RTI Janeiro 2024

Page 1


A marca N˚1 do mundo em produtos Wi-Fi

Conheça o lançamento da TP-Link exclusivo para ISPs.

Pense,

Ultra conectividade para criar uma rede perfeita em qualquer lugar.

XX530v Roteador Dual Band Wi-Fi 6 AX3000

Link. Wi-Fi com até 3Gbps. Bandeja de proteção do cabo de fibra contra danos. Compatível com EasyMesh. Solução Aginet Completa. Gestão Remota com TR-069 e Preset.

Acesse o site ou entre em contato com nosso time especialista pelo e-mail: corp.br@tp-link.com

Escaneie o código para solicitar um orçamento.


DESTAQUES Ano 24 - Nº- 284 Janeiro de 2024

Softwares de gestão para provedores de Internet Com a constante expansão da base de assinantes e o aumento da concorrência no mercado de banda larga, os provedores demandam maior controle sobre os aspectos operacionais de seu negócio. Os sistemas integrados de gestão são capazes de mapear desde os técnicos em campo até ordens de pagamento.

ESPECIAL

18

Guia de ferragens Quase 80 itens fazem parte do levantamento, que cobre desde alças, ancoragens e esticadores para fixação de redes aéreas e subterrâneas até plataformas, suportes e esteiramento para estações radiobase.

SERVIÇO

28

O impacto dos ataques DDoS nos provedores de Internet Este artigo explora as razões pelas quais os ataques de negação de serviço (DDoS) causam grandes períodos de inatividade e discute o importante papel que os provedores de Internet devem desempenhar no combate a esses ataques.

SEGURANÇA

32

Capa: Helio Bettega

Foto: Deposit Photos

Free cooling em edge data centers Conheça as vantagens do free cooling em um edge data center, em comparação com o sistema convencional de climatização, como resultado de simulações termoenergéticas a partir de condições climáticas em um projeto piloto realizado em Florianópolis, SC.

REFRIGERAÇÃO

36

Guia de distribuidores de produtos de redes

SEÇÕES Editorial

4

Informações

8

Interface

54

Segurança

58

Gerenciamento e monitoramento inteligente de gabinetes outdoor

Em Rede

60

Produtos

62

Este artigo apresenta um protótipo baseado em sensoriamento com técnicas de IoT – Internet das Coisas para aquisição e gerenciamento dos gabinetes outdoor, proporcionando uma gestão centralizada às operadoras de telecomunicações.

Atendimento ao leitor

63

Publicações

65

REDES EXTERNAS

Índice de anunciantes

65

ISP em Foco

66

Relação de fornecedores de sistemas de cabeamento estruturado, racks, sistemas de energia, produtos FTTH, rádios, roteadores e pontos de acesso sem fio, entre outros produtos de redes e telecom.

SERVIÇO

42

46

Quando faz sentido ter um data center modular? O mercado tem demandado redes cada vez mais versáteis e capazes de atuarem sem interrupções. Para ampliar a capacidade, os sites costumam recorrer a diversas tecnologias. Uma delas é a infraestrutura modular, uma solução escalável e customizável que pode facilitar futuras expansões.

INFRAESTRUTURA

50

As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI, podendo mesmo ser contrárias a estas.


EDITORIAL

ARANDA

Software de gestão comercial para provedores Como a maioria dos provedores de Internet

nascem pequenos, com estrutura familiar e poucos recursos, muitas vezes o crescimento não é ordenado. Um dos grandes desafios é melhorar sua gestão. A governança e a organização dos processos de contabilidade, auditorias, balanço e práticas tributárias são fundamentais para o sucesso de uma empresa, para a valorização em uma futura venda ou para se fortalecer em um mercado cada vez mais concorrido. Os softwares de gestão comercial, como ERP e CRM, tema da reportagem especial desta edição, podem ajudar nesse sentido. No mercado brasileiro há soluções desenvolvidas especificamente para o universo do provedor, capazes de integrar as diversas áreas, como vendas, faturamento, cobrança, controle de estoque, atendimento ao cliente, rastreamento de equipes de instalação, suporte técnico, entre outras. Com isso, permitem automatizar tarefas, reduzir erros, otimizar recursos, aumentar a produtividade e melhorar a satisfação dos clientes, ao oferecer um atendimento mais rápido, personalizado e transparente. A ferramenta traz um diferencial competitivo para uma empresa de telecomunicações, que precisa se adaptar às constantes mudanças e exigências do mercado. É o caso, por exemplo, da avaliação constante do desempenho por meio de indicadores como faturamento, inadimplência, churn rate (taxa de cancelamento) e satisfação dos clientes, com a geração de relatórios e gráficos que auxiliam na tomada de decisões estratégicas. Da mesma forma, o gestor pode ter melhor otimização do controle e da segurança das informações, ao centralizar os dados em uma única plataforma, com acesso restrito e rastreável e permitir o compartilhamento de informações em tempo real. O cenário de informalidade no mercado vem mudando, mas ainda há muitos provedores regionais liderados somente pelo empreendedor. Isso pode funcionar para uma operação pequena, com poucos assinantes, mas no momento que precisa escalar, somente o processo de governança possibilitará que as rotinas se perpetuem de maneira correta. Mais do que ter a posse da rede de fibra óptica, o importante é o resultado financeiro e suas perspectivas de crescimento. É isso que compradores e investidores avaliam em uma oferta de venda, em especial com relação à compliance fiscal e planejamento de longo prazo. A falta de uma estrutura de gestão profissional pode colocar em risco uma transação e levar o provedor a perder valor de mercado ou mesmo sucumbir diante da chegada de um grande grupo consolidador na sua região. Não adianta a operação ser brilhante apenas para os donos do negócio. É preciso estar 100% organizada. E isso só é possível com o apoio de uma boa ferramenta de gestão. Sandra Mogami – Editora sm@arandaeditora.com.br

EDITORA

TÉCNICA

CULTURAL

LTDA.

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves, e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO: Diretor Diretor: José Rubens Alves de Souza (in memoriam) Jornalista responsável: Sandra Mogami (MTB 21.780) Repórter: Fábio Laudonio (MTB 59.526) SECRETÁRIAS DE REDAÇÃO E PESQUISAS: Milena Venceslau e Sabrina Emilly dos Anjos Costa PUBLICIDADE NACIONAL: Gerente comercial comercial: Élcio S. Cavalcanti Contatos: Rodrigo Lima (rodrigo.lima@arandaeditora.com.br) Cibele Tommasini (cibele.tommasini@arandaeditora.com.br) REPRESENTANTES: Minas Gerais: Oswaldo Alipio Dias Christo Rua Vila Rica, 1919, cj. 403 – 30720-380 – Belo Horizonte Tel.: (31) 3412-7031 – Cel.: (31) 9975-7031 – oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista Rua Carlos Dietzsch, 541, cj. 204 – Bloco E – 80330-000 – Curitiba Tel.: (41) 3501-2489 – Cel.: (41) 99728-3060 – romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro e Interior de São Paulo: Guilherme Carvalho Tel. (11) 98149-8896 – guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva Tel.: (11) 2157-0291 – Cel.: (11) 98179-9661 – maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES China: Mr. Weng Jie – Zhejiang International Adv. Group – 2-601 Huandong Gongyu, Hangzhou Zhejiang 310004, China Tel.: +86 571 8515-0937 – jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPro e K. – Mr. Sven Anacker – Starenstrasse 94 46D – 42389 Wuppertal Tel.: +49 202 373294 11, sa@intermediapro.de Italy: QUAINI Pubblicità – Ms. Graziella Quaini Via Meloria 7 – 20148 Milan Tel: +39 2 39216180 – grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel: +81-(0)3-3263-5065 – e-mail: aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd Fl., ANA Building, 257-1 Myeongil-Dong, Gangdong-gu Seoul 134-070 Tel: +82 2 481-3411 – jesmedia@unitel.co.kr Spain: GENERAL DE EDICIONES – Mr. Eugenio A. Feijoo C/Juan de Olia, 11-13, 2a. Planta 28020 Madri Tel: +34 91 572-0750 – gee@gee.es Switzerland: Mr. Rico Dormann, Media Consultant Marketing Switzerland Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon Tel: + 41 1 720-8550 – beatrice.bernhard@rdormann.ch Taiwan: WORLDWIDE S Services Co. Ltd. – Mr. Robert Yu 11F-B, No 540, Sec. 1, Wen Hsin Road, Taichung Tel: +886 4 2325-1784 – global@acw.com.tw UK: Robert G Horsfield International Publishers – Mr. Edward J. Kania Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA Tel.: (+44 1663) 750-242, Cel.: (+44 7974) 168188 – ekania@btinternet.com USA USA: Ms. Fabiana Rezak - 2911 Joyce Lane, Merryck, NY 11566 USA Tel.: +(1) 516 476-5568 – arandausa@optonline.net ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. CIRCULAÇÃO: São Paulo: Clayton Santos Delfino - tel. (11) 3824-5300 e 3824-5250 ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Estúdio AP SERVIÇOS: Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima/Intercourier

ISSN 1808-3544 RTI - Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de comunicação, comunicação, éé uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 inforti@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br A revista RTI - Redes, Telecom e Instalações é enviada a 12.000 profissionais das áreas de telecomunicações; redes locais, informática e comunicação de dados; instalações; TV por assinatura; áudio e vídeo; segurança (CFTV e alarmes); automação predial e residencial; e sistemas de energia, aterramento e proteção elétrica.





INFORMAÇÕES

8 – RTI – JAN 2024

Hitachi Energy aposta no mercado de data centers com subestações pré-montadas em fábrica

Soluções compactas, montadas e testadas em fábrica estão chegando também às subestações dos data centers. A Hitachi Energy, empresa global especializada em infraestrutura elétrica, com sede na Suíça, desenvolveu a linha Grid-eXpand, que permite energização rápida e fácil dos equipamentos, bem como futuras expansões de capacidade. Equipada com transformadores isolados a ar e a gás que cobrem as tensões de rede mais usadas no mundo, a Grid-eXpand é projetada e pré-fabricada pela Hitachi Energy, oferecendo vantagens como a instalação até 40% mais rápida, a área ocupada até 60% menor e os custos de obras civis até 70% menores do que as subestações convencionais, que exigem

permanente ou móvel. Além dos data centers, as aplicações compreendem desde pequenos sistemas de distribuição até a integração de geração renovável, alimentação industrial e eletrificação de trens. “Temos percebido um crescimento muito acima da média do mercado de processamento de dados. Novos investidores e empresas de tecnologia estão entrando no segmento, buscando otimização e redução de espaço, confiabilidade, disponibilidade de produtos, competitividade e qualidade para seus projetos E nós temos tudo isso para oferecer”, diz Glauco de Freitas, vice-presidente de marketing e vendas da Hitachi Energy, empresa formada pela compra da divisão de energia (power grid) da multinacional ABB pelo grupo japonês Hitachi em 2020. Com mais de 10 mil instalações fornecidas em todo o mundo, a Hitachi Energy oferece conexões de rede e

Um outro diferencial é o suporte de engenharia da empresa (power consulting), que estuda as demandas dos clientes e as formas de otimizar a área ocupada pelas subestações. A divisão técnica reúne os pesquisadores e engenheiros da operação global e local. “Conseguimos trazer para o Brasil toda a expertise em data centers”, diz. Com a nomeação de um executivo local dedicado para desenvolver a área de data centers, a empresa tem fornecido para os principais provedores do setor no Brasil e outros países da América Latina, em especial o Chile. “As nossas vendas para clientes de data centers vêm crescendo. Nossa expectativa é vender este ano três vezes mais do que no ano passado”, finaliza o diretor. Hitachi Energy – Tel. (47) 3221-3100 Site: www.hitachienergy.com/br/pt

Americana Park Place reforça atuação no país com foco em data centers Profissionais de TI de empresas e

Solução Grid-eXpand: modular e compacta

extensos trabalhos de construção e montagem na unidade consumidora. Um outro ponto positivo é a responsabilidade de um único fornecedor para a integração dos sistemas. As soluções personalizadas incluem cabeamento primário e secundário pronto para conexão com contatos tipo plugue. A rápida montagem e desmontagem também as torna fáceis de realocar e adequadas para uso como unidade auxiliar durante o reparo ou manutenção de subestações primárias existentes. Os módulos estão disponíveis em contêineres, em skids ou reboques para implantação

soluções de qualidade de energia, com suporte da rede global de serviços que abrange 100 países. “Temos a maior base instalada do país em transmissão de energia”, diz o executivo. No Brasil, conta com fábricas em Guarulhos, SP, onde são fabricados os transformadores até 69 kV, e em Blumenau, SC, para linhas acima de 138 kV. “Temos parceiros locais para integrar as soluções pré-engenheiradas, mas de 80% a 90% dos produtos são produzidos por nós. Garantimos confiabilidade e redundância ao sistema”, afirma. A empresa também comercializa os equipamentos de forma avulsa.

data centers têm o desafio de gerenciar as garantias e contratos de manutenção de servidores, storages e equipamentos de rede, a fim de evitar paradas na operação, transtornos e prejuízos. Essa tarefa pode se tornar menos complexa com o suporte de empresas especializadas em manutenção de hardware de terceiros, incluindo pós-garantia de fabricante e de fim de vida útil. A norte-americana Park Place Technologies está apostando no crescimento do mercado latino-americano, em especial do Brasil, com a oferta desse tipo de serviço. “A modalidade de manutenção centralizada e independente de fabricante reduz custos e assegura a qualidade dos serviços”, diz Micaela Palmaz, diretora comercial no Brasil. Ela lembra que os produtos de rede têm um prazo de garantia original que, ao final, pode ser estendido pelo fabricante por mais um período, mediante contratação. Mas chega um dia, em geral cerca de oito anos depois


9 – RTI – JAN 2024

da aquisição, em que o suporte da marca realmente acaba. Nesse momento, as empresas precisam se decidir se irão comprar um novo equipamento, o que demanda um investimento muitas vezes não planejado, ou se vão manter a peça em operação sem garantia (se ocorrer algum problema, elas deverão abrir um chamado avulso, sem saber quando serão atendidas e nem o custo do serviço de urgência). “A Park Place traz a solução ao continuar estendendo a vida desse equipamento. O cliente fica mais tranquilo com o nosso suporte 24/7 e em qualquer local do país, mesmo em áreas remotas, como mineradoras”, diz. Com orçamentos apertados, os gestores de TI estão cada vez mais empenhados em alongar a vida útil dos equipamentos ou somente fazer atualizações pontuais, como a expansão de memória. Segundo uma pesquisa realizada pela IDC em 2021, 70% dos gestores afirmaram já complementavam a estratégia de suporte com o chamado TPM – manutenção de terceira parte. “A ideia não é tirar o fabricante, mas complementar e otimizar o orçamento com um terceiro”, afirma Micaela. Os prazos de contratação são flexíveis – os contratos mais comuns são de três anos, que podem ser renovados. Em comparação com o suporte OEM do fabricante, a redução de custos é de 30% a 40%. Uma outra vantagem é a centralização dos serviços de manutenção em um único fornecedor. “Data centers contam com múltiplos equipamentos e vendors, em diferentes estágios de vida útil, o que torna o suporte ainda mais complexo”, diz Micaela. O serviço de manutenção da Park Place inclui servidores, mainframe, storage e equipamentos de rede como switches e roteadores. “Nosso portfólio hoje tem mais de 1 milhão de marcas e modelos, com estoque próprio de reposição”, diz a executiva. Com 2220 colaboradores e um grupo de engenheiros para suporte back-end e de níveis L3 e L4 e centros de operações empresariais estratégicos, quando o reparo é viável, a empresa realiza o serviço nos próprios clientes, sem necessidade de retirada dos equipamentos. Em outros casos, faz a troca completa das peças.

Micaela Palmaz, da Park Place: manutenção centralizada reduz custos

Segundo a executiva, um dos diferenciais é o uso da ferramenta exclusiva ParkView Hardware Monitoring, uma solução de monitoramento de hardware capaz de automatizar a manutenção, abrindo tíquetes automaticamente e identificando proativamente eventuais problemas com inteligência artificial e machine learning, que realizam análises de ocorrências e evitam 99% de falsos positivos. A empresa desenvolve diversos protocolos para monitorar os equipamentos de forma proativa e preditiva e o ParkView já está incluso no suporte de hardware. Além disso, conta com a garantia FirstTime Fix, um compromisso em garantir que a falha seja corrigida já na primeira visita dos engenheiros, reduzindo o número de chamados e visitas. Além da oferta de suporte e manutenção, a Park Place oferece serviços que possam ajudar seus clientes em todo o ciclo de vida dos equipamentos, otimizando a infraestrutura do data center até o descomissionamento do hardware, incluindo upgrade, moving, instalação de equipamentos e serviços gerenciados de TI. Uma das empresas do grupo, a Curvature, vende equipamentos novos e usados, com um inventário de mais de 100 milhões de peças das principais fabricantes, possibilitando economia de 55% a 90% na aquisição de hardware. Fundada em 1991, a Park Place está sediada em Cleveland, Ohio. Chegou ao Brasil em 2018, após a aquisição da Solid Systems CAD Services (SSCS), especializada em serviços terceirizados de TI, com sede em Houston e na Argentina, após a Park Place adquirir a CMG-Nicsa, também

em 2018, organização latinoamericana de prestação de serviços e provedora de manutenção pós-garantia de data centers, atuando por meio de contratos globais e serviços locais com operações na América Latina e no Caribe. Com escritório em São Paulo, a multinacional tem mais de 450 clientes no Brasil, gerenciando o suporte de mais de 9 mil ativos de segmentos como instituições financeiras, telecomunicações, companhias aéreas, empresas de bebidas, alimentos, empresas de eletrodomésticos, indústrias químicas e farmacêuticas. Mundialmente atende mais de 21.500 organizações, com média semanal de mais de 90 mil tíquetes, com vários locais de estoque e presença em 180 países. Além de São Paulo, possui escritórios na Cidade do México (México), Buenos Aires (Argentina), Bogotá (Colômbia) e Montevidéu (Uruguai). Park Place – Tel. (11) 2367-7747 Site: www.parkplacetechnologies.com/pt-br/

Fibramérica lança solução universal de pré-conectorização A Fibramérica, fornecedora global de soluções de telecomunicações, especializada em tecnologia passiva de fibra óptica, com sede na China e escritório comercial no Brasil em Balneário Camboriú, SC, anunciou o lançamento do Fast Simprecon, uma solução pré-conectorizada universal que reduz os custos operacionais em até 80% em comparação com as soluções tradicionais de conexão mecânica padrão, facilitando a ativação de novos clientes de projetos de FTTH – fiber to the home. “A inovação supera as limitações comuns das opções proprietárias, como restrições de patentes e dependência de um único fornecedor”, diz German Toldo, CCO da Fibramérica. Segundo ele, com o Fast Simprecon, as operadoras de telecomunicações experimentam uma melhoria significativa na eficiência dos processos de instalação.


