PI Novembro - 2021

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Aranda Editora - Ano 24 - No- 274 - Nov Dez 2021

Especiais: Recursos de maquinário configuram a extrusão 4.0 Fornecedores de masterbatches e as tendências de cores para 2022

Revestimento melhora a desmoldagem de peças de alto brilho

Ancoragem de insertos rosqueados em peças híbridas Guias

Resinas

Transformadores por sopro



DESTAQUES

NOVEMBRO-DEZEMBRO 2021

Os novos recursos para a extrusão na era digital

ÍNDICE Pág. Editorial

4

cada segmento de maquinário para transformação de plásticos está sendo adaptado para integrar as chamadas tecnologias facilitadoras da Indústria 4.0.

Notícias e curtas

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Impressão 3D

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GUIA I

Matéria-prima

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O plástico na embalagem

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Reciclagem

50

Aplicações

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Produtos

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Atendimento ao leitor

55

Eventos

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Literatura

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Anunciantes

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E xtrusão 4.0. A terceira etapa da série de reportagens sobre como

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Revestimento melhora a desmoldagem de peças plásticas com alto brilho Composição química do revestimento para ferramental somada a uma

topografia específica e em escala nanométrica resultaram em uma solução para garantir a qualidade superficial de peças com alto brilho.

MOLDES

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Fornecedores de resinas termoplásticas Uma atualização do guia da oferta de matéria-prima commodity e de

especialidades.

GUIA II

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Estruturação assegura a ancoragem de insertos rosqueados em peças híbridas Melhorias na estrutura dos insertos metálicos podem garantir a união segura de componentes híbridos.

UNIÃO

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Transformadores por sopro Aumento do uso de manufatura aditiva (impressão 3D) para com-

plementar processos produtivos e da utilização de resinas recicladas para a fabricação de itens plásticos são algumas das informações fornecidas pelas empresas de sopro que participaram do levantamento anual.

GUIA III

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Masterbatches, pigmentos e corantes Empresas que fornecem insumos para coloração de produtos plásticos se baseiam em estudos de tendências e apostam nos efeitos metálicos para o próximo ano.

GUIA IV

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Capa - Formas abstratas baseadas em material plástico branco e material metálico na cor ouro (Philipp Tur, Shutterstock). Layout de Alvaro Luiz Alves Piola e Pedro Franco de Moraes. As opiniões expressas nos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por Plástico Industrial, podendo mesmo ser contrárias a estas.


EDITORIAL

Estudos de tendências de cores têm sido levados cada vez mais a sério pela indústria de plásticos, e agora é o momento de pensar sobre eles como parte da estratégia de negócios.

ARANDA EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA. Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam)

REDAÇÃO: Diretor: José Rober to Gonçalves Editor técnico: Antonio Augusto Gorni Editora: Hellen Corina de Oliveira e Souza (MTb 21.799) Repórter: Adalberto Rezende (MTb 78.879) Jornalista responsável: Hellen Corina de Oliveira e Souza

SECRETÁRIA DE REDAÇÃO E PESQUISA: Milena Venceslau

ESPECIALISTA EM POLÍMEROS: MSc. Elias Augusto Soares

Cores para um novo ano As tendências de cores têm sido acompanhadas cada vez mais de perto pelos fabricantes de produtos plásticos e por isso têm sido assunto das edições de final de ano de Plástico Industrial nos últimos tempos. Os fornecedores de masterbatches, pigmentos e corantes, por sua vez, estão igualmente atentos a essa necessidade e por isso publicamos nesta edição tanto a atualização do guia de fornecedores de insumos para coloração quanto uma pesquisa complementar que sondou qual a relação das empresas fornecedoras com os estudos de tendências de cores. Os resultados estão na abertura do guia, a partir da página 48, e revelam a importância que o assunto tem assumido, inclusive com o lançamento do Color Trends da Think Plastic Brazil. Ocorrido no início de novembro, durante o evento World Plastic Connection, o estudo revela a preocupação com uma identidade brasileira para a coloração dos produtos plásticos, e é detalhado em uma matéria mais extensa, disponível no nosso site, no seguinte link https://bit.ly/3oRxzpi. Sobre os demais temas desta edição impressa, para quem cultiva o encanto de folhear a revista, uma matéria muito especial mostra como as tecnologias facilitadoras da indústria 4.0 estão sendo incorporadas ao maquinário de extrusão. Completando a série que iniciamos este ano, que apresentou no mês de junho um apanhado sobre o setor de injeção, e no mês de agosto sobre os periféricos, a matéria deste mês (página 16) traz um levantamento dos recursos disponíveis nas extrusoras mais modernas oferecidas no mercado brasileiro. Na sequência, a atualização do guia de fornecedores dessas máquinas completa o pacote de informações para quem busca estar atualizado sobre a tecnologia de ponta em equipamentos para transformação de plásticos. Mas, ainda a propósito das cores para o próximo ano, muitos fornecedores destacaram os tons metálicos como forte tendência, e inclusive os dourados, remetendo à prosperidade. Portanto, que ela seja uma constante para todos no próximo ano. Boa leitura e boas festas! Hellen Corina de Oliveira e Souza – Editora hellen.souza@arandaeditora.com.br

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ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr.

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Estúdio AP

SERVIÇOS: Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S/A Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima

PLÁSTICO INDUSTRIAL, revista brasileira sobre o processamento de materiais plásticos, é uma publicação mensal de Aranda Editora Técnica Cultural Ltda.

ISSN 1808-3528 Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315, 01155-900, São Paulo (SP), Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 info@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br

É enviada mensalmente a 12.000 homens-chave de empresas de transformação e processamento de materiais plásticos, fabricantes e importadores de máquinas, equipamentos e matéria-prima para a indústria do plástico e também para usuários de peças e produtos plásticos em todo o Brasil e demais países do Mercosul.



NOTÍCIAS

6 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Tubos plásticos no radar do agro Outro ponto abordado foi o potencial aumento da demanda por tubos plásticos no agronegócio em 2022. De acordo com as estimativas apreO uso de plásticos no campo se consolida cada sentadas por Ana, há uma grande chance de o vez mais como uma forma de otimizar o cultivo de consumo de tubulações aumentar neste e no alimentos e processamento de grãos, aplicações próximo ano devido à necessidade de se para as quais filmes agrícolas e silo-bolsas têm sido estabelecer sistemas de irrigação. muito demandados. Além disso, existem projetos “Principalmente no que diz respeito aos em andamento que visam à utilização de resinas sistemas de irrigação localizada que promovem recicladas na fabricação de mourões e pisos para um melhor aproveitamento da água. No gotecurrais. jamento, por exemplo, a planEmbalagens plásticas para ta aproveita até 96% da água o acondicionamento de ferticolocada no solo”, comentou. lizantes e de outros produtos, Ela complementou o conjune tubos, muito usados na to de dados afirmando que, construção de sistemas de “as análises da Braskem irrigação, bem como lonas e apontam para um crescimento sacarias fabricadas a partir de em torno de 20% do segpolímeros, também constituem mento de resina de polieo conjunto de itens muito tileno (PE). Pelo grande demandados no agronegócio. impacto positivo que esta O crescimento do ramo solução tem na produção agrodesde o início deste ano foi pecuária, a expectativa é que apontado em uma pesquisa a demanda de PE para fadivulgada pelo Instituto de bricação de tubos cresça no Pesquisa Econômica Aplicada próximo ano”. (Ipea). De acordo com o estuSegundo informações da Especialistas da área do plástico do, em julho de 2021, produtos Braskem, deverá ser oficiacomentaram sobre os reflexos da como café, açúcar, algodão e lizado ainda no começo de projeção de crescimento do agro carne suína bateram recordes 2022 o início das atividades de exportações. O levantasobre a demanda de produtos feitos do Centro de Pesquisa de mento também mostrou que de com polímeros virgens e reciclados. Plasticultura, projeto encajaneiro a julho de 2021 a soja, beçado pela companhia e pela Fundação de carne bovina, açúcar, a madeira e o milho foram os Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo produtos que apresentaram maior variação positiva (Fapesp), que será voltado para o desennos preços médios, cujos percentuais foram, volvimento de produtos fabricados com plásticos respectivamente, 28,6%, 12,2%, 14,7%, 15,0% e 22,2%. para aplicações no campo. Também são positivas as perspectivas de consumo de plásticos na área do agro em 2022. Polímeros reciclados no campo Ana Paiva, coordenadora de desenvolvimento de Um projeto que visa à utilização de polímeros mercado agro da Braskem, com unidade em São reciclados na fabricação de mourões e pisos para Paulo (SP), fez alguns apontamentos referentes currais está sendo coordenado pela JBS, com sede a segmentos do ramo de plásticos que têm em São Paulo (SP), em parceria com unigrande potencial de crescimento no próximo versidades. Essa informação foi fornecida por ano, de acordo com estimativas apresentadas Suzana Carvalho, diretora-executiva da divisão de pela companhia. fertilizantes da empresa. O aumento da demanda por filmes agrícolas Segundo ela, as frentes de trabalho consistem para o acondicionamento de grãos e de tubos no desenvolvimento de materiais compósitos que plásticos para a construção de sistemas de irrigação sirvam como alternativa a materiais tradicionais. está entre os exemplos mencionados: “O resultado “Estamos utilizando resíduos para produzir expressivo no campo aqueceu o mercado de silomourões para currais, visando à substituição da bolsas produzidas em plástico, que atingiu a marca madeira de eucalipto pela madeira plástica”. Ela de mais de 144 mil unidades consumidas em 2020. complementou dizendo que o projeto engloba Isso significa um crescimento de demanda de mais ainda a produção de gaiolas para transporte de de 36%, quando comparado ao ano anterior”. Ainda animais vivos. segundo ela, “o crescimento se mantém em 2021 e a expectativa é que continue em 2022, como Braskem Brask em – www.braskem.com.br vem acontecendo, de forma muito consistente, JBS – https://jbs.com.br ano a ano”.

Tendências da plasticultura no agronegócio para 2022


7 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Nova especificação técnica para interface entre injetoras e robôs Processos cada vez mais complexos pedem interfaces de hardware capazes de abranger toda a infinidade de sinais provenientes das máquinas, o que levou a Associação Europeia de Fabricantes de Máquinas para Plásticos e Borracha (Euromap) e a OPC Foundation a atuarem juntas para orientar os fabricantes de injetoras no desenvolvimento de novas interfaces com base na arquitetura unificada OPC (OPC UA), que já está presente na especificação Euromap 67, a qual define a interface elétrica entre injetoras e sistemas de manipulação ou robôs. Uma nova versão desta especificação está sendo preparada pelo Grupo de Trabalho Conjunto da Euromap e da OPC Foundation, que publicou o esboço da norma para interfaces compatíveis com o conceito de indústria 4.0, com uma maior gama de funções, e que será o padrão sucessor do Euromap 67. A nova especificação, que por enquanto é denominada OPC 40079, propõe a mudança para uma interface baseada em software orientado para o padrão em OPC

Fabricante de injetoras inaugura divisão de manufatura aditiva

A alemã Arburg, com unidade

brasileira em São Paulo (SP), anunciou a criação de uma nova divisão, a ArburgAdditive GmbH + Co KG, que abrigará todas as atividades da empresa relacionadas à manufatura aditiva. A nova divisão terá como diretor administrativo Victor Roman, que deve ingressar na empresa em 1 de dezembro deste ano. Ao fundar sua nova empresa, a Arburg destaca a sua aposta na manufatura aditiva (impressão 3D) como um método de produção

UA, tendo em vista as injetoras modernas que operam com moldes mais complexos, além de informações estendidas sobre rastreamento de peças e qualidade, bem como uma coordenação mais precisa de posições, que poderão ser modeladas dentro dos sistemas de controle.

Instituições europeias estão trabalhando em uma nova série de especificações para a interface de operação entre injetoras e sistemas de manipulação. Imagem: Shutterstock Além disso, a especificação regula a adoção de funções adicionais, tais como login de operador simples em ambas as máquinas e a troca de programas. A comu-

suplementar fundamental no processamento de plásticos. Após o desenvolvimento e o lançamento do Freeformer, equipamento para manufatura aditiva a partir de grãos convencionais de resina, a empresa adquiriu a innovatiQ, especialista em solu-

nicação em tempo real para coordenar os movimentos da injetora e do robô de forma a evitar colisões, além de tempos de ciclo otimizados sem necessidade de intervalos (buffer), serão garantidos pelas novas especificações. O grupo de trabalho é liderado por Harald Weber, da Divisão de Máquinas para Plástico e Borracha da Associação alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais (VDMA Plastics and Rubber Machinery), e já havia começado a desenvolver o modelo de informação em 2015. Publicar a especificação na fase de rascunho dá a todas as partes envolvidas a oportunidade de visualizar e comentar a norma antes de sua finalização. As especificações OPC UA publicadas para máquinas de plástico e borracha podem ser encontradas nos sites mostrados a seguir. Euromap – www.euromap.org/i40 OPC F oundation – Foundation https://opcfoundation.org VDMA – www.vdma.org/opcua

ções para a manufatura aditiva de borrachas de silicone líquido. Agora, ao combinar todas as atividades de manufatura aditiva sob o mesmo comando, a empresa fortalece esta área de negócios e abre caminho para novos desenvolvimentos.

Arburg anuncia a criação de uma nova divisão de negócios que reunirá todas as suas atividades relacionadas ao desenvolvimento de equipamentos e processos de manufatura aditiva (impressão 3D). Nas imagens, componentes para o setor aeroespacial impressos em 3D, em equipamentos da Arburg, além de peças diversas obtidas pelo mesmo processo. Imagens: Arburg


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NOTÍCIAS Reestruturação para o novo ano Ao longo de 2022, a Arburg Plastic Freeforming, divisão que desenvolveu o equipamento FreeFormer, passará a integrar o novo negócio, cuja linha de produtos incluirá, além do Freeformer, os sistemas 3D da innovatiQ. O processo Arburg Plastic Freeforming (APF) foi projetado para atuar como um sistema aberto, possibilitando ajustar o processo de fabricação dos componentes de acordo com os requisitos específicos, utilizando grânulos convencionais de resina. Já os sistemas de impressão 3D innovatiQ funcionam com base na tecnologia FFF (de Fused Filament Fabrication, ou fabricação a partir de filamento). Há também o sistema de impressão LiQ 320, que processa borracha de silicone líquido (LSR) em um procedimento especial denominado LAM (manufatura aditiva a partir de materiais líquidos). Arburg – www.arburg.com/pt/br

Equipamento de soldagem a laser robotizada chega ao mercado

A Trumpf, com sede na Alemanha e filial em Barueri (SP), integrou ao seu portfólio de produtos a máquina de soldagem a laser TruLaser Weld 1000 (foto). Indicada para a soldagem de postiços e/ou de superfícies de moldes, por exemplo, a máquina conta com cabeçote que gera feixe de laser de estado sólido com potência de 3 quilowatts. Ela é equipada com braço robótico de seis eixos, suas

Máquina de soldagem a laser que passou a integrar a linha de equipamentos da Trumpf conta com robô de seis eixos e é indicada para reparos em moldes e ferramental em geral. Imagem: Trumpf

dimensões são de 5.200 x 2.200 x 2.800 milímetros e seu projeto foi pensado para a realização de reparos em ferramental, bem como para o processamento de lotes sob encomenda. Sua configuração consiste ainda em área de trabalho dividida em duas seções. Em comunicado à imprensa, foi informado que isso possibilita que sejam realizadas duas operações diferentes em paralelo. Ou seja, exemplificando, enquanto uma peça está sob processo de soldagem em uma das seções, a outra pode ser utilizada para outro trabalho. Além disso, se o usuário desejar soldar peças cujo porte requeira um maior espaço, as seções da área de trabalho podem ser configuradas para este fim. Outro detalhe é que o robô pode ser programado para alternar o seu trabalho entre as seções. Martin Geiger, gerente de produto da Trumpf, falou mais a respeito disso: “Dependendo da programação do robô, em que se pode simplesmente guiá-lo ao longo da área a ser soldada, isso pode levar alguns minutos”. Segundo


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ele, a máquina “possibilita que empresas menores aproveitem os benefícios da soldagem a laser automatizada, podendo aumentar a produtividade de seus processos”. A fabricante expôs a nova máquina na edição recémrealizada da feira internacional Blechexpo, que aconteceu no mês de outubro, na Alemanha. Trumpf – www.trumpf.com/pt_BR

Equipamentos para gravação a laser em moldes terão nova fornecedora

A Gravomark (São Paulo, SP) divulgou que a Brassell (Belo Horizonte, MG) passará a comercializar peças de reposição

Empresas firmaram acordo para a comercialização de peças de equipamentos de gravação a laser e prestação de serviços em Minas Gerais. Imagem: Gravomark

de equipamentos indicados para gravação a laser em cavidades de moldes usados para a fabricação de itens plásticos que compõem o mix de produtos da francesa Gravotech, companhia que é representada no Brasil pela empresa paulista. Entre os equipamentos que serão comercializados estão gravadores a laser híbrido, que podem gravar em superfícies de moldes feitos com aço, alumínio

ou cobre, por exemplo, que contam com fonte de laser com potência de 10 ou 20 W. A série de modelos também é composta por versões indicadas para a execução de gravações em peças plásticas feitas com poli (metacrilato de metila) (PMMA). Algumas das características destes modelos são: laser com potência de 30 W e velocidade de trabalho de 1.500 mm/s, podendo fazer gravações em áreas de 100 x 100 mm. Juliano Moura, gerente-geral da Gravomark, explicou como a parceria vai funcionar: “Nós trabalharemos com a venda direta e a Brassell realizará a prestação de serviços de assistência técnica, além de fornecer as peças de reposição”. Gravomark – www.gravomark.com.br


