RTI Fevereiro 2024

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DESTAQUES Ano 24 - Nº- 285 Fevereiro de 2024

SVAs educacionais: cursos e treinamentos online Veja a seguir a oferta de empresas especializadas em plataformas educacionais como SVA que, além de disponibilizarem os cursos, também podem orientar os provedores e oferecer suporte na estruturação tributária e treinamento.

ESPECIAL

18

Guia de produtos para infraestrutura de data centers O levantamento traz a relação dos fornecedores de equipamentos capazes de garantir uma infraestrutura de alta disponibilidade e eficiência, com destaque para os sistemas de energia, climatização, cabeamento e segurança.

SERVIÇO

26

Ataques DDoS alimentados por IA: uma ameaça à segurança digital As organizações podem se proteger com técnicas de automação, machine learning e defesas baseadas em IA para detectar, classificar e mitigar esses ataques e garantir a segurança da infraestrutura e dos dados digitais.

SEGURANÇA

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Capa: Helio Bettega

Foto: Deposit Photos

Rádio Mobile como ferramenta de predição de nível de sinal O trabalho avalia o uso do Rádio Mobile como ferramenta computacional para predição do nível de sinal de radiofrequência recebido por clientes de provedores. Foram comparados resultados fornecidos pelo equipamento com valores medidos em campo.

WIRELESS

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SEÇÕES Editorial

6

Guia de provedores de links de Internet

Informações

8

A relação traz informações atualizadas dos provedores de links de Internet e detalhes sobre as regiões atendidas no Brasil e os serviços prestados, além da localização do PTT, CDNs e peering internacional.

Interface

54

SERVIÇO

Em Rede

58

Segurança

60

Produtos

62

Publicações

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Índice de anunciantes

65

Guia de software para projeto, construção e operação de rede FTTH

ISP em Foco

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Responsável por 74% da base de banda larga fixa no país, a fibra óptica requer um cuidado especial nas etapas de projeto, documentação e gerenciamento das redes. Ferramentas de software podem ajudar nessa tarefa.

As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI, podendo mesmo ser contrárias a estas.

44

Eficiência energética em data centers O artigo apresenta estratégias, tecnologias e melhores práticas para reduzir o consumo e os custos operacionais nessas instalações, com exemplos reais de soluções já adotadas atualmente.

INFRAESTRUTURA

SERVIÇO

46

53




EDITORIAL

ARANDA

EDITORA

TÉCNICA

CULTURAL

LTDA.

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves, e José Rubens Alves de Souza (in memoriam)

SVAs educacionais O mercado de ensino online no Brasil vem apresentando

um crescimento expressivo nos últimos anos, impulsionado pela demanda por qualificação profissional, pela expansão da oferta de cursos e pela melhoria da infraestrutura de Internet. Segundo dados da ABED - Associação Brasileira de Educação a Distância, o número de matrículas saltou de 5,4 milhões em 2016 para 9,7 milhões em 2019, um aumento de 79%. A expectativa é que esse setor continue a crescer nos próximos anos, acompanhando as tendências globais e as mudanças no perfil dos estudantes. De acordo com um relatório da Research and Markets, o mercado global de E-learning deve atingir US$ 325 bilhões até 2025. O Brasil é um dos países que mais se destacam nesse segmento, sendo o segundo maior mercado da América Latina e o quarto maior do mundo em número de usuários finais. O ensino remoto pode ajudar o país a enfrentar os desafios na área de educação, oferecendo mais oportunidades de acesso, flexibilidade e personalização do aprendizado. A modalidade reduz as barreiras geográficas, socioeconômicas e culturais que impedem muitos brasileiros de frequentar as escolas presenciais. Além disso, permite que os estudantes avancem no seu próprio ritmo, escolham os conteúdos de seu interesse e recebam feedback imediato e individualizado. O ensino online também pode favorecer o desenvolvimento de competências digitais, essenciais para o século XXI. Os provedores de Internet, mais uma vez, perceberam que podem ajudar a reduzir o gap educacional, levando conhecimento aos assinantes nos pontos mais remotos do país por meio de suas redes de fibra óptica, em especial em localidades distantes dos grandes centros urbanos, exatamente onde as operadoras regionais estão. Isso é possível por meio da oferta de plataformas educacionais como SVA - serviço de valor agregado nos planos de banda larga, tema da reportagem especial que começa na página 18. Além de fortalecer a marca e se diferenciar no mercado, as empresas têm os benefícios tributários. Avançando além dos planos básicos, a empresa de Internet também pode se tornar uma revenda e aumentar a receita com produtos premium. Os integradores e fornecedores de serviços digitais têm modelos de negócios costurados exclusivamente para os provedores: além do suporte jurídico, contábil e técnico, as empresas especializadas oferecem estruturas já montadas e prontas para a implantação dos aplicativos, como integração com os softwares de gestão existentes, treinamentos do time de vendas e apoio nas campanhas de marketing. As possibilidades de parcerias são inúmeras.

Sandra Mogami – Editora sm@arandaeditora.com.br

REDAÇÃO: Diretor Diretor: José Rubens Alves de Souza (in memoriam) Jornalista responsável: Sandra Mogami (MTB 21.780) Repórter: Fábio Laudonio (MTB 59.526) SECRETÁRIAS DE REDAÇÃO E PESQUISAS: Milena Venceslau e Sabrina Emilly dos Anjos Costa PUBLICIDADE NACIONAL: Gerente comercial comercial: Élcio S. Cavalcanti Contatos: Rodrigo Lima (rodrigo.lima@arandaeditora.com.br) Cibele Tommasini (cibele.tommasini@arandaeditora.com.br) REPRESENTANTES: Minas Gerais: Oswaldo Alipio Dias Christo Rua Vila Rica, 1919, cj. 403 – 30720-380 – Belo Horizonte Tel.: (31) 3412-7031 – Cel.: (31) 9975-7031 – oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista Rua Carlos Dietzsch, 541, cj. 204 – Bloco E – 80330-000 – Curitiba Tel.: (41) 3501-2489 – Cel.: (41) 99728-3060 – romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro e Interior de São Paulo: Guilherme Carvalho Tel. (11) 98149-8896 – guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva Tel.: (11) 2157-0291 – Cel.: (11) 98179-9661 – maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES China: Mr. Weng Jie – Zhejiang International Adv. Group – 2-601 Huandong Gongyu, Hangzhou Zhejiang 310004, China Tel.: +86 571 8515-0937 – jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPro e K. – Mr. Sven Anacker – Starenstrasse 94 46D – 42389 Wuppertal Tel.: +49 202 373294 11, sa@intermediapro.de Italy: QUAINI Pubblicità – Ms. Graziella Quaini Via Meloria 7 – 20148 Milan Tel: +39 2 39216180 – grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel: +81-(0)3-3263-5065 – e-mail: aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd Fl., ANA Building, 257-1 Myeongil-Dong, Gangdong-gu Seoul 134-070 Tel: +82 2 481-3411 – jesmedia@unitel.co.kr Spain: GENERAL DE EDICIONES – Mr. Eugenio A. Feijoo C/Juan de Olia, 11-13, 2a. Planta 28020 Madri Tel: +34 91 572-0750 – gee@gee.es Switzerland: Mr. Rico Dormann, Media Consultant Marketing Switzerland Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon Tel: + 41 1 720-8550 – beatrice.bernhard@rdormann.ch Taiwan: WORLDWIDE S Services Co. Ltd. – Mr. Robert Yu 11F-B, No 540, Sec. 1, Wen Hsin Road, Taichung Tel: +886 4 2325-1784 – global@acw.com.tw UK: Robert G Horsfield International Publishers – Mr. Edward J. Kania Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA Tel.: (+44 1663) 750-242, Cel.: (+44 7974) 168188 – ekania@btinternet.com USA USA: Ms. Fabiana Rezak - 2911 Joyce Lane, Merryck, NY 11566 USA Tel.: +(1) 516 476-5568 – arandausa@optonline.net ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. CIRCULAÇÃO: São Paulo: Clayton Santos Delfino - tel. (11) 3824-5300 e 3824-5250 ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Estúdio AP SERVIÇOS: Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima/Intercourier

ISSN 1808-3544 RTI - Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de comunicação, comunicação, éé uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 inforti@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br A revista RTI - Redes, Telecom e Instalações é enviada a 12.000 profissionais das áreas de telecomunicações; redes locais, informática e comunicação de dados; instalações; TV por assinatura; áudio e vídeo; segurança (CFTV e alarmes); automação predial e residencial; e sistemas de energia, aterramento e proteção elétrica.



INFORMAÇÕES

8 – RTI – FEV 2024

CGI.br divulga nota pública sobre impactos da usina de dessalinização no Ceará

O CGI.br - Comitê Gestor da

Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet, manifestou preocupação com a construção de usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza, CE. A entidade alerta as autoridades locais do Estado do Ceará que a obra pode trazer impactos e grande risco às infraestruturas de telecomunicações e Internet já instaladas no local e pede que, por princípio de precaução, promovam novos estudos com as garantias necessárias para eliminar as possibilidades de danos à infraestrutura crítica, podendo até considerar a hipótese de instalação da usina em outro local. O CGI reafirma sua disposição para, junto às autoridades públicas, em sendo consultado, contribuir com diálogos multissetoriais que possam subsidiar e orientar decisões futuras e o apoio à busca de soluções estruturantes para garantir a segurança hídrica no Estado. A entidade reforça a informação de que o hub digital estratégico de Fortaleza conta hoje com 17 sistemas de cabos submarinos em operação, sendo um dos cinco maiores hubs de cabos submarinos do mundo, com mais de 10 data centers instalados na Praia do Futuro, gerando benefícios econômicos para o estado. A capital cearense hoje representa o segundo maior volume de troca de tráfego IX (Internet Exchange) da Internet no Brasil, parte integrante do hub digital estratégico instalado. O CGI também lembra as recomendações do ICPC International Cable Protection Committee e os diversos estudos já compilados pela Anatel, que reiteram a importância das infraestruturas críticas de cabos submarinos e dos data centers na Praia do Futuro, sinalizando a ampliação dos riscos com a construção da usina na Praia

do Futuro, inclusive com significativos impactos econômicos. Além disso, as diversas interferências da rede de captação de água marinha e de descarte de salmoura com os cabos de fibra óptica de altíssima capacidade, tanto no leito marinho quanto nos dutos de transporte em terra, podem gerar risco de impacto severo, conforme os estudos citados, provocando a interrupção das comunicações digitais no Brasil. De acordo com a Cagece Companhia de Água e Esgoto do Ceará, responsável pela instalação da planta de dessalinização, o projeto é

Fortaleza é hub digital estratégico, com 17 sistemas de cabos submarinos em operação

uma política de diversificação da matriz hídrica para garantir o abastecimento de água de Fortaleza em tempos de estiagem. Cerca de 720 mil pessoas serão diretamente beneficiadas com o projeto, por meio de uma Parceria Público-Privada firmada entre a Cagece e a empresa Águas de Fortaleza. Com duração de 30 anos, o contrato terá um valor total de R$ 3,1 bilhões, que serão aplicados em investimentos, operação e manutenção e fornecimento de água potável nos reservatórios do Mucuripe e Praça da Imprensa. Desse total, R$ 526 milhões serão investidos na construção da planta de dessalinização e instalação das tubulações. A licença prévia foi emitida pela Semace - Superintendência de Meio Ambiente do Ceará e a autorização emitida pela Superintendência do Patrimônio da União – SPU/CE. O início da obra está previsto para março de 2024 e o término no início de 2026. CGI.br – Tel. (11) 5509-3511 Site: https://www.cgi.br

Gartner prevê que a receita mundial de semicondutores crescerá 17% em 2024

O Gartner, especializado em pesquisa e

aconselhamento para empresas, prevê que a receita global de semicondutores deve crescer 16,8% em 2024, totalizando US$ 624 bilhões. “A forte demanda por chips para suportar cargas de trabalho de inteligência artificial (IA), como unidades de processamento gráfico (GPUs) não será suficiente para salvar a indústria de semicondutores de uma queda de dois dígitos em 2023”, afirma Alan Priestley, Vice-Presidente e Analista do Gartner, destacando que a redução na demanda por smartphones e PCs, juntamente com a fragilidade nos gastos de data centers/hiperescaladores, influenciou a queda na receita no ano passado. O Gartner indica que 2024 deve ser um ano de recuperação, com crescimento na receita para todos os tipos de chips, impulsionado pelo aumento de dois dígitos no mercado de memória. Após uma queda de dois dígitos (38,8% de redução em 2023), a expectativa do Gartner é que o segmento cresça 66,3% em 2024. A demanda anêmica e a queda nos preços devido a um grande excesso de oferta levaram a uma queda de 38,8% em 2023 na receita de flash NAND, atingindo US$ 35,4 bilhões em 2023. Nos próximos três a seis meses de 2024, os preços na indústria de NAND atingirão seu limite e as condições melhorarão para os fornecedores. Os analistas do Gartner preveem uma recuperação robusta em 2024, com a receita crescendo para US$ 53 bilhões, o que deve representar um aumento de 49,6% ano a ano. Devido ao alto nível de excesso de oferta e à falta de demanda, os fornecedores de DRAM estão reduzindo os preços de mercado para diminuir o estoque. Até o quarto trimestre de 2023, o excesso de oferta no mercado de DRAM continuará, o que deve desencadear um aumento nos preços. No entanto, o efeito completo do aumento de preços só será visto em 2024, quando a receita de DRAM deverá aumentar 88%, totalizando US$ 87,4 bilhões.


9 – RTI – FEV 2024

Avanços em Inteligência Artificial Generativa (GenAI) e grandes modelos de linguagem estão impulsionando a demanda pela implantação de servidores de alto desempenho baseados em GPU e placas aceleradoras em data centers. Isso está criando a necessidade de aceleradores de carga de trabalho serem implantados em servidores de data center para suportar tanto o treinamento quanto a inferência de cargas de trabalho de Inteligência Artificial. Os analistas do Gartner estimam que, até 2027, a integração de técnicas de Inteligência Artificial em aplicativos de data center resultará em mais de 20% dos novos servidores, incluindo aceleradores de carga de trabalho. Gartner – Site: www.gartner.com

Grupo Farma Conde adota hiperconvergência da Nutanix O Grupo Farma Conde adotou a

unidades, surgindo com esse movimento a necessidade de melhorar a performance do ERP e softwares específicos de atendimento no varejo farmacêutico. De acordo com Alexandre Rosati, diretor de Tecnologia e Inovação do Grupo Farma Conde, o varejo farmacêutico é extremamente regulado e deve seguir inúmeras regras de segurança, compliance e governança. Por isso, a infraestrutura tecnológica deve também atender a essas exigências com alta performance. “Quando entrei na Farma Conde há sete anos, tínhamos 138 lojas, dois supermercados e um centro de distribuição. Atualmente o grupo cresceu substancialmente e seguimos em forte expansão. Para crescer nossa infraestrutura on premises nesse ritmo acelerado, teríamos de implementar data centers para suportar todo o ambiente. Neste ano, fizemos um estudo de mercado e escolhemos a tecnologia de hiperconvergência a fim de nos apoiar rumo à transformação digital e à migração para a nuvem de forma planejada, ponderada e totalmente estruturada”, relata o diretor.

tecnologias de nuvem privada e hiperconvergência da Nutanix e ganha escalabilidade e alta performance da infraestrutura tecnológica. Com sede em São José dos Campos, SP, a empresa conta hoje com quase 7 mil funcionários, distribuídos nas cerca de 120 cidades em que atua, em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com 400 lojas, quatro laboratórios, dois Centro de distribuição da Farma Conde centros de distribuição, seis supermercados e atende cerca de 2,5 Segundo Rosati, a opção pela Nutanix milhões de pessoas. foi baseada principalmente em sua sólida Um dos principais objetivos da área operação no Brasil com equipe de de tecnologia do Grupo Farma Conde suporte pós-venda, além da tecnologia foi promover a descentralização de inovadora que permitiu ao grupo a forma coordenada das unidades, ou possibilidade de expansão nos negócios, seja, reduzir a dependência da matriz por meio de elasticidade e escalabilidade para que, em caso de uma possível falha, da capacidade de TI, amplo poder de as demais unidades não fossem armazenamento e processamento dos impactadas, operando de forma dados e aplicações, além de alta independente, com link próprio e performance na ponta (ou seja, nas lojas servidores para não haver nenhum tipo e demais unidades). “Adquirimos a de paralisação nas vendas. Nesse plataforma de software com a solução sentido, o grupo adotou ao longo dos NCI – Nutanix Cloud Infrastructure e anos o modelo on premises temos como infraestrutura de hardware, (infraestrutura tecnológica local) em suas equipamentos Lenovo. Também

utilizamos os provedores de nuvem AWS e Azure para compor todo o ambiente de tecnologia”, diz. A implementação do projeto com a Nutanix e a integradora ST3Tailor foi concluída em setembro deste ano, três meses após a aquisição da plataforma. “Nosso planejamento oficial previa seis meses, mas pela facilidade da tecnologia e excelente integração das equipes, conseguimos encurtar o prazo pela metade”, diz Rosati. Nutanix – Tel. (11) 3886-4800 Site: www.nutanix.com/br

Lotus ICT ingressa no mercado de telecomunicações Especializada na criação de projetos de

infraestrutura de tecnologia, a Lotus ICT acaba de anunciar o lançamento de nova empresa ligada ao grupo. Trata-se da SecureLink, especializada em soluções de cibersegurança, conectividade e rede corporativa. A ideia inicial é ter ao menos 40 organizações parceiras até o final de 2024, além de atingir um faturamento superior aos R$ 100 milhões nos próximos três anos. De acordo com Flávio Lang, cofundador da SecureLink, a companhia utilizará como base parcerias com empresas de rede neutra. O executivo destaca que a solução integrada de conectividade e segurança chega para suprir uma demanda cada vez mais latente no setor de telecomunicações. “Hoje, o mercado é assistido por quatro gigantes nacionais e por grandes e médios provedores regionais. As grandes operadoras acabam cobrando muito caro, pois possuem uma estrutura pesada. Já os regionais têm cobertura limitada. É nessa lacuna que nos encaixamos, uma vez que atuamos em diversos estados do Brasil e conseguimos integrar variados fornecedores”, afirma. Para assegurar a proteção contra ciberataques, a empresa conta com diversas soluções de segurança à oferta de serviços de conectividade. Entre elas, estão as tecnologias de SD-WAN e SASE com parceiros como Fortinet e Huawei. Além


INFORMAÇÕES

10 – RTI – FEV 2024

de 40 municípios atendidos

Desktop ultrapassa a marca de 1 milhão de assinantes em 2023

Os serviços da rede de fibra óptica do

A Desktop, provedor de Internet com

Rede de fibra óptica do Espírito Santo supera a marca

disso, possui acordos com múltiplos provedores de acesso. Desse modo, as soluções permitem redundâncias de abordagem, o que garante maior confiabilidade e resiliência. “Estamos fazendo o caminho da convergência entre o mercado de telecomunicações e segurança, apresentando uma forma mais racional de utilizar a infraestrutura de fibra já construída e disponível no Brasil para atender às demandas de conectividade e segurança do setor corporativo. O pilar da segurança sempre foi uma área de competência nativa dentro da Lotus ICT. Temos um forte time de profissionais com muita experiência para nos ajudar nessa empreitada da SecureLink”, adiciona o cofundador. Antes da SecureLink, a Lotus ICT já entregava soluções de multicloud, cibersegurança, comunicação next-gen, automação de processos, gestão de serviços e infraestrutura. “O serviço de conectividade por si só está interligado com as demais tecnologias que já disponibilizamos ao mercado. A partir da nova empresa, pretendemos melhorar a qualidade da experiência dos atuais e futuros clientes. Não estamos levando apenas conectividade, mas sim atuando para solucionar as dores das companhias por meio da inovação”, conclui Lang. Fundada no Brasil em 2018, a Lotus ICT é formada por uma equipe com mais de 200 colaboradores diretos, 800 indiretos e possui presença em 15 países, entre eles Estados Unidos, Inglaterra e China. No cenário nacional, já executou projetos para empresas como Petrobras, TIM, Usiminas, Cemig, Eletrobras, Caixa, Correios, entre outras.

