Sumário
Especial Controle de odores em ETEs
As pressões para controlar a emissão de maus odores em indústrias e estações de tratamento de efluentes crescem a cada dia. O especial traz algumas soluções capazes de conter ou neutralizar os efeitos dos gases.
Serviço
Guia de ETAs e ETEs
O levantamento traz uma relação atualizada dos fornecedores de equipamentos e integradores de estações de tratamento de água e efluentes, bem como as tecnologias trabalhadas, casos de membranas de ultrafiltração e estações compactas.
Sistemas prediais
Testes de estanqueidade em tubulações de água quente e fria – Parte 2 Essa segunda parte do artigo apresenta os resultados de testes de estanqueidade em tubulações de água fria e quente executadas em campo, considerando as premissas estabelecidas nas normas técnicas de sistemas prediais.
Redução de perdas
Detecção de vazamentos utilizando o gás hélio
As perdas de água nos sistemas de abastecimento são significativas e, muitas vezes, tecnologias tradicionais não são suficientes para rastrear vazamentos mais sensíveis. O trabalho mostra os resultados obtidos com o uso do hélio como gás traçador.
Manutenção
Operação otimizada de sistema de coleta de esgotos
A operação de sistemas coletores de esgoto pode apresentar diversos problemas ao longo da sua vida. Mas é possível identificar esses riscos durante as inspeções periódicas da rede e programar reabilitações e desobstruções da infraestrutura com maior precisão e assertividade.
Serviço
Guia de distribuidores de materiais hidráulicos
O guia traz uma relação de empresas que trabalham com produtos para estações de água e esgoto e sistemas prediais. As empresas podem ser localizadas pelos clientes e fabricantes que querem ampliar sua rede de canais no país.
Abastecimento
Biblioteca BIM para reservatórios de água tratada
A adoção da metodologia BIM - Building Information Modeling envolve a reorganização da estrutura produtiva da empresa. O desafio é a geração e catalogação das informações, criando uma biblioteca para ser utilizada na modelagem dos projetos de construção.
Editorial
Agenda ESG e o controle de odores nas estações
Dentro do contexto da COP 27 - Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada no Egito de 6 a 18 de novembro, o desenvolvimento sustentável foi um dos destaques da participação brasileira. Na ocasião, a CNI – Confederação Nacional da Indústria divulgou os resultados de uma pesquisa que mostra o crescimento da importância da sustentabilidade no país. Segundo o estudo, seis em cada 10 empresas possuem uma área dedicada ao tema, o que representa um salto em relação ao ano passado, quando 34% dos entrevistados afirmaram ter um departamento no seu organograma para lidar com o assunto.
O estudo Sustentabilidade e Liderança Industrial da CNI, encomendado à FSB Pesquisa, entrevistou, por telefone, executivos de 1004 indústrias de pequeno, médio e grande portes, no período de 6 a 21 de outubro de 2022. Dentro de cada região, a amostra foi controlada pelo tamanho das companhias e setor de atividade, além da proporcionalidade em relação ao quantitativo nos estados. Entre as iniciativas sustentáveis, no topo da lista, estão ações para reduzir a geração de resíduos sólidos na produção, em que 91% dos executivos disseram já adotar a prática. Também tiveram percentuais altos, 80% ou mais, ações relacionadas à melhoria de processos, otimização do consumo de energia e do uso da água.
A preocupação crescente do mercado financeiro sobre a sustentabilidade tem dado maior visibilidade aos critérios de governança ambiental, social e corporativa (ESG). Essas questões passaram a ser consideradas essenciais nas análises de riscos e nas decisões de investimentos, colocando forte pressão sobre o setor corporativo.
No caso do tratamento de efluentes, seja numa indústria ou numa estação municipal, o desafio não é somente garantir uma destinação correta às águas servidas, mas impedir que os maus odores gerados no processo prejudiquem colaboradores e moradores no entorno. O problema tende a se agravar com a universalização do setor de saneamento, com o aumento das vazões das estações existentes e construção de novas unidades e elevatórias em áreas urbanas.
A geração de odores é uma poluição aérea de grande complexidade. Além de ser invisível, a fonte pode reunir uma mistura de dois ou mais gases, dificultando a caracterização e medição quantitativa. A equação envolve ainda parâmetros subjetivos da percepção, que variam de pessoa para pessoa, e alterações conforme direção e condições do vento.
A boa notícia é que hoje o mercado dispõe de tecnologias que ajudam a amenizar o problema de forma eficaz. Como mostra a reportagem que começa na página 18, fornecedores especializados oferecem soluções que vão desde o monitoramento e análise dos dados com ferramentas inteligentes, sensores e analisadores habilitados para IoT – Internet das Coisas até medidas de contenção e neutralização por produtos químicos. Com o apoio desses recursos, as empresas podem atender a agenda ESG com maior segurança e eficiência.
Sandra Mogami – Editora sm@arandaeditora.com.br
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Notícias
B&F Dias anuncia crescimento de 30% e novos produtos
AB&F Dias, fabricante nacional de sistemas de aeração por ar difuso, há 32 anos no mercado e com fornecimentos para mais de 5000 plantas no país e exterior, vai encerrar o ano com um crescimento de 30% nas vendas. “2022 foi excepcional”, diz o diretor comercial Bruno Dinamarco. E para o próximo ano a previsão é de expandir mais 30%, como resultado das novas parcerias e linhas de produtos para tratamento de água e efluentes que a empresa vem incorporando nos últimos 12 meses, desde que tomou a decisão de diversificar seu portfólio, há cerca de dois anos.
“Desde a fundação, em 1990, nos especializamos na produção, venda e manutenção de sistemas de aeração por ar difuso para estações de tratamento de efluentes. Tivemos importante crescimento orgânico ao longo dos anos e nos tornamos a maior empresa da América Latina e uma das 10 maiores do mundo. Apesar disso, tomamos a decisão de entrar também em novos segmentos para ampliar os negócios”, conta Dinamarco.
Dentro desse plano estratégico, a primeira linha a ser lançada foi a de peças e componentes para tratamento de água, no segundo semestre de 2021, como filtros cartuchos, elementos filtrantes, vasos, válvulas de manobra, crepinas e tanques de fibra de vidro. Em julho de 2022, a B&F Dias anunciou a criação da divisão de locação de unidades móveis para produção de água desmineralizada
(osmose reversa) com vazões de 20 a 160 m3/h. “As unidades de tratamento de água são plug and play, entregues e instaladas sem paradas ou transtornos no cliente, independente da finalidade do processo industrial ou municipal”, afirma o executivo. Entre seus diferenciais está a CIP (limpeza in loco) das membranas, garantindo a produtividade do processo. Os skids incorporam ainda sistema de dosagem de produtos químicos, pré-filtro para filtros de PP de 40ʺ × 2,5ʺ × 5 micras, PLC, sistema de monitoramento on line; bombas de alimentação de baixa e alta pressão e inversores de frequência. “Temos um time de especialistas dedicados. Fizemos um investimento elevado para estruturar a área e estamos começando a colher esses frutos agora”, diz. Para o ano que vem, o objetivo é desenvolver versões móveis de ultrafiltração.
Uma outra novidade anunciada em 2022 foi o lançamento da tecnologia SolarFlow de secagem térmica de lodo desenvolvida pela alemã Thermo-System, que possui no mundo mais de 200 sistemas implantados. A planta é totalmente automatizada e o lodo é revolvido e arejado até 20 vezes ao dia. A solução possui back-mixing, que permite que o material seco seja misturado com lodo úmido para melhorar as propriedades de secagem e dessa forma reduzir a formação de substâncias odoríferas. É indicada para processos que envolvem desidratação ininterrupta e reciclagem contínua do lodo, com alta capacidade de armazenamento. Segundo o diretor, o sistema demanda baixíssima exigência de adaptações civis. O material precisa antes passar por
um processo mecânico de desaguamento, como filtro-prensa e centrífuga. Depois de passar pelo sistema solar, o teor de sólidos pode chegar a 90%. O material resultante é um granulado seco que pode ser usado como adubo ou material para queima em caldeiras. E por fim, o mais recente lançamento da B&F Dias são os sistemas BioMix da EnviroMix, que fornecem mistura uniforme do conteúdo do tanque, disparando rajadas de ar comprimido programadas e de curta duração através de bicos projetados e patenteados localizados perto do fundo. Os sistemas cíclicos CAMix fornecem aeração e mistura simultâneas por meio de um sistema de aeração difuso. “É possível obter mais de 60% de economia energética em comparação às tecnologias de mistura convencionais”, diz Dinamarco. O sistema não possui partes móveis ou componentes elétricos em contato com o efluente, podendo ser adaptado a praticamente qualquer tipo de configuração de tanque.