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NOTÍCIAS Técnica de coloração permite reproduzir padrões de marmorização em série

lidades de design do Ultrason. Com controle de temperatura adequado da máquina, padrões atraentes e de alto contraste são possíveis para os nossos graus P e E de injeção. Até A companhia alemã Basf deagora, nossos clientes consenvolveu um novo modo de seguiram moldar componentes produzir componentes plástitransparentes, translúcidos e, cos marmorizados em série por meio da moldagem por injenaturalmente, de coloração ção, feitos com polímeros da sólida”, disse o executivo sua linha Ultrason, baseados Georg Graessel, do setor de Desenvolvimento de Negócios em polisulfona (PSU). A técGlobais Ultrason da nica de coloração ofeBasf. rece diversas possibiAlém das aplicações lidades para os designers já mencionadas, os utilizarem esse matecomponentes marmorial para colorir elerizados podem ser utitrodomésticos, tigelas lizados ainda em proe outros utensílios, dutos domésticos assim como compo(como copos, pratos e nentes externos que utensílios de cozinha), precisam ser mais atraos quais são recomenentes esteticamente. dados para o uso em A nova técnica, que forno de micro-ondas. é objeto de pedido de Outras possíveis aplipatente, apresentou Efeitos de superfície, tonalidades, riscas e padrões cações são em armaalto índice de sucesso de cor podem ser reproduzidos em peças de PSU moldadas por injeção, voltada para componentes com dois grades de ções e alças de óculos, de eletrodomésticos, tigelas e recipientes que em componentes vimoldagem por injeção, exigem acabamento mais atraente. síveis de aparelhos o Ultrason E – baseado Imagem: Ultrason/Divulgação Basf elétricos e eletrônicos, em poli(etersulfona) painéis decorativos e revesti(PESU) – e o Ultrason P – xima à cor de mel, os grânulos mentos. Todas elas se bebaseado em poli(fenilsulfona) da linha são adequados para neficiam das boas proprie(PPSU) –, para a produção de tons claros, bem como padades da matéria-prima, tais peças voltadas a aplicações drões abstratos por coloração como resistência ao vapor de que se beneficiem das prosólida que se parecem com até 180 °C, alta resistência priedades de alta resistência materiais naturais, tais como mecânica em uma ampla gama térmica, química e mecânica madeira ou mármore. “Efeitos de temperaturas, boa resisintrínsecas ao material, assim de mármore sempre chatência a agentes de limpeza como as que exigem aprovação maram atenção no mundo dos industrial, assim como a ciclos para contato com alimentos. plásticos. Até agora, esses de esterilização. De acordo com informações efeitos eram possíveis soda empresa, o novo processo mente com a complexa molO processo torna possível produzir peças, dagem por injeção de dois A marmorização é feita em com efeito marmorizado, molcomponentes e não garantiam máquinas convencionais de dadas em máquinas convenreprodutibilidade. Com a moldagem por injeção equicionais de injeção de maneira marmorização estamos adipadas com apenas uma unimais fácil e com um maior cionando outra forma de codade de plastificação e um índice de confiabilidade de lorir às já versáteis possibiprocesso do que antes, desde que sejam utilizados novos tipos de bicos injetores e uma técnica de dosagem especial. Ainda segundo a Basf, pela primeira vez efeitos de superfície como tonalidades, riscas e padrões de cor podem ser reproduzidos: partes moldadas por injeção de uma série são parecidas, mas não são completamente idênticas. Com uma tonalidade pró-


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bico aberto. O material de base pré-colorido e o masterbatch de cores de alto contraste devem ser adicionados de forma sincronizada no ciclo de moldagem. Os padrões na parte moldada são então alcançados pela separação e fusão do fluxo de material plastificado. Isso é feito com bicos injetores, os quais são fabricados por impressão 3D. Esses insertos oferecem grande liberdade de design , uma vez que não somente podem ser criados padrões espelhados, como também padrões de rotação simétricos. Outros fatores que influenciam o design de padrões são o próprio formato do bico, o sistema de abertura do molde,

a localização da abertura e o comportamento do fluxo de plastificação durante o preenchimento do molde. A nova técnica da companhia também é adequada para outros termoplásticos. Basf – https://url.gratis/6EqkmZ

Pesquisa indica que investir em tecnologia é um caminho para enfrentar a crise

A Confederação Nacional da

Indústria (CNI) divulgou uma pesquisa que mostrou que um percentual de 80% de empresas de médio e grande porte do ramo industrial obteve ganhos em produtividade

ao implementar o uso de novas tecnologias em seu chão de fábrica durante a pandemia de Covid-19. De acordo com o estudo encomendado pela entidade ao instituto FSB Pesquisa, a grande maioria das companhias participantes do levantamento mencionou que os ganhos obtidos também estão relacionados à competitividade e à lucratividade. Além disso, foi apontado que 5% das entrevistadas obtiveram ganhos relacionados a estes assuntos, enquanto 3% delas disseram ter obtido resultados menos expressivos. Em comunicado à imprensa, Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, comentou


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NOTÍCIAS que incentivar a implementação de novas tecnologias em parques fabris é fundamental para o enfrentamento das dificuldades causadas pela atual crise sanitária. “Diante do surgimento de pandemias como a de Covid-19, e de obstáculos ao crescimento econômico e à melhoria das

Estudo mostrou que 88% das indústrias que adotaram o uso de tecnologia durante a pandemia obtiveram bons resultados. Imagem: Pixabay

condições de vida da população, estimular o espírito inovador é primordial para avançarmos”, concluiu. Automação e trabalho manual Outro assunto que foi abordado por meio da pesquisa é o uso de tecnologia/ferramentas que se aproximem dos conceitos de indústria 4.0, e que sejam úteis para a capacitação de profissionais. Este é um tema recorrente no ramo industrial e inevitavelmente levanta questões sobre a modernização do chão de fábrica, aumento da produção e o mantenimento de empregos. “Ganhos operacionais impulsionam diretamente a rentabi-

lidade e, por consequência, o desenvolvimento econômico, ajudando a salvar empresas e empregos”, comentou Fábio Rodrigues, CEO da Novidá (São Paulo, SP). Segundo ele, “existe um desequilíbrio muito grande entre as máquinas e o trabalho manual, e por isso é tão importante que a indústria inove”. CNI – www.portaldaindustria.com.br/cni


Termoplásticos com fibra de carbono impressos em 3D e em larga escala

Uma parceria entre a Solvay

e a desenvolvedora de soluções de manufatura avançada 9T Labs AG, de Zurique (Suíça), poderá resultar em breve em uma técnica capaz de produzir peças em plástico reforçado com fibra de carbono (CFRP) processadas por manufatura aditiva (impressão 3D) e em larga escala. O esforço conjunto permite que a tecnologia de

ria expande os portfólios de materiais simples e reforçados com fibra de carbono que a 9T Labs oferece atualmente aos seus clientes. “Com o processo e equipamento inovadores da 9T Labs e os materiais termoplásticos de alto desempenho da Solvay, estamos bem posicionados para resolver problemas que há muito tempo atormentam os fabricantes em muitos setores que tentam usar compostos avançados, tais como altos custos incrementais, alto índice de geração de sucata e proble-

alto desempenho sejam p r o d u z i d a s e m c o m p ósitos termoplásticos reforçados com fibra de carbono em volumes de produção que variam de 100 a 10.000 peças/ano. Ela combina a impressão 3D (que oferece liberdade de projeto e controle da orientação da fibra) com a moldagem por compressão em matrizes metálicas, proporcionando tempos de ciclo rápidos, altas taxas de produção, repetibilidade e reprodutibilidade (R&R). “Os metais ainda são predominantes na fabricação de

Engenharia de materiais e técnica inovadora de produção tornará possível a fabricação em larga escala de itens estruturais e de alta resistência. Nas imagens, exemplos de aplicações dos novos materiais impressos em 3D em uma dobradiça para porta de helicóptero e em carcaça para relógio de pulso. Imagens: 9T Labs

manufatura aditiva inovadora do 9T Labs produza peças de baixo a médio volume para as indústrias aeroespacial, médica, de luxo/lazer, automação e para o setor de petróleo e gás. A Solvay se concentrará no desenvolvimento de poliéteretercetona reforçada com fibra de carbono (PEEK/CF), poliamidas de alto desempenho com base biológica reforçada com fibra de carbono e materiais compostos de poli(sulfeto de fenileno) reforçado com fibras de carbono (PPS/CF). A parce-

mas de repetibilidade e rastreabilidade de grandes volumes”, explicou Marco Apostolo, diretor de tecnologia da Solvay. “Acreditamos que esta colaboração ajudará a resolver muitos desafios e abrirá mercados totalmente novos e aplicações de produção em massa para materiais reforçados com fibra de carbono (CFRP)”, complementou. A tecnologia de fabricação híbrida da 9T Labs, cuja plataforma é denominada Red Series, permite que peças estruturais de

peças estruturais porque as suas contrapartes em CFRP não têm custo competitivo”, acrescentou Giovanni Cavolina, cofundador e diretor comercial da 9T Labs. “A plataforma Red Series em combinação com os materiais recicláveis e de alto desempenho da Solvay mudará isso e tornará as peças em CFRP mais sustentáveis, acessíveis e com custo competitivo, especialmente em volumes maiores.” 9T Labs – www.9tlabs.com

IMPRESSÃO 3D

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MATÉRIA-PRIMA Poli(butileno adipato-cotereftalato) (PBAT) tereftalato) (PBAT), também chamado de polibutirato, é um copoliéster geralmente proveniente de fonte fóssil, que é fortemente reconhecido por sua característica de ser biodegradável, o que despertou grande interesse industrial devido às suas boas

os poliésteres alifáticos e aromáticos. Pesquisadores buscavam por um plástico biodegradável que pudesse ser produzido prontamente e a partir do poli(tereftalato de butileno) (PBT) substituíram partes de seus componentes separando as seções aromáticas do polímero, tornando-o, desta forma, biodegradável. Por vezes esse material é procurado para atuar como substituto

propriedades atreladas à possibilidade de rápida degradação, se comparado a outros polímeros. No decorrer da história dos polímeros foi por volta dos anos 1990 que o desenvolvimento dos biopolímeros ganhou mais atenção, e o PBAT surgiu como uma ponte entre

ao polietileno de baixa densidade (PEBD) devido à semelhança entre suas propriedades, como alto peso molecular e estrutura molecular ramificada de cadeia longa. O PBAT possui a vantagem de se degradar quando enterrado no solo ou quando submetido a

O poli(butileno adipato-co-

condições de compostagem, em que sua biodegradação ocorre por intermédio de ação microbiana e, em condições favoráveis, dentro de algumas semanas 90% do material se transforma em moléculas de água, CO2 e biomassa. De acordo com estudos, os microrganismos usam o carbono do polímero para gerar energia e formar biomassa. Comumente, o PBAT é fornecido industrialmente em pellets e pode ser facilmente transformado por meio de técnicas de processamento convencionais como, por exemplo, moldagem por injeção, extrusão, extrusão de filmes, sopro e termoformação. Por se tratar de um polímero sintético, pode ser facilmente produzido em grande escala e destaca-se, principalmente, por possuir as propriedades necessárias para a produção de filmes flexíveis que rivalizam com plásticos convencionais. Além disso, o PBAT possui características que o tornam empregável em processos de impressão 3D, com possibilidade de solda. O maquinário para sua transformação pode ser o mesmo utilizado na transformação de polímeros mais comuns e não requer mudanças ou melhoramentos, exceto pelo uso correto das temperaturas de processo e secagem do material antes de processá-lo para evitar a sua degradação precoce por hidrólise. Entre as variações mais comuns para o PBAT estão os grades de PBAT/PLA e PBAT com amido. Em comparação com a maioria dos poliésteres biodegradáveis como poli(ácido lático) (PLA), por exemplo, as propriedades mecânicas do PBAT mostram-se mais flexíveis e próximas às do polietileno de baixa densidade (PEBD).


NOV-DEZ. 2021 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – 15

Esse índice de flexibilidade, atrelado à sua biodegradabilidade, também torna o PBAT apto a ser comercializado como um aditivo para plásticos biodegradáveis mais rígidos a fim de conferir a eles um maior índice de flexibilidade, mantendo sua degradabilidade final total. Esse conjunto de propriedades torna o PBAT um material biodegradável muito promissor para emprego em uma ampla gama de aplicações potenciais. Entre elas estão filmes para embalagens (inclusive para contato direto com alimentos), sacos compostáveis

para lixo, sacos e sacolas para compras (em lojas ou mercados), filmes para jardinagem e de uso agrícola (filme mulch), talheres, membranas especiais, confecção de protótipos biodegradáveis e até mesmo como revestimento resistente à água para copos descartáveis de papel. Vale ressaltar que a biodegradação não é a única solução para polímeros biodegradáveis. A reciclagem mecânica e química, ambas feitas de maneira correta, podem ser aplicadas ao PBAT, assim como para o PLA e PHB, materiais fichados nas últimas

duas edições desta seção por Plástico Industrial. Por se tratar de um polímero termoplástico, o PBAT pode ser totalmente reciclado e deve estar identificado pelo símbolo “ ” (sete), de acordo com a simbologia da ABNT para reciclagem, devendo ser descartado nas lixeiras de cor vermelha. Confira os fabricantes e fornecedores desse polímero em nosso Guia de Resinas Termoplásticas. Para saber mais sobre a ciência dos polímeros, consulte também a seção de Literatura em nosso site www.arandanet.com.br/revista/pi

A ciência do material A obtenção do PBAT se dá por meio da policondensação de 1,4 butanodiol, ácido adípico e ácido tereftálico constituído por dois tipos de comonômeros: um segmento “rígido” de tereftalato de butileno (BT), que consiste em monômeros de 1,4 butanodiol e ácido tereftálico; e o segundo segmento “flexível” de adipato de butileno (BA), o qual consiste em monômeros de 1,4 butanodiol e ácido adípico. Esses dois grupos podem ser observados na figura que ilustra a estrutura molecular desse polímero. As pro-

priedades do PBAT podem ser ajustadas variando a proporção dessas unidades monoméricas, ou até mesmo por combinação com outros polímeros.

O PBAT é um copolímero aleatório e, sendo assim, não há ordem ou regularidade bem definida acerca da organização dos comonômeros. Apresenta não somente boa biode-

gradabilidade, devido à unidade alifática na cadeia da molécula, mas também bons índices de propriedades mecânicas graças à presença da unidade aromática na cadeia molecular. Há estudos para a formulação desse material utilizando componentes de origem biológica e renovável. Portanto, é previsível que, em breve, haja a produção de grades de PBAT inteiramente de base biológica em alguns anos, o que o tornaria uma opção de biopolímero biodegradável.

Propriedades típicas* Nome e sigla: ---------------------------------------C l a s s i f i c a ç ã o : --------------------------------------O r i g e m : -----------------------------------------------Fórmula química: --------------------------------Comportamento mecânico: ------------------Organização molecular: -----------------------Densidade (sólido): -----------------------------Temperatura de transição vítrea (Tg): ----Temperatura de fusão (Tm): ---------------S e c a g e m : ----------------------------------------------

poli(butileno adipato-co-tereftalato) (PBAT) – [en. poly(butylene-adipate-co-terephthalate)] polímero biodegradável sintético (policondensação) (C12H12O4)x(C10H16O4)y termoplástico semicristalino 1,26 g/cm³ -30 °C 115 °C cerca de 30 minutos a 70 °C

* Os dados atribuídos às propriedades do polímero são valores médios obtidos na literatura e junto a

fornecedores de materiais.


GUIA I

16 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Os novos recursos para a extrusão na era digital A transformação digital já integra a história recente dos processos industriais, e com a chegada da tecnologia 5G, de internet de alta velocidade, estamos prestes a observar mais um episódio: o do impulso às rotinas de aprendizagem de máquina, gêmeos digitais e iIoT, ou Internet Industrial das Coisas, que tem em sua essência a comunicação entre máquinas. Plástico Industrial tem realizado ao longo deste ano uma série de coberturas sobre como cada segmento de maquinário para transformação de plásticos está sendo adaptado a essa transformação. Iniciamos com as injetoras, passamos pelos periféricos e agora é a vez do setor de extrusão. Descubra a seguir como os fornecedores de maquinário para este processo de transformação estão incorporando aos seus modelos as chamadas tecnologias facilitadoras da Indústria 4.0, habilitando seus equipamentos para operarem em linhas de fabricação inteligentes. Na sequência, a atualização do guia de fornecedores de extrusoras mapeia os modelos oferecidos por algumas das empresas atuantes no mercado brasileiro. Hellen Souza, da redação

A

incorporação dos conceitos de indústria 4.0 no setor de plásticos começou pelas injetoras, a partir da iniciativa da Euromap, a associação europeia de fabricantes de máquinas de plástico e borracha, de padronizar a interface de comunicação entre máquinas e demais dispositivos. O protocolo de arquitetura unificada da OPC Foundation (OPC UA) foi então adotado por ser considerado o que atende mais amplamente à demanda da indústria, adequando-se à combinação entre tecnologia operacional (TO) e tecnologia da informação (TI). Por isso foi definido como padrão pela Associação

Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais (VDMA), e especificamente pela Euromap, para o desenvolvimento dos recursos de integração e conexão no setor de máquinas para plásticos. A recomendação Euromap 77 estabelece diretrizes para a transferência de dados entre injetoras e demais sistemas. Na sequência, a instituição elaborou a série de diretivas Euromap 82, cobrindo controladores de temperatura de moldes, câmaras quentes e sistemas de dosagem para silicone líquido. E logo surgiu o capítulo especialmente direcionado às

extrusoras, a Euromap 84, que define as trocas de dados entre os componentes de uma linha de extrusão e sistemas MES, cobrindo em sua primeira versão, que data de 2018, definições gerais, linhas de extrusão, extrusoras, puxadores, bombas de extrusão, filtros e matrizes. Uma nova versão foi publicada em abril deste ano, com as referências normativas OPC 40084, relacionadas a modelos de informação para o setor de extrusão, tratando, inclusive, das diferentes possibilidades de fluxo de informações em linhas de produção desse tipo, como mostra a figura abaixo.