Governo do Estado do Espírito Santo já estão sendo utilizados por 42 municípios capixabas. Esse alcance tem como principal motivo o Projeto ES Digital, que viabilizou a chegada de rede de alta velocidade para 36 cidades do interior. Uma das consequências dessa expansão é que mais escolas, delegacias, hospitais e outras repartições do Poder Executivo Estadual estão conectadas com o data center do Estado, central de dados governamentais, que fica na sede do Prodest - Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo, em Vitória. Levando em consideração os órgãos já contemplados na Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), a rede de fibra óptica do governo conta com 747 pontos. Em dois anos, houve um avanço de 332 pontos por causa do ES Digital, que tem como meta a implantação de pontos da rede de fibra óptica nos órgãos estaduais de 72 municípios, divididos em dois anéis (Norte e Sul). Com uma estrutura de alta velocidade, os órgãos do Poder Executivo têm mais condições de copiar rapidamente grandes volumes de dados, como backups, vídeos e fotos; acessar em tempo real as imagens de câmeras de videomonitoramento; e utilizar a telefonia VoIP e videoconferências, viabilizando a redução de custos. A ampliação da rede de fibra óptica governamental também possibilita aprimorar aarrecadaçãodeimpostoseaperfeiçoaro acompanhamento de processos administrativos e judiciais, favorecendo um melhor atendimento aos cidadãos. Para o presidente do Prodest, Marcelo Cornélio, o investimento feito pelo Governo do Estado, por meio do Projeto ES Digital em redes de fibra óptica, é uma prova de que a transformação digital está se consolidando no Poder Executivo. Neste ano, aplicamos R$ 19,44 milhões na expansão da rede. Com certeza, teremos o retorno desse investimento em serviços mais ágeis e eficientes”, enfatizou.

Lotus ICT - Tel. (21) 3495-7073 https://www.lotusict.com/

Prodest – Tel. (27) 3636-7166 Site: https://prodest.es.gov.br/

Flávio Lang, da SecureLink: expectativa é faturar R$ 100 milhões

sede em Sumaré, SP, ultrapassou a marca de 1 milhão de assinantes em 2023. Do montante, 118 mil são oriundos da aquisição da FasterNet, provedor com matriz em Cerquilho, SP, realizada em março do mesmo ano. Os dados divulgados mostram que a quantia foi atingida em outubro e são referentes ao terceiro trimestre do ano passado. A empresa abriu capital na B3 em julho de 2021. De acordo com os últimos indicadores, o lucro líquido ajustado apresentou crescimento de 11% em 2023 com relação ao mesmo período de 2022, atingindo R$ 40 milhões. Já o Ebitda ajustado foi de R$ 128 milhões. O ano passado reservou para a operadora um incremento de aproximadamente 450 mil HPs – Homes Passed adicionados à cobertura, alcançando 4,3 milhões distribuídos pelas 183 cidades onde atua, a maior parte do interior de São Paulo. Em comparação Denio Alves Lindo, com o mesmo da Desktop: período de ampliação do FTTH 2022, o aumento e redução do churn foi de 15%. Segundo Denio Alves Lindo, CEO e fundador da Desktop, os resultados são reflexo de investimentos feitos nos últimos três anos, principalmente na construção de portas FTTH. “Temos oferecido um melhor mix de canais de vendas e uma análise mais robusta de perfil de crédito. Tais iniciativas contribuem para um melhor perfil de cliente, que tende a ficar mais tempo na base e aumentar o retorno sobre o capital investido. Já no âmbito corporativo, estamos elaborando novas soluções de conectividade que possam atender diversos perfis de empresas”, explica.



INFORMAÇÕES O provedor encerrou o último trimestre de 2023 com cerca de 55 mil km de rede, sendo 10 mil km de backbone e 45 mil km de rede de acesso FTTH, que representam um crescimento de 18% em relação ao último trimestre de 2022. “Um ponto importante na estratégia para 2024 é continuar a reduzir o churn. Para isso, realizamos iniciativas transversais das equipes comercial, atendimento, operações e tecnologia, elevando a experiência do cliente para um patamar ainda maior”, projeta o CEO. Desktop – Tel. 0800 100 3100 Site: www.desktop.com.br

Superplayer quer transformar a energia dos provedores em SVA A Superplayer & Co, distribuidora de

SVAs – Serviços de Valor Agregado com sede em Porto Alegre, RS, passará a distribuir energia como um produto para provedoresdeInternet.Segundoinformações divulgadas pela companhia, as operadoras poderão fornecer ao mercado corporativo energia renovável por valores até 30% menores que nas concessionárias. Para oferecer o Superplayer Energia, nome oficial do SVA, a empresa fechou

12 – RTI – FEV 2024

MME – Ministério de uma parceria com a Minas e Energia e Newave Energia, produtora ANEEL – Agência de energia com sede em Nacional de Energia São Paulo cujos acionistas Elétrica”, explica incluem a Gerdau e a XP Gustavo Investimentos, esta Goldschmidt, CEO última por meio da da Superplayer & Co. gestora Newave Capital. Recentemente, a Newave A oferta atuará em anunciou um investimento duas frentes. Na na ordem de R$ 1,4 bilhão Gustavo Goldschmidt, da primeira, a energia Superplayer: provedores na construção de um renovável será oferecida no mercado de venda de Parque Solar em diretamente para o energia Arinos, MG, cuja provedor, tendo como capacidade instalada será de 420 MWp benefício a redução mensal do custo com (Megawatts-pico) e iniciará a operação energia para a operadora. Já na segunda, a ainda em 2024. energia é disponibilizada como um produto para que o provedor possa Desde o dia 1º de janeiro de 2024, os distribuí-la para seus clientes usuários de energia que se enquadram no corporativos, fortalecendo o Grupo A, de alta tensão, podem escolher relacionamento e gerando novas fontes livremente seu fornecedor de energia. “Os consumidores dessa categoria de receita. Ambos os modelos utilizam costumam apresentar contas acima de como plataforma de venda o mercado R$ 10 mil, a maioria composta por livre de energia. empresas do segmento de serviços e Segundo o CEO, entre os benefícios, indústrias. Até então, o mercado era além da redução na conta, estão a restrito para companhias que possuíam flexibilidade do modelo de contratação demanda contratada maior ou igual a quanto ao tempo e condições contratuais, 500 kW, representando cerca de 35 mil a utilização de fonte de energia solar, clientes. Na prática, a abertura permite garantidamente limpa e renovável; que o número de beneficiados pelo segurança energética, quanto à compra direta novo modelo chegue a quase 200 mil. de um gerador de energia; e melhor A mudança segue regras definidas pelo qualidade de serviço e atendimento.


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INFORMAÇÕES “Os provedores regionais de Internet já têm um relacionamento com grande parte das pessoas físicas e jurídicas das suas cidades. Por que não oferecer a elas também energia, que, assim como telecomunicações, trata-se de um serviço de infraestrutura? Acreditamos que, em um futuro próximo, as operadoras serão os grandes fornecedores de energia das suas regiões”, projeta Goldschmidt. Presente no mercado de provedores desde 2018, a Superplayer conta atualmente com 10 SVAs. Entre as soluções ofertadas estão o Mumo, plataforma que permite ao usuário acessar rádios de diversos locais do Brasil e escutar músicas e podcasts, bem como o Imagina Só, que reúne histórias infantis em áudio e texto. Ambos os produtos foram desenvolvidos pela própria SuperPlayer. No final de 2023, a companhia lançou a Superplayer TV, serviço de streaming com foco em provedores. Desenvolvida em parceria com a espanhola Agile Content, a solução apresenta 40 canais, divididos em três tipos de plano, e funciona em plataformas web, sistemas operacionais Android e IoS, e ainda aguarda aprovação para estar presente em smarTVs Samsung e LG. Para adquirir um SVA da empresa, a operadora precisa adquirir uma quantidade mínima de 500 licenças. Atualmente, a Superplayer & Co está presente em mais de 120 provedores. Superplayer – Tel. (11) 99556-0802 Site: www.superplayer.company

Corning aposta no mercado de edge data centers para 2024 A Corning, fabricante de soluções

ópticas, prevê um 2024 com um aumento no mercado de edge data centers. Com aproximadamente 60 mil colaboradores, sendo 1000 no Brasil, a companhia fornece seus produtos no país por meio de seu parque fabril em Jacarepaguá, RJ. Inventora da fibra óptica e da tecnologia pré-conectorizada, a Corning ainda mantém algumas soluções de cobre para usos específicos, porém o foco é mesmo a fibra óptica, principalmente aplicada em FTTH.

14 – RTI

“O crescimento das redes ópticas no FTTH fez com que o mercado passasse por mudanças. A capilaridade está voltada para a melhora da experiência do usuário final e diminuição na latência, o que implica uma redistribuição dos edge data centers”, explica Juliano Covas, gerente regional de vendas para Brasil e Cone Sul. A empresa prevê ainda um aumento na construção de data centers fora do eixo Rio-São Paulo, fomentado principalmente pelo crescimento da adoção da nuvem. “Com a necessidade de ter sites cada vez mais próximos do usuário final, será comum termos mais empreendimentos fora da região Sudeste, caso do CentroOeste, e em cidades como Porto Alegre e Fortaleza”, afirma Covas.

Juliano Covas, da Corning: crescimento dos edge data centers

Outra tecnologia observada atentamente é o 5G. Para o gerente, os ganhos da rede móvel para o usuário comum ainda não são tão relevantes quanto para a indústria. “Não existe atualmente uma demanda para pessoa física que funcione apenas com o 5G. Já o usuário corporativo, principalmente com a indústria 4.0, obtém um nível de latência que muitas vezes o Wi-Fi não consegue entregar”, completa. Com um portfólio formado por produtos como CTOs pré-conectorizadas, cabos drop e conectores ópticos, a Corning conta com uma rede de canais composta principalmente pelos distribuidores Anixter, DPR e WDC Networks, responsáveis por abastecer os mercados de provedores de Internet e enterprise. Um dos lançamentos mais recentes é a linha EDGE Rapid Connect, projetada para facilitar implantações DCI e conexões entre data halls. Desenvolvido em parceria com a US Conec, o perfil pequeno do conector Fast-Track MTP


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permite troncos pré-terminados com uma alça de tração de diâmetro reduzido que pode ser puxada através de dutos lotados. Em ambientes externos, a alça de tração menor, de 2”, possibilita que as soluções EDGE Rapid Connect sejam facilmente puxadas através dos dutos existentes, simplificando a instalação e fornecendo aos operadores um novo caminho para a extrema densidade. A alça é à prova d’água, capaz de suportar até 270 kg de tensão de tração. Corning – Tel. (11) 3071-3142 Site: www.corning.com

Cemig realiza censo de postes para detectar irregularidades O compartilhamento de postes nas áreas urbanas é um desafio para distribuidoras de energia, operadoras de telecomunicações e prefeituras. Para buscar soluções e promover a ocupação de forma segura e ordenada, a Cemig Companhia Energética de Minas Gerais está realizando um “censo” dos 2,3 milhões de postes instalados nos 774 municípios da sua área de concessão. O inventário, que teve início em outubro de 2022, deve terminar até junho. Trata-se do maior levantamento do compartilhamento de infraestrutura e iluminação pública em execução no Brasil. A distribuidora está investindo R$ 20 milhões no projeto, que envolve o trabalho de documentação fotográfica em campo e identificação de todo o aparato instalado. Os resultados servem de base para futuras ações da empresa, como a notificação dos responsáveis para regularização e a retirada de cabos clandestinos. A ideia é que a “higienização da rede” seja feita de forma legal e responsável, sem prejudicar eventualmente algum serviço essencial. “Segurança e respeito à vida são valores inegociáveis e é nosso papel disseminar as informações e certificar o uso seguro das nossas redes”, disse a gerente de Receitas Acessórias da Cemig, Juliana Cardoso Amaral, durante o 1° Workshop de Segurança – Compartilhamento de Infraestrutura, realizado pela distribuidora no dia 28 de novembro.


INFORMAÇÕES O Brasil tem atualmente, segundo estimativa da Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações, em torno de 47 milhões de postes. Destes, cerca de 10 milhões estariam em situação crítica. Abarrotados de fios e outros cabos, energizados ou não e uma parte deles inclusive clandestinos, presos precariamente e cenário de rompimentos constantes, mais do que poluição visual eles representam risco permanente para pedestres e ocupantes de veículos. “Essa situação incomoda o cidadão e incomoda a Cemig também. Nos casos mais emergenciais já atuamos diretamente, assumindo esse custo para reduzir os riscos para a população”, disse Juliana.

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As informações passam por um processo de auditoria, são validadas e automaticamente integram a base de dados da Cemig. As operadoras e provedores cadastrados foram convidados a indicar previamente um técnico para acompanhar o trabalho do censo. Também estão sendo notificados com relação aos resultados do levantamento, como irregularidades e divergências no número de pontos alugados. O prazo para manifestação da contratante é de 15 dias via carta ou e-mail. “Sugerimos que as empresas de telecomunicações façam a devida regularização da rede, pois elas também precisam zelar pelo ativo que é de sua responsabilidade. É

Inventário deve terminar até junho de 2024

Muitas vezes, os cadastros fornecidos pelas empresas de telecomunicações e prefeituras não correspondem à realidade, dificultando as manutenções da distribuidora. “Além dos cabos de telecomunicações, o censo também inclui o mapeamento de ativos de iluminação pública, ligações clandestinas de energia e cargas como semáforos, radares e câmeras”, explicou Cleiton Ferreira, coordenador do projeto. As equipes do Grupo JVM, empresa especializada em cadastramento de ativos no setor elétrico, de Feira de Santana, SP, ganhadora da licitação pública, estão realizando o cadastro georreferenciado de cada poste com câmeras de alta resolução, que enviam as imagens para o sistema em nuvem.

fundamental ter a colaboração de todos”, disse Juliana. Segundo ela, com os dados coletados a distribuidora obtém maior visibilidade das suas redes e passa a atuar de forma mais proativa junto às parceiras. A Cemig também está fazendo reforçando a equipe de campo para que a partir do próximo ano possa executar as fiscalizações de uma forma mais efetiva. As ações fazem parte do plano de investimentos da Cemig, o maior da sua história, de R$ 42 bilhões (20232027), superando os R$ 22,5 bilhões anunciados em 2021 com prazo de execução até 2025. “A expansão do mercado de telecom nos últimos anos trouxe novas problemáticas de infraestrutura no setor. O espaço nos postes que hoje os


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provedores disputam para instalação de cabos não é mais suficiente para atender às demandas. E as redes subterrâneas também estão congestionadas”, disse Marcius Vitale, CEO da Vitale Consultoria, durante sua palestra Infraestrutura Crítica de Telecomunicações no Workshop da Cemig. Ele lembrou que, além dos problemas hoje enfrentados, a implantação de novas tecnologias, como o 5G, deverá trazer desafios adicionais. “É preciso muito treinamento, muita conscientização para o pessoal de telecom”, afirmou Vitale, que participa do Grupo de Trabalho de 5G do Confea Conselho Federal de Engenharia, criado para discutir a implantação dos equipamentos de 5G nos postes e mobiliários urbanos, e também coordenador do Workshop de Compartilhamento de Postes, um dos eventos que compõem o Netcom – Feira e Congresso de Redes e Telecom, em São Paulo [a próxima edição do Netcom será de 5 a 7 de agosto de 2024]. Um outro problema comum nas redes aéreas, e que se intensificou após a pandemia, é o furto de cabos. Em Minas Gerais, cerca de 90% das ocorrências são realizadas por moradores em situação de rua em busca do cobre para venda no mercado paralelo. Durante a ação criminosa é comum ocorrer o corte também dos cabos ópticos, provocando a parada de serviços de telecomunicações e contribuindo para a poluição visual nos postes, uma vez que os cabos cortados ficam pendurados ou soltos. Devido ao crescimento das ocorrências, a regional de Minas Gerais da operadora Claro, que tem cerca de 500 mil postes alugados junto à Cemig, decidiu retirar os cabos metálicos ADE das redes aéreas e subterrâneas que, devido à alta concentração de cobre, também são mais atrativos para o vandalismo. Muitos cabos, inclusive, já estavam desativados, com a evolução da fibra nos municípios. O programa teve início em maio de 2023 no interior de Minas Gerais, em Juiz de Fora e Varginha, e seguiu por 13 cidades ao longo do ano. A ideia é expandir para outros municípios. Uma outra novidade foi o modelo de negócio do trabalho: a empresa contratada pela Claro para limpeza da rede foi remunerada pelo próprio material retirado. “Procuramos um parceiro seguindo as regras de compliance da operadora e questões legais, com a obrigação de prestar contas quanto à destinação do material, com a certeza de que não irá para o mercado negro ou receptador que acaba fomentando o vandalismo dessas instalações”, disse Mauricio Fernandes, gerente regional administrativo e segurança patrimonial da Claro de Minas Gerais. Além de tornar o poste menos atrativo para furto, a retirada dos cabos de cobre reduz o esforço mecânico, com a redução do peso, melhora o impacto visual das redes aéreas e aumenta a segurança. Os vídeos do Workshop estão disponíveis no canal do YouTube da Cemig. Cemig – Tel. 0800 7283838 Site: www.cemig.com.br


ESPECIAL

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SVAs educacionais: cursos e treinamentos online Sandra Mogami, da Redação da RTI

O

Além de se diferenciar em relação à concorrência, ao oferecer SVA – serviço de valor agregado, o provedor de Internet pode aumentar o tíquete médio por assinante e ter redução fiscal. Veja a seguir a oferta de empresas especializadas em plataformas educacionais que, além de disponibilizarem os cursos, também podem orientar os provedores e oferecer suporte na estruturação tributária e treinamento.

s SVAs - serviços de valor agregado permitem aos provedores de Internet oferecer aos seus assinantes um diferencial competitivo e uma fonte de receita adicional, além da conexão à rede, como cursos online, antivírus, backup, streaming, e-mail, hospedagem de sites, entre outros. Os serviços digitais também podem trazer benefícios fiscais, pois são tributados de forma diferente do serviço de telecomunicações. Segundo a legislação brasileira, os SVAs não estão sujeitos ao ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. A redução fiscal pode chegar a 40%, conforme Estado, se o serviço for incluído dentro do pacote de banda larga, sem custo adicional para o consumidor. Assim, os provedores de Internet são capazes de reduzir a carga tributária e aumentar a competitividade no mercado, oferecendo serviços de qualidade e valor agregado aos seus clientes. Os SVAs podem trazer benefícios para os provedores de Internet, tais como: • Aumentar a fidelização e a satisfação dos assinantes. • Reduzir a taxa de churn, ou seja, a perda de clientes para a concorrência, que pode oferecer serviços similares ou melhores. • Ampliar o mercado potencial, atraindo novos clientes que buscam por soluções educacionais online.

