OléTV – Tel. (48) 4042-6262 Site: www.ole.tv.br
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INFORMAÇÕES
UFCA - Universidade Federal do Cariri lançou, no dia 5 de abril, o PTT - Ponto de Troca de Tráfego Cariri Lourival Santana, que será instalado no bloco A do campus Juazeiro do Norte, CE. Acredita-se que, até junho de 2024, todo o projeto esteja concluído e em pleno funcionamento, proporcionando maior conectividade e proximidade entre os servidores de conteúdo, como Google, Netflix, Globoplay, entre outros, e os usuários de Internet.
O Cariri, no sul do Ceará, a cerca de 600 km de distância de Fortaleza, dispõe de 35 AS - Sistemas Autônomos. O novo PTT conectará, inicialmente, os AS presentes na região. Espera-se que sua implantação resolva o atraso na troca de informações e possibilite que servidores em outros estados (como Paraíba, Pernambuco e Piauí) também sejam positivamente impactados. Uma outra vantagem é a redução de custos para todos os que hoje precisam pagar para alcançar o IX-Fortaleza ou IX-São Paulo.
Em dezembro de 2022, o Programa Eficiência da Universidade Federal do Cariri, coordenado pelo professor Roberto Ramos, estudava a criação de um Ponto de Troca de Tráfego para a região, e antes do início da elaboração do plano de trabalho do PTT-Cariri, o projeto foi apresentado para um grupo de provedores de Internet da região do Cariri, liderado por Marília Correa Amaro e Priscila Correa Amaro Porto, proprietárias da Iknet, de Barbalha, CE, e Elgton Lucena, proprietário da Link Cariri, com sede em Juazeiro do Norte, integrantes do comitê gestor do PTT Cariri.
Depois disso, foi criado um Grupo Técnico de Trabalho, que incluiu representantes da Reitoria da UFCA, de professores do Curso de Ciência da Computação, técnicos da Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI/UFCA) e do Centro Regional de Inovação e Empreendedorismo (Crie), além dos provedores que atuam no Cariri.
O projeto PTT Cariri, iniciado em janeiro de 2023, teve apoio da emenda
do deputado estadual Fernando Santana (PT), de R$ 250 mil, usado para a implementação da infraestrutura física e compra de equipamentos que ficarão instalados no data center da UFCA. Em homenagem, o projeto recebeu o nome do avô do parlamentar, Lourival Santana. Marília Amaro, da Iknet, destacou a importância do projeto. “Para a Internet funcionar de maneira eficiente, é necessário estar conectado aos servidores de conteúdo. No entanto, muitos desses servidores não estão fisicamente próximos dos usuários no Cariri, o que pode resultar em uma conexão de baixa qualidade devido à distância. O PTT Cariri resolverá esse problema, aproximando esses servidores de conteúdo dos usuários, o que resultará em uma Internet de maior qualidade e uma experiência aprimorada para todos”.
Além disso, a existência do PTT Cariri é de grande importância para a região, pois atualmente a conectividade depende principalmente das fibras do cinturão digital, e qualquer problema nessas fibras poderia deixar o Cariri desconectado. “Com o PTT Cariri, mesmo em situações em que a conexão tradicional seja interrompida, os usuários locais continuarão conectados, o que beneficia toda a sociedade, especialmente aquelas famílias que dependem da Internet para a educação e trabalho remoto. Por isso convidamos todos os provedores da região a se unirem a essa iniciativa para melhorar a conectividade na região e tornar o Projeto PTT Cariri um grande sucesso”, disse.
Para Thiago Bessa, professor do Centro de Ciências e Tecnologia (CCT/ UFCA), os provedores são parceiros fundamentais. “Eles vão conectar suas fibras ópticas ao PTT e então promover o tráfego, além de manter financeiramente as pesquisas científicas que serão ali desenvolvidas com bolsas para os alunos e pesquisadores, além de manter a manutenção e atualização dos equipamentos”, destacou.
Atualmente o projeto tem apoio do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece); da Prefeitura de Barbalha; e da Fundação de Apoio a Serviços Técnicos, Ensino e Fomento a Pesquisas (Astef). Os parceiros do projeto também contribuirão com um valor mensal para manter a infraestrutura necessária funcionando. Espera-se ainda que a iniciativa possa ser replicada por outras universidades do país, por meio de termos de cooperação técnica e transferência de conhecimento, apoiados pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) –vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PRPI/ UFCA).
UFCA – Tel. (88) 3221-9200 Site: https://ufca.edu.br
pós mais de dois anos de pesquisa e desenvolvimento, o Grupo Itnet lançou no dia 3 de abril o início das operações da Braz Móvel, com foco nos mercados de telefonia móvel e provedores de Internet.
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A Braz Móvel é uma MVNO - operadora móvel virtual que comercializará os serviços de telefonia e Internet móvel por meio da infraestrutura da Vivo, com cerca de 90% da população coberta com 4.5G, além da expansão de sua rede 5G, hoje presente em 178 cidades, com 47% da população coberta.
“Vamos fazer a venda de pacotes de dados e telefonia móvel, além de cuidar da experiência do usuário e relacionamento com os clientes, enquanto a Vivo fornece os serviços móveis através de sua ampla infraestrutura e cobertura”, explica Thadeu Campos, diretor de operações comerciais do Grupo Itnet.
Segundo ele, a Braz Móvel vai atuar em três frentes: usuário final, que vai comprar o chip da Braz onde estiver, assinantes dos serviços do Grupo Itnet; e provedores de Internet de todo o Brasil. “Os provedores poderão adquirir mais um serviço de qualidade para disponibilizar aos seus clientes, em qualquer lugar”, afirma.
De acordo com dados da AnatelAgência Nacional de Telecomunicações, o setor de telecom tem mais de 250 milhões de linhas móveis no Brasil, mas a taxa de rotatividade é de quase 50%, ou seja, cerca de metade dos clientes trocam de operadora todo ano por insatisfação.
“A Braz chega ao mercado com esse propósito, de ter um preço alinhado com o de grandes operadoras, mas
apostando firmemente numa experiência diferenciada para o consumidor”, declara Jamyson Machado Gois, CEO do Grupo Itnet e idealizador da Braz Móvel.
“É mais um grande passo para o grupo, assim como foi no início, há mais de 20 anos, com o lançamento da Itnet e, mais recentemente, com a criação da ITTV”, diz ele, se referindo às empresas que compõem o grupo - Itnet Telecom e ITTV, a primeira plataforma de streaming de canais de TV por assinatura do Brasil. Com a experiência da ITTV, hoje presente em 25 estados, a intenção do Grupo Itnet é levar a Braz Móvel para todo o país. “Vamos começar a operar em abril com um grupo de cerca de 1000 clientes, para testar o produto, avaliar, ver o feedback etc. Mas já temos uma lista de espera grande, graças aos provedores parceiros. A intenção é expandir a Braz por todo o Brasil”, conclui.
Para a Vivo, seguindo seu propósito de “Digitalizar para Aproximar”, a parceria com o Grupo Itnet é estratégica aos negócios da companhia, pois amplia o acesso da população a uma conectividade de excelência. “Atuamos muito próximos ao Grupo Itnet, bem como a outros provedores de Internet, potencializando o uso de suas capacidades em redes fixa e móvel, digitalizando suas operações e ampliando as ofertas aos clientes e empresas, com um robusto portfólio digital”, pontua Ricardo Pedreti, diretor de Atacado da Vivo.
Braz Móvel – Site: www.brazmovel.com.br
Telium Networks, empresa brasileira com duas décadas de atuação no mercado corporativo e de provedores, continua a expandir sua presença no setor de telecomunicações, com crescimento na faixa de 20% a 22% ao ano. “E 2024 também começou forte”, disse o diretor comercial Denis Martinelli, durante o Telium Mindset Summit, encontro anual realizado pela empresa entre os dias 25 e 27 de março, em Atibaia, SP, reunindo
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aproximadamente 500 participantes, entre colaboradores, fornecedores e clientes.
Com uma rede óptica de 15 mil quilômetros na Grande São Paulo e Grande Porto Alegre, e cinco data centers localizados em São Paulo, Santos, Campinas, Porto
Alegre, Belo Horizonte, a empresa oferece uma ampla gama de serviços de segurança digital e conectividade, incluindo links dedicados, LAN to LAN, cloud connect e fibra apagada. A Telium atende mais de 650 provedores e 5500 clientes corporativos em
vários segmentos, como saúde, construção, empresas de games e agências de eventos. “Fornecemos links de Internet para todos os grandes eventos de São Paulo, teatros, shows e estádios”, disse o executivo.
Segundo ele, um dos motivos do sucesso em um mercado cada vez mais concorrido é a oferta de valor agregado para o cliente. “Vender somente link não é mais um diferencial. Por isso, fornecemos links com segurança, Wi-Fi, cloud, backup”, diz. Dessa forma, é possível aliviar a carga de trabalho dos CIOs. “Nós somos o braço direito deles. Ajudamos bastante nesse sentido”, afirmou.
Nesse cenário, vale destacar os serviços de segurança cibernética. A Telium constituiu uma equipe técnica e comercial robusta e estabeleceu uma parceria com a Fortinet para oferta de soluções integradas de firewall, configuração e gerenciamento a partir do seu SOC em São Paulo, podendo atender tanto o mercado corporativo quanto os provedores.
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Além disso, a Telium Distribuidora, lançada em dezembro do ano passado, complementa a oferta da empresa, permitindo o fornecimento direto de produtos para seus clientes, apoiados por depósitos em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, e abastecidos pelos parceiros Agora, para a linha da Huawei, e TD Synnex, para as soluções Fortinet. Essa opção também garante maior agilidade aos clientes, que podem implantar seus projetos com serviços e produtos a partir de um único fornecedor.
Telium – Tel. (11) 4003-5800
Site: www.telium.com.br
Qualifica Educação Móvel, plataforma de cursos online com sede em Belo Horizonte, MG, desenvolveu o Conecta SVA, um hub de SVAs – Serviços de Valor Agregado com foco em provedores de Internet regionais.
Assim, decidimos focar em desenvolver uma solução que atenda plenamente os provedores regionais”, explica Ricardo Drummond, CEO da Qualifica Educação Móvel.
Um de seus principais diferenciais é a possibilidade dos provedores de Internet adquirirem múltiplos aplicativos e serviços com uma única integração e análises centralizadas em uma mesma central de dados. O hub também oferece integração aos principais ERPs do mercado, o que diminui o tempo de implantação e lançamento dos produtos para os usuários.
Como forma de auxílio, o Conecta SVA conta com uma equipe de especialistas prontos para prestar orientação personalizada e suporte contínuo para os provedores de Internet regionais.
Qualifica Educação Móvel – Site: https:// www.qualifica.com.br/
Com a plataforma, a operadora tem disponível para oferecer a seus clientes desde cursos online para desenvolvimento pessoal e profissional a preparatórios para o ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio, ferramentas de segurança e antivírus, bem como aplicativos de música e streaming de vídeo.
“O hub nasceu para atender uma demanda de nossos mais de 250 clientes, que sempre questionavam sobre novos produtos e serviços.
Bilgi, com sede em Rio Claro, SP, oferece serviços de gerenciamento estratégico, BI – Business Intelligence e contact center para mercados como saúde, educação e provedores, esta última a principal vertical, com uma representação de cerca de 85% no negócio. O foco no setor de telecom está intrinsecamente ligado à origem da empresa. Seu fundador, Tiago Felisberto, atuou em companhias de software e na NR Conexões, provedor de Rio Claro. As experiências foram fundamentais para o início da Bilgi, em 2015.
“A empresa foi criada a partir de uma necessidade do nosso CEO em ser um prestador de serviços para a Sage, uma desenvolvedora de softwares. Durante um trabalho em um provedor, notamos uma lacuna no mercado de provedores no que tange a soluções de gerenciamento estratégico”, lembra Gabriela Viegas, diretora geral da Bilgi.
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Regiane
Avelar
Segundo ela, este é o serviço mais procurado pelos provedores. “Ele também funciona como uma espécie de propaganda para o BI, pois os dados precisam ser extraídos de forma correta para serem úteis”, afirma.
A Bilgi realiza um mapeamento da rotina da operadora, identificando pontos que possam auxiliar no crescimento e desenvolvimento do contratante. O processo envolve o levantamento de desafios internos e externos, metas e recursos disponíveis. Com base nessa análise, a consultoria desenvolve metas personalizadas e um plano de ação para enfrentar os obstáculos levantados. Já o BI, desenvolvido pela própria Bilgi com tecnologias como IA – Inteligência Artificial, big data e machine learning, ajuda na melhoria da eficiência operacional, redução de custos, aumento da receita e identificação de oportunidades de negócios. Ao analisar e consolidar informações de diversas fontes, o BI identifica padrões, tendências e correlações nos dados, fornecendo insights para a tomada de decisões.
“Conseguimos acessar o banco de dados, a depender do sistema, via API, e fazemos uma mineração para selecionar as informações mais relevantes. Se for preciso realizar um disparo diário em um horário fixo, criamos um robô para cumprir a tarefa. Tudo é desenvolvido pela Bilgi”, explica Gabriela.
Já o serviço de contact center teve início em janeiro de 2024 e faz parte de uma expansão planejada pela companhia. Em maio, durante a Expo ISP, a empresa planeja inaugurar sua unidade em Caruaru, PE. A sócia responsável pelo escritório tem experiência no setor e decidiu adicionar o produto ao portfólio.
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INFORMAÇÕES
No contact center, são disponibilizados um ou mais operadores, funcionários da própria Bilgi, que ficam alocados em São Paulo ou Caruaru. Os profissionais atuam como colaboradores do cliente, trabalhando em uma escala definida em contrato.
“O objetivo em 2024 é reforçar a marca Bilgi no mercado. A participação na Expo ISP será a nossa primeira ação nesse sentido”, projeta a diretora geral.
Bilgi – Tel. (11) 98369-2130 n Site: https://bilgi.netlify.app/home
Vero, empresa de telecomunicações oriunda da fusão entre a Americanet e a Vero, juntou-se com a Scala, companhia de dados e analytics do Grupo Stefanini, para desenvolver o Crystal Ball, uma plataforma que potencializa o processo de expansão de serviços digitais e banda larga para novas cidades com auxílio de IA – Inteligência Artificial e machine learning.
O projeto foi 100% concebido internamente em aproximadamente seis meses. Dados históricos, indicadores técnicos sobre telecomunicações e a aplicação prática ficaram por conta da Vero. Já a Scala, além da metodologia, agregou conhecimentos em IA e machine learning.
“A Vero amplia sua capacidade de expansão e melhora a eficiência operacional, enquanto a Scala demonstra expertise em novas tecnologias”, afirma Everaldo Biselli, diretor comercial da Scala.
No Crystal Ball, a IA é responsável por analisar grandes volumes de dados, identificar padrões e tendências, além de gerar insights sobre oportunidades de expansão. Já os algoritmos de machine learning possibilitam que a plataforma aprenda com dados históricos e ajuste seus modelos preditivos continuamente, melhorando a capacidade de prever quais áreas têm maior potencial para a expansão dos serviços da Vero.
A cidade de Cachoeirinha, RS, foi a primeira selecionada pela plataforma e passou a integrar as cidades atendidas pela Vero. Com a tecnologia, a operadora pode expandir o seu campo de atuação via indicadores preestabelecidos pelo Crystal Ball, segmentando oportunidades em grupos com diferentes possibilidades de avaliação. Por enquanto, não existem planos de disponibilizar a solução para outros provedores.
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“Temos superado indicadores de receita, volume de vendas e base de clientes previstos para Cachoeirinha. Já estamos com 40 projetos que iniciamos estudos para os próximos lançamentos”, finaliza José Carlos Rocha, COO da Vero.
Scala – Tel. (11) 3094-6000
Site: https://scalait.com/
NOTAS
Registro na CVM – O Grupo Alloha Fibra, provedor independente de fibra óptica, protocolou um pedido de registro de emissor junto à CVM - Comissão de Valores Mobiliários na categoria “A”. Com a concessão do registro pela CVM, a empresa estará habilitada a emitir e ofertar publicamente de forma mais ampla, valores mobiliários, tais como ações, debêntures e notas comerciais. Link: https://tinyurl.com/2nz3pemj.
Redes privadas – O CPQD firmou um acordo comercial com foco na solução C2n, core de rede convergente 4G/5G desenvolvido com o objetivo de facilitar a implantação de redes privadas e a oferta de serviços de acesso fixo sem fio (FWA, na sigla em inglês). A nova parceira é a CelPlan, empresa que há 31 anos atua na área de redes privadas em mercados de missão crítica, como energia e utilities, indústria, principalmente de transformação, e sistemas de transporte inteligente, que incluem trens, rodovias, portos e aeroportos. A união prevê a oferta do C2n como parte do portfólio de soluções da CelPlan nos mercados brasileiro e dos Estados Unidos e Chile, países em que a empresa também atua. Link: https://tinyurl.com/yus36dmz.
