PI Fevereiro | Março 2024

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Especial PVC: Especial PVC:

Artigo apresenta um método para determinar a compatibilidade dos aditivos plastificantes

Artigo apresenta um método para determinar a compatibilidade dos aditivos plastificantes

Perspectivas para o mercado de PVC em 2024

Perspectivas para o mercado de PVC em 2024

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Estabilidade térmica e reologia dos bioplásticos

Estabilidade térmica e reologia dos bioplásticos

Guias

PVC

PVC Moldes

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e matrizes Software CAD/CAM Guias
Moldes e matrizes Software CAD/CAM
Aranda Editora - Ano 24 - No - 289 - Fev/Mar 2024 Aranda Editora - Ano 24 - N o - 289 - Fev/Mar 2024

www.arandanet.com.br/revista/pi

Determinação da compatibilidade de aditivos usados no PVC – Parte 1 -

plastificantes

Um novo método substitui procedimentos empíricos na determinação da solubilidade e da compatibilidade de aditivos plastificantes para PVC.

PVCPÁG. 14

Guia do PVC

Informações sobre os fornecedores de insumos e aditivos utilizados para a produção de formulações de PVC.

GUIA IPÁG. 18

Estabilidade térmica e comportamento reológico do TPS Ecoflex e suas blendas

Trabalho avaliou propriedades deste bioplástico, tendo em vista o seu uso em substituição a polímeros de fonte fóssil.

BIOPLÁSTICOSPÁG. 22

Sistemas CAD/CAM

P esquisa traz dados sobre as subsidiárias ou agentes locais das desenvolvedoras de sistemas CAD (computer aided design) e CAM (computer aided manufacturing) usados, respectivamente, no projeto de peças plásticas e na usinagem de moldes.

GUIA IIPÁG. 31

PVC em 2024. Expectativa é de crescimento.

Uma análise do mercado de PVC para o decorrer deste ano, com dados sobre aumento de demanda puxada por programas de incentivo à construção civil.

MERCADO PÁG. 32

Moldes e matrizes para o setor de plásticos

Uma relação das ferramentarias de mercado, parceiras responsáveis por grande parte do sucesso na fabricação de produtos plásticos.

GUIA IIIPÁG. 38

Pág.

Editorial4

Notícias e curtas6

Reciclagem42

O plástico na embalagem46

Produtos48

Eventos49

Literatura50

Anunciantes50

Capa -Tubos e conexões em PVC.

Foto: Shutterstock

Layout de Alvaro Luiz Alves Piola e Pedro Franco de Moraes.

As opiniões expressas nos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por Plástico Industrial, podendo mesmo ser contrárias a estas.

FEVEREIRO-MARÇO 2024 ÍNDICE
DESTAQUES

EDITORIAL

A pressão da opinião pública sobre os materiais plásticos de uso único não tem equivalente em setores como o de saneamento, cuja evolução está intrinsecamente ligada à disponibilidade desses insumos.

ARANDA EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA.

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam )

REDAÇÃO :

Diretora de redação: Hellen Corina de Oliveira e Souza

Editor técnico: Antonio Augusto Gorni

Redator: Adalberto Rezende (MTb 78.879)

Jornalista responsável : Hellen Corina de Oliveira e Souza (MTb 21.799)

SECRETÁRIA DE REDAÇÃO E PESQUISA

:

Milena Venceslau

PUBLICIDADE

Gerente comercial: José Rober to Gonçalves

Onde os plásticos estão livres de contestação

Onde os plásticos estão livres de contestação

Enquanto seguem o julgamento e as tentativas de correção de rota no mercado de itens plásticos de uso único, há setores em que essa discussão praticamente não existe. Este é o caso das peças técnicas usadas em automóveis, eletroeletrônicos, eletrodomésticos e uma diversidade de itens que fazem parte da nossa rotina, dos quais dificilmente abriremos mão.

No setor de saneamento esta discussão está praticamente fora de cogitação, pois seria difícil conceber hoje toda a infraestrutura necessária à universalização do acesso aos sistemas de abastecimento de água e de esgoto sem o uso de componentes plásticos, notadamente os de PVC.

No setor de tubos, contrariamente ao que ocorre nos produtos de uso único, o avanço está intrinsecamente ligado à aplicação dos materiais plásticos, a ponto de a grande feira internacional do setor de tubos para infraestrutura, a Tube Düsseldorf (Alemanha), que até pouco tempo privilegiava os materiais metálicos, ter dedicado este ano um pavilhão especial para os materiais plásticos, vistos como cruciais na gestão de recursos hídricos, impactada pelas atuais alterações climáticas.

E no Brasil, em que há tanto a avançar em termos de acesso da população aos serviços de saneamento, o setor de PVC tem muito trabalho adiante, e por isso recebe especial atenção nesta edição, com a publicação de uma análise de mercado que aponta as perspectivas para as empresas do setor ao longo de 2024 (página 32). Os dados indicam uma demanda maior do que a provável oferta, o que pode significar pressões nos preços, mas também oportunidades para importadores.

Para suprir essa demanda, é necessário também avançar em termos de tecnologia de formulação e processamento, o que só acontece com o domínio da ciência do material, como propõe o artigo técnico especial sobre a compatibilização de aditivos plastificantes, publicado a partir da página 14, seguido de um guia da oferta de insumos para formulação de PVC no mercado brasileiro.

Hellen Corina de Oliveira e Souza – Editora hellen.souza@arandaeditora.com.br

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Luci Sidaui – Cel. n n (11) 98486-6198, luci@arandaeditora.com.br

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PLÁSTICO INDUSTRIAL , revista brasileira sobre o processamento de materiais plásticos, é uma publicação mensal de Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315, 01155-900, São Paulo (SP), Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 info@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br É enviada mensalmente a 12.000 pessoas-chave de empresas de transformação e processamento de materiais plásticos, fabricantes e importadores de máquinas, equipamentos e matéria-prima para a indústria do plástico e também para usuários de peças e produtos plásticos em todo o Brasil e demais países do Mercosul. ISSN 1808-3528

NOTÍCIAS

Desenvolvedora de compostos de PVC do Amazonas projeta crescimento para 2024

Localizada na Zona Franca de Manaus, a Vida Polímeros, que concentra as atividades de industrialização de resinas termoplásticas do grupo VidaFilm, está iniciando a formulação de compostos de poli(cloreto de vinila) PVC e já estima para o ano de 2024 um faturamento em torno de R$ 288 milhões, com a produção de 24 mil toneladas de resinas, incluindo polietileno (PE) e polipropileno (PP), em graus para extrusão, injeção e sopro.

AVidaPolímeros,queatuanaZonaFranca deManaus,prevêatingirfaturamentode R$288milhõesesteano.Imagem:Freepik

Com uma estrutura para a produção de 2 mil toneladas/mês de PVC, a empresa atende não só a região da zona Franca, pois se especializou também na

prestação de serviços terceirizados que permitem a obtenção dos benefícios fiscais típicos do pólo industrial, sobretudo na fabricação de filmes técnicos e personalizados, tais como bobinas de PEBD, BOPP e PVC. A empresa atua ainda na importação de matérias-primas. Atuando no setor de plásticos no Amazonas há 40 anos, a empresa tem investido em pesquisa para incorporar novas tecnologias de processamento, e também em ações de sustentabilidade. “Nossa dedicação ao aperfeiçoamento e à inovação do segmento nos permitiu crescer e evoluir, mas sempre mantendo nossos valores familiares”, destacou Fábio Azevedo, CEO da Vida.

Krones adquire a Netstal e passa a ter portfólio completo para o mercado de bebidas

A alemã Krones, com subsidiária brasileira em Diadema (SP), firmou no dia 6 de fevereiro um acordo para a aquisição de 100% da Netstal Maschinen AG (Netstal), da também alemã KraussMaffei, que tem unidade em Cotia (SP). Sediada em Näfels, na Suíça, a Netstal já foi parceira estratégica da Krones no passado. Concentrase hoje no desenvolvimento de máquinas de moldagem por injeção para a produção de preformas e tampas para garrafas

PET, e também para o mercado de embalagens médicas e itens de parede fina.

A aquisição da Netstal, que vai passar a integrar o segmento de Tecnologia e Embalagem da Krones, vai complementar o portfólio

AKrones,fabricantealemãdemáquinasparaproduçãoe envasedebebidas,anunciouaaquisiçãodasuíçaNetstal, integrantedogrupoKraussMaffei.Imagem:Netstal (detalhedelinhadeproduçãodepreformasdePET)

de produtos para o mercado de bebidas com as séries de máquinas para os setores de PET e fabricação de tampas. A Krones passa assim a cobrir todas as tecnologias de produção, desde a moldagem por injeção até a produção de embalagens PET, passando pelo enchimento/embalagem e reciclagem. Os segmentos de embalagens médicas e de parede fina da Netstal serão estratégicos para que a alemã diversifique sua oferta, passando a atuar no mercado

6 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024
V V V V VidaF idaF idaF idaF idaFilm ilm ilm ilm ilm – www.vidafilmpolimeros.com.br

médico-farmacêutico e também em aplicações de alimentos e cuidados pessoais e domésticos.

A previsão é que a Netstal mantenha sua identidade e responsabilidade comercial,

Covestro inaugura unidade para produzir anilina de base biológica

A alemã Covestro, com subsidiária brasileira em São Paulo (SP), inaugurou uma instalação para a produção de anilina totalmente à base de biomassa, em substituição ao petróleo. A planta-piloto está localizada no Chempark, na unidade de Leverkusen (Alemanha), onde o insumo será produzido até que se possa alcançar uma escala industrial.

A anilina é usada na obtenção do diisocianato de metilenodifenila (MDI), utilizado na produção de poliuretanos, e ajuda a reduzir a pegada de CO2 da cadeia usuária do material.

mesmo integrando o grupo alemão. Em 2023 a Netstal gerou uma receita de mais de 200 milhões de euros, empregando cerca de 500 funcionários. De acordo com comunicado de imprensa, a

a anilina era produzida a partir de matérias-primas fósseis, como o petróleo. Com nosso novo processo, estamos ajudando a criar uma economia circular”.

O processo foi desenvolvido pela Covestro junto com par-

rentabilidade da empresa está atualmente abaixo do nível do Grupo Krones, mas espera-se que a situação se reverta nos próximos anos.

Krones Krones – www.krones.com

InsumoutilizadonaproduçãodoMDI,precursor dopoliuretano,aanilinadebasebiológicavai contribuirparareduzirapegadadecarbonoda cadeiadeproduçãodessematerial.Imagem: Covestro

“Entre outras coisas, a anilina é uma matéria-prima-chave para as espumas utilizadas no isolamento de prédios e refrigeradores”, explicou Thorsten Dreier, chief technology officer (CTO) da Covestro: “Até agora,

PiovanGroup fortalece sua divisão de resfriamento de processos industriais

O PiovanGroup, de origem italiana, com subsidiária brasileira em Osasco (SP),

ceiros da comunidade científica. Comparado à tecnologia convencional, ele melhora a pegada de carbono da anilina e enfatiza a possível contribuição da biotecnologia industrial para a produção de plásticos: no novo processo, um microrganismo

anunciou a criação de uma nova divisão que concentrará os negócios relacionados a sistemas de resfriamento de processos industriais, dentre os quais estão os resfriadores de líquidos voltados para a indústria de

customizado ajuda a converter um açúcar industrial extraído de plantas em um produto intermediário por meio de fermentação. Isso ocorre em condições mais amenas e, portanto, mais compatíveis com o meio ambiente do que nos processos convencionais. Em um segundo passo, a catálise química do produto intermediário cria a anilina, com 100% de carbono à base de plantas. A pesquisa com a anilina de base biológica está sendo financiada pelo governo alemão, cujo Ministério para Alimentos e Agricultura está financiando também um projeto subsequente (Bio4PURDemo), conduzido pela Covestro com parceiros até 2025. A Universidade RWTH Aachen, junto com o Centro CAT Catalytic e a Universidade de Stuttgart também participam do projeto.

Covestro – tel. (11) 2526-3102

plásticos. O grupo informou que serão unificadas as operações da Thermal Care, cuja aquisição foi concluída em 2022, e da sua unidade de negócios Acquatec, formando uma nova divisão especializada

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NOTÍCIAS

em soluções inovadoras e sustentáveis para processos de resfriamento industrial.

A nova divisão vai operar mundialmente sob a marca Thermal Care, tornando-se um playerglobal no setor, sob a coordenação de Lee Sobocinski, atual presidente da Thermal Care Inc.

Com a união dos negócios da Thermal Care e Aquatech, o PiovanGroup lançou uma nova divisão estratégica com foco em sistemas de resfriamento de processos industriais.

Imagem: PiovanGroup

Atenderá os mercados da América do Norte, América Latina, Europa

e Ásia, com ampla estrutura de serviços, capaz de assegurar proximidade em todos os países onde seus clientes operam.

A integração destas unidades de negócio vai proporcionar maior eficácia em pesquisa e desenvolvimento, ampliação do portfólio de produtos e serviços, com vendas já consolidadas na casa de 100 milhões de euros para este ano fiscal.

P PiovanGroup iovanGroup iovanGroup iovanGroup – www.piovan.com

Compostos e Arkema firmam parceria no fornecimento de polímeros especiais

A Compostos (Cotia, SP), distribuidora de elastômeros termoplásticos, iniciou uma parceria estratégica com a Arkema Brasil, subsidiária da desenvolvedora francesa de materiais de engenharia, tornando-se a distribuidora oficial da marca no Brasil.

A parceria amplia o portfólio da Compostos com produtos especiais e de alto desempenho, incluindo as linhas

Materiaisespeciaisdadesenvolvedorafrancesa Arkemapassaramasercomercializadospela distribuidorapaulista,quetemunidadetambém emCaxiasdoSul(RS).Imagem:Arkema

RILSAN® (poliamida 11), RILSAMID® (poliamida 12), PEBAX® (elastômero termoplástico) e PLATAMID® (poliamida para adesivos hot melt). A Arkema mantém 16 centros de pesquisa e mais de 1.800 pesquisadores ao redor do mundo, investindo hoje cerca de E400 milhões em projetos sustentáveis, o que inclui o desenvolvimento de biopolímeros, que

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agora serão distribuídos pela Compostos. A empresa também se destaca pelo desenvolvimento de compostos poliméricos para a fabricação de dispositivos médicos,

cujos avanços se estendem para áreas como a automotiva e a construção civil. No Brasil, a multinacional mantém uma sólida presença em nove locais estratégicos, nos

Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais.