• Gerar receita recorrente, por meio de assinaturas mensais ou anuais. • Fortalecer a marca e a reputação da empresa, que se posiciona como uma parceira no desenvolvimento pessoal e profissional dos seus clientes e suas famílias. Nesta edição, vamos mostrar a oferta dos SVAs educacionais, que consistem em plataformas digitais que disponibilizam conteúdos, cursos, certificações e ferramentas de aprendizagem online para os usuários. Esses serviços podem abranger diversas áreas do conhecimento, como idiomas, informática, negócios, saúde, entre outras. Um outro destaque das plataformas educacionais é a sua função social, uma vez que podem levar a educação a todos os cidadãos, ajudando a promover a inclusão social, a cidadania, a diversidade cultural, a inovação, a sustentabilidade e a competitividade econômica. Isso é especialmente importante em um país que enfrenta desafios como a evasão escolar, a falta de infraestrutura e recursos pedagógicos e a desigualdade regional. Os cursos online são uma forma de alavancar a aprendizagem por meio da Internet e outras tecnologias para oferecer conteúdos didáticos a distância, trazendo vantagens para a educação e a profissionalização, tais como: • Flexibilidade: os alunos podem estudar no seu próprio ritmo, horário e local, adaptando o curso à sua rotina e necessidades.


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• Acessibilidade: os cursos online podem alcançar pessoas que não têm condições de frequentar cursos presenciais, seja por questões geográficas, financeiras, de saúde ou outras. • Diversidade: há uma variedade de temas, áreas e abordagens, permitindo que os alunos ampliem seus conhecimentos e interesses. • Interatividade: a educação a distância usa muitos recursos multimídia, como vídeos, áudios, animações, jogos e simuladores, que tornam o aprendizado mais dinâmico e envolvente. • Menores custos em relação ao ensino presencial: a instituição de ensino não precisa gastar com infraestrutura e os alunos não têm custo de deslocamento e alimentação. • Autonomia: os cursos online estimulam o desenvolvimento de habilidades como organização, motivação, avaliação e autoaprendizagem, que são essenciais para o mercado de trabalho atual. Portanto, os cursos online são uma ferramenta importante para a educação e a profissionalização, pois proporcionam oportunidades de aprendizagem flexíveis, acessíveis, diversificadas e interativas, além de desenvolverem competências pessoais e profissionais nos alunos. E para os provedores de Internet, é preciso escolher bem os parceiros que fornecem esses serviços, garantindo a qualidade, a segurança e a atualização dos conteúdos e das plataformas. Veja a seguir a oferta de empresas especializadas na área que, além de disponibilizarem os cursos, também podem orientar os provedores e oferecer suporte na estruturação tributária e treinamento, facilitando o processo de implantação e integração com os sistemas de gestão existentes.

Campsoft A Campsoft é um hub que oferece produtos digitais e serviços de valor agregado desde o final de 2019, área que vem crescendo de forma acelerada. “Entramos nesse mercado motivados pela demanda dos próprios provedores, que buscavam formas de reduzir a carga tributária e ampliar o portfólio”, conta

o CEO Ricardo Camps. A empresa já atuava há vários anos no mercado editorial de livros, o que lhe garantiu larga experiência com economia fiscal. Segundo o CEO, entre os diferenciais da Campsoft está o fornecimento da solução completa, incluindo a integração e suporte na operação e comunicação

• Kiddle Pass: plataforma voltada para a educação e desenvolvimento infantil, com conteúdo de apoio aos pais, aulas ao vivo e em vídeo. A plataforma oferece atividades físicas e pedagógicas, entretenimento, educação parental, com aulas ao vivo e em vídeo, mais de 300 atividades e acesso ilimitado para até três crianças. • Linguix: aplicativo para aprender e praticar inglês de forma fácil e divertida através de trechos de séries, filmes, notícias e desenhos animados. A Linguix tem um método totalmente gamificado com vídeos e quizzes. Uma assistente virtual tira todas as dúvidas sobre os vídeos e outros vocabulários. • Imagina Só: aplicativo de histórias infantis para ler e ouvir, além de estimular a imaginação e gosto pela curiosidade das crianças. Utiliza músicas e sons a fim de gerar uma Kiddle Pass: distribuída pela Campsoft e voltada para imersão nos clássicos da a educação infantil, com aulas ao vivo e em vídeo literatura infantil, adaptações contemporâneas e textos com seus assinantes. “Nosso time tem autorais. o know how técnico e de conteúdo. Cuidamos de todos os detalhes para a • Via Livros: obras digitais selecionadas correta gestão dos conteúdos. Há vários por um time editorial para todos os tipos detalhes que precisam ser observados de leitores. para que o cliente possa usufruir dos • Tocalivros: plataforma brasileira de benefícios do SVA”, diz. streaming de livros e audiolivros. Conta Os SVAs educacionais fornecidos com mais de 2500 audiolivros e 60 mil pela Campsoft são os seguintes: e-books, além de diversos lançamentos • Qualifica: multiplataforma de cursos semanais de conteúdos diversificados e online com mais de 2000 aulas, obras originais. proporcionando uma experiência de Site: www.campsoft.com.br educação com conteúdos de empreendedorismo, vendas, liderança, Leveduca finanças, idiomas e Microsoft Office A Leveduca é uma plataforma [ver mais informações sobre a plataforma na educacional desenvolvida pela Nubbi, página 22]. • Super Conhecimento: portal de cursos edtech que tem como propósito eliminar online de desenvolvimento profissional. as barreiras do aprendizado através da Sua principal vertente é a educação, simplificação e democratização da educação. desenvolvendo novos cursos com o time O portfólio inclui 267 cursos pedagógico todos os meses em mais de profissionalizantes em 15 categorias 16 áreas com foco em estética e beleza, voltadas para o mercado de trabalho, gestão e empreendedorismo, informática como automação industrial, culinária e e Internet, medicina e saúde e idiomas elétrica, gestão de negócios e [ver mais informações sobre a plataforma na desenvolvimento de habilidades página 24]. emocionais. Os conteúdos são exclusivos,


ESPECIAL criados pela Leveduca em parceria com profissionais especialistas, com aulas ao vivo 100% online ou gravadas em estúdio próprio, apostilas digitais e disponíveis para acesso a qualquer hora. “Além da produção própria, temos um modelo pedagógico totalmente autoral, feito e executado dentro de casa”, diz Vítor Prado, diretor de marketing da Nubbi. Segundo ele, há um grande cuidado de curadoria e suporte que permeia todo o produto. “O processo é bem encadeado para gerar valor tanto para o cliente B2C como B2B, que chega até usuário final”, diz. Os planos são comercializados para

Os conteúdos da Leveduca são exclusivos, com aulas ao vivo 100% onlne ou gravados em estúdio próprio

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provedores como SVA e corporações em geral no formato de benefício para funcionários e familiares. Para usuários finais, os aplicativos estão disponíveis para iOS e Android, nas opções Premium e Pro, cada qual com mais de 200 cursos, incluindo a série de NR para qualificação industrial na versão Pro. A plataforma se integra ao ERP, CRM ou sistema legado do provedor, disponibilizando automaticamente o acesso e bloqueando a visualização dos conteúdos em casos de inadimplência do assinante, com suporte até segundo nível. “Também oferecemos cursos específicos para os colaboradores do provedor, como marketing e vendas”, diz. Hoje com mais de 350 clientes recorrentes (provedores e empresas), a Leveduca também oferece como SVA educacional a Dialética (Biblioteca). Todos os cursos possuem certificado de conclusão válido em território nacional. A plataforma já formou mais de 100 mil alunos nos cursos online das plataformas licenciadas. “Pensamos e executamos a educação de uma forma de forma lúdica e dinâmica, que se torna mais atrativa para o usuário. Por isso, temos observado uma crescente demanda pelo Leveduca educacional”, finaliza. Site: www.leveduca.com.br

Lidera SaaS A Lidera é um hub de tecnologia que atua na distribuição de serviços digitais visando fidelização e aumento de receita recorrente em vários mercados, como telecomunicações e provedores de Internet. Com sede na Espanha e com mais de 20 anos no mercado, a Lidera busca, por meio do conceito SaaS Service as a Success, trazer resultados significativos com ações de vendas, pósvendas, comunicação e marketing. No portfólio voltado para a educação, a Lidera SaaS tem uma linha para educação que pode ser trabalhada em mercados como telecom, provedores de Internet, universidades e escolas e mercados que estejam interessados em oferecer educação e cultura a seus assinantes. “A regionalização de conteúdos é crucial para impulsionarmos as estratégias de ativação, comunicação e vendas. Com os aplicativos direcionados ao setor educacional, é possível transformar e enriquecer a experiência dos estudantes e assinantes, trazendo um compromisso sério com a relevância da educação online e suas oportunidades de impacto positivo na vida dos usuários”, pontua Tatiana Carvalhinha, CEO da Lidera SaaS.



ESPECIAL

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recomendação dos cursos conforme o perfil de interesse de cada aluno. “Ao entrar na plataforma, o interessado responde a uma série de questões e o sistema indicará as opções com maior precisão e chances de sucesso”, diz. A IA é usada ainda para que os departamentos de recursos humanos possam treinar as equipes de forma personalizada, conforme planos de desenvolvimento de cada colaborador. Para gerar valor ainda maior para o cliente do provedor, a Qualifica lançou o aplicativo Appostilas ENEM, uma biblioteca completa dos conteúdos para o exame, bem como acesso às questões das provas anteriores, com mais de 30 vídeos, 50 questões e cinco provas. Com as apostilas, A Lidera SaaS oferece aplicativos para eduçação e cultura dos assinantes o provedor pode ter as vantagens da inscreverem nos treinamentos sem custos Entre os destaques estão: imunidade tributária garantida a livros, adicionais. “Esses benefícios são muito • Coquetel: um aplicativo para pessoas de conforme estabelece a legislação nacional importantes para o engajamento e retenção todas as idades se divertirem e exercitarem para livros didáticos, e com isso deixa de do assinante na base. Além das vantagens o cérebro com jogos e desafios de lógica. pagar alguns impostos, como ICMS, PIS e dos estudos para os jovens, o provedor Nele, há palavras cruzadas para Cofins. Na educação, a redução é somente pode apresentar os benefícios econômicos conhecimento, repertório de palavras e de ICMS. da meia-entrada na compra de ingressos memória. A Qualifica oferece a venda de licenças no para eventos culturais. Além disso, • CataLetras: jogo sobre descoberta de atacado para que os provedores distribuam dificilmente um cliente irá cancelar o plano palavras de cinco letras com objetivo de gratuitamente aos seus assinantes, assim de Internet quando várias pessoas da aumento de repertório e memória. obtendo benefícios tributários do SVA. Os família estão fazendo os cursos da • Reforça: aplicativo com cards que esclarece planos também podem ser vendidos de plataforma”, diz Rômulo Abdalla, coas dúvidas das principais disciplinas com forma avulsa, nesse caso sem as vantagens CEO da Qualifica. apoio escolar ao Fundamental I e II e da redução de impostos. “Ao fechar a ENEM, com flashcards e conteúdos. parceria, o • TapLingo: aplicativo focado em idiomas provedor passa a em que o aluno aprende por meio de cards oferecer um dinâmicos, associados a textos, imagens e produto de alto áudio com a correta pronúncia de cada valor agregado. expressão. Esse diferencial é • EducaBolso: voltado para planejamento decisivo para financeiro, orçamento pessoal, conquistar e investimentos e crédito de forma fácil e fidelizar os acessível. consumidores, criar Site: https://www.liderasaas.com.br/ pacotes mais atraentes e Qualifica Cursos aumentar o tíquete Recursos de inteligência artificial ajudam na elaboração médio”, afirma. A de novas funcionalidades na Qualifica Com 10 anos de experiência em educação Qualifica oferece Para trazer a melhor experiência para os digital, a Qualifica conta com mais de 260 ainda suporte e acompanhamento alunos, a empresa investiu na montagem cursos de diversas categorias e mais de 1 personalizado na implementação do SVA. de um laboratório de novas tecnologias e milhão de usuários capacitados, com 360 Entre os cursos mais procurados estão contratou uma empresa especializada em mil downloads de aplicativos. os de Técnicas de vendas com Ciro Bottini, IA - inteligência artificial para elaboração de Entre as novidades da plataforma estão Idiomas, Liderança, Pacote Office e novos cursos e lançamento de novas os cursos para o provedor (Redes e NRs – Marketing digital para empreendedores. funcionalidades. “Com a curadoria de Normas Regulamentadoras), a carteirinha Entre seus clientes estão as operadoras, professores e especialistas, a IA busca de estudante para os alunos de cursos como Vivo, Claro e Oi, e cerca de 380 conteúdos mais atuais e formas mais profissionalizantes (com mais de 200 provedores, além de empresas dinâmicas de ensinar”, afirma. A horas) e a licença-família, que dá direito a como Alelo e Banco do Brasil. A Qualifica ferramenta também ajuda na três dependentes do titular de se pode disponibilizar certificados


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Com mais de 700 vídeos publicados e vídeos novos toda semana, cerca de 200 mil estudantes usam ou já usaram a Linguix. Nos últimos dois anos, foram mais de 230 mil logins, com crescimento de 178% no número de downloads no último ano. Além de escolas de idiomas, professores autônomos também usam o aplicativo como ferramenta de apoio ao ensino. Os professores baixam em média 15 mil fichas de exercícios por mês. Site: www.slimpack.com.br

A Slimpack é uma distribuidora licenciada de conteúdos streaming, com amplo portfólio de canais, tanto nacionais quanto internacionais. Entre os SVAs oferecidos, está o Linguix, um aplicativo de ensino de inglês baseado Linguix, aplicativo de ensino de inglês em vídeos de filmes, distribuído pela Slimpack séries, animações, games e quizzes em uma Super Conhecimento experiência gamificada, unindo conteúdo educativo com entretenimento. O SVA educacional Super Conhecimento As atividades são preparadas por especialistas e adaptáveis a qualquer foi criado em outubro de 2022 dentro da metodologia. Um professor virtual RLine Telecom, provedor de Internet de responde às dúvidas dos usuários em Planalto, PR, com o intuito de ajudar os tempo real, sobre contextos ou clientes durante a pandemia. “Todos os vocabulários dos vídeos, vocabulário e alunos das escolas presenciais estavam em gramática, desenvolvida a partir de casa naquele momento sem estudar, pois ferramentas de IA - inteligência artificial. as escolas não estavam aptas a ter em

funcionamento um modelo online de estudo, seja por falta de estrutura ou de conhecimento. Como a maioria dos provedores, principalmente os regionais, que estão mais próximos dos clientes, valorizam e entendem que temos que contribuir com a sociedade e não só de prestarmos serviços pagos, decidimos liberar como bônus uma plataforma de cursos EAD, no início com 30 cursos para todos os clientes”, conta Fabio André Tamanho, diretor executivo da empresa. A ideia deu certo. A plataforma tornouse independente e hoje é comercializada em provedores de 19 estados brasileiros, com mais de 140 mil alunos treinados e 9700 horas de aula. “Mas continuamos com nossa colaboração com a sociedade, por meio do Projeto ENEM Solidário, que são aulas preparatórias das cinco principais matérias da prova transmitidas ao vivo pelo Youtube e também pelo Facebook dos provedores parceiros, de forma totalmente gratuita, beneficiando estudantes que não têm condições de pagar por um cursinho. Na nossa região, no interior do Paraná, não há muitas opções de pré-vestibular. O mais próximo do nosso estúdio de gravação, em Realeza, fica a 150 km, com mensalidades elevadas para a maioria da população”, diz o diretor. Para levar ensino de qualidade até esses alunos, a empresa decidiu convidar os professores


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Plataforma da Super Conhecimento: especialização em SVA educacional

dos cursinhos renomados da região para realizar as aulas ao vivo e gravações de conteúdos. “Crescemos rápido, mas continuamos com o DNA de desenvolvimento em conjunto com nossos parceiros. Isso é um grande diferencial porque estamos sempre abertos a mudanças e sugestões”, afirma. O portfólio hoje 307 cursos online em 16 áreas, que vão desde os básicos como

Excel até os mais específicos, como marketing digital, Google Ads, Photoshop, liderança, entre outros. “Toda semana lançamos um curso novo”, diz o diretor. Segundo ele, a empresa traz alguns diferenciais no mercado, como a especialização no SVA educacional e o foco em provedores de Internet. “Nossos cursos se destinam aos membros da família do assinante, principalmente os filhos. Foi por isso que conquistamos tantos usuários em tão pouco tempo”, afirma. Nos provedores, a Super Conhecimento presta o suporte necessário para implantação do SVA, com treinamento comercial e integraçãoda plataforma ao ERP existente. A empresa não cobra taxa de setup, mas solicita um plano mínimo de 1000 assinantes para o contrato de um ano.

