PI - Abril - 2022

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ESPECIAL

24 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022

Os materiais plásticos na área médica

Hellen Souza, da redação

Indispensáveis no ambiente médico-hospitalar, farmacêutico e odontológico, os materiais poliméricos dão apoio à evolução dos cuidados com a saúde. Seus grades mais técnicos permitem o desenvolvimento de equipamentos de apoio a intervenções cirúrgicas, tratamentos e administração de medicamentos, enquanto as resinas commodities são a base para a produção de itens de uso único, fundamentais à segurança sanitária. Plástico Industrial retoma este tema que foi pauta de uma edição especial em fevereiro de 2020, quando eclodiu a pandemia de Covid-19, e atualiza agora o guia da oferta de resinas plásticas para a área médica, apresentando também uma análise do mercado neste momento pós-pandemia.

É

difícil imaginar nos dias de hoje o ambiente médico-hospitalar, laboratórios de análises ou consultórios odontológicos em que não estejam presentes os materiais poliméricos em suas mais diferentes formas e usos. Das peças técnicas usadas na fabricação de uma imensa gama de aparelhos de auxílio ao diagnóstico e tratamento de doenças, passando pela instrumentação cirúrgica, órteses e próteses, até os itens de uso único que asseguram a ausência de contaminação, os plásticos são aliados nesse ambiente em que são vividos momentos críticos, mas também muitas vitórias na recuperação de pacientes.

A valorização do mercado de produtos voltados para cuidados com a saúde é algo que já vinha ocorrendo bem antes do surgimento da pandemia de Covid-19. Em feiras internacionais do setor de plásticos como a alemã K, por exemplo, já era notável a quantidade de lançamentos de resinas e máquinas desenvolvidas para atender aos requisitos da área médica, alinhados com os avanços das ciências da vida. Fabricantes de resina, de maquinário e de sistemas que garantem a manutenção de um ambiente livre de contaminantes durante o processamento de materiais plás-

Dispositivos para acesso de medicamentos e soro (foto: Covestro AG)

ticos têm voltado cada vez mais os seus olhares para o potencial desse mercado. Além das habituais necessidades do setor, agravadas pela pandemia de Covid-19, o aumento geral da expectativa de vida e os cuidados que cercam essa nova realidade também estão no centro das atenções de muitas empresas que compõem a cadeia do plástico.

Questão regulatória é a chave para o desenvolvimento do mercado A pesquisa é intensa no segmento de materiais destinados à moldagem de componentes para equipamentos, próteses, órteses e toda a gama de produtos de uso único necessária no ramo da saúde, e a sua evolução está diretamente associada à formação de uma massa crítica por parte das empresas que desenvolvem e fabricam esses itens. Esta, por sua vez, passa pela atuação de comitês técnicos que discutem a adequação de cada material a determinados tipos de aplicação. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas possui o Comitê Brasileiro Odonto Médico Hospitalar (CB-26), que trata dos assuntos relacionados à regulamentação dos materiais utilizados em dispositivos e nos itens descartáveis voltados para os setores em epígrafe, compatibilizando os interesses dos produtores e dos consumidores no sentido de que os produtos sejam adequados e seguros. Dentre suas atividades está o PNS (Programa de Normalização


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