A B&F Dias está instalada em uma planta de 35 mil metros quadrados de área com instalações inteligentes e sistemas de gerenciamento de última geração, onde são produzidos os sistemas de aeração por ar difuso, biomídias e mídias têxteis B&F Cleartec para MBBR. Emprega quase 100 colaboradores.
B&F Dias – Tel. (19) 3886-9600 Site: www.bfdias.com.br
Araxá Engenharia entra na área de saneamento
AAraxá Solar está se juntando com a Araxá Transmissão para formar uma nova empresa, a Araxá Engenharia, com objetivo de ampliar o escopo de atuação para outros segmentos de infraestrutura, como saneamento (tratamento de água e efluentes), transporte, gás natural e hidrogênio verde.
A Araxá foi fundada em 2011, por meio da Araxá Solar, especializada em energia fototovoltaica. Em 2018, inaugurou a Araxá Transmissão, para oferta de serviços de consultoria, engenharia e construção em sistemas de transmissão de energia. O portfólio soma mais de 8000 km de linha de transmissão e cerca de 100 projetos em energia solar.
A empresa oferece soluções completas em projetos e engenharia, como estudos de viabilidade; projeto básico e executivo; due diligence; engenharia e gestão do proprietário; estudos e consultorias técnicas.
Com sede em Florianópolis, SC, e escritório em São Paulo, a empresa é totalmente nacional e em breve abrirá uma operação internacional, como foco prioritário na América Latina. “Temos equipe com experts multidisciplinares. Nossos profissionais têm mais de 30 anos de experiência no setor. Somos reconhecidos no mercado pela excelência em engenharia”, informa a empresa. Os projetos desenvolvidos pela Araxá Engenharia estão presentes em 17 estados brasileiros e são fruto de parcerias estratégicas estabelecidas com investidores, fornecedores, centros de pesquisa tecnológica e empresas geradoras de energia.
Araxá Engenharia – Tel. (48) 3733-5010 Site: www.araxaeng.com.br
Sancotec passa a representar a espanhola Toro
ASancotec, com sede em Florianópolis, SC, fechou um acordo para representar a fabricante espanhola de tanques Toro no Brasil. Com mais de 700 reservatórios fornecidos em 80 países, a companhia europeia é especializada em tanques modulares de PRFV – Plástico Reforçado com Fibra de Vidro.
Valladolid, Espanha. A fabricação é realizada de acordo com o projeto enviado pela Sancotec. Como diferencial, é possível ter até 11 alternativas de altura para um mesmo volume. O processo, da concepção até a chegada ao Brasil e posterior instalação, dura no máximo dois meses.
“Nossos tanques são produzidos com uma média de 3 mil parafusos. Já os de alguns concorrentes esse número chega a 8 mil, quase o triplo de pontos considerados vulneráveis”, salienta o diretor.
Além dos tanques, a Toro fornece tampas para reservatórios de materiais como concreto e aço. Por conta da alta demanda e para reduzir os custos com frete, a fabricante estuda
Com a parceria, a Sancotec irá fornecer tanques de até 12 mil m3, um nicho de mercado que a empresa não atingia até então. “Somos representantes há algum tempo da Tecniplas, fabricante de Cabreúva, SP, cujos tanques em PRFV podem armazenar até 4500 m3. Percebemos que havia uma lacuna no fornecimento de reservatórios maiores, e como a Tecniplas não trabalha com tais produtos, decidimos atender este mercado com o know-how da Toro”, explica Roberto Fukumaru, diretor comercial da Sancotec.
Inicialmente, os tanques serão importados via navio da sede da Toro em
nacionalizar as tampas em parceria com a Tecniplas ou inaugurar uma planta fabril própria no país.
“Já temos orçado no mercado nacional mais de 30 tanques, sendo que seis já estão em processo de fechamento. É um volume de negócio de mais de R$ 100 milhões. O acordo representa a união de três empresas: Sancotec com seu know-how técnico e de vendas; Tecniplas para tanques de menor volume; e a Toro com reservatórios de maior porte. É algo muito positivo”, finaliza Fukumaru.
Sancotec – Tel. (48) 99929-7133
Site: www.sancotec.com.br
Notícias
Tecnologia ultrassônica para controle de algas em reservatórios de água
ALG Sonic, empresa com sede na Holanda especializada em soluções sustentáveis para combater a floração de algas e melhorar a qualidade da água, com mais de 100 clientes em 55 países, está apostando no mercado brasileiro. Abriu escritório comercial em Florianópolis, SC, e montou um time técnico em Campinas, SP, para instalação e manutenção dos sistemas. “Há muito a se fazer com a entrada do novo marco do saneamento”, diz Marineuza Marques, diretora da LG Sonic Brasil.
O MPC-Buoy, desenvolvido pela LG Sonic, baseia-se no uso de ultrassom para controlar as florações de algas em tempo real, sem necessidade de produtos químicos. As ondas são emitidas a partir de uma boia flutuante movida a energia solar. A solução combina ainda o monitoramento contínuo da água e uso de algoritmo de aprendizagem para ajustar as fre-
quências de ondas como resposta a mutações e alterações ambientais. Conforme os dados são coletados, ela impede novas florações em até 10 dias antes de ocorrerem.
“Os engenheiros da empresa estudam há mais de 10 anos o comportamento das algas, no mundo todo, o que gerou uma enorme base de dados, referentes, por exemplo, aos diferentes tipos e condições de corpos d’água, espécies de algas e estações do ano. Essas informações possibilitam ajustar programas ultrassônicos diferentes para cada tipo de floração, tornando o controle mais eficaz. O banco de dados é continuamente atualizado, otimizando os algoritmos de previsão e beneficiando todos os clientes”, afirma.
O software de monitoramento MPC-View fornece um quadro com-
pleto e em tempo real sobre o corpo d’água, com tendências de crescimento das algas e progresso do tratamento. “O cliente pode criar alertas que serão acionados e enviados por e-mail quando parâmetros predeterminados forem violados”, afirma. As informações da boia são transmitidas à central de operação via 4G ou satélite. O sistema da LG Sonic atua da seguinte forma: as ondas ultrassônicas criam uma camada de som na parte superior da água, impactando a flutuabilidade das células de algas, que afundam para camadas mais profundas, onde não conseguem mais acessar a luz solar e naturalmente morrem sem liberar toxinas. “O ultrassom de baixa potência utilizado em nossos dispositivos atinge somente as algas, melhorando a qualidade da água de forma sustentável. Não causa lise celular, é seguro para peixes, plantas, pessoas, animais de estimação e zooplâncton e não perturba o equilíbrio natural dos ecossistemas aquáticos”, diz a diretora.
Segundo ela, o método elimina de 70% a 90% das algas existentes
e impede o crescimento de novas. O sistema garante uma solução de custo/benefício para operadores de tratamento de água, reduzindo problemas operacionais nas estações. Pode ser instalado em reservatórios de água potável, lagos recreativos, lagoas de águas residuais e tanques de irrigação.
As algas e as toxinas representam um grande desafio para estações de tratamento de água, podendo entupir os filtros de areia. Adicionalmente, al gumas espécies produzem geosmina e 2-metilisoborneol (MIB), dando à água um sabor e odor desagradáveis. Como não podem ser removidos atra vés da filtração tradicional, esses compostos causam preocupações sobre a qualidade e segurança da água. “Flora ções de algas podem ser uma ameaça em diversas fases do processo de tra
tamento de água, dependendo do tipo e local de seu crescimento. Portanto, é crucial lidar com o problema em sua fonte”, diz Marineuza. O aparecimento de algas pode elevar os custos de bombeamento e reduzir o fluxo de água em até 10%, ou até mais, em caso de algas filamentosas. Entre os clientes da LG Sonic no Brasil está a Cedae, do Rio de Janeiro, que instalou oito boias MPC-Buoy no Rio Guandu, que atende 10 milhões de pessoas e 85% da demanda total de água urbana. O diretor de Saneamento e Grande Operação da Cedae, Daniel Okomura, enfatizou o monitora mento da qualidade da água em tempo real, que permite a modificação de frequências ultrassônicas nos corpos d’água e melhor eficiência e manutenção de suas operações. O principal
problema é a elevada concentração da geosmina. “O MPC-Buoy é capaz de tratar algas de forma eficaz devido ao seu design orientado a dados. As boias conversam entre si por meio da IoTInternet das Coisas. Possuem sensores de clorofila, temperatura e oxigênio, que avaliam a qualidade da água. Elas geram relatórios e os enviam para nos sos telefones. Isso nos permite monitorar as características da água quase em tempo real”, diz.