INFORMAÇÕES

Fast Simprecon: custos operacionais até 80% menores em comparação com as soluções tradicionais de conexão mecânica padrão

“Apesar das inúmeras vantagens, as redes pré-conectorizadas convencionais não estavam avançando no mercado como esperado. Para o pequeno provedor, há a questão do custo. E a grande operadora reluta em ficar presa a um único fornecedor. Então nós desenvolvemos uma solução híbrida e aberta, que reúne o melhor da conexão tradicional com o melhor da solução préconectorizada”, afirma. Na sua opinião, a solução aberta oferece às empresas uma flexibilidade sem precedentes na gestão de suas redes e na escolha de componentes, com preços competitivos e maior controle sobre a cadeia de suprimentos e inventário. “Queremos oferecer aos usuários a liberdade de selecionar seus próprios materiais para a última milha”, diz o executivo. O Fast Simprecon utiliza componentes padrão da indústria, como conectores mecânicos e cabos drop, permitindo instalações rápidas e sem a necessidade de abrir a caixa. “O design universal não só agiliza o processo de implantação, mas também garante alta confiabilidade e uma notável redução nos custos, tornando-o ideal para ambientes dinâmicos e exigentes em telecomunicações”, afirma. A solução inclui um adaptador óptico universal reforçado, que facilita a compatibilidade com diversos conectores mecânicos padrão; uma capa de polipropileno (PP) de alta resistência que

10 – RTI

proporciona uma proteção a impacto físico, umidade e exposição a agentes químicos; e um selo de borracha que oferece segurança de acordo com as normas internacionais IP65 e IP68 (resistência a pó e água). “Isso permite o uso em uma ampla gama de ambientes, incluindo aqueles suscetíveis a condições climáticas extremas ou industriais com altos níveis de poeira”, diz. No aspecto técnico, o Fast Simprecon apresenta uma perda de inserção e uma repetibilidade que cumprem com os padrões da indústria, assegurando a qualidade da transmissão de sinais ópticos. A solução é compatível com fibras ópticas monomodo, adaptando-se às longitudes de onda típicas de 1310 e 1550 nm. “O Fast Simprecon permite que as operadoras selecionem os materiais mais adequados para seus projetos sem restrições contratuais, oferecendo uma solução adaptável às necessidades do mercado atual de telecomunicações”, diz. A Fibramérica é uma marca da Minqing Tancome Technology, especializada no desenvolvimento e fabricação de soluções de conectividade óptica para operadoras, provedores de Internet, fabricantes e distribuidores (OEM), incluindo cabos ópticos, equipamentos de medição, testes e certificação, componentes passivos (splitters, adaptadores, conectores, patch cords e caixas de terminação). A partir da base em Balneário Camboriú, aberta há cerca de quatro anos, a empresa tem fornecido seus produtos para a clientes de toda a América Latina, além de prover o suporte técnico e comercial aos parceiros. Fibramérica – Tel. (47) 2033-2231 Site: https://fibramerica.com/

Pesquisa do CGI.br aponta consolidação do mercado de provedores de Internet A 5ª edição da TIC Provedores, lançada no dia 7 de dezembro pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), revelou que a proporção de médias empresas do segmento (de 50 a 249


Nova categoria de cabo óptico

SWR/WTC por fita flexível até 6.912 fibras

Máquina de fusão

86R

Tecnologia Japonesa

fjk-optic-cable-solution@jp.fujikura.com https://www.optic-product.fujikura.com/


INFORMAÇÕES

12 – RTI – JAN 2024

ainda que 30% dos provedores pessoas ocupadas) passou de 13% para 17%, uma elevação de nomearam um encarregado de quatro pontos percentuais entre proteção de dados pessoais, 2020 e 2022. Na direção contrária, enquanto 17% nas empresas a participação das microempresas como um todo adotaram a (com até nove pessoas ocupadas) medida. No quesito segurança, caiu 10 pontos percentuais, de 23% dos provedores afirmaram 56% para 46% na comparação no que sofreram ataques de negação mesmo período. A pesquisa foi de serviços (DDoS) em 2022, apresentada na 13ª Semana de apresentando estabilidade em Quantidade de empresas atuando no setor caiu Infraestrutura da Internet no relação ao estudo anterior (2020). de 12.826 para 11.630 de 2020 para 2022 Brasil. A TIC Provedores 2022, Empresas com mais de 6 mil realizada pelo Cetic.br - Centro Regional clientes foram alvo desse tipo de ataque Brasil. Atualmente este é o maior de Estudos para o Desenvolvimento da em maior proporção do que as que conjunto de PTT do mundo, com 36 Sociedade da Informação do Núcleo de pontos distribuídos pelas cinco regiões possuem menor quantidade de clientes: Informação e Coordenação do Ponto brasileiras. Segundo o estudo, a 34% contra 24%. Realizada desde 2011, BR (NIC.br), mostrou ainda que a proporção subiu de 30% para 37%. A a TIC Provedores tem o objetivo de quantidade de empresas atuando no pesquisa identificou também um mapear o setor de provimento de setor foi de 12.826 para 11.630 de 2020 Internet no Brasil para subsidiar aumento de provedores do Nordeste e para 2022.“Nos últimos anos, tem-se estratégias voltadas à expansão e do Centro-Oeste em pontos de troca de observado uma tendência de fusões e melhoria da qualidade da conectividade tráfego durante o período. Na primeira aquisições e um maior interesse de no país. O levantamento caracteriza as região, a porcentagem passou de 24% fundos de investimento no setor, o que empresas do segmento em termos de para 38%. A mesma elevação de 14 pode ser uma das explicações para o serviços oferecidos, atuação no mercado pontos percentuais foi observada no crescimento na participação das médias e adoção de tecnologias. Os dados da 5ª Centro-Oeste (de 20% para 34%). “A empresas. Isso demonstra que a presença dos provedores em PTT edição foram coletados entre setembro consolidação é um movimento em melhora, de forma efetiva, a troca de de 2022 e junho de 2023. curso no mercado. Além disso, o Brasil tráfego entre eles, o que, na prática, pode continua a ser um país com um grande significar um incremento substancial na NIC.br – Tel. (11) 5509-3500 número de provedores em atividade, qualidade da Internet que chega aos Site: https://nic.br/ quando comparado com outros países”, usuários do serviço”, avalia Fabio analisa Alexandre Barbosa, gerente do Senne, coordenador de pesquisas TIC Cetic.br. A fibra óptica segue como a do Cetic.br. A pesquisa detectou ainda Gosat oferece proteção um aumento expressivo na oferta de tecnologia de conexão à Internet mais contra spoofing para IPv6 aos clientes: 24 pontos percentuais presente e, em 2022, foi disponibilizada em relação a 2020. Em 2022, 64% do por 95% dos provedores atuando em operadoras mercado disponibilizavam a versão 6 do território nacional. Em relação à O Brasil tem uma das maiores taxas de Protocolo Internet, aderente a novas infraestrutura de rede de transmissão, a spam e fraudes do mundo em tecnologias. Na comparação com outros proporção das empresas que ofereciam chamadas telefônicas. A informação foi segmentos do setor privado, o mercado acesso apenas por meio de divulgada pela Gosat, com sede em Belo de provimento de Internet está à frente infraestrutura própria decresceu de 2020 Horizonte, MG. Segundo os dados quando o assunto é proteção de dados. para 2022 (de 70% para 60%). Já a publicados, 52,9% são contatos De acordo com a TIC Provedores 2022, proporção de provedores que adotavam indesejados, 40% spam e 7,1% fraudes. 40% dos provedores de acesso modelo misto, com acesso tanto via Tal cenário prejudica empresas de possuíam uma área ou funcionários infraestrutura própria quanto de alcançarem seus clientes, pois as ligações dedicados exclusivamente ao tema, terceiros, avançou de 25% para 37% no podem acabar entrando na lista de proporção que foi de 23% nas empresas mesmo período. contatos bloqueados. como um todo, segundo dados da Outro dado que chama atenção é que, Para ajudar a sanar o problema, a Gosat pesquisa TIC Empresas 2021. As ações de 2020 a 2022, houve um crescimento oferece um serviço de branded call. Com a para adequação à LGPD - Lei Geral de na participação de provedores em tecnologia, quem recebe a chamada Proteção de Dados Pessoais mais citadas Pontos de Troca de Tráfego (PTT) ou visualiza na tela de seu dispositivo móvel foram o desenvolvimento de uma no IX.br (Brasil Internet Exchange) – o nome da empresa, logotipo e uma frase política de privacidade que informa este último uma inciativa do NIC.br que identifica o objetivo da ligação. como os dados pessoais são tratados responsável por implantar e promover a “O principal intuito é oferecer pelas empresas (57%) e a realização de infraestrutura necessária para a segurança e confiabilidade via protocolo testes de segurança contra vazamento de interconexão metropolitana direta entre de segurança e autenticação de chamadas dados (58%). O estudo identificou as redes que compõem a Internet no



INFORMAÇÕES

14 – RTI

secure call, que previne Em um dia normal, a ações de spoofing com os Gosat chega a analisar 60 números de uma milhões de chamadas. companhia, inibindo Sua estrutura está fraudes”, explica Rogger instalada em quatro data Faioli, CTO da Gosat. centers da Embratel, Desenvolvida pela sendo três em São Paulo norte-americana Hiya, a e um em Vitória, ES. solução chegou ao Brasil Fora do país, utiliza a em 2018 por intermédio estrutura em nuvem da Rogger Faioli, da da Gosat e logo passou a AWS (Amazon) para Gosat: aplicação do ser utilizada por atender usuários nos branded content para corporações como BTG Estados Unidos e em operadoras Pactual, Banco do Brasil, Portugal. Meta, Brastemp, Amil e Golden Cross. Com mais de 450 clientes e projetos A Samsung também utiliza a ferramenta, em andamento com Claro e Vivo, a porém embarcada em seus dispositivos Gosat quer aproveitar 2024 para entrar móveis. de vez no mercado de operadoras ao Segundo Faioli, o lançamento do embarcar o Hiya Protect em redes no produto no mercado brasileiro não Brasil. No exterior, um dos cases de demandou nenhuma adaptação pelo sucesso é o da AT&T, primeira do setor fato de as redes das operadoras a embarcar a tecnologia. O uso da obedecerem a um padrão mundial. Ele solução auxiliou a bloquear mais de 9% ressalta, porém, que é recente a entrada das ligações indesejadas na rede antes do branded call nas operadoras. “O mesmo de chegar ao assinante. A grande número de ligações de spam fez empresa também está embarcando o com que o usuário passasse a bloquear seu SDK em aplicativos bancários para as chamadas, o que preocupou as garantir que as ligações sejam operadoras”, afirma. identificadas e os correntistas No caso de empresas que não são de protegidos contra spam e tentativas de telefonia, a cobrança é feita por ligação fraude como a da falsa central de identificada. Se forem apontadas 15 atendimento. “No primeiro trimestre mil chamadas positivas, cada uma sai de 2024 já teremos um banco brasileiro por R$ 0,30, totalizando R$ 4500. utilizando a identificação e a proteção “Quando uma operadora coloca a do Hiya Protect embarcado em seu solução em sua rede, nós aumentamos aplicativo”, projeta Faioli. o market share, pois seus clientes passam a ter os benefícios da solução. Gosat – Tel. 3003-1112 Além disso, analisamos todas as Site: www.gosat.org chamadas da rede em tempo real, enriquecendo a ligação antes mesmo de ser processada, garantindo uma melhor experiência e segurança aos assinantes”, explica o CTO. A Hiya analisa 5 bilhões de chamadas pelo mundo a cada três meses. Para ser E mpresas e municípios interessados assertiva, a plataforma utiliza IA – em desenvolver projetos de cidades Inteligência Artificial para diagnosticar e inteligentes podem contar com o separar as chamadas indesejadas. Sua suporte do projeto rede IARA – aplicação pode ser feita no atendimento Inteligência Artificial Recriando ao cliente, vendas, cobrança, pesquisa de Ambientes. Criada em 2020, a mercado e ouvidoria. “Muito em breve, a iniciativa tem o apoio do MCTI – Anatel vai obrigar as operadoras a Ministério da Ciência, Tecnologia e identificar as ligações e realizar bloqueios Inovação, FAPESP – Fundação de em tempo real. Nossa solução é à prova Amparo à Pesquisa do Estado de de futuro, pois já oferece todos os São Paulo, CeMEAI - Centro de requisitos necessários”, projeta Faioli. Ciências Matemáticas Aplicadas à

Projeto utiliza IA e IoT para elaborar cidades inteligentes


15 – RTI – JAN 2024

Indústria, além de diversas outras empresas. A rede é coordenada por André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, professor e pesquisador do ICMC – Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP São Carlos. “O CeMEAI, junto com um projeto de cidades inteligentes em Canaã dos Carajás, PA, coordenado por Carlos Renato Francês Lisboa, professor da Universidade Federal do Pará, estão na origem da Rede IARA.”, explica Ponce de Leon. Por reunir cientistas especialistas em diferentes áreas de atuação, a rede IARA cria uma capilaridade de conhecimentos que pode ser aplicada no desenvolvimento das cidades brasileiras. Com sedes em todas as 40 instituições de ciência e tecnologia parceiras, como UFSCar – Universidade de São Carlos, UPE – Universidade de Pernambuco e UFU – Universidade Federal de Uberlândia, MG, a iniciativa interliga 21 estados do Brasil. Na primeira chamada do MCTI, FAPESP e CGI.br foram aprovados seis projetos, sendo um em cidades inteligentes, três em saúde e dois em indústria. No caso das cidades inteligentes, o projeto utiliza a Carta Brasileira para Cidades Inteligentes e a plataforma Inteli.Gente, ambas iniciativas do Governo Federal. A primeira leva em conta a necessidade de construir condições equilibradas de desenvolvimento sustentável a partir da melhoria de quatro áreas: econômica, sociocultural, meio ambiente e capacidades institucionais da gestão pública municipal. Já a segunda atua como um repositório para armazenamento e análise de dados que extraem informações públicas e onde os prefeitos podem consultar informações sobre seus municípios e de seu nível de maturidade em relação a uma cidade inteligente e sustentável de acordo diversos indicadores aderentes ao ITU-ONU, ISO 37120 - Cidades e Comunidades Sustentáveis - Indicadores para Serviços Urbanos e Qualidade de Vida, ISO 37122 - Cidades e Comunidades Sustentáveis - Indicadores para Cidades Inteligentes e 37123 - Cidades e


INFORMAÇÕES Comunidades Sustentáveis do ICMC. Indicadores para Cidades Além das Resilientes e aos 17 ODS universidades, o projeto ObjetivosdeDesenvolvimento contou com o apoio de Sustentável da ONU empresas como TIM, Organização das Nações Intel, Ericsson e CGI.br – Unidas. O nível de Comitê Gestor da maturidade é estimado e a Internet no Brasil. No prefeitura tem condições de momento, a rede IARA melhorar a análise de sua tem parceria com nove André Ponce de Leon, do ICMC: situação respondendo aos cidades: Alcântara, MA, dados capazes de formulários ligados ao Niterói, RJ, Recife, PE, prevenir doenças e desenvolvimento São Carlos, São José dos desastres naturais sustentável e capacidades Campos, Monteiro institucionais para gestão e governança. Lobato e Sorocaba, todas no interior O primeiro projeto oficial começou de São Paulo, Guarapuava, PR, e em 2020 em Canaã dos Carajás e Canaã dos Carajás, PA, as duas permitiu adquirir equipamentos como últimas com modelos de cidade drones, câmeras, sensores e outros inteligente em implantação. sistemas, bem como supercomputadores, Para o futuro, os organizadores para a implantação do modelo feito em pretendem expandir os setores parceria com a rede IARA. “Em plena atendidos pelo projeto. “É cada vez pandemia de Covid-19 conseguimos maior o número de companhias e melhorar a Internet da cidade e agentes públicos ávidos por explorar viabilizar a utilização de aplicativos que os benefícios do uso da IA – detectam, por exemplo, focos de Inteligência Artificial e IoT – aglomerações, além de plataformas Internet das Coisas para solucionar que permitem agendar exames e problemas e tornar a vida de seus consultar serviços públicos via cidadãos mais confortável”, finaliza dispositivos móveis. Outra iniciativa Ponce de Leon. foi uma campanha de combate à dengue baseada nos dados coletados Rede IARA – Site: www.iara.science da população”, afirma o pesquisador E-mail: iara-smartcities@icmc.usp.br

16 – RTI – JAN 2024

Vero Soluções indica as tendências para os provedores em 2024 2024 começa com grandes expectativas para o setor de telecomunicações. Depois de um ano com bons índices em diversos serviços, como é o caso da banda larga fixa, cujo número de acessos se aproximou dos 48 milhões ainda em setembro segundo dados da Anatel, as operadoras estão interessadas em saber quais serão as novas tendências para o período. Segundo Crystiane Veronezi, CEO da Vero Soluções, especialista em customer experience, tecnologia em marketing de relacionamento com trajetória de 26 anos em grandes operações de provedores de Internet, uma das questões fundamentais para as empresas em 2024 é potencializar os benefícios de seus SVAs. “Em muitos casos, o provedor oferece SVAs com inúmeras vantagens e benefícios, porém não são muito acessados. Não sei dizer se é uma falha da operadora ou do fornecedor do serviço, porém deveria ser mais alicerçado esse elo entre as partes. Outro ponto importante é a necessidade de criar pacotes personalizados voltados para diversos públicos, algo comum nas grandes operadoras. Os assinantes estão muito distintos, indo desde o adolescente ávido


17 – RTI – JAN 2024

por consumir streaming e games ao idoso que vê mais TV a cabo e utiliza telefone fixo. Além disso, é preciso estar preparado para atender os clientes corporativos, um tipo de usuário que cresceu muito durante a pandemia da Covid-19 e que costuma ter necessidades específicas”, afirma. Outro ponto ressaltado por Crystiane é o aumento na oferta de serviços de colocation. A profissional aponta que é cada vez mais comum os grandes provedores inaugurarem data centers capazes de hospedar as demandas das operadoras regionais. “Temos um cenário de consolidação que está diminuindo o número de empresas regionais. Ao mesmo tempo, os que estão ativos passaram a demandar cada vez mais dados e muitas vezes não conseguem ter um data center próprio. A oferta de colocation está no radar das grandes operadoras”, projeta. Por fim, a profissional aposta no aumento das casas inteligentes com advento de IA – Inteligência Artificial, espaços que acabam por ampliar a demanda por conexões de Internet rápidas e estáveis. “Nossa sede, por exemplo, utiliza o celular para comandar cortinas e lâmpadas. Hoje, como os produtos inteligentes são cada vez mais acessíveis, a tendência é termos um aumento neste tipo de empreendimento”, justifica. Criada em 2016, a Vero Soluções auxilia provedores a potencializarem suas marcas por meio de campanhas online, offline, e estratégias de ganhos em resultados e performance no relacionamento interno. Em janeiro, a empresa Crystiane Veronezi, da Vero inaugurou sua Soluções: reforço de marca para nova sede em São provedores Paulo, a primeira unidade física para relacionamento 360 graus com showroom para estratégias offline em brindes corporativos e showroom digital para estratégias online. O local conta com 300 m2. “Sempre quis ter um showroom onde as pessoas pudessem ter uma experiência real de relacionamento. É mostrar ao provedor como ele pode fidelizar o cliente e manter o seu colaborador satisfeito, afinal o atendimento tem que ter um padrão de excelência que vai do diretor ao técnico de campo”, diz a diretora da Vero Soluções. Outra novidade é a volta do Help ISP, rede social lançada em 2018 e que se encontra atualmente offline. A plataforma, exclusiva para provedores, permitia o compartilhamento de notícias do setor, dicas e descontos na compra de produtos e chegou a ter 3 mil usuários ativos. Na versão 2024, prevista para ser lançada até o final do primeiro semestre, os usuários poderão utilizar IA para traçar estratégias e campanhas dentro do próprio site da Vero Soluções. Vero Soluções – Tel. (11) 2973-2026 Site: www.verosolucoes.com.br


ESPECIAL

18 – RTI – JAN 2024

Softwares de gestão para provedores de Internet Fábio Laudonio, da Redação da RTI

U

Com a constante expansão da base de assinantes e o aumento da concorrência no mercado de banda larga, os provedores demandam maior controle sobre os aspectos operacionais de seu negócio. O uso de ferramentas de CRM e ERP, ou sistemas integrados de gestão, capazes de mapear desde os técnicos em campo até ordens de pagamento, pode ajudar nesse sentido.

ma empresa organizada, independentemente de seu porte, atua com uma gestão impecável no que tange ao controle de seus processos, sejam eles internos ou externos. Muitas vezes, a precisão na divulgação de uma informação pode significar uma melhor alocação de recursos, gerando economia e até mesmo maior satisfação do cliente. Desde o começo da pandemia no Brasil, em março de 2020, os provedores se depararam com o desafio de ampliar a oferta de Internet. Isso também acarretou em um aumento no quadro de funcionários e a necessidade de maior controle quanto aos processos que estavam sendo desenvolvidos. Muitas empresas, sejam elas grandes ou pequenas, acabam tendo dificuldade em ampliar o escopo de serviços e clientes devido à falta de controle na gestão de processos. É uma etapa crucial, pois a ausência de organização pode acabar se tornando um problema incontornável no futuro. Para não correr riscos e crescer de forma ordenada, muitos provedores aderem às ferramentas de ERP e CRM, capazes de auxiliar na gestão técnica e comercial. Desenvolvidas por empresas especializadas, estas soluções conseguem mostrar um

mapa completo do negócio, cobrindo desde o número de técnicos em campo a questões financeiras, como inadimplência de clientes e ordens de pagamento. Veja a seguir detalhes das mais recentes ferramentas oferecidas pelo mercado.