Arkema Arkema – tel. (11) 2148-8522

Compostos – tel. (11) 5594-0678

m biocomposto de poli(ácido láctico) (PLA) reforçado e com propriedades antioxidantes resultou do trabalho conjunto entre as empresas KraussMaffei (Alemanha) e o grupo Synergy Horizon (Chipre), por meio de sua subsidiária polonesa, que desenvolveu recentemente um processo para

a produção de lignina em pó, a qual pode ser dosada em extrusoras, atuando como carga em materiais termoplásticos. Especializado na valorização da lignina obtida por hidrólise, o grupo de empresas Synergy Horizon transforma este biopolímero que muitas vezes é descartado como subproduto da indústria do bioetanol, em produtos destinados a diversas aplicações. Entre as suas competências estão a purificação

da lignina, sua modificação química e funcionalização.

A lignina é um dos materiais orgânicos mais abundantes na Terra, podendo ser extraída da biomassa lignocelulósica por vários métodos. Um deles é a hidrólise da biomassa para produção de bioetanol, gerando como subproduto a lignina de hidrólise, que possui propriedades únicas. Cerca de 50 milhões de toneladas de lignina, incluindo a obtida por hidrólise,

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NOTÍCIAS

são produzidas anualmente em todo o mundo como resíduo do processamento de madeira nas indústrias de papel e bioetanol, e 98% desse total é incinerado, de acordo com informações da Synergy.

Muitos projetos de pesquisa têm lidado com este recurso biológico renovável, mas a sua utilização como carga em uma matriz polimérica até agora é pouco conhecida. “Processar a lignina de hidrólise não é uma tarefa fácil”, comentou Alexander Gonchar, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Synergy Horizon, que agora opera uma linha de produção comercial para fabricação de lignina em pó.

De resíduo a carga funcional

A KraussMaffei demonstrou a incorporação da lignina na matriz de PLA em seu centro técnico recém-criado na uni-

A alemã KraussMaffei, em parceria com a Synergy Horizon, desenvolveu um processo que permite a produção de termoplásticos reforçados com base 100% biológica: uma matriz de PLA reforçado com até 30% delignina.Omaterialapresentoupropriedades antioxidantes naturais, maior resistência e degradabilidadecontrolada.Imagem:KraussMaffei

dade de Laatzen (Alemanha).

A participação da KraussMaffei se deu em razão de sua experiência na fabricação de equipamentos para formulação de compostos com a incorporação de cargas.

“Com nossa experiência em formulação de compostos e o conhecimento exclusivo de nosso parceiro de projeto, conseguimos incorporar até 30% de lignina na matriz de PLA e produzir um composto com capacidade e atividade antioxidante natural, propriedades mecânicas aprimoradas e biodegradabilidade controlada”, explicou Lars Darnedde, do setor de desenvolvimento de engenharia de processos e gerente de projetos da KraussMaffei Extrusion.

Tanto a extrusora de laboratório, uma ZE Blue Power 28, quanto a unidade de produção ZE Blue Power 42 conseguiram incorporar até 30% de lignina no

a uma temperatura baixa, de 160 °C no máximo, e utilizamos uma zona de incorporação de carga de 6 D de comprimento e desgaseificação lateral”, informou Lars Darnedde. O fato de que tanto o arranjo do processo de extrusão de compostos quanto a preparação da lignina na Synergy Horizon tiveram sucesso foi confirmado por testes de propriedades mecânicas. Comparado ao PLA puro, a versão com reforço de lignina permitiu aumentar o módulo de flexão e tração em cerca de 30%. Isso pode ser útil em aplicações de embalagens em que o material precisa ser rígido o suficiente para manter sua forma, mesmo sob carga.

A extrusora de laboratório ZE Blue Power 28, cuja configuração especial da rosca e tecnologia de controle permitiram incorporar até 30% de lignina com um processamento preciso, a uma temperatura máxima de 160 °C. Imagem: KraussMaffei

composto. “Adaptamos especialmente a configuração da rosca para o trabalho com a lignina, com elementos de mistura altamente sensíveis, operando

Outra vantagem da capacidade antioxidante é a possibilidade de aplicação em embalagens de alimentos visando prevenir a oxidação dos alimentos e prevenindo a formação de sabores estranhos, odores ou compostos tóxicos. Pode também ser aplicado em plásticos biodegradáveis para fins agrícolas, tais como filmes de cobertura, para protegê-los da degradação oxidativa. Os biocompostos de PLA contendo lignina apresentaram taxa de biodegradação superior a 90% em 99 dias.

KraussMaffei KraussMaffei KraussMaffei KraussMaffei –www.kraussmaffei.com

Synergy Horizon Horizon –www.synergyhorizon.com

10 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024

NOTÍCIAS

Curso gratuito sobre plásticos no Colégio Técnico de Campinas

InstituiçãovinculadaàUnicampoferecetreinamento presencialcomduraçãodedoisanos,ministradonos períodosmatutinoenoturno.ProfessoresdoColégio TécnicodeCampinascomentaramsobreoconteúdodo cursoeotipodepúblicoparaoqualeleérecomendado. Imagens:Standret,Freepik

O Cotuca – Colégio Técnico de Campinas oferece cursos técnicos gratuitos que são recomendados para profissionais da indústria de manufatura, o que abrange treinamentos para o setor de transformação de plásticos, assim como Indústria 4.0, segurança do trabalho, mecatrônica e desenvolvimento de sistemas, entre outros. Os professores Wolney Netto Júnior e Vanessa Petrilli Bavaresco, que integram o corpo docente do Departamento de Plásticos da instituição, a qual faz parte do conglomerado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), concederam entrevista à Plástico Industrial. Eles explicaram como o curso “Técnico em plásticos” é ministrado e comentaram sobre o conteúdo, além de sua grade curricular e atividades típicas.

De acordo com os entrevistados, o curso –com modalidade B: Concomitância externa –é realizado nos períodos matutino e noturno, e tem duração de dois anos. Outro fator comentado pelos professores é que o curso abrange a realização de estágio com duração de 320 horas. Wolney fez um breve panorama no que diz respeito aos objetivos do curso, enfatizando a capacitação na área dos plásticos: “Nossa ideia é formar profissionais que tenham conhecimentos sobre, por exemplo, o setor químico e o de processamento de materiais, neste caso, os polímeros”.

12 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024

Vanessa disse que o Cotuca realiza um processo seletivo e comentou sobre alguns requisitos referentes ao ingresso no curso Técnico em plásticos: “Os candidatos têm de ter concluído pelo menos o primeiro ano do ensino médio, ou estar matriculado em outra escola, a partir da segunda série, no ano de ingresso no Colégio Técnico de Campinas”.

Conteúdo do curso

Dois módulos compõem o curso “Técnico em plásticos”. No primeiro, os alunos têm acesso a conteúdo centrado nos materiais plásticos e em processos de fabricação. Conforme explicou Vanessa, “a duração do módulo 1 é de 600 horas, e após a conclusão deste o aluno já obtém a capacitação em assistência em processos que envolvem a fabricação de produtos plásticos”. Sobre o segundo módulo, cuja carga horária é de 630 horas, os temas principais são as tecnologias de matérias-primas, fabricação de produtos plásticos e gestão de processos. Salientando a necessidade de atender aos requisitos do treinamento, Vanessa e Wolney disseram que os alunos, ao término dessa etapa, são orientados a participar de estágio supervisionado de 320 horas ou à realização de trabalho de conclusão de curso.

Os professores entrevistados disseram que o curso sobre plásticos é recomendado para profissionais e iniciantes que atuam na indústria de transformação de polímeros, e também para estudantes que têm interesse em trabalhar em áreas ligadas a este setor. “Os alunos também podem conversar conosco sobre a troca de períodos mesmo que já estejam com o curso em andamento. Já tivemos casos, por exemplo, de alunos que solicitaram a troca de período, do noturno para o matutino, devido à troca de turno para o qual foram escalados nas empresas em que trabalhavam na ocasião”, concluiu Walney.

Próximo processo seletivo

Os interessados em ingressar no curso Técnico em plásticos do Colégio Técnico de Campinas em 2025 já podem buscar mais informações no site do colégio. A previsão da instituição é que no mês de outubro de 2024 seja realizado o processo seletivo para ingresso das turmas do próximo ano.

13 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024
Cotuca – https://cotuca.unicamp.br

Determinação da compatibilidade de aditivos usados no PVC – Parte 1 - plastificantes

Determinação da compatibilidade de aditivos usados no PVC – Parte 1 - plastificantes

A compatibilidade de agentes plastificantes é um fator importante no que se refere ao seu bom processamento quando eles são adicionados ao PVC. Até o momento, os transformadores, muitas vezes, tinham de recorrer a valores empíricos para defini-la. Porém, um método mais preciso consiste na determinação do parâmetro de solubilidade de Hildebrand. Cálculos apropriados para diferentes agentes plastificantes ajudam neste sentido.

Os plastificantes são um grupo importante de aditivos para os plásticos, usados principalmente em poli(cloreto de vinila) (PVC). Os ftalatos já foram e, em alguns casos, ainda são importantes plastificantes para o PVC. Eles são ésteres de ácido ftálico com álcoois. O número de átomos de carbono presentes na molécula de álcool não só determina a sua volatilidade e compatibilidade com o PVC(1) (figura 1), mas também se os ésteres se comportam mais como solventes, plastificantes ou lubrificantes. A compatibilidade do plastificante depende de sua polaridade ou do seu momento dipolar em comparação com o do PVC.

Michael Schiller (michael.schiller@hms-concept.net) é fundador e proprietário da empresa de consultoria HMS Concept. Este artigo foi publicado originalmente na edição de setembro de 2023 da revista alemã Kunststoffe. Copyright by Carl Hanser Verlag. Direitos para o português adquiridos por Plástico Industrial Tradução e adaptação de Antonio Augusto Gorni.

O PVC é um polímero bastante polar. A maioria dos plastificantes o é. Entretanto, a sua polaridade diminui com o número de átomos de carbono presentes na molécula de álcool e esta alteração só pode ser estimada qualitativamente. O parâmetro

de solubilidade de Hildebrand δ(2) oferece uma estimativa numérica do grau de interação entre as substâncias. Ele constitui uma boa indicação da compatibilidade entre diferentes materiais, especialmente polímeros. Materiais com valores semelhantes

Tab. 1 – Massa molar de diferentes grupos moleculares e sua contribuição para a densidade de energia coesiva F (Fonte: (8))

Grupo molecular Massa molecularContribuição para a densidade (g/mol)de energia coesiva F (MPa1/2·mL/mol)

14 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024 PVC
H1140 CH 315420 CH 214280 CH13140 =CH-13222 CO-O-44511 -CO-NH431.290 COOH45651 C 6 H 4761.380 OH(alquila)17754 C120 Cl(primário)35,5471 O(éter)16255 Ciclohexileno (9)821.524

Tab. 2 – Valores calculados do parâmetro de solubilidade δ δ de Hildebrand para vários plastificantes, bem como seu peso molecular e densidade (fontes: (3), Dr. Michael Schiller)

SubstânciaDensidade (g/mL)Peso molecular (g/mol)Parâmetro de solubilidade δ δ de Hildebrand (MPa1/2)

Ftalatodedimetila1,19019419,89

Ftalatodedibutila1,05027818,59

Ftalatodedioctila0,98039018,00

Ftalatodediciclohexila1,15033019,10

Ftalatodebutila(2-etilhexila)1,00133418,11

Ftalatodedi(2-etilhexila)(DEHP)0,99039018,18

Ftalatodedi-i-nonila0,97041817,92

Ftalatodedi-i-decila0,96644617,94

Ftalatodedi-i-undecila0,95047417,72

Ftalatodedi-i-tridecila0,95253017,89

Adipatodedi(2-etilhexila)0,92537017,26

Adipatodedi-i-nonila0,92039817,25

Adipatodedi-i-decila0,91942617,31

Adipatodedi-i-tridecila0,90951017,29

Sebasatodedimetila0,98823017,62

Sebasatodedibutila0,93731417,25

Sebasatodedi(2-etilhexila)0,91442617,21

Di-i-sebasatodedecila0,90948217,24

Di-azelatode(2-etilhexila)0,91541217,19

Azelatodedi-i-decila0,91046817,23

Trimelitatodetrioctila0,98054617,79

Trimelitatodetri(2-etilhexila)0,98854617,94

Trimelitatodetri-n-nonila0,95958817,89

Trimelitatodetri-i-decila0,95963017,65

Trimelitatodetri-i-tridecila0,95575617,83

Dibenzoatodedietilenoglicol1,20031420,78

Dibenzoatodetrietilenoglicol1,17535820,52

Dibenzoatodedipropilenoglicol1,12034219,64

Benzoatodei-nonila0,95924818,14

Benzoatodei-decila0,95326218,08

Citratodetrietila1,14027620,43

Citratodetributila1,04536019,24

Trietil-O-acetilcitrato1,13531818,29

Citratodetributila-O-acetila1,05240217,81

Tris(2-etilhexila)-O-acetilcitrato0,98457017,55

Óleodesojaepoxidado(ESBO)0,95294016,90

Óleodelinhaçaepoxidado1,03598817,56

Talatode2-etilhexilaepoxidado0,92842417,61

Tereftalatodedi(2-etilhexil)(DOTP)0,98039018,00

HexamolDiNCH0,95039617,53

GrinstedSoft-n-safe1,00350017,58

Pevalen1,00247217,42

Parafinacloradacom70%Cl1,58044622,28 e12átomosdecarbono

de δ provavelmente serão miscíveis. O PVC tem um valor de δ igual a 19,7 MPa1/2 (3). Este valor apresenta alguma variação em função da literatura consultada. Também são mencionados valores de 19,5 MPa1/2 (4) , 19,6 MPa 1/2 (5) e 19,8 MPa 1/2 (6)

Informações sobre o valor de δ podem ser encontradas para alguns poucos plastificantes selecionados, mas infelizmente isso não ocorre para todas as versões comercialmente disponíveis. Estes valores também variam até certo ponto. George

Wypych, em seu livro “Handbook of Plasticizers” (Manual de plastificantes) (7), incluiu uma faixa de valores de δ para muitos grupos de plastificantes, mas infelizmente não há nenhum valor específico para plastificantes individuais.