Possibilidades de fluxo de dados entre linhas de extrusão, de acordo com a OPC UA 40084


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Novas habilidades derivadas da tecnologia digital A incorporação de recursos digitais às extrusoras permite a completa integração de sistemas produtivos, envolvendo a troca de informações com equipamentos periféricos e centrais de controle. Recursos como monitoramento, gerenciamento e análise de operações, assim como a conexão com o conjunto do maquinário são algumas das “habilidades” exigidas desses equipamentos para que eles façam parte de sistemas de manufatura inteligente. A adaptação dos equipamentos para o trabalho de acordo com os conceitos da indústria 4.0 passa pelo sensoriamento das inúmeras etapas de processo, o que permite a captura de dados que constituem o Big Data da produção, e que podem ser manipulados para fins de análise e planejamento. A implantação de inteligência artificial em máquinas e equipamentos (machine learning) também figura entre os estágios do aperfeiçoamento das linhas de produção. Software e hardware conferem autonomia às máquinas para que elas realizem processos e até tomem decisões relacionadas, por exemplo, à definição de parâmetros e ajustes mecânicos, assim como ao armazenamento de dados referentes ao surgimento de anomalias e correções a serem executadas, as quais podem ser retroalimentadas no sistema. A implantação de um projeto 4.0 deve levar em conta os recursos computacionais envolvidos, incluindo os sistemas de execução da manufatura (MES, de manufacturing execution system), que

18 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

consistem, de maneira geral, em uma classe de software situada entre os destinados à automação no chão de fábrica e os sistemas corporativos para planejamento do uso de recursos (ERP, de enterprise resource planning). Importante ferramenta da automação industrial, o MES monitora a produção em tempo real, avaliando as perdas e os ciclos produtivos. Integrado ao ERP, pode interferir diretamente nas ordens de produção, efetuando apontamentos normalmente impossíveis de serem feitos de forma manual. Possibilita, por exemplo, o acompanhamento do processo de produção desde a emissão de ordens de serviço até a fabricação do produto final. A segurança dos dados da produção digital, ou a cibersegurança no ambiente de produção, é outro ponto importante. Se as máquinas podem se comunicar, há, é claro, a possibilidade de que dispositivos intrusos entrem nessa conversa, podendo causar danos consideráveis à rotina produtiva.

Os requisitos para a indústria 4.0 A disponibilidade dos recursos a seguir caracteriza um equipamento como adaptado às rotinas de produção típicas da indústria 4.0. Para a elaboração do guia de fornecedores disponível ao final deste artigo, solicitamos que as empresas participantes apontassem se os seus equipamentos estão adaptados para operar com essas rotinas: • A conectividade entre dispositivos para fins de controle de processo (Internet

industrial das Coisas, ou iIoT), disponível em 82% dos novos modelos listados no guia de fornecedores. • O uso de Big Data, ou a massa de dados captados na produção. Este recurso foi informado como disponível por 70% das empresas participantes do guia. • Computação em nuvem, para acesso remoto a informações sobre a produção, com a possibilidade de integração entre plantas em locais distintos. Foi apontada por 82% das participantes como disponível em seus modelos. • O uso de dispositivos de realidade aumentada para efetuar instruções ou novos ajustes de processo, assinalado por 47% das fornecedoras listadas no guia. • A integração de sistemas (MES integrado com ERP, por exemplo), informada como disponível por 64% das empresas. • A aprendizagem de máquina (machine learning) ; apontada por 27% das respondentes como um recurso presente em seus modelos. • A conexão simplificada com a programação de robôs e manipuladores em geral, incluindo os colaborativos. De acordo com o levantamento, está disponível nos modelos de 12% das empresas. • A integração de sistemas de simulação e serviços inteligentes voltados para suporte remoto, análise de dados e tarefas de apoio, recursos apontados por 12% das empresas listadas no guia. • A disponibilidade de sistemas de cibersegurança que asseguram a integridade dos dados, assinalada como disponível por 52% das empresas respondentes.


19 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

• A oferta de serviços inteligentes, especialmente para assistência remota ao cliente, presente nos modelos fornecidos por 41% das empresas. Usar todos ou alguns desses recursos pode caracterizar um equipamento como pronto para ingressar na rotina de produção digital, promovendo o aumento da eficiência da produção. Conheça a seguir os recursos das máquinas de alguns fabricantes que concordaram em enviar à nossa redação informações adicionais às perguntas do questionário que deu origem ao guia. Elas já oferecem no mercado brasileiro as soluções para a implementação de um parque fabril de extrusoras no modelo da Indústria 4.0.

As extrusoras adaptadas para o mundo fabril 4.0 iIoT e realidade aumentada A

italiana Bausano, com unidade brasileira em São Paulo (SP), criou a plataforma Orchestra, um sistema de controle que opera por meio das tecno-

A coleta de dados brutos e a transformação em informações prontas para uso são alguns dos recursos do sistema de análise de Big Data da produção da Bausano. logias facilitadoras da indústria 4.0 c omo i I o T, a n á l i s e d e Big Data d a produção, recursos de computação em nuvem e realidade aumentada. Diagnóstico inteligente e manutenção preditiva, monitoramento contínuo e em tempo real de todos os parâmetros de produção estão entre as tarefas execu-

táveis. Também podem ser gerados relatórios imediatos, com gráficos de fácil compreensão sobre indicadores de desempenho, entre os quais o estado da máquina, a quantidade de resíduos produzidos e as horas de trabalho. O Bausano iIoT Data Manager conecta e integra as máquinas com os sistemas de gestão corporativa como ERP, MES e sistemas de relacionamento com o cliente (CRM de Customer Relationship Management). Com a autorização do cliente para a transmissão de dados em nuvem, a equipe da Bausano pode acessar remotamente os indicadores de operação da máquina e apontar com antecedência possíveis avarias. As operações de suporte remoto também são facilitadas pelo uso do aplicativo de realidade aumentada Acty, cujo compartilhamento de dados permite à empresa oferecer serviços precisos e pontuais de consultoria.

iIoT e integração A

Rulli Standard, desenvolvedora de equipamentos para processamento de filmes, criou o programa Wegnology, que


GUIA I

habilita seus equipamentos com recursos de iIoT, análise de Big Data da produção, recursos de computação em nuvem, realidade aumentada e integração com sistemas MES.

Cibersegurança A italiana TecnoSystem ecnoSystem, representada no Brasil pela Cpicolo (Jundiaí, SP), possui um programa que concentra os recursos de indústria 4.0 chamado Digits Extrusion 4.0, incluindo recursos de iIoT, análise de Big Data , computação na nuvem, cibersegurança, realidade aumentada e integração com sistemas MES e ERP. Eles permitem que as máquinas forneçam informações para dis positivos de acesso remoto como tablets e smartphones , assistência remota via rede privada virtual (VPN) - que oferece mais segurança -, e análise de tendências baseada em dados de produção.

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Integração e acesso remoto A s extrusoras da Miotto (São Bernardo do Campo, SP) dispõem de interface para conexão entre máquinas via rede CANOpen, Ethernet e Pr o f i n e t , c o m p o s s i b i l i d a d e d e gerenciamento remoto via VPN. Ta m b é m e s t ã o h a b i l i t a d a s p a r a operar com as tecnologias relacionadas à iIoT e computação em nuvem, para acesso remoto a informações sobre a produção.

Análise e formulação integradas A Technoservice (São Paulo, SP) representa no Brasil a alemã Brabender Brabender, que possui o programa MetaBridge como plataforma para conexão entre equipamentos e dispositivos. O sistema opera ainda em conexão com

Serviços inteligentes A

alemã Gneuss, com unidade brasileira em Barueri (SP), dispõe do programa I/O Link para conexão entre equipamentos e automação de processos, e já produz máquinas concebidas para operar de forma integrada com sistemas de análise de Big Data da produção, além de terem recursos de computação em nuvem, cibersegurança, integração a sistemas MES e ERP e serviços inteligentes.

Pacote 4.0 completo A

alemã Windmoeller & Hoelscher Hoelscher, com unidabe brasileira em Santo André (SP), desenvolveu o sistema Ruby para as aplicações de iIoT na sua linha de máquinas, que conta inclusive com extensões incorporando recursos adicionais de supervisão contínua e em tempo real. Meios para identificação automática de produtos e correlação entre dados de processo e de produto visando à melhoria da qualidade, que caracterizam o uso do Big Data da produção, também estão entre as tecnologias aplicadas ao maquinário. Computação em nuvem, cibersegurança, realidade aumentada, integração com sistemas MES e ERP, aprendizagem de máquina, integração com robôs e serviços inteligentes são outros itens que estão entre o leque de habilidades dos equipamentos.

A plataforma MetaBridge, da Brabender, pode ser acessada por meio de diferentes dispositivos móveis os aparelhos MetaStation, para análise de propriedades de matérias-primas, e com o TwinLab, para teste de qualidade de materiais e desen volvimento de novas receitas de formulação em escala laboratorial. As máquinas da empresa estão habilitadas para operar com tecnologias relacionadas a iIoT, análise de Big Data da produção, computação em nuvem, cibersegurança, integração com sistemas MES e ERP, sistemas de simulação e serviços inteligentes.

IioT, nuvem e integração As

chinesas Xinda Extruders e Grace Machinery também informaram dispor de equipamentos que incorporam as tecnologias facilitadoras da indústria 4.0, com r e c u r s o s e s p e c í f i c o s p a r a i I o T, computação em nuvem e integração de sistemas. Confira a seguir o guia atualizado de fornecedores de máquinas extrusoras.


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1 a 1.300

37 a 160

26 a 38

5

80

100 a 1.200

40 a 430

25 a 30

1a5

8 a 80

10 a 4.500

15 a 300

11 a 30

3a7

1.250

5 a 1.500

3 a 300

26 a 48 até 40

600

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Diâmetro (mm)

•••

45 a 135

Aplicações específicas

Uso em laboratório Com barreira Sem barreira Passo constante Passo variável Filete simples Filete duplo Extrusão de tubos lisos Extrusão de tubos corrugados Extrusão de perfis Extrusão de chapas Extrusão de filmes planos Extrusão de filmes tubulares Extrusão de fios e cabos Formulação de compostos Formulação de compostos com madeira Uso em laboratório

Beier, China

Torque (Nm)

Única Dupla co-rotante Dupla contra-rotante Planetária Cônica

Potência instalada (kW)

Velocidade máxima (rpm)

(19) 99590-6925 n

Capacidade de plastificação (kg/h)

Para produção de itens multicamadas

Altax7

Fabricante/País

Zonas de aquecimento

Empresa, telefone e e-mail

Relação L/D

Especificações da rosca

• • • • • •• • • • • • • •

vendas@altax7.com.br Bausano

(11) 5611-8981

info@bausanodobrasil.com BY Engenharia

(11) 5533-1790

magianesi@byengenharia.com.br Extrusão Brasil

1.780 a

••

• ••

30 a 170

•••

46.960 Davis Standard

15 a 300

• • • • • • • •• • • • • • • •

22 a 150

• • • • • • • •• • •

35 a 200

••••••

e Farrel, EUA

(11) 4056-8069

••••

renato@extrusaobrasil.com.br Gneuss

(11) 99244-0779 n

50 a 2.000

••

gneuss.southamerica@gneuss.com Grace

(11) 98224-3852

pedro.ecoasper@gmail.com Implastic

(11) 4192-2211

Xinda e

50 a 2.000

• •• •

20 a 130

•••

Grace, China Colines, Itália

1.000 a 4.000 500 a 2.000

34

55 a 140

60 a 150

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vendas@implastic.com.br KIE Máquinas

(19) 98703-4100 n

60 a 1.000

22 a 220

28 a 39 4 a 10

100

1 a 40.000

10 a 14.900

até 60

até 15

1.200

40

45

30

6

1.800

5 a 2.000

5 a 330

até 52

até 12

600

50 a 1.500

50 a 500

40

12

60 a 1.500

84 a 1.380

até 34

9 a 71

150

50 a 150

800

310

24

5

30

150

1 a 20

3,8 a 16

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maquinas@kie.com.br Leistritz(*) malbernaz@leistritz.com

Alemanha

••

15

18 a 260

• ••

•••

http://extrudeers.leistritz.com Minematsu

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contato@minematsu.com.br Miotto

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40 a 112

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vendas@miotto.com.br Primotécnica

(11) 4543-6722

600

1,83

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vendas@primotecnica.com.br Rulli Standard

(11) 93723-4198 n

••

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vendas@rullistandard.com.br Schmuziger

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(11) 5533-1426

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(11) 94568-5255 n

Brabember,

10 a 40 6 a 10

Alemanha

300 a

40 a 150

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12 a 20

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• • • •• • • •

15 a 150

• • • • • • • ••

1.200

Itália

2 a 300

2 a 350

Itália

50 a 500

20 a 315

22 a 38 até 18

150

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240

35 a 120

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50 a 150

25 a 250

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cpicolo@cpicolo.com Tecom

(11) 94568-5255 n

30

até 7

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cpicolo@cpicolo.com Windmöller & Hölscher (11) 99431-4437 n

500 a 3.000

30

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2,5 a 550

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150

150 a 53.500

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Nota: (*) A empresa não tem representante no Brasil. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 72 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, novembro/dezembro de 2021. Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis online, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão online de todos estes guias.


MOLDES

22 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Revestimento melhora a desmoldagem de peças plásticas com alto brilho Pesquisadores do Instituto Fraunhofer desenvolveram um revestimento antiaderente para moldes que facilita a desmoldagem de peças plásticas com alto brilho superficial. Foi adotada uma combinação de medidas: adaptação da composição química da superfície do ferramental por meio de aplicação de revestimento e aplicação de uma topografia específica em escala nanométrica na mesma superfície.

B. Steinhoff, H. Kothe, M. Keunecke, F. Burmeister, F. Meyer e J. Zosel

Bernd Steinhoff (bernd.steinhoff@lbf.fraunhofer.de) é líder do Grupo de Transformação de Termoplásticos do Instituto Fraunhofer para Durabilidade Estrutural e Confiabilidade de Sistemas (Fraunhofer-Institut für Betriebsfestigkeit und Systemzuverlässigkeit, LBF). Hans Kothe (hans.kothe@lbf.fraunhofer.de) é pesquisador-assistente na mesma instituição. Martin Keunecke (martin.keunecke@ist.fraunhofer.de) lidera o Grupo de Sistemas Tribológicos do Instituto Fraunhofer para Tecnologia de Revestimentos e Superfícies (Fraunhofer-Institut für Schicht-und Oberflächentechnik, IST). Frank Burmeister (frank.burmeister@iwm.fraunhofer.de) é líder do Time de Sistemas de Revestimentos Funcionais do Instituto Fraunhofer para Mecânica de Materiais (FraunhoferInstitut für Werkstoffmechanik, IWM). Frank Meyer (frank.meyer@iwm.fraunhofer.de) é pesquisadorassistente do Grupo de Trabalho em Tribologia e Sistemas de Revestimentos Funcionais da mesma instituição. Jürgen Zosel (juergen.zosel@fresneloptics.de) é diretor-administrativo da Orafol Fresnel Optics GmbH. Todas as instituições estão situadas na Alemanha. Este artigo foi publicado originalmente na edição de julho de 2020 da revista alemã Kunststoffe. Copyright by Carl Hanser Verlag. Direitos para o português adquiridos por Plástico Industrial. Tradução e adaptação de Antonio Augusto Gorni.

A

obtenção de superfícies plásticas com alto brilho implica grandes desafios para os transformadores de plásticos, pois o polimento fino de cavidades de moldes geralmente leva à alta aderência de polímeros. Um meio de reduzir as forças de desmoldagem consiste na aplicação de revestimento antiaderente no molde, desde que apresente a menor energia superficial possível e que tenha baixo conteúdo polar como, por exemplo, uma camada contendo silício(1). Apesar de os materiais adequados para revestimento (2) e processos de deposição(3) já serem muito usados na área de plásticos, ainda permanecem algumas deficiências: ou os revestimentos se mostram insuficientemente resistentes ao desgaste ou então levam inadvertidamente a um alto grau de rugosidade na superfície do molde, prejudicando a aparência visual e a funcionalidade de peças moldadas a ponto de elas serem reprovadas.