Geosite Tecnologia Spin-off da Digicade, a Geosite Tecnologia é uma empresa de tecnologia de geoprocessamento localizada em Belo Horizonte, MG, e que faz parte do Grupo Squadra, instituição que conta com mais de 700 funcionários. Um de seus principais produtos é o Geosite Telecom, software de gestão de redes de fibra óptica desenvolvido para apoiar os provedores na gestão e cadastro de suas redes. Segundo Carlos Diniz, diretor executivo da Geosite Tecnologia, trata-se de uma solução de interface simples e amigável para cadastro e gestão de ativos, passivos e infraestrutura de rede de fibra óptica. Possibilita o registro e visualização da rede por meio de interfaces web, mobile e desktop, permitindo a execução de consultas e análises que fornecem apoio para a tomada de decisão referente à manutenção, expansão da rede e atendimento a clientes.


19 – RTI – JAN 2024

Uma de suas principais funcionalidades é o agendamento inteligente. Com ele, o provedor pode designar profissionais com base em funções específicas, o que auxilia na otimização de rotas pois o sistema leva em conta a localização, horários e locais de trabalho dos técnicos de campo. Outro recurso é a gestão do estoque em trânsito, com opções de previsibilidade de uso e configurações

Dashboard do Geosite Telecom

A solução ainda conta com funções de cadastro e gerenciamento de clientes, além de se integrar com diversos sistemas CRM e ERP. Hospedada na nuvem da Oracle e com backup diário, o que garante uma maior segurança dos dados, a aplicação é utilizada por aproximadamente 400 provedores, com mais de 200 mil km de redes cadastradas e um número de usuários ativos superior a 6500. Site: https://geositetelecom.com.br/.

HubSoft Desenvolvido com foco em provedores de Internet, o HubSoft é voltado especificamente para a gestão dessas operações. “Nossa equipe é composta por aproximadamente 60 colaboradores e estamos presentes em todos os estados do Brasil”, diz Guilherme Couto, CEO da HubSoft Brasil, empresa sediada em Santo Antônio do Monte, MG. A plataforma é um software de gestão que oferece aplicativos para uso dos técnicos em campo, integração com OLTs e equipamentos de rede, além de módulo financeiro com opções como contas a pagar, receber e gestão de inadimplentes. Sua construção permite a integração com outros sistemas, como PABX, Bots de WhatsApp, SVAs, rede neutra, sistemas de mapeamento FTTH/FTTx, MVNO, gateways de cartão de crédito, Pix, boleto com remessa e retorno automático, SPC – Serviço de Proteção ao Crédito, Serasa, IPTV e plataformas de BI/Analytics. “Integramos todas as soluções para que o provedor tenha liberdade total para escolher as ferramentas mais

O módulo financeiro do HubSoft oferece funcionalidades como contas a pagar e receber e gestão de inadimplentes

úteis para o seu negócio. Também disponibilizamos uma API em que o contratante pode criar aplicações e customizações próprias integradas ao ERP”, finaliza Couto. Site: https://hubsoft.io/.

IClass O IClass FS é um software para gestão de equipes que operam diversos tipos de serviços em áreas externas. Sua desenvolvedora é a IClass Sistemas, do Rio de Janeiro.

avançadas que podem ser aplicadas em ONUs e outros equipamentos. “Provedores que precisam eliminar o setor interno de agendamento, bem como roteirizar seus serviços técnicos, poderão encontrar uma solução na plataforma IClass FS”, afirma Marcos Barros, CEO da IClass Sistemas.

O IClass FS permite otimizar rotas segundo diversos parâmetros


ESPECIAL

20 – RTI – JAN 2024

O IClass FS pode ser integrado com outros sistemas ERP, CRM, omnichannels e soluções de mapeamento de rede. Segundo Barros, a ferramenta está presente em mais de 400 provedores. Site: https://www.iclass.com.br.

ISPFY O ISPFY pode ser utilizado localmente na infraestrutura do provedor, em nuvem através de servidores próprios da desenvolvedora ou em nuvens homologadas. Desenvolvido pela Codize Sistemas, com sede em Dois Vizinhos, PR, o ISPFY faz a cobrança baseada no

Tela inicial do ISPFY

total de pontos ativos cadastrados no sistema, conforme a tabela vigente, e sem limite de usuários. “Temos como objetivo deixar a plataforma sempre fácil e intuitiva, bem como oferecer, em forma de ERP, as funções e ferramentas mais utilizadas pelos provedores”, explica Leonardo Vasata Casarotto, CMO do ISPFY. A solução atua com diversos módulos, como Radius com suporte a IPv6, customização de documentos, desenho e gestão de redes FTTH, controle de firewall embarcado, mapeamento GPS de clientes, além de oferecer mais de 100 integrações com bancos, SVAs, bots, mensageiros, OLTs, concentradores, rádios, entre outros. O usuário também pode customizar relatórios, templates e plugins. Site: www.ispfy.com.br.

O IXC Provedor pode controlar permissões de usuários, possibilitando a organização por setores e divisão de tarefas

IXCSoft O IXC Provedor da IXCSoft, companhia de Chapecó, SC, permite integrar todos os processos em uma única solução. Com ele, o provedor pode automatizar a rotina ao gerenciar aplicações, como faturamento e gestão contratual. “A plataforma passou por diversos caminhos até chegar onde está hoje. E ainda assim, novas atualizações são desenvolvidas todos os dias, o que mostra a nossa preocupação em entregar a melhor solução para os provedores de Internet”, comenta Ivonei Piva, CEO da IXCSoft. Com setores integrados, o provedor pode controlar permissões de

Dashboard do Bemtevi ISP

usuários, possibilitando a organização por setores e divisões de tarefas, como monitoramento de rede, atendimento e processos, monitoramento GPS da frota, geolocalização, agenda de tarefas, integração de telefonia e TV, editor de website, ordens de serviço, loja virtual, estoque e área do cliente. O software também disponibiliza aplicativos móveis para técnicos e gestores, com recursos como liberação e desbloqueio, controle financeiro e encaminhamento de boletos por SMS ou e-mail. Site: www.ixcsoft.com.br

Ksys A Ksys Sistemas, com sede em Timbó, SC, comercializa o ERP Bemtevi ISP. Seu principal destaque é a integração de setores como suporte, faturamento, financeiro, comercial e estoques. Entre as suas principais ferramentas estão gestão de planos, contratos, cobrança, estoques, faturamento e emissão de notas fiscais. Como opção, a companhia faz a customização do produto de acordo com as necessidades do cliente. “Para um prático atendimento aos usuários, contamos com nosso sistema Ksys Help Desk integrado ao Bemtevi ISP para melhor gestão dos resultados e atendimento, tendo como especificações importantes a abertura de chamados automática por e-mail



ESPECIAL

22 – RTI

O MK ERP oferece integração com mais de 60 SVAs

ou WhatsApp, além de pesquisa de satisfação, central do cliente, base de conhecimento, controle de horas trabalhadas e extras, contratos, relatórios operacionais e gerenciais”, ressalta Cioney Giovany Giovanella, diretor presidente da Ksys. As soluções da companhia estão integradas com sistemas de parceiros estratégicos de negócios, como bancos, cooperativas de crédito, fintechs, SMS, WhatsApp, gestão de venda de conteúdo digital, geolocalização, softwares de controle de telefonia e Serasa. O portfólio da linha também inclui o Bemtevi Telecom, voltado para empresas de telefonia VoIP. Site: www.ksys.com.br.

MK Solutions

cobradas pelos bancos”, afirma Tulio Barbosa Gomes, CEO da MK Solutions. No momento, a plataforma trabalha com módulos como: técnico, para análises relacionadas ao consumo de banda larga; CRM, voltado para vendas; financeiro, utilizado para cobrança e gestão de contratos; workspace, um espaço que reúne todos os atendimentos; e estoque, cuja finalidade é administrar a compra e venda de equipamentos. Segundo dados divulgados pela companhia, o MK ERP pode aumentar a produtividade interna em até 50% e reduzir a taxa de inadimplência em 15%. No momento, a solução está presente em mais de 650 provedores. Site: www.mksolutions.com.br.

Omie

A MK Solutions, de Santa Cruz do Sul, O ERP da Omie, desenvolvedora de RS, disponibiliza aos provedores o São Paulo, é hospedado em nuvem e MK ERP. Atualmente na versão MK4, a dividido em módulos com plataforma oferece mais de 60 funcionalidades como emissão de notas possibilidades de integração com SVAs, fiscais, controle de estoque, fluxo de além de ser compatível com o MK Next caixa e gestão de contratos. Pay¸ facilitador financeiro e de cobranças da companhia. “O MK ERP, aliado ao MK Next Pay, minimiza demandas de remessa e retorno bancário dos provedores, realizando-as de forma automatizada e diminuindo a inadimplência. As ferramentas também possibilitam emitir boletos com taxas competitivas quando comparadas às Alguns dos módulos do ERP da Omie


23 – RTI – JAN 2024

A plataforma tem API aberta, o que possibilita a integração de aplicativos complementares por meio da loja de aplicativos Omie.Store, além da capacidade de se conectar a outros sistemas que não necessariamente são extensões para expandir as possibilidades de uso da plataforma, com soluções específicas para diversos mercados. “Em uma rotina cheia de responsabilidades, os profissionais precisam encontrar uma forma eficiente para organizar a operação, ter tempo para atividades mais estratégicas e se destacar no mercado. Os ERPs são fortes aliados para lidar com tais complexidades pois permitem que as atividades operacionais da gestão empresarial sejam executadas automaticamente”, explica José Adriano Vendemiatti, diretor de marketing de produto da Omie. Para transações bancárias, a solução pode se integrar ao Banco do Brasil, Santander e Itaú Unibanco. A principal vantagem é a possibilidade de realizar operações financeiras no próprio ERP. Já os clientes podem fazer o registro automático de boletos e cobranças, processar automaticamente os pagamentos, emitir extratos da conta corrente e registrar automaticamente Pix de cobrança. Site: www.omie.com.br.

Oracle O ERP Oracle NetSuite proporciona aos provedores uma visão unificada de seu negócio. Por ter APIs públicas e ser totalmente em nuvem, a solução possibilita o gerenciamento de negócios em escala global, com suporte a operações em múltiplos países e moedas e BI nativo. “Trata-se de uma solução modular que permite ao cliente começar de forma reduzida e expandir sua operação gradualmente, habilitando novas funcionalidades e implementando módulos conforme a necessidade. Oferecemos modelos pré-configurados denominados SuiteSuccess. Dessa maneira,


ESPECIAL

24 – RTI – JAN 2024

eles: Meu Protheus, cuja função é mostrar aprovações e notificações de eventos que acontecem no ERP Protheus; Meus Ativos Fixos, voltado para o gerenciamento de patrimônio; Minha Prestação de Contas, responsável pela contabilidade corporativa; e Meu Coletor de Dados, para catalogar informações com mais eficiência. Site: www.totvs.com.

TSMX

Com o Oracle NetSuite, o provedor tem suporte a operações em múltiplos países e moedas e BI nativo

é possível realizar implementações em prazos que vão de 45 dias a seis meses, especialmente em projetos de maior magnitude”, diz Gustavo Moussalli, VP da Oracle NetSuite Brazil e América Latina, companhia norte-americana com escritórios brasileiros em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, MG, Porto Alegre, RS, e Brasília, DF. Atualmente, o ERP da Oracle é utilizado por 37 mil usuários em mais de 215 países. Site: https:// www.oracle.com/br/.

O SGP - Sistema de Gerenciamento para Provedores oferece aos provedores módulos já inclusos na licença de uso, como financeiro, clientes, monitoramento de rede (mapa FTTH), atendimento, organização de estoque, central do

TOTVS Desenvolvido pela TOTVS, companhia com matriz em São Paulo, o TOTVS Backoffice – Linha Protheus possibilita maior produtividade operacional e gestão otimizada das rotinas administrativas ao digitalizar todos os processos em um único local. “A ferramenta garante o compliance contábil e fiscal, cumprindo com todas as legislações tributárias federais, estaduais e municipais, sendo também adequada à LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, assegurando a proteção e segurança dos dados sensíveis de clientes”, explica Rodrigo Sartório diretor de produtos da TOTVS. O sistema ainda oferece aplicativos para dispositivos móveis que complementam a experiência desktop. São

Menu de gestão de vendas do TOTVS Backoffice – Linha Protheus

Dashboard do SGP, da TSMX



ESPECIAL assinante, aplicativo para clientes, assinatura eletrônica (SGP SIGN) e diversos relatórios. “A facilidade em integrações e eficiência operacional permite oferecer aos provedores confiabilidade em cada conexão”, diz Monique Lopes, gerente geral da TSMX, desenvolvedora do SGP, com sede em Natal, RN. Um dos diferenciais é a compatibilidade com diversos sistemas de pagamento, modelos e equipamentos técnicos, bem como plataformas de SMS, chatbot, TV e telefonia. Site: www.tsmx.net.br.

Vigo Tecnologia O VigoWEB foi desenvolvido pela Vigo Tecnologia, empresa com sede em Alta Floresta, MT, com mais de 20 anos de experiência na área de provedores de Internet. Entre os recursos disponíveis está a integração com plataformas de streaming, educação e chatbot, e gateways de SMS e pagamento. Outro destaque é a adição de módulos opcionais, como geração de boletos via API compatível com as instituições financeiras Banco do Brasil, Sicredi e Sicoob.

26 – RTI – JAN 2024

O VigoWEB pode emitir a NFCom, novo modelo de nota fiscal

“Com o VigoWEB um novo colaborador tem condições de aprender a utilizar o sistema em pouquíssimo tempo, pois os módulos seguem um padrão e as permissões concedidas são individuais”, ressalta Rafael Labiak Olivastro, project owner do VigoWEB na Vigo Tecnologia. A solução está apta a emitir a NFCom, novo modelo de nota fiscal. No financeiro, a plataforma utiliza o BotCobrança, gateway de pagamento em que o provedor só é cobrado por boletos recebidos na rede bancária, sem taxas de emissão ou

cancelamentos. Em breve, a companhia pretende lançar o nfcom.com.br, plataforma SaaS – Software as a Service onde provedores que utilizam outros ERPs podem interagir e emitir a NFCom via API. “Todas as nossas soluções são hospedadas no IBM Cloud, uma das melhores plataformas de nuvem do mundo”, finaliza Olivastro. Site: www.vigo.com.br.

WGC Sistemas O ERP da WGC Sistemas, desenvolvedora com sede em


27 – RTI – JAN 2024

Belo Horizonte, MG, reúne diversas ferramentas que auxiliam os provedores em seu cotidiano.

Dashboard do ERP da WGC Sistemas

Um dos destaques é o módulo Telecom, cujas funcionalidades reúnem integrações a softwares de marcas como Huawei, Juniper e MikroTik, gestão de

interrupção de serviços e configuração de IPv6. Além dele, a companhia também oferece ferramentas de BI – Business Inteligence e CRM – Customer Relationship Management. “Oferecemos pacotes personalizados que atendem às necessidades específicas de cada cliente, proporcionando flexibilidade para customizações e integrações à medida que as empresas crescem”, ressalta Flávia Silveira, CEO da WGC Sistemas. Para o atendimento ao cliente, o provedor pode usufruir de uma experiência omnichannel com chatbots compatíveis com WhatsApp, Telegram, Messenger do Facebook, central do assinante, SMS, e-mail e o W-SAC, aplicativo para dispositivos móveis desenvolvido pela WGC Sistemas e integrado ao ERP. Site: www.wgcsistemas.com.br.


SERVIÇO 28 – RTI – JAN 2024

Guia de ferragens

Alsan

• • • •

Alça plástica tipo cunha

Alça plástica para fio FE/FEB

Esticador plástico fig 8

Esticador FE

Cruzeta (reserva técnica)

Ancoragem para cabo drop

Anel AGFE

Fio de espinar SAE1020 isolado FEI-125

Fio de espinar dielétrico em fibra aramida

Optloop c/ Kit

Espaçador Alumínio

3/16”

½”e ¾ Cabo coaxial

¼” aço galvanizado

Derivação T preformada 3/16 e ¼'

Duto galvanizado para laterais

2,77 mm

Cordoalha dielétrica Degrau p/cabo aço galvanizado DC-1 E DC-2

7 fios 3/16”galvanizada

Aluminizado 3 fios 3/16”

Suporte isolador de ancoragem - SIPA

• • • • • •

(61) 98175-5676 n

Emenda preformada

Cordoalha aço

7 fios ¼”

Roldana - CIR

Castanha - CIC

Conector RE para haste 5/8”

Conjunto isolador

Ancoragem - CIA

Anel guia tipo T aço galvanizado

Barra AC em aço galvanizado

Preformada 3/16 4,8 mm

Preformada para fio FE-AA 100/160

Drop óptico 1,3 mm figura 8

Preformada ¼ 6,4 mm dielétrica

Ancoragem (6,8 a 13,4 mm)

Ajustador de fita inox em aço galvanizado

Amarração final (6,8 a 13,4 mm)

Empresa, telefone e e-mail

Afastador braço extensor 72x72 cm

Alça

Kit berço aço para fixação de caixa de emenda Cabeça autotravante

Quase 80 itens fazem parte do levantamento, que cobre desde alças, ancoragens e esticadores para fixação de redes aéreas e subterrâneas até plataformas, suportes e esteiramento para estações radiobase. Seja para FTTH ou 5G, esses produtos são a base para construção das redes.