De acordo com ele, as novas tecnologias ajudaram a economizar mais de 29 milhões de euros em tratamentos químicos desde 2020. A maior parte da economia financeira – cerca de 90% – é alcançada pela redução do uso do carvão ativado. O uso de cloro foi reduzido em 27% e sulfato de alumínio em 5%. “As novas e fu-
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turas medidas reduziram e reduzirão ainda mais os custos operacionais, garantindo verões sem o problema da geosmina”, diz.
No setor industrial, outro cliente é a Vale, multinacional brasileira produtora de minério de ferro, granulados e níquel. A tecnologia da LG Sonic diminuirá florações de algas nos reservatórios da mineradora. No Peru, uma das maiores minas de ouro da América Latina instalou a tecnologia ultrassônica para controlar algas em uma das estações de tratamento de água de excesso. Esse reservatório de água de mineração com revestimento em geomembranas garante o abastecimento de água para 5000 famílias. Florações de algas nocivas no reservatório entupiram os sistemas de filtragem, restringindo o fluxo de água para o reservatório. Isso forçou o fechamento do reservatório para que os filtros sejam manualmente limpos e para restaurar as operações da estação. Esse processo envolvia custos altos devido à pausa nos processos e trabalhos manuais necessários. Ocasionalmente, a presença de algas azuis-verdes causa odores desagradáveis e a aparição de uma espuma branca na superfície da água. Após menos de dois meses de uso da tecnologia ultrassônica da LG Sonic, resultados mostraram níveis constantes e saudáveis de algas, apesar de um aumento na temperatura da água. Adicionalmente, a saturação de oxigênio dissolvido aumentou em 5%, e os níveis de pH se estabilizaram.
Segundo Marineuza, a empresa está trazendo uma outra boia que será instalada no interior de São Paulo. As perspectivas são muito positivas para a LG Sonic. “Estamos muito animados e felizes de trazer uma solução sustentável para o mercado brasileiro”, diz.
LG Sonic – Tel. (48) 99987 0382 Site: www.lgsonic.com/pt-br
Atlantium Technologies apresenta solução patenteada para desinfecção de água
Aempresa israelense Atlantium Technologies está trazendo para o Brasil a tecnologia HOD - Hydro-Optic UV, uma solução para desinfecção de água por radiação ultravioleta (UV). “A HOD reúne princípios hidráulicos e de fibra óptica para desinfecção por luz UV de média pressão, atingindo níveis de inativação microbiológica incomparáveis em relação aos sistemas UV convencionais”, diz Paulo Carvalho, gerente regional de vendas da Atlantium no Brasil.
Há cerca de duas décadas, as soluções HOD UV da Atlantium têm sido adotadas em diversos países, em mercados como aquacultura, biofarmacêutica, indústrias, hidrelétricas, municipal, energia e água de lastro de navios. “No Brasil, temos fornecido para indústrias de alimentos e bebidas. E agora queremos reforçar presença no mercado de saneamento”, afirmou o diretor.
Tecnologia de UV também pode ser aplicada em canais abertos
Revestimento de tanques de água potável
MONTAGEM RÁPIDA E SEGURA
As placas HYDROCLICK são encaixadas em perfis pré-montados
50 ANOS DE ESPERANÇA DE VIDA O PE é livre de amaciadores, resistente à geada e à corrosão
BAIXA MANUTENÇÃO
Superfície brilhante, limpeza a alta pressão, monitoramento de vazamentos ALTA COMPETÊNCIA EM PLÁSTICOS Décadas de experiência, pesquisa e desenvolvimento
Ancoragem de concreto PRODUÇÃO POR INJECÇÃO
Para a fixação mecânica de instalações em tanques, que são equipados com chapas protetoras de concreto e HYDROCLICK sistema.
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De acordo com o Shimon Constante, vice-presidente de parcerias estratégicas, a tecnologia HOD UV da Atlantium é baseada em lâmpadas de média pressão, que são mais curtas e mais potentes do que as de baixa pressão. Em geral, a taxa de conversão de eletricidade em luz UV das lâmpadas de média pressão é de cerca de um terço das lâmpadas de baixa pressão e, por isso, muitos sistemas UV convencionais que usam lâmpadas de média pressão são menos eficientes em termos energéticos do que a maioria dos convencionais sistemas UV de baixa pressão. “Mas o HOD UV é projetado com um mecanismo de amplificação óptica que recicla fótons UV dentro de uma câmara de desinfecção de quartzo, tornando-os mais eficientes”, disse. A configuração ajuda a capturar os raios da luz UV e os força a saltar repetidamente dentro da câmara em um fenômeno conhecido como TIR - reflexão interna total. O longo caminho do raio dentro da câmara, combinado com um fluxo de água projetado de forma otimizada em um padrão definido e controlado, cria uma distribuição uniforme de UV
necessária para atingir a inativação de agentes patológicos em toda a água que passa pela câmara. Dessa forma, o sistema atinge altos níveis de inativação de microrganismos com elevada eficiência energética.
Segundo Carvalho, a Atlantium inova também ao trazer a solução de desinfecção de efluentes sanitários sem o uso de químicos, por meio de lâmpadas de baixa pressão e alta intensidade. O sistema de canal aberto possui orientação vertical das lâmpadas que permite um aproveitamento maior da radiação ultravioleta, além de contar com sistema de sensoriamento de transmitância em tempo real, possibilitando que o sistema ajuste a potência das lâmpadas em tempo real e, dessa forma, garante a dose mínima de projeto mesmo sob condições de variação de qualidade e vazão dentro do canal.
A WaterHub Brasil, parceiro local para saneamento da Atlantium, de São Paulo, fornece a consultoria e suporte técnico para o desenvolvimento dos projetos.
Atlantium – Site: https://atlantium.com/
Bomba dosadora sem eletricidade potabiliza água em áreas remotas
Uma bomba dosadora hidromotriz, que opera exclusivamente sob a força da água, sem eletricidade, está sendo utilizada em áreas rurais e remotas, afastadas da rede elétrica, principalmente para dosar oxidante para potabilização de água.
O sistema é batizado como “dosadores volumétricos e proporcionais”, visto que seu conceito é de fornecer uma dose de solução química (pode ser aplicada para outras funções, por exemplo para injetar polímeros) proporcional ao caudal da água, quaisquer que sejam as variações de fluxo e pressão.
Tecnologia da francesa Dosatron, a tecnologia já está disponível no Brasil e foi implementada no segundo semestre do ano passado no povoado Jurema, em Tavares, no sertão da Paraíba, a 395 km da capital João Pessoa, em um projeto que contou com a cooperação do governo paraibano e da companhia estadual de saneamento, a Cagepa.
O projeto na comunidade de 240 famílias, com consumo de 50 mil litros por
dia, permitiu a potabilização de água de açude a 5 km do povoado, com uso de dois dosadores que permitem a desinfecção com hipoclorito de sódio de 16 mil litros por hora.
Com o sistema, o tanque de armazenamento de 50 mil litros é preenchido em cerca de três horas, conforme revelou o diretor comercial para América do Sul da Dosatron, François Pequerul. “Foi um projeto muito bonito que ajudou na meta que a Cagepa tem na Paraíba de levar água a comu nidades mais distantes”, disse.
Segundo Pequerul, a ideia é replicar a experiência em outras localidades não só na Paraíba, mas em outras regiões do Brasil.
A bomba hidromotriz é composta por cinco elementos principais: um pistão-motor, quatro válvulas que
abrem ou fecham conforme necessário, um êmbolo conectado diretamente ao pistão, uma junta de vedação de sucção na extremidade do êmbolo e uma válvula que permite a sucção do aditivo.
O ciclo de operação é realizado em várias etapas, mas antes da colocação em funcionamento, a rosca de dosagem deve ser ajustada de acordo com as exigências do cliente.