Evolução das forças de desmoldagem A relação entre as condições químicas e estruturais do molde e a força necessária para desmoldar uma peça é muito complexa. Além das condições de material e de processo, a rugosidade ou a estruturação superficial do molde também influenciam as forças de desmoldagem(4). No caso da micro rugosidade, isso é causado pelo ancoramento mecânico e pelo grande aumento da área superficial devido à rugosidade. A redução da estruturação ou da rugosidade do ferramental inicialmente facilita a desmoldagem, já que as distâncias entre os picos de rugosidade se tornam menores devido ao polimento. Formam-se então cavidades microscópicas, o que reduz a área de contato efetiva entre o polímero e o molde. Assim, uma reprodução integral da superfície já não é mais possível. Os ancoramentos se tornam cada vez mais raros. Entretanto, isso se inverte na transição para superfícies brilhantes, caso em que as forças de desmoldagem voltam a aumentar consideravelmente(5). Isso se dá pelo fato de que a área efetiva de contato entre o polímero e a superfície rugosa do ferramental aumenta conforme o avanço do seu


23 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Fig. 1 – Desenvolvimento de um revestimento em escala nanométrica, antiaderente e com rugosidade definida (Ra inferior a 10 nm): uma camada de suporte intermediária aplicada por deposição física de vapor (PVD), para ajuste da topografia, é combinada com uma camada funcional antiadesiva aplicada por deposição química de vapor ativada por plasma (PACVD) (Fraunhofer LBF; Gráfico: Hanser)

polimento. As interações físicoquímicas proporcionam forte aderência entre o polímero e a superfície do ferramental. As forças atuantes podem ser do tipo van der Waals, interações dipolo/dipolo, pontes de hidrogênio ou ligações químicas iônicas ou covalentes que se formam.

Redução de interações e da superfície efetiva de contato Um revestimento eficaz deve reduzir simultaneamente as interações físico-químicas e a área de contato efetiva sem prejudicar o aspecto de alto brilho da superfície. A abordagem adotada aqui combinou uma proposta de solução no sentido de minimizar as interações químicas e reduzir a

área de contato, otimizando a topografia do revestimento em escala nanométrica. O sistema de camada desenvolvido consistia em uma camada aplicada por deposição física de vapor (Physical Vapour Deposition, PVD) resistente ao desgaste, visando à obtenção de uma topografia definida (camada de suporte), e uma camada superior aplicada por deposição química de vapor ativada por plasma (Plasma Assisted Chemical Vapour Deposition, PACVD) (figura 1). Foram elaboradas diferentes configurações topográficas na combinação de camadas para investigar a influência da rugosidade em escala nanométrica sobre as forças de desmoldagem. Diferentes rugosidades podem ser muito bem

caracterizadas por microscopia óptica (figura 2). Deve-se notar que os valores de rugosidade das superfícies do ferramental com alto brilho situam-se normalmente em uma faixa de Ra (média aritmética da rugosidade de uma superfície) aproximadamente menor que 20 nm, em sua maioria menor que 10 nm. Para investigar a influência química da superfície na aderência, foram testados (ver tabela) revestimentos aplicados por PACVD contendo silício, os quais diferem entre si em termos de composição e poder de molhamento (determinado pelo ângulo de contato com a água). O controle preciso das condições de revestimento permite que ele seja produzido com rugosidade quase idêntica, permitindo que a influência da interação

Fig. 2 – Micrografias obtidas por microscopia óptica (ampliação de 1000 vezes, luz lateral) das camadas combinadas PVD-(CrN) e PACVD (camada funcional Sicon) com rugosidade decrescente. As diferentes configurações topográficas são claramente visíveis (Fraunhofer LBF)


MOLDES

24 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Fig. 3 – Máquina de ensaios de tração modificada para efetuar simulação de um processo de cunhagem a quente variotérmica (Fraunhofer LBF/Hanser)

química seja investigada independentemente da rugosidade. O revestimento Sicon, desenvolvido pelo Instituto Fraunhofer para Tecnologia de Revestimentos e Superfícies, mostrou-se ser a camada de cobertura antiaderente mais adequada, sendo constituída por camada amorfa de hidrocar-

bonetos (a-C:H:Si:O) modificada com silício e oxigênio.

Quantificação da adesão Para investigar forças adesivas atuantes em superfícies de moldes com alto brilho, foi feita uma modificação em uma máquina de

ensaios de tração de forma que fosse possível simular um processo de cunhagem variotérmica para PET e PE (figura 3). As condições desse ensaio foram concebidas de tal forma que uma microestrutura gravada na superfície de um blanque circular pudesse ser moldada da melhor maneira possível. Devido à natureza do equipamento, os ciclos de teste usados diferem dos ciclos de processo utilizados na indústria. Corpos de prova redondos polidos, feitos com aço-ferramenta M333 (Böhler) temperado, com diâmetro de 35 mm, serviram como substrato para o teste. Punções foram montados sobre um suporte com dimensões de 80 × 80 mm, que foi fixado a uma placa de aquecimento resfriável. A temperatura foi aferida usando um sensor situado no interior da placa de aquecimento. O corpo de prova de plástico era colado a um punção com 40 mm de diâmetro, sendo usada uma amostra virgem para cada medição. Por razões experimentais, havia um amortecedor de borracha entre o punção e o travessão, de forma a aumentar a


25 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

distância de deslocamendurante os primeiros 10 to para permitir melhor minutos. Em seguida, era precisão de controle à iniciado o resfriamento até medida que a força de uma temperatura de desextração aumentava. O moldagem de 70 °C (10 °C ensaio variotérmico foi abaixo de Tv). O punção realizado usando controle superior era então exexterno de temperatura traído sob uma velocidade para o forno e ventilador de 2 mm/s para efetuar o para resfriamento. teste de aderência. A figura 4 mostra uma O valor máximo decurva de força versus terminado a partir da curva deslocamento versus tempo, tomando como Fig. 4 – Curva força versus tempo relativa à cunhagem a exemplo um filme de tempo (antes que o plásquente de um filme de PET. O processo de cunhagem PET amorfo (com temtico se desprendesse do consistia em três fases: início de operação, prensagem e peratura de transição vípunção) representa a força medição (Fraunhofer LBF; Gráfico: Hanser) trea Tv igual a 80 °C). No individual de desmolprensagem de 250 N (26 N/cm²). dagem para um único ensaio. De início do ensaio foi estabelecida Uma vez obtido esse valor de força, uma distância de 4 mm entre os maneira similar à força de ruptura, ela era mantida constante durante punções superior e inferior. O a de desmoldagem está sujeita à um período de 20 minutos, com a ensaio propriamente dito se iniciava influência de muitas variáveis (por temperatura sendo mantida conscom as placas sendo movidas juntas exemplo, defeitos superficiais nos tante a 105 °C (25 °C acima de Tv) a 5 mm/min até obter uma força de filmes de PET), de modo que os


MOLDES

26 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Fig. 5 - Influência da química da superfície sobre as forças adesivas do PE (à esquerda) e do PET (à direita) durante a cunhagem a quente. Todos os revestimentos superficiais testados geraram forças de desmoldagem reduzidas (Fraunhofer LBF; Gráfico: Hanser)

valores obtidos nos ensaios estão sujeitos à dispersão. Um valor médio estatisticamente confiável deve ser determinado após várias medições.

Influência dos revestimentos Esta configuração de ensaio permitiu uma investigação sistemática das forças adesivas que ocorrem durante a cunhagem a quente do PE e do PET sob condições laboratoriais (figura 5). Devido aos diferentes tipos de polímeros (PET polar e PE apolar) que foram testados, as forças adesivas observadas durante

a cunhagem a quente com a superfície de aço polido diferiram significativamente de um plástico para outro. Os valores correspondentes ao PET (cerca de 93 N/cm²) foram mais que o dobro dos observados para o PE (cerca de 36 N/cm²). Os revestimentos antiaderentes selecionados levaram a uma redução significativa das forças adesivas para os dois polímeros, conforme é mostrado a seguir: • PE: polido > Sican > Sicon e” SiO x , onde as forças de desmoldagem no caso do Sicon e SiOx diminuíram cerca de 22%;

• PET: polido > SiOx > Sicon ~ Sican, onde o Sicon e os revestimentos Sican também reduziram as forças de desmoldagem em aproximadamente 20% em comparação com a superfície metálica altamente polida. Além da química da superfície, a topografia especial aplicada na área de alto brilho desempenhou um papel decisivo, o que pôde ser observado tanto para o PE quanto para o PET (figura 6). Com relação à força de desmoldagem do PE, a superfície altamente polida (Ra ~ 1-3 nm) apresentou o valor mais alto, 35 N/cm². Na área de alto

Fig. 6 – Influência da rugosidade e da química da superfície sobre a força de desmoldagem durante a cunhagem a quente do PE e do PET. Os resultados relativos à superfície metálica rugosa foram incluídos apenas para fins de comparação (Fraunhofer LBF; Gráfico: Hanser)



MOLDES

28 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Tab. 1 – Ângulos de molhamento observados em diferentes revestimentos depositados por PACVD contendo silício. Enquanto os revestimentos Sicon e Sican, com mais de 90°, são hidrofóbicos, a camada cerâmica SiO x mostra um valor de apenas 46° (Fraunhofer LBF). Revestimento Sicon Sican SiOx

Designação da norma técnica (ISO 20523:2017-09) a-C:H:Si:O a-C:H:Si Óxido de silício

brilho o revestimento antiaderente Sicon puro reduziu a força de desmoldagem para 29 N/cm2 em comparação com a superfície metálica polida. A adoção do novo revestimento com múltiplas camadas fez com que ocorresse uma leve redução adicional, para 28 N/cm². Fora da área com alto brilho, a superfície áspera sem revestimento antiaderente (Ra igual a 130 nm) apresentou aderência muito baixa, com 3 N/cm². No caso do PET, a superfície rugosa exigiu a maior força de desmoldagem, de 92 N/cm². A superfície metálica altamente polida apresentou força adesiva de 87 N/cm². A aplicação de um revestimento antiaderente de Sicon fez com que a força de desmoldagem fosse significativamente reduzida para cerca de 70 N/cm². Uma redução significativa da força de adesão foi obtida pelo uso de um sistema de revestimento recentemente desenvolvido, fazendo com que a força de desmoldagem fosse de 56 N/cm².

Caracterização da rugosidade Para compreender melhor as relações entre química de superfície, topografia e forças de desmoldagem que foram observadas, foi feita uma caracterização detalhada da rugosidade das superfícies nanoestruturadas. Para isso, tanto a interferometria de luz branca (WLI) quanto a microscopia de força atômica (AFM) provaram ser métodos adequados. Os sistemas de revestimento combinados que foram desen-

Ângulo de molhamento 102º 95º 46º

volvidos neste projeto alcançaram uma redução da força de adesão de cerca de 60% em comparação com superfícies de aço altamente polidas, o que foi conseguido devido à modificação da química da superfície e do controle da área de contato pelo ajuste direcionado das amplitudes de rugosidade e das densidades de pico. Diferentemente de outros trabalhos, isso foi conseguido pela primeira vez especificamente na área de superfícies muito lisas (Ra menor que aproximadamente 10 nm), que são típicas no caso de plásticos com alto brilho. A descrição da topografia de uma superfície pode ser feita por meio de uma ampla variedade de parâmetros. A relação física entre os parâmetros isolados e a força adesiva resultante pode ser simulada usando modelos de contato. Um grande número de parâmetros foi analisado considerando sua importância em relação às forças adesivas observadas. A combinação de amplitude de rugosidade (Ra) e de densidade de pico (Sds) foi identificada como um parâmetro significativo. Foi observado que superfícies mais lisas (Ra menor que cerca de 10 nm), com forças adesivas comparáveis, poderiam ser obtidas usando revestimentos com densidade de pico (Sds) menor que 2 μm-2, ao invés de revestimentos com densidade de pico maior.

Teste na indústria A adequação do revestimento para aplicação em escala industrial


29 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

foi demonstrada em testes feitos na Orafol Fresnel Optics GmbH (Alemanha). Mais de 2.500 impressões puderam ser feitas sem que houvesse qualquer deterioração visível das características de alto brilho da peça moldada. O sistema de revestimento desenvolvido, que consiste de uma camada de suporte (PVD), combinada com uma camada funcional (PACVD) com baixa aderência, reduziu a aderência e mostrou-se muito resistente ao desgaste.

peças com alto brilho superficial. A superfície nanoestruturada que foi especialmente desenvolvida minimiza significativamente a área de contato durante este processo, particularmente no caso do PET, sem qualquer perda visível de qualidade óptica. Está previsto o aperfeiçoamento desta abordagem, baseado em dados e modelos, para a configuração e adaptação eficazes das superfícies de ferramental para várias aplicações na área de moldagem de plásticos.

Conclusão

Agradecimentos

A combinação de uma camada de suporte nanoestruturada com uma camada funcional antiaderente permitiu reduzir as forças de desmoldagem do PE e do PET durante a cunhagem a quente de

O projeto IGF (No. 19545 N) da Associação de Pesquisa em Plásticos (Forschungsgesellschaft Kunststoffe e. V. – FGK), com sede em Darmstadt, Alemanha, foi financiado pelo Ministério

Federal Alemão de Economia e Energia (Bundesministerium für Wirtschaft u n d E n e r g i e ) p o r intermédio da Federação Alemã d e A s s o c i a ç õ e s d e Pe s q u i s a Industrial (Arbeitsgemeinschaft industrieller Forschungsvereinigungen – AiF) como parte do programa para promoção da pesquisa e desenvolvimento industrial conjunto (Industrielle Gemeinschaftsforschung und -entwicklung – IGF), com base em uma resolução do Parlamento Federal alemão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS As referências bibliográficas referentes a este artigo podem ser encontradas no seguinte endereço da Internet: www.kunststoffe.de/2020-07


GUIA II

30 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Resinas termoplásticas As empresas constantes deste guia fornecem resinas termoplásticas das categorias commodity e especialidades, suprindo o mercado brasileiro via distribuição de grades de fabricantes nacionais ou por importação de materiais de diferentes origens.

Plásticos de engenharia (especialidades)

Fabricante Adiplast

(11) 2941-6792 n

Distribuidora

Importadora

Fabricante/País

Fabricante

Fornecedora de compostos PE PP PS PVC PET Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação

Resinas commodities Empresa, telefone e e-mail

Tipo

Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação Impressão 3D PHA PHB PLA Outros Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação Compostos formulados sob demanda

A empresa fornece:

A empresa é

Grau

Bioplásticos

Grau

Tipo

ABS, PC, Blendas

Grau

Tipo

••

••

•••

contato@adiplast.ind.br Aditive

(11) 5545-4300 n

PA, PC, PMMA, TPE, TPU,

aditive@aditive.com.br Akro-Plastic (11) 98923-1953 n

Blendas, Compostos de PP, Outros

PA, PBT, PEEK, PPA, Blendas, Outros

••

ABS

••

• • •• • • •

••

gabriela.almeida@akro-plastic.com API Polímeros (35) 98808-1379 n

Diversos

Diversos/Inglaterra

atendimento.api@hotmail.com Apta Resinas

(51) 3589-1500

••

Lotte Chemical, Radici,

aptaresinas@aptaresinas.com.br

•••

Ineos Styrolution, Exxon, Lubrizol, entre outros.