• • • •

comercial@grupoalsan.com.br (11) 2193-9288

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • •• • • •

(51) 3470-0000 n

• • • • • • • • •

ARJ Company arj@arjcompany.com ATN Telecom

• • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • •• • • •

comercial@atn.com.br Ceitel

(31) 97153-6286 n

• •

• • • • • •

• • • •

• •

• • •

coordenadorprojetos@grupoceitel.com.br CG3

(11) 97690-2239 n

• • • • • • •

(11) 94107-2000 n

• • • • •

• •

• •

• •

• •

• • •

• • • • •• • • •

sac@cg3telecom.com.br DPR

• •

• •

••

comercial@dpr.com.br ETK

(35) 99767-0093 n

• • • • • • •

• • • • • • • •

•• •

• •• • • •

etk@etk.ind.br Fibersul

(41) 3275-4301

vendas@fstelecom.com.br Fibracem

(41) 3012-3858 n

• • • • • • •

• • • •

• • •

• • • •

• • • ••

• •

• • • •

vendas@fibracem.com GP Comercio

• • • • • • • •

(54) 99623-7967 n

gpvolnei@gmail.com HL Engenharia

• • •

(11) 94759-0014 n

vendas@hleng.com.br Ideal Ind

(35) 99134-7406

• • • • •

• • •

• • •

••

contato@idealantenas.com.br Infortel

(51) 3076-3800 n

• • • • • • • •

• • • •

• • •

• •

• •• • • •

• • • • •

• • • • •• • • •

comercial@inforteltelecom.com.br LBRX

(27) 99986-7974 n

• • • • • • •

(43) 3378-8040 n

• • • • • • •

(19) 99116-5767 n

• • • • • • •

• •

• •

• •

milton@lbrx.com.br Next

• • • • •• • • •

vendas@nextcable.com.br Pematel

• •

• ••

danielle@pematel.com.br PLP telecom@plp.com.br

(11) 4448-8000

• • • • • •

• • •

• •


Empresa, telefone e e-mail

Presley (11) 94780-9784 n

RS Connect

Rota da Fibra

Seven

Steel Loop

Supri Nordeste

Telefer

TGL Telecom

vendas@tgltelecom.com.br (85) 3021-3235 n

(11) 3315-9318

(16) 4141-3308

• •

• • • • • •

• • • • • • • • •

Alça

• • • • • • •

• •

• • • • •

• • • •

conta@rsconnect.com.br

comercial@rotadafibra.com.br

comercial@seven-tel.net.br (44) 3080-1010

• • • • • • •

(17) 3513-0062

• • • • • • • • • • •

(11) 5977-3331 n

• • • • • • • • • •

(19) 3861-6166 n

• • • • • • •

• • • •

• • • •

Cordoalha aço

• •

• •

• • • • • • • • • •

• • • •

Espaçador

Alça plástica para fio FE/FEB

Alça plástica tipo cunha

Esticador plástico fig 8

Esticador FE

Anel AGFE

Cruzeta (reserva técnica)

Fio de espinar dielétrico em fibra aramida

Fio de espinar SAE1020 isolado FEI-125

Optloop c/ Kit

Alumínio

Emenda preformada

½”e ¾ Cabo coaxial

3/16”

2,77 mm

¼” aço galvanizado

Duto galvanizado para laterais

Derivação T preformada 3/16 e ¼'

Cordoalha dielétrica Degrau p/cabo aço galvanizado DC-1 E DC-2

Aluminizado 3 fios 3/16”

7 fios 3/16”galvanizada

Conjunto isolador

7 fios ¼”

Suporte isolador de ancoragem - SIPA

Roldana - CIR

Castanha - CIC

Ancoragem - CIA

Conector RE para haste 5/8”

Kit berço aço para fixação de caixa de emenda Cabeça autotravante

Barra AC em aço galvanizado

Anel guia tipo T aço galvanizado

Preformada para fio FE-AA 100/160

Preformada 3/16 4,8 mm

Preformada ¼ 6,4 mm dielétrica

Drop óptico 1,3 mm figura 8

Ancoragem (6,8 a 13,4 mm)

Amarração final (6,8 a 13,4 mm)

Ajustador de fita inox em aço galvanizado

Afastador braço extensor 72x72 cm

29 – RTI – JAN 2024

Ancoragem para cabo drop

gilbertosales@presley.com.br

• • • • •• • • •

• • •• • • • • •• • • •

• • •• • • • • •• • • • • • • • •• • • •

vendas@steelloop.com.br

• • •

contato@suprinordeste.com.br

• • • • •• • • •

vendas@telefer.ind.br

• •

• • • • •• • • •


SERVIÇO 30 – RTI – JAN 2024

Alsan

(61) 98175-5676 n

••

Suporte

Prensa fio para espinar

Para ERBs

Tubo

• • • • • • •

• •

Abraçadeiras para RRU

Passarela para acesso

Plataformas e bases para equipamentos

Suportes para antenas

Esteiramento para cabos

Isolador mensageiro - TIM

Plástico espiral antichama

Isolador cordoalha - TIC

Tap bracket 1/4 “- 3/16”

Suporte para degrau SD-1, SD-2 E SD-3

RE vertical

BAP 2 /3 /4 – Galvanizado a fogo

Olhal reto rosca M12

Suporte dielétrico

Meio vão tipo G

Modificado tipo DM

Cadeirinha em aço galvanizado

Tipo 2 aço galvanizado Tipo 2 aço inoxidável

Roldana

Plástica RP

3/16“

1/4” alumínio

PCAM12 x 35mm Placa de identificação de cabos

Preformado 3/16 4,8 mm

Parafuso

BAP PR

Isolador porcelana 72 x 72 mm

Preformado para fio FE-AA 100/160

Haste aterramento SAE1020 16 mm

AISI 430

Fita plástica 12 mm

16 para sup ¾”

AISI 304

Fecho de aço inox dentado

10 para sup ½”

Empresa, telefone e e-mail

Drop 1,30 figura 8

Laço

Fita de aço inox

comercial@grupoalsan.com.br ARJ Company

(11) 2193-9288

• • • •• • • • • • • • • •• • • • • • • • •• • • • • • • • • •

arj@arjcompany.com ATN Telecom

(51) 3470-0000 n

• • • •• • • • • • • • • •• • • • • • • • •• • • • • • • • • • • •• •

comercial@atn.com.br Ceitel

(31) 97153-6286 n

coordenadorprojetos@grupoceitel.com.br CG3 (11) 97690-2239 n

••

sac@cg3telecom.com.br DPR

(11) 94107-2000 n

comercial@dpr.com.br ETK

(35) 99767-0093 n

• • • ••

etk@etk.ind.br Fibersul

• • • •

• •

•• •

• •

• •

• • • • • • •• • • •

•• •

• • • • • • •• •

• •

• • • • • • •

• • • • • •

(41) 3275-4301

vendas@fstelecom.com.br Fibracem

(41) 3012-3858 n

vendas@fibracem.com GP Comercio

(54) 99623-7967 n

• • • ••

gpvolnei@gmail.com HL Engenharia

(11) 94759-0014 n

vendas@hleng.com.br Ideal Ind

(35) 99134-7406

• ••

• • • • • • •• •

• • •

• •• • • • • • • • • •

• •

• •

• • • •• •

• •

• •

• • • • • •• •

contato@idealantenas.com.br Infortel (51) 3076-3800 n

• ••

• • • • • • ••

comercial@inforteltelecom.com.br LBRX (27) 99986-7974 n

• • • •• •

• • • • • ••

milton@lbrx.com.br Next

(43) 3378-8040 n

• • ••

vendas@nextcable.com.br Pematel

(19) 99116-5767 n

• •

• •

• • •

danielle@pematel.com.br PLP

(11) 4448-8000

telecom@plp.com.br Presley

• • • • • • •• •

• •

• • • • • •• • • • • • • • • •

•• •

• •• •

• • • •

(11) 94780-9784 n

•• •

• • • • • ••

• • •

• •• •

• • • • • •

(17) 3513-0062

• •

• • • • • • ••

• • •

• •• •

comercial@rotadafibra.com.br Seven (11) 5977-3331 n

gilbertosales@presley.com.br Rota da Fibra

comercial@seven-tel.net.br Steel Loop

(19) 3861-6166 n

vendas@steelloop.com.br Supri Nordeste

(85) 3021-3235 n

contato@suprinordeste.com.br Telefer

(11) 3315-9318

vendas@telefer.ind.br TGL Telecom

(16) 4141-3308

• • • •

• • • • • •

••

• • •

• ••

• • • • • • ••

• •

• • •

• • • •

• •• •• •

• • •

vendas@tgltelecom.com.br

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 105 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Redes, TTelecom Instalações, janeiro de 2024. elecom e Instalações Este e muitos outros Guias de RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.



SEGURANÇA

32 – RTI – JAN 2024

O impacto dos ataques DDoS nos provedores de Internet Donny Chong, Diretor de Produto e Marketing na Nexusguard

O

Este artigo explora as razões pelas quais os ataques de negação de serviço (DDoS) causam grandes períodos de inatividade e discute o importante papel que os provedores de Internet devem desempenhar no combate a esses ataques. Além disso, apresenta argumentos a favor e contra a responsabilidade do provedor na mitigação das ameaças.

s ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS) representam uma ameaça significativa ao cenário digital, causando grandes perturbações em vários setores. Os provedores de Internet desempenham um papel crucial na manutenção de um ecossistema de Internet estável e seguro, mas muitas vezes suportam o peso dos ataques DDoS, resultando em tempos de inatividade significativos para seus clientes. Este artigo explora as razões pelas quais os ataques DDoS causam grandes períodos de inatividade e discute o importante papel que os provedores devem desempenhar no combate a esses ataques. Além disso, apresenta argumentos a favor e contra a responsabilidade do provedor na mitigação de ataques DDoS.

Por que os ataques DDoS causam grande tempo de inatividade para os clientes Quando um provedor é vítima de um ataque DDoS, as consequências podem ser graves para os seus clientes. Esses ataques inundam sua infraestrutura de rede com tráfego malicioso, causando congestionamentos e interrupções. Os seguintes fatores contribuem para o tempo de inatividade:

• Congestionamento e saturação da rede: o tráfego de ataque DDoS sobrecarrega a infraestrutura de rede do provedor, saturando a largura de banda disponível e causando perda de pacotes, atrasos e queda de conexões para os clientes. • Instabilidade de roteamento: o tráfego de ataque interrompe a infraestrutura de roteamento do provedor, sobrecarregando os roteadores e levando a rotas de rede não confiáveis ou indisponíveis, impactando ainda mais a conectividade dos clientes. • Interrupções de serviço: os ataques DDoS resultam em velocidade lenta da Internet, incapacidade de acessar sites ou serviços online e perda de conectividade, variando em gravidade e duração com base na escala e no tipo de ataque. • Danos colaterais: os ataques aos provedores podem causar danos colaterais a outras redes e serviços dependentes da sua infraestrutura, amplificando o impacto e resultando em interrupções mais generalizadas para os clientes.



SEGURANÇA O papel dos provedores no combate aos ataques DDoS Dado o seu papel crítico no fornecimento de conectividade à Internet, os provedores devem combater ativamente os ataques DDoS. As principais funções que devem desempenhar incluem: • Investir em estratégias robustas de mitigação de DDoS: alocar recursos para implementar ferramentas avançadas de detecção e mitigação capazes de identificar e bloquear tráfego malicioso em tempo real. • Colaborar com organizações de segurança especializadas: o estabelecimento de parcerias e colaborações com organizações de segurança aumenta a capacidade de detectar e mitigar ataques DDoS de forma eficaz através do compartilhamento de informações e recursos. • Construir capacidade de rede: os provedores devem garantir capacidade de rede suficiente para lidar com ataques DDoS em grande escala, investindo em infraestruturas escaláveis para absorver o tráfego de ataque semperturbaçõessignificativasparaosclientes. • Desenvolvimento de planos eficazes de resposta a incidentes: os provedores devem ter planos de resposta a incidentes bem definidos, descrevendo as medidas a serem tomadas durante um ataque, incluindo comunicação com o cliente, ativação de medidas de mitigação e restauração imediata do serviço.

34 – RTI – JAN 2024

Argumentos para a responsabilidade do provedor de Internet Vários argumentos apoiam a responsabilidade do provedor no combate aos ataques DDoS: • Controle de infraestrutura: os provedores têm controle sobre a infraestrutura de rede, permitindo-lhes monitorar e identificar padrões de tráfego anormais indicativos de ataques DDoS. Assumir a responsabilidade pela detecção e mitigação desses ataques protege os clientes e mantém uma rede confiável e segura. • Confiança e reputação do cliente: os provedores atuam como portas de entrada para a Internet e, ao combater ativamente os ataques DDoS e minimizar o tempo de inatividade, aumentam a confiança e a fidelidade do cliente. Priorizar a segurança e fornecer uma experiência online estável cria uma reputação positiva no setor. • Estabilidade da rede: os provedores têm a responsabilidade de manter a estabilidade da rede, garantindo conectividade ininterrupta para todos os clientes. O combate ativo aos ataques DDoS contribui para uma infraestrutura de Internet mais estável e resiliente. • Colaboração da indústria: os provedores podem promover a colaboração dentro da indústria para combater eficazmente os

ataques DDoS. O compartilhamento de informações, práticas recomendadas e inteligência sobre ameaças fortalece as defesas contra ataques, levando ao desenvolvimento de padrões e diretrizes para todo o setor.

Argumentos contra a responsabilidade do provedor No entanto, alguns argumentos desafiam a responsabilidade do provedor na mitigação de ataques DDoS: • Custos e recursos: a implementação de medidas robustas de mitigação de DDoS requer investimento financeiro significativo e recursos dedicados. Alguns argumentam que os provedores não devem ser os únicos responsáveis pelo combate aos ataques DDoS, uma vez que impõem um encargo financeiro, sugerindo que os clientes invistam nas suas próprias medidas de segurança. • Preocupações legais e de responsabilidade: os provedores que assumem um papel ativo na mitigação de ataques DDoS podem enfrentar preocupações legais e de responsabilidade. Bloquear inadvertidamente o tráfego legítimo ou afetar as operações de outras redes pode levar a disputas legais e potenciais responsabilidades, levando alguns a


35 – RTI – JAN 2024

argumentar que os provedores deveriam concentrar-se no fornecimento de conectividade e não em questões relacionadas com a segurança. • Complexidade e experiência: os críticos argumentam que os provedores podem não ter as capacidades técnicas para lidar de forma eficaz com ataques DDoS. Eles acreditam que as organizações focadas na segurança e os prestadores de serviços especializados são mais adequados para combater tais ataques. • Educação do cliente: alguns argumentam que os clientes deveriam assumir um papel mais proativo na segurança de suas redes. Educar os clientes sobre ataques DDoS, promover medidas de segurança e incentivar um comportamento online responsável pode capacitar indivíduos e empresas a se protegerem.

Conclusão Alcançar um equilíbrio que priorize a segurança e a estabilidade do

ecossistema da Internet é crucial no que diz respeito à responsabilidade do provedor no combate aos ataques DDoS. O controle da infraestrutura, a influência da indústria e a confiança dos clientes dos provedores os tornam bem posicionados para desempenhar um papel significativo na mitigação desses ataques. No entanto, a colaboração com as partes interessadas, as considerações de custos, as implicações legais e a educação do cliente também devem ser levadas em conta. Um esforço coletivo envolvendo provedores, clientes, organizações de segurança e decisores políticos é essencial para combater os ataques DDoS e garantir uma experiência de Internet segura e fiável para todos. Embora os argumentos contra a responsabilidade do provedor destaquem o custo, as preocupações legais, a complexidade e a educação do cliente, os argumentos a favor da responsabilidade do provedor enfatizam o controle da infraestrutura, a

confiança do cliente, a estabilidade da rede e a colaboração da indústria. Ao encontrar um equilíbrio e abordar essas preocupações, os provedores podem contribuir para um ecossistema de Internet mais seguro e resiliente. A responsabilidade partilhada entre provedores e clientes, juntamente com a colaboração dentro da indústria, levará a melhores defesas contra ataques DDoS e a um cenário digital mais seguro.

REFERÊNCIAS [1] Por que os ataques DDoS aos ISPs causam grande tempo de inatividade para seus clientes? https:// blog.nexusguard.com/why-ddosattacks-to-isps-cause-major-downtimefor-its-customers [2] Qual o papel que os ISPs devem desempenhar no combate aos ataques DDoS? https://blog.nexusguard.com/ what-role-should-isps-play-incombating-ddos-attacks


REFRIGERAÇÃO

36 – RTI – JAN 2024

Free cooling em edge data centers Guilherme Barcellos e Lucas Rebello, da Zienz

D

Este artigo apresenta as vantagens do sistema de free cooling em um edge data center, em comparação com o sistema convencional de climatização, como resultado de simulações termoenergéticas a partir de condições climáticas em um projeto piloto realizado em Florianópolis, SC. Ainda em sua primeira fase, o estudo poderá ter sua implementação replicada para cerca de 70 sites operacionais da região Sul e, futuramente, em mais de 1000 unidades em todo o país.

população, especialmente em regiões ata centers são ambientes menos povoadas e distantes de grandes críticos que demandam centros. Assim, para a operação consideráveis quantidades de energia eficiente em um país tão extenso como para manter as condições operacionais o Brasil, é fundamental a utilização dos ideais, especialmente por operarem edge data centers, de forma a permitir a ininterruptamente. Em um país de integração de toda a população com o clima tropical como o Brasil, a gestão sistema central das empresas. eficaz da temperatura e da umidade Nesse contexto, o free cooling, interna do ambiente, de modo a tornar especialmente em regiões mais favoráveis o empreendimento mais eficiente, para sua implementação, apresenta-se torna-se promissora. como uma solução promissora em A crescente demanda por serviços mitigar o consumo de energia e otimizar digitais tem exigido cada vez mais a utilização de recursos. capacidade dos data centers, que Este artigo apresenta as vantagens do representam parte vital da infraestrutura de TI, e estes têm sistema de free cooling em um edge data suportado muito bem as exigências às center (projeto piloto) de aproximadamente 37 m2, localizado quais vêm sendo submetidos. Entretanto, para reduzir custos em Florianópolis, SC, comparando-o operacionais e minimizar o impacto com o sistema convencional de ambiental, muitas vezes faz-se necessária a utilização de edge data centers, de forma a descentralizar o processamento de dados e permitir a acessibilidade de serviços para toda a Fig. 1 – Vista isométrica da geometria


37 – RTI – JAN 2024

Fig. 2 – Carta psicrométrica de Florianópolis

climatização. O estudo em questão, ainda em sua primeira fase, poderá ter sua implementação replicada em cerca de 70 sites operacionais da região Sul e, futuramente, em mais de 1000 sites em todo o país. Todas as análises foram baseadas no desempenho da edificação ao longo das 8760 horas do ano, com objetivo de destacar as economias energéticas e os benefícios associados à implementação de free cooling. Foram desenvolvidos dois cenários para o modelo computacional de simulação termoenergética. Ambos possuem a mesma envoltória e características construtivas, mas se diferem quanto à operação dos sistemas de climatização. No cenário convencional, o data center possui dois equipamentos de climatização, que podem operar individualmente e em revezamento ou simultaneamente e de forma paralela a fim de manter a temperatura interna do ambiente em até 25°C. Os equipamentos possuem capacidade térmica nominal individual de 17.585 W, COP de 2,86 e fator de calor sensível de 0,78. Além disso estes podem operar com suas serpentinas ligadas, insuflando ar no ambiente a 15,5°C, ou em modo somente de ventilação, insuflando ar no ambiente com a mesma temperatura de retorno do ar. No cenário com free cooling, as condições de operação mudam consideravelmente. Para tanto, foram

realizadas simulações de CFD - dinâmica dos fluidos computacional para determinar os limites operacionais internos do data center. Para o site em questão, devido à disposição e carga interna do ambiente, verificou-se que a temperatura de insuflamento de até 23ºC é ideal para operação segura do site. Assim, o sistema de free cooling é ativado quando a temperatura externa é igual ou inferior a 23°C e a umidade relativa do ar externo não ultrapassa 80%. Durante esse período, o ar externo é insuflado diretamente para o data center, eliminando a necessidade de climatização por sistemas mecânicos. Quando o free cooling não é ativado, as unidades de ar-condicionado operam como no cenário convencional.