15 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024

Portanto, é desejável calcular o valor correspondente de δ para o maior número possível de plastificantes que possuam estrutura conhecida. Eric Grulke descreveu as premissas teóricas em seu “Polymer Handbook” (Manual dos polímeros)(8). Entre outros aspectos, ele mencionou a contribuição de vários grupos de moléculas para a densidade de energia coesiva (F) (de acordo com van Krevelen) (tabela 1). Com base nesses valores e na fórmula estrutural, foi calculada a somatória (∑F) da densidade de energia coesiva F. De acordo com a equação 1, em combinação com o peso molecular M e a densidade ρ , os parâmetros de solubilidade de Hildebrand δ podem ser calculados (tabela 2).

(1)

Infelizmente, o valor de δ não pode ser calculado para ésteres de ácido sulfônico e plastificantes à base de fosfato, uma vez que a contribuição para o valor da densidade de energia coesiva, de acordo com van Krevelen, não se encontra disponível para os grupos moleculares contendo enxofre e fósforo. Pelo menos um intervalo de valores para δ é fornecido na tabela 2 (7). Entretanto, o valor de δ também pode ser calculado a partir do calor latente de vaporização H (6). A equação 2 é usada com esse objetivo:

onde

(2)

T = temperatura absoluta em graus Kelvin

R = constante universal dos gases

M = peso molecular ρ = densidade

No entanto, isso é útil apenas até certo ponto, uma vez que os valores de Δ H para os plastificantes são relativamente desconhecidos. Entretanto, o valor de Δ H pode ser

estimado com bastante precisão a partir do ponto de ebulição Bp (em graus Kelvin), de acordo com a equação 3 (6):

(3)

A figura 2 mostra a dependência do valor de δ em relação ao número de átomos de carbono para os plastificantes à base de ftalatos. Torna-se claro que existe uma relação fundamental: quanto mais longa for a cadeia da molécula de álcool, menor se torna o valor de δ. Tendências similares também podem ser observadas com outros plastificantes.

Conforme mencionado, o valor de δ para o PVC é igual a 19,7 MPa1/2. Todas as substâncias que possuem valor semelhante, ou seja, entre aproximadamente 19,2 e 20,2 MPa 1/2 , atuam como solventes. Entre elas se encontram ftalato de dimetila e benzil butila, bem como dibenzoato de dipropilenoglicol e citrato de tributila. Ftalatos contendo de quatro a 13 átomos de carbono na molécula de álcool são plastificantes bem tolerados. Essa situação resulta em uma faixa de valores de δ entre 17,89 e 19,15 MPa1/2. Os valores de δ dos trimelitatos também se encontram nesta faixa. Já os valores dos adipatos, sebasatos e azelatos são ligeiramente inferiores (17,19 a 17,62). Contudo, a compatibilidade desses últimos é um pouco menor. Isso é confirmado por fontes independentes na literatura sobre o adipato e trimelitato e suas informações qualitativas sobre compatibilidade(1).

Os valores relativos aos benzoatos estão parcialmente acima e abaixo da faixa dos ftalatos. Isso também se aplica aos citratos, conforme a literatura. Existem também plastificantes que não se enquadram nesses grupos. O DOTP (tereftalato de di-2-etilhexil) possui valor de δ igual a 18,00 MPa1/2 e, segundo a literatura, não é tão bem tolerado quanto o DEHP (ftalato de di-(2-etil-hexila) correspondente.

16 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024 PVC

Isso também se reflete nos valores de δ constantes na tabela 2. Idem para o DiNCH (éster de ácido 1,2ciclohexanodicarboxílico-diisononila) e o Grinsted Soft-n-safe(1). O valor de δ do Pevalen é muito próximo do DiNCH e Grinsted Soft-n-safe. Portanto, pode-se assumir que ocorre um nível similar de compatibilidade.

Quão compatíveis são os plastificantes secundários?

Até agora os cálculos se concentraram nos plastificantes primários. Outro grupo de aditivos são os plastificantes secundários, que apresentam apenas uma compatibilidade limitada com o PVC e plastificantes primários. Eles incluem óleos epoxidados como ESBO (óleo de soja epoxidado). Os cálculos mostram que o ESBO, que possui um valor de δ

igual a 16,90 MPa 1/2 , na verdade apresenta apenas compatibilidade limitada com o PVC. De acordo com os cálculos, isso não se aplica ao óleo de linhaça epoxidado e ao talato de 2-etilhexila. Consequentemente, eles realmente deveriam se comportar como plastificantes primários, o que é confirmado na prática(10)

As parafinas cloradas constituem outro grupo de plastificantes secundários. Infelizmente, há apenas uma quantidade limitada de informações consistentes na literatura sobre teores e densidades de cloro. Portanto, apenas um representante dessa classe, com 70% de cloro, teve seu valor de δ calculado, 22,28 MPa1/2, que está muito acima do correspondente ao PVC. Supondo que a diferença entre PVC e polietileno (PE) seja de 3,70 MPa1/2 e que o PE não seja miscível com PVC, todas as substâncias com valor de δ igual

ou superior a 23,30 MPa1/2 também não são miscíveis com PVC. Isso explica por que este plastificante é secundário.

Conclusão

Os valores dos parâmetros de solubilidade de Hildebrand foram calculados para diversos plastificantes usados com PVC. Esses resultados apresentaram boa concordância com a experiência prática e os relatos da literatura. Isso estabelece um auxílio teórico com base científica que facilita o entendimento sobre plastificantes e sua compatibilidade com o PVC.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A bibliografia deste artigo e valores adicionais de δ podem ser encontrados no link: www.kunststoffe.de/onlinearchiv.

17 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024

GUIA I

Empresa, telefone e e-mail

Guia do PVC

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As empresas que processam PVC lidam com uma grande variedade de formulações que permitem obter produtos com diferentes características e voltados para inúmeros segmentos de mercado. Este guia reúne informações sobre os insumos e os aditivos utilizados para a produção dessas formulações, seja por empresas que desenvolvem seus compostos ou por indústrias transformadoras que optam por formular os materiais que usarão nas suas linhas de fabricação.

Blendas de PVC Nanocompostos de PVC Flexível Rígido CPVC PVC copolímero PVC homopolímero Resinas Compostos de PVC Aditivos específicos para PVC

Agentes de expansão Plastificantes Estabilizantes

Absorvedores de UV Antioxidantes Antifogging Antiestáticos Antibloqueio

Biocidas Auxiliares de processamento

Aditivos em geral

Desmoldantes Deslizantes Cargas reforçadoras Cargas inertes

Espessantes

Lubrificantes

Modificadores de impacto Modificadores de fluxo

Promotores de adesão Pigmentos

Redutores de viscosidade

Outros Solventes Retardantes de chamas

API Polimeors (35) 98808-1379 n

atendimento.api@hotmail.com

AdditiveOne (11) 95024-3689 n

vendas@additiveone.com.br

Avient(11) 4593-9261

monica.souza@avient.com

Basf SA(11) 99897-4822 n

jose-henrique.assad-vasconcelos@basf.com

Brenntag (11) 91783-7342 n

felipe.predomo@brenntag.com

Colorfix (41) 3675-5300

comercial1@colorfix.com.br

Colormix (11) 98928-4753 n

aline.souza@colormix.net.br

Coltok do Brasil(19) 98105-4685 n

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DRY Color(19) 99698-2746 n

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LF Lopes(11) 99126-6385 n

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18 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024
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Resinas Compostos de PVC Aditivos específicos para PVC

Plastificantes Estabilizantes Blendas de PVC Nanocompostos de PVC Flexível Rígido CPVC PVC copolímero PVC homopolímero

Link Plásticos (11) 99872-6834 n ••• sergio@linkpvc.com.br

Midland Quimíca (11) 97494-8247 n

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Absorvedores de UV Antioxidantes Antifogging Antiestáticos Antibloqueio Agentes de expansão

Aditivos em geral

Outros Solventes Retardantes de chamas Redutores de viscosidade Promotores de adesão Pigmentos Modificadores de impacto Modificadores de fluxo Lubrificantes Espessantes Desmoldantes Deslizantes Cargas reforçadoras Cargas inertes Biocidas Auxiliares de processamento

Nacional de Grafite(11) 2179-1300 • debora@grafite.com

Neotrade(11) 96641-2674 n

neotrade@neotrade.ind.br

OXY Química(11) 3846-7899 • vendas@oxyquimica.com.br

P7 Additives (11) 91306-6826 n

p7@p7additives.com

Parabor(11) 98967-1133 n

vendas@parabor.com.br

Petroresinas(11) 97110-4160 n • vendas@petroresinas.com.br

Place Resinas(11) 99587-6376 n •• placeresinas@placeresinas.com.br

Polipolymer (11) 99995-4192 n

fritz.johansen@polipolymer.com.br

Princeton Lemitar (11) 3232-4570

cap@princeton-lemitar.com.br

Reagens (47) 98868-6543 n

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Replas(11) 94731-8649 n •• contato@replas.com.br

Retilox (11) 4705-9460 n

suporte@retilox.com.br

Thor Brasil(11) 97546-2354 n

adrianab@thorchem.com.br

Unipar Indupa(11) 98358-9365 n • comercialpvcbrasil@unipar.com

Vinyl Arena(11) 98165-0854 n

vinylarena@vinylarena.com.br

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 449 empresas pesquisadas.

Fonte: Revista Plástico Industrial, fevereiro/março de 2024.

Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira.

Também é possível incluir a sua empresa na versão on-linede todos estes guias.

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GUIA I
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Estabilidade térmica e comportamento reológico do TPS Ecoflex e suas blendas

Estabilidade térmica e comportamento reológico do TPS Ecoflex e suas blendas

Dentre as alternativas sustentáveis aos plásticos fósseis convencionais destacam-se os bioplásticos biodegradáveis, tais como o amido termoplástico (TPS) que, em blendas com o poli(butileno adipato co-tereftalato) (PBAT), pode ter suas propriedades melhoradas. O objetivo deste trabalho é avaliar a estabilidade térmica e o comportamento reológico do TPS, PBAT (ecoflex®) e de suas blendas LC50 (50%TPS+50%PBAT) e LC30 (30%TPS+70%PBAT) por meio de análises de TGA e DSC, pelo comportamento reológico durante o processamento em um misturador e pelo índice de fluidez (IF) no estado fundido. A incorporação do TPS ao PBAT nas duas blendas proporcionou melhor estabilidade térmica do PBAT, uma vez que sua decomposição teve início em um ponto 10oC acima. A blenda LC50 apresentou IF compatível com outros materiais utilizados em aplicações flexíveis. O TPS se mostra benéfico para formulações com o PBAT, já que promove redução de custos, aumento do teor de carbono renovável e melhoria da estabilidade térmica.

L. N. Ceratti; N. B. Agostini; R. M. C. Santana

Desde seu desenvolvimento e propagação no século XX, os plásticos revolucionaram diversas indústrias devido a suas excelentes propriedades e baixo custo. Esses materiais são versáteis, apresentando formabilidade, dureza, elasticidade, leveza, rigidez, resistência térmica e mecânica, características que os tornam adequados para diversas aplicações, tais como embalagens,

Leonardo Numair Ceratti (leoceratti@gmail.com); Nicole Bohm Agostini (nicole.agostini@ufrgs.br) e Ruth Marlene Campomanes Santana (ruth.santana@ufrgs.br) são pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. Este artigo foi apresentado no Bioplastics Brazil 2023, realizado em São Paulo (SP). Reprodução autorizada pelos autores.

materiais de construção, autopeças, itens para eletrônica e bens de consumo etc (1, 2)

A maior parte dos plásticos convencionais como polietileno (PE), polipropileno (PP) e poliestireno (PS) são majoritariamente provenientes de origem fóssil, podendo ser reciclados, mas não biodegradados. Como consequência de sua produção, tem-se o aumento do consumo de petróleo e da poluição ambiental causada pela extração e queima de combustíveis fósseis (3, 4)

Apesar desses plásticos convencionais serem passíveis de reciclagem mecânica, seu descarte incorreto ocasiona impactos ambientais extremamente negativos. É estimado que entre 1950 e 2015

foram produzidas 8,3 bilhões de toneladas de plástico virgem e, dessas, 6,3 bilhões de toneladas já foram descartadas e apenas 9,5% foram recicladas. Todo o restante sofreu incineração (equivalente a cerca de 12,7%) ou ainda permanece acumulado em aterros sanitários ou na natureza (cerca de 77,8%) (5). Além disso, o acúmulo de resíduos plásticos nos ambientes aquáticos causa danos letais e subletais em animais marinhos, contribuindo para a mudança climática e apresentando risco à saúde e ao bem-estar dos seres humanos(6).

Dentre as alternativas mais sustentáveis para esses plásticos convencionais derivados de petróleo, destacam-se os bioplásticos. Eles são definidos como plásticos que podem

22 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024 BIOPLÁSTICOS

ser de origem: renovável (biobased), sintética, biodegradáveis ou ambos. Plásticos de origem renovável podem ser oriundos de polímeros naturais produzidos por plantas como celulose e borracha natural, ou sintetizados a partir de materiais naturais como açúcares, dissacarídeos e ácidos graxos(2).

Plásticos são considerados biodegradáveis quando podem ser completamente biodegradados (bioassimilados) pela ação natural de microrganismos como fungos, algas e bactérias. Plásticos compostáveis são aqueles que sofrem biodegradação aeróbia em condições específicas e em tempo-limite estabelecidos de acordo com normas como ASTM D6400, EN13432 e ABNT NBR 15448-1 e 15448-2, assim como aprovado por certificadoras (4) . É possível entender que plásticos biodegradáveis se tornam uma via interessante para aplicações nas quais a biodegradabilidade é desejada, como nos itens de uso único, que são definidos como objetos de vida útil curta, sendo descartados após sua primeira utilização, como é o exemplo de canudos, embalagens de fast-food, talheres etc. Os plásticos biodegradáveis têm uso em sacolas para acondicionamento de resíduos orgânicos, filmes agrícolas e embalagens para transporte alimentício.

