RTI-Agosto-2022

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ESPECIAL

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Redes abertas e desagregadas Sandra Mogami, da Redação da RTI

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O amadurecimento do setor de telecomunicações mostra a tendência natural de operadoras e empresas de adotarem o conceito de redes abertas. As redes FTTH – fiber to the home também podem ser desagregadas, com a substituição de equipamentos legados proprietários, como OLTs, por hardware white box. A reportagem a seguir mostra a evolução da tecnologia, as implantações no mundo e as soluções já disponíveis no mercado.

om a crescente demanda por largura de banda, impulsionada pela conectividade e digitalização em todos os lugares, o setor de telecomunicações é desafiado a projetar e construir suas redes de maneira sustentável. Atualmente, o principal caminho para o desenvolvimento das infraestruturas de nova geração são as arquiteturas abertas, desagregadas e virtualizadas, capazes de garantir a expansão dos sistemas com menores custos de operação, flexibilidade e agilidade no provisionamento de serviços. A ONF - Open Networking Foundation, consórcio sem fins lucrativos que promove a adoção de redes de dados definidas por software (SDN, na sigla em inglês), é uma das principais organizações a liderar esse movimento. Fundada em 2011 nas Universidades de Stanford e Berkeley, nos EUA, a ONF atua globalmente no sentido de promover uma revolução no mercado de equipamentos de rede, nos moldes do que representou a migração dos mainframes para a área de computação, por meio da construção colaborativa das próximas gerações de redes móveis e de banda larga. Entre seus mais de 200 associados estão as maiores operadoras e empresas de

tecnologia do mundo, como Telefônica, AT&T, Intel, China Unicom, Deutsche Telekom, Google, NTT Group e Türk Telekom, além de fornecedores de equipamentos e integradores de sistemas. “A ONF iniciou suas atividades com o desenvolvimento do OpenFlow para programação de redes e desde então tem feito vários avanços, não apenas em termos de tecnologia, mas também em projetos, sempre com foco no que o mercado de operadoras precisa”, diz Amanda Espíndola Raymundi, engenheira de telecomunicações e há dois anos embaixadora da ONF no Brasil. Os embaixadores são profissionais do setor que ajudam na divulgação dos trabalhos e aproximação com a comunidade técnica nos respectivos países. No Brasil, a entidade conta com cinco representantes voluntários, até o momento. A proposta da ONF se baseia na separação do fluxo e da gestão do tráfego de dados, com o segundo sendo guiado por um padrão aberto, operando em uma camada externa aos equipamentos. O conceito se aplica a diversas áreas, como networking (switches e roteadores), banda larga fixa FTTH – fiber to the home, com OLTs virtualizadas em


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