Malha óptica – A Blue Marine Telecom, empresa do Zmax Blue Ship Group, concluiu a instalação do tronco principal do sistema da Malha Óptica Submarina da Bacia de Santos, com mais de 800 km de cabos submarinos interligando as estações no Rio de Janeiro, RJ, com a de Santos, SP. Quando a instalação de todos os umbilicais ópticos entre este tronco principal e as 13 unidades de produção de óleo e gás offshore for concluída, estas passarão a contar com um sistema de alta capacidade, segurança e confiabilidade para comunicação e transmissão de dados. Link: https://tinyurl.com/5n7xrabu.
Data center – A EVEO, empresa com foco em private cloud, anunciou o lançamento da sua quarta região de infraestrutura de nuvem localizada no site da Ascenty em Fortaleza, CE, voltada a atender todo o Nordeste. A companhia tem como objetivo diminuir a latência e melhorar a experiência de seus mais de 700 clientes ativos. A organização também conta com outros três data centers independentes localizados no Sul e Sudeste do país que funcionam de forma interligada e protegida. Link: https://tinyurl.com/yc3mh6hx..
O melhor do Bits traz um resumo das principais notícias sobre o mercado publicadas no RTI in Bits, boletim semanal enviado por e-mail para os leitores de RTI. Mais notícias podem ser encontradas no site: https://www.arandanet.com.br/revista/rti/noticias.
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As principais tendências em infraestrutura de data centers – Parte 1
AHuawei apresentou recentemente as dez principais tendências em infraestrutura de data centers durante uma conferência global. No evento, Yao Quan, presidente do domínio de instalações de data center da empresa, definiu as três características dos futuros data centers: confiável, simplificado e sustentável.
computacional e maior desempenho para data centers, e fornece um forte impulso para a indústria.
A Huawei realizou recentemente uma conferência mundial em que apresentou as 10 tendências em infraestrutura de data centers para o ano. A seguir, publicamos os principais pontos do estudo que, devido à limitação de espaço na revista, será dividido em duas partes, com a continuação na próxima edição.
A seguir, publicamos o estudo que, devido à limitação de espaço, será dividido em duas partes, com a continuação na próxima edição. Mas o artigo original em inglês está disponível para download no link: bit.ly/3TVhrCX.
Introdução
A indústria de data centers está atualmente em um período especial de rápido desenvolvimento e mudanças tecnológicas. Enquanto as novas aplicações de IA – inteligência artificial estão a remodelar o mundo inteiro, levando conveniência para a sociedade, elas também trazem oportunidades e desafios. O crescimento explosivo da computação inteligente apresenta exigências de alto poder
Com o desenvolvimento das tecnologias digitais, os data centers têm feito notáveis progressos e avanços em termos de escala, arquitetura, tecnologias e gerenciamento. Além disso, o aumento dramático do poder da computação inteligente trouxe consigo mudanças que exigem confiabilidade, disponibilidade e economia. Ao mesmo tempo, a aplicação da tecnologia de IA em infraestruturas de data centers abriu mais possibilidades para a indústria em termos de inovação em operação e manutenção (O&M).
A seguir, serão detalhadas as tendências de 1 a 5. As seguintes (6 a 10) serão publicadas na próxima edição.
MERCADO 18 – RTI – MAI 2024
Huawei Digital Power
Tendência 1: Produtos e serviços profissionais de alta confiabilidade são a chave para garantir a operação segura e confiável do data center
O data center é a base física para dados massivos. É o principal recurso para o processamento de informações centralizadas, computação, armazenamento, transmissão, comutação e gerenciamento. No entanto, a confiabilidade e a segurança da infraestrutura do data center são sempre elos fracos. Um mecanismo de garantia abrangente de ponta a ponta é a base mais confiável para uma operação segura e estável durante seu ciclo de vida.
Produtos e serviços profissionais de alta confiabilidade são a chave para proteger a operação do data center
Cada data center é composto por dezenas de milhões de componentes diferentes. Para garantir alta confiabilidade e segurança, é necessário um mecanismo de garantia final de cadeia completa, que deve ser baseado na segurança do produto, design profissional e O&M.
O conceito de produto de alta confiabilidade inclui o projeto e fabricação confiáveis.
• Projeto confiável do produto: pode reduzir o impacto de acidentes ou até mesmo evitá-los. Tomemos como exemplo a bateria de lítio: o projeto do produto, incluindo a seleção da célula da bateria, montagem do módulo e conexão paralela entre o sistema de baterias, tudo afeta a segurança e a taxa de falhas de operação. Por exemplo, a célula de fosfato de ferro-lítio de alta confiabilidade pode reduzir significativamente o risco de incêndio da bateria, o que melhora o nível de segurança do sistema de backup de energia do data center.
• Fabricação confiável: o projeto determina o “gene” do produto. Para a maioria dos produtos com diversas peças, a fabricação desempenha um papel fundamental na qualidade do equipamento. Para garantir a consistência e confiabilidade do
produto, o impacto da incerteza (como a intervenção manual) deve ser minimizada e um sistema de controle de qualidade com autenticação e padronização no processo de fabricação deve ser construído. Por exemplo, na fase de fabricação, a linha de produção automática padrão pode reduzir problemas como baixa consistência. Além disso, a IA digital e tecnologias explícitas são utilizadas para monitorar os parâmetros dos equipamentos, de modo a identificar outros possíveis fatores de risco na fabricação, como soldagem inadequada, parafusos soltos, danos ao isolamento, vazamento de líquido. Portanto, a segurança e a confiabilidade podem ser garantidas desde a fase de fabricação.
Os serviços profissionais incluem implantação profissional e O&M profissional:
• Implantação profissional: a construção do data center é um trabalho profissional, incluindo instalação elétrica, comissionamento de equipamentos e implantação do sistema de refrigeração. A construção profissional e padronizada é fundamental para a qualidade da instalação. Por exemplo, medição de torque e resistência durante a instalação de equipamentos de distribuição de energia, instalação de baterias, soldagem de tubulações e a preservação da pressão no sistema de resfriamento exigem uma operação cuidadosa para garantir a qualidade. Além disso, as normas técnicas devem ser cumpridas para evitar riscos de segurança causados por operação fora do padrão.
• O&M profissional: é a proteção para o funcionamento confiável de data centers. Um bom trabalho de O&M requer processos, habilidades profissionais e planos bem estabelecidos para emergência. Dessa forma, situações anormais podem ser detectadas e tratadas em tempo hábil. A resposta rápida em caso de emergências pode reduzir o impacto e garantir a estabilidade a longo prazo dos data centers.
Somente produtos que cumpram rigorosamente o mecanismo de garantia de ponta a ponta podem garantir um ambiente seguro, estável, confiável e duradouro para a operação de data centers.
Tendência 2: Arquitetura de resfriamento distribuído se tornará uma melhor escolha
De acordo com uma pesquisa do Uptime Institute em 2023, os sistemas de refrigeração são responsáveis por 19% dos acidentes ou interrupções em data centers, tornando-os a segunda maior fonte de falha depois do sistema de fornecimento de energia e distribuição. Entre os principais fatores que definem a confiabilidade dos data centers, além da taxa de falhas dos dispositivos de refrigeração, o projeto de arquitetura é essencial.
Atualmente, a maioria dos grandes data centers adota o sistema centralizado de resfriamento, que consiste em sete subsistemas, incluindo o chiller, torre de resfriamento, tanque de água gelada, dispositivo de resfriamento, bomba de água de resfriamento, trocador de calor de placas e sistema de gerenciamento, envolvendo uma infinidade de equipamentos conectados através de centenas a milhares de metros de tubulações de água com vários adaptadores e válvulas. Como resultado, pontos de falha continuam assombrando o sistema. Quando ocorre uma falha, múltiplas salas de equipamentos ou edifícios no data center podem sofrer interrupções em grande escala, representando grandes desafios à estabilidade do serviço.
Nos últimos anos, os principais fornecedores de data centers em Hong Kong, Cingapura, Guangzhou e outras regiões da China foram questionados pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação local devido à falha do sistema centralizado de água gelada, que desencadeou avarias superiores a 10 horas, resultando em incidentes de segurança de nível 1. Enquanto isso, os serviços de vários sites e aplicativos foram interrompidos, trazendo grandes perdas econômicas. Em dezembro de 2022, ocorreu vazamento de água e entrada de ar na tubulação de resfriamento de um grande data center em Hong Kong,
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MERCADO
levando ao desligamento completo do chiller. O aumento da temperatura na sala de equipamentos desencadeou um incêndio como efeito secundário, com servidores parados por mais de 15 horas. Como consequência, os serviços de várias grandes empresas foram severamente afetados, trazendo prejuízos inestimáveis. No sul da China, ocorreu bloqueio de ar no sistema de água de resfriamento de um data center devido à falta de entrada de água e ar na tubulação principal. Como resultado, o sistema de refrigeração falhou e o resfriamento de todo o edifício foi interrompido. Em 2023, um grande provedor de serviços de data center em Cingapura não conseguiu iniciar o sistema de refrigeração devido à atualização inadequada de software e otimização do chiller. Como resultado, muitos servidores quebraram devido ao excesso de temperatura e os serviços foram interrompidos.
Com subsistemas independentes, a arquitetura de refrigeração distribuída tem melhor desempenho em termos de confiabilidade.
O sistema de refrigeração distribuída possui uma arquitetura flexível, com seus subsistemas independentes entre si. A
falha de um único dispositivo não afeta outros, o que proporciona melhor desempenho para garantir a segurança do resfriamento.
Na arquitetura de resfriamento distribuído, as fontes de resfriamento são configuradas para um único data hall e a redundância da arquitetura é projetada com base na importância do serviço. Se um único dispositivo estiver com defeito, apenas um único subsistema será afetado e os serviços nas salas de equipamentos permanecerão intactos. Melhora muito a confiabilidade dos data centers e surge como a escolha preferida na era da computação inteligente.
Além disso, o sistema de resfriamento distribuído é fabricado com mais facilidade, o que reduz a carga de engenharia no local e, portanto, os riscos trazidos pela qualidade inferior da construção. Uma outra vantagem é a fácil operação e manutenção. Por exemplo, em comparação com o chiller, um aparelho de ar-condicionado com resfriamento evaporativo indireto tem uma estrutura muito simples, composta por apenas um equipamento principal e vários dispositivos auxiliares. Possui menos pontos de conexão e apenas 1/10 dos tubos necessários quando comparado com um sistema de água gelada. Portanto, é menos provável que ocorram
erros durante o manuseio de emergência. Isso garante ao máximo a eficiência de resfriamento e a estabilidade dos data centers.
À medida que os data centers crescem em escala, há um aumento correspondente nas desvantagens do resfriamento centralizado. Com sua arquitetura flexível e de alta confiabilidade, o sistema distribuído será mais amplamente utilizado em novos data centers e substituirá gradualmente o sistema centralizado como a solução principal. As extensas demandas do mercado também impulsionaram os avanços tecnológicos e progresso na indústria. Importantes fornecedores começaram a promover vigorosamente a arquitetura de refrigeração distribuída, sendo a mais representativa a solução de resfriamento evaporativo indireto. Atualmente, os racks suportados pelo resfriamento evaporativo indireto ultrapassam a casa das 300 mil unidades. Acredita-se que, com a maior penetração de novas tecnologias de eficiência energética representadas pela solução de resfriamento por evaporação indireta e arquitetura de resfriamento distribuído, a indústria de data centers dará início a uma nova era de baixo carbono, economia de energia e segur ança.
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MERCADO
Tendência 3 - A manutenção preditiva se tornará um recurso básico da infraestrutura de data center
Graças ao avanço das tecnologias de IA, agora é possível prever riscos e gerenciar a infraestrutura. Algoritmos de IA podem aprender com dados históricos e em tempo real para prever e identificar condições anormais de trabalho. Dessa forma, a gestão da segurança dos data centers deixa de ser direcionada de forma passiva para uma manutenção preditiva e proativa, melhorando a confiabilidade em termos de O&M.
À medida que as tecnologias de computação inteligente evoluem, a potência de um único rack em data centers aumentará de 6-8 kW para 3040 kW, aumentando consideravelmente a capacidade de processamento de dados. Este salto não só otimiza a eficiência da computação, mas também inovações de tecnologias de fornecimento de energia e resfriamento para data centers, pois a alta densidade requer maior potência, baterias de backup com maior densidade e desempenho de dissipação de calor mais eficiente.
Mas deve-se considerar que isto também traz riscos maiores de falha. Por exemplo, as baterias de lítio são usadas no armazenamento de energia dos data centers graças à sua alta densidade de energia e longa vida útil, mas também existe o risco de superaquecimento, especialmente em condições anormais, como sobrecarga, defeitos internos e uso indevido. Dados de pesquisas públicas mostram que passar da temperatura de gatilho T2 (150°C–250°C) até a temperatura de pico T3 (geralmente não mais que 500°C) leva apenas 30-60 s. Em cenários de uso intensivo de energia com equipamentos de TI, as falhas do sistema de refrigeração podem aumentar rapidamente, resultando no superaquecimento dos racks. Em caso de falha, a carga de dissipação de calor aumenta dramaticamente, considerando que os equipamentos de TI geram quatro a cinco vezes mais
calor por unidade de tempo do que os computadores convencionais. Na resposta de emergência a falhas, medidas temporárias, incluindo ventilação direta e a implantação de ventiladores de gelo seco, podem ser realizadas em um data center convencional. No entanto, em cenários de alta densidade com sistema de refrigeração líquida, métodos convencionais podem não ser mais aplicáveis. Geralmente, para um gabinete de 30 kW, se for usada uma solução a refrigeração líquida da placa mais ventilação direta, o tempo de resposta de emergência é limitado a apenas 30 segundos a 1 minuto quando o tubo secundário está com defeito.
Com o aumento do tempo de operação do equipamento, os contatos de ligação elétrica no sistema de transformação e distribuição de energia estão sujeitos a afrouxamento, umidade e corrosão por poeira e tensão de vibração, levando a temperaturas de contato anormais. Tal problema não é facilmente detectável em cargas baixas, mas irá aparecer instantaneamente quando elas aumentam, representando uma séria ameaça à segurança energética dos data centers.
Nesses casos, confiar inteiramente no tratamento manual de emergência irá nos reduzir a uma posição passiva. Por tanto, é urgente desenvolver tecnologias de manutenção preditiva para detectar falhas potenciais com antecedência e tratá-las a tempo. Em um data center, a manutenção preditiva é uma estratégia que utiliza big data e algoritmos de IA para monitorar e analisar o estado operacional de dispositivos em tempo real para prever e diagnosticar falhas.
Por exemplo, dados de baterias de lítio em grande escala são acumulados a longo prazo com base em tecnologias como big data e computação em nuvem, que ajudam a capturar mudanças de riscos de segurança, modelar e identificar características de segurança e defeitos de qualidade e monitorar parâmetros como temperatura, tensão e corrente de baterias de lítio. Dessa forma, é possível
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MERCADO
prever o estado de saúde e vida útil restante das baterias, gerenciar a carga e descarga e substituí-las em tempo hábil, evitando acidentes de segurança causados por superaquecimento ou descarga excessiva.
Em cenários de alta densidade com sistema de refrigeração líquida, parâmetros como vazão e pressão dos tubos de refrigeração líquida são monitorados e avisos de parâmetros anormais são fornecidos para lembrar o pessoal de O&M de corrigir as falhas em tempo hábil, evitando altas temperaturas causadas por vazamento de líquido.
No sistema de transformação e distribuição de energia, a temperatura razoável sob a carga atual é obtida usando o modelo de aumento de temperatura combinado com os dados coletados periodicamente da corrente de contato da barra de cobre, temperatura ambiente e dos contatos adjacentes. Quando as temperaturas medidas dos contatos excedem o limite, há indicações de que as temperaturas de certos pontos de contato são anormais. A falta de energia causada por incêndios devido à alta temperatura pode ser evitada alertando o pessoal de O&M para fazer correções por meio de avisos de superaquecimento.
Através dessas medidas, a gestão da segurança dos data centers passa de uma manutenção de orientação passiva para proativa, reduzindo consideravelmente o tempo de resposta de emergência a falhas e melhorando a confiabilidade dos data centers.