Para provedores no Simples, o valor máximo sugerido para o assinante é de R$ 29,90, com acesso integral a toda a plataforma. “O cliente tem o direito de fazer todos os cursos da plataforma e quantas vezes quiser. É muito vantajoso, pois um curso online na Internet custa no mínimo R$ 49,90”, afirma. Para provedores no lucro real ou lucro presumido, o SVA educacional entra como um diferencial ou parte de um combo, em que o provedor pode aumentar o tíquete e dar o desconto do ICMS, absorvendo o valor em vez do cobrar do cliente. “Orientamos os provedores a criarem combos com nosso SVA e agregar valor aos planos de Internet”, diz. A empresa oferece treinamento em vídeo para as equipes comerciais lançarem a plataforma. “Temos cursos para os assinantes e também para os colaboradores dos provedores”, finaliza. Site: https://superconhecimento.com.br/


SERVIÇO

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Guia de produtos para infraestrutura de data centers A transformação digital nas empresas e a migração de aplicações para a nuvem impulsionam o mercado de data centers. O guia traz a relação dos fornecedores de equipamentos capazes de garantir uma infraestrutura de alta disponibilidade e eficiência, com destaque para os sistemas de energia, climatização, cabeamento e segurança. Instalações elétricas

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c3@c3consulting.com.br

(31) 98417-4595 n

atendimento@clamper.com.br



SERVIÇO

28 – RTI – FEV 2024

Instalações elétricas

Telefone

E-mail para atendimento ao cliente

Leistung

(11) 4196-8650

leistung@leistung.ind.br

MDC

(92) 3648-6717

carlos.morales@mdcindustria.com.br

Merkan TI

(11) 3230-7800

info@merkantti.com.br

Multiway

(11) 3437-5600 n

contato@multiwayinfra.com.br

Newmax

(11) 96495-8674 n

vendas@newmax.com.br

Novemp

(11) 4093-5300

vendas@novemp.com.br

OBO Bettermann

(15) 3335-1382

mkt.info@obo.com.br

Panduit

(11) 4561-1748

douglas.ozanan@groz.com.br

(11) 94494-0188 n

vendas@phdonline.com.br

Powersafe

(11) 4227-2477

vendas@powersafe.com.br

R&M

(11) 4118-2960

bra@rdm.com

Racksul

(51) 98471-7596 n

racksul@racksul.com.br

PHD Online/Nobreaks

Racktron

(14) 3203-5400

vendas@racktron.com.br

Rosenberger

(12) 3221-8500 n

vendas@rosenberger.com.br

Seicom

(15) 3033-7410

comercial@seicom-materiais.com.br

Seitec

(19) 3934-4664

vendas@seitec.ind.br

Stulz

(11) 94238-9244 n

comercial@stulzbrasil.com.br

TCSolutions

(11) 99744-5231 n

contato@tcsolutions.com.br

Trisul

(11) 98452-6239 n

contato@trisulmetalurgica.com.br

Triunfo

(41) 9920-58801 n

racks@triunfometalurgica.com.br

TTI Telecom

(33) 99922-6479 n

luiztelcom@gmail.com

Union Sistemas

(11) 97309-4094 n

comercial@unionsistemas.com.br

Vertiv

(11) 3618 – 6600

vertiv.brasil@vertiv.com

VLP Nobreaks

(54) 3224-3800

vendas@vlp.com.br

Volga

(62) 3207-6161

pamela.pereira@volga.com.br

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Filtro de harmônicos Filtro corretor de fator de potência Retificador e inversor Conversor CC/CC Barramento blindado Proteção contra surtos Painel elétrico Servidores Climatizado Chaminé Cabeamento Confinamento de corredor quente/frio Cage para confinamento de racks Sala-cofre e sala segura Data center contêiner Micro data center Água gelada Gás (expansão direta) Chiller Split de precisão Vedações para piso Difusor de piso - grelha

Empresa

Ar condicionado

Baterias

PDUs gerenciáveis (1) Sistemas de energia CC Estático Dinâmico Flywheel Estabilizador de tensão Produtos para aterramento Grupo gerador Chave de transferência automática Autotransformador Chave estática (STS) Equalização e monitoramento VRLA Lítio

UPS

Rack

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SERVIÇO

30 – RTI – FEV 2024

Cabeamento

ABB Eletrificação

Telefone

E-mail para atendimento ao cliente

0800 014 9111

contact.center@br.abb.com

Airsys

(11) 93423-3509 n

airsys-brasil@air-sys.com.br

Artemis

(15) 99103-0458 n

comercial@artemisracks.com.br

Black Box

(11) 4134-4000

sidney.andrino@blackbox.com

(11) 4166-1500 (11) 91053-0388 n

sac@bradycorp.com c3@c3consulting.com.br

Brady C³ Consulting Clemar

(48) 3331-3022

dcl@clemar.com.br

Commscope

(11) 3027-3815

bruna.ferreira@commscope.com

Cook Telecom

(21) 99387-1021 n

cook@cookenergia.com

Delbras

(11) 97130-2692 n

vendas@delbrasups.com.br

Delta Cable Dicomp

(41) 30211728 n (44) 4009-2826 n

dcaonline@dca.com.br cs@dicomp.com.br

Ecosafety

(11) 3579-0970

c.berni@ecosafety.com.br

Elite ACS

(11) 95500-1657 n

comercial@eliteacs.com.br

Ellan

(15) 3363-8336 n

vendas@ellan.com.br

Engeduto

(21) 99987-3046 n

vendas@engeduto.com.br

Engetron Eurocab

(31) 3359-5890 n (11) 3507-7700

contato@engetron.com.br comercial@eurocab.com.br

Faritel Solutions

(54) 3321-0955 n

contato@faritel.com.br

Fibersul

(41) 3275-4301

vendas@fstelecom.com.br

Fibracem

(41) 3661-2550

coord.marketing@fibracem.com

Freedom

08000 161644

Furukawa Electric Green4T

0800 041 2100 (11) 4410-4380

Legrand

08000 118008

Leistung

(11) 4196-8650

MDC

(92) 3648-6717

Merkan TI Multiway

(11) 3230-7800 (11) 3437-5600 n

Newmax

(11) 96495-8674 n

Proteção contra incêndio

Cabo metálico Cabo óptico Cabo óptico energizado Solução pré-conectorizada (2) Solução monofibra (3) Caixas de superfície e tomada Abraçadeiras de fixadores de cabos Piso elevado Canaleta Eletrocalha (chapa ou aramada) Leito para fibra óptica Distribuidor óptico (DIO) DIO modular com MPT/MPO Gerenciador de cabos Patch cord óptico Patch panel gerenciável Gerenciamento de cabeamento (AIM) Caixa de emenda Vedação para passagem de cabos Solução para identificação/etiquetas Gaveta TFT (4) Temperatura e umidade Ar condicionado Segurança Conectividade Energia BMS - automação predial CFTV (5) Controle de acesso (6) Firestop e bloqueios Estanqueidade de salas FK-5-1-12 (Novec 1230) HFC-227ea HFC-125 IG-541 Pré-action Sprinkler Water mist Detector de fumaça

Empresa

Monitoramento e automação de data center (DCIM)

Gases

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sac@clarios.com

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vendas@newmax.com.br

OBO Bettermann

(15) 3335-1382

mkt.info@obo.com.br

Panduit

(11) 4561-1748

douglas.ozanan@groz.com.br

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31 – RTI – FEV 2024

Cabeamento

R&M RDM Rosenberger Seicom Materiais Seitec Setex Cabos SMH Specto Stulz TCSolutions Tellycom TTI Telecom Union Sistemas Vertiv Volga

Telefone

E-mail para atendimento ao cliente

(11) 4118-2960 (19) 2042-4200 n (12) 3221-8500 n (15) 3033-7410 (19) 3934-4664 (11) 4028-8940 (11) 5060-5777 (48) 99694-0059 n (11) 94238-9244 n (11) 99744-5231 n (85) 4042-1245 n (33) 99922-6479 n (11) 97309-4094 n (11) 3618-6600 (62) 3207-6161

bra@rdm.com comercial@rdm.ind.br vendas@rosenberger.com.br comercial@seicom-materiais.com.br vendas@seitec.ind.br vendas@setexcabos.com.br smh@smh.com.br comercial@specto.com.br comercial@stulzbrasil.com.br contato@tcsolutions.com.br comercial@tellycom.com.br luiztelcom@gmail.com comercial@unionsistemas.com.br vertiv.brasil@vertiv.com pamela.pereira@volga.com.br

Proteção contra incêndio

Cabo metálico Cabo óptico Cabo óptico energizado Solução pré-conectorizada (2) Solução monofibra (3) Caixas de superfície e tomada Abraçadeiras de fixadores de cabos Piso elevado Canaleta Eletrocalha (chapa ou aramada) Leito para fibra óptica Distribuidor óptico (DIO) DIO modular com MPT/MPO Gerenciador de cabos Patch cord óptico Patch panel gerenciável Gerenciamento de cabeamento (AIM) Caixa de emenda Vedação para passagem de cabos Solução para identificação/etiquetas Gaveta TFT (4) Temperatura e umidade Ar condicionado Segurança Conectividade Energia BMS - automação predial CFTV (5) Controle de acesso (6) Firestop e bloqueios Estanqueidade de salas FK-5-1-12 (Novec 1230) HFC-227ea HFC-125 IG-541 Pré-action Sprinkler Water mist Detector de fumaça

Empresa

Monitoramento e automação de data center (DCIM)

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Gases

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Notas: (1) Power Distribution Units; (2) Com quadro automático e microprocessado; (3) Pré-conectorizados em fábrica; (4) Com monitor, teclado, mouse KVM; (5) CFTV digital,

câmera day-night CCD, câmera IP, speed dome; (6) Fechadura eletrônica, biochave, fecho elétrico ou magnético, com leitor e cartão de proximidade, teclado numérico, leitor de cartão, etc.

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 270 empresas pesquisadas. elecom e Instalações Fonte: Revista Redes, TTelecom Instalações, fevereiro de 2024. Este e muitos outros Guias de RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.


SEGURANÇA

32 – RTI – FEV 2024

Ataques DDoS alimentados por IA: uma ameaça à segurança digital Donny Chong, Diretor de Produto e Marketing da Nexusguard

N

Os invasores estão utilizando algoritmos de IA – inteligência artificial para identificar vulnerabilidades e lançar ataques sofisticados de DDoS – negação de serviço. As organizações podem se proteger com técnicas de automação, machine learning e defesas baseadas em IA para detectar, classificar e mitigar esses ataques e garantir a segurança da infraestrutura e dos dados digitais.

o atual cenário digital interconectado, as ameaças à segurança cibernética continuam a evoluir a um ritmo alarmante. Uma das ameaças que mantêm os profissionais de segurança acordados à noite é o aumento dos ataques DDoS (negação de serviço distribuída) alimentados por IA - inteligência artificial, que combinam o poder destrutivo dos ataques DDoS tradicionais com a sofisticação e agilidade da tecnologia de IA. Compreender as implicações dos ataques DDoS alimentados por IA é crucial para que organizações de todos os tamanhos e setores protejam suas redes e dados.

A anatomia de um ataque DDoS alimentado por IA Os ataques DDoS alimentados por IA diferem dos ataques tradicionais porque são totalmente automatizados, muito ágeis e incrivelmente eficazes. Os invasores utilizam técnicas de mineração de dados para coletar grandes quantidades de informações, alimentando-as em algoritmos complexos que imitam processos de tomada de decisão. Ao empregar Machine Learning (ML) supervisionado ou não supervisionado, os hackers desenvolvem modelos de IA capazes de contornar contramedidas defensivas de DDoS.



SEGURANÇA O ciclo de vida do ataque normalmente consiste em três estágios: entrega, penetração e exploração. Em cada estágio, os algoritmos de IA permitem que os invasores adaptem e modifiquem suas estratégias com base em dados e análises em tempo real. Essa flexibilidade permite identificar alvos menos protegidos e otimizar a distribuição de ataques para obter o máximo impacto.

A força imparável: ataques DDoS automatizados O poder dos ataques DDoS reside na sua capacidade de perturbar e potencialmente derrubar websites e serviços online. A automação e os scripts tornaram esses ataques mais populares, permitindo que hackers processassem grandes quantidades de dados de telemetria de segurança usando mecanismos de IA e modelos de machine learning. Ao analisar e refinar continuamente as suas técnicas de ataque, os hackers identificam vulnerabilidades e fraquezas nos seus alvos, tornando os seus ataques mais potentes e mais difíceis de defender. Além disso, a implantação de botnets, que são redes de dispositivos comprometidos, amplifica o impacto dos ataques DDoS alimentados por IA. Esses botnets podem ser controlados por algoritmos de IA, permitindo que hackers lancem ataques coordenados e em grande escala, sobrecarregando os sistemas alvo com uma enxurrada de tráfego malicioso. A combinação de automação, machine learning e botnets torna os ataques DDoS alimentados por IA uma força imparável.

O papel da automação e do ML no combate a ataques DDoS alimentados por IA A automação desempenha um papel crucial na defesa contra ataques DDoS alimentados por IA. As equipes de operações de segurança (SecOps) podem aproveitar a automação para bloquear ataques, estabelecer regras e controles preventivos e analisar conjuntos de dados processados por IA para identificar padrões e tendências de

34 – RTI

ataques. Ao utilizar a automação para responder em tempo real às ameaças em evolução, as organizações mitigam o impacto dos ataques DDoS e protegem sua infraestrutura de rede. Algoritmos de aprendizado de máquina podem detectar e classificar padrões de tráfego anormais, distinguindo entre solicitações legítimas de usuários e tráfego malicioso. Isso permite que as organizações implementem medidas proativas, como limitação de taxa, desvio de tráfego e bloqueio de IP, para minimizar o impacto dos ataques DDoS. Além disso, a automação possibilita uma resposta rápida a incidentes, reduzindo o tempo necessário para identificar e mitigar ataques, minimizando assim o tempo de inatividade e as perdas financeiras.

A batalha dos ataques AI-DDoS No campo de batalha dos ataques AI-DDoS, tanto os atacantes quanto os defensores se adaptam e aprendem constantemente com as táticas uns dos outros. Os hackers não visam apenas organizações, mas também enfrentam ataques de cibercriminosos rivais. A dinâmica cria uma troca constante de estratégias ofensivas e defensivas, onde ambas as partes aproveitam a IA e a automação para obter vantagem. Os hackers empregam IA para ajustar seus vetores de ameaças com base em análises em tempo real. Ao monitorar continuamente o sucesso e o fracasso de seus ataques, eles refinam seus modelos de IA para contornar mecanismos defensivos em evolução. Isto lhes permite explorar vulnerabilidades e lançar ataques DDoS mais sofisticados e eficazes. Por outro lado, as organizações estão investindo em soluções de segurança baseadas em IA para se defenderem contra ataques IA-DDoS. Algoritmos de aprendizado de máquina são usados para detectar e classificar padrões de ataque, permitindo que os sistemas de segurança se adaptem e atualizem suas defesas de acordo. As defesas alimentadas por IA analisam grandes volumes de tráfego de rede em tempo real, identificando anomalias e mitigar ataques antes que causem danos significativos.


35 – RTI – FEV 2024

As implicações para a segurança cibernética O surgimento de ataques DDoS alimentados por IA apresenta desafios significativos para os profissionais de segurança cibernética. Os mecanismos de defesa tradicionais que dependem da intervenção humana e de sistemas baseados em regras estão mal equipados para combater a sofisticação e a velocidade dos algoritmos de IA. Para se defenderem de forma eficaz contra esses ataques, as organizações precisam adotar tecnologias avançadas como IA, aprendizagem automática e automação nas suas estratégias de segurança. Além disso, a natureza evolutiva dos ataques DDoS alimentados por IA exige uma abordagem proativa e colaborativa à segurança cibernética. As empresas devem investir em pesquisa e desenvolvimento contínuos para se manterem à frente dos invasores. A colaboração e a partilha de informações dentro da comunidade de segurança cibernética são cruciais. Ao compartilhar insights, práticas recomendadas e inteligência sobre ameaças, as organizações fortalecem coletivamente suas defesas e ficam um passo à frente dos cibercriminosos.

Conclusão Os ataques DDoS alimentados por IA representam uma grande ameaça no cenário digital atual. A fusão da tecnologia de IA com o impacto devastador dos ataques DDoS criou um campo de batalha na segurança cibernética. As organizações devem compreender a anatomia desses ataques, o papel da automação e da aprendizagem automática na defesa e a batalha contínua entre atacantes e defensores. Mantendo-se informadas, adotando medidas de segurança avançadas e promovendo a colaboração dentro da comunidade de segurança cibernética, as organizações podem aumentar a sua resiliência contra ataques DDoS alimentados por IA. Somente através de medidas proativas e de uma abordagem holística à segurança cibernética é possível mitigar eficazmente os riscos e proteger a sua infraestrutura digital neste cenário de ameaças em rápida evolução. A integração das tecnologias de IA e ML na proteção contra DDoS e na segurança cibernética desempenha um papel crucial nos aspectos ofensivos e defensivos dos ataques DDoS alimentados por IA. Os invasores utilizam algoritmos de IA para identificar vulnerabilidades e lançar ataques sofisticados, enquanto as organizações empregam automação, machine learning e defesas baseadas em IA para detectar, classificar e mitigar esses ataques. A batalha entre atacantes e defensores no domínio IA-DDoS enfatiza a necessidade de investigação contínua, colaboração e adoção de medidas de segurança avançadas para garantir a proteção da infraestrutura e dos dados digitais.

REFERÊNCIAS [1] O que é um ataque DDoS alimentado por IA? https://blog.nexusguard.com/what-is-an-ai-powered-ddos-attack


WIRELESS

36 – RTI – FEV 2024

Rádio Mobile como ferramenta de predição de nível de sinal Vinicius dos Santos, Gestor de Projetos Sênior da Algar Tech, e Luís Guilherme da Silva Costa, professor e doutor

O

O trabalho avalia o uso do Rádio Mobile como ferramenta computacional para predição do nível de sinal de radiofrequência recebido por clientes de provedores de acesso à Internet. Foram comparados resultados fornecidos pelo equipamento com valores medidos em campo de um estudo de caso em Juiz de Fora, MG.

acesso à rede mundial de computadores pode ser oferecido por diferentes soluções, tais como satélite, rádio, par metálico ou fibra óptica. Com o avanço da tecnologia e dos serviços de telecomunicações, os enlaces de rádio se mostraram viáveis devido à necessidade de soluções do tipo ponto a ponto e ponto-multiponto [1]. Atualmente, com o crescente aumento de tráfego, faz-se necessário um melhor planejamento da qualidade na cobertura de radiofrequência. Ferramentas computacionais para predição da área de cobertura podem detectar deficiências que só seriam encontradas após a instalação da estação rádiobase. A predição é uma prática muito adotada pelas operadoras de telecomunicações, que utilizam softwares como o PRaFIn (Preditor de Radiofrequência, do Inatel) e o Rádio Mobile (desenvolvido em 1988 por Roger Coudé, engenheiro de telecomunicações, com o intuito de prever as condições de propagação nas faixas de frequência de 20 MHz até 20 GHz). Utilizando o modelo de predição, as aplicações simulam uma área de cobertura no ambiente de interesse. Em seguida, a atenuação da intensidade do sinal recebido é estimada, de acordo com o modelo adotado, para calcular a potência de recepção em cada receptor. Portanto, é

possível prever o nível de sinal de determinadas áreas e regiões de sombra. Diferentes modelos de propagação de ondas eletromagnéticas foram propostos para a previsão dos sinais de rádio e televisão em vários locais e ambientes, como é o caso do norte-americano Longley-Rice [2]. Alguns pontos requerem maior atenção na predição, como a topografia do terreno, frequência de operação a ser investigada, condições climáticas e altitude, pois variam conforme a localidade, caracterizando assim um fator de atenuação diferenciado. Neste artigo, o software Rádio Mobile é utilizado como ferramenta computacional de predição para estimar a potência de recepção de um conjunto de clientes atendidos por um provedor de Internet em Juiz de Fora, MG.