Aston

(11) 99166-6559 n

ABS, ASA, PA, PBT, PC, PMMA, POM,

••

• ••

••

•••

••

SAN, Blendas, Compostos de PP, Outros

TPE, TPU, TPV, SEBS,

paulo@engeflex.com.br Borealis

•••

Compostos de PP, Outros

(11) 4056-2580

vendas@aston.com.br BGA

ABS, ASA, PA, PBT, PC, POM, SAN, TPE, TPU, Blendas,

Compostos de PP

(11) 4524-9100

Compostos de PP

marketing.brasil@borealisgroup.com Braskem

(11) 3576-9000

••

fernanda.maluf@braskem.com Compostos do Brasil (11) 5594-0678 n caroline@compostos.com.br

Celanese, Eastman,

PA, PBT, PEEK,

Denka e Miracll

POM, TPE, TPU, TPV,

•••

•••

••

Compostos de PP, Outros Covestro

(11) 2526-3146

PC, TPU, Blendas

silvia.albuquerque@covestro.com

Cristal Master (47) 3451-5000 n

contato@cristalmaster.com.br CPE

(11) 2142-2358

lhenriques@cpe.ind.br Dakhia

Trinseo Toray / EUA,

•••

Europa Japão

ABS, ASA, PC, TPE,

•••

Blendas, Compostos de PP

•••

(11) 97602-7360 X

controladoria@dakhia.com.br

••

ABS, ASA, PA, PBT, PC, PMMA,

••

POM, PSAI, SAN, Blendas, Compostos de PP

DuPont do Brasil (11) 4706-9554

ep-vendas@dupont.com Earth

(51) 98018-9874 n

slink@earthrenewable.com

PA, PBT, POM,

•••••

•• ••

PPA, TPE, Blendas, Outros

•• • •


31 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Plásticos de engenharia (especialidades)

Fabricante

Empresa, telefone e e-mail

Entec

(11) 3085-8687

Distribuidora

Importadora

Fabricante/País

Fabricante

Fornecedora de compostos PE PP PS PVC PET Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação

Resinas commodities

••

Dow Química, Celanese,

vendas.br@ravago.com

Grau

Tipo

Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação Impressão 3D PHA PHB PLA Outros Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação Compostos formulados sob demanda

A empresa fornece:

A empresa é

•• •••

Grau

Tipo

ABS, PA, PBT, PC, POM, PPS, SAN,

Styrolution, Basf, Inovyn,

•••

Bioplásticos

Tipo

••

Grau

•• • • •

Compostos de PP, Outros

Borealis, PQS e Tosaf Fortymil

(11) 99348-2118 n

•••

Braskem

•••••

ABS, Blendas, Compostos de PP, Outros

••••••

contato@fortymil.com.br Gotalube

(11) 99636-1238 n

••••

••

gotalube@gotalube.com.br Greencolor

(11) 99141-6231 n

•••

ABS, PA

greencolortermoplasticos@gmail.com HP Chem(*)

(11) 3933-2607 n

••••

Dow Chemical Company

hpchem@hpchem.com.br IMCD

(11) 4360-6400

UBE, Elastron, SK, Eastman,

ABS, PA, PBT, POM, TPE, TPV, Outros

•••

••

Kolon/Espanha, Turquia, Coréia do Sul, EUA Itochu

(11) 99436-3601 X X

sao40qe@itochu.com Kaneka

(48) 99150-4712 n

••••• ••

Itochu Chemical Frontier/

Japão, China, Coréia

ABS, PA, PBT, PC, PPS, PTFE,

••

PVDC, TPU, Blendas, Compostos de PP

•••••

PMMA, Outros

•• ••• •

leticia.peres@kaneka.com.br

Liton Chemicals (11) 4636-8256 n

vendas@liton.com.br Mais Polímeros (11) 98383-0649 n

Braskem, Unigel,

sac@maispolimeros.com.br

ValmasterB, Lotte

•••

•••

ABS, PC, PSAI,

•••

•••

••

Compostos de PP

Chemical Master Polymers (11) 5555-7755

EMS-Grivory, Teknor

contato@masterpolymers.com.br

Apex, Polyram Industries,

EMS Chemie/Suiça

PPA, PPO, PPS, PTFE, PVDE, TPE,

PA, PBT, PC, PEEK, PEUAPM,

Mitsui Chemicals,

TPV, Blendas, Compostos de PP, Outros

•••

Victrex, Mitsubishi Chemical, Hyosung, Emsodur, Sciengy, Youju, Sinof Montachem

(41) 99648-7997 n

••

•• •••••

obrugnari@montachem.com Netplas Resinas (11) 98292-4938 n

Diversos

emerson@netplas.com.br

América do Norte,

••••• •••••

América do Sul,

ABS, PA, PBT, PC, PMMA, POM, PSAI,

•••••

•• ••• •

SAN, Compostos de PP, Outros

Ásia, Europa Nova Petrene (11) 99310-1067 n

Ineos Styrolution

Solvay/Bélgica

•••

cassiano@novapetrene.com.br

LCP, PEEK, PI, PPA, PPS,

••

PVDC, PVDF

Nova Piramidal (11) 4003-3128

Braskem, Sabic, Unigel,

marketing@piramidal.com.br

•••

• •••••

ABS, ASA, PA, PBT, PC, PEUAPM, PI,

PQS, DSM, Advansix,

PMMA, POM, PPA, PPO, PPS, PSAI,

Lyondellbasell,

SAN, TPE, Blendas, Outros

••••••

•• •••

Kepiral, Toray Novatrigo

(11) 94032-3794 n

contato@novatrigo.com.br

Basf

••••

• • • • • • ABS, PBT, PC, PA, PMMA, POM, PPA, PSA, • • • • • • SAN, Blendas, Compostos de PP, Outros

•• ••• ••


GUIA II

32 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Plásticos de engenharia (especialidades)

Fabricante

Empresa, telefone e e-mail

Place Resinas

Distribuidora

Importadora

Fabricante/País

Fabricante

(11) 4352-7393

Fornecedora de compostos PE PP PS PVC PET Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação

Resinas commodities

••••• •••••

Aramco, LyondellBasell,

placeresinas@placeresinas.com.br

Grau

Tipo

Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação Impressão 3D PHA PHB PLA Outros Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação Compostos formulados sob demanda

A empresa fornece:

A empresa é

Grau

Tipo

ABS, PC, PSAI, SAN

Bioplásticos

Tipo

Grau

••

Chevron Phillips, Formosa, ExxonMobil, Ineos, LG Chem, Petroken, Sabic, Sasol, Sidi Kerir, Sibur/Emirados Árabes, EUA, Coreia do Sul, Singapura, Egito, Indonésia, Taiwan, Egito, Rússia, África do Sul

Polibalbino (11) 99462-3844 n

Basell, Ineos, Basf,

vendas5@polibalbino.com.br

••••

••••

ABS, PA, PBT, PC, POM, PPS,

Formosa, Kumho, Orpic,

PSAI SAN, TPE, TPV, SEBS, Blendas,

Kazan, Petrocuyo/Arábia

Compostos de PP

•••

Saudita, EUA, Hong Kong, Egito, Rússia e Argentina Polifibras

Blendas, Compostos de PP

••

PA, Outros

••

Diversos/Ásia,

PBT, PTFE, PVDF, TPR, TPU, TPV,

••

Europa, EUA

XLPE, Blendas, Compostos de PP, Outros

(54) 98119-5646 n

•••

diretor@polifibras.com.br Primotécnica (11) 99220-4040 n

marli@primotecnica.com.br Princeton-Lemitar(11) 99264-4138 n

Turlock

cap@princeton-lemitar.com.br Radici Plastics

(11) 4136-6500

PA, PBT, POM, PPA, PPS,

uis.baruque@radicigroup.com Recoplast

(51) 9545-0897 n

••

•••

TPE, Blendas

Diversos

Diversos

•••

•••

daniel.marcon@recoplast.com.br Replas

(11) 94731-8649 n

contato@replas.com.br

Sabic, LG, Versalis,

Sabic, LG,

Chevron, Formosa

Versalis, Chevron,

entre outras

••••• •••••

ABS, PSAI, SAN

••

ABS, PA, PBT, PC, POM, PPA, TPU,

••

Formosa entre outras/Oriente Médio, EUA, Europa

SM Resinas

(11) 99445-4392 n

••

DOW, Petrocuyo, GCR

•••••

pcittatini@smresinas.com Tecnomatiz

(11) 99190-3209 n

Basf, Lanxess

sergio@tecnomatiz.com.br

Blendas, Compostos de PP

Thathi Polímeros(11) 99975-7266 n

Kolon Plastics (POM),

vendas@thathipolimeros.com.br

Domo (PA6),

ABS, PA, PB, POM, PPA, TPE,

••

TPU, TPV

Domo (PA66), Blue Star (PBT)/Coréia do Sul, Alemanha, França, China Total Pet

(48) 99634-4240 n

••

Billion/Vietnã

laurijunior@gmail.com Toyobo

(19) 99647-7946 n

Toyobo Global/Diversos

PA, PBT, TPE

enpla@toyobo.com.br Ube Latin

(11) 98818-9311 n

•••••

e.veloso@ube.com Vinyl Arena (11) 98165-0854 n

Vinnolit

••

vinylarena@vinylarena.com.br

Nota: (*) A empresa também fornece EVA. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 299 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, novembro/dezembro de 2021. Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis online, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão online de todos estes guias.



UNIÃO

34 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Estruturação assegura a ancoragem de insertos rosqueados em peças híbridas Os insertos rosqueados garantem uma união segura entre os componentes híbridos. Contudo, quando a carga mecânica é aplicada a longo prazo, as resinas termoplásticas podem sofrer o assim chamado efeito de assentamento devido à ação da pressão e da temperatura. A partir daí já não é possível garantir uma união duradoura. Tais efeitos de assentamento podem ser evitados por meio do uso de insertos rosqueados com uma estruturação superficial especial.

B. Bader, W. Berlin, M. Demes, K. Dröder e T. Vietor

O

s métodos convencionais de construção leve estão atingindo seus limites nos mercados de grande volume de produção, como a indústria automotiva. Para continuar conseguindo uma redução de peso economicamente significativa, a construção funcional leve está se destacando pela utilização de métodos de construção envolvendo o uso de múltiplos materiais, os

Benjamin Bader (b.bader@tu-braunschweig.de) é pesquisador-assistente do Instituto para Tecnologia de Construção da Universidade Técnica de Braunschweig (Institut für Konstruktionstechnik – IK der Technischen Universität Braunschweig). Werner Berlin (w.berlin@tu-braunschweig.de) e Michael Demes (m.demes@tu-braunschweig.de) trabalham como pesquisadores-assistentes no Instituto de Máquinas-Ferramenta e Tecnologia de Manufatura da Universidade Técnica de Braunschweig (Institut für Werkzeugmaschinen und Fertigungstechnik – IWF). Klaus Dröder (k.dröder@tu-braunschweig.de) é chefe do IWF. Thomas Vietor (t.vietor@tubraunschweig.de) é chefe do IK. Este artigo foi publicado originalmente na edição de maio de 2020 da revista alemã Kunststoffe. Copyright by Carl Hanser Verlag. Direitos para o português adquiridos por Plástico Industrial. Tradução e adaptação de Antonio Augusto Gorni.

chamados componentes híbridos, feitos com metais e plásticos. A vantagem neste caso está na possibilidade de implementar melhorias como, por exemplo, a integração de funções ou a criação de pontos de união, por meio da combinação de materiais e processos. Entretanto, a combinação de materiais metálicos com plásticos requer conceitos de fixação modificados para a conexão de

componentes adicionais devido às diferentes propriedades desses materiais. O projeto híbrido pode ser usado para reduzir o peso dos componentes, melhorar seu desempenho por intermédio da integração funcional, otimizar o processo de produção e aumentar a relação custo-benefício da manufatura em larga escala (1, 2) . A implementação de um projeto híbrido de componentes relevantes

Os insertos metálicos rosqueados com superfície estruturada em ambos os lados evitam a fluência de resinas termoplásticas em componentes híbridos (IK, IWF)


35 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Fig. 1 – O uso de insertos metálicos rosqueados híbridos sem estruturação de superfície no material compósito híbrido leva a efeitos de assentamento na união parafusada (fonte: IK, IWF; Gráfico: Hanser)

para a estrutura na fabricação de veículos pode ser dividido em dois princípios básicos (3): • Peças complexas moldadas por injeção com alto grau de liberdade de forma e elementos integrados para introdução de carga mecânica, os chamados insertos ou “onserts ” (ou seja, união especial em que insertos rosqueados são unidos com adesivos sobre um substrato), assim como reforços tais como perfis e chapas nervuradas metálicos; • Estruturas em cascas planas com base em chapas metálicas ou semi-produtos plásticos reforçados com fibras contínuas (laminados). Além disso, elementos funcionais como insertos rosqueados e estruturas como, por exemplo, nervuras ou grampos na forma de plásticos reforçados com fibra, são aplicados à estrutura da casca utilizando processos de vazamento e moldagem por compressão (por exemplo, moldagem por injeção, extrusão por impacto e termoformação). Pode-se reduzir o peso do componente por meio da diminuição da espessura da

parede do semi-produto de chapa e da utilização de aços de alta resistência e ligas leves (4) . A combinação envolvendo o uso de plásticos reforçados com f i b r a p e r m i t e o b t e r c o m p onentes com desempenho igual ou até melhor e peso reduzido em comparação com uma variante monolítica confeccionada com aço (5, 6) . A fixação de peças adicionais através de estruturas rosqueadas conformadas no plástico pode não atender às exigências tanto de propriedades mecânicas

como de resi s t ênci a a lon go prazo. Por esta razão, componentes metálicos na forma de insertos planos ou rosqueados são frequentemente embutidos no plástico como pontos de conexão para suporte de carga ao se aplicar a estrutura funcional no processo de fabricação. Neste processo, os componentes metálicos são fornecidos com recessos, tais como nervuras, furos ou texturas superficiais(7) . Estes insertos são impregnados com resina termoplástica fundida ou uma mistura de resinas. Após a resina fundida ter se solidificado, ou após sua reticulação, ocorre a formação de uma união predominantemente positiva. Este tipo de conexão é normalmente usado para uniões parafusadas diretamente no lado funcional dos componentes plásticos e híbridos. Entretanto, no caso da união rosqueada de peças adicionais, o uso de plásticos em combinação com insertos rosqueados metálicos apresenta a desvantagem de que as resinas permanentemente submetidas a solicitações mecânicas apresentam escoamento parcial devido ao seu comportamento viscoelástico.

Fig. 2 – Quando se usa insertos metálicos rosqueados com superfície texturizada os pinos penetram na fita e evitam efeitos de assentamento na conexão parafusada (fonte: IK, IWF; Gráfico: Hanser)


UNIÃO

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sada no material compósito híbri(Cold Metal Transfer, CMT) para Este problema pode ser visto do, o fluxo de força deve passar claramente na Figura 1. Trata-se o inserto rosqueado de rosca através do plástico reforçado com aqui de um conjunto híbrido de descrito a seguir. É uma boa fibras. O objeto de investigação chapa metálica e um semi-produto alternativa para se implementar a neste caso é a estruturação superde plástico reforçado com fibra estrutura necessária na forma de contínua, com matriz termopláspinos sobre a superfície. A vantaficial no lado de contato da rosca tica, de acordo com o segundo presente no semi-produto reforgem desse processo é a possibiprincípio básico de construção com çado com fibras. A estrutura estulidade de aplicação controlada por múltiplos materiais. Foi colocado dada, na forma de projeções em robô e, portanto, com alta repetium inserto metálico rosqueado forma de pino (figura 2), penetra bilidade e dimensionamento sobre o laminado para se efetuar a na matriz de resina termoplástica reprodutível e definido (comunião rosqueada no material comfundida do semi-produto plástico primento e forma da ponta) das pósito híbrido. Este inserto é durante a prensagem do material estruturas superficiais. compósito híbrido e se apoia no A soldagem CMT é um aperfeiparafusado a um componente lado metálico. O comprimento da çoamento do processo clássico a adicional através do material comestrutura foi definido em um valor arco com gás ativo (MAG) ou pósito híbrido, de modo que o fluxo cerca de 25% superior ao da espesinerte (MIG). Trata-se, portanto, de força resultante do parafusura do plástico a ser atravessado. de uma versão da soldagem a arco. samento também passe através do A característica especial desse componente plástico do material Como resultado disso, a estrutura compósito híbrido. Ao se utilizar se deforma quando pressionada método é o controle ativo do um semi-produto compósito reforsobre o lado metálico do material material de adição durante o çado com fibras e matriz termocompósito híbrido, podendo processo de soldagem. O sistema plástica ocorre um efeito de reformar recessos que levam a uma de controle digital do processo laxação devido às tensões detecta um curto-circompressivas permanencuito entre a peça e o tes no plástico que surmetal de adição durangem como resultado de te a soldagem. Dessa forma se garante a estasuas propriedades visbilidade do processo coelásticas – e, porpela retração controlada tanto, ocorre escoamendo arame de soldagem. to de sua matriz. O alívio O processo CMT, em de tensões no plástico faz comparação com o MIG, com que ocorra redução apresenta melhor sepada força de pré-tensioração entre as gotas e namento da conexão Fig. 3 – O processo de soldagem CMT permite a confecção de menor introdução de rosqueada. Particularinsertos rosqueados em forma de pinos, com comprimento definido calor na peça de trabalho. mente os componentes e cabeças apresentando diferentes formatos (fonte: IK, IWF) montados que se enO ajuste dos parâmetros contram submetidos a cargas união positiva. Dessa forma se do processo permite unir uma mecânicas permanentes podem garante o apoio das forças de parte do arame de soldagem à estar sujeitos a efeitos de ajuste parafusamento, do torque de superfície e cortá-lo em um comrelacionados aos materiais, os quais aperto e das cargas operacionais primento definido. O compriresultam em mudanças na posição através do material compósito mento dos insertos em forma de híbrido, reduzindo o efeito de pino confeccionados desta forma, original de montagem ao longo da assentamento da união. doravante denominados pinos, vida útil do componente montado. Métodos como impressão tridisituou-se entre 0,8 e 3,0 mm. As cabeças dos pinos podem assumir Transpondo o fluxo de mensional, estruturação a laser , formato plano, pontiagudo ou conformação da superfície e carga através do plástico esférico, conforme as condições soldagem podem ser usados para reforçado com fibras selecionadas de processo (12). se obter as estruturas superficiais no inserto rosqueado (8-11) . Foi Os pinos com cabeças esféricas Para evitar que a junta ceda e são adequados para unir metais e para melhor introduzir o efeito da utilizado o processo de soldagem plásticos reforçados com fibras carga mecânica da junta parafupor transferência a frio de metal


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Fig. 4 – Pinos pontiagudos (vistos à esquerda) são particularmente adequados para uso com semi-produtos têxteis. Neste experimento, uma camada de fita feita de PA6 reforçada com fibra de vidro foi perfurada por eles (fonte: IK, IWF; Gráfico: Hanser)

para que sejam formados recessos para uma conexão positiva(11). Por outro lado, quando se deseja penetração de materiais com pouca ocorrência de danos, devem

ser selecionados pinos com cabeça pontiaguda. Particularmente semi-produtos têxteis, como laminados reforçados com fibras contínuas, na forma de chapas

orgânicas ou camadas de fita, podem ser perfurados com esse tipo de pino, como se fosse uma agulha, sem danificar severamente as fibras(13). Foi adotado um processo de soldagem automati za d o , c o m robô, para a confecção dos insertos rosqueados (figura 3). Os corpos de prova em forma de chapa foram fixados em um suporte fixo sobre a mesa em frente ao robô para efetuar a confecção reprodutível das e s t r u t u r a s d o s p i n o s . Fo r a m aplicados seis pinos pontiagudos em uma placa de base feita com aço bifásico (DP1000) para se investigar o comportamento de penetração das estruturas com pinos na camada de fita (figura 4, à esquerda). Esses corpos de prova com pinos foram então


UNIÃO

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Fig. 5 – Evolução da força ao longo do deslocamento ao efetuar a prensagem do corpo de prova com pinos sobre o material compósito híbrido. O ensaio foi feito conforme a norma técnica DIN EN ISO 604 sob influência da temperatura (fonte: IK, IWF; Gráfico: Hanser)

prensados sobre um material híbrido compósito constituído por um aço para carrocerias (HX380 LAD) e camada de fita constituída por matriz de poliamida 6 (PA6) com fração de 47% de fibras de vidro (figura 4, à direita).