Os poliésteres são uma classe de polímeros interessante para o desenvolvimento de materiais biodegradáveis. Poliésteres alifáticos como a policaprolactona (PCL) e o poli-beta- hidroxibutirato (PHB) demonstram ter boa biodegradabilidade devido às suas ligações éster, que são sensíveis à hidrólise. Entretanto, esses poliésteres alifáticos apre-

sentam propriedades mecânicas e térmicas insatisfatórias (7) . Poliésteres aromáticos como o poli(etileno tereftalato) (PET) e o poli(butileno tereftalato) (PBT), por sua vez, apresentam propriedades satisfatórias, mas com alta resistência ao ataque de microrganismos(8). Co-poliésteres alifáticoaromáticos, portanto, podem ser um modo de unir a biodegradabilidade com a resistência mecânica e térmica. O poli(butileno adipato co-tereftalato) (PBAT) é um dos co-poliésteres alifático-aromáticos mais populares e promissores, sendo obtido através da policondensação de butanodiol, ácido adípico e ácido tereftálico (9) . O PBAT é proveniente de fonte fóssil e apresenta uma boa combinação de propriedades mecânicas, estabilidade térmica e biodegradabilidade. Esse co-poliéster é amplamente conhecido no mercado pelo nome comercial ecoflex®, da fabricante alemã BASF.

Outra classe de materiais que se mostra promissora no estudo de polímeros biodegradáveis são os polissacarídeos como o amido. O amido (formado pela amilose e amilopectina) é um polímero natural que se encontra no milho, trigo, arroz, batata, entre outros, sendo biodegradável e de baixo custo. Entretanto,

o amido deve ser modificado (plastificado) a fim de ser possível seu processamento como um termoplástico, uma vez que sua temperatura de fusão e de degradação são bem próximas (em torno de 220oC)(10). A modificação é frequentemente performada através da extrusão com plastificantes como água e glicerol(11)

O TPS apresenta algumas limitações como comportamento higroscópico e propriedades mecânicas insatisfatórias, fazendo com que suas aplicações sejam restritas. Uma alternativa para contornar os pontos negativos citados é associar o TPS a algum outro polímero sintético com propriedades mecânicas e reológicas mais satisfatórias, como o PBAT. A produção de blendas TPS/PBAT apresenta vantagens como a melhora da resistência mecânica e à umidade do TPS; redução do custo da blenda e aumento do teor de carbono renovável, o que é de interesse do setor industrial e comercial (12,13). Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi produzir blendas biodegradáveis de amido termoplástico e poli(butileno adipato co-tereftalato) e analisar o seu comportamento reológico durante o processamento das blendas no misturador, assim como a sua estabilidade térmica.

23 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024
Fonte:Doautor(2023).
Fig.1– Curvade(a)torque versus tempoe(b)temperatura versus tempoparaasblendasLC30eLC50.

Métodos e materiais

Os materiais TPS (Amitroplast® 8945, fabricado pela Agrana Starch) e PBAT (ecoflex® F Blend C1200 fabricado pela BASF) foram doados pelo distribuidor Additiva Produtos Químicos. Utilizou-se uma câmara de mistura Thermo Scientific Haake Rheomix OS, com velocidade constante de 60 rpm, temperatura de 140ºC e tempo

25°C até 940°C, usando uma taxa de aquecimento de 20ºC/min, com isoterma de 1 minuto.

A análise de calorimetria diferencial de varredura (DSC) foi realizada em um equipamento TA Instruments, modelo Q20. Foi utilizada atmosfera de nitrogênio (50 mL/min). Amostras de 10 mg foram submetidas a uma rampa de aquecimento de 25°C até 150°C, usando uma taxa de aquecimento de 10ºC/min, e foi realizado um

de residência de 5 minutos para produção das blendas LC50 e LC30, como mostrado na tabela 1.

As análises termogravimétricas (TGA) foram realizadas em uma balança termogravimétrica modelo Q50, da marca TA Instruments. Foi utilizada atmosfera de nitrogênio (90 mL/min). Amostras de 10 mg foram submetidas a uma rampa de aquecimento de

resfriamento até 25 o C (resfriamento de 10ºC/min) e um segundo aquecimento até 200 o C sob a mesma taxa de aquecimento de 10ºC/min.

Para medição do índice de fluidez utilizou-se de um plastômero CEAST Italy MeltFlow Modular Line conforme o método A da norma ASTM D1238. O tempo de residência utilizado

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BIOPLÁSTICOS
Fig.2–Aspectodosmateriais(a)TPS,(b)ecoflex®,(c)LC30e(d)LC50.Fonte:Do autor(2023).

foi de 180 segundos. Para o ecoflex®, foram adotadas as condições mencionadas na ficha técnica pelo fabricante: 190 o C e 2,16 kg. Para as blendas LC30 e LC50, se utilizou a mesma temperatura, entretanto foi empregada a carga de 5 kg, uma vez que as amostras não fluíram a 2,16 kg.

Resultados e discussões

Processamento no misturador interno

Tab. 1 – Nomenclatura da composição das amostras avaliadas

AmostraTPS(%)PBAT(%)

Os materiais foram introduzidos a seco de forma consecutiva ao misturador para produção das blendas. Primeiramente, o ecoflex® foi inserido e, após estabilização do torque, o TPS foi adicionado à câmara

de mistura. O estudo do comportamento reológico é avaliado através das curvas obtidas no processo de mistura (14) . A figura 1(a) mostra as curvas de torque em função do tempo de residência (t) e a figura 1(b) as curvas de temperatura em função do tempo de residência para as blendas LC30 e LC50.

No misturador, observou-se que a introdução do material ecoflex® em t = 0 min na câmara provoca aumento de torque (figura 1a), uma vez que o material está sólido

e há uma força requerida do equipamento para misturá-lo e fundi-lo. No tempo próximo a 0,4 min, ocorre uma diminuição no torque, já que a viscosidade está reduzindo após a fusão do material e cisalhamento. Como o torque depende da temperatura, essa queda pode ser atribuída a um efeito combinado do aumento de temperatura do fundido e da redução da massa molar da matriz(15) . Em t = 0 min, ocorre uma queda de temperatura (figura 1b), já que o polímero está a uma temperatura mais baixa do que a do interior da câmara. Posteriormente, no tempo próximo a 0,4 min, notou-se um aumento da temperatura, quando o misturador tenta restabelecer a temperatura definida inicialmente.

25 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024
TPS100PBAT-100 LC303070 LC505050

A introdução do segundo material (TPS) pode ser observada pela aparição do segundo pico nas curvas de torque da figura 1(a) próximo a 2 minutos para ambas as blendas ou na queda de temperatura no mesmo tempo na figura 1(b). A curva de torque após introdução do TPS teve funcionamento análogo ao citado anteriormente para o primeiro material (ecoflex®). Foi observado que após cinco minutos ambas as blendas atingiram um comportamento estável, portanto o processo de mistura dos materiais se deu por concluído. O torque final para a blenda LC50 foi levemente maior (figura 1a, em t = 5 min), o que pode ser um indicativo da maior viscosidade desse grupo.

A figura 2 ilustra o aspecto dos materiais isolados que foram introduzidos no misturador e das blendas LC30 e LC50 obtidas após o processamento. A coloração dos produtos é compatível com o esperado, partindo-se de materiais de cor branca (ecoflex®) e amarelada (TPS).

Análises termogravimétricas (TGA)

Na figura 3 são mostradas as curvas de TG e DTG obtidas da análise termogravimétrica das amostras avaliadas. A figura 3(a) representa a perda percentual de massa durante o aquecimento da amostra, enquanto a figura 3(b) reflete a cinética dos eventos de degradação presentes na curva de TG.

Na análise de TGA do TPS (linha de cor verde), foi visualizado um primeiro evento com início em 125oC e máximo em 139 o C, relacionado à eliminação da umidade e outros compostos de baixa massa molar. O segundo evento iniciado em 260oC com máximo em 324oC é referente à decomposição do amido e do glicerol(16). O PBAT (linha de cor azul) por sua vez, apresentou um único pico de perda de massa iniciando em cerca de 350oC com máximo em 417oC, atribuído ao processo de degradação do polímero(17) .

A curva de DTG da blenda LC30 (linha amarela) não apresenta com clareza o pico entre 100 - 140 oC visualizado no TPS puro referente à perda de umidade e compostos de baixa massa molar, podendo significar que durante o processamento no misturador esses foram majoritariamente eliminados. O segundo evento com início em 260 oC e máximo em 320 oC relacionado à decomposição do TPS foi visualizado, assim como o terceiro evento que se inicia em 360oC com máximo em 414 oC relacionado à degradação do PBAT. É possível

26 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024 BIOPLÁSTICOS
Fig.4–CurvasdeDSCdosmateriaisTPS,PBAT,LC30eLC50divididaentre(a)primeiroaquecimento,(b)resfriamentoe(c)segundo aquecimento.Fonte:Doautor(2023). Fig.3–CurvasobtidaspelaTGAparaosmateriaisTPS,PBAT,LC30eLC50.(a)curvasdeTGe(b) curvasdeDTG.Fonte:Doautor(2023).

observar que o início do processo de degradação foi atrasado em 10oC em comparação ao PBAT puro. Em algumas blendas, a degradação e a temperatura na qual ela ocorre podem ser alteradas, indicando uma resposta coletiva da blenda que só é visualizada quando há um certo grau de mistura intermolecular. Portanto, para a blenda LC30 houve um aumento na estabilidade térmica do PBAT, entretanto para o TPS o início da degradação se deu na mesma condição(16).

Para a blenda LC50 (linha de cor roxa), o pico iniciando em 120 oC com máximo em 130oC relacionado à perda de umidade e compostos de baixa massa molar do TPS se mostra mais pronunciado, podendo inferir-se que o maior teor de TPS nesta blenda não permitiu a eliminação total desses compostos durante o processamento no misturador. O evento seguinte relacionado à decomposição do amido e glicerol iniciou-se novamente a 260oC, com máximo em 326oC. O terceiro evento, relacionado à degradação do PBAT mostrou o mesmo aumento de 10 o C em relação ao material puro, com início em 360 oC e máximo em 413 oC. Portanto, a adição de TPS, seja na proporção de 30% ou de 50% na blenda, resultou em uma melhor estabilidade térmica na matriz de PBAT (ecoflex®)(18).

Análises de calorimetria diferencial de varredura (DSC)

Na figura 4 são mostradas as curvas obtidas através da análise de DSC das amostras. As imagens representam o primeiro aquecimento (figura 4a), resfriamento (figura 4b) e segundo aquecimento (figura 4c).

Nas curvas de DSC para o TPS (linha de cor verde), é possível visualizar o início da formação de um pico endotérmico no primeiro

aquecimento em torno de 130 –140 o C (figura 4a) que indica a evaporação de água ocluída e compostos de baixa massa molar. No primeiro aquecimento da análise de DSC o histórico térmico da amostra é removido e, por esse motivo, o decréscimo do fluxo de calor não é visualizado no segundo aquecimento (figura 4c). Já o ecoflex® (linha de cor azul) mostrou dois eventos endotérmicos largos indicando duas temperaturas de fusão: a primeira, referente ao segmento butileno adipato (BA) da molécula, próximo a 50 o C, e a segunda, referente ao segmento rígido butileno tereftalato (BT), em torno de 120 o C. Isso é atri buído à estrutura cristalina do PBAT, que é formada pela cristalização mista das unidades de BT e BA. A primeira temperatura de fusão (50oC) está relacionada à formação do vértice cristalino contendo principalmente unidades de BA. A segunda temperatura de fusão (120oC) corresponde à fusão dos cristais relacionados à parte mais rígida do PBAT, o BT (19) . A temperatura de cristalização pode ser visualizada no resfriamento, próxima a 90oC (17)

De forma análoga ao TGA para a blenda LC30, esta não apresentou pico endotérmico referente à evaporação de água e compostos de baixa massa molar, indicando que a umidade deve ter sido eliminada durante o processamento no misturador. É possível visualizar os dois picos endotérmicos referentes à temperatura de fusão do segmento BA do ecoflex® (em 50oC) e do segmento BT (em 120 o C). A temperatura de cristalização do ecoflex® pode ser visualizada também, durante o resfriamento, a 90 o C.

Em relação à blenda LC50, o primeiro pico endotérmico referente à fusão da parte flexível do ecoflex® (BA) pode ser visualizado

em torno de 50oC. O segundo pico de fusão, no entanto, é visualizado mais tarde a 130 o C, junto da evaporação da água e compostos de baixa massa molar (descritos anteriormente no DSC do TPS puro e no TGA da blenda LC50). O aumento da temperatura de fusão do ecoflex® se dá em razão do TPS, uma vez que o TPS proporciona um efeito de estabilização nas ligações de hidrogênio entre as cadeias poliméricas (20). A temperatura de cristalização do ecoflex®, por sua vez, aparece a 90 oC novamente no resfriamento.

Análise do índice de fluidez

O valor do índice de fluidez (IF) encontrado para o PBAT foi de 17,15 g/10min (190oC e 2,16 kg). A ficha técnica do ecoflex® informa um índice de 2.7 - 4.9 g/10 min nas mesmas condições. A diferença pode se dar por uma série de fatores, dentre elas o diâmetro de abertura da matriz, condições de acondicionamento do material etc. O valor encontrado experimentalmente neste trabalho é compatível com outros da literatura(21, 22)

A blenda LC30 apresentou um valor de IF de 28,73 g/10 min. A blenda LC50, por sua vez, apresentou 8,99 g/10 min, uma fluidez menor e, consequentemente, viscosidade maior do que a blenda LC30. Essa diferença de viscosidade era esperada, devido à influência do maior teor de TPS na blenda, uma vez que o torque final durante o processamento no misturador para o LC50 era maior do que para a blenda LC30.

