GUIA I
16 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – NOV-DEZ. 2021
Os novos recursos para a extrusão na era digital A transformação digital já integra a história recente dos processos industriais, e com a chegada da tecnologia 5G, de internet de alta velocidade, estamos prestes a observar mais um episódio: o do impulso às rotinas de aprendizagem de máquina, gêmeos digitais e iIoT, ou Internet Industrial das Coisas, que tem em sua essência a comunicação entre máquinas. Plástico Industrial tem realizado ao longo deste ano uma série de coberturas sobre como cada segmento de maquinário para transformação de plásticos está sendo adaptado a essa transformação. Iniciamos com as injetoras, passamos pelos periféricos e agora é a vez do setor de extrusão. Descubra a seguir como os fornecedores de maquinário para este processo de transformação estão incorporando aos seus modelos as chamadas tecnologias facilitadoras da Indústria 4.0, habilitando seus equipamentos para operarem em linhas de fabricação inteligentes. Na sequência, a atualização do guia de fornecedores de extrusoras mapeia os modelos oferecidos por algumas das empresas atuantes no mercado brasileiro. Hellen Souza, da redação
A
incorporação dos conceitos de indústria 4.0 no setor de plásticos começou pelas injetoras, a partir da iniciativa da Euromap, a associação europeia de fabricantes de máquinas de plástico e borracha, de padronizar a interface de comunicação entre máquinas e demais dispositivos. O protocolo de arquitetura unificada da OPC Foundation (OPC UA) foi então adotado por ser considerado o que atende mais amplamente à demanda da indústria, adequando-se à combinação entre tecnologia operacional (TO) e tecnologia da informação (TI). Por isso foi definido como padrão pela Associação
Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais (VDMA), e especificamente pela Euromap, para o desenvolvimento dos recursos de integração e conexão no setor de máquinas para plásticos. A recomendação Euromap 77 estabelece diretrizes para a transferência de dados entre injetoras e demais sistemas. Na sequência, a instituição elaborou a série de diretivas Euromap 82, cobrindo controladores de temperatura de moldes, câmaras quentes e sistemas de dosagem para silicone líquido. E logo surgiu o capítulo especialmente direcionado às
extrusoras, a Euromap 84, que define as trocas de dados entre os componentes de uma linha de extrusão e sistemas MES, cobrindo em sua primeira versão, que data de 2018, definições gerais, linhas de extrusão, extrusoras, puxadores, bombas de extrusão, filtros e matrizes. Uma nova versão foi publicada em abril deste ano, com as referências normativas OPC 40084, relacionadas a modelos de informação para o setor de extrusão, tratando, inclusive, das diferentes possibilidades de fluxo de informações em linhas de produção desse tipo, como mostra a figura abaixo.
Possibilidades de fluxo de dados entre linhas de extrusão, de acordo com a OPC UA 40084