Dimensionando o comprimento correto dos pinos A penetração foi iniciada na parte lateral do componente plástico. Inicialmente, a matriz da camada de fita foi fundida por aquecimento durante 300 s a 220 °C em um forno para plásticos. O ensaio também foi realizado sob essa mesma temperatura para manter a matriz no estado fundido durante o processo. O valor selecionado corresponde ao da temperatura de fusão do material da matriz, ou seja, PA6. Este experimento foi baseado no ensaio de compressão para plásticos conforme especificado pela norma técnica DIN EN ISO 604. Foi aplicada uma pré-carg a de 50 N para garantir que todos os pinos da amostra estivessem em contato

com o material híbrido compósito no início do teste. Posteriormente a amostra foi prensada em 3 mm sobre o material híbrido compósito. Os pinos foram dimensionados com comprimento de 2,5 mm de tal forma que, após a penetração da fita sob uma espessura nominal de 2,0 mm, ainda houvesse um vão de 0,5 mm entre o corpo de prova e a camada de fita. Essa lacuna foi preenchida em uma etapa posterior do processo. Por isso os pinos se deformaram devido às forças que atuaram durante a prensagem.

A força necessária para a prensagem foi registrada durante o teste. As evoluções medidas das c u r v a s f o r ç a versus d e s l o c a mento dos corpos de prova individuais podem então ser combinadas para se obter uma evolução média na qual, em cada ponto dessa curva, pode-se obter um valor médio das forças de penetração necessárias de todos os corpos de prova (figura 5). Três fases essenciais podem ser identificadas. Na primeira fase os pinos penetram através da camada de fita. A força aumenta de forma quase linear com a profundidade de penetração. Isso se deve a um deslocamento crescente da matriz e das fibras durante a penetração, o que aumenta as forças de compressão que atuam sobre o pino que, por sua vez, elevam as forças de fricção que se opõem ao movimento. A segunda fase se inicia após aproximadamente 1,75 mm. A distância percorrida ainda não corresponde à espessura da camada de fita. No entanto, pode-se supor que já esteja ocorrendo uma crescente deformação elástica dos pinos. Isso se manifesta em um aumento da declividade do diagrama de força versus deslocamento e pode ser

Fig. 6 – O contorno peculiar da ponta do pino mostra claramente que ocorreu contato entre ele e o aço da carroceria durante a prensagem (fonte: IK, IWF; Gráfico: Hanser)


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explicado por desvios da espessura nominal da fita depositada, tolerâncias dos comprimentos dos pinos individuais e acúmulos de fibras na frente dos pinos durante a penetração. O início da terceira fase é caracterizado pela deformação plástica dos pinos. Inicialmente é possível observar um aumento menor do que o anteriormente verificado no diagrama de força versus deslocamento. A partir de uma profundidade de penetração de aproximadamente 3,0 mm a compressão sobre a camada de fita se intensifica, o que aumenta os gradientes de força. A força máxima verificada ao longo de um comprimento de curso de 3,0 mm foi, em média, de 3.700 N. A formação de um recesso sobre os pinos deformados plasticamente foi investigada por meio da preparação e observação microscópica de amostras metalográficas. A figura 6 mostra uma das micrografias assim obtidas, na qual o pino foi flexionado em cerca de 19° em relação à sua orientação original. É possível observar o contorno moldado das pontas dos pinos no aço para carroceria. Isso constitui uma clara indicação de que o pino esteve em contato com o componente de aço durante o processo de prensagem. A distância X em que isso ocorre (figura 6) se deve ao retorno elástico da camada de fita deformando, o que faz com que os pinos se levantem a partir do aço para carroceria. Essa elevação é reduzida pelo torque de aperto do parafuso devido à deformação elástica e plástica da resina. Se os valores de torque de aperto forem muito baixos, permanecerá um vão preenchido com restos de plástico entre os pinos e o componente metálico. Isso pode levar a uma redução da

força aplicada pelo parafuso devido ao escoamento viscoelástico do plástico. Portanto, é necessária a aplicação de um torque de aperto com valor suficientemente alto para promover o contato entre os pinos e o componente metálico.

Minimizando o efeito de assentamento Nas juntas parafusadas com transferência de carga presentes em materiais compósitos híbridos ocorrem efeitos de assentamento devido à contração do semi-produto plástico sob ação da carga mecânica e da temperatura. A consequência desses efeitos é uma alteração na posição em que a peça acessória estava montada. O uso de um inserto metálico rosqueado com estruturação especial de sua superfície permite que o efeito de assentamento seja minimizado e a introdução de carga mecânica na estrutura híbrida seja melhorada. Os insertos rosqueados em forma de pino penetram através da matriz termoplástica do semiproduto polimérico durante a prensagem e se apoiam no lado do metal. Isso isola o componente plástico do ponto de vista do fluxo de força proveniente da união parafusada e reduz o efeito de assentamento. A deformação dos pinos durante a prensagem no semi-produto plástico garante uma melhor transferência de carga por meio de uma união positiva adicional. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS As referências bibliográficas relativas a este artigo podem ser encontradas no seguinte endereço da Internet: www.kunststoffe.de/ 2020-05


GUIA III

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Transformadores de resinas termoplásticas por sopro Mais de 70% das empresas listadas a seguir usam manufatura aditiva (impressão 3D) para complementar seus processos produtivos, e mais de 60% utilizam resinas recicladas para fabricar seus produtos. na rotina de 36,36% das companhias entrevistadas, as quais disseram possuir equipamento próprio. O mesmo percentual terceiriza essa atividade, o que totaliza 72,72% das participantes envolvidas de alguma forma com o uso da técnica. Com relação ao porte das empresas, 38,46% delas contam com até 50 colaboradores, percentual igual ao das que possuem times de 101 até 500 colaboradores. Já 19,23% das participantes disseram contar com equipes de até 100 colaboradores e 3,85% contam com até 1.000 profissionais. Questionadas sobre o uso de resina reciclada, 66,66% das empresas que participaram da pesquisa responderam que usam esse material para fabricar, por exemplo, bombonas, frascos para pet shop, condutores de sementes e de adubo, mangotes, embalagens para acondicionamento de produtos de higiene e limpeza, peças técnicas, componentes para construção civil, utensílios para jardinagem, capas, tambores e produtos para o agronegócio.

Eckplast

(19) 98159-0480 n

eckplast@globo.com

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Fabinject

(12) 98820-1115 n

marcello@grupofabinject.com.br

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Fada Plásticos

(51) 98110-0733 n

comercial@fadaplasticos.com.br

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Farmaplast

(11) 96573-8188 n

m.rogerio@grupomwr.com

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Fortvall

(11) 99948-6882 n

contato@fortvall.com.br

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Fostag

(54) 99981-5532 n

fostag@fostag.com.br

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Para rotulagem in mold Decoração por serigrafia

Desenvolve o produto Possui equipamentos para aplicação de rótulos Autoadesivos Tipo manga Termocontráteis (sleeve) Colagem a frio Hot stamping/heat transfer

CNC

Convencionais

Fabrica moldes

Outros

PVC

Bioplásticos

PS

PP

Quantidade de máquinasferramenta

PE

Vol. de sopro de 5,1 a 20 Litros

Vol. de sopro acima de 20,1 Litros

E-mail

Vol. de sopro de 0 a 1 Litro

Telefone

Vol. de sopro de 1,1 a 5 Litros

Empresa

Tipos de rótulos que aplicam

Material que sopra

Quantidade de máquinas sopradoras

PET

Pesquisa realizada no ramo de transformação de plásticos por sopro mostrou que o segmento de embalagens continua a ser o principal contratante desses serviços, representando 56,17% da carteira de clientes das empresas constantes deste guia. Em seguida aparecem a agroindústria, consumidora de 22,63% dos serviços, e ramos classificados na categoria “Outros” como, por exemplo, de construção civil, de produtos químicos, fabricantes de reservatórios, as áreas industrial e hospitalar, e ainda segmentos como o agrícola, veterinário, de itens de jardinagem e sanitário, que juntos representam 7,30% do montante. O ranking segue com a indústria automobilística, 6,86%, de brinquedos e artigos de lazer, 2,94%, utilidades domésticas, 2,42%, eletrodomésticos de linha branca, 1,12%, e de equipamentos de sinalização, 0,56%. O levantamento também mostrou que a manufatura aditiva (impressão 3D) está presente

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(47) 99179-8357 n

contato@inplavel.com.br

Laborplastik

(17) 99150-8766 n

laborplastik@laborplastik.com.br

1

Ludpack

(11) 99997-8716 n

rodrigo.silva@ludpack.com.br

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PetMais

(32) 99987-6556 n

eduardo.deotti@petmais.net.br

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Plaskito

(11) 95376-9227 n

vendas@plaskito.com.br

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Plásticos Magno

(43) 99118-0851 n

anapaula.amaral@plasticosmagno.com.br

Plásticos Mirassol

(17) 99709-5437 n

plasticosmirassol@terra.com.br

Plasticoville

(47) 99197-9443 n

juarez.alves@plasticoville.com.br

Politecno

(55) 99128-0944 n

vendas1@politecno.com.br

Inplavel

RS Embalagens

(11) 2679-2051

rsembalagens@gmail.com

Schütz Vasitex

(11) 2436-3760

contact@schuetz-vasitex.net

(11) 3746-9597

winning_represen@uol.com.br

(54) 99119-6525 n

comercial@zandei.com.br

WinningPack Zandei Plásticos

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Para rotulagem in mold Decoração por serigrafia

inpet@inpet.com.br

Inpet Brasil

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Desenvolve o produto Possui equipamentos para aplicação de rótulos Autoadesivos Tipo manga Termocontráteis (sleeve) Colagem a frio Hot stamping/heat transfer

ricardo@injesuk.com.br

(11) 4886-9000

Injesul

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CNC

(35) 98861-2223 n

Injeblow

3 5

Convencionais

3

(47) 98407-9550 n

Outros

injeblow@injeblow.com.br

IBT

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Fabrica moldes

(11) 2086-8448

atendimento@guaraniplast.com.br

(54) 99936-0587 n

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PVC

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(32) 99820-9788 n

Hanover

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Bioplásticos

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roberson@ibt.ind.br

Guaraniplast

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PS

fabio@hanoverembalagens.com.br

vendas@grecoeguerreiro.com.br

PP

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comercial@frasquim.com.br

(11) 96471-9778 n

PET

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(11) 99144-3218 n

Greco e Guerreiro

Quantidade de máquinasferramenta

PE

Vol. de sopro de 5,1 a 20 Litros

8 30

Frasquim

Vol. de sopro acima de 20,1 Litros

E-mail

Vol. de sopro de 0 a 1 Litro

Telefone

Vol. de sopro de 1,1 a 5 Litros

Empresa

Tipos de rótulos que aplicam

Material que sopra

Quantidade de máquinas sopradoras

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Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 486 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, novembro/dezembro de 2021. Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis online, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão online de todos estes guias.

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na embalagem Stand-up pouch biodegradável

A Camargo Embalagens, em bobinas para envase na pela Anvisa para contato fabricante de embalagens planta do cliente. A empresa direto com alimentos. Por se flexíveis com sede em Tietê pontuou ainda que, em contratar de um aditivo natural (SP), apresentou um novo dições de aterro, o filme se e de fonte renovável, a modelo de stand-up pouch biodegradaria em cerca de embalagem não deixa resíà base de material biode- quatro anos, em média, e o duos sólidos após sua degradável, feito com composição, o que filme de poliéster facilita, inclusive, transparente e meo controle de vida talizado, laminado útil, já que sua decom filme de PE ou gradação acontece PP, que teria a capor oxidação e só é pacidade de se transativada quando o formar em fertilimaterial é descarzante natural. tado no meio amDe acordo com a biente e sofre as companhia, além do ações das intemNovo modelo de embalagem se decompõe no solo, em modelo stand-up péries. Segundo a média, em quatro anos em condições de aterro, pouch , a estrutura Camargo, não há transformando-se em fertilizante natural. de poliéster transdiferença no proImagem: Camargo Embalagens parente e metalicessamento do mazado laminado com filme de material se transformaria em terial, que pode ser feito em polietileno (PE) ou polipro- fertilizante natural. maquinário convencional. Isso acontece devido ao pileno (PP) pode ser usada para obter embalagens de uso de um aditivo orgânico, Camargo Embalagens – www.camargociaembalagens.com.br outros formatos, ou fornecida não tóxico, que é aprovado

Fabricante de embalagens tem novo plano de investimentos A Gualapack, companhia de origem italiana e especializada em embalagens flexíveis especiais, anunciou o seu plano de expansão no Brasil, tendo como objetivos a incorporação de novos produtos e soluções ao portfólio, o aumento de sua

capacidade produtiva e a implantação de novas tecnologias com foco em soluções sustentáveis. Envolvendo cifras da ordem de R$ 125 milhões, os investimentos da empresa no mercado brasileiro nos próximos dois anos incluem a aquisição de uma nova unidade produtiva, a Teruel Embalagens – Papéis Amália Ltda. – uma empresa familiar com mais de 50 anos de

operação e especializada em impressão flexográfica em filmes flexíveis – com duas fábricas em território nacional, nas cidades de Jaguariúna (SP) e Ouro Fino (MG). A italiana consolida assim a sua estratégia de internacionalização por meio da aquisição de um empreendedor local, o que garantiu o sucesso de sua entrada no mercado brasileiro.



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O Em 2015 a companhia adquiriu uma fatia majoritária da Tradbor (Iperó, SP), especializada em embalagens stand-up pouches sem bico para dosagem. Com a aquisição, passou a se chamar Gualapack Brasil e desenvolveu o mercado local desse tipo de embalagem com bico, iniciando pelo fornecimento para a fabricante de laticínios Catupiry. Após a aquisição, vieram as certificações de qualidade para segurança de alim entos que garantem a

na embalagem O executivo destacou também que “a aquisição da Teruel, que inclui tecnologias próprias patenteadas no País e no mundo, bem como a utilização de papel em embalagens flexíveis, contribui de forma essencial para a linha de produtos sustentáveis da Gualapack”. Nesta segunda fase de investimentos, e agora com três plantas produtivas no Brasil, além da aquisição da Teruel, a companhia investirá em novas tecnologias e aumento de capacidade, viabili-

Aposta no mercado de flexíveis e stand-up pouches com bico está na base da estratégia de expansão. Fotos: Gualapack

atuação no mercado global, a exemplo da British Retail Consortium (BRC) grau AA, que permite o atendimento de grandes marcas como Nestlé e Danone. Alan Baumgarten, CEO da Gualapack Brasil, comentou que em 2020 a empresa trouxe a injeção de tampas para dentro da unidade, expandindo a sua capacidade de fornecer a solução completa para as embalagens, o que permitiu que a planta brasileira passasse a exportar para outras unidades do grupo.

zando a fabricação local de itens sustentáveis como os filmes e pouches monomateriais, recicláveis e compostáveis. “A solução já é adotada por grandes clientes da empresa na Europa e agora estará disponível ao mercado brasileiro. Nosso posicionamento internacional nos permite trazer ao País tecnologias e produtos disruptivos e inovadores para atender grandes clientes globais e locais”, explicou Baumgarten. Gualapack – www.gualapack.com.br

Big bags reduzem custos logísticos Como alternativa aos contêineres metálicos, o uso de big bags , fabricados em material polimérico, pode ser uma solução mais econômica para o acondicionamento de mercadorias movimentadas via transporte marinho, segundo informações do Porto Ponta do Felix, localizado na cidade de Antonina (PR). De acordo com o informativo do terminal portuário enviado à imprensa, a alta no preço do frete marítimo de contêineres – que atingiu a marca de 309% em setembro de 2021, se comparado ao mesmo periodo do ano passado – alavancou o uso de alternativas de logística para carga solta, como a utilização de big bags. Os big bags são um modelo de embalagem para transporte, manuseio e/ou acomodação de diversos produtos feito por materiais com alto índice de resistência mecânica à tração, como o polipropileno (PP) e o polietileno (PE), com formato semelhante a uma “grande sacola” em que se pode acondicionar até 2.000 kg de carga. O diretor-presidente do Porto Ponta do Felix, Gilberto Birkhan, comentou que o uso dessa opção é uma solução que viabiliza a importação e exportação de produtos com custo operacional mais baixo. Para o empresário, “reduzir custos é um objetivo natural para o aumento da competitividade. Tivemos um crescimento de