Primeiro, a pressão e o caudal de água que entram no corpo da bomba elevam o pistão até a parte superior do êmbolo. Quando o pistão sobe, cria-se um efeito de sucção no êmbolo dosa dor através da junta de sucção, fazendo a válvula de sucção na extremidade inferior do êmbolo se abrir. Essa mes ma válvula evita o refluxo do aditivo químico aspirado.
Em seguida o aditivo enche o corpo dosador. Como o pistão está na parte superior, as duas válvulas superiores se abrem, permitindo que a água seja transferida para a parte superior do êmbolo.
Em uma segunda etapa, a água acumulada na parte superior gera pressão suficiente na superfície do pistão para empurrá-lo para baixo e acionar o êmbolo para dentro do corpo dosador. Como o pistão está na parte de baixo, as válvulas superiores se fecham, enquanto as superiores se abrem.
Ao mesmo tempo, a descida do êmbolo faz com que a válvula de sucção se feche. A junta de vedação de sucção se move ao longo do eixo do êmbolo, permitindo que o químico seja transferido da parte inferior para a superior.
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Por fim, o aditivo então é misturado homogeneamente com a água que sai da bomba. Dosatron – Tel. (19) 3886-6435 Site: www.dosatron.com
ifm: sensores inteligentes para a gestão de bombas
Sensor em aplicação
Aifm Electronic, empresa alemã com subsidiária em São Paulo, atua com o fornecimento de sensores inteligentes para o monitoramento de equipamentos. Presente no Brasil há 25 anos, a companhia atende setores como agronegócio, siderurgia, energia, mineração e saneamento.
Os equipamentos são importados da matriz. Em alguns casos, a entrega foi feita em menos de 15 dias. Para evitar possíveis atrasos, a empresa mantém um centro logístico em Joinville, SC, com estoque suficiente para até três meses caso haja algum imprevisto.
“Antes da aplicação dos sensores, é feita uma análise técnica do local da implantação. Em um projeto comum, realizamos uma prova de conceito em até 30 dias e outros aspectos, como análise da topologia, em até 90 dias. Em empresas privadas cujos processos não dependem de licitação, a implantação do projeto como um todo costuma levar em torno de 6 meses”, explica Oswaldo Lopes, responsável pelos mercados de água e energia da ifm Brasil.
No setor de saneamento, a companhia atende concessionárias públicas e privadas. Quando aplicados em bombas, os sensores conseguem identificar falhas e transmitir dados via IoT – Internet das Coisas para os gestores na nuvem, que podem ser consultados via computador ou celular.
“O monitoramento é feito por meio de tela e software ligado à parte sensorial. É um processo de digitalização fundamental para a indústria 4.0. Hoje, no modelo HaaS – Hardware as a Service, o hardware vira uma commodity e o diferencial está no software. Em dispositivos sem fio a reposição pode ser feita em até quatro anos. Já em equipamentos com fio o período é mais longo, de até oito anos”, afirma Lopes.
Além de sensores, a ifm também desenvolve softwares para automação. Um exemplo é o ifm MONEO, plataforma IIoT – Internet Industrial das Coisas, que combina tecnologias de operação e informação.
“Em um cliente, monitoramos equipamentos que estão a 60 km de distância, em uma sala de controle. A análise acabou detectando uma falha de rolamento, onde o software fez previsões sobre o tempo que levaria para que a bomba viesse a ficar inativa. Com isso, foi possível planejar somente uma parada, o que gerou um retorno para o contratante de 70% em apenas uma bomba”, ressalta Lopes.
Com aproximadamente 100 funcionários no Brasil, a ifm atende todas as regiões do país e presta serviços para mais de 8 mil clientes.
ifm Brasil – Tel. 0800 5442 436 Site: www.ifm.com/br
Aria realiza levantamentos aéreos com drones
Empresas de saneamento têm o desafio de monitorar estações de tratamento de água ou efluentes, adutoras e faixas de servidão, que muitas vezes estão espalhadas em locais distantes e de difícil acesso. Muitas vezes, o monitoramento terrestre não é suficiente para que o gestor conheça todos os detalhes relacionados ao local. A Aria Imagem e Tecnologia, empresa do Grupo Azimute com sede em Joinville, SC, realiza levantamentos aéreos para os segmentos de infraestrutura através de serviços de aerolevantamento, elétrico com inspeções visuais e termográficas em usinas de energia renovável, industrial com o escaneamento e modelagem de parques fabris para estudos de descomissionamento, bem como o saneamento
“Nosso foco é levar facilidade para os setores de engenharia e manutenção de grandes empresas. Sabemos que entregar um serviço de qualidade e alto nível técnico não é mais um diferencial, mas sim um requisito básico. Desta forma, adicionamos diversos elementos, que auxiliam os profissionais de engenharia e manutenção de ativos, por exemplo, a obter soluções que os ajudem a direcionar suas tomadas de decisão, removendo as barreiras de terem que realizar tra-
Notícias
tamentos de dados e elaboração de dashboards ou apresentações para embasar suas decisões junto aos altos executivos”, afirma Luiz Fernando dos Santos Souza, diretor executivo na Aria Imagem e Tecnologia.
Os serviços de aerolevantamento e levantamento topográfico incluem projetos básicos e executivos. Outro destaque do portfólio é a realização de inventário técnico. “Além de equipes técnicas preparadas para o cadastro de ativos de infraestrutura, também temos equipamentos para o escaneamento 3D de estações, possibilitando a digitalização das estruturas”, explica Souza.
Além do drone, o levantamento utiliza dispositivos como tablets com software específico para incluir informações, equipamentos de RTK – Real Time Kinematic para cadastro georreferenciado e Laser Scanner 3D, tecnologia de escaneamento de estruturas. São usados dois modelos de drones: pequeno porte, com autonomia de 15 minutos, e grande porte, com duração de 40 minutos. Para cada situação, uma metodologia específica realiza a coleta de informações necessárias
para a solução do projeto. Já o tamanho das áreas possíveis de serem mapeadas depende do escopo de cada trabalho.
Aria Imagem e Tecnologia –Tel. (47) 3473-6777 Site: www.ariatecnologia.com.br
Corr Plastik cria Corr Ambiental
ACorr Plastik, fabricante nacional de tubos e conexões de PVC e PEAD com mais de 30 anos de mercado, sediada em Cabreúva, SP, criou uma nova empresa, a Corr Ambiental, para oferecer soluções completas de tratamento de água de efluentes para indústrias e concessionárias de saneamento.
“O objetivo é oferecer aos clientes não somente a condução do fluido por meio de nossas tubulações, mas também fechar a ponta do ciclo com soluções para tratamento de água, efluentes e reúso”, diz Ricardo Feola, Engenheiro de Propostas da Corr Ambiental.
Segundo ele, a empresa tem parceria com os principais fabricantes de tecnologias, desde sistemas convencionais até as soluções mais avançadas, como membranas de ultrafiltração, osmose reversa, MBBR – biorreator de leito móvel, oxidação avançada e sistemas de aeração por ar difuso, que são integrados e montados sob medida para cada projeto, em regime turnkey A Corr Ambiental conta com uma equipe qualificada para oferecer consultoria técnica para os estudos e definição dos processos de tratamento.
Além dos projetos sob medida, a empresa oferece uma linha de produtos padronizados, as estações compactas sanitárias de polipropileno com vazões de até 50 m3/dia, para instalação direta no cliente, reduzindo o tempo de montagem e necessidade de mão de obra no local.
Com três fábricas (duas em Cabreúva e uma em Marechal Deodoro, AL) e cerca de 700 colaboradores, o grupo Corr Plastik atua nos segmentos de saneamento, irrigação, predial, infraestrutura, gás, drenagem e mineração.
Corr Ambiental - www.corrambiental.com.br
Francesa Ramus está se instalando no Brasil
Atraída pelas perspectivas do mercado de saneamento no Brasil, a Ramus Industrie, fabricante francesa de válvulas, com mais de 60 anos de existência, está instalando uma filial em São Paulo, a sua primeira na América Latina.
A empresa produz uma linha completa de válvulas para regulação, proteção, bloqueio de água, além de peças sob medida, utilizando desde metais básicos como ferro fundido, aço e co bre até as ligas especiais como aço inoxidável, bronze e inconel. As aplicações incluem adução, distribuição, armazenamento de água, irrigação, tanque de retenção e proteção do meio ambiente, para empresas de saneamento e
“Com sede em La Motte Servolex em Savoie, a Ramus é uma empresa tradicional e referência na França. Possui domínio técnico dos processos por contar com unidades próprias de caldeiraria, centro de usinagem, trata mento da superfície e laboratório para ensaios. Temos um parque de máqui nas de alto desempenho e processo flexível para oferecer maior capacida de de resposta e logística otimizada”, disse Antonio Carlos da Costa, repre sentante de vendas no Brasil.