Ressalta-se que a temperatura operacional de até 23°C, interna ao ambiente, é favorável para aplicabilidade desse tipo de solução nas diversas regiões do país, maximizando o potencial de ganho tanto nas regiões com clima mais frio quanto mais quentes. Para ambos os cenários, a carga de iluminação é de 423 W e de equipamentos internos de 6100 W. Não são consideradas pessoas internas ao ambiente. Ainda, foram utilizados materiais convencionais em alvenaria para determinar as características construtivas do ambiente. A figura 1 mostra a geometria desenvolvida e utilizada nos dois cenários. Para demonstrar os benefícios do free cooling, foram realizadas simulações termoenergéticas anuais considerando as condições climáticas de Florianópolis. Inicialmente, ao analisar o arquivo climático foi possível verificar que em 1860 horas do ano (21,23% das horas totais) ocorrem temperaturas de bulbo seco externas de até 23°C e umidade relativa do ar externo de até 80%. Assim, o percentual de 21,23% passou a ser o alvo de economia para o ambiente como um todo. A figura 2 mostra a carta psicrométrica de Florianópolis com distribuição horária anual do arquivo climático em pontos. As simulações realizadas para o cenário convencional de climatização indicam que

Fig. 3 – Operação percentual das serpentinas de climatização ao longo do ano com sistema de climatização convencional


REFRIGERAÇÃO

38 – RTI – JAN 2024

Fig. 4 – Operação do data center para um dia do ano

mesmo com esse sistema a edificação opera de forma menos sobrecarregada e mais eficiente nos meses mais frios do ano (junho, julho e agosto especialmente). A

Além disso, foi possível observar que a temperatura interna ao data center não ultrapassou 23°C ao longo do ano e que a umidade interna do ambiente se

manteve praticamente constante devido à inexistência de carga térmica latente no ambiente. A figura 4 mostra a operação do data center analisado para um dia específico do ano. Por fim, avaliou-se o consumo de energia da edificação para o cenário com o sistema de climatização convencional e obteve-se o valor de 281.866,67 kWh/ano. Para a análise do cenário com free cooling, foram mantidas todas as características construtivas da edificação, com a única alteração dos controles do sistema de ar-condicionado, que passam a operar com 100% de ar externo quando as condições estipuladas para operação com free cooling são atendidas. A figura 5 mostra a evolução de temperatura exterior, à esquerda, e a evolução de umidade relativa do ar externo, à direita,

Fig. 5 – Evolução de temperatura do ar externo (à esquerda) e evolução de umidade relativa do ar externo

carga térmica oriunda da envoltória é menor nos meses mais frios e, consequentemente, os equipamentos de climatização são menos demandados nesse período. A figura 3 mostra o percentual de utilização de cada um dos equipamentos para o cenário com sistema convencional de climatização ao longo do ano. Ainda sobre a figura 3, é possível notar que na maior parte do ano a operação com apenas um equipamento de climatização ligado não é suficiente, sendo necessária, especialmente nos meses mais quentes, a operação com ambos os equipamentos de climatização ligados, ainda que um desses opere ciclando.

Fig. 6 - Operação percentual das serpentinas de climatização ao longo do ano com sistema de climatização com free cooling



REFRIGERAÇÃO

40 – RTI – JAN 2024

Fig. 7 – Temperatura interna do data center ao longo do ano com sistema possuindo free cooling

para todo o ano em Florianópolis.A figura 6 mostra a operação percentual de cada uma das serpentinas dos equipamentos de climatização do cenário com implementação de free cooling ao longo do ano. É possível verificar que a serpentina é, de um modo geral, muito menos demandada (redução de cerca de 40%), uma vez que em diversos momentos do ano o sistema opera somente com o ventilador do equipamento ligado, admitindo 100% de ar externo e expurgando 100% do ar de

retorno. Em alguns outros momentos, mesmo que a condição externa não seja satisfatória para operação com free cooling ativo, o sistema opera apenas ventilado (sem admitir ar externo ou expurgar ar), de forma a circular o ar gelado dentro da sala e atender à demanda dos equipamentos de TI. Além disso, foi possível observar que a temperatura interna ao data center oscilou muito mais ao longo do ano, uma vez que, quando as condições para operação com free cooling são atendidas, a

temperatura interna para esse caso de avaliação pode ser reduzida tal qual a temperatura exterior (figura 7). Por fim, foram analisadas a operação dos ventiladores, das serpentinas e das condições climáticas exteriores e internas ao ambiente, em conjunto. A figura 8 mostra a operação do sistema de climatização com free cooling para um dia específico do ano. Finalmente, avaliou-se o consumo de energia da edificação para o cenário com free cooling e obteve-se o valor de 231.041,67 kWh/ano. A economia média é de 18,03% no consumo de energia anual. Assim, a implementação de free cooling em um data center em Florianópolis representa uma solução eficaz para melhorar a eficiência energética do site, reduzir custos operacionais e diminuir o impacto ambiental. Ainda, não se pode deixar de lado que, por se tratar de ambiente do tipo edge data center, existe grande probabilidade de que a solução possa ser aplicada em diversos sites, o que torna o impacto da solução mais significativo. Em estimativa, a aplicação da solução em cerca de 70 sites da primeira fase do estudo pode gerar uma economia de mais de 1000 MWh por ano.


41 – RTI – JAN 2024

Conclusão Ao aproveitar o clima ameno da região, os gestores de data centers podem alcançar

economias significativas ao longo do ano. Considerando as pressões atuais para reduzir o consumo de energia e as emissões de carbono, o free cooling se

Fig. 8 – Operação geral do sistema de climatização com free cooling para um dia específico do ano

torna uma opção atraente para as instalações em locais com climas semelhantes. Ainda, ressalta-se que a economia não é apenas no âmbito energético e financeiro, mas também reflete em economia global, ao se considerar: • Menor desgaste dos equipamentos de climatização: a redução da carga de trabalho tende a prolongar sua vida útil, reduzindo possíveis necessidades de substituição e/ou manutenção. • Redução do consumo energético: traduz-se em economia de custos operacionais substanciais, contribuindo para a sustentabilidade financeira do data center. • Menor impacto ambiental: a menor demanda de energia no data center diminui a pegada de carbono, apoiando metas de sustentabilidade e responsabilidade ambiental.


SERVIÇO

42 – RTI – JAN 2024

Guia de distribuidores de produtos de redes Veja a relação de fornecedores de sistemas de cabeamento estruturado, racks, sistemas de energia, produtos FTTH, rádios, roteadores e pontos de acesso sem fio, entre outros produtos de redes e telecom. Para facilitar a consulta, as empresas estão separadas por estado.

Empresa

UF

Telefone

E-mail

Tellycom

CE

(85) 4042-1245 n

comercial@tellycom.com.br

Sumay

DF

(61) 3404-5958 n

telecom@sumay.com.br

Ceitel

MG

(31) 2522-4188 n

televendas3@ceitel.com.br

Condufibra

MG

(31) 2532-8700 n

condufibra@condufibra.com.br

Loja Elétrica

MG

(31) 99644-8656 n adilsonrezende@lojaeletrica.com.br

Multirede

MG

(31) 3469-0303 n

contato@multiredebh.com.br

Novazul

MG

(31) 2534-8350 n

contato@azulinfo.com.br

Netcia

MS

(67) 98167-0006 n

leonardo@ntcia.com.br

Plugmais

MT

(65) 3648-5700 n

atendimento@plugmais.com.br

Lanbras

PA

(91) 99100-6925 n

vendas@lanbras.com.br

Connectoway

PE

(81) 9487-4998 n

contato@connectoway.com.br

Alca Network

PR

(44) 3023-0333 n

contato@alcadistribuidora.com.br

DCA

PR

(41) 3021-1728 n

dcaonline@dca.com.br

Dicomp

PR

(44) 4009-2826 n

aline.santos@dicomp.com.br

Evolusom

PR

(44) 3220-6448 n

vendas48@evolusom.com.br

L8 Group

PR

(45) 99135-3555 n

contato@l8group.net

Next

PR

(43) 3378-8040 n

vendas@nextcable.com.br

RS Connect

PR

(44) 3080-1010

conta@rsconnect.com.br

TXO

PR

(43) 99804-0524 n

vendas.suporte@txo.com cook@cookenergia.com

Cook

RJ

(21) 99387-1021 n

Lantele

RJ

(21) 99358-6967 n

lantele@lantele.com.br

4EX Solutions

RS

(51) 99114-5216 n

comercial@4exsolutions.com.br

Agiliza Tecnologia

RS

(54) 99679-7835 n

comercial@agilizatec.com.br

ATN

RS

(51) 3470-0000 n

comercial@atn.com.br

DT Telecom

RS

(51) 99901-4002 n

contato@dttelecom.com.br

Faritel Solutions

RS

(54) 3321-0955 n

contato@faritel.com.br

Infortel

RS

(51) 3076-3800 n

comercial@inforteltelecom.com.br

Matv Sul

RS

(54) 99139-4517

matv@matvsul.com.br

OIW

RS

(51) 3653-6800 n

vendas@oiw.com.br

Satcom

RS

(51) 3395-1331

recepcao@satcombr.com.br

Ektech

SC

(49) 3199-1746 n

comercial@ektech.com.br

FiberX

SC

(48) 3205-2275 n

comercial@fiberx.com.br

3GS Technology

SP-G

(11) 3164-1481 n

comercial@3gstechnology.com

FTTH

Cabos metálicos e ópticos Componentes de conexão Patch panels Canaletas, calhas e dutos Sistemas de identificação Racks e gabinetes CFTV IP – Câmeras e acessórios Controle de acesso Produtos VoIP Cabos ópticos GPON XGS-PON OLT ONU/ONT Distribuição óptica Máquina de fusão DWDM Ferragens para redes externas Switches Conversores de mídia e módulo Gbic Roteadores Pontos de acesso sem fio Rádios digitais Antenas Baterias Sistemas UPS de energia Estabilizadores Instrumentos de testes OTDR

Cabeamento

• •

• • •• • •• • • • •• • ••• • • • • • • • • • • • • • •• • • • •••••• • • • • • • • • • • • • •• • • • • •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • •• • • •• • • • • • ••••••••••• •••• • •••• • ••••• ••• ••••••• •••• • •••• ••••• ••••••••••• • • •••• • •• • • • • • • • • • • • •• • • • • • •• • • •• • • • • • •••••••••• • • •• •••••• •••• • • • • • • • •• • • • •• • • ••• • •••• • ••• ••• • • • • • • • • • • • •• • • • •••••• ••••• • • • • • • • • • • • •• • • • • • •• • • •• • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • •••••• •••• •• • •• • • • •• ••• • • • •• • • • • •• • • • • • • •••• ••• • • • • • •• • • • •• • • •• ••• • ••• •• • • • • • • • • • • •• • • • • • •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • •• • • •• • • • • • • •• • • •• • • • • •• • •• • • • ••• • • • • • •••••••••• • •• •• • •• • •• • • • • • • • • • • •• • • • •• • • • • • • • • •• • • • •• • • •• •• ••• •• • • •• • • • • •• • • • •• • • • • • •• • • •• •• • • •• • • • • • •• • • • • • •• • • • •• • • •


INTELBRAS E FIBERHOME É NA M.A,

a maior distribuidora de soluções para provedores do Brasil

Através de fabricação e comercialização exclusiva da FiberHome pela Intelbras no Brasil, a M.A passa a oferecer aos seus clientes o portfólio dessa gigante da tecnologia.

Diferenciais M.A:

Logística rápida e eficiente, com entrega em todo Brasil

Empresa consolidada com mais de 39 anos de mercado Mais de 200 profissionais dedicados a oferecer as melhores soluções, com suporte técnico especializado e equipe exclusiva para o canal ISP

E-commerce para compras 24h por dia e 7 dias por semana

2 centros de distribuição com localização para atendimento nacional

Compre agora mesmo da M.A: Venda direto de fábrica Aluguel de equipamentos Alta disponibilidade de estoque Condições de prazo e pagamento exclusivas

SOLUÇÕES EM TECNOLOGIA

Falae agora com seu consultor ou COMPRE ATRAVÉS DO NOSSO E-COMMERCE. (54) 3211.8000

www.maoficial.com.br

(54) 9139.4617

www.ellitedigital.com.br

10 unidades em cidades brasileiras estratégicas

Principal parceiro Intelbras no canal ISP


SERVIÇO

44 – RTI – JAN 2024

Empresa

UF

3R Network Adconnect Adistec AGC Lightwave Agora Tecnologia Arsitec ARJ Company AT4 Solution Curvalux Fixed Dimensional Brasil Di Pauli DPR Gamma K GMDS GP Cabling Grupo Discabos HB Store HFO Brasil Hyperiun IK1 Tecnologia Klint Lan Networks Microcenter Oceano TI Proeletronic Profiber Provitel Racks19 Rcell RS Fiber Seccon SOB Brasil Seven Tecfiber Telcabos Terzian Transnet Venko Networks WDC Networks Wesco Zyxel Agis Belver Fonepinda FW Distribuição GH Tech Greatek Rota da Fibra Shop Fiber WL Distribuidora

SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-G SP-I SP-I SP-I SP-I SP-I SP-I SP-I SP-I SP-I

Telefone

E-mail

(11) 2102-9518 contato@3rnetwork.com.br (11) 4702-0118 n contato@adconnect.com.br (11) 3504-0600 comercialbr@adistec.com (11) 97481-5530 n vendas@agc.com.br (11) 4058-9600 faleconosco@agoratelecom.com.br (11) 98733-0004 n arsitec@arsitec.com.br (11) 2193-9288 arj@arjcompany.com (11) 99535-0185 n contato@at4.com.br (11) 3739-0813 info@curvalux.com (11) 96377-3545 n telcom@dimensional.com.br (11) 4723-5560 site@dipauli.com.br (11) 94107-2000 n comercial@dpr.com.br (11) 99905-4183 n lhenrique@gammak.com.br (11) 99118-7170 n contato@gpracks.com.br (11) 2065-0800 n contato@gpcabling.com.br (11) 4138-8373 n vendas@discabos.com.br (11) 98173-7424 n fabio@hbstore.com.br (11) 94920-8700 n contsto@hfobrasil.com.br (11) 4770-0505 n comercial@hyperiun.com.br (11) 3258-2715 n comercial@ik1.com.br (11) 4972-9300 klint@klint.com.br (11) 4570-0999 n info@lannetworks.com.br (11) 99936-7458 n contato@microcenter.com.br (11) 94700-1217 n contato@oceanoti.com.br (11) 4693-9300 comercial.isp@proeletronic.com.br (11) 94980-6323 n profiber@profiber.com.br (11) 94980-6323 n vendas@provitel.com.br (11) 99584-7721 n sac@racks19.com.br (11) 3053-1100 n vendas@rcell.com.br (11) 94312-7320 contato@rsfiber.com.br (11) 5583-5583 contato@seccon.com.br (11) 5090-0030 n info@sob-brasil.com (11) 5977-3331 n comercial@seven-tel.net.br (11) 98526-2450 n vendas@tecfiber.com.br (11) 2146-7777 larissa.migliorini@telcabos.com.br (11) 4420-2079 n comercial@terzian.com.br (11) 97382-2932 n info@transnetdistribuidora.com.br (11) 5199-8990 n venko@venkonetworks.com (11) 3035-3777 n contato@wdcnet.com.br (11) 3868-6600 vendas.br@anixter.com (11) 3078-2345 isp@zyxel.com.br (19) 3756-4600 vendas@agis.com.br (19) 3237-4092 info@belver.com.br (12) 3645-1739 n fonepinda@uol.com.br (19) 97172-5333 n j.lacerda@fwdistribuicao.com.br (19) 98111-7734 n comercial@ghtech.com.br (12) 99100-6131 n suporte@greatek.com.br (19) 99680-1135 n comercial@rotadafibra.com.br (19) 98209-1506 n contato@shopfiber.com.br (19) 98127-8291 n vendas@wirelesslink.com.br

FTTH

Cabos metálicos e ópticos Componentes de conexão Patch panels Canaletas, calhas e dutos Sistemas de identificação Racks e gabinetes CFTV IP – Câmeras e acessórios Controle de acesso Produtos VoIP Cabos ópticos GPON XGS-PON OLT ONU/ONT Distribuição óptica Máquina de fusão DWDM Ferragens para redes externas Switches Conversores de mídia e módulo Gbic Roteadores Pontos de acesso sem fio Rádios digitais Antenas Baterias Sistemas UPS de energia Estabilizadores Instrumentos de testes OTDR

Cabeamento

••• •

••

••• •

•• •

••

• ••• • •• • •• • •••• • •• • •• • • • •• • • •• • • • •• •• ••• •• •• •• • •• • •• • •• • •• ••• •••• ••• • •••• • ••••• • • • • • •• • • • • •• • • • • •• • ••• •• •• • •• •••••• •• •• •

•••• ••• •••• ••• •• • • •• •• •••••••• •• • • • • • • • • • • • • •• • • • • • •• • • •• • • • • • •• •• •• • • • • ••••••• • • •• • • • • •• • • •• • •• • • • • • • • • • • •• • • •• •• •• •••••••• • • ••• •••• •••••• •••••• •••••• ••••• ••• •• • • • ••• • • •• •• • • • • • • • •• • • •• • • •• • • • • • • • •••• ••• • • ••• • • • •• •• • ••••• • •• ••• • • • • •••• •••• • • • • • • • • • • • • •• • • • • • •• • • •• • • • • • • • • • • •• • • • • ••• •• •• •• •• ••• • •••••• • •• •••••••• • • •• • ••• • •• • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • •• • • •• • •••••••••• • • • •••••• •• •• • •• • •••• • ••••• • •• •••• • •• •••• ••• • ••• •••• • • • • • • • • • • • • •• • • • • • •• • • •• • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • •••••• •• •• ••••• ••• •• •• •••• •• •• •••• • •••••• •• • • • •• • • • • • •• • • • •• •• • • •• • • • • • •• • • • ••

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 381 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Redes, TTelecom Instalações, janeiro de 2024. elecom e Instalações Este e muitos outros Guias de RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.