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12% na movimentação de adequados para o retorno cargas utilizando big bags vazio e como uma solução desde o início da crise dos sustentável. contêineres”, afirmou. Porta-vozes do porto Logística reversa de ainda comentaram que os big bags big bags são uma boa opção Nessa frente, a distripara produtos a granel ou buidora de resinas Activas embalados em sacos, mandesenvolveu um serviço de tendo-os acomodados e logística reversa de sacarias Alta no preço do frete de contêineres protegidos. Quando confece big bags, que busca transpode impulsionar o uso de big bags no cionados com material imformar as embalagens – transporte marinho de peças e resinas. Sua reciclagem e possibilidade de dobra os permeável, podem ser arprimárias e secundárias – tornam uma opção viável. Imagem: mazenados em pátios aberdas resinas plásticas em Claudio Neves/Portos do Paraná tos, empilhados uniforPCR e inseri-las no mercado memente e transportados em novamente, fomentando a ecopodem ser reutilizados e doqualquer modal. Além disso, nomia circular. brados, sendo assim, também


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O De acordo com informações do site da distribuidora, o projeto é iniciado com a instalação de caçambas de 1.000 litros no estabelecimento de seus clientes para, nesse primeiro momento, coletar sacarias e/ou big bags vazios. Assim, a distribuidora retirará a caçamba devidamente cheia e deixará uma segunda caçamba vazia. De posse dos resíduos, a Activas se responsabiliza pela separação, enfardamento e posterior destinação a um transformador parceiro, o qual transformará o material em PCR, que voltará ao mercado, completando o processo da economia circular. Activas – https://activas.com.br onta do F Ponta Felix Porto P elix – https:// portopontadofelix.com.br

Terceiro trimestre é favorável para o setor de embalagens flexíveis

No início de novembro, a

Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) divulgou os resultados do desempenho do setor de embalagens flexíveis dos últimos seis trimestres. Mesmo com um desempenho da economia inferior ao esperado, no terceiro trimestre (3T) de 2021 a indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis re-

na embalagem gistrou uma produção 2,6% superior à do trimestre anterior, puxada pelo melhor desempenho de setores como higiene, limpeza, agropecuária e pet food. De acordo com os dados publicados pela associação, no acumulado de janeiro a setembro de 2021, o setor cresceu 0,1% em relação ao mesmo período de 2020. Para Rogério Mani, presidente da Abief, “os fatores que impediram a recuperação da macroeconomia – basicamente os altos custos logísticos de importação e a demanda do consumidor final ainda tímida por conta da alta da inflação e da estagnação dos salários – não impediram que o setor tivesse um melhor desempenho”. Segundo uma pesquisa da W4Chem – empresa especializada em inteligência de mercado para os negócios relacionados às cadeias de valor das indústrias química e petroquímica –, feita com exclusividade para a associação, foi possível observar que, apesar do bom desempenho dos principais setores demandantes de embalagens flexíveis no início do terceiro trimestre, eles perderam força em agosto. Por outro lado, as indústrias de alimentos e bebidas apresentaram crescimento em agosto, mas sobre uma base fraca de comparação.


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A expectativa da empresa pesquisadora para o quarto trimestre (4T) é otimista, especialmente pela aposta nas comemorações de final de ano. Outros fatores que deverão ter impacto positivo são o avanço da vacinação contra a Covid-19 e as grandes cidades ponderando a redução de medidas restritivas. “Contudo, as empresas do setor do plástico ainda reportaram, na sua maioria, uma per-

Outros importantes clientes do setor foram: aplicações industriais (89 mil t), agropecuária (64 mil t), bebidas (49 mil t) e descartáveis (43 mil t). Do total, 75% foram produzidos com polietileno de baixa densidade (PEBD) e polietileno linear de baixa densidade (PELBD), 16% com polipropileno (PP), e 9% com polietileno de alta densidade (PEAD).

De acordo com estudo divulgado pela Abief, setor de embalagens flexíveis tem um desempenho levemente superior ao mesmo período de 2020. Imagem: Abief

formance fraca no 3T. Mas estamos confiantes na recuperação no 4T, apesar do otimismo dos meses anteriores ter esfriado”, analisou Mani. Quanto ao volume, a Abief mencionou que foram produzidas 536 mil t de embalagens plásticas flexíveis no 3T contra 523 mil t no trimestre anterior. Desse total, 95% foram produzidas com matérias-primas virgens e 5% com resinas recicladas. A indústria de alimentos permaneceu como principal cliente, absorvendo 222 mil toneladas do total produzido.

Sobre a balança comercial, o estudo identificou ainda que foram importadas 17 mil t de embalagens flexíveis e exportadas 33 mil t, no 3T. Os principais tipos de embalagem importadas foram chapas, folhas autoadesivas e BOPP que, juntas, representaram 75% do total. As chapas e as folhas autoadesivas também foram as principais embalagens flexíveis exportadas, somando 88% do volume total. Abief – http://abief.org.br W4Chem – www.w4chem.com


GUIA IV

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Masterbatches, corantes e pigmentos: os fornecedores e as tendências de cores para o próximo ano. Participantes do levantamento anual para elaboração do guia de fornecedores de insumos para a coloração de materiais plásticos informaram também estar muito atentos aos estudos de tendências de cores que norteiam o lançamento de produtos.

As cores atribuídas aos bens de

consumo não são definidas aleatoriamente há um bom tempo. Desenvolvedoras internacionais de insumos para coloração de materiais plásticos criam seus próprios estudos, levando em conta tendências mundiais que refletem os ânimos da sociedade e, por consequência, dos consumidores. Essas tendências têm sido observadas de perto pelos fornecedores de masterbatches , pigmentos e corantes que atuam no mercado brasileiro, e têm sido exploradas ao final de cada ano por matérias especiais da Plástico Industrial. Nesta edição unimos a pesquisa para atualização do guia de fornecedores de insumos para coloração a um questionário que sondou qual a relação das empresas fornecedoras com os estudos de tendências de cores. O levantamento mostrou que 70% das participantes deste guia acompanham os estudos de tendências para definir quais cores e tons serão ofertados ao

mercado no próximo ano. Para algumas delas, 100% do que é oferecido aos clientes tem por base esses estudos. A quase totalidade das empresas participantes afirmaram acompanhar apontamentos das tradicionais empresas Pantone, Americhem e Avient (fusão da PolyOne com a Clariant), mencionando também referências como revistas internacionais, tendências do mercado de cosméticos e de vestuário, o Color Trends da Think Plastic Brazil, Eckart, formadores de tendências em moda e vestuário, Kalay, revistas do setor calçadista e de brinquedos, além de dicas e solicitações da sua própria clientela. Quando inquiridas sobre qual a porcentagem de clientes que escolhem corantes e pigmentos em função dos estudos de tendências, mais de 50% das fornecedoras responderam de forma afirmativa, o que revela o quanto o setor de transformação tem acompanhado atentamente esses estudos.

E finalmente, foi solicitado às participantes que informassem resumidamente quais as cores que estarão em destaque nos seus catálogos em 2022. Para essa pergunta, 70% das empresas contribuíram com respostas, e os pigmentos de efeito metalizado estiveram presentes em 50% delas. Confira algumas das cores mencionadas: • cores imitando fibras naturais; • cores lançadas no evento World Plastic Connection, da Think Plastic Brazil (veja matéria sobre o evento no site da revista Plástico Industrial, no link: https://bit.ly/3oRxzpi); • pigmentos de efeito nos tons ouro e cobre; • azul e laranja; • glitter, perolizados e tons metálicos; • cores ligadas à natureza; • neon,verde e pigmentos de efeito metalizado; • cores vivas, brancos e pretos, fluorescentes e efeitos metálicos especiais.


49 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

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PET Plásticos de engenharia

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Cromex

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DCL

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Cromex

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PS PVC

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Aralon Pigmentos Nacional

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A color/China

Para aplicação em

Fluorescentes Fosforescentes Metálicos Perolizados Multicoloridos Poliolefinas (PE e PP)

Coloridos Brancos (TiO2 e cargas) Pretos e negro de fumo

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De efeitos visuais

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Produtos químicos Meghmani, Lily, Budenheim, Venator/Índia, China, França, Alemanha

Microgranulado

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Cores

Granulado

Vic Plásticos (54) 3213-1990 vicplasticos@vicplasticos.com.br Vimaplas (18) 99148-5239 n vimaplas@vimaplas.com.br Zan Collor (19) 99114-7354 n telemarketing@zancollor.com.br

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Líquido

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Cristal Master (47) 3451-5000 n contato@cristalmaster.com.br Cromaster (11) 98489-1076 n comercial@cromaster.com.br Dacarto (11) 96443-7173 n marketing@dacarto.com.br Engeflex (15) 98102-0276 n vendas@engeflexdobrasil.com.br Fluorcolors (11) 99249-4799 n pigmentos@fluorcolors.com.br FG Resinas (11) 91319-1002 n cristiane.gomes@rollsbags.com.br GreenMaster (47) 99186-7419 n greenmaster@greenmaster.com.br Kalay (11) 94540-0848 n info@kalay.com.br Luviplast (51) 99987-5592 n oneideferreira@terra.com.br Martec (11) 3392-2972 ontato@martecplasticos.com.br Multicel (11) 98436-2069 n pigmentos@multicel.com.br Netplas (11) 98292-4938 n emerson@netplas.com.br Pant-Line (11) 94765-3040 n contato@pant-line.com.br Plasticor (51) 99317-2270 n plasticor@plasticor.net.br Prismex (11) 98782-6309 n contato@prismex.com.br Procolor (11) 4702-9090 marketing@procolormaster.com quantiQ (11) 97093-9076 n ldelima@gtmchemicals.com Sun Chemical (11) 96340-3290 n brazil-pedidospigments@sunchemical.com Super Collor (11) 3513-8566 n contato@supercollor.com.br True Color (11) 98537-0400 n comercial@truecolor.com.br

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Pigmentos e corantes Forma de apresentação

Para aplicação em

Fluorescentes Fosforescentes Metálicos Perolizados Multicoloridos Poliolefinas (PE e PP) PS PVC PET Plásticos de engenharia Orgânicos Inorgânicos

Coloridos Brancos (TiO2 e cargas) Pretos

Actplus (11) 95058-5199 n camila.rocha@actplus.com.br Aldoro (19) 3535-6400 staffan@aldoro.com.br Ampacet (11) 2015-9001 n marketingala@ampacet.com Bevi Plastic (11) 4718-8888 vendas@beviplastic.com.br Birla Carbon (11) 94765-0267 n leonardo.souza@adityabirla.com BSA (48) 3466-4491 n hellen@bsa.ind.br Chamaster (11) 96195-5815 n chamaster@chamaster.com.br Collorfeel (11) 97161-1377 n atendimento@collorfeel.com.br Colorfix (41) 99159-8049 n comercial@colorfix.com.br Colormix (11) 99256-1089 n contato@colormix.net.br Colornet (11) 99935-6657 n marcos@colornet.com.br

Microgranulado

Fabricante

Granulado

Distribuidor

Orgânicos Inorgânicos

Importadora Fabricante/País Fabricante

Empresa, telefone e e-mail

Pó Líquido

Masterbatches (concentrados de cor) Forma de Cores De efeitos visuais apresentação

A empresa é

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Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 173 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, novembro/dezembro de 2021. Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis online, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão online de todos estes guias.


RECICLAGEM

50 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

EPS segue para reciclagem O programa Isopor Amigo prevê também a instalação de PEV’s específicos para a coleta dos recipientes de EPS, que devem ser limpos F abricantes de descartáveis, recicladores, com um guardanapo antes de serem dispostos. Marmitas, boxes e bandejas serão recolhidos sindicato e indústria petroquímica se uniram semanalmente por uma empresa parceira do para formar um programa chamado Isopor setor de reciclagem, que retira o ar do produto, Amigo, que tem a gestão da Associação o lava e reprocessa. Após extrusão, são obtidos Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) grânulos de EPS reciclado que darão origem a e da Odnum Design & Engenharia, uma novos produtos cujo uso não implique o contato consultoria especializada em projetos inovacom alimentos. Itens para construção civil dores para a sustentabilidade. como molduras, rodapés e rodatetos são alguns Inicialmente tratava-se de um projetoexemplos dos produtos obtidos. piloto implementado no Perini Business Park, Carla Castilho, em Joinville (SC), analista de projetos com o objetivo de da Abiplast e coorpromover o reaprodenadora do Isopor veitamento dos reciAmigo dentro da inspientes para comida tituição, informou utilizados pelos funque o Isopor (marca cionários das cerca registrada da Knauf, de 200 empresas também participaninstaladas nos 140 te do programa) é mil metros quadraPrograma Isopor Amigo une empresas e instituições constituído por 98% dos do condomínio em prol da destinação correta do poliestireno de ar e apenas 2% de empresarial. poliestireno, formanexpandido. Imagens: Isopor Amigo e Abiplast Tendo como diredo muito mais volutriz a operação alime do que massa de material. Hoje são nhada com práticas de sustentabilidade, o recolhidos cerca de 30 quilos de material por local formou o ecossistema ideal para o projeto semana. “Após a divulgação da possibilidade de que durou quatro meses e logo se tornou um reciclagem do EPS, muitos funcionários do programa, com o envolvimento de novos Perini Business Park estão trazendo inclusive parceiros com tarefas distintas que viabilizam de casa as suas bandejinhas de alimentos para o seu funcionamento. reaproveitamento”, contou Carla. Um dos novos parceiros é a Organa Biotech, O objetivo agora é levar a iniciativa para fora uma startup que atua no reaproveitamento dos do parque empresarial catarinense e buscar mais resíduos orgânicos (restos de alimentos) oriundos apoiadores. Atualmente estão juntos no programa da limpeza das marmitas de poliestireno empresas como Copobras, Isoterm, Knauf, expandido (EPS), instalando pontos de entrega Isorecort (Grupo Mundial), Santa Luzia, voluntária (PEV’s) tanto nas empresas quanto Simpesc, Termotécnica e Unigel. Empresas nos restaurantes do Perini Business Park, para interessadas no programa podem obter mais que as pessoas descartem resíduos orgânicos. A detalhes pelo e-mail abiplast@abiplast.org.br. compostagem desses resíduos será feita in loco, dando origem a um adubo de alto valor agregado, Abiplast – www.abiplast.org.br a ser usado no próprio parque empresarial.

Iniciativa promove a reciclagem de EPS

Parceria amplia o uso da tecnologia de produção de eteno “verde”

A Lummus Technology –

companhia norte-americana ligada aos setores de energia, petroquímica, refino, tecnologias renováveis, entre outros – anunciou a assinatura de um memorando de entendimento com a Braskem, o

qual estabelece o licenciamento em conjunto para projetos globais da assim chamada tecnologia de eteno verde a partir de etanol, com base no processo executado pela empresa em sua planta de Triunfo (RS). De acordo com informações constantes do site da Lummus, o memorando de entendimento estabeleceu o

licenciamento da tecnologia, de propriedade da Braskem, para dois projetos de conversão de etanol para eteno em desenvolvimento na América do Norte e na Ásia. Esse memorando também reflete a diretriz empresarial estratégica da empresa, por meio de sua subsidiária Green Circle, voltada à comercialização e ao desenvolvimento


51 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

de soluções inovadoras para abordar os pilares principais da transição energética, incluindo a reciclagem de resíduos plásticos ao fim de sua vida útil, a produção de químicos sustentáveis feitos a partir de base biológica e as estratégias de descarbonização para ativos existentes e novos. Para a companhia brasileira, a cooperação tem potencial de impactar a produção global de biopolímeros de baixo carbono e fomentar uma transição energética, o que sinaliza o interesse mundial nessa tecnologia. Além do memorando de entendimento, a Lummus e a Braskem

Lummus e Braskem assinam memorando de entendimento para licenciamento em conjunto de tecnologia para produção de eteno verde a partir de etanol, com base no processo executado pela empresa no Brasil. Imagem: Pressfoto; Freepik

estão discutindo um acordo de longo prazo para permitir à norte-americana licenciar a tecnologia como uma forma de acelerar o uso pelo setor químico de matéria-prima renovável e de

combater as mudanças climáticas, como uma alternativa aos plásticos provenientes do petróleo. Walmir Soller, do departamento de olefinas e poliolefinas da Braskem na Europa e Ásia, destacou que a companhia produz o eteno verde a partir do etanol, proveniente da canade-açúcar, há mais de dez anos e a Lummus, com sua capacidade de licenciamento de processos e tecnologias, oferecerá uma base sólida para o crescimento dessa alternativa de fonte renovável. Lummus – www.lummustechnology.com