Tendência 4 - O sistema de proteção de segurança de rede se tornará um escudo da instalação do data center
Com o avanço das tecnologias globais digitais, de rede e inteligentes, os ataques à rede estão ocorrendo com mais frequência. De acordo com as estatísticas de dinâmica de segurança divulgadas pela Banco de Dados Nacional de Vulnerabilidades da China, o número de novas vulnerabilidades de risco ultra-alto em 2022 aumentou 52%
Um grande data center em Shenzhen, na China, poderá fornecer cerca de 156 mil racks após sua conclusão para atender aos requisitos de desenvolvimento de construir uma cidade inteligente e um governo digital nos próximos 5 a 10 anos. No que diz respeito ao sistema de fornecimento e distribuição de energia, a instalação adota uma solução que suporta detecção de temperatura full-link, baixa carga baseada em IA e alta temperatura e avisos antecipados para manutenção.
em comparação com 2018. A infraestrutura crítica dos data centers é portadora de dados massivos, e suas operações seguras e confiáveis afetam diretamente o mercado nacional, a economia e a subsistência das pessoas.
A segurança do software deve ser construída com base em um sistema de proteção de segurança de rede de ciclo de vida em três dimensões: segurança de fornecimento, defesa em profundidade e segurança da O&M/operação.
A segurança da rede se transforma em um elo fraco que prejudica a infraestrutura do data center
Com o rápido desenvolvimento das tecnologias digitais e de IA, a
infraestrutura do data center, como base digital, assume a importante responsabilidade de processar, computar, armazenar, trocar e gerenciar informações massivas. Construir e desenvolver infraestruturas de data center podem garantir a segurança nacional e promover a prosperidade nacional. No entanto, no futuro, haverá um crescimento exponencial de dispositivos interligados provenientes de diferentes cadeias de abastecimento e que utilizam tecnologias fornecidas por muitos fabricantes de soluções de TIC. Um ecossistema tão complexo e interligado torna possível que as pessoas roubem tecnologias relevantes e as explorem de maneiras não intencionais, incluindo adulteração e sabotagem da infraestrutura. Quando hackers não conseguem invadir servidores ou aplicativos digitalmente, eles podem sabotar o sistema de energia, o resfriamento e outras infraestruturas críticas para interromper as operações do data center. Por exemplo, manipular o sistema de refrigeração de um data center acessando o sistema de monitoramento ou invadir a intranet, fazendo com que os servidores superaqueçam e sofram danos, ou interrompam o processo de backup e carreguem um backup malicioso de arquivo ou até mesmo desligar os UPS. Tudo isso representa riscos imprevistos para os data centers.
A segurança serve como base dos data centers, e a segurança da rede da infraestrutura dos data centers sempre foi um elo fraco.
Tecnologias maduras de segurança de rede de TIC podem ser reutilizadas para a infraestrutura de data center
É a base da segurança de rede construir um processo de controle de ponta a ponta, desde a seleção, projeto, desenvolvimento de software, validação e liberação para alcançar a segurança da cadeia
24 – RTI – MAI 2024
MERCADO
de suprimentos de software, onde as informações podem ser exibidas, desenvolvimentos podem ser avaliados e onde os fornecedores são confiáveis e o monitoramento de riscos é ininterrupto. Com base no conceito de projeto de segurança intrínseca e melhores práticas do setor, é possível construir uma arquitetura de defesa aprofundada para soluções de produtos por meio de controle de acesso, proteção de integridade, sistema mínimo e segurança de dados.
Durante a O&M do data center, a configuração incorreta ou ausente dos itens de configuração é um fator importante que leva aos ataques. A exploração de vulnerabilidades é o principal meio de ataques à rede. Portanto, o sistema deve detectar tráfego de ataques maliciosos em tempo real, identificá-los rapidamente e responder de maneira direcionada, o que é fundamental para garantir a segurança de ativos de rede importantes. Portanto, precisamos estabelecer consciência situacional, configuração de segurança, gerenciamento de certificados e recursos de gerenciamento de vulnerabilidades, organizações completas e formulação de procedimentos de resposta rápida para garantir segurança de O&M visível e controlável, reduzindo significativamente os riscos da rede.
Seguindo em frente, a segurança da cadeia de fornecimento de software, uma arquitetura de defesa aprofundada para soluções de produtos e a segurança de O&M irão, juntas, formar um sistema de segurança de rede para data centers durante todo o ciclo de vida.
Tendência 5 - A solução pré-fabricada e modular se tornará a melhor opção para alta qualidade e entrega rápida
Em comparação com a construção tradicional, a solução pré-fabricada e modular apresenta um período de construção mais curto e de maior qualidade. Ela garante a entrega de alta qualidade no local e a rápida implementação do serviço, além de reduzir significativamente os resíduos gerados pela construção.
Os mercados emergentes da Internet precisam urgentemente de implantação simplificada para entrega de data centers
A indústria da Internet na China amadureceu e sofreu uma desaceleração nos últimos anos. Expandir a presença no exterior para novas oportunidades tornou-se um consenso. Além disso,
com a implementação das políticas e mecanismos de apoio às empresas de Internet pelas autoridades, tornar-se global é agora uma escolha estratégica para as empresas prosseguirem o crescimento. A computação em nuvem, como principal infraestrutura para empresas de Internet, pode permitirlhes implantar serviços no exterior de forma mais flexível. A implantação rápida de data centers para computação em nuvem significa mais oportunidades para as empresas.
Contudo, em mercados emergentes com enorme potencial e rápido crescimento (como o Médio Oriente, Norte de África, América Latina e Sudeste Asiático), a indústria de grandes data centers começa tarde e a infraestrutura do data center precisa ser melhorada.
Profissionais insuficientes, falta de experiência e escassez de oferta constituem gargalos na construção de data centers. No tradicional modo de construção, um projeto é subcontratado a vários fornecedores de produtos, dificultando a garantia da qualidade da construção do data center. Nesse contexto, os mercados emergentes necessitam urgentemente de uma implementação simplificada para entrega das instalações.
26 – RTI – MAI 2024
A engenharia pré-fabricada facilita a construção de data centers
Com o amadurecimento de tecnologias, a pré-fabricação de engenharia permitirá processos simplificados e rápidos para a construção de data centers. A engenharia civil mais complicada e a engenharia elétrica e mecânica são concluídas na fábrica. Inspirados nesta prática, os principais componentes, como dispositivos de refrigeração e de fornecimento e distribuição de energia ou mesmo todo o data center podem ser integrados e pré-instalados através de um projeto modular na fábrica e, em seguida, montados no local como blocos de Lego. Dessa forma, um data center pode ser construído rapidamente. A engenharia pré-fabricada pode não apenas reduzir os requisitos de engenharia de construção em áreas onde os data centers estão localizados, mas também o tempo geral de entrega com procedimentos simultâneos de engenharia.
Soluções pré-fabricadas se tornarão o novo padrão para a construção de data centers. De acordo com a empresa de estudos de mercado Omdia, 99% das operadoras de data centers corporativos consideram os data centers modulares pré-fabricados como parte de suas futuras estratégias. Um data center com 200 racks, por exemplo, leva cerca de 24 meses para concluir um projeto desse tipo na construção tradicional. Em contrapartida, o projeto modular pré-fabricado pode reduzir o período de construção para cerca de 10 meses.
A pré-fabricação em escala
garante entrega data center de alta qualidade
A pré-fabricação com engenharia de alta qualidade requer fortes capacidades de integração e experiências ricas na indústria. É um grande teste para todos os prestadores de serviços integrar dezenas de equipamentos mecânicos e elétricos pesando toneladas
em contêineres de tamanho padrão e garantir transporte confiável e excelente segurança estrutural e desempenho após a montagem.
Tecnologia de fabricação padronizada, equipamentos de produção avançados, trabalhadores suficientes, testes rigorosos e sistema de inspeção de qualidade, continuidade e diversidade de fornecimento e ricas experiências com soluções préfabricadas são fatores decisivos nesse mercado. Como a indústria de préfabricação é forte e ocupa uma posição de liderança, ela apresenta todas as vantagens mencionadas.
Na próxima edição a segunda parte do artigo irá detalhar as tendências 6 a 10 da infraestrutura de data centers, que tratam de temas como gerenciamento de manutenção, refrigeração e IA para a otimização inteligente da eficiência energética dos data centers existentes.
27 – RTI – MAI 2024
Guia de mini data centers
Com a crescente digitalização dos dados e a necessidade de aplicações de borda (edge data centers), as empresas buscam soluções pré-fabricadas de rápida implantação, com segurança e confiabilidade. Veja quem fornece os mini data centers no guia a seguir, que inclui os modelos em contêineres e compactos, com apenas um rack.
Data center compacto (1 rack)
pré-fabricada
Empresa, telefone e e-mail
Airsys (11) 93423-3509 n
airsys-brasil@air-sys.com.br
ALGcompany (54) 3201-1903
vendas@algcom.com.br
Insuflamento de ar condicionado
Dimensões (largura x comprimentos) em metros Número de racks Modelo Pelo piso elevado Por cima Pela parede frontal Prazo de entrega (meses) Fabricado no Brasil Faz projeto customizado
Artemis Racks (15) 99103-0458 n
comercial@artemisracks.com.br
Ctrltech (11) 98516-0755 n
valter.souza@ctrltech.com.br
Datacriticalti (11) 93278 7401 n
contato@datacriticalti.com.br
(11) 94218-4020 n Ctn-It
comercial@edgefy.com
Ellan (15) 99731-9363 n Rack
anna.sonego@ellan.com.br
Engetron (31) 3359-5800 n
Energia contato@engetron.com.br
Envolve Ambientes (11) 3522-9604 Envx312dc
comercial@envolvebr.com
Huawei (11) 5105-5105
michele.elkabets@huawei.com
28 – RTI – MAI 2024 SERVIÇO
Contêiner
••• 4 Datarak •
Shelter 1,50 x 1,50 1,50 x 1,502 •• 2 •• 44U •
Shelter 2,25 x 1,80 2,25 x 1,803 •• 2 •• 47U • Shelter 2,25 x 2,60 2,25 x 2,603 •• 3 •• Shelter 2,25 x 4,00 2,25 x 4,006 •• 3 •• Shelter 2,50 x 4,00 2,50 x 4,006 •• 3 •• Shelter 3,00 x 4,00 3,00 x 4,006 •• 3 •• Shelter 2,25 x 6,00 2,25 x 6,008 •• 3 •• Shelter 2,50 x 6,00 2,50 x 6,008 •• 3 •• Shelter 3,00 x 6,00 6,00 3,00 x 6,008 ••• 3 ••
01 3 a 5 10 ••• 2 •• •
Datacenter
Rack Dact Ctrltech
Customizado 3 x 10 7 •• 4 •• Edge DC • Modular Indoor10
10.60s 3 x 12 10X4 •• Mini Vault 6kw • Vault 25.25025
Edgefy
Datacenter 20 x 47 1 •• Rack Datacenter Rack Datacenter1
Rack Ti &
3 x 18 4 •• Envx312r1 Envx312ss
3m x 6m 4 •• 1 •• FM500 • FM8002 a 15
3m x 12m13 •• 1 •• FM2.0006 a 42 6m x 12m26 •• 1 ••
Solução
Modelo Modelo Integra ar condicionado próprio Número de racks
SERVIÇO
Empresa, telefone e e-mail
Contêiner Insuflamento de ar condicionado
Modelo Pelo piso elevado Por cima Pela parede frontal Prazo de entrega (meses) Fabricado no Brasil Faz projeto customizado
Ip Com (11) 99285-9421 n Switches de rack e mesa
comercial.br@ip-com.com.cn
Merkant TI (11) 3230-7800DC
info@merkantti.com.br
Modular Data Centers (11) 5198-7374
eciaciare@modulardtc.com
Panduit (11) 99184-3702 n
leonardo.grimaldi@groz.com.br
Smart UPS (11) 99982-9034 n Easy Prefab
contato@smartups.com.br
Vertiv (11) 3618-6600
leticia.correa@vertivco.com
Zeittec (41) 99931-4484 n Container Nbr10636
comercial@zeittec.com.br
Nota: (( * * * * )) Customizado
Dimensões (largura x comprimentos) em metros Número de racks
Data center compacto (1 rack)
Solução pré-fabricada
Modelo
Modelo Integra ar condicionado próprio Número de racks
Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 309 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Redes, T Redes, Redes, T Redes, Redes, Telecom e Instalações elecom elecom e Instalações , maio de 2024.
Este e muitos outros Guias de RTI RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira.
Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
30 – RTI – MAI 2024
1 •
rack e mesaSwitches de rack e mesa
Switches de
IT Container 20 6,058 x 2,438 x 2,896 mm5 a 6 ••• 90 •• DC ITSafe • GranITe4
DC IT Container 40 12,192 x 2,438 x 2,896 mm14 a 15 ••• 90 • QuartzITe4 DC IT Customized (*) (*) ••• 90 •
MicroPod 3,2 x até 2220 ••• 4 •• NanoPod •
PanZone Wall Mount Cabinet
Schneider Electric 6 12 • 5 •• Micro Data Center 43u •
Dc
Ar4340ix500 Schneider Electric
3 x 6 4 ••• SmartCabinet • SmartRow2 a 8
SmartMod 3 x 11 10 ••• SmartAisle>4
SmartMod
6 8 • 4 •• SmartCabinet Smart Row
Ou Fm8008
Expo ISP Brasil deve reunir mais de 15 mil visitantes em Olinda
A Expo ISP Brasil
Olinda 2024 acontece entre os dias 8 e 10 de maio no Centro de Convenções de Pernambuco. Durante três dias, o local será palco de palestras técnicas e comerciais sobre as principais tendências do mercado de provedores regionais. Os visitantes também serão apresentados aos equipamentos e soluções mais recentes desenvolvidas pelas empresas do setor de telecomunicações.
De 8 a 10 de maio, a cidade de Olinda, PE, será a capital do setor de telecomunicações no estado. É nesse período que acontece a Expo ISP Brasil Olinda 2024 , evento que reúne diversos especialistas para debates a respeito das tecnologias mais recentes para o mercado de provedores regionais.
Em sua sétima edição, o simpósio trará mais de 50 palestras e painéis cujos temas são relevantes para as operadoras, como legislação, postes, redes neutras e gestão. “Os assuntos são selecionados de acordo com sua relevância e momento do mercado, porém sempre sobra espaço para conteúdos que classificamos como fora da caixa, casos de apresentações
motivacionais ou até mesmo lições de profissionais de outros setores cujas experiências possam ser úteis para os provedores regionais”, explica Francisco Henrique Nascimento, diretor da Start Produções, organizadora do evento.
A gama de assuntos que serão debatidos no evento é extensa, como eficiência operacional, IoT – Internet das Coisas na redução do tempo de reparo de redes FTTx, os desafios para reter clientes, e DDoS – Distributed Denial of Services e proteção contra ataques de hackers. Um dos palestrantes é Deusomir Junior, diretor da DJR Consultoria. O profissional se apresenta no dia 9 de maio com o tema eSocial e Segurança do Trabalho - Atenção, Obrigatoriedade para Empresas de Pequeno
ESPECIAL 32 – RTI – MAI 2024
Porte . “Palestrar na Expo ISP é uma oportunidade de fazer contatos e conversar com diversos profissionais de telecomunicações, afinal o evento reúne uma grande quantidade de tomadores de decisão”, celebra Deusomir.
O Centro de Convenções de Pernambuco em Olinda, palco do simpósio, têm 25 mil m2 disponibilizados para que mais de 100 empresas apresentem as últimas tecnologias para o mercado de telecomunicações. A expectativa é que cerca de 15 mil pessoas visitem o espaço, cuja entrada é gratuita. “Deixo um agradecimento, em nome dos organizadores, a todos que participam dos nossos simpósios pelo acolhimento e parceria ao longo destes anos. Temos certeza de que a Expo ISP Brasil Olinda 2024 será mais um sucesso e agregará muitos bons negócios para os expositores, parceiros e visitantes”, diz Nascimento.
História
No caso da Expo ISP Brasil Olinda , a iniciativa data de 2016, ano em que foi realizada a primeira edição. “O objetivo foi ter uma feira em nível nacional que pudesse levar conteúdos e grandes negócios para o Nordeste, uma região com muitos provedores regionais de Internet e um mercado em constante ebulição”, lembra o diretor da Start Produções. Além do evento principal, a marca Expo ISP é desmembrada em diversos simpósios. Um dos mais relevantes é a Expo ISP Expedição , um programa regional composto por apresentações gratuitas de palestras e painéis de discussões com especialistas da área de telecomunicações. A iniciativa é uma versão mais enxuta da Expo ISP Brasil e, por geralmente durar um dia, passa por diversas cidades do país ao longo do ano.