Conclusão

Nesse trabalho, foram produzidas blendas biodegradáveis a partir do amido termoplástico (TPS) e do poli(butileno adipato co -tereftalato) (PBAT) em duas composições diferentes

28 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024 BIOPLÁSTICOS

(30%TPS+70%PBAT; 50%TPS+ 50%PBAT). Foram estudadas a estabilidade térmica e o comportamento reológico dos produtos isolados e suas blendas através de análises de torque, TGA, DSC e MFI. Demonstrou-se que a incorporação do TPS ao PBAT (ecoflex®) nas duas blendas proporcionou melhor estabilidade térmica do PBAT, uma vez que sua decom-

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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4) J. Jian, Z. Xiangbin, H. Xianbo: An overview on synthesis, properties and applications of poly(butylene- adipate-coterephthalate)–PBAT, Advanced Industrial and Engineering Polymer Research, Volume 3, Issue 1, 2020, Pages 19-26, ISSN 2542-5048.

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9) M. Okada: Chemical syntheses of biodegradable polymers, Prog. Polym. Sci. 27 (1), 2002.

10) P. Sarazin, G. Li, W.J. Orts, B.D. Favis: Binary and ternary blends of polylactide, polycaprolactone and thermoplastic starch, Polymer, 49(2), 599–609, 2008.

posição teve início 10oC acima do que para o produto isolado. A blenda LC50 se mostrou promissora para embalagens flexíveis, pois possui valor de índice de fluidez equiparável ao dos polímeros biodegradáveis comercialmente disponíveis para a mesma aplicação. O TPS se mostra benéfico para formulações biodegradáveis com o PBAT, uma vez que pode promover redução de

11) X. Z. Tang, S. Alavi, T.J. Herald: Effects of plasticizers on the structure and properties of starch– claynanocomposite films, Carbohydrate Polymers, 74, 552–558, 2008.

12) J. Silva, R. Bretas, A. Lucas, J. Marini, A. Da Silva, J. Santana, F. Pereira, J. Druzian: Rheological, mechanical, thermal, and morphological properties of blends poly(butylene adipate-co-terephthalate), thermoplastic starch, and cellulose nanoparticle, Polymer Engineering & Science. 60, 2020.

13) J.B. Olivato, M.V.E. Grossmann, F. Yamashita, et al: Citric acid and maleic anhydride as compatibilizers in starch/ poly(butylene adipate-co-terephthalate) blends by one-step reactive extrusion, Carbohydr Polym. 2012; 87:2614–2618.

14) A.A. Nascimento Filho, I.C. Miranda, E.H.C. Ferreira, L.H. Carvalho, E.L. Canedo: Reometria de torque de nanocompósitos obtidos a partir de blendas ecoflex-amido termoplástico, 22 CBECIMAT - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais, 2016, Natal, RN. Anais do 22 CBECIMAT, 2016. v. 1. p. 2799-2806.

15) T.S. Alves, E.L. Canedo: Processamento de Polímeros no Misturador Interno de Laboratório. Workshop CFD/UFCG, Campina Grande, 2015.

16) V. Mittal, T. Akhtar, N. Matsko: Mechanical, Thermal, Rheological and Morphological Properties of Binary and Ternary Blends of PLA, TPS and PCL, Macromolecular Materials and Engineering, 300(4), 423–435, 2015.

custo, aumento do teor de carbono renovável e melhoria da estabilidade térmica.

Agradecimentos

Os autores agradecem ao LAPOLUFRGS pela disponibilidade de infraestrutura, ao apoio financeiro da UFRGS e à empresa Additiva pelo fornecimento das resinas.

17) S. Mohanty, S.K. Nayak, Biodegradable nanocomposites of poly (butylene adipate-coterephthalate) (PBAT) with organically modified nanoclays, International Journal of Plastics Technology, 14(2), 192–212, 2010.

18) J.B.A. Da Silva, R.E.S. Bretas, A.A Lucas, J. Marini, A.B. da Silva, J.S. Santana, J.I. Druzian: Rheological, mechanical, thermal, and morphological properties of blends poly(butylene adipate-co -terephthalate), thermoplastic starch, and cellulose nanoparticles. Polymer Engineering & Science, 2020.

19) P. González Seligra, L. Eloy Moura, L. Famá, J.I. Druzian, S. Goyanes; Influence of incorporation of starch nanoparticles in PBAT/TPS composite films, Polymer International, 65(8), 938–945, 2016.

20) L. Lendvai, A. Apostolov, J. KargerKocsis: Characterization of layered silicate-reinforced blends of thermoplastic starch (TPS) and poly(butylene adipateco-terephthalate), Carbohydrate Polymers, 173, 566–572, 2017.

21) P. Chaiwutthinan, S. Chuayjuljit, S. Srasomsub, A. Boonmahitthisud: Composites of poly(lactic acid)/ poly(butylene adipate-co- terephthalate) blend with wood fiber and wollastonite: Physical properties, morphology, and biodegradability, Journal of Applied Polymer Science, 2019.

22) M. Rzepna, G. Przybytniak, J. Sadlo: Radiation degradation and stability of PBAT: copolymer of aromatic and aliphatic esters, Journal of Applied Polymer Science, 135(37), 46682, 2018.

30 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024 BIOPLÁSTICOS

GUIA II

Sistemas CAD/CAM

Sistemas CAD/CAM

As empresas listadas neste guia são subsidiárias ou agentes locais das desenvolvedoras de sistemas CAD (computer aided design) e CAM (computer aided manufacturing) usados, respectivamente, no projeto de peças plásticas e na usinagem dos moldes que são necessários à sua fabricação em série.

Empresa, telefone e e-mail Plataforma

É agente autorizada da empresa Nome do software

Aplicações Funções de programação CNC para Desenvolve software

Advanced (41) 3022-1919 Alibre LLC/EUA Alibre Design

admin@alibre.com.br

Alma do Brasil (51) 99808-0021 n • Alma/França(1)

info@almacam.com.br

Comac (54) 99684-5556 n SprutCAM/CyprusSprutCAM V17

atendimento@com.br

Dassault Systèmes(11) 4502-2000 n Plataforma 3DExperience

efz1@3ds.com

FIT Tecnologia(54) 3196-2199(2)(3)

davi.assaf@fit-tecnologia.com.br

Frame (11) 99393-4182 • Zwsoft/China

frame@frame.com.br

Hexagon (11) 94559-1095 n •

marcos.cavalini@hexagon.com

Libellula (41) 3532-7751

k.zimmermann@libellula.eu

Microcam(11) 95413-0166 n

microcam@microcam.com.br

PLMX (11) 3565-3808 Siemens SolidEdge, NXCad,

contato@plmx.com.br

Robotmaster (11) 3661-1455Hypertherm Robotics/Canadá Robotmaster

info_robotmaster@robotm.com.br

SmartPLM(11) 4318-4590 Siemens/AlemanhaNX

smartplm@smartplm.com.br

Tecmes (11) 2197-1000 Dassault/França(5)

tecmes@tecmes.com.br

Top Solid(11) 5084-0048 • TopSolid/França TopSolid

marketing@topsolid7.com.br

UVW(15) 99871-8229 n • Dassault/ FrançaRoda dentada V3

uvw@uvw.com.br

Nota: (1) AlmaCAM, AlmaQuote, Assembly2CAM, AlmaCube, AlmaCAM

Eletroerosão Conformação Comunicação com outros CAD Interface direta com CAM Modelagem de sólido Comando numérico Elementos finitos Lista de materiais Uso on-line (baseado na web) Android IOS

Puncionamento

Torneamento

Retificação Fresamento Corte (água, laser , plasma)

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 39 empresas pesquisadas.

Fonte: Revista Plástico Industrial, fevereiro/março de 2024. Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-linede todos estes guias.

31 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024
X Unix Linux
3D 2D A empresa
OS
Windows
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ZW3D/CAM
(4) ••••••••••••••
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NXCam
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Weld, AlmaCAM Tube, Nest&Cut, AlmaCAM Space Cut; (2) Cimatron, SolidCAM, Israel; MetalCAM, Espanha; Cimco, Dinamarca; (3) Cimatron; Fikus; Cimco; SolidCAM; (4) EdgeCAM, WorkNC, ESPRIT, NCSimul, VISI, Designer, RADAN; (5) Dassault 3dexperience, Catia, Delmia.

PVC em 2024. Expectativa é de crescimento.

Demanda superior à oferta deverá continuar favorecendo as importações da resina, cujo consumo tende a ser estimulado por programas de incentivo à construção civil.

Opoli(cloreto de vinila) (PVC) é muito conhecido por suas aplicações no mercado de tubos, mas quem conhece a sua versatilidade sabe que ele possui uma gama extensa de usos, tais como conexões, filmes, chapas, fios, garrafas, perfis, mangueiras, produtos médicos, entre outros. Esta

ordem de 48 Mta (milhões de toneladas/ano) e há estimativas de que ela evolua até 2030 na ordem de 3,4% ao ano, chegando perto de 61 Mta. S egundo a S&P Global (SPGI), a capacidade mundial de PVC hoje é de 63 Mta e deve avançar para 70 Mta até 2030. O gráfico a seguir mostra o excesso de

flexibilidade abre perspectivas de mercado para este material, especialmente em 2024 e no mercado brasileiro, como poderá ser constatado nesta análise que apresenta, de forma introdutória, como o balanço e a oferta mundial de PVC deve se comportar nos próximos anos.

A demanda mundial de PVC, atualmente, está na

capacidade projetado para os próximos anos, o que aliviará as margens dos produtores de PVC em um futuro breve.

Observando o gráfico na próxima página, fica claro o aumento da demanda projetada em ritmo maior do que a oferta. O PVC, assim como outras resinas, está estruturalmente passando por um período de excesso de oferta

mundial, como se pode comprovar com o nível de ociosidade estimado (24%). Porém, nos próximos anos deve acontecer o contrário, com a demanda crescendo mais do que as novas capacidades de produção. Isso permitirá ao setor recuperar margens, independentemente do nível do preço do petróleo. Outro dado interessante na análise é o crescimento do volume de PVC reciclado, assim como o de outros plásticos, visto que cada vez aumentam o interesse e os investimentos neste setor. Embora o PVC seja um dos plásticos menos reciclados no mundo, as projeções de crescimento de volume de reciclagem são significativas, e variam entre 8% e 10% ao ano, a depender da fonte consultada.

Um ponto interessante do PVC que traduz sua adequação aos conceitos de circularidade é o fato de a maior parte das suas aplicações estarem relacionadas a produtos de consumo a médio e longo prazo, como mostra a ilustração na página 33, embaixo. Essa característica explica, inclusive, a menor taxa de reciclagem do PVC.

Olhando para o cenário interno no Brasil, é importante entender como os

32 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV-MAR. 2024
MERCADO

principais setores do País irão se comportar em 2024 para que se possa fazer um exercício de projeção da demanda no mercado local. O primeiro setor que é preciso verificar, sem sombra de dúvidas, é o da construção civil, que consome mais de 60% da produção de PVC no País (número similar ao que se observa no restante do mundo).

Segundo dados recém-divulgados, o ano de 2023 foi decepcionante sob o ponto de vista de desempenho, com apenas 1,2% de crescimento. No início do ano passado a expectativa de crescimento era mais que o dobro do resultado obtido.

Especialistas no setor indicam como motivo para este baixo crescimento, entre outras questões, a retração no segmento de pequenas obras. Estes dados são do Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). Já a Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC) indicou uma retração em 2023 de 0,5%, contra estimativas no início do mesmo ano de 2,5% de crescimento, justificando que as altas taxas de juros foram impeditivas

ao bom desempenho do setor. Para 2024 o SindusCon-SP estima um crescimento de 2,9%, e a CBIC 1,3%. As premissas principais por trás destes números são a redução da taxa Selic e alguns programas de habitação governamentais, tais como o Minha Casa Minha Vida, o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), Casa Paulista e Pode Entrar. Como ponto de atenção negativo para o setor está o fim da desoneração sobre a folha de pa-

gamento, que permanece indefinida, trazendo de volta a velha e famosa insegurança jurídica ao País. Se for concretizado o fim da desoneração, que parece não ser o cenário mais provável, deve haver acréscimos nos custos de unidades imobiliárias, reduzindo assim a demanda.

Outro setor importante e que está muito relacionado com a demanda do PVC é o de infraestrutura, que consome quase 10% do material no País, segundo o Instituto Brasileiro do PVC (IBPVC). Segundo a Carta da Infraestrutura, divulgada pela consultoria Inter.B, existe uma previsão de crescimento nos investimentos para 2024 em relação a 2023, segmentados em quatro vertentes: Energia Elétrica, Telecomunicações, Saneamento e Transportes (rodovias, hidrovias, ferrovias, portos, aeroportos e mobilidade urbana). O total estimado para investimento em 2024 é de R$ 215,83 bilhões,

33 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV-MAR. 2024
Fonte:SPGIeelaboraçãodaOhxideConsultoria Fonte:ConselhoEuropeudeFabricantesdePVC(ECVM)comelaboraçãoda Ohxide Consultoria

MERCADO

cerca de 11% acima do verificado em 2023, sendo dois terços deste valor vindos do setor privado.

Outros setores importantes no consumo de PVC são o calçadista e o agropecuário. O setor calçadista, através da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), prevê um crescimento de 2,2% em 2024, ante uma queda em 2023 de 1,1% na produção. Já o setor agropecuário prevê queda na produção em 2024 de 3,4% abaixo de 2023, devido às questões climáticas, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). Dentre os principais setores que mais demandam PVC, a maior parte está projetando um ano de 2024 melhor que 2023. Isso se reflete nas projeções de mercado para esta resina.

No que se refere à produção de PVC, o País conta hoje com dois grandes produtores dessa resina: a Braskem, com duas unidades, sendo uma em Camaçari (BA) e outra em Maceió (AL), as quais juntas somam uma capacidade de

710 mil toneladas por ano; e a Unipar, com sua unidade em Santo André (SP), com capacidade produtiva de 300 mil toneladas por ano. O gráfico acima mostra a evolução do balanço oferta/demanda da resina virgem de PVC no Brasil.

Observando o gráfico anterior fica claro que há falta de capacidade local para atendimento da demanda nacional, ainda mais se considerarmos que os produtores locais não estão conseguindo atingir um nível ótimo de volume de produção, principalmente a Braskem. Os dados do quarto trimestre de 2023 ainda são estimados, aguardando confirmação oficial das empresas. Pode-se perceber que existem períodos em que a demanda de PVC foi bem superior à oferta local, como pode ser visto no gráfico anterior. Em um cenário de economia mais aquecida, a manutenção desses níveis de demanda obrigaria consumidores locais a importar grandes volumes adicionais, mesmo no caso de a produção local estar no máximo.