Programa de reciclagem vai converter colchões de PU em novas espumas

Uma campanha de reciclagem Além disso, serão realizadas Leonardo Censoni, diretor que tem como premissa a concampanhas cujo objetivo será comercial do negócio de poliuversão de colchões constituídos de incentivar a criação de consórcios retanos da Dow para a América espuma de poliuretano (PU) em entre estabelecimentos comerLatina, disse que um dos pinovos produtos foi iniciada a partir ciais, empresas, instituições de lares do programa é, “promover de um consórcio formado entre a pesquisa e ensino, entre outras. As a economia circular por meio Dow (EUA), com subsidiária da sensibilização e da em São Paulo (SP), o Instieducação, enfatizando os tuto Akatu (São Paulo, SP) e benefícios ambientais, órgãos públicos da cidade sociais e econômicos da de Hortolândia (SP). reciclagem de materiais”. Trata-se de um prograEle também comentou ma chamado Reuse, o qual que a campanha sobre tem como premissa estireciclagem não será apemular a economia circular nas voltada para colchões: no município e região por “Estamos implementanmeio da formação de pardo uma estrutura que cerias entre cooperativas de viabiliza a coleta dos coleta e reciclagem de mais variados tipos de plásticos e outros materesíduos, a fim de garanriais, assim como conscientir o descarte correto da Espumas de poliuretano provenientes de tizar a população quanto à espuma de poliuretano”. colchões recolhidos a partir de campanhas que importância do descarte Isso quer dizer que tamfazem parte de um programa de reciclagem correto de resíduos. bém poderão ser reciclacriado no interior do Estado de São Paulo. Uma das frentes de trados sofás e poltronas, por Imagem: Dow e Instituto Akatu balho consistirá na converexemplo. Em comunicado à imprensa, foi informado que são de espumas feitas com PU em partes envolvidas também preo número de colchões e sofás já enchimentos e/ou aglomerados de veem a criação de iniciativas recolhidos se aproxima de espuma. Isso será feito por uma voltadas para a execução de ações 1.800 unidades. cooperativa parceira das instijunto a comunidades, modertuições responsáveis pelo projeto, nização de postos autorizados ao Instituto Akatu – recebimento de resíduos e ações que vai processar o material por educacionais. meio de reciclagem mecânica. https://akatu.org.br


APLICAÇÕES

52 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Resistência à corrosão, um ativo para os materiais plásticos

unidade fabril no município de São José dos Pinhais (PR), mencionou outras características dos plásticos anticorrosão que devem A resistência à ação de ser consideradas em proagentes químicos é uma das jetos de sistemas para características dos plásticos tratamento de água cujos que contribuem para que componentes terão alto esses materiais sejam os contato com sanitizantes. escolhidos para diversos “Os plásticos apresentam tipos de aplicações envolresistência à tração, que vendo o contato constante pode impedir o surgimento com sanitizantes como cloro de rupturas, bem como boa e água sanitária, quimicaelasticidade, boas mente mais agressivos propriedades antifricdo que produtos de ção e alta resistência limpeza como sabões química”. Além disso, e detergentes, por ele comentou que exemplo. tubos e outras peças Na área de tratafeitas com esse tipo mento de água é funde plástico têm “peso damental que os componentes plásticos baixo devido à sua selecionados para densidade reduzida, constituir sistemas são apropriados para a hidráulicos como tuprodução seriada, exibulações, válvulas, gem poucas etapas de Especialistas em tratamento de água comentaram dispositivos de medioperação e possuem sobre a importância do uso de plásticos anticorrosão na ção, entre outros, cores variáveis, o que fabricação de componentes que terão contato com apresentem alta resispode auxiliar na idensanitizantes. Imagem: Gemü tência química, assim tificação dos comcomo alta resistência meponentes”. “É crucial termos segucânica e térmica. Ambos os especialistas rança antivazamento e De acordo com especia- anticorrosão em todo o ainda mencionaram que a listas do segmento de tra- sistema. Quando o fluido utilização de plásticos com tamento de água e de equi- corrosivo entra em contato alta resistência química é pamentos/sistemas hidráu- com os equipamentos feirecomendada para a conlicos, houve alta demanda tos com plástico anticorfiguração de sistemas para tratamento de água de pispor componentes fabricados rosão, estes não sofrem cinas, bem como para proataque químico”, comcom plásticos anticorrosão plementou. Segundo ele, o nessas áreas durante a pancessamento de ácidos. aumento das vendas de demia de Covid-19. Eles Entre os exemplos indicaserviços voltados para o atribuíram esse fato ao audos por eles estão válvulas tratamento de fluidos desmento do uso de cloro e água e medidores de vazão fabride o início da atual crise sanitária, produtos indicados cados com poli(cloreto de sanitária foi de 30%. para o combate à proliferação vinila) (PVC) ou poliJá Mateus Souza, gerende microrganismos. propileno (PP). te-geral de vendas da área Valderi Souza, responsável De Nora – www.denora.com industrial do Grupo GEMÜ, pelo departamento de engeGemü – www.gemu-group.com/pt com matriz na Alemanha e nharia e assistência técnica da De Nora, com matriz na Itália e subsidiária em Sorocaba (SP), salientou a importância da utilização de plásticos anticorrosão nas operações realizadas pela companhia como, por exemplo, tratamento de água para plataformas de petróleo offshore , que consiste na aplicação de hipoclorito de sódio em tubulações visando ao impedimento do crescimento de algas.



PRODUTOS

54 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

Plásticos olímeros (São A Cunha PPolímeros

Paulo, SP) comercializa plásticos commodities e materiais desenvolvidos sob encomenda. O seu mix de produtos consiste em grades de, por exemplo, polietileno de alta densidade (PEAD), polietileno linear de baixa densidade (PELBD) e de

polipropileno (PP), que são fornecidos em diferentes versões. Além desses, há grades de poliamidas, como PA 6 e PA 66, de policarbonato (PC), poliestireno cristal (PS), poli(óxido de metileno) (POM), acrilonitrilabutadieno-estireno (ABS), entre outros. Também são oferecidos materiais compostos e obtidos a partir de reciclagem. Tel. (11) 94969-7601, https://cunhapolimeros.com.br

possuem outras características, podendo ser c o nfigurados, conforme a sua versão, com sistema de descarga e alimentação manual ou automatizado, bem como gaveta, calha ou silo coletor. Eles também contam com rodízios. Segundo informações da empresa, os moinhos podem operar em conjunto com máquinas de transformação de plásticos e são indicados para o processamento de peças pequenas. Tel. (54) 3268-0901, www.neobravo.com.br

Robô industrial

A Yaskawa Motoman Motoman, com matriz no Japão e subsidiária em Diadema (SP), fabrica robôs para trabalhos no chão de fábrica. Recentemente passou a ser comercializado no Brasil o autômato MPX3600 (foto), que foi projetado para

Moinhos granuladores

A Neobravo (Farroupilha,

RS) desenvolve linhas de moinhos granuladores para o processamento de plásticos. A série é composta por modelos cujo sistema de corte consiste em três facas móveis e uma faca fixa, os quais também apresentam sistema para troca rápida de peneira, além de operarem com baixa rotação. Os equipamentos

executar a aplicação de revestimentos em autopeças. Seu braço tem alcance horizontal de 2.893 mm e vertical de 5.182 mm, e ele conta com sistema de pintura total plug-and-play. Segundo infor-

mações da companhia, o robô opera por meio de um software que coordena suas funções como controle da pistola de aplicação de spray, do trocador de cor e da bomba de engrenagens. O autômato pode operar integrado a redes digitais Ethernet, Ethernet IP, CC-Link, Device Net, Ethercat e Profinet. Além disso, pode ser instalado no piso, em paredes e em trilho linear. Tel. (11) 3563-5500, www.motoman.com.br

EPIs

A Zeus do Brasil (Blumenau, SC) comercializa linhas de equipamentos de proteção individual indicados para o ramo do plástico. A série de produtos é composta por óculos de segurança que possuem lentes confeccionadas com policarbonato óptico (PC), que protegem contra a radiação UV e apre-

sentam índice de filtragem de 99,9%, também capazes de proteger contra impacto (foto). Sua armação é feita de poliamida (PA) e possui hastes reguláveis. Além disso, segundo informações da empresa, lentes graduadas podem ser acopladas aos óculos por meio de um sistema de encaixe presente em sua parte interna. Tel. (47) 3231-1111, https://url.gratis/e9cW7P


Como receber a revista Plástico Industrial tem periodicidade mensal e é enviada gratuitamente para pessoas e empresas devidamente qualificadas, ou seja, com atividades ligadas à transformação de plásticos. Por isso, o recebimento da revista está condicionado ao COMPLETO preenchimento do formulário. Preencha todos os campos! Só deixe em branco aquele cujo dado solicitado não exista em sua empresa. A remessa da revista será ou não efetivada após análise dos dados do interessado. O prazo para processamento e resposta a esta solicitação é de 30 (trinta) dias a contar da data de envio. Depois de preenchido, envie para: Aranda Editora - Al. Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP Ou utilize o cupom para qualificação que está disponível em nosso site: www.arandanet.com.br/revista_pi/pi_assinaturas.htm

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 Presidente  Diretor  Gerente  Chefe  Engenheiro  Técnico  Outros

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 Comercial/Vendas  Marketing  Industrial  Produção  Compra/suprimento  Projetos  Manutenção  Controle da qualidade  Engenharia  Ferramentaria  Pesquisa e desenvolvimento  Outros

Sua empresa é:  Transformadora  Recicladora  Ensino  Usuária/consumidora de plásticos  Fabricante/importadora/revendedora de matéria-prima, máquinas e equipamentos  Prestadora de serviços de consultoria/projetos  Prestadora de serviços de reforma/manutenção de máquinas Caso sua empresa não se enquadre em nenhuma das perguntas anteriores, qual é a relação com o p lásticos? setor de plásticos? Indique a quantidade de máquinas existentes nessa fábrica/divisão: Injetoras até 200 ton. de 200-800 de 800-1200 Extrusoras balão

Extrusoras de chapas/perfis

Extrusoras de tubos

Termoformadoras

acima de 1200

Sopradoras

Extrusoras para produção de filme casting Rotomoldadoras

Segmento em que atua:  Automobilístico/autopeças  Eletroeletrônica  Construção civil  Embalagens  Eletrodomésticos  Móveis  Brinquedos, artigos esportivos  Utensílios domésticos  Alimentos, bebidas, farmacêuticos, produtos de limpeza, cosméticos  Calçados  Outros Principal produto de sua fábrica/divisão de empregados empregados desta desta fábrica/divisão fábrica/divisão Núme ro de Número  até 50  51 a 100  101 a 500

 501 a 1000

 acima de 1000


XXIV Simpósio Internacional sobre Tecnologia de Plásticos

Nova Data / New Date 21 e 22 de junho de 2022 June 21 to 22, 2022 Local / Where: Royal Palm Tower Indaiatuba https://www.simposioplastico.com/ @markeplan.eventos

Patrocinadores Platina

Promoção e Realização

Bronze

Ouro

Mídia Parceira

Saiba mais: luciavalverdes@markeplan.com.br


57 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

EVENTOS

Próximos cursos do setor de plásticos Em virtude da pandemia da Covid-19, com o cancelamento de muitos eventos e cursos presenciais, priorizamos aqui os que serão realizados à distância, nos próximos meses.

Curso

Período

Local

Informações

13 a 17/12

Online

tel. (21) 99632-3704,

Vilar Poliuretanos

2021

Química e Tecnologia dos Poliuretanos

https://poliuretanos.com.br Como Resolver os dez Problemas de Injeção

Instituto Avançado do Plástico Cerca de 8 h

Online

mais Frequentes Preparador e Regulador de Injetoras para Plásticos

tel. (11) 4351-1266, www.planetaplastico.com.br

2 a 25/02 11/03 a 5/04

Senai Roberto Simonsen São Paulo, SP

tel. (11) 3322-5000, https://url.gratis/YEsKQG

Preparador Técnico de

2022

Máquinas Injetoras Operador Técnico de Máquinas Injetoras

Escola LF Início em 5/02

São Paulo, SP

tel. (11) 3277-0553, https://url.gratis/DCJ7eK

Analista Técnico do Processo de Injeção

Instituto de Embalagens Embalagens – Do Aço ao Vidro

21 a 31/03

Online

tel. (11) 2854-7770, https://url.gratis/ID74Na

Próximos eventos do setor de plásticos 2021

Evento

Data

Local

Contato

16/12

Online

e-mail: maria.trofimova@petcore-europe.org;

Webinar sobre Reciclagem de

Petcore Europe

Termoformados de PET

https://www.petcore-europe.org

Interplast – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico Euromold – Feira Mundial de

Messe Brasil 5 a 8/04

Joinville, SC

Construtores de Moldes e

tel. (47) 3451-3000, www.interplast.com.br

Ferramentarias, Design e Desenvolvimento de Produtos

2022

MeetingPack – Congresso Internacional sobre

20 a 21/04

Embalagens Plásticas

Valência (Espanha)

18 Moldes, Ferramentas e 7 a 9/06

São Paulo, SP

Indústria de Ferramentaria

21 a 24/06

para Alimentos e Bebidas

Online e Presencial (São Paulo, SP)

Inovaplastic – Feira Internacional do

São Paulo, SP

2023

https://url.gratis/Ms6p42

tel. (11) 3060-4717, www.feiplastic.com.br

Plástico Brasil – do Plástico

Informa Markets e-mail: fispaltecnologia@informa.com,

Reed Exhibitions 13 a 16/09

Ramo de Plásticos

Feira Internacional

tel. (11) 5534-4333, https://url.gratis/k46cCn

Fispal Tecnologia – Feira Internacional de Embalagens

https://meetingpack.com ABM

o

Matrizes – Encontro da

Aimplas e-mail: econes@aimplas.es;

Informa Markets 27 a 31/03

São Paulo, SP

tel. (11) 95432-1256, www.plasticobrasil.com.br


58 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021

SERVIÇOS

LITERATURA Materiais avançados

A editora Springer lançou a p r i meira edição de Smart Materials: Considerations on Earth and in Space – ou, “Materiais Inteligentes: Considerações em Terra e no Espaço” em tradução livre – editado por Lenore Rasmussen, uma especialista na área de química dos polímeros e de polímeros eletroativos (EAPs). O livro fornece uma cobertura detalhada sobre materiais

inteligentes, incluindo EAPs, músculos sintéticos, músculos artificiais pneumáticos e outras tecnologias de materiais inteligentes. Seus capítulos analisam como os materiais inteligentes respondem a estímulos como, por exemplo, eletricidade, pressão, temperatura, magnetismo ou luz, e exploram como os desenvolvimentos mais modernos de atuadores, baseados em EAP e pneumática, possuem diversas variantes de estudo, incluindo a nanotecnologia e a robótica. O livro mostra ainda considerações sobre aplicações junto à NASA (incluindo uma análise detalhada dos desafios dos materiais inteligentes, na Terra e no espaço, em treinamento para missões à Lua e Marte), controle térmico de satélites, controle de espelhos usando atuadores elastoméricos dielétricos, design biomimético e funções em próteses. A obra contém 260 páginas, redigidas em inglês, e dispõe de versão física e digital (e-book) disponíveis para compra por meio do site da editora (https:// link.springer.com/).

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Advantech --------------------------------- 05 Ásia Moldes ------------------------------ 12 BBC ---------------------------------------- 20 Bramis ------------------------------------- 46 Drymetal ---------------------------------- 25 Dynaflow ---------------------------------- 46 Emanuplast ------------------------------- 47 Haitian ------------------------------------ 27 HM Equipamentos --------------------- 08 Interplast --------------------------------- 53

Kalay --------------------------------------- 29 LS Injetoras ------------------------------ 19 Magtek ------------------------------------ 45 Mantova ---------------------------- 4-a Capa Multicel ----------------------------------- 37 Noox Brasil ------------------------------- 47 Olifieri ------------------------------------ 45 Place Resinas ---------------------------- 28 Polibalbino -------------------------------- 09 Polipositivo ------------------------------ 12

Polystell ---------------------------------- 24 Primotécnica ------------------------------ 11 Radici ------------------------------- 2-a Capa Replas ------------------------------------- 33 Simpósio Tecnologia de Plásticos ------- 56 Souza e Ramos --------------------------- 28 Superfinishing ---------------------------- 41 Verdant ------------------------------------ 18 Vinyl Arena ------------------------ 3-a Capa Wortex ------------------------------------- 17

A Artliber Editora lançou, em 2021, seu novo livro Ciência e tecnologia de compósitos poliméricos, de autoria da poliméricos professora Cláudia Merlini, o qual sintetiza informações sobre a crescente busca da indústria por materiais avançados, que possuem uma melhor relação entre elevada resistência mecânica e baixo peso. Estes compósitos podem ser desenvolvidos por meio da incorporação de diferentes cargas em matrizes poliméricas, cujas propriedades finais são influenciadas por diferentes fatores relacionados à composição e propriedades dos materiais, bem como por diferentes variáveis inerentes ao processo de fabricação. Dentro desse contexto, o livro aborda conceitos fundamentais para o entendimento da relação estrutura/propriedade/ processamento de compósitos poliméricos, que são cruciais para seu desenvolvimento. Além disso, são apresentadas definições sobre os diferentes tipos

de materiais compósitos, tais como compósitos particulados, fibrosos e híbridos, estruturas sanduíches e nanocompósitos, bem como são destacados aspectos importantes sobre tipos de fibras (vidro, carbono, aramida e vegetais) e a influência da configuração geométrica de tecidos, pré-formas, mantas, fibras uni e bidirecionais no processamento e nas propriedades finais dos compósitos. Seus 14 capítulos, que versam sobre definições, aplicações, matrizes, cargas, análises micromecânicas e reciclagem, por exemplo, estão dispostos no decorrer de 328 páginas redigidas em português. O livro está disponível para compra por meio do site da editora (www.artliber.com.br) pelo preço sugerido de R$ 131,00. Materiais inteligentes

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