Em 2024, a Expo ISP Expedição ultrapassou a marca de 80 edições desde a sua criação, tendo passado por cidades como Aracaju, SE, Maringá, PR, e Cuiabá, MT. “A iniciativa da Expedição costuma ser menor, com duração de um dia. O intuito é circular pelos estados para atualizar o mercado. Para 2024, temos o objetivo de realizar 24 simpósios do tipo”, explica Nascimento.
A iniciativa mais recente da marca Expo ISP é o Expo ISP Experience Light que, além de palestras, traz um pouco sobre a cultura local das cidades por onde passa. Também com duração de um dia, a iniciativa já passou pelo Rio de Janeiro em 2024 e acontece em mais duas datas: Salvador, BA (18 de julho) e Belo Horizonte, MG (28 de agosto).
33 – RTI – MAI 2024
Robôs colaborativos na manutenção de redes de fibra óptica
José Maurício S. Pinheiro, Centro Universitário de Barra Mansa - UBM
AOs robôs colaborativos (Cobots) oferecem novas oportunidades de automação e podem desempenhar um papel importante na inspeção de redes de fibra óptica, ajudando a garantir a integridade e o desempenho da infraestrutura de comunicação. Com uma abordagem eficiente e segura para a inspeção em locais de difícil acesso, os Cobots são capazes de trabalhar em conjunto com técnicos humanos para melhorar a eficiência e a precisão das operações de manutenção.
fibra óptica desempenha um papel essencial nas redes de telecomunicações, facilitando a transmissão de dados em diversos formatos e protocolos, com alta velocidade. Portanto, garantir seu correto funcionamento é vital para a qualidade e confiabilidade dos serviços.
A manutenção das redes de fibra óptica é um processo contínuo que requer o uso de ferramentas precisas, normas, padrões e tecnologias para operações mais eficientes, proativas e confiáveis, algo fundamental para garantir a qualidade e a disponibilidade dos serviços de telecomunicações. Este trabalho explora a viabilidade do uso de Cobots na manutenção de redes ópticas, visando melhorias significativas na eficiência operacional e na qualidade dos serviços de telecomunicações.
Cobots
Anteriormente, a manutenção de redes ópticas era uma tarefa desafiadora e cansativa para os profissionais, especialmente durante as atividades de campo. Contudo, com os avanços tecnológicos, a manutenção de redes de fibra óptica tornouse mais ágil, proativa e automatizada.
Seguindo os avanços na tecnologia, os Cobots, ou robôs colaborativos, se apresentam como uma opção bastante atraente para a manutenção das redes de comunicação que utilizam fibra óptica. A figura 1 apresenta um exemplo de robô colaborativo.
O Cobot é um robô criado para interagir com humanos em ambientes de trabalho definidos. O termo resulta da junção das palavras “colaboração” e “robô” e foi usado pela primeira vez em 1999, quando os pesquisadores Edward Colgate e Michael Peshkin, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, criaram os primeiros protótipos [1]. Eles imaginaram um futuro em que os robôs poderiam trabalhar ao lado dos humanos, compartilhando espaços de trabalho e tarefas [2].
Fig. 1 - Exemplo de robô colaborativo Fonte: https://bit.ly/3Jm3M2J
AUTOMAÇÃO 34 – RTI – MAI 2024
AUTOMAÇÃO
Em dezembro de 2008, uma indústria da Dinamarca comprou um novo robô para automatizar sua linha de produção. Em vez de instalar esse robô atrás da gaiola de segurança, isolado das pessoas, como prevê a norma para os robôs industriais, a empresa o implantou ao lado dos funcionários (robôs industriais devem atender aos requisitos de segurança estipulados pela norma ISO 10218). Esse marco pioneiro estabeleceu, na prática, o conceito de Cobot [3].
Cobots e IA
Cobots e IA - Inteligência Artificial estão intrinsecamente ligados e frequentemente se complementam em diversas aplicações. A IA, definida como um campo da ciência da computação que visa criar máquinas capazes de simular, em certo grau, a inteligência humana, desempenha um papel fundamental nesse contexto. Os Cobots equipados com IA são capazes de realizar uma variedade de tarefas de forma eficiente e autônoma, além de colaborar com os seres humanos. Essa colaboração oferece uma série de benefícios, incluindo aumento da produtividade, redução de erros, melhoria na qualidade do trabalho e segurança aprimorada.
A IA capacita o Cobot a executar tarefas repetitivas com maior precisão e consistência. Inicialmente, a IA permite que
o Cobot aprenda e se adapte ao ambiente em que está operando. Utilizando algoritmos de aprendizado de máquina, o Cobot pode analisar os dados provenientes de diversos sensores e sistemas de visão computacional para identificar padrões, reconhecer componentes, detectar possíveis problemas e tomar as medidas corretivas necessárias.
A visão computacional procura integrar as áreas de processamento digital de imagens e inteligência artificial, tendo como objetivo a obtenção de algoritmos capazes de interpretar o conteúdo visual das imagens [4]. Assim, a interação entre uma IA e um Cobot oferece novas e promissoras funcionalidades. Algumas delas estão exemplificadas na tabela I.
Cobots na manutenção da rede óptica
O objetivo básico de uma rede de comunicação sempre será garantir que
todos os recursos sejam compartilhados rapidamente, com segurança e de forma confiável. Outros fatores que devem ser considerados são os efeitos causados pelos diversos ambientes em que os equipamentos serão instalados, como extremos de temperaturas, disponibilidade de fontes de energia compatíveis e espaço para organização adequada [5]. Cobots dotados de IA são mais versáteis e possuem grande capacidade de se adaptar a diferentes ambientes e situações. Suas aplicações ideais envolvem processos manuais repetitivos que não exijam reflexos humanos ou pensamento crítico.
Na manutenção de redes de fibra óptica, os Cobots podem detectar e identificar problemas na rota, nos cabos e nas fibras ópticas individualmente, o que é especialmente importante em tarefas como inspeção de conexões, limpeza e reparo de cabos e cordões de fibra, que exigem precisão e atenção aos detalhes (figura 2).
Através dos sensores de visão os Cobots podem inspecionar as conexões e identificar qualquer desgaste, ruptura ou sujeira capaz de afetar o desempenho do sistema. Isso também possibilita a identificação precoce de problemas e a realização de reparos antes que quaisquer interrupções no serviço ocorram.
Também podem ser programados para se deslocarem de forma segura e eficiente
Podem ser facilmente reprogramados para diferentes tarefasPodem aprender e adaptar-se a novas tarefas de forma autônoma, sem a necessidade de habilidades de programação avançadas. reduzindo a necessidade de reprogramação manual.
Segurança colaborativaProjetados para trabalhar em proximidade com humanos,Além das características de segurança padrão, a IA p ode permitir com sensores e sistemas de segurança que permitem interação mais segura e adaptativa com humanos, a detecção e prevenção de falhas. identificando comportamentos e condições de risco.
Eficiência operacionalAumentam a produtividade ao realizar tarefas repetitivas deA IA pode otimizar a eficiência operacional, permitindo a tomada forma consistente e precisa, reduzindo de decisões autônomas e a adaptação dinâmica às mudanças erros e tempo de inatividade. nas condições ambientais.
Aprendizado contínuo Limitados ao conjunto de habilidades programadas inicialmenteCapacidade de aprender com a experiência, melhorar suas e às instruções fornecidas pelos humanos. habilidades com o tempo e compartilhar conhecimento com outros Cobots.
Interoperabilidade e Podem ser integrados facilmente em linhas de produçãoA IA pode facilitar a integração com sistemas de TI, permitindo integração existentes, com interfaces padronizadas para a troca de dados e informações em tempo de sistemas comunicação com outros sistemas. real com outros sistemas.
36 – RTI – MAI 2024
Fig. 2 - Conexões de rede óptica
Funcionalidade Funcionalidade Funcionalidade Funcionalidade Funcionalidade
Tab. I - Funcionalidades de Cobots
Cobots Cobots Cobots Cobots Cobots
Cobots com IA IA Cobots com IA IA
Flexibilidade
AUTOMAÇÃO
Tab. II - Aplicação de Cobots em redes de fibra óptica
Aplicação Aplicação Aplicação Aplicação
Descrição Descrição Descrição Descrição
Inspeção visual Equipados com câmeras de alta resolução, podem inspecionar visualmente as conexões e os cabos de fibra óptica para detectar danos, sujeira ou qualquer outra anomalia.
Testes automatizadosPodem ser programados para realizar testes automatizados nas conexões de fibra óptica, como testes de perda de inserção e de retorno.
Manutenção preventiva Podem ser usados para realizar inspeções de rotina identificando problemas potenciais antes que se tornem falhas críticas.
Documentação e relatórios Podem coletar dados durante as inspeções e gerar relatórios detalhados sobre o estado da rede de fibra óptica.
Integração com sistemas Podem ser integrados aos sistemas de gerenciamento de rede para fornecer informações em tempo real de gerenciamento sobre o estado da infraestrutura de fibra óptica.
ao longo das rotas de fibra óptica, seja em redes subterrâneas, marítimas ou aéreas, identificando obstáculos e minimizando o risco de danos acidentais. Sua capacidade de ajustar a força e a velocidade de suas ações também permite a manipulação precisa e segura dos cabos e conexões.
Os robôs colaborativos são considerados como um produto inovador, com várias aplicações e diferentes níveis de colaboração com os seres humanos, de acordo com as aplicações e projetos [6]. Sua utilização na manutenção de redes de fibra óptica pode reduzir significativamente o risco de erros humanos. O manejo cuidadoso e preciso dos cabos de fibra óptica é essencial para evitar danos e interrupções de serviço, e os robôs colaborativos são capazes de realizar essas tarefas com um
nível de precisão muito maior do que qualquer ser humano. Podemos destacar ainda outros aspectos:
• Maior precisão e consistência: executam tarefas repetitivas com precisão e consistência superiores à capacidade humana. Isso é crucial na manipulação de componentes delicados da rede óptica, como cabos e conectores, onde pequenos erros podem causar grandes problemas de desempenho.
• Acesso a espaços confinados: realizam tarefas de manutenção em áreas confinadas, locais inacessíveis ou perigosos, como dutos subterrâneos, redes aéreas ou torres de telecomunicações, que podem representar riscos à segurança da equipe técnica.
• Longo tempo de atividade: operam por longos períodos sem estresse ou fadiga, podendo realizar tarefas de manutenção
sem interrupções. Isso é especialmente útil para a execução de verificações regulares e manutenções preventivas, que são essenciais para identificar e corrigir problemas antes que causem falhas na rede.
• Atualização tecnológica: podem ser atualizados rapidamente e equipados com tecnologias avançadas, o que permite que realizem tarefas complexas com autonomia e a máxima eficiência.
• Redução de erros humanos: reduzem significativamente o risco de erros humanos, uma vez que o Cobot não sofre de fadiga, distração ou variações de desempenho, o que pode levar a uma maior consistência e confiabilidade nas operações de manutenção.
Robôs vêm sendo amplamente pesquisados e são utilizados desde para o transporte de peças em uma indústria, até para substituir o homem em explorações
38 – RTI – MAI 2024
de locais arriscados [7]. Um Cobot pode fazer uma diferença significativa na manutenção da rede óptica, oferecendo precisão, acessibilidade a áreas perigosas, tempo de atividade estendido, integração de tecnologia avançada e redução de erros humanos. Essas vantagens combinadas ajudam a garantir a confiabilidade e o desempenho dos sistemas, enquanto minimizam os custos e os riscos associados à sua manutenção.
A tabela II resume as possíveis aplicações de Cobots na manutenção de uma rede de fibra óptica.
Conclusão
Os Cobots oferecem novas oportunidades de automação altamente atrativas para uma ampla variedade de aplicações e podem desempenhar um papel importante na inspeção de redes de fibra óptica, ajudando a garantir a integridade e o desempenho da infraestrutura de comunicação. Eles oferecem uma
abordagem eficiente e segura para a inspeção em locais de difícil acesso e podem trabalhar em conjunto com técnicos humanos para melhorar a eficiência e a precisão das operações de manutenção. Com sua capacidade de realizar tarefas repetitivas com precisão, detectar problemas
REFERÊNCIAS
e realizar reparos, adaptar-se a diferentes ambientes e minimizar erros humanos, eles podem se tornar uma ferramenta valiosa para garantir a qualidade e a confiabilidade da rede de fibra óptica.
[1] Guimarães, Letícia. Cobots: você já conhece os robôs colaborativos ? - Korp ERP. Disponível em: https://www.korp.com.br/cobots-voce-ja-conhece-os-robos-colaborativos/.
[2] Skyplanner. Cobots: O renascimento do fabrico. Disponível em: https://skyplanner.ai/ptbr/recursos-pt-br/cobots-o-renascimento-do-fabrico/.
[3] Universal Robots. Como a Universal Robots vendeu seu primeiro COBOT. Disponível em: https://www.universal-robots.com/br/sobre-a-universal-robots/central-denot%C3%ADcias/hist%C3%B3ria-dos-cobots/.
[4] Neves, Luiz Antonio Pereira; Neto, Hugo Vieira; Gonzaga, Adilson. Avanços em Visão Computacional . Curitiba: Ominipax, 2012.
[5] Pinheiro, José M.S. Redes Ópticas de Acesso em Telecomunicações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
[6] Herrera, Victoria Alejandra Salazar. Robótica colaborativa. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional, 2019.
[7] Romano, Vitor Ferreira. Robótica Industrial: Aplicação na Indústria de Manufatura e de Processos. São Paulo: Blücher, 2022.
39 – RTI – MAI 2024
Próximos avanços em coerência integrada de alto desempenho
Andrés
Madero, CTO da Infinera para América Latina e Caribe
DOs motores ópticos de alto desempenho incorporados em transponders têm uma função contínua em redes submarinas e de longa distância, que demandam maximização de eficiência espectral e elevada capacidade da fibra. O artigo apresenta os avanços na tecnologia, como melhorias do CMOS e dos materiais fotônicos, resultando em maiores taxas de Baud e espectro.
esde o seu surgimento no final dos anos 2000, a tecnologia óptica coerente revolucionou o transporte em redes de longa distância, submarinas, de interconexão de data centers e metropolitanas, permitindo grandes aumentos na velocidade do comprimento de onda, eficiência espectral e capacidade da fibra. Recentemente, a evolução do nó de processo CMOS e os diversos requisitos do mercado levaram o setor de motores ópticos coerentes a se bifurcar em dois segmentos distintos: integrados (do inglês embedded ) de alto desempenho e plugáveis coerentes compactos (figura 1).
Ambos têm a mesma arquitetura básica (figura 2). No entanto, DSPs coerentes podem utilizar ASICs otimizados para baixo consumo de energia e pequena área ocupada, com a atual geração de CMOS de 7 nm permitindo 400 Gbit/s em fatores de forma plugáveis QSFP-DD, OSFP e CFP2. Por outro lado, os motores de alto desempenho utilizam ASICs digitais maiores, mais potentes e com maior consumo de energia, capazes de oferecer as taxas de Baud (mudança de símbolos) mais altas possíveis e funcionalidades avançadas que maximizam o alcance/capacidade por comprimento de onda e a eficiência espectral. Esses motores de alto desempenho são incorporados em transponders e atuam como o fator de
forma preferido para aplicações submarinas e de longa distância, porém como o segmento de alto desempenho pode evoluir para além da atual geração de 800 Gbit/s por comprimento de onda baseada na tecnologia ASIC/DSP digital CMOS de 7 nm e fotônica de 90 a 100 Gbaud? Para responder a esta questão, é importante começar com as prioridades típicas das operadoras de rede nas aplicações submarinas e de longa distância, para as quais os motores incorporados de alto desempenho são normalmente o fator de forma escolhido, que são a maximização da capacidade da fibra, a redução de custos, o consumo de energia, a área ocupada e a minimização dos custos operacionais.