O escritório local importará os produtos e manterá um estoque local para pronta entrega. A Ramus já iniciou o processo de homologação junto à Sabesp. “Depois iremos trazer engenheiros da França para apresentar a linha de válvulas e esclarecer as
Entre os destaques estão as válvulas de regulação de pressão a jusante, sustentadores de pressão a montante e válvulas altimétricas. Para proteção das redes e armazenamento de água contra o ar ou sobrepressão, os mo delos incluem ventosas de simples ou tripla função, válvula de canal (alívio) e de sobrevelocidade. E para obturação, a linha abrange desde válvulas guilhotina até a comporta, passando pela borboleta ou válvula de maré. As capacidades e dimensões cobrem uma ampla faixa. “Também temos produtos sob medida, como reguladores de caudal e câmara de válvula de tanque. E se o cliente precisar de outras dimensões, montamos de acordo com as suas necessidades”, afirmou o representante.
Especial
Controle de odores em ETEs
As pressões para controlar a emissão de maus odores em indústrias e estações de tratamento de efluentes crescem a cada dia. Por outro lado, a adoção de práticas ESG – Governança Ambiental, Social e Corporativa nas empresas deverá demandar uma atenção especial para o problema. Veja a seguir algumas soluções capazes de conter ou neutralizar os efeitos dos gases.
Ogeração de odor em elevatórias e ETEs - estações de tratamento de esgoto traz inconvenientes como pressões de órgãos ambientais e reclamações de colaboradores e vizinhos. O problema tende a se agravar com o avanço da universalização do saneamento, com o aumento da cobertura dos serviços e construção de novas redes nos municípios. A adoção de práticas ESG, que além de questões ambientais inclui valores como o relacionamento com a comunidade, também deve incentivar a procura por soluções capazes de controlar a formação do mau cheiro.
A geração de odores é uma poluição aérea de grande complexidade. Além de ser invisível, a fonte pode reunir uma mistura de dois ou mais gases, dificultando a caracterização e medição quantitativa. A equação envolve ainda parâmetros subjetivos da percepção, que variam de pessoa para pessoa, e alterações conforme direção e condições do vento.
A causa principal do odor na rede de saneamento é o sulfato na composição do esgoto doméstico que, na presença de matéria orgânica, em ambiente ausente de oxigênio, permite que bactérias anaeróbias da espécie Desulphovibriadesulphuricans reduzam o sulfato a sulfeto, em espe-
cífico o sulfeto de hidrogênio (H2S) ou gás sulfídrico, conhecido pelo característico cheiro de “ovo pobre”.
Apesar de existirem no esgoto outros compostos com capacidade de gerarem odores desagradáveis, como os orgânicos nitrogenados (amônia) e sulfurosos, ácidos graxos, fenóis e aldeídos, o foco das ações e pesquisas se concentra no sulfeto, principalmente por ser o mais frequente e danoso, não só por sua toxidez a operadores, mas por conta de sua característica corrosiva às instalações.
A seguir apresentaremos algumas soluções disponíveis no mercado capazes de conter e neutralizar os odores, além de realizar medições mais precisas da concentração dos gases no campo.
Acoem
A Acoem é uma multinacional francesa especializada em produtos e serviços para o meio ambiente, há 45 anos no mercado e presença no Brasil desde 1995, com expertise em ar, ruído, vibração, alinhamento a laser, modelização, dados, inteligência artificial e machine learning. Em monitoramento ambiental, área que inclui saneamento, fornece mais de 3200
medidores ao ano e monitora 1200 estações.
Para monitoramento de emissões odorantes, fornece o Kunak Air Pro, uma estação de monitoramento da qualidade do ar. Os sistemas Kunak Smart Environment monitoram a qualidade do ar, as emissões industriais, a poluição sonora e outros fatores ambientais por meio de dispositivos sem fio de rápida implantação, fornecendo informações de alto valor para a tomada de decisões, com precisão e a um custo inferior aos métodos de referência. A solução é baseada em microssensores inteligentes e plataforma com conectividade em nuvem capaz de monitorar as emissões em tempo real, de rápida implantação (instalação em 10 minutos com diagnóstico na tela) e fácil de usar.
O equipamento de campo pode ser montado em torre ou pilastra próximo dos pontos monitorados, com alimentação via rede elétrica ou de forma autônoma (placa fotovoltaica). São medidos até cinco gases simultaneamente (CO, CO2, NO, O3, SO2, H2S, NH3, COVs) e partículas por sistemas de cartuchos que podem ser substituídos e combinados de forma plug and play. É possível ainda acoplar sensores externos adicionais, como de chuva, temperatura e ruído. Com grau de proteção IP65,
o aparelho vem calibrado de fábrica. O sistema roda em plataforma web e os dados ficam armazenados na nuvem, com atualização e acesso remoto de qualquer local. A calibração é simples, com ajuste remoto. Os dados e alarmes são dados em tempo real.
O Kunak Cloud é uma plataforma web que completa a solução para gerenciamento de qualidade do ar. Este software permite explorar de forma rápida e fácil os dados obtidos pelos sistemas de monitoramento e outras fontes externas.
No caso das estações de esgoto, os aparelhos geralmente são instalados em locais como entrada de água bruta e área de tratamento de lodo. Ao criar a rede de sensores, o sistema fornece alarmes, alertas e estatísticas, com detecção precoce de odores se houver aumento da concentração.
Um estudo piloto foi realizado para a Saneago, na ETE Dr. Helio Seixo de Brito, em Goiânia, GO, para identificar quais processos dentro do tratamento de esgoto contribuíam de maneira mais acentuada na geração de odores desagradáveis e qual a magnitude em números dessa contribuição. O segundo foco do estudo era mensurar como os parâmetros chegavam em locais com reclamações frequentes de maus odores. Foram definidos quatro pontos na estação (caixa elevatória, caixa de areia, decantadores e prédio de lodo) para o monitoramento de H2S, VOCs – compostos orgânicos voláteis, velocidade e direção do vento.
Os testes mostraram que a caixa de areia e o prédio de lodo, locais onde ocorre o processo de retirada de material sólido do esgoto, apresentaram as maiores concentrações do sulfeto. O equipamento se mostrou eficiente para realizar o monitoramento das concentrações dos parâmetros selecionados tanto em testes volantes por
pequenos períodos, como em testes contínuos mais longos, estes com maior riqueza de dados, em precisão e quantidade.
Um outro case de demonstração foi realizado para a Samae de Jaguapitã, PR, para monitoramento contínuo de H2S e VOCs. O comportamento das amostras de vento e concentrações podem ser analisadas hora a hora na tela inicial, com imagens de satélite, para identificar fontes durante eventos específicos ou momentos de forte odor.
Além de empresas de saneamento, a Acoem já forneceu o Kunak para empresas de fertilizantes no Brasil, tipo de indústria que gera fortes odores devido à manipulação de amônia dos adubos nitrogenados. No exterior, a plataforma é usada para diversas aplicações, como monitoramento da qualidade do ar urbano na Etiópia e na Espanha, além de indústrias siderúrgicas, de papel e celulose, portos, aeroportos e competições esportivas, para controle de emissões e vazamentos.
Site: www.acoem.comAquastar
Com sede em Campo Largo, PR, a Aquastar está lançando o biofiltro Aquabio, um sistema de exaustão e neutralização desenvolvido para uso em aplicações onde há excesso de gases odoríferos ou tóxicos, como estações elevatórias de esgoto e outros processos.
O acionamento dos ciclos de exaustão do sistema ocorre de maneira automática. Após determinado período um CLP - controlador lógico programável ativa o sistema de exaustão que retira os gases da aplicação e os pressuriza contra duas camadas de meio filtrante de origem biológica que
Especial
tornando-as neutras. O produto químico é diluído em água e pulverizado no ambiente, possibilitando o contato com a molécula odorífera.