Modelos de propagação A transmissão de rádio em um sistema de comunicação pode ocorrer em um terreno irregular. Para isso, o perfil do terreno deve ser analisado para a estimativa do cálculo de atenuação da potência recebida entre dois rádios. O tipo da área pode variar de Terra curva (devido à análise de propagação de ondas de rádio na atmosfera, considera-se que o feixe não possui curvatura, sendo representado em linha reta e a curvatura da Terra diminuída)


37 – RTI – FEV 2024

Tab. I – Valores estimados para a irregularidade do terreno. Fonte: [6] Tipo de terreno Água Planície Serras Montanhas Picos e cordilheiras

Fig. 1 – Geometria do enlace no modelo Longley-Rice. Fonte: Parsons (2000)

até um perfil montanhoso. Diversos fatores também devem ser considerados, como a presença de árvores, prédios e obstáculos na linha de visada. Entre os modelos de propagação disponíveis para prever a perda de

vertical e horizontal. O modelo leva em consideração condições de relevo, clima e curvatura do solo. A perda de transmissão é tratada utilizando o perfil do terreno e a refratividade da troposfera. O modelo de

Fig. 2 – Geoposicionamento dos clientes e área de cobertura. Fonte: Google Earth (2015)

percurso em um terreno irregular, podemos citar Longley-Rice, Okumura e Hata. Todos têm por objetivo prever a potência de recepção na entrada do receptor e variam bastante quanto à técnica utilizada, complexidade e precisão, além de serem classificados como determinísticos ou empíricos. Longley-Rice Baseado em resultados obtidos a partir de experimentos [3] e conhecido como modelo de terreno irregular ITS – Irregular Terrain Model, o Longley- Rice foi desenvolvido na década de 1960 e tem sido refinado ao longo dos anos. A metodologia é baseada em dados coletados na faixa de frequência entre 40 MHz a 100 GHz das antenas nas polarizações

terreno. Quando os parâmetros inerentes do caminho são facilmente determinados, a previsão é denominada ponto a ponto, ou seja, ambos os terminais se encontram em locais específicos conhecidos. Nesse caso, o problema é basicamente estimar a potência de recepção. Caso o perfil do terreno não esteja disponível, o método

Fig. 3 – Nível de potência recebida nos clientes gerado pelo Rádio Mobile. Fonte: Rádio Mobile

reflexão no solo com dois raios é aplicado para prever a potência de recepção dentro da linha de visada do rádio, que é a linha com radiovisibilidade para um transmissor ou receptor, levando em consideração a curvatura terrestre e a refração atmosférica. O Longley-Rice trabalha com dois modos diferentes a partir do perfil do

de Longley-Rice apresenta técnicas para estimar os parâmetros específicos, previsão denominada modo de área. O sinal recebido pela estação resulta do sinal transmitido somado às atenuações do espaço livre AEL (dB) e de referência Wref. A atenuação do espaço livre é dada por:

Tab. II – Refratividade da superfície em relação ao clima. Fonte: [6] Clima Deserto Continental temperado Continental subtropical Marítimo temperado Marítimo temperado sobre o mar Equatorial Marítimo subtropical

Δ h (d) 0 a 50 30 80 a 150 150 a 300 300 a 700

Refratividade da superfície (N – unidades) 280 301 320 320 350 360 370

AEL = 20 logƒ + 20 logd + 92,4 (1) em que d é a distância entre as estações em km, e ƒ é a frequência em GHz. A atenuação de referência W ref é composta de três parâmetros aleatórios: o efeito do tempo devido às mudanças das condições atmosféricas (Y T );


WIRELESS

38 – RTI – FEV 2024

Tab. III – Permissividade e condutividade de referência do solo. Fonte: [6] Tipo de solo

Permissividade relativa (F/m) ( ε r )

Condutividade relativa (S/m) ((α α)

Pobre

4

0,001

Médio

15

0,005

Bom

25

0,020

Úmido (água doce)

81

0,010

Úmido (água mar)

81

5

variações no espaço em virtude de alterações do terreno (YS); e o efeito de localização (YL), que muda de acordo com a posição do receptor, tais como ocultação e obstrução dos terminais e a hora do dia, ou seja, aparecimento de obstáculos que possam obstruir totalmente ou parcial o receptor, atenuando a recepção. Posteriormente, o modelo desenvolvido por Longley-Rice determina a distância entre as estações nas quais ocorrem três regiões de atenuação ao longo da linha de visada do sinal do rádio: visada (ALOS), difração (Adif ) e espalhamento (Aes ). A atenuação ALOS é calculada como uma função direta da distância entre o transmissor e o receptor. A região de difração é onde ocorre o aumento rápido e linear da atenuação Adif, ou seja, é a mudança na velocidade de propagação da

onda ao passar pelos diferentes meios. Já na região de dispersão (ou espalhamento), o fenômeno de atenuação Aes é mais lento, visto que o valor da velocidade de propagação das ondas nesse meio depende da frequência e do comprimento de onda. A atenuação de referência Wref em dB é dada por:

Wref = AEL + ALOS + (YL + YS + YT), para d <d lb Wref = AEL + Adif + (YL + YS + YT), para dlb ≤ d ≤ dlm

(3)

Wref = AEL + Aes + (YL + YS + YT), para dlm < d (4) em que: • d: é a distância entre transmissor e receptor; • dlb: é a linha de visada de rádio da antena transmissora; • dlm: é a linha de visada de rádio da antena receptora;

Tab. IV – Especificações do rádio dos clientes com o refletor. Fonte: Ubiquiti Networks (2015) AG - HP – 5G23 e AG - HP – 5G27 10/100 Ethernet Port Outros países: 5170 – 5875 MHz EUA: 5725 – 5850 MHz Ganho da antena 23 dBi no 5G23 e 27 dBi no 5G27 Potência de saída transmissor 25 dBm Máximo consumo de potência do equipamento 3W Consumo 24 V, 0,5 A Temperatura de operação -30ºC a 75ºC Umidade de operação 5% – 95% condensação Interface de rede Frequência

(2)


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em que N0 é a refratividade de Este modelo leva em consideração a Tab. V – Especificações técnicas da antena. irregularidade do terreno, caracterizada referência ao nível do mar. Fonte: Ubiquiti Networks (2015) pelo parâmetro Δh (d), pois a onda se O parâmetro N0 é calculado AM-5G17-90 propaga por diferentes caminhos considerando a elevação da Frequência 4,90 – 5,85 GHz devido a refração, reflexão e difração. superfície envolvida Z S e a Ganho 16,1 – 17,1 dBi Embora a variância relacionada com a elevação de referência da HPOL abertura angular 72º (6 dB) VPOL abertura angular 93º (6 dB) localização da estação dependa da superfície refrativa (Z I = 9,46 Polarização Dupla irregularidade do terreno Δh em km). Os dados de Isolação polarização cruzada 22 dB/min função da sua posição d, alguns refratividade podem ser valores são tabelados para este cálculo cálculo da propagação das ondas resumidos em função do clima local conforme mostrado na tabela I. eletromagnéticas, pois é utilizado para conforme a tabela II. A refratividade (NS) é obtida pela análise prever a longo prazo o valor médio da A curvatura efetiva da Terra é obtida por: das condições da atmosfera e medida em N atenuação de referência, e é dada por: unidades, além de sofrer influência da (6) temperatura, pressão atmosférica e umidade (5) relativa do ar. Estes atributos desempenham em que (γe ) é a curvatura efetiva da importância significativa na Terra e γa é o fator de raio determinação da resistência do ar, que efetivo. Por definição, temos os Tab. VI – Especificações técnicas do Rocket M5. neste caso é a restrição ao movimento seguintes valores para o fator Fonte: Ubiquiti Networks (2015) de propagação das ondas de rádio e na do raio da curvatura efetiva da ROCKET M5 determinação do desvanecimento de Terra (γa ) e refratividade de Máxima potência de consumo 8W referência (NI): sinais troposféricos. Consumo 24 V, 1 A Próximo à superfície terrestre, o Temperatura de operação -30ºC a 70ºC N1 = 179,3 N - unidades índice de refração da atmosfera é o Umidade de operação 3% – 95% γa = 157 N - unidades/km parâmetro mais importante para o Interface de rede 1/100 Mbit/s


WIRELESS

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Tab. VII – Comparativo entre software e prática. Fonte: Autor Clientes

(Login)

Potência de recepção

Potência de recepção

medida (dBm)

simulada pelo

Desvio (dB)

Software e aplicativo Para fazer a simulação foram utilizados o software Rádio Mobile e o aplicativo Google Earth. O primeiro é um software desenvolvido para cálculos de campo em sistemas móveis, aplicando o modelo de predição de Longley-Rice. Possui interfaces gráficas que permitem ao usuário do programa iniciar a predição do nível de sinal e da área de cobertura a partir do modelo de Longley-Rice. Já o segundo é um aplicativo gratuito que permite visualizar todo o planeta através de imagens obtidas via satélite. Com ele é possível fazer o geoposicionamento de clientes e da estação repetidora, para estimar a potência de recepção dentro da área de cobertura.

Rádio Mobile (dBm) jsergio

-62

-56

6

jpo

-63

-56

7

matheus8

-60

-56

4

tauejf

-61

-56

5

terezaos

-60

-63

3

anamota

-60

-56

4

limiro

-69

-63

6 3

aol

-60

-63

osnir

-64

-56

8

marciano

-61

-63

2

juliocez

-63

-70

7

angela69

-63

-56

7

renata78

-61

-56

5

adailton

-61

-56

5

dxjcsp

-56

-49

7

sara84

-61

-49

12

jmartins

-64

-49

15

donisete

-61

-56

5

hamilto2

-61

-63

2

helderas

-61

-56

5

A impedância da superfície de transferência (Z g ), é a oposição da propagação das ondas eletromagnéticas, ou seja, a resistência que a superfície faz em relação a propagação das ondas deve ser levada em consideração pois interfere na atenuação das ondas, e é caracterizada por: - para polarização horizontal. (7) - para polarização vertical. (8) A permissividade do meio é dada por: (9) Em que: • σ: é condutividade disposta na tabela III; • εr: é a permissividade relativa de referência; • Z0= 376,62 Ω; • K: é a frequência de operação 2Πωf; A permissividade e condutividade são mostradas na tabela III.

em que: • r: nível de sinal; • mr: valor médio do sinal; • σ: desvio padrão;

Especificações técnicas dos equipamentos

Distribuição Rice Um ambiente de propagação pode ser modelado através de distribuições estatísticas. A distribuição Rice descreve a envoltória do sinal recebido resultante de uma propagação com múltiplos percursos e um componente estacionário e dominante. A técnica é tipicamente utilizada para modelar ambientes de propagação urbanos e suburbanos. Caso ocorra obstruções parciais do sinal dominante, ele prevalece. Portanto, em quedas na potência de recepção e reflexões em superfícies lisas, como a de um prédio, irá prevalecer o sinal dominante estacionário [4]. O modelo de Longley-Rice utiliza o estudo estatístico de Rice, em que o Teorema do Limite Central pode ser utilizado para compreender o comportamento da função densidade de probabilidade para um sinal dominante estacionário. A função densidade de probabilidade P(r) é obtida por: (10)

Mostraremos a seguir as especificações técnicas dos equipamentos utilizados nas estações repetidoras e nos clientes. Nos clientes, estão instalados o rádio AirGrid AG-HP-5G23 ou AirGrid AG-HP5G27, ambos utilizando antena de elemento refletor vazado (tabela IV). A tabela V mostra as especificações técnicas da antena na estação repetidora. Já as informações técnicas do rádio Rocket M5 utilizado na estação repetidora são mostradas na tabela VI. Cobertura do ponto de acesso O ponto de acesso estudado foi criado para cobrir a região dos bairros Ipiranga, Ipiranguinha, Jardim de Alá e Santa Luzia na cidade de Juiz de Fora. OrádioRocketM5eaantenaAM-5G17-90 possuem uma largura de feixe de 90º e trabalham nas duas polarizações (vertical e horizontal). No estudo em questão, a empresa padronizou a operação do ponto de acesso na polarização vertical, que apresenta uma perda de propagação no espaço livre menor que a polarização horizontal. A figura 1 mostra a cobertura do ponto de acesso, lembrando que a área de cobertura não é somente a delimitada na figura 1, ela segue além, visto que o feixe de abertura da antena é 90º.



WIRELESS

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Fig. 4 – Comportamento do desvio. Fonte: Autor

Geoposicionamento dos clientes O geoposicionamento dos clientes foi realizado com o auxílio do aplicativo de GPS AndroidMapFactor, solução gratuita que não precisa de conexão com a Internet e pode ser instalada em versões Android 2.3 ou superiores. O produto foi instalado em um celular e as coordenadas geográficas para plotagem no Google Earth obtidas em cada usuário.

Potência de recepção estimada pelo Rádio Mobile Paraobterapotênciaderecepçãonos equipamentos dos clientes, o Rádio Mobile foi configurado manualmente no modo área, a base topográfica, o geoposicionamento da estaçãorepetidoraeasespecificaçõestécnicas

do ponto de acesso (antena e rádio) foram inseridos no software. O arquivo gerado foi exportado para o Google Earth, onde a geoposição dos clientes está plotada.

Potência de recepção medida em campo O nível de sinal recebido em cada usuário foi obtido através do relatório fornecido pelo ponto de acesso. A potência recebida em cada cliente está indicada na tabela VII.

Análise dos resultados Considerando que o desvio máximo aceitável para o nível de sinal recebido pelo receptor em relação à predição é de 8 dB [5], um comparativo entre os resultados obtidos

Fig. 5 - Comparativo entre software e prática. Fonte: Autor

utilizando o Rádio Mobile e os coletados em campo é aqui analisado. A figura 2 ilustra a distribuição geográfica do nível de potência recebido na área de cobertura. A potência de recepção foi medida durante um período de sete dias (7 a 14 de abril de 2016), em três horários diferentes: manhã (11h), tarde (16h) e noite (19h). O valor médio das medidas da potência recebida foi subtraído da potência de recepção estimada pelo Rádio Mobile, obtendo assim o valor de desvio. Os valores de potência recebida medida, potência recebida estimada e desvio estão indicados na tabela VIII. Com base nos resultados, dois clientes (sara84 e jmartins) apresentaram desvio superior ao desvio máximo aceitável (8dB). Com o objetivo de identificar as possíveis


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causas da grande diferença entre os valores de potência recebida e estimada, foram realizadas diligências às estações dos usuários. Durante a visita a cliente sara84 foi constatado que a visada estava parcialmente obstruída devido ao crescimento de uma árvore próximo a antena, atrapalhando assim o nível de sinal recebido. Na visita ao cliente jmartins, foi constatado que existe uma antena de outro provedor de Internet instalada muito próxima a do cliente, gerando interferência. O nível de sinal dos clientes na maioria dos casos piora no turno da tarde em relação ao da manhã, e no turno da noite em relação aos demais turnos observados, porém essa variação é desprezível. Dos 20 clientes analisados, apenas dois (10%) não receberam o nível de sinal devido, com um desvio superior a 8 dB. Portanto, neste estudo, a ferramenta computacional analisada apresentou eficácia de 90% dos casos. O desvio não possui um padrão, comportando-se aleatoriamente. Portanto este erro não pode ser controlado e não afeta todos os clientes igualmente. Na figura 3, é possível notar que na maioria dos casos o sinal encontrado na prática é pior do que o previsto pelo Rádio Mobile, porém este comportamento não segue um padrão.

Conclusão O artigo avaliou o uso do Rádio Mobile como ferramenta computacional de predição do nível de sinal recebido por clientes de provedores de Internet. Foi realizada uma comparação entre os resultados obtidos de potência recebida em ambiente de campo e os coletados através do software Rádio Mobile que emprega o modelo de propagação de Longley-Rice. O Rádio Mobile mostrou-se adequado para predição de nível de sinal no ambiente urbano estudado, apresentando para a maioria dos casos um desvio inferior ao máximo aceitável. Apenas 10% dos casos analisados apresentam erros de predição maior do que 8 dB. Segue como sugestões de trabalhos futuros outra análise do ponto de acesso após terem sido resolvidos os problemas que interferiam no sinal dos clientes, para verificar se o desvio se encontra dentro do esperado. Pode ser feita também uma análise em um ponto de acesso com uma quantidade maior de clientes ou comparar as medidas em pontos de acesso diferentes, e verificar se a eficácia da ferramenta se mantém.

REFERÊNCIAS [1] Sanches, M. Projetos de Sistemas de Rádio. Editora Érica, 2002. [2] Vishwantah, P.D. Radio Frequency Channel Modeling for Proximity Networks on the Martian Londres. Prentice Hall, 2004. [3] Rappaport, T.S. Comunicações sem Fio. São Paulo, 2008. [4] Espiñeira, F. Modeling the Wireless Propagation Channel. Ed. John Wiley Sons, 2003. [5] Lee, W.Y.C. Mobile Cellular Telecomunications Systems. McGraw Hill, 1989. [6] Hufford, G. A Guide to the Use of the ITS Irregular Terrain Model in the Area Prediction Mode. Washington: NTIA, 1982.


SERVIÇO

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Guia de provedores de links de Internet A relação traz informações atualizadas dos provedores de links de Internet e detalhes sobre as regiões atendidas no Brasil e os serviços prestados, além da localização do PTT, CDNs e peering internacional, facilitando o contato de quem precisa contratar essas empresas. Região atendida

Está em qual PTT

Serviço

Telefone

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(11) 96179-1701 n

tetsuo@advnetit.com.br

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0800 004 0344

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Telium Networks Tely

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Norte Nordeste Centro-Oeste Sul Sudeste Grande SP Interior Todas São Paulo Rio de Janeiro Fortaleza Porto Alegre Campinas/SP Outras localidades Fibra apagada Transporte/clear channel/L2L Link IP/trânsito IP MPLS SD-WAN Colocation/Nuvem Conexão à nuvem pública Anti DdoS Firewall CDN própria Google Akamai Netflix Facebook Globo Microsoft GoCache Outras América Latina EUA Europa África Ásia

São Paulo

Peering/CDN

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Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 265 empresas pesquisadas. elecom e Instalações Fonte: Revista Redes, TTelecom Instalações, fevereiro de 2024. Este e muitos outros Guias de RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.