Eficiência espectral aprimorada com recursos e algoritmos avançados
A maximização da capacidade da fibra é muitas vezes a métrica número 1 para redes de longa distância e submarinas. Uma maneira de atingir isso é com uma eficiência espectral aprimorada, maximizando os bits/s/Hz para um determinado requisito de alcance/ caminho para obter a capacidade máxima do espectro disponível. Os atuais motores incorporados de 7 nm aproveitam diversas funcionalidades avançadas, como a modelagem de constelação probabilística (PCS) baseada em 64QAM e subportadoras
FOTÔNICA 40 – RTI – MAI 2024
Nyquist para se aproximar dentro de 1 ou 2 dB do limite de Shannon, a eficiência espectral máxima teórica. Mas até que ponto podemos nos aproximar do limite de Shannon? Os motores incorporados de próxima geração melhoram a eficiência espectral com funcionalidades como ajuste contínuo da taxa de Baud e roll-off (taxa de perda ou atenuação de um sinal além de uma determinada frequência) mais estreito. A capacidade de ajuste contínuo da taxa de Baud permite que o espectro do comprimento de onda se alinhe melhor com a banda de passagem disponível no ROADM e atinja de forma mais otimizada a margem OSNR de um determinado link, o que pode ser especialmente valioso em aplicações submarinas. Um roll-off mais estreito reduz a quantidade de espectro adicional necessária para acomodar as inclinações e modos nas laterais do comprimento de onda, permitindo que os comprimentos de onda sejam colocados mais próximos uns dos outros. Além do ICE7, a Infinera está desenvolvendo algoritmos aprimorados para correção direta de erros (FEC), compensação não linear e PCS para abordar o potencial de melhorias na eficiência espectral de cerca de 20%. Por exemplo, um teste recente com o Cabo Austrália-Japão (AJC) aproveitando os algoritmos de próxima geração, mostrou um aumento de 17% na capacidade.
Aumento da capacidade de fibra terrestre com Super-C e Super-L
Além dos ganhos incrementais de eficiência espectral para aplicações terrestres, os motores de alto desempenho da próxima geração também estão evoluindo
para fazer uso de mais espectro. Por exemplo, enquanto o ICE6 da Infinera também pode alavancar a banda L para um total de até 80+ Tbit/s por par de fibra, o ICE7, com subconjuntos ópticos de transmissão-recepção (TROSA) baseados em fosfeto de índio, é amplamente sintonizável nas bandas Super-C e Super-L, sendo capaz de aproveitar o espectro adicional fornecido pelo sistema de linha óptico GX da Infinera, e conseguindo habilitar até 100+ Tbit/s em um único par de fibras. A longo prazo, o espectro adicional pode ser fornecido aproveitando também a banda S. Para redes submarinas, a multiplexação por divisão espacial (SDM), que oferece mais pares de fibras e menor capacidade por fibra individual, mas maior capacidade por cabo dentro das mesmas restrições de potência, está se tornando a abordagem preferida para aumentar a capacidade.
Redução de custo, energia e área ocupada com taxas de Baud mais altas
Minimizar o custo, os watts e as unidades de rack por Gbit/s para um
determinado requisito de alcance/caminho também é uma alta prioridade para aplicativos de longa distância e submarinos. Até o momento, a principal maneira de conseguir isso tem sido com taxas de Baud mais altas, pois elas aumentam o alcance e/ou a capacidade do comprimento de onda, aproveitando a modulação de ordem inferior para atingir a mesma taxa de dados. As modulações de ordem inferior se beneficiam da maior distância euclidiana entre os pontos da constelação, tornando-os mais fáceis de distinguir na presença de ruído. As taxas de Baud dos motores incorporados evoluíram de cerca de 30 Gbaud (100 Gbit/s e 200 Gbit/s por comprimento de onda) para 90-100 Gbaud (800 Gbit/s por comprimento de onda). Aproveitando as tecnologias CMOS de 5 nm e de circuito integrado fotônico (PIC) de fosfeto de índio de sétima geração da Infinera, o ICE7, com até 148 Gbaud, permite uma economia de custo e W/bit de até 33% em relação ao ICE6. Mas até que ponto a indústria pode evoluir em termos de taxas de Baud? No que diz respeito à DSP, o setor CMOS tem um roteiro até 2034 que permitirá o aumento das taxas de Baud de DSP, com ASICs DSP de 2 nm esperados em 2026/2027 e uma redução adicional (1,5 nm ou 1,4 nm) no futuro. Em termos de materiais moduladores, enquanto a fotônica de silício está limitada a aproximadamente 140 Gbaud, o fosfeto de índio possibilita a evolução para taxas de Baud muito além de 200 Gbaud. Moduladores alternativos para altas taxas de Baud, incluindo aqueles baseados em película fina de niobato de lítio e plasmônica, estão em vários estágios de pesquisa e desenvolvimento,
41 – RTI – MAI 2024
Fig. 1 - Bifurcação coerente: plugáveis compactos e incorporados de alto desempenho
Fig. 2 - Arquitetura genérica de motores coerentes
FOTÔNICA
mas atualmente não foram amplamente validados para produção em volume. Em conferências do setor, como a OFC e a ECOC, novos materiais, incluindo moduladores plasmônicos e fotodetectores de grafeno, ofe recem um caminho possível para terabaud (1000 Gbaud) coerente. E embora essas taxas de Baud possam ou não ser tecnicamente viáveis, a outra questão que se coloca ao setor é se elas são economicamente viáveis. Por exemplo, é mais rentável ter menos componentes mais caros ou um número maior de componentes mais baratos?
Redução de custo, potência e área ocupada com integração e volume
Outras alavancas para reduzir o custo, a potência e o espaço ocupado incluem as integrações fotônica e digital, bem como o volume. A integração fotônica, que coloca mais componentes ópticos em um único chip fotônico, continua a ser uma abordagem valiosa para reduzir o custo e o espaço ocupado. A integração digital, que coloca mais funções no ASIC/DSP digital, é outra abordagem. No passado, funções como FEC, enquadramento ( framing ), multiplexação e encriptação foram integradas no ASIC digital, sendo a maior integração funcional uma opção adicional para redução de custo, potência e espaço ocupado em motores de alto desempenho da próxima geração. Uma abordagem adicional para reduzir custos é compartilhar componentes com motores plugáveis, aproveitando assim os volumes muito maiores para reduzir ainda mais os custos.
Custos operacionais minimizados com menos comprimentos de onda, monitoramento avançado e automação
Uma prioridade adicional para muitas operadoras é minimizar os custos operacionais do ciclo de vida. Uma das formas de fazer isso
com menos comprimentos de onda para instalar, provisionar e gerenciar é maximizar o alcance da capacidade de comprimento de onda com taxas de Baud mais altas e outros recursos avançados. Os motores integrados também estão evoluindo para fornecer melhor controle e automação. Além de gerenciar os próprios motores ópticos, esse monitoramento avançado pode se estender à rede óptica mais ampla, incluindo a própria fibra, possivelmente eliminando a necessidade de dispositivos de monitoramento, como OTDRs - refletômetros ópticos no domínio do tempo. Um exemplo atual de gerenciamento ambiental com o ICE6 da Infinera é a capacidade de aproveitar dados de estado de polarização para fornecer a detecção precoce de terremotos/tsunamis em cabos submarinos. Um bom exemplo de automação é a autocalibração para maximizar a taxa de dados do transponder com base em medições de desempenho, incluindo a margem disponível.
Conclusão
Os motores ópticos incorporados de alto desempenho têm uma função contínua em redes submarinas e de longa distância, onde a maximização da eficiência espectral e a capacidade de fibra são as prioridades-chave, juntamente com a minimização do custo, potência e espaço ocupado por Gbit/s por km, seguida pela redução dos custos operacionais do ciclo de vida. Para atender a esses objetivos, os motores ópticos incorporados estão evoluindo, aproveitando as melhorias do CMOS e dos materiais fotônicos, com taxas de Baud mais altas, a capacidade de alavancar mais espectro e recursos avançados relacionados à FEC, compensação não linear, PCS, monitoramento e automação.
42 – RTI
Guia de aplicação do medidor de potência óptica (OPM)
Os medidores de potência óptica auxiliam instaladores a medir a qualidade do sinal da rede com precisão e confiabilidade. Sua utilização, porém, demanda conhecimento técnico para que os testes sejam realizados de forma correta. O artigo mostra as principais aplicações e as diferenças de categorias entre as ferramentas.
As redes ópticas passivas (PONs) são um componente fundamental da maioria das redes FTTH do mundo. As PONs e seus derivados FTTx tornaram-se cada vez mais importantes à medida que os consumidores exigiam velocidades de Internet mais rápidas para aplicações residenciais e empresariais. Embora as soluções FTTH/PON proporcionem aos provedores a melhor oportunidade de fornecer serviços de Internet, ainda é necessário um tempo significativo e conhecimentos especializados para construir e operar corretamente uma rede óptica.
Muitos provedores lutam para otimizar suas implantações devido a práticas de teste incorretas relacionadas à ODN - Rede de Distribuição Óptica. Compreender quais ferramentas ópticas específicas são necessárias para os vários estágios de construção de ODN e ativação do cliente faz parte dos desafios de implantação. Um OPM –Medidor de Potência Óptica é considerado um testador essencial para qualquer técnico de campo encarregado de instalar, solucionar problemas ou manter uma rede FTTH/PON.
É importante observar que os OPMs PON são diferentes dos OPMs padrão, pois são projetados para medir níveis de luz em comprimentos de onda
discretos. Alguns PON OPMs medem apenas o downstream, enquanto outros podem testar sinais upstream e downstream simultaneamente. O ponto crucial é ser capaz de medir os níveis de sinal PON em seus comprimentos de onda operacionais de maneira confiável e saber que tipo de medidor de energia usar, quando e onde, para que o trabalho possa ser executado de forma correta.
Comprimentos de onda PON
O GPON/EPON legado e as novas gerações 10G xPON operam em comprimentos de onda diferentes para coexistirem na mesma ODN. Seus comprimentos de onda são definidos pelos padrões ITU-T e IEEE descritos na figura 1 e na tabela I.
Medições seletivas de comprimento de onda
Os OPMs PON medem os níveis de sinal de comprimentos de onda individuais específicos para a tecnologia/serviço PON que está sendo implantada, filtros embutidos em miniatura, permitindo medições seletivas de comprimento de onda. É o que diferencia os OPMs PON dos OPMs comuns de banda larga.
FIBRA ÓPTICA 44 – RTI – MAI 2024
VeEX
T050X000BPM-BK
Tab. I - Comprimento de onda das tecnologias PON segundo padrões IEEE e ITU-T
T T Tecnologia PON ecnologia ecnologia Comprimento de onda Comprimento onda Comprimento Comprimento de Comprimento de downstream (nm) (nm) onda upstream (nm) upstream (nm)
GPON/EPON 1490 1310
XG(S) – PON/10G EPON 1577 1270
Os OPMs PON são divididos em duas categorias: terminados e pass-through. Cada modelo é otimizado para uma tarefa específica de medição de potência em pontos de teste definidos na ODN. A aplicação exata da avaliação é determinada pelas fases de construção, instalação e ativação de serviço pelas quais a rede PON está passando.
Power Meter PON terminados
O sinal xPON é “terminado” pelo OPM e filtrado para medir o nível óptico de cada serviço PON. Essas unidades verificam o(s) nível(s) de sinal downstream transmitido(s) pelo OLT - Terminal de Linha Óptica em pontos de teste específicos na ODN durante a construção, atualizações de tecnologia ou antes da ativação do serviço (figura 2).
Power Meter PON pass-through
O sinal xPON é “passado” pelo OPM, amostrado e filtrado para medir os níveis downstream e upstream de cada serviço PON. Essas unidades são conectadas em linha com o ONT durante a ativação do serviço para garantir que os níveis
de sinal atendam os limites predefinidos (figura 3).
Aplicações de teste PON
Medições de potência óptica podem ser realizadas no OLT, filtro de coexistência (CEx), divisores e ONT dependendo do estado operacional da rede. Os limites de nível de sinal de aprovação/reprovação são normalmente baseados na classe ODN ou definidos pelo usuário (figura 4).
46 – RTI – MAI 2024 FIBRA ÓPTICA
Fig. 1 – Comprimento de onda das tecnologias PON segundo padrões IEEE e ITU-T
Fig. 2 – Exemplo de OPM “terminado”
Fig. 4 – Verificação e ativação de sinal
Fig. 3 – Exemplo de OPM passthrough
Construção de rede
OPMs do tipo sinal “terminado” são geralmente utilizados para testar redes fora de serviço. Em algumas situações GPON legadas, onde apenas um único comprimento de onda está presente, um OPM de banda larga padrão pode ser utilizado. No entanto, é recomendado utilizar um OPM PON filtrado especializado.
• Redes GPON/EPON sem sobreposição de vídeo RF (RVO) de 1550 nm - Um medidor OPM padrão e não filtrado pode ser usado para realizar medições de potência downstream em 1490 nm. Não é possível aferir medições de nível PON upstream em 1310 nm.
• Redes GPON/EPON com sobreposição de vídeo RF de 1550 nm – Um medidor de OPM padrão e não filtrado não pode ser usado, pois os dois comprimentos de onda presentes na fibra resultarão em uma medição composta de ambos. Um PON OPM é necessário para separar os sinais de 1490 e 1550 nm para realizar medições de nível downstream. Não é possível aferir medições de nível upstream em 1310 nm.
• Redes híbridas GPON/XG(S)-PON – Um PON OPM adequado é necessário para filtrar os sinais de 1490 e 1577 nm para realizar medições de nível downstream. Os fotodetectores do OPM devem ser calibrados em cada comprimento de onda para garantir que os níveis dos respectivos serviços GPON e XG(S)-PON estejam corretos. Não é possível aferir medições de nível upstream em 1270 e 1310 nm.
Ativação de serviço
Os OPMs PON do tipo “pass-through” são usados para testes de ativação do cliente quando o PON está ativo ou em serviço. Uma porta do OPM está conectada ao OLT e a outra porta voltada para o ONT. Isto é importante porque o ONT só começa a transmitir quando um sinal OLT válido é recebido. O técnico verifica simultaneamente os níveis de OLT e ONT em relação aos limites prescritos antes de continuar a ativação do serviço.
• Redes GPON com/sem sobreposição de vídeo RF de 1550 nm (conforme aplicável) - Um medidor OPM padrão e não filtrado pode ser usado para realizar medições de potência downstream em 1490 nm. Medições de nível PON upstream em 1310 nm não são possíveis.
• Redes híbridas GPON/XG(S)-PON – Um PON OPM adequado é necessário para filtrar os sinais downstream de 1490/1577 nm e upstream de 1270/1310 nm. Os fotodetectores do OPM devem ser calibrados em cada comprimento de onda para garantir que os níveis medidos para os respectivos serviços GPON e XG(S)-PON estejam corretos. O mesmo se aplica aos serviços 1G EPON e 10G EPON.
Conteúdo resumido e adaptado do artigo original Passive Optical Networks Optical Power Meter (OPM) Application Guide, produzido pela VeEX, empresa representada pela Belver com exclusividade no Brasil. O material completo está disponível no link: https://bitlybr.com/xJh.
47 – RTI – MAI 2024
Testes de cabeamento em data centers
Existem diferentes fatores a serem considerados nos testes de cabeamento de data centers, que variam conforme a área funcional dessas instalações.
Compreender o que testar em cada uma das áreas é fundamental para assegurar a capacidade da rede de suportar quantidades cada vez maiores de dados, equipamentos ativos e links, com transmissão de dados de alta largura de banda e baixa latência.
Odata center é o coração de toda rede empresarial que permite a transmissão, acesso e armazenamento de todas as informações. Aqui, o cabeamento conecta LANs - redes locais a switches, servidores, redes de área de armazenamento (SANs) e outros equipamentos ativos que suportam todos os aplicativos, transações e comunicação. É também onde a LAN se conecta a redes de operadoras que fornecem acesso à Internet e a outras redes fora das instalações.
À medida que a quantidade de informações e aplicações continua a crescer, os data centers estão expandindo a sua capacidade para abrigar quantidades cada vez maiores de dados, equipamentos ativos e links, ao mesmo tempo que precisam possibilitar a transmissão de dados de alta largura de banda e baixa latência de e para os equipamentos.
Independentemente do tamanho e tipo do data center, da topologia de comutação e dos aplicativos, a infraestrutura de cabeamento subjacente que cria
todos os links necessários para conectar equipamentos segue os mesmos princípios básicos de projeto estabelecidos pelos padrões da indústria.
O padrão ANSI/TIA 942-A de infraestrutura para data centers faz referência à série TIA 568 das normas de cabeamento, mas contém informações adicionais apropriadas para os data centers. Descreve as áreas funcionais específicas do data center, fornecendo recomendações mínimas para caminhos e espaços, distâncias do cabeamento horizontal e de backbone, redundância, gerenciamento de cabos e considerações ambientais. De forma semelhante à TIA 942-A, outras normas de data centers, como ISO/IEC 24764 - Tecnologia da
INFRAESTRUTURA 48 – RTI – MAI 2024
Fluke Networks
informação - Sistemas de cabeamento genérico para data centers e ANSI/BICSI 002-2014 –Projeto de data center e as melhores práticas de implementação, também descrevem diversas áreas funcionais do data center que definem o posicionamento dos equipamentos, ao mesmo tempo que permitem escalabilidade e confiabilidade.