“Quanto maior o contato com essa molécula, maior a eficiência do processo”, diz o diretor Maurizio Bortali. Segundo ele, diferente dos aromatizantes, que também são aplicados por nebulização, o Nonox atua por neutralização do efeito odorífero. “Mascarantes apenas disfarçam. Ao longo do tempo, podem causar um outro tipo de problema, com as pessoas reclamando do cheiro enjoativo”, afirma.
servem de colônia para bactérias responsáveis pela neutralização dos gases. O meio filtrante permanece sempre úmido para fazer a filtragem com eficiência. O processo de umedecer o meio é feito a partir de um sistema de entrada de água com solenoide e controlador cíclico. Enquanto ocorre o ciclo de filtração, os gases neutralizados são lançados na atmosfera sem odor e o sistema opera até esvaziar a aplicação.
O sistema padrão tem largura de 3750 mm e altura de 2885 mm. O sistema pode ser aplicado em ETEs, elevatórias compactas, indústrias químicas e processos industriais.
Site: www.aquastar.com.br
Continuum Chemical
A Continuum Chemical Latin America, empresa nacional com sede em Cotia, SP, atua no mercado de controle de odores há 22 anos, com inúmeros projetos implementados no país.
Sua principal solução é o Nonox, um produto que atua através de processo físico. Suas moléculas juntam-se às moléculas geradoras de odor por atração de cargas elétricas,
Antes de definir o produto químico que será aplicado no cliente, a Continuum primeiro realiza a identificação da fonte geradora e o tipo de odor.
“Coletamos amostras do material e realizamos diversas simulações no laboratório para poder identificar a solução química mais adequada para cada tipo de situação, incluindo diluições que podem ser atingidas no processo de pulverização”, diz.
Paralelamente, a equipe de engenharia realiza o desenho do sistema de pulverização, considerando fatores como área a ser coberta, altura e quantidade de bicos aspersores. “No local, executamos o processo de instalação, monitoramento, treinamento
Especial
e manutenção técnica. Damos todo o apoio ao cliente, de qualquer segmento, pois sabemos que quem tem o problema de odor na produção, na empresa ou no ambiente, não consegue transferir essa responsabilidade para ninguém. Perante o órgão ambiental a responsabilidade será do gerador. Mas estamos sempre ao lado do cliente”.
Para a aplicação são utilizadas uma bomba hidráulica e linhas com bicos pulverizadores que fazem a aspersãoda névoa sobre a fonte geradora. Quando o gás se desprender e entrar na corrente aérea, ele terá contato com os produtos químicos, neutralizando o odor.
“Importante frisar que esse tipo de tecnologia oferece velocidade de instalação, bem como baixo investimento inicial, o que favorece as empresas que tenham prazos reduzidos para atender às exigências legais perante os órgãos de controle”, finaliza o diretor.
Site: https://continuumchemical.com.br/
Dux
Com sede em Itupeva, SP, a Dux Grupo é uma empresa nacional fun-
dada há 11 anos especializada em controle de gases e odores, assepsia e desinfecção. “A Dux foi criada por dois empresários com o propósito de criar uma empresa que pudesse, de alguma maneira, mudar o mundo para melhor. Por isso, investimos em pesquisa e desenvolvimento de soluções voltadas para o bem-estar e segurança das pessoas”, diz o gerente de Marketing Rafael Formagio.
Os produtos se baseiam na neutralização de gases gerados por processos industriais, livrando a população de incômodos por intoxicação ou pelos maus odores. Segundo ele, a Dux conta atualmente com soluções que são únicas no mercado, sendo uma delas patenteada, para neutralização de amônia, sem equivalente em todo o mundo
Um dos produtos é o Gas Solution EVO, específico para controle de gases e odores gerados por ETEs. A solução é formulada para agir e neutralizar o gás sulfídrico (H2S) em baixas ou altas concentrações. “Ao eliminar os gases das fontes geradoras, garantimos o controle dos odores antes que se espalhem para a atmosfera”, diz. O produto não possui em sua formulação agentes mascarantes ou encapsuladores. “Entendemos que para o controle total dos maus odores é necessária a completa neutralização e não apenas mascarar o problema. Dessa maneira, garantimos em nossos projetos 75% de redução de volume de
produto frente a soluções disponíveis no mercado. Os produtos são aplicados apenas em pontos geradores de gases, assim reduzindo custos operacionais e logísticos”, afirma.
A solução destina-se a qualquer tipo de ETE, em ambientes compactos ou grandes lagoas de tratamento, com a instalação de um sistema acoplado nas ETEs ou utilizando seu lançamento, o Nebulux Cannon (foto), um canhão móvel capaz de aplicar o produto a partir de um único ponto com alcance de até 60 metros de névoa, diminuindo o consu mo e facilitando a instalação do sistema.
Entre os diferenciais das soluções da Dux está a automação dos equipamentos, que conseguem entender o volume de gás presente no ambiente e variar sua dosagem e aplicação. “As soluções são atóxicas e biodegradáveis e o resultante de sua aplicação não deve
gerar compostos que agridam o meio ambiente ou pessoas. Trabalhamos com soluções creditadas e criteriosamente desenvolvidas para realizar a neutralização total dos gases sem variação de volume mensal necessária para a aplicação”, diz.
A Dux desenvolve um sistema de logística reversa e reciclagem de 100% de suas embalagens, através de uma operação própria de coleta dos recipientes. “Nosso processo industrial de fabricação não gera resíduos e todos os insumos são atóxicos biodegradáveis, atestados com laudo de análises”, afirma Formagio.
Com esses diferenciais, a Dux está em expansão não apenas no Brasil, mas também em países como Bolívia, Colômbia, Chile, Paraguai, Peru e México.
Site: www.duxgrupo.com.br
Nortène-Engepol
A Nortène, de Barueri, SP, e a Engepol Geossintéticos, de Canoas, RS, oferecem um sistema de cobertura flutuante com geomembrana de PEAD capaz de realizar a contenção de odores em estações de tratamento de efluentes, aterros sanitários e lagoas de chorume.
A empresa executou uma obra de cobertura flutuante para contenção de odores produzidos dois reservatórios de fertilizante líquido em uma empresa de Piracicaba, SP. O cheiro forte e desagradável afetava não somente os vizinhos, mas também a produtividade dos funcionários.
Havia ainda a preocupação quanto ao risco de infiltração do material no solo, que poderia atingir o lençol freático e o Rio Piracicaba, localizado a 500 m. E a entrada de água da chuva
Especial
nos reservatórios poderia prejudicar a concentração da solução de fertilizantes.
Para resolver esses problemas, foi empregada uma geomembrana de PEAD de 2 mm no fundo do reservatório para impedir a percolação do líquido no solo e uma de 1,5 mm como cobertura flutuante. O material serve como barreira ao gás e ao fertilizante líquido, oferecendo benefícios como leveza e alta resistência química e mecânica.
Com a instalação, o problema de mau cheiro foi totalmente eliminado na indústria de fertilizantes. Além disto, a obra contribuiu para o controle da concentração e do volume de fertilizantes com a redução da evaporação e da entrada de água da chuva.
Odournet
A Odournet do Brasil apresenta o Ortelium, solução de software em nuvem que suporta organizações que monitoram e gerenciam dados ambientais. A ferramenta coleta, visualiza e analisa dados de forma holística, simplificando os canais de dados de várias fontes. “Isso permite que os clientes transformem os dados coletados em informações acionáveis com facilidade”, diz Yanko Guimarães, diretor executivo da Odournet, grupo internacional de especialistas sensoriais e consultores de gestão ambiental de odores.
Os reservatórios em geomembrana lisa PEAD são fabricados com resina virgem especialmente desenvolvida para a fabricação de geomembranas, aliada à tecnologia alemã de extrusão em matriz plana cujas condições de processo de cristalização controlada em calandras garantem excelência em propriedades mecânicas e durabilidade, além da ausência das dobras e vincos típicos do processo balão.
Site: www.engepol.com
O Ortelium combina feeds de dados de sistemas de sensores e analisadores habilitados para IoT – Internet das Coisas, observações ambientais feitas por pessoas, bem como avaliação de impacto por meio de modelagem de dispersão. “Com as informações, é possível identificar e entender as principais causas de impacto de odor ambiental, levando a decisões baseadas em dados sobre a alocação de recursos e possibilitando ações rápidas para remediação de problemas”, diz.
O Ortelium trabalha com três módulos de serviços específicos.