REDES EXTERNAS

46 – RTI – JAN 2024

Gerenciamento e monitoramento inteligente de gabinetes outdoor Prof. Dr. Rogerio Moreira Lima Silva, Diretor de Inovação da ABTELECOM, Coordenador Nacional Adjunto da CCEEE/CONFEA, membro da AMC - Academia Maranhense de Ciências e Prof. da UEMA - Universidade Estadual do Maranhão Leonardo Henrique Gonsioroski, membro da AMC e Prof. da UEMA Leandro Lima do Nascimento, CEO da Heavytech Engenharia Tecnológica

A

Este artigo apresenta um protótipo baseado em sensoriamento com técnicas de IoT – Internet das Coisas para aquisição e gerenciamento dos gabinetes outdoor, proporcionando uma gestão centralizada às operadoras de telecomunicações. A solução de hardware e software oferece eficiência e segurança dos equipamentos in loco, delegando um papel importante à manutenção preditiva com a redução das interrupções não programadas.

demanda por banda larga na última milha do FTTH – Fiber to the Home no Brasil tem sido atendida predominantemente pelo GPON - rede óptica passiva devido à redução drástica de custos com o uso de componentes passivos. O fator determinante para o sucesso de uma empresa prestadora de SCM Serviço de Comunicação Multimídia é sua escalabilidade para redução de custos. Os provedores de Internet ganham escala ao aumentar a base de clientes e compartilhar ao máximo sua infraestrutura de telecomunicações com a rede de distribuição aérea de energia. Enquanto o custo do quilômetro da fibra óptica na rede elétrica aérea compartilhada é de R$ 1200/km, na solução subterrânea o valor aumenta para R$ 12 mil/km. Além disso, há a necessidade de alugar locais para instalar sites e atender determinadas regiões ou uso de racks nas redes elétricas aéreas. Os racks outdoor são ambientes físicos indispensáveis para as operadoras, pois neles ficam armazenados os equipamentos necessários para a prestação do serviço. Esses ambientes estão fora do core e garantem a segurança contra eventos climáticos, furtos e outras ocorrências atípicas.

Este artigo propõe o desenvolvimento de uma solução baseada em sensoriamento com técnicas de IoT – Internet das Coisas para aquisição e gerenciamento dos gabinetes outdoor, proporcionando uma gestão centralizada às operadoras de telecomunicações. A solução de hardware e software oferece eficiência e segurança dos equipamentos in loco, delegando um papel importante à manutenção preditiva com a redução das interrupções não programadas.

Solução proposta O dispositivo é composto por sensores de temperatura, tensão, corrente e um sistema digital de trava que se comunica via protocolo M2M – machine to machine de IoT com uma aplicação de servidor na central. O desenvolvimento da tecnologia se divide em arquiteturas do sistema e de hardware e de software, descritas a seguir. Arquitetura do sistema Os racks ou gabinetes encontram-se em sua maioria em postes da rede elétrica a uma distância de pelo menos 1,3 m entre o topo do rack e o ponto de controle da rede elétrica, conforme figura 1 [3].


47 – RTI – JAN 2024

Os racks ficam expostos no ambiente, distribuição ou recepção de dados por protocolos M2M (MQTT, API REST sendo acessíveis com apenas uma mais tempo, podendo ser aplicado até ou COAP). escada. É comum o rack possuir, no em empresas que atuam em múltiplos mínimo, um ponto de alimentação CA, municípios com interligações Hardware um equipamento de transmissão/ extraterritoriais, em que o tempo de Na figura 2 é possível observar os setores e elementos do equipamento recepção de dados, um multiplexador de atendimento para resolução de rede (por exemplo, switch) e uma proposto em um modelo padrão já chamados pode ultrapassar 24 horas. ventoinha para aplicável em circuitos de resfriamento. microcontroladores. Um No levantamento in loco setor destinado à foi observado que, além alimentação é capaz de dos elementos comuns e absorver as variações de de suas interligações tensão. Além do controle elétricas, algumas empresas independente para a da região de São Luís, MA, energia, o equipamento usam um conjunto de também agrega banco de baterias (em sua sensoriamento para energia maioria de chumbo-ácido) de backup, alimentação CA e um microinversor como (externa) e backup de forma de solução rápida bateria dedicado, podendo para situações de falta de enviar informações de energia, convertendo a tensão e corrente para o corrente contínua da bateria microcontrolador, cruciais em corrente alternada para o ecossistema do rack. através do microinversor, O microcontrolador pode utilizado na geração operar em modo deep-sleep distribuída fotovoltaica e (sono profundo) com um nos sistemas elétricos coprocessador como veiculares. despertador para gatilhos externos. Ou seja, quando Entretanto, a falta de há uma alteração nas padronização delega ao entradas digitais, o técnico de campo a microcontrolador ganha configuração e autonomia, operando com parametrização do ativo. As baixa amperagem e baterias de chumbo-ácido tornando-se apropriado não são eficientes para para aplicações de baixo cargas de trabalho acima de contato humano ou em três horas, tempo médio regiões remotas. entre a recepção de um O equipamento dispõe chamado e sua resolução de acordo com o painel de do uso de sensores de dados [2]. Além disso, há corrente baseado em relação entre a capacidade de corrente linear com efeito carga e o tamanho ou peso hall e isolamento de tensão excessivo da célula de de 2,1 kVrms, para as baterias de backup do rack bateria, uma vez que o Fig. 1 - Afastamentos mínimos entre condutores da rede de do próprio equipamento e espaço é restrito e com telecomunicação e rede elétrica ao longo do vão [3] proteção do equipamento. limite de carga definido no A informação é recepcionada pelo projeto e na instalação no poste. A solução propõe o monitoramento microcontrolador através de sinal O backup de energia ou banco de de temperatura e leitura de tensão e analógico, que se destina à vitalidade do energia recomendado para esse tipo de corrente tanto da alimentação externa backup e fornece informações aplicação é o mesmo usado em veículos quanto de backup de energia. O necessárias para o operador e suas elétricos, as células de íons de lítio, com equipamento se comunica diretamente tomadas de decisões ou planejamento. autonomia de carga e descarga. Para a com uma central de operação através O algoritmo do hardware é definido alimentação no contexto desses de um aplicativo centralizador para intrinsicamente como layout de gatilhos, entraves, esse tipo de bateria poderia multiequipamentos de telemetria com em que o microprocessador opera em garantir autonomia dos pontos de intercomunicação por meio de


REDES EXTERNAS modo ULP, ou seja, “dormindo”. A cada tempo predefinido, ele acordará para realizar checagens de seus periféricos, ou até que um dos periféricos ofereça algum sinal alterado, fazendo com que acorde de forma emergencial para tratar gatilhos para uma ação de notificação ou comandos, como ligar os ventiladores.

Considerações finais Os testes em laboratório obtiveram êxito em boa parte dos objetivos propostos. Quanto à IoT, foi observado

48 – RTI

que objetiva conexões em longas distâncias, demonstrou ser um protocolo simples, aplicável e escalável para praticamente qualquer hardware de automação, com sua baixa banda de comunicação e velocidade. A inserção de tecnologias e a aplicação na área de segurança de telecomunicações como meio de garantir e melhorar as técnicas de manutenção e qualidade de serviços de Internet e TV tornam-se possíveis pois a tecnologia cumpre seus requisitos, como a simplicidade de aplicação, precisão e confiabilidade, baixo

Fig. 2 - Diagrama em blocos das conexões eletroeletrônica dos elementos [1]

que sua concepção e destinação servem para a automação, interconexão com outros objetos e ao ser humano, e suas tecnologias na aplicação, percepção e rede. Com o estudo de recursos tecnológicos e componentes importantes para realizar soluções rápidas, pontuais e uma gama de ferramentas e facilidades na sua programação. Quanto aos microcontroladores da série ESP32, entende-se como a melhor escolha por ser um dispositivo elaborado e destinado para aplicação em IoT, com amplo poder de processamento, memória e portas disponíveis. E o MQTT, talvez o maior aliado para a rede, por ser um protocolo

custo de desenvolvimento e investimento, aptidão para aplicações de automação e monitoramento de pontos longos na indústria de telecomunicações. A Heavytech Engenharia Tecnológica e a UEMA - Universidade Estadual do Maranhão, responsáveis pelo desenvolvimento do protótipo, estão em busca de parceiros para transferência de tecnologia, que se encontra em preparativos para os testes iniciais no nível de maturidade tecnológica TRL 6. O processo de depósito da patente já foi realizado, BR 20 2022 021692 0, tipo Modelo de Utilidade (MU).


49 – RTI – JAN 2024

REFERÊNCIAS [1] Nascimento, Leandro L. et al. Dispositivo de Monitoramento e Controle de Racks de Telecomunicações. Depositante: Universidade Estadual do Maranhão e Leandro Lima do Nascimento. BR 20 2022 021692 0. Depósito: 26 out. 2020. [2] Anatel. Painéis de Dados. Agência Nacional de Telecomunicações. Dez./2020. https://www.anatel.gov.br/paineis/consumidor. [3] Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rede de distribuição de energia elétrica — Compartilhamento de infraestrutura com redes de telecomunicações. Rio de Janeiro, 2006. NBR 15214. [4] Camarneiro, Daniel, et al. Desenvolvimento de serviços REST para monitorização dos consumos de energia em chão de fábrica, baseado nas plataformas Eclipse IoT: Bosch e SCoT. Universidade de Aveiro. 2021. [5] Chen, Xin, et al. Performance Analysis and Uplink Scheduling for QoS-Aware NB-IoT Networks in Mobile Computing. s.l.: IEEE Access. 10.1109/ACCESS.2019.2908985. 2019. [6] Hanes, David. IoT fundamentals: Networking technologies, protocols, and use cases for the internet of things. Cisco Press. 2017. [7] Lin, Tan Rui, Khan, Nur Hanisah Omar e Daud, Muhamad Zalani. Arduino based appliance monitoring system using SCT-013 current and ZMPT101B voltage sensors. Przeglad Elektrotechniczny. 2021, Vol. 97. [8] Martins, Ismael Rodrigues e Zem, José Luís. Estudo dos protocolos de comunicação MQTT e COaP para aplicações machine-tomachine e Internet das coisas. Americana: Revista Tecnológica da Fatec Americana, 2015. Vol. 3, 1. [9] Nath, Subroto Kumer Deb, Hemel, Hasibur Rahman e Shikha, Zubaida Azad. A LowCost Non-Isolated AC/DC Power Supply Design and Analysis for Embedded Systems. 2021 International Conference on Electronics, Communications and Information Technology (ICECIT). [10] Rangel Garcia, Paulo Sérgio e Kleinschmidi, João Henrique. Tecnologias emergentes de conectividade na IoT: Estudo de redes lpwan. XXXV Simpósio Brasileiro de Telecomunicações e Processamento de Sinais-SBrT 2017. [11] Santos, Jadir Perpétuo, et al. Industry 4.0 - Efforts to adjust man the Revolution 4.0. Research, Society and Development. 2020, Vol. 9. [12] SIMCom. 2020. SIM7070 Series Hardware Design. [DataSheet] Shanghai: SIMCom Wireless SolutionsLimited. 2020. Versão 1.03. [13] Veloso, Artur F. S., et al. Prototipação com nodeMCU para Internet das Coisas emSmart Cities: Uma pesquisa. s.l.: III Escola Regional de Informática do Piauí. 2017. [14] Yuan, Michael. Conhecendo o MQTT: Por que o MQTT é um dos melhores protocolos de rede para a Internet das Coisas? IBM Developer. International Business Machines Corporation. 2017.


INFRAESTRUTURA

50 – RTI – JAN 2024

Quando faz sentido ter um data center modular? Mike Bell, diretor sênior de engenharia de vendas da Vertiv

A

O mercado tem demandado redes cada vez mais versáteis e capazes de atuarem sem interrupções. Além disso, o uso de aplicações que envolvem IA – Inteligência Artificial e machine learning tem se intensificado, exigindo cada vez mais dos data centers. Para ampliar a capacidade, os sites costumam recorrer a diversas tecnologias. Uma delas é a infraestrutura modular, uma solução escalável e customizável que pode facilitar futuras expansões.

s redes atuais são construções híbridas e complexas, normalmente com um data center empresarial no centro garantindo interações sem interrupções entre os recursos na nuvem, em colocation e na borda. O mix se altera constantemente, reagindo a demandas de capacidade específicas e a forças externas do mercado. A construção de sites desacelerou durante a pandemia da Covid-19, levando a uma limitação da disponibilidade no momento em que aplicações com grande necessidade de computação, como IA – Inteligência Artificial e machine learning, estavam se intensificando. Já a capacidade disponível continua a ser limitada por problemas com a cadeia de suprimentos. Tal realidade força as organizações a considerar alternativas para atender às suas necessidades imediatas por capacidade, e as soluções modulares pré-fabricadas aparecem como uma escolha cada vez mais popular. Tecnologias modulares são sofisticadas, customizáveis e escaláveis para os desafios modernos relativos à capacidade, oferecendo uma confiabilidade construída na fábrica, implementação rápida, flexibilidade e eficiência que vão além das possibilidades das construções tradicionais.

Capacidade do data center O mercado de colocation está em expansão, com cerca de 5 mil data centers do tipo no mundo e com aproximadamente uma em cada cinco organizações atualmente locando capacidade de provedores terceirizados. O mercado deve crescer a uma taxa de CAGR - Crescimento Anual Composta de 6,5% até 2027, chegando a US$ 136 bilhões em 2028. Grande parte da força de trabalho passou a atuar na modalidade híbrida ou remota durante a pandemia, e muitas organizações ajustaram suas estratégias de rede para acomodar esse novo modelo. As redes tornaram-se ainda mais descentralizadas e dependentes de métodos híbridos, alavancando recursos na nuvem, em colocations e na borda conforme as organizações foram repensando o papel do data center empresarial tradicional. O tempo médio de tela dos adultos aumentou entre 60% a 80% durante a pandemia, houve uma explosão do streaming de vídeos e um súbito avanço na quantidade de videoconferências, sobrecarregando as redes que não foram construídas com esse propósito. Nos últimos 20 anos, as colocations foram uma solução confiável para empresas buscando



INFRAESTRUTURA adicionar capacidade rapidamente, mitigar os desafios da latência ou expandir além da sua presença física. Entretanto, conforme operadores de data centers empresariais buscam dar suporte a uma maior carga de computação devido às avançadas tecnologias computacionais, maior complexidade e necessidades de alimentação e refrigeração, a capacidade disponível no mercado torna-se limitada. As organizações estão se voltando para novos parceiros que os ajudem a atualizar rapidamente suas instalações de forma a dar suporte à computação avançada necessária e às arquiteturas de maior densidade.

Data center modular como alternativa Como resultado dessa dinâmica de mercado evolutiva, várias organizações necessitam adicionar capacidade com urgência. Elas estão crescendo, dependendo de aplicações digitais e as opções internas não são suficientes. Assim, elas buscam formas fáceis e rápidas de ampliar a capacidade sem comprometer a segurança da rede ou a lucratividade. Para isso, a alternativa cada vez mais usada é a computação modular pré-fabricada. Os data centers modulares préfabricados não são uma novidade, porém as tecnologias e práticas de construção foram consideravelmente refinadas desde seu surgimento há aproximadamente 15 anos. Essas soluções de TI sofisticadas e completamente integradas podem ser configuradas para atender necessidades específicas e implementadas rapidamente onde a computação for necessária. O mercado está prestando atenção. Em uma pesquisa da Omdia realizada com tomadores de decisão de data centers, 52% disseram já ter implementado soluções modulares integradas e 99% afirmaram planejar fazê-lo no futuro. De fato, 93% disseram que pretendem tornar as tecnologias modulares pré-fabricadas seu processo de construção padrão daqui para a frente. Qualquer hesitação inicial foi extinta pelo fato de os operadores terem descoberto

52 – RTI

que tais produtos são uma alternativa própria, fácil e economicamente acessível às estratégias estabelecidas, oferecendo diversos benefícios em relação à construção tradicional de data centers. Projetados na fábrica Por serem concebidas, montadas e testadas na fábrica, as soluções pré-fabricadas são robustas, confiáveis e replicáveis, considerações importantes ao adicionar capacidade incrementalmente. Essa confiabilidade gera ganhos durante a vida útil do sistema, reduzindo a necessidade de reparos e assistência técnica. Velocidade de implementação Soluções modulares integradas podem ser construídas enquanto as atividades no site continuam eliminando os longos prazos que são comuns para novas instalações. Além disso, como são totalmente integradas e praticamente plug-andplay, podem ser comissionadas e estar operacionais muito mais rapidamente do que as construídas de forma tradicional. Essas vantagens podem reduzir o tempo para que a computação esteja funcionando em até 30%. Escaláveis Muitas organizações não crescem em megawatts. Com as soluções modulares integradas, elas podem adicionar capacidade quando e onde ela for necessária. Dimensionar essas adições de forma certa para atender às necessidades de cargas de TI específicas simplifica o planejamento de capacidade e elimina o desperdício, reduzindo o uso de energia, os custos e a pegada de carbono. Customizáveis Os módulos modernos são construídos de forma customizada de acordo com as especificações do cliente. Assim, a configuração e a construção podem ser replicadas rapidamente e de forma eficiente à medida que a demanda cresce. Isso reduz a complexidade e a confusão ao longo da rede e simplifica as operações e os serviços.


53 – RTI – JAN 2024

Flexíveis A maioria das instalações são construídas para que possam ter refrigeração a ar, mas se a densidade dos racks aumenta para, por exemplo, dar suporte às aplicações de computação avançadas, as tecnologias tradicionais de refrigeração não são suficientes. Inserir tecnologias de refrigeração líquida nesses ambientes demandaria enormes investimentos em infraestrutura, o que normalmente não é viável. Soluções modulares integradas podem ser construídas e configuradas para dar suporte a diversas arquiteturas, incluindo computação de alta densidade e refrigeração líquida. Sustentáveis Como são sistemas integrados e fechados, eles podem ser feitos de forma a eliminar desperdícios de materiais e consumíveis como energia e água, além de serem mais sustentáveis do que os feitos a partir de um design tradicional. Até mesmo a entrega propicia a sustentabilidade ao eliminar os diversos deslocamentos para aentregade cada parte do equipamento, já que eles têm uma única transmissão para o sistema integrado. Portáteis Redes que se tornam mais distribuídas acabam menos previsíveis. Uma solução modular é portátil e pode ser relocada conforme a demanda da rede se altera para, por exemplo, dar suporte a uma aplicação que necessite de baixa latência. Certeza dos custos Embora as soluções modulares não sejam imunes às condições externas do mercado flutuações desenfreadas, como as que a indústria enfrenta atualmente por causa das limitações da cadeia de suprimentos, são improváveis. Além disso, o custo total de propriedade costuma ser menor para soluções modulares integradas do que para construções tradicionais ou locações de longo prazo.