Dependendo da área funcional do data center que se está testando, existem diferentes aplicações, cabeamento e conectividade a serem consideradas. Compreender as áreas funcionais e o que provavelmente precisará ser testado em cada uma delas pode ajudar a prepará-lo para os testes a serem realizados.
Sala de entrada (ER – entrance room)
A ER - sala de entrada é considerada a entrada de serviço e contém pontos de demarcação à rede das operadoras de telecomunicações. Também pode conter pontos de demarcação para o cabeamento de backbone a outros edifícios, como em um ambiente do campus. A ER abriga equipamentos do provedor de serviços e pode estar localizada dentro ou fora do data center, dependendo dos requisitos da operadora. Em grandes data centers de hiperescala ou colocation, pode haver várias ERs que fornecem acesso a diversos provedores de serviços.
A ER é onde o cabo da planta externa faz a transição para o cabeamento de backbone do data center. Embora alguns cabos de cobre para serviço de voz possam entrar na ER, o principal tipo de cabeamento encontrado aqui é a fibra monomodo rodando aplicações a 40 e 100 Gbit/s, como 40GBase-LR4, 100GBase-ER4 ou 100GBase-LR4. Também pode haver fibra multimodo de backbone chegando de edifícios de campus próximos executando aplicações de 10, 40 ou 100 Gbit/s, como 10GBase-SR, 40GBase-SR4 ou 100GBase-SR4.
Para conseguir a transição da fibra da rede externa para a fibra local na ER, a emenda por fusão é o método mais comum de terminação com gabinetes que abrigam conexões de fibra monomodo duplex para conexão aos equipamentos das operadoras. Às vezes, a fibra do backbone de entrada interno/externo de edifícios próximos não passará pela ER e seguirá diretamente para a MDA - área de distribuição principal. Então, o que será testado na ER? Na maioria dos casos, a demarcação do prestador de serviços é instalada e testada pela operadora, mas pode haver conexões de fibra de backbone monomodo ou multimodo para outros edifícios que precisarão ser testadas. Devido ao maior comprimento do cabo da rede externa entre edifícios, à dificuldade em inspecionar fisicamente a fibra e ao uso comum de emenda, testes de Tier 2 com um OTDRRefletômetro Óptico no Domínio do Tempo podem ser ideais nesses espaços. Isso ajudará a localizar emendas e determinar especificamente os motivos de altas perdas, caso venham a ocorrer.
Um teste de perda óptica também é comumente realizado para certificar o backbone de fibra do campus para garantir que a perda de inserção atenda aos requisitos das aplicações. Além disso, muitas vezes é encontrada conectividade MPO multifibra (ou seja, 12 fibras) na ER, que é necessária para suportar aplicações multimodo de maior largura de banda, como 40 e 100GBase-SR4. Com a conectividade MPO, usar um equipamento com recursos de teste MPO é muito mais rápido e preciso do que um testador duplex, que requer o uso de cabos fanout de MPO para LC, um método de referência de 3 cordões e cerca de 15 etapas diferentes para testar cada um dos seis pares de fibras duplex.
Área Principal de Distribuição (MDA – Main Distribution Area)
Como ponto central de distribuição, a MDA abriga switches e roteadores core para conexão à LAN, SANs e
outras áreas do data center. Esta área pode servir múltiplas áreas de distribuição horizontal (HDAs) ou áreas de distribuição de equipamentos (EDAs) no data center, bem como salas de telecomunicações (TRs). A MDA normalmente inclui conexões cruzadas de fibra monomodo ou multimodo de backbone de alta densidade, sendo a multimodo a mais comum para conexão com outras áreas do data center. Além da conectividade da fibra duplex, a MPO multifibra está se tornando mais predominante nesse espaço para suportar aplicações de maior largura de banda, como 40 e 100GBase-SR4.
Cada data center tem pelo menos uma MDA e, embora normalmente esteja localizada dentro do data center, instalações de colocation maiores podem colocar a MDA em um local separado e seguro. Em data centers menores, a MDA também pode incluir uma conexão cruzada horizontal para conexão a equipamentos em EDAs atendidos diretamente da MDA.
Então, o que será testado na MDA? Aqui você testará principalmente fibra monomodo ou multimodo com conectividade LC/SC duplex ou MPO multifibra. As demais extremidades desses links estão localizadas na Área de Distribuição Intermediária (IDAIntermediate Distribution Area), área de distribuição horizontal (HDAHorizontal Distribution Areas) ou Área de Distribuição de Equipamentos (EDA - Equipment Distribution Area). O principal parâmetro de desempenho a se testar é a perda de inserção, pois é fundamental para suportar aplicações, especialmente em 40 e 100GBase-SR4, que possuem requisitos rigorosos de perda de inserção. Um conjunto de teste de perda óptica fornecerá medições de perda mais precisas.
Área de Distribuição
Intermediária (IDAIntermediate Distribution Area) opcional
A IDA é uma área opcional utilizada principalmente em grandes data centers, como aqueles distribuídos em vários andares ou múltiplas salas. Referida
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INFRAESTRUTURA
como distribuidor intermediário (ID –Intermediate Distributor) no padrão ISO/IEC 24764, a IDA pode incluir conexões cruzadas intermediárias e é projetada para permitir o crescimento do data center ou fornecer segmentação para aplicações específicas. Cada sala ou andar pode ter uma ou mais IDAs, que atendem uma ou mais áreas de distribuição horizontal (HDAs) e áreas de distribuição de equipamentos (EDAs) dentro do data center e um ou mais TRs (salas de telecomunicações) localizadas fora do espaço do data center.
equipamentos por meio de uma conexão cruzada horizontal, possa não conter uma HDA, a maioria dos data centers conterá pelo menos uma HDA para servir como ponto de distribuição da EDA. Entretanto, em um cenário topo de rack (ToR), onde os switches de acesso residem em cada gabinete dentro da EDA e se conectam diretamente aos switches na IDA ou MDA, a HDA é eliminada. Semelhante à sala de telecomunicações (TR) na LAN,
Topologia básica de um data center
Switches de agregação e conexões cruzadas de fibra são normalmente encontrados na IDA, portanto, os tipos de conexões aqui são semelhantes aos encontrados na MDA – gabinetes de fibra contendo conectores de fibra multimodo ou monomodo, duplex ou MPOs. Na IDA, você testará a outra extremidade dos links de fibra da MDA e, novamente, a perda de inserção é o parâmetro principal. Um conjunto de testes de perda óptica fornecerá os resultados mais precisos.
Em algum lugar na Área de Distribuição Horizontal (HDA – Horizontal Distribution Area)
Embora um data center muito pequeno, onde a MDA possa suportar diretamente todos os
onde o cabeamento de backbone faz a transição para o cabeamento horizontal, a HDA abriga switches de agregação, de acesso, SAN e KVM (teclado/vídeo/mouse) para atender os equipamentos (ou seja, servidores) localizados na EDA. Um grande data center normalmente terá várias HDAs para atender várias EDAs do data center. As HDAs podem ser centralizadas em sua própria área separada ou localizadas no final da linha (EoR – end of row ) ou no meio da linha (MoR – middle of row ) para os equipamentos que eles atendem, o que significa que você testará uma HDA e uma EDA em uma única fileira.
O cabeamento de backbone de fibra da MDA (ou IDA) realiza a terminação na HDA para fornecer uplinks de fibra para switches core
maiores. A HDA conterá, portanto, conectividade de fibra quanto ao que é encontrado na MDA. Embora a fibra da MDA possa utilizar cabeamento tronco MPO, normalmente as conexões na frente dos painéis de fibra neste espaço abrigarão conectividade LC/SC duplex, uma vez que os switches aqui são de velocidade mais baixa.
A HDA também abriga conexões cruzadas horizontais e possui conexões de cobre Categoria 6 ou superior para conectar switches à EDA por meio de aplicações como 1000Base-T ou 10GBase-T. Portanto, a HDA é um daqueles espaços de data center onde você provavelmente testará cabeamento de cobre e fibra: uplinks de fibra para a MDA (ou IDA) e links de cobre para a EDA. Esta é também a área do data center onde o cabeamento Categoria 8 será encontrado para suportar as novas aplicações de 25GBase-T e 40GBase-T.
Talvez em uma Área de Distribuição de Zona (ZDA –Zone Distribution Area)
A ZDA é opcional, não comumente usada na maioria dos data centers corporativos. É essencialmente um ponto de consolidação no cabeamento horizontal entre a HDA e EDA e não contém nenhum equipamento ativo. Não é recomendado conter uma conexão cruzada, mas pode conter uma interconexão para terminação do cabeamento horizontal da EDA. A ZDA pode ser conveniente onde não for viável instalar patch panels dentro da HDA para conexão com a EDA e pode facilitar reconfigurações em data centers muito grandes. Tal como acontece com um ponto de consolidação, é importante testar as ligações permanentes de cobre entre a HDA e a ZDA separadamente e depois testar todo o link da HDA para a EDA com a ZDA incluída para descartar quaisquer problemas com a terminação na ZDA.
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Terminando na Área de Distribuição de Equipamentos (EDA – Equipment Distribution Area)
EDAs são espaços alocados para equipamentos finais, como servidores e equipamentos de armazenamento montados em gabinetes ou racks. Devido à quantidade crescente de aplicações e virtualização de servidores, o espaço dentro da EDA normalmente é escasso. Aqui, cabos horizontais de HDAs (ou ZDAs), como o cabeamento de cobre Categoria 6 mencionado acima ou superior, terminam em patch panels no rack que corresponda aos equipamentos que atende. A aplicação mais comumente usada para essas conexões de acessos switch-servidor é 10GBase-T. Esta é outra área do data center onde será encontrado cabeamento Categoria 8 para suportar aplicações 25GBase-T e 40GBase-T.
A EDA também permite cabeamento ponto a ponto entre equipamentos, como em um cenário ToR onde os switches de acesso residem em EDA normalmente em cada gabinete e conectam-se diretamente à MDA ou IDA, eliminando a HDA. Em uma aplicação ToR, cabos de conexão direta twinax SFP+ ou SFP28 (DACs) são frequentemente usados para conectar diretamente switches de acesso ToR a servidores no mesmo gabinete, enquanto DACs QSFP+ e QSFP28 de maior velocidade são normalmente usados para conexões de switches SAN a equipamentos de armazenamento. Testar módulos SFP/QSFPs envolve verificar se a energia está sendo fornecida corretamente.
As melhores práticas são verdadeiras
Sempre que você estiver lidando com fibra, é essencial praticar uma boa higiene, e isso significa inspeção final da face e limpeza. A contaminação da
fibra não só pode causar problemas de desempenho, mas também pode ser transferida do patch cord para a porta do equipamento e até mesmo danificar transceptores. Antes de conectar um cabo, mesmo que seja novo na caixa, certifique-se de que esteja limpo. Se estiver sujo, limpe-o e inspecione-o novamente para ter certeza de que removeu a contaminação.
Muitos data centers passaram a usar tiras de velcro para fixar limpadores de fibra fáceis de usar em cada rack para incentivar uma boa limpeza das fibras.
Independentemente de onde você estiver realizando testes no data center, as melhores práticas ainda precisam ser seguidas. Em primeiro lugar, quando se trata de links de fibra multimodo, o teste de EF - encircled flux é exigido pelos padrões da indústria para links de 40 e 100 Gbit/s. Além disso, conforme a fibra multimodo insensível à curvatura (BIMMF) cresce em popularidade, o uso do método EF torna-se ainda mais crítico porque um mandril não é capaz de produzir uma curva suficientemente apertada para remover os modos de ordem superior que o BIMMF confina ao núcleo da fibra. Também é importante usar cabos de teste não BIMMF para evitar resultados excessivamente otimistas.
Outra prática recomendada importante para testar fibra multimodo inclui o uso do método de referência de 1 cabo. Embora uma referência de 2 cabos possa parecer mais fácil, fazer referência a ambos os cabos de teste traz resultados otimistas e pode fornecer resultados de perdas negativas. Somente a referência de 1 cabo inclui a perda das conexões em ambas as extremidades do canal para maior precisão.
Além disso, muitos fornecedores de cabeamento rejeitam resultados realizados com a referência de 2 cabos, o que poderia impedir a aquisição de uma garantia.
Se você estiver conduzindo testes de fibra Tier 2 na ER da MDA usando OTDR, medindo a perda de eventos
52 – RTI INFRAESTRUTURA
específicos, como conectores e emendas, bem como a perda geral do link, depende da direção de onde a medição é feita. É por isso que são necessários testes bidirecionais que calculem a média dos resultados das medições feitas em ambas as extremidades do link. Embora no passado o teste bidirecional fosse considerado demorado, hoje existem OTDRs disponíveis que simplificam o processo usando um loop na extremidade remota que permite testar uma extremidade e relatar automaticamente a média bidirecional desse link. Os testes de cobre no data center também apresentam algumas considerações importantes. O alien crosstalk é o principal parâmetro de desempenho que pode impactar a capacidade de operação do 10GBase-T e, como o 10GBase-T, é a aplicação típica para links switch-servidor no data center. Testes para alien crosstalk são frequentemente necessários para
garantir o sistema. Isso geralmente é feito usando um tamanho de amostra ou quaisquer outros requisitos do fornecedor de cabeamento. Ao especificar um tamanho de amostra para teste de alien crosstalk, recomenda-se testar um número semelhante de links sob interferência de curto, médio e longo prazo.
Outra consideração de teste de cobre é a integridade da blindagem. O cabeamento de cobre blindado é mais visto no data center do que em qualquer outro espaço, e o cabeamento Categoria 8 é um cabo blindado. O cabeamento blindado oferece imunidade a ruídos muito superior em comparação com o não blindado e, se instalado corretamente, dificilmente se verá qualquer alien crosstalk em um sistema blindado. Mas se não for instalado corretamente, até mesmo o cabeamento blindado pode falhar. Em uma aplicação de data center que usa cabeamento blindado onde
um patch panel aterrado é conectado a outro patch panel aterrado, uma blindagem aberta em um cabo pode resultar em falha no teste de alien crosstalk. Enquanto a maioria dos testadores procura uma continuidade simples entre a blindagem na unidade principal e a blindagem na unidade remota, esse sinal CC procurará de qualquer maneira que puder para chegar à unidade remota, inclusive através do aterramento comum do edifício ao qual os patch panels e racks estão conectados. Isso significa que o testador mostrará uma blindagem conectada mesmo quando não está. Felizmente, isso pode ser evitado com um testador capaz de testar a integridade da blindagem.
Publicação com autorização da Fluke Networks. O artigo original em inglês se encontra disponível no site: https://www.flukenetworks.com.
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Christian Mendes Gouveia, diretor geral LATAM da Park Place Technologies
Oportunidades e desafios do mercado de data centers brasileiro
Nos últimos anos, a América do Sul tem sido palco de um notável crescimento na indústria de data centers, com destaque para o Brasil. Esse boom está intrinsecamente ligado ao aumento da demanda por armazenamento e processamento de dados, impulsionada pela digitalização em todas as esferas da sociedade. O aumento do uso de algoritmos, IA - Inteligência Artificial e a iminente chegada do 5G estão entre os principais fatores dessa expansão. De acordo com um estudo da Arizton Advisory & Intelligence (https://tinyurl.com/4mc3cr73), o mercado de data centers na América Latina pode ultrapassar os US$ 7,8 bilhões até 2026, com uma taxa de crescimento anual composta de 7,6%.
Dessas cifras impressionantes, o Brasil é responsável por uma fatia considerável, representando cerca de 40%.
Esses números evidenciam não apenas o potencial do mercado brasileiro, mas também sua importância na região.
Oportunidades
• Crescimento econômico digital: o Brasil está experimentando um aumento acelerado em sua
Esta seção aborda aspectos tecnológicos das comunicações corporativas, em especial redes locais, mas incluindo também redes de acesso e WANs. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.
economia digital, com destaque para o comércio eletrônico e as fintechs. Tal cenário gera uma demanda constante por infraestrutura de TI, incluindo data centers e redes corporativas.
• Adoção do 5G: a implantação das redes 5G no Brasil promete revolucionar a conectividade e abrir novas oportunidades para a indústria. O aumento nas taxas de adoção de smartphones e a ascensão da economia digital estão impulsionando a demanda por capacidade de armazenamento e processamento de dados.
• Posição geográfica estratégica: a localização do Brasil na América Latina o torna um destino atrativo para investimentos em data centers. A vasta extensão territorial, população significativa e conectividade com os países vizinhos contribuem para seu potencial como hub regional de tecnologia.
• Crescente uso de IA: a IA está se tornando cada vez mais onipresente em diversos setores, exigindo infraestruturas de data centers mais avançadas para suportar o processamento de grandes volumes de dados. Essa demanda é fomentada pela expansão das big techs e pela necessidade de empresas de todos os segmentos de utilizar IA para impulsionar a inovação e a eficiência.