INFRAESTRUTURA

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Eficiência energética em data centers Alessandro Cardoso de Moura, Coordenador de Obras de Data Center na Engemon Engenharia & Construção

O

A crescente demanda por processamento e armazenamento de dados e a necessidade de reduzir o impacto ambiental aumentaram a relevância da eficiência energética em data centers. O artigo apresenta estratégias, tecnologias e melhores práticas para reduzir o consumo e os custos operacionais nessas instalações, com exemplos reais de soluções já adotadas atualmente.

s data centers são componentes fundamentais da infraestrutura de tecnologia da informação que suportam uma ampla variedade de serviços e aplicativos na sociedade digital. Eles armazenam, processam e distribuem grandes volumes de dados, desempenhando um papel crucial na economia global. No entanto, esse aumento na demanda por serviços digitais também resulta em um consumo significativo de energia elétrica, o que levanta preocupações sobre a sustentabilidade ambiental e os custos operacionais. A eficiência energética tornou-se uma questão crítica para os data centers, que precisam equilibrar a necessidade de processamento de dados com a responsabilidade ambiental. A demanda por processamento e armazenamento de dados tem crescido de maneira exponencial ano após ano, gerando preocupações sobre o assunto.

Importância da eficiência energética Mostrarei aqui a importância de otimizar o consumo de energia e os argumentos econômicos e ambientais para justificar o investimento em eficiência energética. Econômica Um dos principais argumentos econômicos para a eficiência

energética em data centers é a redução significativa dos custos operacionais. Foi estimado que o consumo elétrico dos data centers em 2022 foi de 340 TWh, ou seja, 1,3% da demanda global por energia elétrica, excluindo o gasto utilizado por criptomoedas, de 110 TWh no mesmo ano. A otimização energética frequentemente envolve o uso mais eficiente de recursos, como servidores, sistemas de resfriamento e espaço físico. Isso significa que os data centers podem fazer mais com menos, economizando dinheiro em equipamentos e infraestrutura. Estimase que esses hardwares representem aproximadamente 35% de todo o Capex inicial em um grande projeto de data center. Outro ponto relevante são os requisitos regulatórios e incentivos fiscais. Muitas jurisdições têm regulamentações que incentivam a eficiência energética e a redução das emissões de carbono. Cumprir essas regulamentações pode evitar multas e garantir o acesso a incentivos fiscais e subsídios. A melhoria da reputação da empresa também deve ser levada em consideração. Empresas que demonstram um compromisso com a eficiência energética frequentemente atraem clientes e investidores conscientes do meio ambiente.



INFRAESTRUTURA

48 – RTI

adequadamente. Isso pode resultar em falhas de equipamento e tempo de inatividade não planejado. Para mitigar esse desafio, os data centers empregam sistemas de resfriamento eficiente, como a refrigeração por corredor frio/quente e técnicas de gestão térmica avançadas. • Uso de equipamentos obsoletos: são menos eficientes em termos de energia. A atualização de hardware é frequentemente cara e requer novos investimentos. No entanto, manter equipamentos antigos pode levar a um aumento no consumo de energia e à perda de eficiência. Portanto, encontrar maneiras de equilibrar a necessidade de atualização com as restrições orçamentárias é um desafio importante. • Escalabilidade: à medida que a Fig. 1 – Imagem extraída da tela de apresentação de um demanda por software DCIM, demonstrando a condição atual, em tempo serviços digitais real, de cada um dos racks de TI [3] aumenta, os O setor também busca conseguir data centers precisam ser escaláveis para responder às expectativas dos acomodar essa expansão. No entanto, a consumidores, que estão cada vez mais escalabilidade mal gerenciada pode levar a um aumento desproporcional no conscientes do impacto ambiental das consumo de energia. Manter a eficiência empresas e de suas operações. Empresas energética durante o processo de que adotam práticas sustentáveis, expansão exige planejamento cuidadoso, incluindo a eficiência energética em data incluindo a seleção de tecnologias e centers, atendem às expectativas dos estratégias de projeto que suportem o consumidores, fortalecendo a lealdade à crescimento sem prejudicar a eficiência. marca. Esse item pode ser visto também Fatalmente é difícil para as empresas com como um marketing positivo importante. grandes data centers prever com exatidão Desafios na eficiência o próximo passo quanto às expansões energética futuras, mas ainda assim é necessário dedicar tempo e inteligência de mercado Existem desafios específicos que os para que a atividade seja a mais eficiente data centers enfrentam em relação à possível. eficiência energética. Podemos destacar • Gerenciamento de carga variável: data como alguns dos principais: centers frequentemente enfrentam • Dissipação de calor: um dos maiores flutuações na demanda de carga de desafios em data centers devido à alta trabalho. Nos períodos de pico, mais densidade de equipamentos eletrônicos. servidores são ativados para atender à À medida que os servidores e outros demanda. Em momentos de menor dispositivos operam, eles geram calor, o atividade, alguns servidores podem ser que pode levar a problemas de desligados. O gerenciamento eficiente superaquecimento se não for gerenciado dessa carga variável é um desafio, pois Ambiental Muito tem se falado sobre a redução de emissões de carbono. Os data centers consomem uma quantidade significativa de eletricidade, grande parte gerada a partir de combustíveis fósseis. A otimização da eficiência energética reduz o consumo de eletricidade, diminuindo as emissões de carbono associadas à geração de energia. A eficiência energética em data centers contribui para a conservação de recursos naturais, como carvão, gás natural e água, usados na geração de energia elétrica.


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requer sistemas de gerenciamento de energia inteligentes e a capacidade de ajustar rapidamente a infraestrutura para evitar o desperdício de energia. Uma metodologia muito utilizada entre os grandes players de Fig. 2 – Aumento anual da demanda por processamento mercado na de dados [4] tentativa de aumentar a capacidade de gestão dos ativos energia, a necessidade de resfriamento e e auxiliar na tomada rápida de decisão é o o espaço físico necessário. Além disso, a DCIM - Data Center Infrastructure virtualização permite o balanceamento Management, software dedicado a de carga e a consolidação de servidores, monitorar e apontar alterações em toda a tornando o uso de energia mais eficiente. infraestrutura do data center (figura 1). • Complexidade da infraestrutura: Resfriamento eficiente garantir a visibilidade completa do uso É crucial para manter a temperatura de energia em todo o data center e ideal em data centers sem desperdiçar implementar sistemas de gerenciamento energia. Algumas estratégias para de energia eficazes é uma tarefa melhorar o resfriamento incluem: complexa, mas essencial. • Corredor quente/corredor frio: Para enfrentar esses desafios, os data consiste em organizar o layout do data centers buscam constantemente soluções center de modo que o ar frio seja inovadoras, como a virtualização, a direcionado para os corredores frios entre os racks de servidores, enquanto o automação, o uso de tecnologias mais ar quente é retirado dos corredores eficientes em termos de energia e a quentes. A técnica evita a mistura de ar adoção de práticas de gerenciamento de quente e frio, tornando o resfriamento energia mais inteligentes. A eficiência mais eficiente (figura 3). energética é fundamental para garantir • Free cooling: aproveita a temperatura que os data centers operem de maneira sustentável e econômica, ao mesmo ambiente mais baixa em determinadas tempo em que atendem às crescentes épocas do ano para resfriar o data center demandas por processamento de dados sem a necessidade de sistemas de (figura 2). resfriamento mecânico. • Resfriamento inteligente: sistemas de Estratégias para melhorar gerenciamento de resfriamento ajustam a eficiência energética dinamicamente a temperatura e a velocidade dos ventiladores com base Virtualização nas condições operacionais do data É uma estratégia fundamental para center. Isso evita o resfriamento melhorar a eficiência energética em data excessivo de pontos específicos do data centers. Envolve a criação de máquinas center. virtuais (VMs) em servidores físicos, permitindo que vários sistemas Uso de fontes de energia operacionais e aplicativos compartilhem renovável o mesmo hardware. Isso reduz a Integrar fontes de energia renovável, quantidade de servidores físicos, o que, como energia solar ou eólica, é uma por sua vez, reduz o consumo de estratégia cada vez mais adotada para


INFRAESTRUTURA

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• Computação quântica: tem o potencial de revolucionar a eficiência energética em data centers, especialmente em tarefas que envolvem cálculos intensivos. Os computadores quânticos podem realizar certas operações computacionais de forma muito mais eficiente do que os computadores tradicionais, o que pode reduzir drasticamente a quantidade de energia necessária para tarefas complexas, como simulações, criptografia e Fig. 3 – Cor vermelha representa o ar quente otimização (figura 4). expelido pelos equipamentos de TI, enquanto o • Inteligência Artificial (IA) e azul demonstra o ar frio proveniente do arConsolidar e modernizar machine learning: podem condicionado [2] equipamentos aprimorar a eficiência operacional Manter um inventário atualizado e dos data centers. Os algoritmos analisam A implementação dessas estratégias efetuar a substituição de equipamentos pode resultar em melhorias significativas grandes volumes de dados em tempo real para otimizar o gerenciamento de obsoletos por hardware mais eficiente na eficiência energética de um data center, energia, identificar padrões de uso e em termos de energia é crucial. reduzindo custos operacionais e prever falhas em equipamentos. Isso Equipamentos mais recentes geralmente impactos ambientais. É importante que permite um controle mais preciso do possuem recursos de economia de as organizações avaliem continuamente e consumo de energia e melhor energia, como processadores de baixo ajustem suas práticas para acompanhar as aproveitamento dos recursos. consumo, fontes de alimentação mudanças tecnológicas e as demandas • Hardware mais eficiente em termos de eficientes e melhores recursos de crescentes. energia: processadores, unidades de gerenciamento de energia. A evolução processamento gráfico (GPUs), unidades Tecnologias emergentes tecnológica advinda dos massivos de processamento de tensor (TPUs) e investimentos em P&D tem trazido para outros componentes de hardware As novas tecnologias estão moldando o segmento inúmeras atualizações projetados para consumir menos energia o futuro da eficiência energética em data importantes para o funcionamento do enquanto mantêm o desempenho. centers, como computação quântica, sistema, como veremos a seguir. • Armazenamento energético avançado: inteligência artificial e hardware mais essencial para manter a confiabilidade dos Monitoramento e gerenciamento eficiente em termos de energia. Elas data centers. Tecnologias emergentes, de energia oferecem oportunidades inovadoras Implementar sistemas de para otimizar o consumo de energia, como baterias de estado sólido e monitoramento de energia e melhorar o gerenciamento de recursos e sistemas de armazenamento térmico, gerenciamento de energia é essencial para tornar os data centers mais sustentáveis. estão sendo desenvolvidas para fornecer entender e otimizar o consumo de Seguem algumas das tecnologias opções de armazenamento de energia energia em um data center. Isso permite emergentes que estão impactando a mais eficientes e sustentáveis, reduzindo as a identificação de áreas de alto consumo e eficiência energética em data centers: perdas e aumentando a disponibilidade. a tomada de medidas corretivas. reduzir a pegada de carbono de data centers. Isso pode ser feito de várias maneiras: • Instalação de painéis solares no telhado ou nas instalações próximas para gerar eletricidade limpa ao data center. • Turbinas eólicas podem ser instaladas para gerar energia renovável. • Compra de créditos de energia renovável em áreas onde a geração de energia renovável local não é prática para compensar o consumo de eletricidade.

Estratégias de desligamento Desligar servidores ou componentes que não estão em uso ou em baixa demanda pode ser feito por meio de políticas de gerenciamento de energia ou automação. Treinamento e conscientização Envolver a equipe operacional em programas de treinamento e conscientização sobre eficiência energética pode levar a práticas mais responsáveis no uso de recursos e equipamentos.

Fig. 4 – Superprocessador para uso em um computador quântico. Fonte: bit.ly/3Unm5LK


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Fig. 5 – Data center do Google em Hamina, Finlândia. Fonte: bit.ly/3HGWC8u

• Gerenciamento de consumo de energia em nível de rack: permite a alocação precisa de energia para cada servidor ou rack com base nas necessidades reais de processamento, reduzindo o desperdício de energia em áreas ociosas. • Fontes de energia distribuída: o uso de células de combustível, cogeração e sistemas de energia solar e eólica em data centers está se tornando uma realidade. Isso permite que os data centers gerem parte ou toda a sua energia de forma limpa e independente, reduzindo a dependência de fontes de energia tradicionais e a pegada de carbono. • Refrigeração líquida de alta eficiência: pode proporcionar resfriamento mais eficaz, reduzindo a quantidade de energia necessária para manter os servidores em temperaturas ideais.

As tecnologias emergentes estão contribuindo para a evolução dos data centers em direção a operações mais eficientes e sustentáveis. À medida que essas inovações se tornam mais acessíveis e maduras, é esperado que a eficiência energética em data centers melhore significativamente, ajudando a atender às crescentes demandas por processamento de dados e reduzindo o impacto ambiental.

Estudos de caso Seguem alguns estudos de caso de data centers que implementaram com sucesso estratégias de eficiência energética. Google Data Center em Hamina, Finlândia O Google construiu um data center altamente eficiente em Hamina, Finlândia

(figura 5), aproveitando o ambiente natural para melhorar a eficiência energética. Entre as estratégias implementadas estão: • Resfriamento com água do mar: o data center utiliza água do mar do Golfo da Finlândia para resfriamento, eliminando a necessidade de sistemas de resfriamento tradicionais e economizando energia. • Reciclagem de calor: o calor gerado pelos servidores é capturado e utilizado para aquecer edifícios locais, contribuindo para a comunidade circundante. O data center alcançou um PUE - Power Usage Effectiveness de 1,1, o que significa que a maior parte da energia consumida é usada para processamento de dados, tornando-o altamente eficiente. A parceria com a comunidade local para aproveitar o calor excedente demonstrou o potencial de benefícios econômicos e ambientais adicionais. Facebook Prineville Data Center, Oregon, EUA O Facebook projetou seu data center em Prineville (figura 6) para otimizar a eficiência energética. Algumas das estratégias implementadas incluem: • Uso de ar externo para resfriamento: o data center utiliza ar externo para resfriamento em grande parte do ano,


INFRAESTRUTURA

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lições aprendidas incluem a importância da adaptação às condições locais e colaboração com parceiros externos para maximizar a eficiência energética e a sustentabilidade.

Conclusão

Fig. 6 – Data center do Facebook em Prineville, EUA. Fonte: bit.ly/3w1dq7A

minimizando o uso de sistemas de resfriamento mecânico. • Gestão de energia em tempo real: a implementação de sistemas de monitoramento avançados permite ao Facebook ajustar dinamicamente o uso de energia com base na demanda em tempo real. O data center atingiu um PUE de cerca de 1,07, tornando-o extremamente eficiente em termos de energia. A capacidade de adaptação em tempo real com base nas condições ambientais e de carga de trabalho demonstrou ser uma estratégia eficaz para economizar energia. Microsoft Data Center em Dublin, Irlanda O data center da Microsoft em Dublin (figura 7) implementou várias estratégias de eficiência energética, incluindo:

• Resfriamento por ar externo: a Irlanda tem um clima ameno, e o data center aproveita o resfriamento natural usando ar externo durante a maior parte do ano. • Utilização de energia eólica: a Microsoft fez parceria com fornecedores de energia eólica para garantir uma fonte sustentável de eletricidade para o data center. O data center alcançou um PUE de 1,25. A combinação de resfriamento natural e energia eólica mostrou o potencial de usar fontes renováveis e climas favoráveis para reduzir o consumo de energia. Os estudos de caso destacam que a eficiência energética em data centers pode ser alcançada por meio de uma combinação de estratégias inteligentes, incluindo o aproveitamento de recursos naturais, a gestão avançada de energia e a parceria com a comunidade local. As

Fig. 7 – Data center da Microsoft em Dublin, Irlanda. Fonte: bit.ly/49gEkqs

Com a expansão dos sistemas digitais e a demanda por dados que cresce a cada dia de forma exponencial, é imprescindível um cuidado especial com a eficiência energética. Diante de todas as possibilidades, desafios, inovações e casos apresentados neste artigo, fica nítida a infinidade de possibilidades à disposição para combater o desperdício de energia e minimizar os impactos causados pelos avanços tecnológicos, garantindo assim um futuro mais seguro para as próximas gerações.

REFERÊNCIAS [1] Data center and transmission networks. Iea.org, 2023. Disponível em: bit.ly/3UnL5m6. [2] Contenção do corredor quente ou do corredor frio? Qual a melhor técnica? Innotechno, 2023. Disponível em: bit.ly/3SkmtId. [3] XpedITe next Generation - DCIM Data Center Infrastructure Management 2022. Alternate 2022. Disponível em: bit.ly/49e7WVt. [4] Streaming Analytics Data Processing Options On Google Cloud Options. GSPANN 2020. Disponível em: bit.ly/3ujrGIn. [5] What is Quantum Computing. HP 2020. Disponível em: bit.ly/3UoWvpS. [6] Invest in Finland Case Study: Google. Trade and Investment Promotion, 2019. Disponível em: bit.ly/ 48U45ND. [7] Facebook Unveils Major Data Center Campus Expansion in Prineville. Data Center Frontier, 2019. Disponível em: bit.ly/3ONoBYj. [8] Microsoft datacenter batteries to support growth of renewables on the power grid. 2022. Disponível em: bit.ly/ 47WlBiP.

Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso no MBA em Infraestrutura de Ambientes Críticos, com Ênfase em Data Centers, ministrado pelo Instituto Brasil Pós.


SERVIÇO

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Guia de software para projeto, construção e operação de rede FTTH

Empresa

Telefone

Concept (11) 96325-8822 n Furukawa Electric/LatAm (41) 99629-0078 n GeoGrid (48) 3622-0702 n Gere Tecnologia (18) 99680-6929 n iBwave Solutions (11) 9305-48774 n IXC Soft (49) 3344-6001 n Lancore (79) 99935-8495 n MK Solutions (11) 3056-9161 Netcon (21) 99160 6768 n OZmap (48) 3364-4120 n SSIG (71) 99252-1304 n TSMX (84) 99117-8963 n Tomodat (42) 99994-8816 n

E-mail para atendimento ao cliente

suporte@optnet.com.br marketing@furukawalatam.com comercial@geogridmaps.com.br suporte@gerenet.com.br alcedir.goulart@ibwave.com contato@ixcsoft.com.br thiago@lancore.com.br sabrina.rodrigues@mksolutions.com.br sales@netconamericas.com contato@ozmap.com.br contato@giiromaps.com.br monique@tsmx.net.br suporte@tomodat.com

Versão web Treinamento online gratuito Banco Servidor local de dados Servidor na nuvem Mapeamento e projeto de fibra óptica Inventário e documentação de rede óptica Integração com Google Maps Visualização de rotas Áreas personalizadas Regras de acesso por usuário Tabela de conexões Visualização de conexões dentro das caixas Postes Cabos Reservas técnicas Caixas de emenda Conexões Fusões Terminais de atendimento Atendimento multicanal Provisionamento e gestão de equipamentos GPON Alertas automáticos Impressão do mapa Logs de acesso Logs de alteração Backups automáticos Análise de rompimento de fibra Cálculo de potência Mapa de calor Diagrama unifilar Integração com APIs de gestão Rastreabilidade do técnico Geolocalização do vendedor Dispositivo móvel Aplicação Backbone para Redes neutras

Responsável por 74% da base de banda larga fixa no país, a fibra óptica requer um cuidado especial nas etapas de projeto, documentação e gerenciamento das redes. Ferramentas de software podem ajudar nessa tarefa. Veja onde encontrar os fornecedores no guia a seguir.