Conclusão A complexidade das novas tecnologias e a distribuição da borda da rede estão levando os data centers empresariais a precisar adicionar capacidade, muitas vezes em quantidades imprevisíveis, ao mesmo tempo em que problemas da cadeia de suprimentos estão desacelerando o ritmo de construção. As tecnologias modulares pré-fabricadas oferecem uma atraente combinação de capacidade de implementação rápida, escalabilidade, confiabilidade, possibilidade de customização, flexibilidade de infraestrutura, portabilidade e custo total de propriedade baixo. Para sites que buscam adicionar computação, alimentação de energia ou refrigeração em incrementos menores, as soluções modulares podem ser a melhor saída e representar uma tábua de salvação capaz de mitigar demandas urgentes por capacidade e facilitar um crescimento duradouro.


INTERFACE

54 – RTI – JAN 2024

Paulo Marin

Como deve ser a topologia de distribuição dos componentes de uma rede PON em edifícios? Nas últimas edições de Interface, iniciando no número 280 da RTI, de setembro de 2023, discutimos os padrões para redes ópticas passivas (PON), desenvolvidos pelo ITU-T e pelo IEEE. Analisamos suas topologias de distribuição, comprimentos de onda operacionais, taxas de transmissão nos sentidos downstream e upstream, alcances físicos, etc. Conforme estudamos, uma rede PON consiste em um equipamento de distribuição de serviços (OLT), um ou mais splitters, as unidades de rede óptica (ONU) e/ou terminais de rede óptica (ONT) e a rede de distribuição óptica (ODN), que conecta todos os equipamentos e dispositivos da rede PON. Nesta edição, vamos discutir como distribuir os componentes de redes PON em edifícios de forma a otimizar o desempenho da rede, oferecer melhor organização, maior segurança e facilitar o acesso de profissionais técnicos para serviços de manutenção. O foco aqui será nas topologias de redes POLAN, ou seja, redes PON classificadas como locais. Começando pela definição, o que caracteriza uma POLAN é sua cobertura física, limitada a um único edifício ou grupo de edifícios em um campus. Outras configurações não entram nessa classificação, como, por exemplo, redes MAN e WAN. Definir as localidades mais adequadas em edifícios para a Esta seção se propõe a analisar tópicos de cabeamento estruturado, incluindo normas, produtos, aspectos de projeto e execução. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.

Fig. 1 – Estrutura de caminhos e espaços para cabeamento estruturado em edifícios monousuário. Fonte: ABNT NBR 16415:2021

instalação dos componentes de uma POLAN é tarefa de suma importância para a organização e a operação segura da rede e um dos maiores problemas que os instaladores encontram na prática. É verdade que o projeto de uma rede POLAN é mais simples em termos de topologia, em relação ao cabeamento estruturado convencional, especialmente quando estamos lidando com ambientes comerciais. No entanto, em sua etapa de implementação, muitas barreiras são encontradas, normalmente devido a um planejamento deficiente, levando a um resultado que é uma rede que até funciona, porém extremamente mal organizada, com componentes e dispositivos instalados em localidades não adequadas e, portanto, sujeita a falhas. É importante explicar que o planejamento deficiente pode ocorrer devido a problemas no projeto, porém, a falta de diretrizes bem definidas e normalização contribui para isto. Felizmente, teremos em breve boas notícias nesse sentido; volto ao tema mais tarde neste artigo.

Enfim, é consenso entre os profissionais do setor que o desempenho ótimo de uma rede PON depende muito da escolha correta, ou mais adequada, das localidades para a instalação de seus componentes de forma organizada e segura. Portanto, para discutir sobre essas localidades em uma rede PON, vou recorrer às especificações e recomendações da norma brasileira para caminhos e espaços para cabeamento estruturado, a ABNT NBR 16415:2021. Embora o título da norma remeta ao cabeamento estruturado, suas especificações e recomendações se aplicam ao cabeamento de redes e telecomunicações de forma geral, pois ela especifica a estrutura e os requisitos para os caminhos e espaços, dentro ou entre edifícios, para troca de informações em rede. Em outras palavras, ela especifica a infraestrutura por meio da qual os cabos são lançados para interligar os espaços de telecomunicações dentro


Escolha Energia Solar para sua empresa! Reduza seus custos e adote princípios ESG

PONTOS DE ACESSO INTERNO E EXTERNO Navegue com tranquilidade o melhor Wi-Fi 6 e Wi-Fi 6E Tecnologia SmartMesh

conexão de alta performance

Cobertura Estendida com a

solução BeamFlex+

Capacidade de até 1.512

dispositivos conectados

Quer saber mais? Entre em contato com nossos especialistas (45) 99135-3555

www.l8group.net

contato@l8group.net


INTERFACE de edifícios e se aplica a redes locais e redes de campus. A figura 1 mostra o esquema de distribuição de caminhos e espaços, conforme especificados na NBR 16415:2021. A figura deve ser familiar a alguns leitores da RTI e desta seção, pois, sempre que o tema é a distribuição de cabos em edifícios, utilizo o esquema da NBR 16415 como referência. A figura 1 mostra o esquema de distribuição dentro de edifícios comerciais, mas se aplica a

56 – RTI – JAN 2024

Passemos, então, a uma análise objetiva dessas localidades. A localidade mais adequada (e até mesmo estratégica) para a instalação do distribuidor óptico (ao qual se conecta o OLT) é a sala de equipamentos (identificada com o número 7 na figura 1). De qualquer forma, esse elemento pode ser instalado na sala de entrada (3). Esses espaços podem abrigar também splitters, chaves comutadoras, etc.

Fig. 2 – Topologia de distribuição de rede PON e elementos funcionais

vários tipos de edifícios. É importante explicar que cenários de caminhos e espaços para edifícios multiusuários também são abordados por essa norma. Portanto, quando o assunto é rede PON e distribuição de seus componentes em edifícios, as mesmas especificações e recomendações para os componentes do cabeamento estruturado se aplicam. Usando os termos das normas técnicas, estamos nos referindo aos elementos funcionais de redes PON: • distribuidor óptico; • rede de distribuição óptica (ODN) e os splitters; • ponto de consolidação óptico opcional; • ponto de terminação óptica. A figura 2 mostra um exemplo de topologia de distribuição de rede PON e seus elementos funcionais correspondentes. A topologia é a mais simples possível, não contemplando pontos de consolidação e outros níveis de divisão, que são bastante comuns na prática. O objetivo aqui é introduzir o conceito de elemento funcional em redes ópticas passivas, conforme nomenclatura adotada em normalização técnica pertinente.

Para a instalação das ONU e ONT, as salas de telecomunicações (6) são espaços adequados, podendo também abrigar os splitters. A instalação dos splitters nas salas de telecomunicações é bastante comum, assim como das ONU e ONT nas áreas de trabalho. É muito importante que os elementos funcionais da rede PON, acessíveis aos seus usuários e ao gerente da rede, sejam instalados em localidades de acesso viável a eles e devidamente controlados em termos de acesso. No caso do OLT, o espaço escolhido deve oferecer acesso seguro e apenas ao pessoal autorizado. Os splitters devem ser instalados, necessariamente, em espaços de telecomunicações reconhecidos pela NBR 16415 (sala de entrada, sala de equipamentos e salas de telecomunicações), exceto nas áreas de trabalho. Esses elementos não podem ser instalados em posições fora dos espaços de telecomunicações, pois, além de tornar o gerenciamento e documentação da instalação mais difíceis, podem ficar inacessíveis para serviços de manutenção corriqueiros. Por exemplo, a instalação de splitters sob o piso elevado e acima de placas de teto falso, eletrocalhas e/ou leitos de cabos, etc. deve ser evitada. O uso de caixa de emenda é permitido,

porém deve seguir as diretrizes da norma para seu projeto e utilização. Em situações nas quais não houver espaços de telecomunicações adequados, o projetista pode considerar o uso de espaços alternativos, conforme especificados na ABNT NBR 16415. Conforme mencionado em edições anteriores da RTI, estamos desenvolvendo um projeto de norma para redes PON na comissão de estudo que coordeno no CB3 (Cobei), em fase final de elaboração, cujo objetivo é especificar topologias de distribuição e implementação em ambientes de redes locais e de campus, configurações de enlaces ópticos ponto-multiponto (característica fundamental das tecnologias para PON) e modelos de testes de instalação e operação. Entre os pontos cobertos no referido projeto de norma, estão correlações entre os elementos funcionais e os espaços de telecomunicações mais adequados para recebê-los, com base na ABNT NBR 16415, conforme discutido aqui. Portanto, quando publicada, a norma de infraestrutura para redes PON, além de especificar topologias e modelos de testes, que são seu objeto, também será de grande valia ao projetista por utilizar a NBR 16415 para especificações e recomendações sobre a distribuição física de seus componentes edifícios. Para conhecimento, outras normas brasileiras de nosso conjunto de normas de cabeamento estruturado e telecomunicações também serão utilizadas como referência para a norma de redes PON.

Paulo Marin é engenheiro eletricista, mestre em propagação de sinais e doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI. Marin trabalha como consultor independente, é palestrante internacional e ministra treinamentos técnicos e acadêmicos. Autor de vários livros técnicos e coordenador de grupos de normalização no Brasil e EUA. Site: www.paulomarin.com.


COMECE

2024

INVESTINDO NA SUA CARREIRA E NO SEU NETWORKING!

Confira a agenda de cursos e eventos de 2024 AAtividades do 1° semestre PRESENCIAL

30/1 a 1/2 - Curso Fundamentos de RF e Wi-Fi (São Paulo) 20 a 22/2 - Curso Fundamentos de RF e Wi-Fi (São Paulo) 4 a 7/3 - Programa Acelera NET (Ribeirão Preto/SP) 8/3 - Conecta NET (Ribeirão Preto/SP) 26 a 28/3 - Curso Fundamentos de RF e Wi-Fi (São Paulo)

Nossos cursos e eventos são 100% gratuitos, ministrados por profissionais altamente qualificados e ainda garantimos certificado de participação reconhecido no mercado. Programe-se e participe!

23 a 25/4 - Curso Fundamentos de RF e Wi-Fi (São Paulo) 14 a 16/5 - Curso Fundamentos de RF e Wi-Fi (São Paulo) 3 a 6/6 - Programa Acelera NET (Santarém/PA) 7/6 - Conecta NET (Santarém/PA) 24 a 27/6 - Programa Acelera NET (Porto Velho/RO) 28/6 - Programa Conecta NET (Porto Velho/RO)

2 a 4/7 - Curso Fundamentos de RF e Wi-Fi (São Paulo) 8 a 11/7 - Curso BCOP (Goiânia/GO) 12/7 - IX Fórum Regional (Goiânia/GO)

ONLINE

21/02 - Live Intra Rede: Por que provedores deveriam pensar em estratégia? 26/2 a 1/3 - Curso BCOP a distância 20/3 - Live Intra Rede: Ferramentas de automação de redes 8 a 12/4 - Semana de Capacitação 5/6 - Live Intra Rede: Operação de redes resilientes 17 a 21/6 - Curso BCOP a distância

17/7 - Live Intra Rede: Padrões e protocolos seguros recomendados

Você também pode associar a sua marca, patrocinando algumas dessas atividades! Mais informações e inscrições: https://cursoseventos.nic.br *Datas sujeitas à alteração, consulte https://cursoseventos.nic.br/ para informações atualizadas.


SEGURANÇA

Marcelo Bezerra

Criatividade e inovação do cybercrime Entramos em 2024 ainda pensando em 2023 e nos tradicionais relatórios de análise do ano. Indo além dos detalhes técnicos, é possível identificar como a criatividade e a inovação têm seu lugar também no lucrativo negócio do crime cibernético. A fraude eletrônica continua a ser um dos negócios ilegais mais rentáveis do mundo. Apesar da vasta maioria dos casos ocorrer por meio de correio eletrônico, há também via SMS e aplicativos de mensagem, sendo no Brasil o WhatsApp o mais popular. A tática continua a mesma todo ano, ou seja, uma mensagem que chame a atenção de quem a recebe, como um suposto aviso do banco sobre uma operação suspeita, ou um e-mail de um diretor ou da TI da própria empresa sobre alguma atualização de software e por aí vai. Por trás desse mecanismo, a execução arbitrária de código. Até pouquíssimo tempo atrás, o método mais comum e preferido pelos criminosos era o de executar código malicioso através de macros de arquivos do Office. A Microsoft, depois de décadas, interrompeu a técnica via atualização que impedia a execução das macros. Os atacantes então passaram a usar anexos de arquivos do OneNote. De novo a Microsoft reagiu, dessa vez mais rápido, e passou a bloquear a execução de código via o OneNote, o que levou os atacantes a uma forma inovadora de enganar suas vítimas. Em comum na vasta maioria dos ataques por mensagens está o fato

de a vítima não estar esperando aquele recado, o que exige que seja muito bem formatado para ser crível e passar um senso de urgência. Mas com o passar do tempo e a publicidade dos golpes, há uma tendência natural das antigas técnicas perderem sua eficiência. Quase todos os dias aparecem casos nos jornais, e posts nas redes sociais alertam sobre um “novo golpe”, nem sempre verdadeiro, mas que acaba chamando atenção. Mesmo sendo contra nossa natureza, passamos a duvidar e a pensar duas vezes antes de abrir um arquivo anexo, clicar em uma URL ou ligar para o número informado. Mas, e se a vítima estiver esperando a mensagem? Imaginem que uma empresa publica em seu website ou em outros locais suas vagas de empresa, com a informação de um e-mail para entrar em contato. Ou que o departamento de recrutamento entra em contato com candidatos que tenham preenchido no site o formulário de candidatura a uma vaga. Naquele momento o recrutador passa a esperar por uma resposta, que virá pelo correio eletrônico. O criminoso não precisará formatar uma mensagem que apele para o senso de urgência da vítima, mas apenas de uma mensagem que a leve naturalmente a clicar em uma URL, abrir um site ou um arquivo anexado. Ele tampouco precisará se passar por alguma empresa. Ele terá inventado um nome, o do candidato ou candidata, assim como um currículo atraente, e só precisa esperar. Esse tipo de golpe já estava ocorrendo, mas ficou ainda mais sofisticado. Como? Sendo ainda mais simples. No início os golpistas enviam logo no primeiro e-mail uma URL ou um anexo com o código malicioso, o que acabou por ser detectado pelos sistemas antispam

58 – RTI – JAN 2024

por deixar um rastro muito óbvio. Em 2023 o mesmo grupo mudou a tática, e passou a trocar mensagens com o recrutador antes de lhe oferecer o malware. A troca de mensagens com o recrutador aumenta a reputação de quem está enviando o e-mail, e o sistema de segurança não irá marcar aquele e-mail como suspeito, pois o atacante está apenas trocando mensagens com o recrutador sobre uma oportunidade de emprego real. O golpe vem no final, no momento que o recrutador pede um currículo atualizado. Mas ao invés de responder com uma URL, o atacante pede que a vítima acesse uma página web com mesmo domínio pessoal usado por ele para enviar o e-mail, ainda explicando que é para evitar que um sistema de antispam bloqueie a mensagem. Por exemplo, o golpista usa nome@meudominio.adv.br e pede para o recrutador acessar o meudominio.adv.br no navegador. De novo, não há nada claramente malicioso na mensagem, simples como todas as outras enviadas. A simplicidade acaba na mensagem. Sistemas mais avançados de antispam ainda assim irão atuar e o atacante irá utilizar seus mecanismos para não ser detectado e até evadir um sistema sandbox. Irão também programar seu código para apenas executar se o computador da vítima for vulnerável ao ataque. Dando tudo certo, para o atacante, óbvio, o malware é baixado e instalado no computador da vítima. Outro ataque em que a vítima espera o e-mail é o de assinatura digital de documentos. Praticamente todas as empresas estão utilizando. O golpista pode enviar um e-mail direto de seu domínio, esperando que a vítima não esteja sendo protegida por um sistema antispam, mas o mais eficiente é invadir uma


59 – RTI – JAN 2024

companhia (por qualquer método, inclusive este) e de lá enviar mensagens falsificadas para a área de compras ou contratos. A eficiência desse ataque é altíssima. Mas o campeão da criatividade em 2023 é sem dúvida o QR-Code. Eles estão em todos os lugares, principalmente para acessar cardápios e realizar pagamentos em restaurantes e comércios. Estão nos websites e até em folhetos entregues nas ruas “para mais informações”. A vítima sabe que o QR-Code é nada mais nada menos que um meio para acessar uma URL, que pode ser qualquer uma, inclusive a do golpista. Já o do pagamento é mais direto. O cliente paga o valor diretamente para o golpista, que provavelmente estará usando uma conta bancária invadida ou de um laranja. Criatividade e inovação servem para todos, bons e maus, vítimas e golpistas. Devemos usá-los em nosso benefício para não só aumentar a capacidade de detecção de ataques em nossa empresa, mas também, e principalmente, para aumentar a conscientização e a capacidade dos próprios usuários detectarem um ataque, ou ao menos suspeitem, seja por um sistema de mensagens ou pela antiga, e ainda eficiente, engenharia social.

Marcelo Bezerra é especialista em segurança da informação, escritor e palestrante internacional. Atua há mais de 30 anos na área, com experiência em diferentes áreas de segurança cibernética. No momento, ocupa o cargo de Gerente Sênior de Engenharia de Segurança na Proofpoint. Email: marcelo.alonso.bezerra@gmail.com.


EM REDE

Juliana Najara, gerente de produtos da G2 Tecnologia

Quatro tendências do

setor de telecomunicações para 2024 O setor de telecomunicações está entre os que participam ativamente da economia brasileira. Segundo a associação das empresas de TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação Brasscom, essa indústria avançou 10,3% em 2022, chegando a R$ 277,7 bilhões. Entre todos os fatores que potencializaram tal resultado, o principal é a chegada do 5G. Passando o boom da nova rede móvel, é fundamental que as empresas de telecomunicações estejam atentas às tendências, a fim de garantir uma gestão eficiente em 2024. Assim como diversos segmentos precisaram se adaptar frente às atuais mudanças de mercado, o mesmo também aconteceu com o setor de telecomunicações. Se antes o centro das operaçõesdessasempresaseraemprolde redes com alta cobertura, atualmente elas lidam com o desafio constante de buscar oferecer multisserviços com foco na excelência do atendimento ao cliente, bem como criar produtos e soluções para os usuários. Mediante esse cenário, é crucial que as companhias de telecomunicações tenham bem alinhadas práticas de gestão que favoreçam seu crescimento e desempenho. Listo quatro tendências que precisam fazer parte do planejamento para 2024. Redes autônomas e softwares Investir na automação sempre será uma medida estratégica para o setor. Esta seção aborda aspectos tecnológicos das comunicações corporativas, em especial redes locais, mas incluindo também redes de acesso e WANs. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.