Desafios e alternativas de soluções
• Sustentabilidade: data centers são conhecidos por seu alto consumo de energia e emissões de carbono significativas. Em um mundo cada vez mais consciente das questões ambientais, a necessidade de práticas sustentáveis na indústria de tecnologia se torna cada vez mais urgente. A título de comparação,
só em contas online, como email, bancárias, entre outras, são gerados milhares de dados baseados em nuvem. No entanto, milhões dessas contas provavelmente não são utilizadas, gerando dados considerados inúteis parados em data centers, que operam 24 horas por dia. Para se ter uma ideia, os data centers respondem por 2% de todas as emissões globais de carbono, quase o mesmo que todo o setor aéreo, indica a pesquisa Na nuvem, fora da mente , da Veritas Technologies. Nesse sentido, o estudo da Arizton Advisory & Intelligence indica que a construção modular deve contar com um volume significativo de investimentos durante o período, por ser energeticamente eficiente e projetada para sustentar alta densidade de rack e propiciar custo de execução 30% menor do que instalações tradicionais de alvenaria.
Outras alternativas que podem minimizar o impacto ambiental são:
• Manutenção de hardware: estender os serviços de suporte para além do período de garantia, permitindo que a tecnologia existente seja aproveitada por mais tempo, reduzindo assim a necessidade de atualizações frequentes.
• Serviços profissionais: descarte seguro de hardware, com foco na reutilização e reciclagem de peças e sistemas, contribuindo para a economia circular.
• Escolha de softwares: adoção de soluções empresariais de monitoramento, gerenciamento e desempenho de rede para otimizar a infraestrutura e reduzir o consumo de energia.
• Serviços gerenciados: aquisição de serviços entregues por meio de automação, visando reduzir resíduos eletrônicos e minimizar o tempo de inatividade.
54 – RTI – MAI 2024 EM REDE
• Hardware: considerar a compra de hardware usado como alternativa e reduzindo os impactos ambientais associados à produção de novos equipamentos.
IA
Com a crescente adoção da nuvem para armazenamento de dados, em especial com a evolução e popularização do uso da IA, as organizações se veem obrigadas a aumentar a infraestrutura de data centers e serviços de armazenamento.
Atualmente, o segmento de serviços de nuvem tem como principais players Amazon, Google e Microsoft. Chamados de hiperescaladores, são provedores de nuvem em larga escala. Essas corporações são as que armazenam maior volume de dados das empresas em geral, especialmente agora com a explosão da utilização de sistemas de IA como o Bard, do Google, e do ChatGPT.
Além e devido ao aumento dessas big techs, empresas do setor de data centers utilizados não só por elas, mas também por uma variedade de companhias de todos os segmentos e até órgãos públicos têm obrigatoriamente crescido.
Uma parte do boom para os data centers se deu com o advento da pandemia, que obrigou as organizações a se digitalizarem com rapidez, o que até vinham fazendo antes, porém em um ritmo lento. Quando essa nova necessidade de alocação começou a se estabilizar, com a adaptação das empresas ao novo normal e o fim da pandemia, entra em campo a IA generativa. Se de fato, como se tornou lugar comum no mercado a expressão “os dados são o novo ouro”, as companhias farão de
tudo para acumulá-lo e o cofre para isso são os data centers. Apontada como uma das principais tendências tecnológicas deste e dos próximos anos, a IA generativa exige o desenvolvimento de estruturas mais robustas para operar, em especial, a do site. A modernização da infraestrutura de TI é inevitável para empresas que desejam ser ágeis e competitivas.
Associadas ao aumento no uso de aplicações baseadas em machine learning, soluções de IA generativa podem demandar uma densidade energética três vezes maior do que a utilizada no processamento de dados convencional, reivindicando uma mudança fundamental em toda a arquitetura do centro de dados. O mesmo se dará nos sistemas de resfriamento, que precisarão ser mais sofisticados para acomodar uma saída de calor mais alta.
Entretanto, ao mesmo tempo que esse desafio se apresenta, a utilização da IA pode trazer benefícios significativos, incluindo análise preditiva, detecção de anomalias e otimização do desempenho. Essa tecnologia está se tornando uma aliada valiosa para os operadores de data centers, permitindo aprimoramentos em eficiência e economia de custos.
Em suma, os dados e os números mostrados revelam um cenário de oportunidades e desafios para o mercado de data centers na América do Sul, em especial no Brasil. À medida que o setor continua a se expandir e evoluir, é crucial que sejam implementadas soluções inovadoras para garantir uma expansão econômica sustentável e responsável.
55 – RTI – MAI 2024
Quais são os parâmetros relacionados à resolução de um OTDR e como afetam os testes em redes POLAN?
Para a discussão dos parâmetros ópticos mais relevantes associados aos OTDR para o teste de redes POLAN, vou considerar a topologia apresentada na figura 1. É importante levar em consideração que enlaces POLAN em geral têm perdas ópticas altas principalmente porque os splitters estão relativamente próximos entre si, ou seja, os enlaces ópticos entre eles e, entre eles e os dispositivos e equipamentos que conectam, estão relativamente próximos e as reflexões de sinais são altas. Isso é em relação a uma configuração de rede PON típica, na qual os comprimentos entre dispositivos e componentes ópticos estão na casa de dezenas de quilômetros.
Portanto, é de se esperar que as perdas sejam altas em distribuições POLAN devido à potência das fontes ópticas, que causam perda de retorno e reflectância importantes.
Quanto aos parâmetros ópticos de especial interesse em redes POLAN e testes com OTDR, é importante citar a escala dinâmica, a largura de pulso de teste e as zonas mortas.
Escala dinâmica
A escala dinâmica está ligada diretamente à perda óptica máxima que um OTDR pode analisar a partir do nível de reflexão recebido em sua porta em relação a um nível de ruído específico. Em
e um enlace óptico com fibra monomodo (ITU-T G.652.D) de uso externo (planta externa), com um coeficiente de atenuação de 0,19 dB/km no comprimento de onda de 1550 nm, teremos a possibilidade de analisar um
Fig. 1 - Topologia de uma rede POLAN com o OTDR representado na posição da OLT
outras palavras, trata-se da diferença entre o nível de reflexão mais alto recebido e o nível de ruído do instrumento e está associada à capacidade de o OTDR medir a perda total do enlace óptico inteiro sob teste. A escala dinâmica pode ser entendida, também, como a distância máxima de fibra óptica que o pulso de teste mais largo pode atingir. Assim, quanto maior a escala dinâmica de um OTDR, maior será a distância a ser atingida. Para entender o que a escala dinâmica de um OTDR significa, vejamos como esse parâmetro pode ser calculado, conforme mostrado na equação a seguir [1]:
Escala dinâmica = Comprimento fibra óptica
. Coeficiente de atenuação óptica fibra óptica (dB) [1]
enlace óptico com cerca de 158 km desse tipo de fibra óptica conforme o cálculo a seguir:
Escala dinâmica = Comprimento fibra óptica
. Coeficiente de atenuação fibra óptica
Escaladinâmica
Coeficiente de atenuaçãofibra óptica
30 0,19 =
Comprimento fibra óptica = 157,9 km [2] =
Esta seção se propõe a analisar tópicos de cabeamento estruturado, incluindo normas, produtos, aspectos de projeto e execução. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: info rti@arandanet.com.br.
O comprimento da fibra óptica é especificado em metros (m) e o coeficiente de atenuação em dB/km.
Portanto, se tivermos um OTDR com escala dinâmica útil de 30 dB
No exemplo acima não foram consideradas atenuações adicionais provenientes de componentes ópticos como emendas, splitters e acopladores ópticos. Para complementar essa discussão, considerando a mesma fibra óptica monomodo, ou seja, com coeficiente de atenuação de 0,19 dB @ 1550 nm e emendas a cada 3 km, cada uma com 0,05 dB de atenuação, o mesmo OTDR com escala dinâmica de 30 dB útil seria capaz de atingir um enlace óptico com cerca de 144 km de extensão. Nesses casos, a perda
INTERFACE 56 – RTI – MAI 2024 Paulo Marin
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adicional deve ser subtraída da escala dinâmica do OTDR.
A escala dinâmica varia com a largura do pulso de teste e depende da técnica de detecção empregada pelo OTDR para a caracterização do traço. Portanto, diferentes larguras de pulsos estarão associadas a diferentes escalas dinâmicas.
Largura de pulso
Outro parâmetro importante na definição da distância máxima que um OTDR pode atingir é a largura de pulso de teste. Quanto maior o comprimento do enlace óptico a ser medido, maior deve ser a largura do pulso de teste. No entanto, mesmo que um OTDR tenha escala dinâmica adequada para o enlace a ser analisado, se o operador escolher uma largura de pulso muito estreita, o sinal de teste do OTDR pode não alcançar todo o enlace sob teste. Quando o traço apresenta muito ruído, há duas formas para melhorar sua resolução: o tempo de aquisição pode ser melhorado, aumentando a relação sinal/ruído e mantendo uma boa resolução para pulsos estreitos (mas a relação sinal/ruído não pode ser melhorada indefinidamente), ou um pulso com maior energia pode ser utilizado para melhorar a resolução, lembrando que as zonas mortas se estendem ao longo de toda a largura do pulso.
O tempo de duração de um pulso, ou seja, sua largura, está de fato associado a uma distância. De forma simplista, a largura do pulso de teste tem um comprimento. No OTDR, o pulso transporta energia necessária para gerar reflexões no enlace óptico para sua caracterização e consequente apresentação na forma de traço exibido na tela do OTDR. Assim, quanto menor a largura do pulso, menor a energia
que ele transporta e menor a distância a ser atingida para a caracterização do enlace óptico. Pelo mesmo princípio, um pulso de teste mais largo deve ser utilizado para enlaces ópticos mais longos.
Em resumo, um pulso com largura correta deve ser selecionado para caracterizar de forma precisa o enlace óptico sob teste.
Zonas mortas
As zonas mortas são provenientes de reflexões e há dois tipos: de evento e de atenuação. Ambas são provenientes de reflexões e expressas em distância (metros), que variam de acordo com as potências dos sinais refletidos. Uma zona morta é definida com base no tempo durante o qual o detector está temporariamente cego devido à alta quantidade de luz refletida até que se recupere e possa fazer a leitura novamente. Quando utilizamos um OTDR, o tempo é convertido em distância e, consequentemente, quanto mais reflexões, maior o tempo de recuperação do detector e maiores as zonas mortas.
A zona morta do evento é a distância mínima após uma reflexão onde um OTDR pode detectar outro evento. Em outras palavras, é o comprimento mínimo de fibra necessário entre dois eventos reflexivos. Já a zona morta de atenuação é a distância mínima após uma reflexão onde um OTDR pode medir com precisão a perda de um evento consecutivo. Zonas mortas de atenuação curtas permitem que o OTDR detecte um evento consecutivo e a perda de eventos muito próximos no enlace sob teste.
As zonas mortas também são influenciadas pela largura do pulso de teste. As especificações usam a
largura de pulso mais curta para fornecer zonas mortas mais curtas. No entanto, as zonas mortas nem sempre têm o mesmo comprimento; elas aumentam à medida que a largura do pulso aumenta.
Voltando ao esquema da figura 1, o OTDR está conectado a um segmento de fibra óptica com 2600 m de comprimento que termina no splitter S1 (1:8). Uma de suas saídas está conectada a um segmento de fibra óptica com 1800 m de comprimento terminado no splitter S2 (1:8), cujas saídas são terminadas em pontos de terminação óptica (não representados na figura 1) aos quais as ONTs 1 a 8 são conectadas. Os segmentos de fibras ópticas das saídas de S2 têm comprimentos diversos.
Para uma primeira caracterização geral da rede POLAN sob teste, como exemplo, um pulso de teste com largura de 300 ns, no comprimento de onda de 1625 nm pode ser utilizado. No entanto, com esse pulso de teste o OTDR não será capaz de caracterizar o enlace total sob teste, ou seja, os segmentos de fibras ópticas a partir do splitter S 2 não serão detectados.
Em um próximo teste, com a largura do pulso reduzida consideravelmente, por exemplo, para 20 ns, os segmentos de fibras ópticas entre o splitter S2 e cada ONT (ONT1 a ONT8) passam a ser detectados e caracterizados no traço do OTDR.
De qualquer forma, para a caracterização precisa do enlace sob teste, mostrando inclusive todos os oito eventos reflexivos (ONT1 a ONT8), o OTDR precisa ter uma alta resolução espacial e zonas mortas muito pequenas. A resolução espacial
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pode ser entendida como o comprimento mínimo de fibra óptica que um OTDR pode medir efetivamente. Para a caracterização completa do enlace óptico, todas as reflexões adjacentes às oito ONTs conectadas às saídas de S2 deverão ser resolvidas. Isso é possível com o uso de um pulso de teste com largura adequada e ferramentas adicionais de diagnóstico que os OTDRs podem ter.
Em resumo, para testes efetivos em redes POLAN, instrumentos (OTDR) com escala dinâmica alta (35 dB em geral) e pulsos de testes com larguras muito estreitas são necessários, concluindo a discussão iniciada no início deste artigo.
Em outras palavras, enlaces ópticos curtos (característica comum de redes POLAN) são mais críticos para análises com OTDR, o que requer operadores com conhecimentos sólidos sobre os parâmetros a serem configurados, métodos e instrumentos de teste adequados.
Paulo Marin é engenheiro eletricista, mestre em propagação de sinais e doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI. Marin trabalha como consultor independente, é palestrante internacional e ministra treinamentos técnicos e acadêmicos. Autor de vários livros técnicos e coordenador de grupos de normalização no Brasil e EUA. Site: www.paulomarin.com.
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A curiosidade e a segurança da informação
É fato que atualmente a maior parte dos ataques explora a velha técnica da engenharia social sob outras roupagens. Ao invés de gastar milhões na criação de softwares de ataque que consigam invadir redes altamente protegidas e monitoradas, os criminosos descobriram que o ser humano é altamente vulnerável, e golpes podem ser realizados apenas por explorar o cérebro humano. Um dos principais motivos é que o órgão primeiro acredita para depois desconfiar. É uma questão de design. Para sair um pouco da TI, podemos usar os golpes que viraram febre por aqui: o do WhatsApp e o da falsa central telefônica do banco, e que aparentemente ainda continuam muito lucrativos.
No WhatsApp, inicialmente, o criminoso tinha que por engenharia social sequestrar a conta da primeira vítima, para depois enganar seus contatos para lhe enviar dinheiro. Funcionava bem até que foi ficando mais complicado, e o crime que descobriu que basta ter uma lista de contatos vazada de algum lugar, selecionar um deles, buscar a foto no próprio WhatsApp da pessoa, caso ele não tenha bloqueado a visualização da foto para quem não é contato, colocar a foto em seu próprio telefone e a partir daí enviar mensagens para os contatos dizendo “mudei o número” para depois pedir dinheiro. É um procedimento bem mais simples, e que infelizmente funciona muito bem. Quem é enganado primeiro acredita, pois a foto está lá, para depois ligar para o número que tem do seu amigo ou familiar. É parecido com o golpe da central telefônica. Alguns até falsificam o
número de discagem e utilizam um telefone real do banco, mas outros ligam mesmo de um número móvel. Você ouve que fez uma transferência e para digitar “2” e falar com a “central” para mais informações. Na hora ninguém se lembra de dar uma olhada no aplicativo do banco, ou fazer mais perguntas. Simplesmente acreditamos. Deve fazer sucesso porque os criminosos têm pressa. Eu recebo quase uma por dia, e cada vez respondo de maneira diferente. Na última, fingi que não estava escutando a pessoa do outro lado, e a ligação não durou nem dez segundos. Desligaram imediatamente. Certamente não querem perder tempo. Há um semelhante de uma tal promoção. “Recebeu o link?”, perguntam. Se as respostas saírem do script, os golpistas desligam na hora.
A exploração da confiança reside em um desafio, que é não perder. Voltando à TI, imagine que você recebe um e-mail de um colega ou parceiro de negócios com alguma requisição e você confia inicialmente, começando uma conversa que logo se revela suspeita para em seguida passar a ser fraudulenta. Naquele momento você percebe que quem está do outro lado não é seu colega. Mas, e se a conversação já estiver estabelecida entre as duas partes, com confiança quase total, e o criminoso conseguir fazer parte dela?