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Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 42 empresas pesquisadas. elecom e Instalações Fonte: Revista Redes, TTelecom Instalações, fevereiro de 2024. Este e muitos outros Guias de RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.


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Paulo Marin

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lógica diferencial (voltaremos a isso mais tarde), com um limite de 20 km. O comprimento físico, chamado nesse padrão distância de fibra óptica máxima, também é limitado a 20 km. Portanto, o comprimento máximo do enlace óptico em uma rede PON é limitado a 20 km no padrão ITU-T 983.1. Lembrando que as velocidades nominais de transmissão correspondentes são as seguintes (downstream/upstream): • 155,52 Mbit/s / 155,52 Mbit/s. • 622,08 Mbit/s / 155,52 Mbit/s. • 622,08 Mbit/s / 622,08 Mbit/s.

distância diferencial máxima de 20 km, ou seja, não é restringida por parâmetros dependentes do meio físico, mas pela camada de que são os parâmetros convergência de transporte e outras alcance lógico (ou questões associadas à implementação. distância lógica) e alcance É importante salientar que, de acordo físico (ou comprimento com o próprio padrão, essa distância físico) em redes PON? lógica de 60 km é especificada como Qual a relação entre eles? uma previsão para suportar aplicações futuras não havendo, até o momento, Como é de conhecimento do leitor um padrão para rede PON com esse de Interface, nas últimas edições requisito de distância lógica. temos discutido os padrões para Na prática, esse limite de distância redes ópticas passivas (PON), lógica (60 km) é uma referência para o desenvolvidos pelo sincronismo entre o ITU-T e pelo OLT e cada ONU/ IEEE – Instituto de ONT e muito difícil de Engenheiros ser obtido na prática, a Eletricistas e menos que muitas Eletrônicos. Entre os exceções sejam vários parâmetros que consideradas, alguns discutimos, estão os serviços não sejam alcances lógico (ou implementados, a distância lógica) e razão de divisão seja físico (ou muito baixa, a comprimento físico) distância diferencial relacionados à esteja muito bem distribuição óptica em controlada, não haja redes PON. Esses muitas ONU/ONT alcances são na rede e a taxa de Fig. 1 – Representação da distância diferencial em uma especificados pelos transmissão seja baixa. distribuição de rede PON padrões ITU-T e De forma simples, causam certa confusão, especialmente • 1244,16 Mbit/s / 155,52 Mbit/s. a distância lógica máxima de 60 km, o assim denominado alcance lógico • 1244,16 Mbit/s / 622,08 Mbit/s. especificada pelo GPON, pode ser (logical reach). Vamos entender o que Os comprimentos de onda entendida como a distância máxima isso significa de fato. utilizados no padrão PON (ITU-T a ser gerenciada pelas camadas mais Por convenção, vou adotar os 983.1) devem estar entre 1480 a 1580 altas do sistema, como a MAC termos distância lógica e comprimento nm (downstream/upstream) e 1260 a (controle de acesso ao meio físico), físico ao longo deste artigo. 1360 nm (downstream/upstream). A a TC (convergência de transmissão) A primeira referência a uma distância tabela I mostra os parâmetros e o mecanismo de ranging. Este, lógica nos padrões ITU-T aparece no definido no padrão ITU-T G dependentes da camada física da ITU-T G 983.1:2005 – Broadband 984.3:2014 – Gigabit-Capable ODN para o padrão PON. Optical Access Systems Based on Passive Optical Networks (GPON): A seguir, vejamos como os Passive Optical Networks (padrão Transmission Convergence Layer padrões do ITU-T definem esses PON) e de uma forma, a meu ver, Specification (especificação da termos. A partir deste ponto, vou mais coerente, denominada distância camada de convergência de usar o padrão ITU-T 984.x (GPON) transmissão para GPON). como referência. O ranging é um mecanismo de A distância lógica é a distância Esta seção se propõe a analisar tópicos “medição” da distância lógica entre máxima que pode ser obtida para um de cabeamento estruturado, incluindo normas, produtos, aspectos de projeto um OLT e cada ONU/ONT determinado sistema de transmissão e execução. Os leitores podem enviar conectada a ele com o propósito de (ou aplicação), independentemente da suas dúvidas para Redação de RTI, temporizar precisamente os pulsos atenuação do meio físico, e é limitada a e-mail: inforti@arandanet.com.br. (bursts) de transmissão no sentido 60 km, porém associado a uma

O


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upstream de modo que trafeguem livres de colisão, assim como o overhead upstream, necessário para assegurar a detecção dos pulsos e distorção mínima. O ranging é executado durante a ativação das ONU/ONT e pode ser executado enquanto uma ou mais ONU/ONT estiverem ativas. Portanto, esse processo não é de medição da distância propriamente dita e sim do tempo de propagação dos bursts. Daí o termo distância lógica, ela não é medida, mas convertida em comprimento (metros) a partir do tempo decorrido (segundos). Além do mecanismo de ranging, há outros que afetam a determinação da distância lógica como o atraso de equalização, o método de encapsulamento, etc. O comprimento físico é o comprimento máximo de cabo de fibra óptica que pode ser instalado para um determinado sistema de transmissão ou aplicação. Portanto, tal comprimento é dependente das características do meio físico. Em termos práticos, trata-se do comprimento máximo do enlace óptico entre um OLT e uma ONU/ONT para uma dada aplicação. Em uma topologia de rede PON,umOLTéconectadoa diversas ONU/ONT. A distância diferencial é definida como o comprimento do enlace óptico entre a ONU/ONT mais próxima do OLT e o comprimento do enlaceópticoentreaONU/ONT mais distante do OLT. A figura 1 traz uma representação da distância diferencial em uma distribuição PON. Nela, a ONT 1 é a mais próxima do OLT e a ONT 4 a mais distante. Portanto: Distânciadiferencial = Comprimento2 –

Comprimento1


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Tab. I – Parâmetros dependentes da camada física da ODN para PON (G.983.1) Descrição Tipo de fibra óptica Atenuação da ODN

Perda diferencial do meio físico Distância diferencial lógica máxima Comprimento físico máximo Razão de divisão

Método de transmissão bidirecional

sendo: Comprimento1: comprimento do enlace óptico mais curto (entre o OLT e a ONT 1). Comprimento2: comprimento do enlace óptico mais longo (entre o OLT e a ONT 4). então, Distânciadiferencial = Comprimento2 – Comprimento1 Distânciadiferencial = 30 - 12 = 18 km Os parâmetros distância lógica, comprimento físico e distância diferencial são aqueles relacionados ao alcance de uma rede GPON e são especificados pelo padrão GPON. A distância lógica é gerenciada pelas camadas superiores do sistema. O comprimento físico, por outro lado, depende do meio

Especificação ITU-T G.652 Classe A: 5 – 20 dB Classe B: 10 – 25 dB Classe C: 15 – 30 dB 15 dB 20 km 20 km Dependente da atenuação da ODN e configuração das ONU/ONT Splitters passivos: 1:16 e 1:32 WDM

físico, cujas especificações também fazem parte do padrão GPON. O meio de transmissão especificado é baseado na fibra óptica monomodo descrita no padrão ITU-T G..652:2009 - Characteristics of a Single-Mode Optical Fibre and Cable. A técnica de transmissão é bidirecional usando o método de multiplexação por divisão de comprimento de onda (WDM), com as seguintes taxas nominais de transmissão (downstream/upstream): • 1244,16 Mbit/s / 155,52 Mbit/s. • 1244,16 Mbit/s / 622,08 Mbit/s. • 1244,16 Mbit/s / 1244,16 Mbit/s. • 2488,32 Mbit/s / 155,52 Mbit/s. • 2488,32 Mbit/s / 622,08 Mbit/s. • 2488,32 Mbit/s / 1244,16 Mbit/s. • 2488,32 Mbit/s / 2488,32 Mbit/s. Os comprimentos de onda utilizados no padrão GPON (ITU-T 984.1) devem estar entre 1480 a 1500 nm (downstream/upstream) e 1260 e 1360 nm

Tab. II - Parâmetros dependentes da camada física da ODN para GPON (G.984.1) Descrição Tipo de fibra óptica Atenuação da ODN

Perda diferencial do meio físico Distância lógica máxima Distância diferencial lógica máxima Comprimento físico máximo Razão de divisão

Método de transmissão bidirecional

Especificação ITU-T G.652 Classe A: 5 – 20 dB Classe B: 10 – 25 dB Classe C: 15 – 30 dB 15 dB 60 km 20 km 20 km 10 km (opcional) Dependente da atenuação da ODN e configuração das ONU/ONT Splitters passivos: 1:16, 1:32 e 1:64 WDM

(downstream/upstream). A tabela II mostra os parâmetros dependentes da camada física da ODN para o padrão GPON. Os comprimentos de onda utilizados na prática são 1490 nm (downstream) e 1310 nm (upstrream). A ODN é classificada em classes A, B e C, que têm relação com a combinação de taxas de transmissão downstream/ upstream e a atenuação do meio físico. A tabela II mostra os parâmetros dependentes da camada física da ODN para o padrão GPON. Para concluir a discussão e voltando ao tema central, a distância lógica tem relação com os tempos de sincronismo e equalização entre OLT e ONU/ONT e é tratado pelas camadas superiores do sistema. Esse parâmetro serve para orientar o projetista no dimensionamento da rede PON, especialmente quando as distâncias entre OLT e ONU/ONT são muito longas (e podem exceder a especificação de comprimento físico) e/ou quando há um número elevado desses dispositivos na rede. Qualquer que seja a circunstância, a distância diferencial não pode exceder 20 km. O comprimento físico é o comprimento do enlace óptico e se trata da informação necessária para o dimensionamento do enlace físico na ODN, que deve levar em consideração a atenuação do meio físico, dos splitters, emendas, acopladores, etc. de modo que as especificações das tabelas I e II sejam atendidas, no caso das aplicações PON e GPON, respectivamente.

Paulo Marin é engenheiro eletricista, mestre em propagação de sinais e doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI. Marin trabalha como consultor independente, é palestrante internacional e ministra treinamentos técnicos e acadêmicos. Autor de vários livros técnicos e coordenador de grupos de normalização no Brasil e EUA. Site: www.paulomarin.com.



EM REDE

José Manuel Bonilla, Systems Engineering Leader para a América Latina da área de Enterprise da CommScope

Como a chegada aos 400G revoluciona os data centers Os data centers atuais enfrentam uma luta constante pela inovação, tentando atender um alto volume de transmissão de dados e velocidades cada vez mais altas. Por isso, evoluir a infraestrutura dos centros de dados é primordial para lidar com esses desafios que afligem inúmeras operadoras e empresas. Ao olhar para o futuro, os administradores de sites veem cada vez mais indícios de uma evolução baseada em nuvem, com mais servidores virtualizados de alto desempenho, maior largura de banda e requisitos de latência ultrabaixa. Independentemente de a operação atual ser em 10G ou 100G, a transição para os 400G está mais perto do que se pensa. Preparação para a mudança para o 400G Existem muitos fatores que impactam a transição para 400G, 800G e além. Os data centers passaram de diversas redes separadas para ambientes mais virtualizados e baseados em software. Ao mesmo tempo, estão implementando mais conexões máquina a máquina e reduzindo o número de switches entre elas. Ainda que a maioria das peças para suportar os futuros data centers em nuvem já existam, falta uma estratégia abrangente para criar uma infraestrutura de camada física capaz de unir tudo isso. Esta seção aborda aspectos tecnológicos das comunicações corporativas, em especial redes locais, mas incluindo também redes de acesso e WANs. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI,

Atualmente, os data centers trabalham a altas velocidades, incluindo 100G. No entanto, isso não deve transmitir uma sensação de segurança. É, na verdade, o oposto. Para comprovar, some o número de portas 10G (ou mais rápidas) que você está operando e imagine que elas passam a ser de 100G. Ao refazer a conta, é possível perceber que a necessidade por 400G ou mais não é uma realidade tão distante. Os três pilares da migração para 400G/800G Conforme começamos a considerar os aspectos fundamentais para a migração para 400G, é comum se sentir sobrecarregado por tudo o que isto implica. Para compreender melhor as variáveis-chave que devem ser levadas em consideração, as agruparei em três áreas principais. Aumento das densidades das portas de switch As velocidades de switch, ou comutação, estão aumentando conforme o serializador/desserializador (SERDES) fornece a entrada/saída (ou I/O na sigla em inglês Input/Output) elétrica para o movimento do ASIC de comutação de 10G, 25G e 50G. O esperado é que o SERDES alcance os 100G, uma vez que a IEEE802.3ck se torne uma norma ratificada. Estreitamente relacionada com o aumento do radix e a velocidade de comutação está a transição de uma topologia de topo de rack (ToR) para uma configuração de meio da fila (MoR) ou final de fila (EoR), sendo que a vantagem do enfoque de cabeamento estruturado é mantida para facilitar as numerosas conexões entre os servidores em fila e os switches MoR/EoR. Tecnologias do transceptor óptico Da mesma forma que o uso do formato QSFP28 impulsionou a adoção de 100G ao oferecer alta

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densidade e menor consumo de energia, a transição para 400G e 800G está sendo possível devido a novos formatos de transceptores. Os módulos ópticos SFP, SFP+ ou QSFP+ atuais são suficientes para habilitar velocidades de link de 200G. No entanto, se houver uma transição para 400G, será necessário duplicar a densidade dos transceptores. Além disso, o mercado óptico para 400G é influenciado pelo custo e desempenho, à medida que os fabricantes originais buscam atingir o ponto ideal dos data centers em escala de nuvem e hyperscale. Opções de conectores Diferentesopçõesdeconectores oferecem mais formas de distribuir maior capacidade com base em conexões octais.OconectorMPOde12fibras costumava ser usado para suportar seis links de duas fibras. É o caso de muitas aplicações,comoo40GBase-SR4,que usam somente quatro linhas (oito fibras). Portanto, o MPO16 pode ser mais adequado para uso com módulos octais. Outros conectores que valem a pena ser considerados são o SN e o MDC, que incorporam a tecnologia de ponteira (férula) de 1,25 mm e oferecem opçõesdeconexãoflexíveispara módulos ópticos de alta velocidade. A pergunta fundamental será: quais transceptores estarão disponíveis com quais conectores no futuro? É claro que conhecemos apenas a ponta do iceberg em relação ao que os administradores dos data centers devem considerar ao pensar em suas estratégias de migração para 400G/800G. Há muito o que falar ainda sobre onde está a tecnologia e os rumos que ela está caminhando. Isto significa compreender as tendências que movem a adoção dos serviços e a infraestrutura de nuvem, assim como as tecnologias emergentes de infraestrutura que permitirão a uma empresa atender a esses novos requisitos.



SEGURANÇA

Marcelo Bezerra

A incrível história do Mirai botnet O nosso mundo digitalizado convive com uma suposta estabilidade, na qual os ataques e crimes diversos do dia a dia vão ocorrendo, com eventuais picos que balançam empresas e pessoas, nos lembrando que, de estável, a Internet tem muito pouco. Um desses picos começou em 20 de setembro de 2016, quando o Krebs on Security, um dos mais conhecidos blogs de segurança, sofreu um ataque DDoS – Distributed Denial of Service devastador que o deixou fora do ar por quatro dias. A invasão envolveu um recorde de envio de tráfego de 620 Gbit/s. Até então, a Akamai, uma das empresas líderes em defesa contra negação de serviço, havia reportado o maior ataque em 363 Gbit/s. Os analistas na época comentaram que tal ataque tinha capacidade de derrubar qualquer serviço na Internet, e foi o que aconteceu apenas um mês depois, quando a Dyn, empresa provedora de serviços de DNS para alguns dos maiores sites e serviços do mundo, como Amazon, CNN, HBO, Netflix, X (Twitter) Spotify, Slack, Airbnb e Reddit, foi severamente comprometida pelo mesmo ataque, deixando milhares de portais fora do ar. Os dois casos (Krebs on Security e Dyn) tiveram em comum o uso do Mirai, botnet especializado em invadir e controlar dispositivos IoT – Internet das Coisas, de roteadores domésticos a câmeras de vigilância. Hoje, quando pensamos em estruturas de ataque altamente complexas, logo imaginamos

grupos de hackers profissionais, alguns patrocinados por Estados, e a imagem do hacker adolescente enfurnado na garagem de casa é algo que ficou no passado. Mas nem sempre é assim, como conta um artigo publicado na revista Wired em novembro do ano passado, e que conta a história do Mirai e de seus três criadores. Para quem é assinante, o artigo pode ser acessado na íntegra pelo link: http://tinyurl.com/2eydbdds. A matéria conta a história de uma pequena “indústria”, ignorada por autoridades e especialistas de segurança. Constituída por jovens hackers, muitos ainda na adolescência, e organizada em torno de pequenos ataques DDoS sob encomenda, poderosos o suficiente para derrubar sites, mas não para causar muito transtorno, e por isso fora do holofote, centrado nas invasões de empresas e fraudes financeiras. Foi em meio a essa comunidade que três adolescentes nerds se conheceram: Josiah White, Paras Jha e Dalton Norman. Em uma jornada um tanto quanto acidental, os três amigos reinventaram o conceito de botnet e criaram a mais poderosa ferramenta de ataque DDoS de que se tem notícia. A história dos três amigos é similar à de tantos outros jovens nerds que, com problemas de relacionamento, acabaram por se dedicar às relações virtuais. Os três também eram gênios e ainda no começo da adolescência começaram a flertar com o hacking. Se conheceram pelos fóruns e se tornaram amigos por volta dos 15 anos de idade, começando a programar e testar técnicas, até chegar ao DDoS. Dalton Norman, antes dos 15 anos, já lucrava com ataques DDoS sob encomenda. Os alvos