Constantemente, são feitas atualizações que precisam ser administradas e, por meio das redes autônomas, esse processo passa a ser executado com agilidade e eficiência, garantindo o desempenho da empresa. Contudo, é preciso enfatizar que nenhuma rede irá funcionarsozinhae, paraisso,autilização de softwares é essencial, uma vez que seu uso, muito mais do que administrar dados, também é o que irá orquestrar as operações de forma autônoma. Migração para softwares nativos em nuvem Com os avanços da tecnologia, foi-se o tempo de utilizar sistemas legados, plataformas consideradas ultrapassadas. Hoje, já existem no mercado diversas soluções que integram na mesma ferramenta diversas tecnologias que são alocadas em nuvem, algo que favorece no controle de gestão, bem como na maior acessibilidade e proteção. Segurança Umataquecibernéticopodeacontecer a qualquer momento. Porém, mais do que adquirir ferramentas de proteção, é preciso investir na educação de práticas de segurança para os usuários. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, 95% dos problemas de segurança cibernéticas são causados por erro humano. Sendo assim, a partir desse treinamento, é possível conscientizar os colaboradores acerca de prováveis vulnerabilidades, ampliar o conhecimento e instrução frente algo fora do comum e, com isso, mitigar possíveis riscos. IA – Inteligência Artificial A IA continuará em alta em 2024. Embora a tecnologia tenha ganhado ampla popularidade nos últimos anos, é preciso destacar que ainda há muito potencial a ser explorado. Para o setor de telecomunicações, esse é um ponto benéfico, uma vez que seu uso pode contribuir efetivamente com a missão de ter o cliente no centro das operações. Por meio dessa

60 – RTI – JAN 2024

tecnologia, é possível obter e filtrar dados, analisar os comportamentos dos usuários e, assim, gerar e monetizar novas receitas. Para isso, é preciso investir no treinamento da equipe e direcionar os focos em prol da utilização eficiente da IA. Todas as tendências destacadas têm em comum o fato de que vêm ao encontro do atual momento da transformação digital que as organizações estão atravessando. Afinal, se anteriormente o mercado era considerado descentralizador, hoje ele se tornou centralizador, em que tudo precisa ser disponibilizado no mesmo lugar. Entretanto, há ainda um longo caminho para que essa seja uma realidade para todas as empresas de telecomunicações, principalmente no Brasil. Isto é, mais do que aproveitar o hype do surgimento de novas tecnologias, é necessário buscar aprimorar internamente práticas de gestão em prol de garantir melhores resultados. Para isso, é preciso realizar mudanças que podem causar dores e desconfortos. Quanto a isso, ter o apoio de uma consultoria especializada nessa abordagem e que ofereça tais serviços pode fazer total diferença. Em 2023, o setor de telecomunicações brasileiro deu uma desacelerada frente aos resultados obtidos nos anos anteriores, mas ainda há muito potencial a ser explorado e ganhos a serem adquiridos por meio de ações efetivas. Mais do que entender a necessidade de gerar valor nas operações, é preciso que haja compreensão acerca da importância de investir em práticas que ajudem a trazer esses resultados. Desta forma, a fim de que se preparem para 2024, as companhias de telecomunicaçõesdevemestarantenadas para as tendências que irão surgir e aquelas que vão permanecer. É necessário investir em medidas desde já. Até porque, mais do que um ano novo, é necessário ter uma gestão nova.



PRODUTOS

62 – RTI – JAN 2024

DWDM O DM4920, da Datacom, é um muxponder DWDM que permite o transporte de até 1,6 Tbit/s de dados em um único chassi modular. A solução é composta por um chassi de quatro slots, sendo dois deles destinados aos cartões de interface Muxponder, enquanto os restantes comportam

cartões de amplificação óptica ou multiplexador DWDM passivo. Voltado para ambientes indoor, apresenta design compacto e altura de 2U. Site: www.datacom.com.br.

Serviços A Veolink, empresa do Grupo Graber, atua com sistemas de segurança eletrônica integrados. Com uma ampla rede de assistência e manutenção preventiva e corretiva, a companhia trabalha com o modelo TCS – Tecnologia como Serviço, que dispensa investimento inicial e oferece desenvolvimento, instalação, reposição e manutenção de peças por uma única parcela mensal. Site: www.veolink.com.br. Cadeado bluetooth O VAIR-PLBT50HS, da Assa Abloy, é um cadeado bluetooth desenvolvido para aplicações de alta segurança em locais como cercas, portões e contêineres. Por meio de um dispositivo móvel, o produto se integra com o sistema de controle de acesso Vault Next, o que permite definir regras de abertura, protocolos de segurança e relatórios detalhados de acesso. O dispositivo também conta com uma função que anula o risco

de cópias não autorizadas de chaves. Fabricado em latão maciço e haste em aço cromado. Site: www.assaabloy.com.br.

Roteador Desenvolvido pela Control iD, o IDConnect é um roteador de redes sem fio para Ethernet capaz de integrar equipamentos de diversas marcas e atender projetos de segurança e gestão de pessoas. De acordo com o modelo, o dispositivo pode operar em três modos diferentes: como um modem 4G LTE, fornecendo conexão de Internet por um ponto de acesso Wi-Fi e/ou porta Ethernet; espelhar o acesso de

uma rede sem fio já existente na porta Ethernet; ou funcionar como um ponto de acesso sem fio a uma rede Ethernet. Segundo o fabricante, um de seus diferenciais é a possibilidade da instalação ser feita em veículos para assegurar o sincronismo de dados de ponto e acesso em movimento. Site: www.controlid.com.br.

Rack O Rack Vortex, da Fibersul,

faz parte da linha LinkStar e oferece funcionalidades que auxiliam no gerenciamento e manutenção de redes. Apresenta porta frontal com LED e controle de mudança de cor, tranca eletromagnética, controle de temperatura e umidade, chaveamento

automático para banco de bateria, sensores de segurança e sistema inteligente que alerta, via SMS, sobre qualquer anormalidade. Cada rack mestre (Vortex MTR) possibilita acoplar e monitorar até dois racks secundários (Vortex SLV). Site: www.fstelecom.com.br.

Caixa de emenda óptica A CEO – Caixa de Emenda Óptica SYNO S-500, da R&M, pode ser aplicada em cabeamento aéreo ou subterrâneo. Com oito compartimentos de entrada para cabos redondos padrão, de fita e microdutos, o

produto permite que as emendas de fibras simples, ribbon e os divisores sejam colocados lado a lado nos suportes de emenda, possibilitando aos técnicos que instalem, distribuam e gerenciem um grande número de fibras em um espaço reduzido. Apresenta seis bandejas empilhadas com capacidade para acomodar 432 emendas de fibra única ou 2592 do tipo ribbon. Disponível também na versão SYNO S-500 HD, com até um terço a mais de capacidade. Site: www.rdm.com.

Ponto de acesso O Ruckus R770, da Ruckus CommScope, é um ponto

de acesso impulsionado pelo serviço em nuvem Ruckus AI – Inteligência Artificial, capaz de melhorar a resiliência de redes Wi-Fi 7, bem como enviar informações aos administradores, melhorar a visibilidade da rede, acelerar a resolução de problemas, cumprir acordos de nível de serviço e garantir uma experiência de usuário contínua. Apresenta largura de banda de 6 GHz. Site: http:// tinyurl.com/fp3f3bxr.

Retificador híbrido A Delta Electronics desenvolveu um sistema retificador híbrido, ou seja, que pode ser alimentado pela rede CA convencional e também por energia solar fotovoltaica para conversão em corrente contínua

(-48 VCC) nas centrais de telecomunicações. Com a plataforma, é possível operar sistemas on grid (conectado à rede da distribuidora de energia) como off grid (isolado, utilizando gerador de energia), opção mais comum entre as operadoras que contam com sites remotos espalhados pelo país. Site: www.deltaelectronics.com.br.


Nome: Empresa: Endereço:

Complemento:

Bairro:

CEP:

Cidade:

UF:

Telefone:

ramal:

Celular:

E-mail:

Site:

Principal atividade da empresa: Número de empregados:

 Até 50

 51 a 100

 101 a 500

 501 a 1000

 Acima de 1000

POSIÇÃO NA EMPRESA Cargo  Presidente  Diretor  Gerente  Supervisor  Chefe

 Engenheiro  Técnico  Administrador  Analista  Outros

Área  Comercial  Compras/Suprimentos  Data Center  Manutenção  Marketing  Operação

 Projetos  Redes  Sistemas  TI  Outros

PERFIL DA EMPRESA Usuário final  Indústria. Identifique o ramo  Banco / instituição financeira  Concessionária de serviço público  Empresa de logística  Hotel  Hospital / estabelecimento de saúde  Emissora de rádio e TV  Editora de jornais e revistas  Comércio atacadista, distribuidor  Comércio varejista em geral  Órgão público  Escola / universidade  Instituto de pesquisa e certificação  Outros

Provedor de serviços  Operadora de telecomunicações  Provedor de internet  TV por assinatura  Serviço de data center  Outros

Fornecedor de produtos  Fabricante  Importador  Revendedor  Distribuidor  Outros

Para mais informações, acesse: www.arandanet.com.br/revistas/rti assinarti@arandanet.com.br (011) 3824-5300

Prestador de serviços  Integrador(a)  Instalador(a)  Projeto  Consultoria  Manutenção  Construtora  Escritório de arquitetura  Outros

COMO RECEBER RTI

A remessa da revista será ou não efetivada após análise dos dados do interessado. O prazo para processamento e resposta a esta solicitação é de 30 (trinta) dias a contar da data de envio. Qualifique-se preenchendo o formulário a seguir. Os exemplares são enviados somente para endereços comerciais.



Legislação Em Gerenciamento de Projetos de Adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Uma Adaptação da Metodologia Basic Methodware, os autores Carlos Magno da Silva Xavier, Gianfranco Muncinelli e Luiz Fernando da Silva Xavier mostram como formatar um projeto de adequação à LGPD aplicando práticas modernas de gestão. Para isso, os escritores utilizaram modelos Canvas para a modelagem e concepção colaborativa do projeto, em conjunto com a metodologia Basi Methodware, de 13 processos, que incorpora a ferramenta de melhoria contínua ciclo PLAN – DO – CHECK – ACT (PDCA) da qualidade, além de uma abordagem ágil de desenvolvimento de produtos e serviços (Scrum) e um método colaborativo e visual de acompanhamento de projetos (Kanban). Como forma de melhor orientar os leitores, o início da obra traz um nivelamento básico do conhecimento acerca dos conceitos de gerenciamento de projetos, incluindo um caso prático

de adequação da LGPD em uma organização. Editora Brasport (https://tinyurl.com/32sy8hcp), 160 páginas.

Gestão A DocuSign, empresa de assinaturas eletrônicas e documentos inteligentes, apresentou os resultados de uma pesquisa encomendada ao Sebrae-SP sobre o estado de gerenciamento de documentos nas micro e pequenas empresas. A análise Gestão de Contratos 2023 em MPEs- Micro E Pequenas Empresas mostra que as companhias entrevistadas consideram a transformação digital importante para seu segmento e porte. No entanto, isso não significa que a digitalização esteja acelerada. Entre os entrevistados, 53% ainda precisam incorporar a digitalização no seu planejamento ou não sabem por onde começar esse trabalho. O estudo, com 16 páginas, pode ser acessado na íntegra no site: https://tinyurl.com/mrx5hs9s. 5G O relatório Evolving Devices for 5G Adoption analisa a evolução de

dispositivos 5G e como suas tecnologias foram otimizadas e adaptadas para diversos casos de uso. Produzida pela 5G Américas, a obra apresenta características dos equipamentos, incluindo tecnologias IoT – Internet das Coisas, o cenário atual para tais tecnologias, bem como uma explanação sobre dispositivos de IoT ambiente. Com 10 páginas, o estudo completo pode ser acessado pelo link: https://tinyurl.com/2p8c95hw.

Mercado Um estudo global da BDO, empresa

de auditoria e consultoria, mostra que o setor de telecomunicações tem novos fatores de risco. Foram consultadas 63 empresas, sendo 29 da Europa, Oriente Médio e África, 22 das Américas (quatro do Brasil) e 12 da Ásia/Pacífico. A Pesquisa BDO 2023 - Fatores de Risco do Setor de Telecomunicações levou em conta os relatórios anuais das companhias como base para a coleta de dados e análise para garantir a confiabilidade dos dados. Ao todo, a edição 2023 coletou e analisou 53 fatores de risco. Com 22 páginas, a análise completa pode ser acessada em: https://tinyurl.com/msjwh58w.

Índice de anunciantes ALT Telecom ................ 13

Embrastec ................... 48

M.A Soluções em

PE Tubos ...................... 14

TP-Link ................. 2ª- capa

Americanet ................... 25

FiberX ........................... 49

Tecnologia ................... 43

Polierg .......................... 10

Vigo ............................... 52

Apronet ........................ 61

Fibracem ...................... 23

MK Solutions ............... 27

Rosenberger Domex .. 15

Watch TV ...................... 41

ATN Telecom ................ 29

Forte Telecom .............. 39

Nexusguard ................. 40

Setex Cabos ................ 22

WZTECH Networks ...... 31

AVS Brasil .................... 53

Fujikura ......................... 11

NIC.br ........................... 57

SMH Sistemas ...... 4ª- capa

ZielTec ......................... 26

Cabletech ............. 3ª- capa

Ibusiness .................... 64

Olé TV ........................... 35

Specto ......................... 51

D2W .............................. 34

L8 Group ...................... 55

Padtec .......................... 17

TGL Telecom ................ 16

PUBLICAÇÕES

65 – RTI – JAN 2024


ISP EM FOCO

Mauricélio Oliveira, diretor-presidente da Abrint

15 anos de Abrint: histórias e perspectivas do mercado de provedores Em 2024, a Abrint completará 15 anos. É um marco histórico que demanda olhar o passado para relembrar nossas raízes e examinar o que já conquistamos, bem como inspira a observar o futuro em busca de novas oportunidades. Podemos dizer que nosso mercado nasceu em maio de 1995, quando o Ministério das Comunicações, através da famosa Norma 4/1995, decide autorizar a exploração comercial da Internet no país. Já em 1996 vimos surgir as primeiras operações no mercado de provedores de acesso. Desde então, o número de operadoras e usuários aumenta a cada ano. A Abrint surgiu pequena e fora dos grandes centros, enfrentando logo cedo uma ladeira de regras e custos para fazer os negócios acontecerem. Sem sermos convidados, fomos encontrando nichos e espaços, ampliando o acesso dos brasileiros à Internet. No começo, éramos vistos com desconfiança em um setor dominado por grandes empresas. Um dos motes para a criação da Abrint foi o desejo dos provedores de Internet em serem ouvidos. Do anseio em superar a discriminação e mostrar, para o poder público e sociedade, que somos os verdadeiros vetores de inclusão digital de nossa nação. A semente plantada lá atrás vem crescendo e tem cada dia mais força para cumprir a sua principal missão: fazer a voz dos provedores regionais ecoar cada vez mais longe. As dezenas de membros fundadores arregaçaram as mangas e começaram um trabalho de representação setorial junto ao governo e órgãos reguladores. Foi um esforço contínuo, para não Esta seção aborda aspectos técnicos, regulatórios e comerciais do mercado de provedores de Internet. Os artigos são escritos por profissionais do setor e não necessariamente refletem a opinião da RTI.

dizer insistente, de manter um diálogo transparente, legítimo e responsável com as autoridades públicas. Trata-se de um trabalho sério, por vezes moroso e até tedioso, de levar até os tomadores de decisão a expertise técnica e prática de quem vive o dia a dia da atividade econômica. Esse trabalho nos permite mostrar a real situação de cada região e trazer a necessária modularidade e assimetria à atividade regulatória. Isso significa que o órgão regulador consegue calibrar melhor o peso das regras sobre a atividade econômica, ampliando o espaço ocupado pelo empreendedorismo e inovação. Mostramos que, sem o nosso esforço para levar fibra óptica para todo o país, a Internet banda larga no interior ainda seria somente um sonho. Deixamos claro que estamos prontos para debater em alto nível todos os assuntos referentes ao nosso setor e desejamos ter condições justas e isonômicas para continuar a investir e trabalhar. Foi a partir desse diálogo que os reguladores deram um passo decisivo ao entender que os provedores regionais não eram “piratinhas”, mas empresas pequenas com um potencial enorme de disseminar a tão sonhada inclusão digital. A Anatel criou o conceito de PPP – Prestadores de Pequeno Porte e passou a mudar as regulamentações para reduzir as obrigações impeditivas. Na última década, em especial, temos visto a crescente atenção da Anatel em ir além do pensamento tradicional e buscar novas abordagens para construir um arcabouço regulatório que elimina as barreiras de entrada e privilegia a competição. Hoje, os provedores regionais são tratados como um elo essencial para a conectividade significativa no Brasil. Foram décadas de mudanças regulatórias e tecnológicas que criaram um mercado resiliente e competitivo. Em igual medida, nesses 15 anos a Abrint cresceu e se profissionalizou. Se antes dependíamos unicamente da paixão e sacrifício pessoal de alguns poucos, atualmente contamos com uma ampla equipe de profissionais de

66 – RTI – JAN 2024

apoio. Tal como os provedores regionais, a entidade tem se preparado para competir em pé de igualdade com os gigantes do mercado. Nosso Encontro Nacional é também uma materialização da força do nosso mercado. Saímos de uma reunião de algumas centenas de provedores em 2008 para um dos maiores eventos de conectividade do mundo. Em 2023, foram mais de 20 mil participantes ao longo dos três dias do Encontro Nacional, reunindo provedores, fornecedores, reguladores e até o Ministro das Comunicações. A voz dos provedores também passou a ecoar fora do Brasil. Não existe nada parecido com nosso mercado em qualquer outro lugar do mundo. Por onde a Abrint vai, o espanto, a admiração e a vontade de conhecer como isso aconteceu no Brasil são inevitáveis. Viajamos para apresentar esse modelo único, mas também para defender nossos interesses: lutamos por melhores regras e uma divisão mais justa do espectro de radiofrequências. Batemos de frente com gigantes mundiais em prol de mais espaço para o crescimento dos provedores regionais. Quando começamos, cerca de 20 vozes acreditaram na força dessa união, e hoje somos mais de 1500 associados. No mercado, porém, somos mais de 20 mil vozes, e todas precisam se unir. Se com apenas 20 iniciamos um projeto de esperança chamado Abrint, e com 1500 conseguimos ser ouvidos e promover mudanças importantes para os provedores regionais, imaginem o impacto ensurdecedor que 20 mil vozes seriam capazes de fazer.

Deixo aqui um pedido especial: associem-se. Venham somar suas vozes, mudar nossa realidade e se tornar agentes da transformação.

Mauricélio Oliveira é membro fundador e atual diretor-presidente da Abrint. Graduado em engenharia elétrica e administração de empresas, tem vasta experiência no setor de telecomunicações. Desde 1997 atua como diretor da Interpira, provedor de Internet em Pirapora, MG.


CONFIE EM QUEM TEM TRADIÇÃO TECNOLOGIA E QUALIDADE CABO ÓPTICO MULTIVIAS

Masterline Compacto/Trunk Masterline Clássico/Trunk Smartline/ Breakout

CABOS AS E ASU

Cabo AS 24 até 144 Fo Cabo ASU 80/120 até 12 Fo

SOLUÇÕES PARA DATACENTER

Módulos e bandejas Cabos e Conectores com MTP/MPO Soluções para alta densidade IANOS PRÉ CONECTORIZADOS

Drop Flat/Compacto Drop Circular

CORDÕES ÓPTICOS

Simplex Duplex Multimodo Monomodo

CABOS DROP

Interno Convencional Atrito Reduzido Circular 1 Fo



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.