Porém, a taxa operacional média do período analisado no gráfico foi de 65%, considerada muito baixa para unidades petroquímicas. Existe o impacto do problema ambiental de Alagoas na Braskem mas, mesmo assim, poder-seia ter um volume maior de produção. A Unipar também fez manutenções durante este período que prejudicaram o desempenho operacional em termos de valor absoluto de produção. Este baixo volume de produção já está implicando aumento nos volumes de produtos importados, com a perspectiva de se manter esta realidade nos próximos anos.

Com isso, as importações têm cada vez mais ganhado mercado com players regionais atuando mais fortemente no setor. Há ainda o acordo da Braskem com a Mexichem na importação de grades que a empresa não produz localmente. Por sua vez, a Unipar traz resina da sua unidade na Argentina para atender a uma parte do mercado nacional. Entre os players internacionais que mais atuam no Brasil estão: Mexichem, Shintec e Hanwha, entre outras. O gráfico a seguir mostra a origem do PVC importado para o Brasil para os primeiros meses do ano.

A Colômbia aparece em primeiro lugar devido às importações oriundas da Mexichem (que é dona da marca Amanco) e a Orbia. Já os Estados Unidos vêm em segundo, também com importações via Mexichem e consumidores importando diretamente, tais como Fortlev, Krona e Karina, entre outros.

34 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV-MAR. 2024
Fonte:ComexStat,Braskem,UnipareelaboraçãodaOhxideConsultoria

Os dados de importações, principalmente os do último trimestre, sofreram impactos de questões logísticas nos porto locais de Manaus (AM) e Itajaí (SC). Entre outubro e dezembro estes portos tiveram restrições nas suas operações devido a questões climáticas. Com isso, gerouse um volume de “back log”, ou seja, pedidos em atraso nas entregas que chegaram ao País em janeiro (em sua maior parte) e fevereiro. Tanto que as importações de PVC em janeiro foram de 56 mil toneladas, 58% maiores do que a média mensal em 2023.

Sobre as taxas de reciclagem no Brasil, os volumes para o PVC giram hoje em torno de 23 mil toneladas por ano, segundo o IBPVC. Este mercado sofreu muito em 2023, uma vez que o preço da resina virgem esteve em queda durante boa parte do ano, com impacto no spread (diferencial)

de preços entre os materiais virgem e reciclado. E sempre que este diferencial se reduz ele representa um desafio adicional ao negócio dos recicladores. Portanto, para quem está no setor de reciclagem, entender as variações de preços das resinas virgens é

um ponto estratégico da gestão do seu negócio.

Como exemplo, a Alassia, que atua há quase trinta anos no mercado da reciclagem de plásticos e trabalha com reprocessamento de PVC rígido e flexível e polietileno de alta densidade (PEAD), teve um 2023 desafiador, como explica sua diretora comercial, Daniela Silvestrini: “O ano de 2023 foi bastante desafiador. Os preços das matérias-primas virgens caíram muito, o que impactou bastante o mercado de reciclados. Tivemos muita oferta de resíduos e pouca demanda para vendas, o que resultou em estoques altos de produtos e pouco volume de vendas. Por outro lado, tivemos um aumento bastante significativo na procura por beneficiamento de resíduos. Nós fornecemos nossa matériaprima na forma moída, granulada e micronizada. Também atuamos com o beneficiamento de resíduos, moda-

35 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV-MAR. 2024
Fonte:ComexStatcomajusteseelaboraçãodaOhxideConsultoria Fonte:ComexStat,Braskem,UniparcomajusteseelaboraçãodaOhxide Consultoria. O ano de 2023 ainda tem valores estimados.

MERCADO

lidade em que o cliente envia seu próprio resíduo, nós beneficiamos e devolvemos para que ele reutilize em seu processo produtivo, fechando o ciclo da economia circular. Nossos produtos são destinados, em sua maior parte, para a indústria da construção civil, com aplicações como tubos de água, esgoto, mangueiras, eletro-

Fonte:modeloseconométricoseanálisesdaOhxideConsultoria(nãopodeser reproduzidosemanuênciapréviaporescrito)

dutos, perfis, entre outros. Nossas expectativas para 2024 são positivas, com o aumento contínuo da demanda impulsionada pela conscientização ambiental e regulamentações mais rígidas. Esperamos também um aquecimento da indústria da construção civil em 2024, impulsionada pelo marco do saneamento. Espera-se ainda que as indústrias invistam mais em tecnologias de reciclagem e inovações sustentáveis, promovendo o crescimento do mercado de resinas plásticas recicladas como um todo”.

Na análise do balanço de mercado, temos o cenário histórico mostrado no gráfico da página 35, embaixo.

No gráfico anterior ficam claros alguns pontos interessantes para análise, como a confirmação de que o mercado nacional já há alguns anos é um importador estrutural de PVC. Sendo assim, a precificação deste produto acaba se baseando na oportunidade de mercado que é a importação, também chamada de “preço paridade de importação”. Outro ponto interessante no gráfico da página 35 é a queda no percentual de utilização da capacidade de produção. Este fato está diretamente ligado ao evento de Maceió da unidade da Braskem, que precisou, em um primeiro momento, paralisar as atividades e depois operar de forma menos intensa. Isso se refletiu tanto no percentual médio de ocupação da capacidade, quanto no percentual de volume importado que entra no País.

Percebe-se que os anos de 2020, 2021 e 2022 tiveram variações bem significativas de um para o outro. Obviamente, isso se deveu à pandemia, que mexeu com as dinâmicas de mercado e

gerou demandas novas por um período limitado, como no caso do PVC para itens hospitalares e pequenas construções e reformas. Com base nos dados apurados, a visão de mercado para o PVC em 2024 está sintetizada no gráfico ao lado.

Considerando o cenário atual, os contextos de crescimento e visões sobre mercados demandantes, entendemos que poderá haver uma faixa de crescimento variando entre 0,65% e 3,40%, segundo nossos modelos econométricos e nossa expertise de mercado. Em qualquer um dos cenários, será o ano de maior demanda nacional dentre os últimos mais recentes, com exceção de 2021, totalmente impactado pela pandemia.

Se quiser conhecer mais sobre este mercado ou de outras resinas e suas aplicações, e ainda ter acesso a uma série de outras informações, entre em contato com a Ohxide pelo link a seguir. Temos também nosso relatório mensal de preços e mercado, uma publicação que cobre sete famílias de produtos (PE, PP, PVC, PET, PS, ABS e SAN) em três regiões (SP, Sul e NE).

*Flávio Silva é sócio-diretor da Ohxide Consultoria – https:// ohxide.com.br – (Rio de Janeiro, RJ e Paulínia, SP).

Saiba mais sobre o mercado dos plásticos na coluna “Petroquímicos”, no site da Plástico Industrial: https://www.arandanet.com.br/ revista/pi/noticias/68

36 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV-MAR. 2024

Moldes e matrizes para o setor de plásticos

Moldes e matrizes para o setor de plásticos

As ferramentarias são responsáveis por grande parte do sucesso na fabricação de produtos plásticos. Dedicadas à confecção dos moldes e matrizes a serem montados nos equipamentos de transformação, elas precisam estar atentas ao avanço das tecnologias de fabricação que incluem, por exemplo, a instalação de sensores no interior dos moldes para fins de controle integrado de processo por meio de ferramentas digitais que caracterizam a indústria 4.0.

A empresa é

Empresa, telefone e e-mail

Fabricante

Fabricante estrangeiro/ País de origem

A empresa executa

Máquinas/software disponíveis na empresa

A empresa produz moldes/matrizes para Metais utilizados Software

Termoformagem Injeção Extrusão Moldagem de termofixos Aço

Alumínio Rotomoldagem Sopro

Outros Ligas de cobre-berílio

Dimensões admissíveis para uma ferramenta (mm)

Peso máximo admissível para uma ferramenta (kg)

Projeto de peças

Protótipos funcionais Validação de projetos por impressão 3D

Projeto para injeção auxiliada por gás/água

Texturização Montagem de sistemas de câmara quente nos moldes

Polimento dos moldes

Reparo de moldes

Fresadoras ferramenteiras

Eletroerosão por penetração Fresadoras universais Mandriladoras

Eletroerosão a fio

Tornos horizontais

Centros de usinagem

Prensas de ajustagem

Impressoras 3D para materiais

Convencionais

Convencionais CNC Convencionais CNC CNC

Convencionais CNC

Convencionais

Convencionais CNC CNC

CAD CAE CAM

Digitalizadores ópticos 3D

Máquinas para medição por coordenadas (CMM)

Para protótipos e pequenas séries

Para imprimir cavidades, canais de resfriamento etc

38 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024 GUIA III
CNC
Convencionais
Convencionais CNC Engenharia de produto Simulação
3D Industrial ••••••• 1.2005803.600 ••••••• (51) 99323-1539 n samuel@3dindustrial.com.br ADG Plasticos ••••• 1.0001.0003.000 •••••• (54) 99976-2735 n pedidos@adgplasticos.com.br Aeromatrizes ••••••• 3.5002.500 60.000 ••••••••• (54) 99950-6102 n aeromatrizes@aeromatrizes.com.br Charles Modelação ••• 5.0003.0001.100 •••••••• (11) 99197-3909 n comercial@mcharles.com.br Cicma •••• 8001.2003.000 •• (54) 3283-4477 n cicma@cicma.com.br CTU •••••• 2.500 ••••••••••• (11) 97200-7647 n valdinei@ctu.ind.br 111231 22222111111 11131181162121 242141113 121431 2322321 Zamac Medida A Medida B Instalação de sensores para controle de processo
de esforços em processo
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Foto:

Empresa, telefone e e-mail

A empresa é Fabricante estrangeiro/ País de origem

Fabricante

Máquinas/software disponíveis na empresa

A empresa produz moldes/matrizes para Metais utilizados Software CAD CAE CAM

Te rmoformagem Injeção Extrusão Moldagem de termofixos Aço

Rotomoldagem Sopro

Alumínio

Polimento dos moldes Peso máximo admissível para uma ferramenta (kg)

Projeto de peças

Protótipos funcionais Validação de projetos por impressão 3D

Engenharia de produto Simulação de esforços em processo

Texturização Montagem de sistemas de câmara quente nos moldes Projeto para injeção auxiliada por gás/água

Reparo de moldes Outros Ligas de cobre-berílio

A empresa executa Para imprimir cavidades, canais de resfriamento etc

Instalação de sensores para controle de processo

Fresadoras ferramenteiras Convencionais CNC

Eletroerosão por penetração Fresadoras universais Mandriladoras Convencionais CNC

Eletroerosão a fio Convencionais CNC Convencionais CNC CNC Convencionais

Prensas de ajustagem Tornos horizontais

Impressoras 3D para materiais Centros de usinagem Convencionais CNC

Convencionais

Convencionais CNC CNC

Digitalizadores ópticos 3D

Máquinas para medição por coordenadas (CMM) Para protótipos e pequenas séries

39 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024
Zamac
Dehon & Cia •••••••• 1.5002.000600 ••••• (35) 99964-1400 n dehon.minas@gmail.com EWJ Ferramentaria ••••• 7001.0003.000 •• (19) 99765-0236 n comercial@ewj.com.br Fabinject ••••••• 2.5002.200 40.000 ••••••••••• (12) 98820-1115 n marcello@grupofabinject.com.br FBM Fabrica •••••••• 3.0002.000 32.000 •••••••••• (47) 3043-5080 n clientes@fbmoldes.com.br orcamento@fbmoldes.com.br Ferramentaria Principal ••••••• 1.5001.5007.000 •••• (47) 99609-0270 n contato@ferramentariaprincipal.com.br Filacom ••• 12.000 8.000250 ••• (35) 98899-9787 n filacon@gmail.com IBT Industria ••••••••• 2.0001.0005.000 ••••••• (47) 98407-9550 n roberson@ibt.ind.br Indústria de Matrizes •••••• 4.0002.000 50.000 ••••• (54) 3238-0100 belga@belgamatrizes.com.br JPLast •••••• 1.3006505.000 •••••••• (11) 99964-2656 n jplast@jplast.com.br JR Oliveira ••••••• 1.8003.000 18.000 ••••••• (54) 99121-4753 n contato@jrmetal.com.br Karraro •••• 7007001.500 (41) 99812-0197 n carlos@karraro.com.br Kuarup Náutica ••• 14.000 8.000 12.000 •••• (12) 97402-4504 n walter@kuarupnautica.com.br 11111111 1312151311 22123112251111 1 21242323131711 33313421 211151 3125441 212522118212 2313132 31151121101161411 2114321 1 Dimensões admissíveis para uma ferramenta (mm) Medida A Medida B

Empresa, telefone e e-mail

A empresa é

A empresa produz moldes/matrizes para Metais utilizados

Máquinas/software disponíveis na empresa

Fabricante

Fabricante estrangeiro/ País de origem

Te rmoformagem Injeção Extrusão Moldagem de termofixos Aço

Rotomoldagem Sopro

Alumínio

Engenharia de produto Simulação de esforços em processo Zamac Instalação de sensores para controle de processo

Polimento dos moldes Peso máximo admissível para uma ferramenta (kg)

Projeto de peças

Protótipos funcionais Validação de projetos por impressão 3D

Prensas de ajustagem Tornos horizontais

Reparo de moldes Outros Ligas de cobre-berílio

A empresa executa Para imprimir cavidades, canais de resfriamento etc

Texturização Montagem de sistemas de câmara quente nos moldes Projeto para injeção auxiliada por gás/água

Eletroerosão por penetração Fresadoras universais Mandriladoras Convencionais CNC Fresadoras ferramenteiras Convencionais CNC

Impressoras 3D para materiais Centros de usinagem (1) Convencionais CNC Eletroerosão a fio (1) Convencionais CNC Convencionais CNC CNC Convencionais

Convencionais CNC CNC

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 704 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, fevereiro/março de 2024.

Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira.

Também é possível incluir a sua empresa na versão on-linede todos estes guias.