O módulo de gerenciamento de observações de odor destina-se à inclusão de dados que o cliente desejar incluir, como funcionários residentes nas proximidades, técnicos focados nas questões de odor ou comunida-
des próximas ao empreendimento. As observações são feitas no aplicativo Ortelium nos smartphones, que inclui várias telas para registro, como localização, opções de caráter do odor percebido, grau de incômodo, intensidade do odor, dia e hora da observação registrada e duração da percepção do odor, além de tela livre para inclusão de detalhes e feedback e diálogo com o observador.
O gerenciamento das observações recebidas disponibiliza para o operador informações como a linha de tempo sobre o mapa regional onde são mostrados o horário das observações recebidas; localização das observações; direção, velocidade do vento no momento da observação com base em informações meteorológicas obtidas em bases de dados internacionais ou em estação meteorológica local.
O segundo módulo é o de gerenciamento de incidentes e rastreamento de emissões. O Ortelium captura e relata incidentes instantaneamente e aumenta a eficiência do processo de acompanhamento para remediação. “É possível relatar incidentes identificados com facilidade usando formulários da web ou um aplicativo de smartphone dedicado. A economia de tempo resultante significa que é possível agir imediatamente. O processo
Especial
é totalmente rastreável, permitindo revisar os incidentes desde o momento em que foram relatados, até as ações tomadas para resolvê-los”, afirma o diretor.
Segundo ele, pode-se localizar a fonte potencial de odores desagradáveis por meio de simulação meteorológica e modelagem de trajetórias reversas, que podem ser exibidas no mapa e animadas através da linha do tempo para entender melhor e mais rapidamente as situações de reclamação e as influências meteorológicas e geográficas subjacentes. Com isto, também pode fornecer evidências se as operações não foram responsáveis por reclamações específicas, o que é útil especialmente em áreas com diversidade de fontes de reclamação potenciais vindas de outras indústrias/fontes de odor próximas.
E o terceiro módulo é o modelo em tempo real. O Ortelium oferece ferramentas para modelagem dinâmica de qualidade do ar e dispersão de odor em tempo real e mapeamento de impacto que combinam feeds de dados climáticos com os dados de emissão das fontes da planta alinhados com sensores de campo estrategicamente localizados. Calculando e visualizando dinamicamente a dispersão das emissões de sua planta em um mapa digital, o Ortelium fornece análise retrospectiva, monitoramento em tempo real e recursos de previsão para modelar e monitorar o impacto das emissões de suas operações em situações passadas, atuais e futuras.
“Isso permite não apenas entender e validar melhor incidentes de odor e suas causas/origens. Ao prever possíveis impactos de suas operações, pode-se até mesmo tomar medidas proativas apropriadas para evitar situações de conflito, por exemplo, encontrando a janela de tempo certa para executar as operações que geram mais odor em momentos em que os impactos serão minimizados”, explica. Também traz substancial redução de custos relacionados com sistemas contínuos de controle de odor que consomem recursos significativos (produtos químicos, energia), possibilitando que sejam aplicados em menor intensidade no caso de situações de impacto de odor mais favoráveis.
Os modelos podem ser alimentados com dados de fonte de emissão estáticos ou dinâmicos. Os dados dinâmicos da fonte de emissão podem ser fornecidos por meio de feeds de dados do sensor. “Essa flexibilidade permite que fontes de emissão contínuas e descontínuas sejam consideradas para modelagem, alcançando maior precisão para seus resultados de modelagem”, finaliza o diretor.
Pi² Technologies/AlphaWater
A canadense Pi² Technologies Inc., representada pela AlphaWater no Brasil, desenvolve, produz e comercializa soluções de baixo custo para cobertura e tratamento de superfícies e saídas odoríferas visando minimizar a emissão de odores e gases de efeito estufa.
“A Pi² Technologies desde o início se concentrou no desenvolvimento e fornecimento de soluções simples e econômicas para controlar odores em qualquer circunstância. O design simples da família de produtos mais acessível, fácil de instalar e manter do que as opções tradicionais”, diz Gilmar Pires, diretor da AlphaWater.
As soluções da Pi² Technologies não exigem eletricidade, produtos químicos ou supervisão de equipe. “O Capex e Opex são os menores de todas as soluções de mitigação de odor comumente disponíveis. Além disso, os filtros de carvão ativado, com vida útil média de 12 meses, reduzem os odores em até 96%, o que é substancialmente superior à maioria das outras tecnologias do mercado, independentemente da aplicação”, diz.
Uma vantagem das capas de geomembrana PODZ Horizon para tanques novos e existentes é a “respirabilidade” dos filtros de carbono. Essa característica evita que a pressão se acumule abaixo das tampas e a subsequente criação de gás perigoso em espaços confinados – um recurso de segurança fundamental.
A família de produtos PODZ é independente, com filtros de carvão ativado integrados, e inclui aplicações não apenas para tanques de águas residuais, mas também para bueiros, exaustores de ventilação, lagoas, ar forçado, entre outras.
Site: www.alphawater.com.br
Guia de ETAs e ETEs
Veja a edição atualizada do guia com os fornecedores de equipamentos e integradores de estações de tratamento de água e efluentes. Fazem parte os sistemas biológicos, físico-químicos e terciários, como membranas de ultrafiltração, além de estações compactas, de aproveitamento de água de chuva e desaguamento de lodo.
Tratamento preliminar Sistema físico-químico Sistema biológico
Empresa / telefone / e-mail
Unidade compacta de pré-tratamento (1) Precipitação de metais Oxidação de cianetos Redução de cromo hexavalente Adsorção em carv ão ativado Oxidação com peróxido Ozonização Oxidação UV/peróxido Remoção de fósforo Eletrocoagulação/floculação Eletrólise Desinfecção Aeróbio Anaeróbio MBBR (2) SBRLodo ativado por bateladas MBRBiorreator a membrana MABR (3) Biodisco Remoção de nutrientes (N e P) Remoção de gordura Remoção de areia Filtro de disco Peneira (estática e rotativa) Separador água/óleo
Acemax (11) 3907-4623 contato@acemax.com.br
Acetecno (47) 99112-2627 vendas@acetecno.com.br
Alfamec (11) 4991-5000 contato@alfamec.com.br
Alphenz (19) 3302-9606 contato@alphenz.com.br
Antares (33) 99197-9777 davi@antares.eco.br
Aquarenne (51) 98110-1016 atendimento@aquarenne.com.br
Aquastar (41) 3292-5653 contato@aquastar.com.br
B&F Dias (19) 98305-4748 bfdias@bfdias.com.br
Biosis (11) 99173-7043 biosis@biosis.eco.br
Cea do Brasil (11) 99152-5939 cea@ceadobrasil.com.br
CP Solutions (31) 3281-9543 comercial@cpsolutions.com.br
Das Brasil (11) 99999-6209 vendas@dasbrasil.com.br
De Nora (15) 98115 -0208 denorabrasil@denora.com
Delta Saneamento (11) 94922-0462 delta@deltasaneamento.com.br
(1) Gordura, areia e peneira; (2) Biorreator de leito móvel com biofilme; (3) Biofilme fixo aerado com membrana
Sopradores e aeradores
Microfiltração, ultrafiltração e nanofiltr. Osmose reversa Soprador/compressor Aerador mecânico Difusor Skid com bags Skid com filtro-prensa Skid com centrífuga
Estações compactas Aproveitamento de água de chuva Tratamento de água cinza Sistema de reúso de água
Membranas Desaguamento de lodo
Locação de estações Sistemas móveis de tratamento
Empresa / telefone / e-mail
Serviço
Tratamento preliminar Sistema físico-químico Sistema biológico
Remoção de gordura Remoção de areia Filtro de disco Peneira (estática e rotativa) Separador água/óleo
Despurifil (11) 3783-8900 contato@despurifil.com.br