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eram pequenos provedores de jogos, ou algum desafeto de quem o contratasse. Josiah White estudava em casa (homeschooling) e era o melhor programador dos três. Aos 16 anos criou o Qbot, um pequeno código de malware para invadir e controlar roteadores domésticos, a semente do Mirai. Paras Jha era viciado em Minecraft, game de sobrevivência em que o jogador constrói objetos com blocos, tal como tantos outros adolescentes, e migrou de simples jogador a controlador de um servidor online e provedor de customizações, algo permitido no ecossistema do jogo. O Minecraft tem um papel importante na história. Por ser um ecossistema descentralizado, os donos de servidores competem por jogadores pagantes e acabam sofrendo ataques DDoS de seus concorrentes ou apenas por diversão de jogadores. E um servidor Minecraft foi o primeiro ataque que o trio realizou em conjunto. O sucesso e a possibilidade de ganhar algum dinheiro os levaram a criar sua primeira rede bot sob demanda, composta por servidores Linux. Na sequência, começaram a pesquisar como amplificar os ataques, o que os levou ao Qbot. Não se consideravam criminosos, pois não invadiam sites nem roubavam dinheiro, e sim uma espécie de contraventores. Além disso, aquilo representava também uma espécie de superpoder. Mas superpoderes normalmente vêm acompanhados de problemas. Um dos colegas do trio vazou o Qbot na rede, o que gerou uma guerra de ataques DDoS, da qual saíram vitoriosos. Apesar da vitória, viram que o negócio era perigoso e decidiram seguir um caminho lícito. Assim,


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Josiah e Paras decidiram fundar uma empresa especializada em proteção contra os ataques DDos, a ProTraf Solutions. O primeiro mercado em que decidiram atuar era também bem conhecido: o ecossistema de servidores Minecraft. Parecia bom o bastante, mas como todo novo negócio, o início não foi fácil. Empresas em geral adquirem produtos e serviços para resolver problemas que afetam seu negócio, e eles perceberam que ataques DDoS não eram uma preocupação para a maior parte de seus potenciais clientes. Decidiram então “dar um empurrãozinho” no negócio, atacando e tirando os servidores do ar, que mais tarde os contratariam para defendê-los. Optaram por começar pelos que já tinham serviços de proteção DDoS contratados, roubando os clientes de seus competidores. A tática funcionou apenas parcialmente, e no início de 2016 a ProTraf mudou de atuação a fim de evitar a falência. Da proteção contra DDoS migraram para a venda de serviços DDoS, ou, DDoS as a Service. O terceiro amigo, Dalton, foi convidado a participar do novo empreendimento, que em pouco tempo controlava algo como 650 mil dispositivos IoT. A inovação do trio nas redes bot veio em dois elementos. O primeiro, ao usar dispositivos IoT como zumbis, desenvolveram a capacidade de controlar qualquer dispositivo conectado à Internet. Segundo, ao criar uma estrutura em três camadas. A inferior era a dos zumbis, que também serviam para identificar outros dispositivos vulneráveis na rede. A do meio era composta por servidores que automaticamente invadiam os dispositivos descobertos pelos zumbis, e a camada superior era a de comando e controle, por sua

vez estruturado com servidores intermediários para dificultar o rastreamento. O nome Mirai veio de um deles, um servidor na França usado para distribuição de vídeos piratas, e que continha longas de animação japoneses, os animes, um deles chamado Mirai Nikki. Mirai significa “futuro” em japonês. Os primeiros ataques via Mirai ocorreram no segundo semestre de 2016. Um de seus clientes, em setembro daquele ano, derrubou o blog de Briank Krebs (Krebs on Security), que o jornalista anunciou em http://tinyurl.com/2u277drm. O Mirai foi também usado para derrubar a OVH, um dos maiores data centers europeus, com mais de 1 milhão de clientes à época. Na ocasião, uma nota da empresa afirmou que o ataque envolveu 145 mil dispositivos IoT. O artigo na Wired cita um evento interessante para nós: a contratação de acesso ao Mirai por um hacker brasileiro que o usou para atacar a rede dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. O ataque contra Krebs chamou a atenção do FBI. O agente Elliott Peterson começou a investigação e rapidamente juntou uma lista de contatos, na qual constava o nome de Paras, que recebeu uma ligação do agente naquele momento para obter informações. O telefonema pôs o trio de amigos em desespero. Eles decidiram desligar o Mirai e sumir do mapa, mas Paras tomou uma decisão imprudente com objetivo de despistar o FBI: publicar o código do Mirai na Internet. E assim, no final de setembro daquele ano, sob o pseudônimo de Anna-Sempai, o código da maior infraestrutura de DDoS da história tornou-se público. Brian Krebs notificou o evento em seu site: http:// tinyurl.com/25a6zzte.

Instantaneamente, várias réplicas do Mirai começaram a surgir, até que uma delas derrubou boa parte da Internet em 21 de outubro, ao atacar o serviço de DNS do Dyn, um dos maiores, senão o maior, provedor de hospedagem de DNS do mundo. Ao todo, 175 mil websites e serviços foram afetados, deixando de ser acessados por seus clientes. Por mais incrível que pareça, a extensão do ataque foi um efeito colateral. O autor não queria derrubar todos esses sites, apenas a rede de jogos PlayStation da Sony. Mas acabou por derrubar todo o serviço de DNS da Dyn, o que gerou um efeito em cascata, afetando tudo. O outro efeito colateral foi que o Mirai tornou-se prioridade, não apenas para o FBI, mas também para os departamentos de segurança do governo dos Estados Unidos e de países europeus. Pressionados pelo FBI, Paras, Joshua e Dalton acabaram por confessar os crimes. Mesmo antes da condenação começaram a colaborar com o FBI em outros processos de crime cibernético. Diferentemente de outros acusados por delitos semelhantes, escaparam da prisão e foram condenados a 2500 horas de trabalho comunitário e cinco anos de liberdade condicional, além de multas. Josiah White tinha 19 anos e Paras Jha e Dalton Norman 20. Hoje Dalton atua como consultor de segurança cibernética, e Josiah e Paras no mercado financeiro.

Marcelo Bezerra é especialista em segurança da informação, escritor e palestrante internacional. Atua há mais de 30 anos na área, com experiência em diferentes áreas de segurança cibernética. No momento, ocupa o cargo de Gerente Sênior de Engenharia de Segurança na Proofpoint. Email: marcelo.alonso.bezerra@gmail.com.


PRODUTOS

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Câmeras 5G

TAPO P110. Com proteção integrada contra sobrecarga, possibilita ligar e desligar automaticamente dispositivos em horários diferentes para simular a presença de alguém na residência. Site: https:// www.tp-link.com/br/.

A Dahua Technology trouxe

para o Brasil câmeras 5G. Os dispositivos da série 5 nos modelos DH-IPCHFW5842DK1-Z-5G e DH-IPC-HFW5842DK1-Z4-5G

DWDM

sãocapazesdedetectarintrusão, ocupação inadequada de áreas, fazer contagem de pessoas e aindaproverdetecçãofacialcom diversos atributos, já que são embarcadas com analíticos de IA – Inteligência Artificial. Site: www.dahuasecurity.com.

Racks O DWTTA5-Plugin, da

Engetron, é um rack modular com design plug-in hot-swap, que possibilita remover ou substituir componentes sem interromper o funcionamento do sistema de energia. A solução viabiliza diversas configurações com módulos de UPS IoT – Internet das Coisas e baterias. Com fator de

Fabricada em plástico de engenharia, pode ser instalada em cordoalha ou posteeapresentacapacidadede armazenamento de até 15 m de cabo 7,8 mm em um raio de curvatura mínimo de 80 mm. Site: www.fstelecom.com.br.

Roteador

sem fio de até 3000 Mbit/s (574 Mbit/s na banda de 2,4 GHz e 2042 Mbit/s na banda de 5 GHz). Como resultado, o usuário pode aproveitar toda a largura d a banda contratada. Site: www.huawei.com.

A linha TAPO, da TP-Link,

Cruzeta para fibra óptica A cruzeta da Fibersul atua

como uma reserva técnica para sobra de cabos em CTOs.

PRO/ZTE, o DCI ZXONE 7000 C2D atende uma crescente demanda de mercado por soluções envolvendo lambda alien, ou seja, a inclusão de novos canais em uma camada óptica já estabelecida. Apresenta transponders de 200, 400 e 800 Gbit/s, além de

O roteador AX3S, da Huawei, é um roteador Wi-Fi 6 de alto desempenho. Apresenta taxa teórica máxima de conexão

Tomada inteligente

potência 1, oferece 100% de sua capacidade em potência ativa em configurações de 60 ou 160 kW. Site: www.engetron.com.br.

Fabricado pela Multi

oferece diversos produtos inteligentes como câmeras, lâmpadas e sensores. Um deles é a tomada inteligente

vibração e mínima propagação do som, devido ao seu compressor de acionamento direto de baixa velocidade e uso de somente três partes móveis. A linha disponibiliza ainda controles inteligentes com interface touch screen e conectividade por meio de software especializado, o controlador Tracer UC800, o que proporciona uma visualização clara das informações, tendências, geração de relatórios e monitoramento do espaço interno. Site: www.trane.com.br.

Gerador de névoa módulos fotônicos como amplificadores de ganhos variados, WSS flexíveis de até 20 direções, chaveóptica, funçõesdeO&M como OSA e OTDR, entre outros. No momento, a capacidade máxima de transmissão oferecida pelo produto é de 800 Gbit/s por canal, mas a empresa segue aprimorando a soluçãoparaque os provedores sejam capazes de transmitir 1,6 Tbit/s. Site: www.zte.com.cn.

O Density 1500 é um

gerador de névoa com tempo máximo de disparo de 44 segundos, produção de névoa de 350 m3 em 10 segundos e voltado para

Chillers A linha RTAG, da Trane,

apresenta condensação a ar, compressor rotativo de parafuso com inversor de frequência, ventiladores EC e free cooling. Com modelos de 225 a 500 TR, o chiller RTAG oferece eficiênciaenergética melhorada (certificado AHRI – Air Conditioning, Heating and Refrigeration Institute) e desempenho acústico aprimorado, com baixa

ambientes com até 1500 m3. A névoa é composta por uma mistura atóxica de água e glicol, o que permite a sua utilização de forma irrestrita e uma capacidade de ativar de quatro a seis disparos completos. Quando ativada em um ambiente fechado, a névoa permanece no local por até 30 minutos. Site: www.densityglobal.com.




TICs e semicondutores A secretaria de Ciência e Tecnologia

para Transformação Digital do MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação lançou uma publicação que reúne toda a legislação federal voltada ao setor de TICs - Tecnologias da Informação e Comunicação e semicondutores. O documento traz a íntegra de leis, decretos e portarias com o objetivo de facilitar a consulta e compreensão das normas desses setores. Com 548 páginas, a publicação pode ser acessada pelo link: http://tinyurl.com/4rrcf5zj.

Trefilação No livro Manual de Trefilação: Abordagem

Prática, o autor Aluizio Carlos Ferreira da Silva passa dicas de produtividade e recomendações de segurança no ambiente de trabalho na área de trefilação. O autor converteu cálculos

complexos em fórmulas simples que podem ser solucionadas em uma calculadora comum. Há também tabelas e um vasto material gráfico que proporciona ao leitor uma boa visualização dos processos envolvidos, contribuindo para um melhor entendimento da área. A obra faz parte da Coleção de Livros ABM -Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração. Editora Blucher (http://tinyurl.com/yc5pad6r),118páginas.

Cibersegurança Lançada pela Connectoway em parceria

com a Check Point, a análise Cibersegurança para Pequenas e Médias Empresas: Como se Defender em um Mundo Digital traz informações e análises para reforçar, junto às PMEs – Pequenas e Médias Empresas, a necessidade de proteção cibernética. Segundo dados do CPR – Check Point Research, as PMEs enfrentam uma média semanal de 1200 investidas. O texto parte do princípio de que toda empresa possui ativos críticos que demandam proteção, como informações financeiras, estratégias de negócio e propriedade intelectual. Além

deles, a LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados também prevê que a guarda de dados de terceiros gera a responsabilidade legal pela proteção destes arquivos. Com 20 páginas, o estudo pode ser baixado pelo link: http://tinyurl.com/mr2j3uba.

Proteção de dados A Veeam disponibilizou insights do seu 5º Relatório Anual de Tendências em Proteção de Dados. Embora as companhias declarem que gastarão mais tentando se defender dos ciberataques, a pesquisa descobriu que os líderes de TI estão se sentindo ainda menos protegidos e mais preocupados com sua capacidade de recuperar e restaurar dados de missão crítica. Os entrevistados compartilharam que os ciberataques permanecem no topo das interrupções e que, embora as organizações estejam colocando mais ênfase na utilização da nuvem para as principais recuperações, somente uma pequena porcentagem acredita estar apta a se recuperar de uma pequena crise em menos de uma semana. A análise completa, com 16 páginas, pode ser acessada em: https://vee.am/DPR24.

Índice de anunciantes Abramulti .................. 6 3

Dicomp ...................... 3 5

L8 Group .................... 21

Olé TV ................ 5ª- capa

TecFiber ...................... 51

ALT Telecom ............. 3 9

DZS ............................ 2 8

M.A Soluções em

Padtec ....................... 4 3

TP-Link .............. 2ª- capa

Americanet ................ 41

Embrastec ................. 14

Tecnologia ................. 2 3

Panduit ....... 12, 16 e 34

Vertiv ......................... 2 9

Brady .......................... 3 0

Expo ISP .................... 6 4

Merkant TI .................... 7

Pematel ..................... 24

Vigo ............................ 4 8

C3 Consulting ........... 4 9

Fibracem .................... 15

MK Solutions ............ 3 1

Proeletronic ............... 3 8

Watch TV ................... 25

Cabletech ......... 3ª- capa

Forte Telecom ............ 45

Next Cable ................. 3 3

Rosenberger Domex .... 27

WZTECH Networks .... 11

Connectoway ............ 1 3

Gamma-K ................. 5 3

Nexusguard ................ 20

SMH Sistemas . 4ª- capa

Datacom .................... 17

Ibusiness .................. 5 9

NIC.br ......................... 57

Specto ........................ 47

PUBLICAÇÕES

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ISP EM FOCO

Sidnei Batistella, diretor vice-presidente da Abrint

A importância da conectividade em áreas rurais A conectividade de Internet nas áreas rurais do Brasil desempenha um papel vital, influenciando no desenvolvimento econômico de um setor responsável por mais de 24% do PIB – Produto Interno Bruto brasileiro. A Internet permite acessar informações sobre oportunidades de emprego, educação e serviços, desencorajando o êxodo rural ao proporcionar condições para a permanência e o desenvolvimento das comunidades locais. A conectividade impulsiona a agricultura de precisão, possibilitando a automação de máquinas agrícolas. Isso não apenas aumenta a eficiência e reduz os custos, mas também libera os agricultores para se concentrarem em tarefas mais estratégicas, contribuindo para uma produção mais sustentável. A Internet viabiliza o monitoramento remoto das lavouras por meio de sensores e tecnologias de IoT – Internet das Coisas. Isso permite acompanhar em tempo real as condições do solo, clima e saúde das plantas, resultando em decisões mais assertivas e um aumento da produtividade e otimização dos recursos agrícolas. Panorama geral Nos dias atuais, a conectividade rural se torna cada dia mais necessária para que novas tecnologias sejam implementadas. Diariamente surgem empresas voltadas à gestão agrícola e agropecuária. Hoje, o Brasil é um dos maiores exportadores de carne e grãos do mundo. Na produção de frango, galpões aviários para criação de aves de corte Esta seção aborda aspectos técnicos, regulatórios e comerciais do mercado de provedores de Internet. Os artigos são escritos por profissionais do setor e não necessariamente refletem a opinião da RTI.

estão cada vez mais automatizados, principalmente no Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina, onde encontram-se diversos abatedouros frigoríficos. Um caso emblemático é o do município de Dois Vizinhos, PR, que abriga o maior abatedouro de frango da América Latina. Quando falamos do gado leiteiro, sistemas de gestão e controle de produção de leite estão sendo cada vez mais implementados em busca de melhor qualidade e produtividade, bem como também o bem-estar dos animais. Em várias regiões do país, galpões automatizados estão sendo construídos com tecnologias de controles de iluminação, temperatura e acompanhamento de refeições via sensores que podem ser geridos por dispositivos móveis. Já as agroindústrias, cada vez mais distribuídas pelo interior do Brasil, produzem alimentos saudáveis, muitas vezes por pequenos produtores rurais. O setor faz parte de um grupo que na maioria das vezes não tem conectividade, o que dificulta o acesso e a divulgação de seus produtos, prejudicando o negócio como um todo. No agronegócio, que hoje é o maior responsável por impulsionar o PIB brasileiro, a necessidade por conectividade tem aumentado exponencialmente. O Brasil conta com grandes fabricantes de máquinas e implementos agrícolas cada vez mais sofisticados e autônomos, bem como dispositivos IoT capazes de emitir uma vasta gama de informações como qualidade do solo, controle do tempo e umidade, prazos corretos para plantio, tratamentos e colheita que contribuem para a melhoria da produtividade. Em alguns casos, como em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as propriedades encontram-se distantes dos grandes centros e muitas vezes não possuem conectividade, o que representa um grande desafio para o Governo Federal, aAnateleaprópriaAbrint.Taisentidades estão constantemente discutindo a criação de políticas públicas que incentivem as empresas provedoras de conectividade, sejam elas grandes

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operadoras ou provedores regionais, a viabilizar acessos de Internet fixa e móvel de alta velocidade nessas regiões. A Abrint tem contribuído em consultas públicas e discussões para a criação de políticas de incentivo à expansão das redes em regiões desassistidas de conectividade, bem como temas relacionados à desoneração do uso de postes nas áreas rurais e do espectro em caráter secundário por operadoras regionais. Em resumo, a conectividade em áreas rurais não apenas combate o isolamento digital, mas também impulsiona a modernização da agricultura, fomentando práticas mais eficientes e sustentáveis, ao mesmo tempo em que fortalece a comunidade como um todo ao conectar escolas, postos de saúde, hospitais e demais órgãos. Enquanto as grandes operadoras prometem melhorar o acesso através da implantação do 5G, ampliando a quantidade de torres de acesso e até antecipando compromissos e prazos em determinadas regiões, locais mais distantes dos grandes centros ainda permanecem com conectividade limitada. Por outro lado, os provedores de Internet, responsáveis atualmente pela maior inclusão do mercado de banda larga fixa no Brasil, seguem avançando em locais de baixa densidade populacional, demonstrando seu potencial em capilaridade e levando Internet fibra óptica ou via rádio para regiões cujas operadoras muitas vezes estão ausentes.

Sidnei Batistella é diretor vice-presidente da Abrint, eleito para os mandatos 2022-2023, 2023-2024 e 2024-2025, e representante dos provedores regionais no CDUST – Comitê de Defesa dos Usuários de Serviços de Telecomunicações da Anatel. Também é empresário no Paraná, atuando como membro do conselho do provedor regional Dez Telecom e CEO da B3 Empreendimentos, companhia do ramo de construção e incorporação.


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