Convencionais

Software CAD CAE CAM

Digitalizadores ópticos 3D

Máquinas para medição por coordenadas (CMM) Para protótipos e pequenas séries

40 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024 GUIA III
Leffa ••••• 1.000600 ••••••••••• (54) 99626-6316 n rodrigo@leffamatrizes.com.br Moldtool ••••• 3.0002.000 40.000 •••• (47) 98891-8082 n vendas@moldtool.com.br MWCut •••• 1.0001.0005.000 •••••••• (11) 99761-0281 n mwcut@mwcut.com.br Peel Projetos ••••• 7007001.200 •••••• (51) 98031-6100 n contato@peel.com.br Plasteam •••••• 5005001.000 ••••• (12) 3934-1559 plasteam@plasteam.com.br Reibrag ••• 500800 •• (11) 99764-6914 n reibrag@reibrag.com.br SJ Group •••••••• 1.5001.500 25.000 •••••••••• (19) 99881-8574 n jonas.silva@shouju.com Sulbras ••• 1.3001.000 10.000 ••••••••••• (54) 2101-1800 n sulbras@sulbras.com.br TBM ••••• 9002.5005.000 ••• (11) 99843-5550 n mpaiva@technicalbm.com
••• 530470500 •• (11) 2606-5910 vianatool@hotmail.com W.J.A. Ferramentaria •••••• 300400150 •••• (11) 99852-7889 n wja@estamparia.com.br WB Ferramentaria ••••••• 8005001.000 •••• (35) 98863-9715 n wbferramentaria@yahoo.com.br WBV Plásticos ••••• 6008002.000 ••••••• (19) 99130-1730 n wbv@wbvplasticos.com.br
Viana
1112 3211141112 46131411112 11212211 451424111 251135335 25 25263 1316281111 212544 11111211111 201113111 11112121 1211 Dimensões admissíveis para uma ferramenta (mm) Medida A Medida B

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RECICLAGEM

Reciclagem avançada de PET, da universidade para o mercado

A Ioniqa, uma spin off da Universidade de Tecnologia de Eindhoven (Holanda), desenvolveu uma instalação para reciclagem de poli(tereftalato de etileno) (PET) que transforma resíduos pós-consumo no pré-polímero, ou BHET. Submetido à policondensação, este composto dá origem ao PET com características de material virgem, caracterizando um processo de reciclagem química (ou avançada).

A empresa fez uma parceria com a britânica Koch Technology Solutions, especializada em licenciamento de tecnologias, e passará a fornecer tanto o conhecimento quanto a consultoria para clientes que tenham interesse em implementá-la. Recentemente recebeu um investimento do Fundo Circular de Plásticos da Infinity Recycling (IRC), um recurso que vai acelerar a inserção da empresa no mercado mundial de instalações para reciclagem de PET.

Com a capacidade de processar flakes de resíduos plásticos coloridos, a tecnologia da Ioniqa complementa outras já existentes e pode ser vista em funcionamento em uma planta de demonstração da empresa na Holanda (foto ao lado), com capacidade para processar 50 toneladas/ano de PET pós-consumo, incluindo embalagens como garrafas, bandejas de alimentos e demais itens de parede fina. As instalações da Ioniqa executam todo o processamento do material, exceto a policondensação.

EmpresacriadanaUniversidadede Eindhovenlançamundialmenteos seusequipamentosparareciclagem avançadadePET,transformando resíduospós-consumoemumprépolímeroquedáorigemanovo material com as mesmas propriedadesdaresinavirgem.

Imagens:Ioniqa

Tonnis Hooghoudt, fundador e CEO da Ioniqa, comentou que desenvolver uma tecnologia inovadora é uma questão de paciência, dedicação e financiamento: “Com este investimento da IRC podemos alargar ainda mais o horizonte da Ioniqa no que se refere a lançar com sucesso licenças industriais para novas fábricas em todo o mundo. Além disso, o investimento nos permite ampliar os tipos de matérias-primas que podem ser processadas, adicionando fibras de poliéster ao nosso escopo”.

Ioniqa Ioniqa – https://ioniqa.com

Maior planta de reciclagem de eletroeletrônicos na Suíça tem construção modular

A alemã Stadler Anlagenbau

GmbH, especializada no planejamento, produção e montagem de instalações completas de reciclagem e triagem de resíduos, projetou e instalou, juntamente com a weeeSwiss Technology AG, uma unidade de triagem de resíduos eletroeletrônicos na unidade da recicladora Immark, em Regensdorf (Suíça).

A nova instalação substitui uma planta existente e

aumenta a capacidade de processamento da Immark AG, que é parte do Grupo Thommen, pioneira no mercado de recuperação de lixo eletrônico na Suíça, e que trabalha atualmente com uma taxa de reciclagem de até 95%, excedendo os requisitos da Diretiva Europeia sobre Resíduos de Equi pamentos Elétricos e Eletrônicos (WEEE). “É a maior planta de processamento de resíduos ele-

trônicos na Suíça e deverá garantir alto rendimento e capacidade para processar os volumes que recebemos”, co mentou Patrick Wollenmann, gerente de projetos da Immark.

Com capacidade para processar até 12 toneladas de resíduos por hora, a planta opera em dois turnos. A tecnologia utilizada pela Stadler, que inclui o separador balístico STT5000, pré-classifica o material em três frações

42 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024

diferentes, separando-o em frações de finos, plásticos planos e cabos, bem como em materiais em forma de cubo, tais como motores eletrônicos.

Projeto modular

A nova planta de triagem tem projeto modular e recebe materiais dos grupos 1 a 3 (eletrodomésticos grandes, pequenos e equipamentos de TI) e 4 (equipamentos de consumo) da Diretiva WEEE, que são processados em vários módulos diferentes, posicionados em linha e também equipados com alimentadores separados para uso indepen-

O material é então triturado para que eventuais resíduos perigosos remanescentes, tais como baterias ou condensadores, e os diversos materiais recicláveis, possam ser separados. Os materiais recicláveis são classificados após a triagem usando tecnologia magnética de última geração, separação por indução e tecnologia de classificação por sensores. As frações de ferro são novamente classificadas em uma cabine de triagem para garantir a qualidade e aumentar o grau de pureza.

Embora não esteja instalado na recicladora suíça, a

AStadler,comunidadecomercialemSãoPaulo(SP),instalou recentementeamaiorplantadereciclagemdeaparelhoseletroeletrônicos daSuíça,comcapacidadeparadesmontaretriardesdegabinetesaté materiaisdasplacasdecircuitoimpresso.Imagens:Stadler

dente, o que resulta em maior disponibilidade. O projeto modular flexível da planta permite o ajuste das máquinas para garantir o processamento de frações de nãoferrosos, ferrosos, placas de circuito impresso, aço inoxidável e plásticos de alta qualidade. No primeiro módulo, o material de entrada é classificado manualmente para remover as impurezas e os componentes perigosos, assim como materiais valiosos como cabos, placas de circuito impresso e metais.

A Stadler e a weeeSwiss fornecem também um módulo capaz de separar diferentes tipos de plásticos, usando uma tecnologia de triagem da Tomra. A fabricante dedicou também grande atenção à proteção contra incêndios na planta. Sistemas automatizados de detecção e extinção de fogo foram instalados após as unidades de trituração, com possibilidade de isolamento da fonte de incêndio de forma imediata.

Stadler Stadler Stadler – tel. (11) 3237-4385

43 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024

RECICLAGEM

Blocos de plástico reciclado da Fuplastic foram usados na construção de aviário

O uso de 32 mil blocos plásticos feitos de polietileno (PE) e polipropileno (PP) reciclado na construção de um aviário faz parte de um projeto realizado recentemente pela Fuplastic, com unidade em São Paulo (SP). Trata-se de um recinto denominado “ecoaviário” que foi construído no município paulista de Iperó, o qual ocupa uma área de 1.800 metros quadrados e pode acomodar 25.000 aves – a capacidade do aviário anterior era de 19.000 aves.

Em entrevista concedida à PlásticoIndustrial, Bruno Frederico, CEO da Fuplastic, comentou sobre algumas vantagens proporcionadas pela construção de aviários usando blocos feitos de plástico reciclado em relação aos seus equivalentes construídos com materiais convencionais: “A umidade tipicamente observada em paredes de aviários feitos de materiais de alvenaria pode trazer problemas à saúde de aves, por exemplo. No caso do aviário construído com blocos plásticos (foto), esse tipo de problema

Garrafas PET convertidas em novas matériasprimas. Volume chega a 5,5 bilhões

A soma de 5,5 bilhões de garrafas feitas de poli(tereftalato de etileno) (PET) recicladas pela Trisoft levou à produção de novas matérias-primas que são usadas na fabricação de reves-

pode ser minimizado devido às propriedades dos materiais reciclados envolvidos”.

Aconstruçãodeum“ecoaviário” empropriedaderuralnointeriorde SãoPauloconsumiu32milblocos feitosdepolietilenoepolipropileno reciclado.Afabricantedeblocos plásticosFuplasticestudanovas aplicaçõesemoutrasáreas.

O entrevistado também salientou que a construção do atual aviário usando polímeros reciclados é um exemplo de como evitar que embalagens, utensílios domésticos, brinquedos, autopeças e móveis, por exemplo, sejam descartados incorretamente. Nas palavras do executivo, “este projeto ressignificou 16 toneladas de plástico retirados da natureza”. Esse tipo de aplicação pode trazer benefícios para áreas ligadas ao agronegócio como suinocultura, fruticultura e engenharia agrônoma, entre outras. Ainda no que tange ao uso de blocos plásticos de PE e PP reciclado na construção de aviários e estabelecimentos para os setores mencionados acima, além de flutuadores para painéis fotovoltaicos, Bruno comentou que “estamos estudando a possibilidade de criação de produtos para essas e outras áreas, mas por enquanto o nosso foco é o desenvolvimento de projetos de aviários. Mesmo assim, estamos abertos a propostas”.

Imagem:Fuplastic timentos para tratamento acústico de ambientes como, por exemplo, espaços para descanso em plantas industriais e estúdios de gravação. Um exemplo é mostrado nas imagens a seguir. Esses dados foram divulgados pela companhia, que também informou à imprensa que o volume de garrafas PET recicladas em suas linhas de produção em 2023

F Fuplastic uplastic uplastic uplastic uplastic – tel. (11) 3718-1717

chegou a 400 milhões de unidades. As garrafas são recolhidas por catadores que trabalham em parceria com a empresa, sendo, a partir daí, submetidas à lavagem e, em seguida, são destinadas à moagem, para a obtenção dos flakes que serão reinseridos na cadeia produtiva. Eles são transformados em lã de PET.

O CEO da Trisoft, Maurício Cohab, comemorou a nova marca alcançada: “Compartilhamos esse número, 5,5 bilhões de garrafas PET retiradas do meio ambiente e reinseridas na produção, com grande satisfação. O material obtido pela reciclagem das garrafas desempenha um papel crucial na construção de uma arquitetura cada vez mais alinhada com as demandas das cidades”.

44 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024
T
– tel. (11) 4143-7910
T
Trisoft risoft risoft risoft
ATrisoftdivulgouaquantidadetotaldegarrafasPETquepassaramporsuas linhasdereciclagem.Omaterialobtidotemsidousadonodesenvolvimentode soluçõesacústicas.Imagens:Trisoft

OEmbalagens de lubrificantes da Iconic agora têm

40% de resina PCR

A Iconic (Rio de Janeiro, RJ) passou a usar embalagens compostas por 40% de resina reciclada (PCR) para acondicionar algumas de suas linhas de lubrificantes, dentre as quais estão produtos comercializados sob as marcas Texaco e Ipiranga Lubrificantes. Trata-se de bombonas de 20 litros, com cor preta, que passaram a ser fabricadas com tripla camada – o que contribui para evitar a ocorrência de problemas estruturais como, por exemplo, formação de rachaduras (stresscracking) –, diferentemente de versões anteriores com monocamada e 20% de resina PCR em sua composição.

Além disso, já estão sendo testadas embalagens de 1 litro fabricadas com 28% de plástico reciclado, que também serão usadas para acondicionar lubrificantes comercializados pela empresa. De acordo com informações fornecidas à imprensa, os testes têm sido conduzidos em parceria com o CETEA –Centro de Tecnologia de Embalagem. Foram realizados ensaios de estresse, resistência e compressão, entre outros, bem como foi

analisada a densidade e a fluidez da matéria-prima usada na fabricação das embalagens.

Outro fator importante na fabricação dos recipientes é o controle da distribuição de resina PCR em sua

recebido uma resposta positiva do mercado para esta iniciativa, e assim também pretendemos atender à demanda por produtos mais sustentáveis”, complementou.

Redução da gramatura e do percentual de resina virgem

Passoude20%para40%ovolumedeplásticoreciclado usadonafabricaçãodebombonasde20litrosquetêm triplacamada.Embalagensde1litrofabricadascom28% deplásticorecicladoestãosendotestadas.Imagens:Iconic

massa. Essa é uma das ações realizadas pela Iconic que estão alinhadas com um projeto que visa aumentar para 60% o índice de plástico reciclado usado na fabricação de bombonas de 20 litros, conforme comentou Amanda Silveira, especialista em sustentabilidade da companhia. “Temos

No que diz respeito aos testes que envolveram as embalagens de 1 litro feitas com resina PCR, Amanda comentou: “Concluímos que era possível reduzir a gramatura das embalagens em aproximadamente 4%, o que contribuiu para a diminuição do consumo de resina plástica virgem em 58 toneladas mensalmente, já contabilizando a aplicação do PCR”. Também foi divulgado para a imprensa que o Instituto Jogue Limpo é o responsável pelo recolhimento das bombonas e das embalagens de 1 litro fabricadas com matéria-prima reciclada após o seu uso. A instituição integra o grupo de entidades que participam do programa Futuro Sustentável, o qual promove ações alinhadas aos conceitos da economia circular e da sustentabilidade.

Rótulos de PP melhoram a rastreabilidade dos galões de água da Bioleve

A Bioleve (Lindóia, SP) substituiu os rótulos de papel de suas embalagens de 10 e 20 litros de água mineral pela versão plástica desenvolvida pela Avery Dennison, em polipropileno (PP) fosco. Além de

suportarem as mudanças de umidade e temperatura, mantendo sua integridade por mais tempo, os novos rótulos preservam as informações de identificação das embalagens durante toda a sua vida útil.