A técnica se chama “sequestro de conversa”, ou thread hijacking em inglês. É importante comentar que há uma outra técnica bem mais elaborada com o mesmo nome, porém que age de maneira diferente. A que irei comentar funciona por e-mail. É também chamada de fraude “multi-persona”, por envolver mais de dois indivíduos. Inicialmente, o criminoso consegue invadir a conta de e-mail de alguém em busca de contatos e conversas abertas. Então passa a interagir em uma das conversas,
passando alguma informação nova, como o nome de um contato, ou um número de telefone para conversar pessoalmente, ou então um anexo ou link URL maliciosos. A outra vítima terá muito mais facilidade para acreditar no golpista, pois já estava conversando com a pessoa que teve a conta invadida. A taxa de sucesso é altíssima. No entanto, nem sempre a vítima terá uma conversa útil para o golpe, e aí entra a curiosidade. Talvez os grupos de crime cibernético tenham contratado psicólogos, não sei, mas o fato é que passaram também a explorar a curiosidade humana. O mecanismo é parecido. O invasor está com o controle de uma conta de e-mail e tem acesso às conversas, mas ao invés de tentar se passar por um dos interlocutores, ele inclui uma ou mais pessoas na conversa, como se ela tivesse sido copiada sem querer, incluindo, porém, um anexo ou link malicioso com uma chamada do tipo “veja esse anexo confidencial”. Pode também alterar as mensagens do histórico e incluir ou trocar links. Do lado da terceira pessoa, ela caiu de repente em alguma conversa real e provavelmente confidencial. Podem ser executivos de sua própria empresa, ou de alguma outra. O assunto certamente chamará atenção e irá atiçar a curiosidade, até chegar no anexo ou no link malicioso.
Certamente dá trabalho, mas custa muito menos ao grupo criminoso do que um software altamente sofisticado. Além disso, o fácil acesso à IA – Inteligência Artificial generativa facilita o golpe por torná-lo mais crível e não limitar o atacante ao seu idioma.
A grande sacada é que o ataque explora ao mesmo tempo a nossa tendência de acreditar primeiro. Recebemos o histórico da conversa, e mesmo que alguma parte pareça suspeita, todo o resto está limpo, o que dá a confiança de clicar ou abrir o arquivo para ver o que tem nele. O
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Marcelo Bezerra
SEGURANÇA
fato de a mensagem estar quase toda limpa, e ter sido enviada de uma pessoa da lista de contatos, irá contornar a maioria dos sistemas de segurança de e-mail, pois ela não será considerada suspeita para ser analisada por completo. Se quem teve a conta invadida e a terceira pessoa trocaram e-mails nos últimos tempos, ainda mais confiável será considerada a mensagem pelo software e por quem a recebeu. Afinal de contas, ele está em cópia nas mensagens e ninguém enviou nada diretamente, logo, “não deve ser um golpe”.
Tais técnicas representam um desafio enorme para as equipes de segurança. Do lado tecnológico, são necessários sistemas de detecção capazes de analisar semântica e padrões anormais nas mensagens, normalmente baseados também em IA, e sistemas de sandbox para o pré-processamento de anexos e URLs. Também é necessária uma abordagem de segurança multicamadas, para que tudo não esteja dependente de um único elemento. Por fim, deve-se investir no usuário final através de campanhas de treinamento, conscientização e simulação de phishing, para que ele possa por conta própria identificar padrões suspeitos. Assim como podemos aprender a desconfiar, podemos também controlar nossa curiosidade.
Marcelo Bezerra é especialista em segurança da informação, escritor e palestrante internacional. Atua há mais de 30 anos na área, com experiência em diferentes áreas de segurança cibernética. No momento, ocupa o cargo de Gerente Sênior de Engenharia de Segurança na Proofpoint. Email: marcelo.alonso.bezerra@gmail.com.
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PRODUTOS
Proteção para ambientes compactos
O Compact Fire System, da SMH Sistemas, é uma solução para a proteção de espaços compactos de até 80 m3 como data centers, contêineres de equipamentos, provedores de serviços de Internet, salas elétricas, entre outros. A solução integra em um rack metálico todos os dispositivos necessários para a detecção, alarme e supressão de incêndio por agentes limpos/gases: HFC-227, HFC-125 ou fluido FK5-1-12, que são ecologicamente corretos e seguros para pessoas, equipamentos, meio ambiente e ativos de alto valor agregado. Site: www.smh.com.br.
Provedor de nuvem
O provedor internacional de nuvem Serverspace abriu uma representação no Brasil, tornando-se o oitavo país onde fornece serviços adaptados ao mercado local. Os usuários brasileiros agora têm acesso a um site em português, fácil de usar, suporte técnico e painel de controle separado com a possibilidade de pagar em reais. Oferece implantação automática de infraestrutura virtual baseada em Linux e Windows de qualquer lugar do mundo em menos de um minuto. Ferramentas de API aberta, CLI e Terraform estão disponíveis para integrar os serviços do cliente. Site: https://serverspace.com.br/.
Switch
O switch PoE – Power over Ethernet modelo
G3326P-24-410W é um equipamento para gestão inteligente de nuvens que apresenta 24 portas Gigabit PoE, com consumo de energia de 30 W por porta, e mais duas portas SFP. Com consumo máximo de energia do switch de 410 W, o dispositivo possui proteção de 6 kV contra raios para todas as entradas e fonte de alimentação. Fabricado pela IP-COM, marca pertencente ao mesmo grupo da Tenda Roteadores. Site: https:// www.ip-com.com.cn/br/.
Placa para controle de acesso
A Assa Abloy Controle de Acesso, em parceria com a Mercury, lançou uma placa para controle de acesso que utiliza criptografia em diversos níveis para assegurar a proteção de dados
confidenciais e conta com certificações internacionais de segurança cibernética. Possui compatibilidade com o Vault Next, que possibilita a definição de regras de abertura, outros protocolos de segurança e relatórios. Assim, a tecnologia combina segurança de dados com a usabilidade para o cotidiano das equipes de proteção. Site: https:// controledeacesso. assaabloy.com.br.
Esteira porta-cabos
A esteira porta-cabos modelo B045-38, da Porta
Cabos, apresenta elos injetados com náilon reforçado com fibra de vidro e alças removíveis que facilitam a inserção e/ou manutenção dos cabos e mangueiras. O produto tem altura do elo de 40 mm, largura interna de 38 mm e raio de 52 a 200 mm. Site: www.portacabos.com.br.
Câmera
trilhos transversais para a versão Superior , com capacidade de carga de 1500 kg. Site: www.rdm.com.
Testador de cabos
A câmera Q9307-LV Dome, da Axis Communications, combina vídeo nítido, áudio bidirecional, analíticos acionáveis e indicadores LED para ajudar a melhorar a segurança, a proteção e a eficiência operacional.
O produto oferece qualidade de imagem nítida em 5 MP, quatro microfones integrados e um alto-falante com cancelamento de eco, possibilitando comunicação de áudio bidirecional com supressão de ruído. Site: https://tinyurl.com/5d8sjuzs.
Rack
A R&M expandiu seu sistema de racks Freenet com a adição da linha Freenet Superior, uma versão para serviços pesados em data centers. Os gabinetes Freenet são baseados em uma construção uniforme de acordo com o esquema de 19”. A estrutura básica agora pode ser atualizada com
Fabricado pela Fluke Networks, o testador LinkIQ, além de fornecer relatórios simples de testes de aprovação/reprovação do cabeamento, também verifica o desempenho de switches, incluindo aqueles que fornecem PoE - Power over Ethernet. Seu funcionamento é baseado em uma abordagem de teste único que fornece automaticamente as medições com base no que está na outra extremidade do cabo até 10 Gbit/s. Para um cabo aberto, mostra o comprimento e o emparelhamento. Se o cabo estiver conectado a uma porta de switch, mostrará o nome do switch mais o nome da porta, velocidade e duplex. Se o PoE for anunciado, ele exibirá a potência e a classe (até 90 W ou Classe 8) e, em seguida, carregará o switch para verificar se a energia pode ser fornecida. Site: https:// pt.flukenetworks.com.
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O NIC.br, braço executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), publicou o estudo Conectividade Significativa: Propostas para Medição e o Retrato da População no Brasil. Conduzido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br/NIC.br), o levantamento oferece uma avaliação detalhada das lacunas existentes no acesso, no uso e na apropriação da Internet no contexto nacional. A análise propôs um método para mensurar a qualidade e efetividade do acesso da população às tecnologias digitais a partir da construção de uma escala derivada do processamento de indicadores da TIC Domicílios, pesquisa amostral domiciliar especializada em tecnologias da informação e comunicação. Foram definidos nove parâmetros, agrupados em diferentes dimensões (acessibilidade financeira, acesso a equipamentos, qualidade da conexão e ambiente de uso). Quatro descrevem atributos individuais e os outros cinco refletem características das residências: custo da conexão domiciliar, plano de celular, dispositivos per capita, computador no domicílio; uso diversificado de dispositivos, tipo e velocidade da conexão domiciliar; frequência de acesso à Internet; e locais de uso diversificado. Com 156 páginas, o documento pode ser baixado pelo link: https:// tinyurl.com/yu8ysjfc.
Desenvolvido pela Red Hat, membro da comunidade Konveyork, em conjunto com o Instituto de pesquisa Illuminas, o relatório State of Application Modernization apresenta o contexto das aplicações de tecnologia modernas, como migração de nuvem, pipelines de CI/CD e boas práticas de ciberproteção. A análise ouviu 1000 empresas que têm o inglês como língua de negócios, metade localizada nos Estados Unidos e o restante dividido entre Reino Unido e na região da Ásia-Pacífico. Separados igualmente entre tomadores de decisões e profissionais técnicos (desenvolvedores back-end e arquitetos de softwares), os entrevistados destacam as áreas de segurança, confiança e escalabilidade como impulsionadores da inovação. Para 70% dos respondentes, pelo menos algumas dessas três vertentes tiveram resultados satisfatórios no último ano. No contexto de segurança, 58% observaram benefícios ao aprimorar aplicações, enquanto os quesitos de confiança e escalabilidade atingiram, respectivamente, as marcas de 52% e 53% de satisfação. O estudo de 52 páginas pode ser acessado no site: https://tinyurl.com/m4esj56h.
Em Como a Inteligência Artificial Funciona, o autor Ronald T. Kneusel baseia-se em seus mais de 20 anos de experiência na área para guiar os leitores pela história da IA –Inteligência Artificial, elucidando como os precursores abriram caminho para as
inovações e modelos clássicos iniciais, como funcionam as redes neurais e como as redes convolucionais aprendem a identificar e a classificar imagens. Por fim, também explorarão como os large language models (LLMs) entendem e geram textos semelhantes aos escritos por humanos, por que muitos os consideram o início da verdadeira IA, e como podem moldar o futuro. Editora Novatec (https:// tinyurl.com/mrdnswx7), 256 páginas.
No livro Sistemas de Controle com Python: Resposta em Frequência, o autor Magno Enrique Mendoza Meza disponibiliza os códigos em Python de todos os exemplos desenvolvidos e um conjunto de funções criadas para mostrar dados de simulação como máximo sobressinal, tempos de acomodação, pico e subida, frequência de ressonância, amplitude de pico de ressonância e largura de banda para criar as tabelas de dados da resposta em frequência. Também são apresentadas a geração de onda quadrada e triangular; as margens de fase e de ganho, as respectivas frequências de cruzamento de ganho e de fase, e as setas de direção de movimento dos diagramas polares. Editora Blucher (https:// tinyurl.com/49tudvu8), 393 páginas.
PUBLICAÇÕES 65 – RTI – MAI 2024 Índice de anunciantes Fibersul ........................11 Fibracem ......................13 Forte Telecom ..............23 Klint ...............................15 Megatron ......................33 Merkant TI....................25 MK Solutions ...............53 Next Cable ......................5 Nexusguard .................10 NIC.br ...........................51 Olé TV ...........................39 Panduit 12, 26, 45 e 55 Proeletronic .................20 RBXSoft .......................38 Rosenberger Domex..35 Setex Cabos ................21 SMH Sistemas .... 4ª- capa Specto .........................37 TP-Link .................2ª- capa Vero ................................9 Vertiv ............................31 Vigo...............................52 Watch TV ......................27 WZTECH Networks ......43 Abrint ............................63 ALGcompany ................29 Brady ............................30 C3 Consulting ..............42 Cabletech .............3ª- capa Dicomp .........................47 Embrastec ...................22
Práticas essenciais para trabalhos em altura em empresas de telecomunicações
No mundo das telecomunicações, onde a conectividade é a espinha dorsal da nossa sociedade moderna, trabalhar em altura é uma realidade diária para muitos profissionais. Mas com grandes alturas, vêm grandes responsabilidades, especialmente no que diz respeito à segurança. É preciso mergulhar nos desafios enfrentados por esses trabalhadores corajosos e explorar soluções eficazes para garantir que todos possam atuar sem riscos. Segundo dados do Anuário
Estatístico da Previdência Social 2021, em relação aos acidentes de trabalho no Brasil, 40% dos 536.174 registros estão relacionados a quedas de trabalhadores em altura.
São enquadradas como trabalho em altura situações em que os trabalhadores estão em plataformas, escadas ou andaimes com altura superior a 2 metros do chão, ou em uma vala ou poço com profundidade superior a 2 metros. Quando falamos de trabalho em altura, alguns desafios surgem no horizonte, como é o caso do acesso e mobilidade. Por trabalharem em espaços confinados e de difícil acesso, muitas vezes o colaborador se vê restrito a um pequeno espaço de atuação. Outra condição que impacta o serviço é o clima que, a depender de como estiver, pode aumentar significativamente os riscos de queda. Riscos elétricos, pela proximidade a fios e cabos, bem como a fadiga e o estresse físico, também são questões que merecem ser lembradas.
Esta seção aborda aspectos técnicos, regulatórios e comerciais do mercado de provedores de Internet. Os artigos são escritos por profissionais do setor e não necessariamente refletem a opinião da RTI
Antes de qualquer escalada, o preparo é fundamental. Isso significa treinamento rigoroso, não apenas sobre como subir e descer com segurança, mas também sobre como lidar com emergências. Um profissional bem treinado é um profissional seguro, e para isso o uso correto do EPI – Equipamento de Proteção Individual é crucial. Capacete, cinto de segurança para trabalho em altura, luvas e botas são apenas o básico. Cada peça deve ser inspecionada antes do uso, garantindo que esteja em perfeito estado. Estar atualizado com as normas regulamentadoras, especialmente a NR-35, que trata especificamente do trabalho em altura, também é essencial. Conhecer e seguir essas normas não é apenas uma questão de conformidade legal, mas de preservação da vida. Junto a isso, ter um plano de emergência claro e praticado regularmente pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Isso inclui saber como reagir em caso de quedas, falhas de equipamento ou condições meteorológicas adversas.
Um fator que pode passar despercebido por muitos é a saúde mental dos trabalhadores em altura, tão importante quanto um bom preparo físico. Atuar em grandes alturas pode ser estressante, e ter um suporte psicológico é crucial para a segurança da equipe. Em alguns casos, o uso de tecnologias avançadas, como a inspeção por drones, pode evitar escaladas perigosas.
Por fim, mas não menos importante, a criação de uma cultura de segurança dentro da empresa é fundamental. Quando todos, do chão de fábrica aos executivos, valorizam e praticam a segurança, o ambiente de trabalho se torna mais seguro em geral.
Planejamento e análise de riscos
Antes de qualquer atividade em altura, é crucial realizar um
planejamento detalhado. Isso inclui a análise de riscos, identificando potenciais perigos e definindo as medidas de controle adequadas para mitigá-los. A análise deve considerar fatores como condições meteorológicas, características da estrutura e possíveis interferências no ambiente de trabalho.
Medidas preventivas para mitigar acidentes
• Inspeção de equipamentos: todos os EPIs e dispositivos de trabalho devem ser rigorosamente inspecionados antes de sua utilização para garantir que estão em perfeito estado de conservação e funcionamento.
• Sistemas de ancoragem: utilizar sistemas de ancoragem confiáveis que possam suportar as forças geradas em caso de uma queda.
• Limitação de acesso: restringir o acesso às áreas de trabalho em altura apenas aos profissionais capacitados e equipados adequadamente.
• Uso de Barreiras e sinalizações: implementar barreiras físicas e sinalizações claras para demarcar as áreas de trabalho e alertar sobre os riscos.
• Plano de resgate: desenvolver e treinar um plano de resgate eficaz, garantindo que a equipe esteja preparada para agir rapidamente em caso de emergência.
• Monitoramento das condições climáticas: suspender as atividades em altura em condições climáticas adversas, como ventos fortes, chuva ou tempestades.
Conclusão
As empresas de telecomunicações têm a responsabilidade não apenas de manter o mundo conectado, mas também de garantir a segurança daqueles que tornam essa conexão possível.
66 – RTI – MAI 2024 ISP EM FOCO
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