De acordo com Rosângela Guersoni, gerente de qualidade da Bioleve, a escolha pelo rótulo Fasson® PP Branco Fosco

NTC/S0290/60G permitiu a incorporação de um código do tipo Datamatrix – código bidimensional que reúne em um pequeno espaço informações como lote, data de fabricação e validade – nos galões de 10 e 20 litros, com maior durabilidade. Atendendo aos elevados padrões de limpeza e resistência exigidos pela indústria

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na embalagem
Iconic Iconic – https://iconic.com.br

de água, os rótulos de PP não se soltam facilmente, característica essencial para a integridade e qualidade do produto. “Antes, utilizávamos etiquetas de papel com cola, que se soltavam durante o processo de lavagem dos galões, perdendo as informações necessárias para uma boa rastreabilidade, além de acumularem sujeira. Ao incorporar o código Datamatrix com novas etiquetas autoadesivas, melhoramos significativamente nossa eficiência de produção e qualidade final”, comentou a executiva.

Segundo Keyse Ramalho Marques, gerente de desenvolvimento de novos negócios da Avery Dennison, as características do rótulo Fasson® o tornam a escolha ideal para diferentes indústrias que vão desde a de alimentos e bebidas

até o segmento de suplementos e produtos farmacêuticos.

“Quando pensamos nesses setores da indústria, a integridade das informações nos rótulos torna-se ainda mais essencial, tanto para o controle da qualidade dos fornecedores, quanto para o consumidor final, que poderá ter confiança”, destacou a executiva, complementando que o rótulo escolhido pela Bioleve possui também o respaldo de certificação da Food & Drug Administration (FDA) para contato indireto com alimentos.

Com maior durabilidade ecapacidadedesuportar mudançasdeumidadee temperatura,rótulos plásticosque substituíramosdepapel ajudamapreservaras informaçõespresentes nasembalagensdeágua damarca.Imagens: Bioleve/AveryDennison

De acordo com esta regulamentação, a solução deve estar separada do alimento por uma barreira funcional. Além disso, o adesivo S0290 é reconhecido pela Associação dos Recicladores de Plásticos (APR) como apto para a reciclagem do polietileno de alta densidade (PEAD), muito presente no mercado. Isso significa que os rótulos podem permanecer na embalagem sem afetar os processos de reciclagem.

Embalagens para impermeabilizantes agora em versões feitas com PCR

Plásticos pós-consumo passaram a ser utilizados na fabricação de embalagens de produtos comercializados pela Quartzolit, uma empresa do Grupo Saint-Gobain, com matriz na França, e líder mundial na produção de argamassas. Trata-se de uma série

de baldes que são usados para acondicionar uma linha de impermeabilizantes fornecidos com a marca Quartzolit como, por exemplo, emulsão asfáltica, membrana acrílica e aditivos para argamassa.

Conforme foi divulgado pela companhia, o uso de plásticos PCR na fabricação das novas embalagens é uma alternativa à utilização de resinas virgens, o que possibilitará a substituição de cerca de 1.077 toneladas de material desse tipo.

Neste sentido, o grupo empresarial também pretende diminuir a emissão de CO2 referente aos seus processos produtivos. Além disso, a empresa usa frascos e bombonas que são compostos por 30% de plásticos reciclados.

Quartzolit Quartzolit – tel. (11) 2196-8000

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Linhadebaldesfabricadoscomplásticospós-consumo passouaserusadaparaacondicionarprodutosdamarca Quartzolit.Imagem:GrupoSaint-Gobain
Bioleve – tel.
Bioleve
(11) 4173-0540

PRODUTOS

Chillers

A Thermomatic Thermomatic Thermomatic, situada na cidade de São Paulo (SP), comercializa linhas de chillers. A série de produtos é composta por modelos que possuem versões com circuito único ou duplo, compressor do tipo scroll, trocador de calor de placas brasadas, condensador do tipo microcanais e bomba de água multifásica.

Outras características técnicas dos chillers, dependendo da versão, consistem em reservatório com capacidade de 35, 50, 80 e 120 litros –além de modelos com reservatório com maior capacidade cúbica –, capacidade de 9.000, 16.100, 24.680 e 32.200 kcal/h, assim como valores maiores, e potência de 5,6, 8,7, 12,0 e 12,3 kVA, entre outros. Os clientes podem consultar a empresa sobre a disponibilidade de equipamentos em versões, por exemplo, com tubulação/ mangueiras de alta pressão, conexão de 1 polegada, sistema de controle e monitoramento de processos (CLP) e módulo Wi-Fi. As dimensões dos chillers variam conforme o modelo: comprimento de 90 a 221 cm, largura de 11 a 212 cm e altura de 126 a 228 cm. Tel. (11) 5681-8000

Limitadores de compressão

A norte-americana Spirol Spirol Spirol, com subsidiária brasileira situada no município de Indaiatuba (SP), fornece limitadores de compressão, pinos sólidos e espaçadores, entre outros produtos, que são recomendados para trabalhos de fixação e/ou montagem de peças plásticas, por exemplo. Seus limitadores de

compressão podem manter a tensão de aperto de elementos de fixação roscados, e assim evitar que ocorra a deformação plástica por fluência nas peças fixadas. Ainda sobre o uso desses itens, a empresa recomenda que, para o seu correto funcionamento, a superfície inferior da cabeça do parafuso deve

exceder o diâmetro externo do limitador de compressão. De acordo com informações fornecidas pela companhia, caso a superfície em questão seja muito pequena, o plástico não será retido pelo parafuso. O portfólio de produtos da empresa também conta com pinos sólidos, pinos elásticos e buchas retificadas, além de outros. Tel. (19) 3936-2701

Ensaios para a indústria

O Grupo Soma Solution Grupo Soma Solution está implantando um laboratório industrial na cidade de Curitiba (PR), onde serão realizados ensaios com equipamentos que integram seu portfólio como máquinas para marcação e sistemas de inspeção, entre outros, os quais podem ser usados em parques fabris do setor de transformação de plásticos, por exemplo. Além disso, as atividades na nova unidade vão incluir a realização de testes e aferição. O

laboratório contará com espaço do tipo showroom, onde os clientes poderão ver de perto como funcionam equipamentos de diversas marcas, somando uma área de 600 metros quadrados. Também foi divulgado que o investimento neste empreendimento é de aproximadamente R$ 1 milhão. O grupo prevê que o início das atividades no novo laboratório ocorra em abril de 2024. Tel. (41) 3023-0656

Óculos de proteção com grau

A SafetyT SafetyT SafetyTrab rab rab rab (Sorocaba, SP) comercializa equipamentos de proteção individual como, por exemplo, óculos de proteção. Um dos modelos é o ID 103 preto - CA 41615, com grau – NR-6, ANSI/

ISEA Z 87.1-2015 (foto) –, fabricado pela ID Safety do Brasil, também de Sorocaba (SP). Suas lentes são fabricadas com policarbonato (PC) e possuem versões com tonalidade verde 3.0 e 5.0, bem como âmbar, de acordo com informações disponíveis no site da SafetyTrab. Conta com ponte nasal anatômica e a armação é feita com polímero de alta resistência. Os óculos são recomendados para trabalhos que requeiram proteção contra o impacto de partículas volantes, entre outros. Sua limpeza deve ser feita com água fria e sabão neutro, e secagem com lenço de papel macio, conforme recomendações da fabricante.

Tel. (15) 3036-3634

48 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024

EVENTOS

Próximos cursos do setor de plásticos

Próximos cursos do setor de plásticos

Escola LF

Curso de sopro Início em 6/05 On-line tel. (11) 3277-0553, e-mail: escolalf@escolalf.com.br

Vilar Poliuretanos

Química e tecnologia dos poliuretanos 23 a 27/05 On-line tel. (21) 99632-3704, e-mail: vilar@poliuretanos.com.br

Afinko

Análises térmicas: DSC e TGA 17/07 São Carlos, SP tel. (16) 3307-8362, e-mail: contato@afinkopolimeros.com.br

Separação e triagem IAP de resíduos10 videoaulas On-line tel. (11) 4352-9400, plásticos pós-co nsumo e-mail: treinamentos@planetaplastico.com.br

Cotuca

Técnico em plásticos

2 anos Campinas, SP e-mails: contato@cotuca.unicamp.br, exame@cotuca.unicamp.br

Próximos eventos do setor de plásticos Próximos eventos do setor de plásticos

6º FBPol – Encontro ABPol franco brasileiro“21 a 26/04 Florianópolis, SC tel. (16) 3374-3949, de polímeros www.fbpol.com/pt/home-portugues

Bioplastics Brazil – Congresso Markeplan internacional sobre materiais plásticos24 e 25/04São Paulo, SP tel. (11) 98481-9754, compostáveis e de fonte renovável e-mail: luciavalverdes@markeplan.com.br

NPE Plastics Show – Feira Orlando, NPE internacional da indústria de 6 a 10/05

Estados Unidos e-mail: NPE@xpressreg.net, transformação de plásticoshttps://npe.org

Fispal Tecnologia – Feira Informa Markets do setor de alimentos,18 a 21/06São Paulo, SP e-mail: informamarkets@informa.com, bebidas e embalagens www.fispaltecnologia.com.br

XVI Seminário Reciclagem Markeplan e valorização 27/06 São Paulo, SP tel. (11) 94110-2805, de resíduos sólidos e-mail: luciavalverdes@markeplan.com.br

7th BCCM – Conferência

BCCM brasileira de14 a 17/07Brasília, DF tel. (43) 3025-5121, materiais compostos www.bccm.com.br

49 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024
Evento DataLocal
CursoPeríodo Local Informações
Contato
2024 2024

SERVIÇOS

LITERATURA

Indústria 4.0 e segurança de máquinas

A editora Alta Books publicou o livro “Segurança na Indústria Segurança na Segurança na Indústria Segurança na Segurança 4.0: 4.0: etapas de projeto para etapas de projeto etapas de projeto para etapas de projeto de máqui máqui máqui máquinas industriais nas industriais nas industriais”, de autoria de Alexandre Cavaliéri, Janaína Lemos e Carlos Mariottoni. Tendo a cibersegurança como um dos principais tópicos, que é um tema de interesse da indústria de manufatura, incluindo o setor de transformação de plásticos, a obra traz conteúdo referente à norma ABNT

NBR ISO 12100:2013 – Segurança de máquinas – Princípios gerais de projeto – Apreciação e redução de riscos, que determina diretrizes para o desenvolvimento de projetos que envolvam a construção de máquinas e equipamentos industriais com sistemas de segurança, em conformidade com a norma NR12. O leitor também encontrará informações referentes a, por exemplo, boas práticas relacionadas às tecnologias facilitadoras da Indústria 4.0. Isso diz respeito ao desenvolvimento de sistemas de cibersegurança norteados pela norma ABNT NBR 14153:2013 – Segurança de máquinas – Partes de sistemas de comando relacionadas à segurança – Princípios gerais para projeto. Ainda no que tange às boas práticas que visam ao

ANUNCIANTES

Empresa

Additive One -----------------09

Ampacet -----------------------05

BBC----------------------------43

Bioplastics Brazil -----------45

Chen Hsong------------2a- Capa

Dynaflow ----------------------16

Fispal --------------------------41

Haitian ------------------------19

estabelecimento de sistemas de proteção contra ataque de hackers, tendo em vista os riscos de apropriação indevida de dados de produção, informações sobre projetos e interrupção de operações realizadas em parques fabris, entre outros possíveis problemas, o livro possui seções em que são discutidas algumas aplicações de sistemas de segurança para máquinas e equipamentos, abordando desde a etapa de definição de requisitos até a validação. Nesse sentido, o conteúdo inclui diversos exemplos de documentos recomendados às empresas que desejam executar as etapas para a implantação de tecnologia pensada para a segurança digital de unidades fabris, e também para formalizar o desenvolvimento de projetos. Escrito em português, o livro possui 224 páginas e pode ser adquirido em versão de brochura pelo site da Livraria Florence (www.livrariaflorence.com.br), pelo preço sugerido de R$ 59,90. A editora Alta Books pode ser contatada pelo seu site: https:// altabooks.com.br.

IA e aprendizado de máquina

A LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora publicou o livro “Inteligência artificial Inteligência artificial Inteligência artificial Inteligência artificial artificial ––Uma abordagem de apren Uma abordagem de apren abordagem de aprendi dizado de máquina zado de máquina zado de máquina zado de máquina zado de máquina”, de autoria de Katti Faceli, Ana Carolina Lorena, João Gama, Tiago Agostinho de Almeida e André

C. P. L. F. de Carvalho. O conteúdo da obra, que está em sua segunda edição, é distribuído em mais de 35 capítulos, tendo como principais tópicos a preparação e análise de dados, métodos preditivos e probabilísticos, análise de agrupamentos de informações e estudos envolvendo algoritmos distintos. Na parte 4, por exemplo, em que é tratado o tema aprendizado em fluxos contínuos de dados, o leitor também vai encontrar conteúdo a respeito de aprendizado de máquina (machinelearning) automatizado, decomposição de problemas multiclasse e computação natural. Já na parte 5, são abordados tópicos sobre filtragem de mensagens indesejadas, sistemas de perguntas e respostas, sistemas de recomendação e bioinformática. Essa quinta parte tem como tema central as aplicações on-line que envolvem aprendizado de máquina e processamento de dados. Tendências e perspectivas compõem o escopo central da sexta e última parte do livro, que é escrito em português e possui 304 páginas. A publicação pode ser adquirida em versão física pelo site da IbnLivro (https://ibnlivro.com), pelo preço sugerido de E E 39.90 (R$ 217,35).

Interplast ---------------------37

MCI----------------------------12

Olifieri ------------------------24

Place ---------------------------16

Plaschem ---------------------17

Polipositivo -------------------12

Primotécnica -----------------27

Replas -------------------3a- Capa

............................................... Pág.

Seminário Reciclagem -----29

Sepro ---------------------4a- Capa

Souza & Ramos -------------08

Superfinishing ---------------11

Top Solid ----------------------25

Water---------------------------13

Word Facas --------------------24

50 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV.-MAR. 2024
Pág.Empresa
Pág.Empresa
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