Ecclo (11) 94014-7515 contato@ecclo.com.br
Ecoracional (43) 98403-9822 vendas@ecoracional.com.br
Ecosan (11) 3468-3800 contato@ecosan.com
Ecosciences (19) 3411-6984 atendimento@ecosciences.com.br
Ecosus (84) 99405-9606 diego@ecosus.com.br
Ecotrim (11) 98420-0046 vendas@ecotrim.com.br
Ectas (47) 99722-0075 contato@ectas.com.br
Eko Sistema (61) 99983-9072 contato@ekosistema.com.br
Engbombas (55) 99659-3224 engbombas@engbombas.net
Enviromix (11) 99647-1149 leandro@enviromix.com.br
Fibrasan (11) 4543-6396 contato@fibrasan.com.br
Unidade compacta de pré-tratamento (1) Precipitação de metais Oxidação de cianetos Redução de cromo hexavalente Adsorção em carv ão ativado Oxidação com peróxido Ozonização Oxidação UV/peróxido Remoção de fósforo Eletrocoagulação/floculação Eletrólise Desinfecção Aeróbio Anaeróbio MBBR (2) SBRLodo ativado por bateladas MBRBiorreator a membrana MABR (3) Biodisco Remoção de nutrientes (N e P)
Microfiltração, ultrafiltração e nanofiltr. Osmose reversa Soprador/compressor Aerador mecânico Difusor Skid com bags Skid com filtro-prensa Skid com centrífuga
Sopradores e aeradores Estações compactas Aproveitamento de água de chuva Tratamento de água cinza Sistema de reúso de água
Membranas Desaguamento de lodo Locação de estações Sistemas móveis de tratamento
Fibrav (35) 98825-4118 vendas@fibrav.com.br
Flucor Service (11) 4794-5900 contato@flucor.com.br
Fluid Brasil (11) 98242-0185 comercial@fluidbrasil.com.br
FY Equipamentos (35) 3634-0741 comercial@fyequipamentos.com.br
General Water (11) 3176-6666 generalwater@generalwater.com.br
H2O Ambiental (15) 3232-5619 comercial@h2oambiental.com.br
Hidro´S (77) 3424-5733
Empresa / telefone / e-mail
Serviço
Tratamento preliminar Sistema físico-químico Sistema biológico
Remoção de gordura Remoção de areia Filtro de disco Peneira (estática e rotativa) Separador água/óleo
Hidromaxi (51) 99981-0655 hidromaxi@hidromaxi.com.br
Hidrotecno (11) 99235-5338 vendas@hidrotecno.com.br
Hydro Z (11) 97647-1617 comercial@hydroz.com.br
Hydrosol (11) 94309-1720 macastilho@hydrosol.com.br
Hidrus (67) 3341-1564 contato@hidrus.com.br
Ideu Tecnologia (11) 97459-4604 contato@ideu.com.br
Improv (19) 98144-1081 contato@improvequipamentos.com.br
Johnson Screens (11) 94375-9941 david.nasser@johnsonscreens.com.br
KS Industrial (51) 99805-5704 comercial@ksindustrial.com.br
Lindner (49) 99973-0221 comercial@lindnerts.com
Memphis (11) 98244-3216 rubens.franciscojr@gmail.com
MPB Saneamento (48) 98404-4739 mpb@mpb.eng.br
MSE Engenharia (43) 3031-0500 orcamentos@mse.com.br
Netzsch (47) 98831- 8003 joão.assis@netzsch.com
Nordic (11) 3294-8839 comercial@nordicwaterbr.com
Nova Era (11) 99702-6740 vendas@novaeraambiental.com.br
Okena (11) 3552-0101 comercial@okena.eco.br
Paques (19) 99883-1869 info.br@paquesglobal.com
Pollycall (47) 99216-2508 contato@pollycall.com.br
Power (71) 99136-6269 newton@power-ind.com.br
Procytek (11) 98684-1875 comercial@procytek.com.br
Unidade compacta de pré-tratamento (1) Precipitação de metais Oxidação de cianetos Redução de cromo hexavalente Adsorção em carv ão ativado Oxidação com peróxido Ozonização Oxidação UV/peróxido Remoção de fósforo Eletrocoagulação/floculação Eletrólise Desinfecção Aeróbio Anaeróbio MBBR (2) SBRLodo ativado por bateladas MBRBiorreator a membrana MABR (3) Biodisco Remoção de nutrientes (N e P)
(1) Gordura, areia e peneira; (2) Biorreator de leito móvel com biofilme; (3) Biofilme fixo aerado com membrana
Sopradores e aeradores Estações compactas Aproveitamento de água de chuva Tratamento de água cinza Sistema de reúso de água
Microfiltração, ultrafiltração e nanofiltr. Osmose reversa Soprador/compressor Aerador mecânico Difusor Skid com bags Skid com filtro-prensa Skid com centrífuga
Membranas Desaguamento de lodo Locação de estações Sistemas móveis de tratamento
Empresa / telefone / e-mail
Serviço
Tratamento preliminar Sistema físico-químico Sistema biológico
Remoção de gordura Remoção de areia Filtro de disco Peneira (estática e rotativa) Separador água/óleo
Projeto Ambiental (11) 94159-2380 projeto@projetoambiental.com.br
Pumps Brasil (19) 3859-2626 projeto@pumpsbrasil.com.br
Ravagnan (31) 99264-2974 p.lanata@ravagnan.com
Replasquim (11) 99934-5865 replasquim@replasquim.com.br
Retesp (11) 97388-1107 meioambiente@retesp.com.br
Roman (51) 99942-0680 roberto@romaneng.com.br
SanecomFibra (11) 94121-0964 vendas@sanecomfibra.com.br
Saneflux (14) 99862-2372 contato@saneflux.com
Sanevix (27) 99298-6593 orcamento.comercial@sanevix.com.br
Scientech (11) 98424-7532 comercial@scientech.com.br
Tecitec (11) 99658-2793 vendas@tecitec.com.br
Tecnosan (47) 99983-8331 tecnosan@tecnosan.com.br
Unidade compacta de pré-tratamento (1) Precipitação de metais Oxidação de cianetos Redução de cromo hexavalente Adsorção em carv ão ativado Oxidação com peróxido Ozonização Oxidação UV/peróxido Remoção de fósforo Eletrocoagulação/floculação Eletrólise Desinfecção Aeróbio Anaeróbio MBBR (2) SBRLodo ativado por bateladas MBRBiorreator a membrana MABR (3) Biodisco Remoção de nutrientes (N e P)
Microfiltração, ultrafiltração e nanofiltr. Osmose reversa Soprador/compressor Aerador mecânico Difusor Skid com bags Skid com filtro-prensa Skid com centrífuga
Sopradores e aeradores Estações compactas Aproveitamento de água de chuva Tratamento de água cinza Sistema de reúso de água
Membranas Desaguamento de lodo Locação de estações Sistemas móveis de tratamento
Empresa / telefone / e-mail
Tratamento preliminar Sistema físico-químico Sistema biológico
Tera Ambiental (11) 99616-4568 contato@teraambiental.com.br
Tinamma (11) 98331-6088 contato@tinamma.com.br
Verlag (54) 99974-5249 verlag@verlag.com.br
Vogelsang (51) 99550-8282 contato@vogelsang.com.br
Water Warehouse (21) 98835-9548 info@waterwarehouse.com.br
Unidade compacta de pré-tratamento (1) Precipitação de metais Oxidação de cianetos Redução de cromo hexavalente Adsorção em carv ão ativado Oxidação com peróxido Ozonização Oxidação UV/peróxido Remoção de fósforo Eletrocoagulação/floculação Eletrólise Desinfecção Aeróbio Anaeróbio MBBR (2) SBRLodo ativado por bateladas MBRBiorreator a membrana MABR (3) Biodisco Remoção de nutrientes (N e P)
Sopradores e aeradores Estações compactas Aproveitamento de água de chuva Tratamento de água cinza Sistema de reúso de água
Remoção de gordura Remoção de areia Filtro de disco Peneira (estática e rotativa) Separador água/óleo Microfiltração, ultrafiltração e nanofiltr. Osmose reversa Soprador/compressor Aerador mecânico Difusor Skid com bags Skid com filtro-prensa Skid com centrífuga
Membranas Desaguamento de lodo Locação de estações Sistemas móveis de tratamento
(1) Gordura, areia e peneira; (2) Biorreator de leito móvel com biofilme; (3) Biofilme fixo aerado com membrana
Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 396 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Hydro, novembro e dezembro de 2022. Este e muitos outros Guias HY estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/hydro e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
Sistemas prediais
Testes de estanqueidade em tubulações de água fria e quente – Parte 2
Profª. Dra. Lúcia Helena de Oliveira, do Departamento de Engenharia de Construção Civil da EPUSP
Esta segunda parte do artigo apresenta os resultados de testes de estanqueidade em tubulações de água fria e quente executados em campo, considerando as premissas estabelecidas nas normas técnicas de sistemas prediais. O objetivo é verificar as dificuldades encontradas, indicar soluções e avaliar a confiabilidade de tais testes.
Anorma de sistemas prediais de água fria e quente e a norma de desempenho recomendam que o teste de estanqueidade do sistema de água quente seja realizado com água em temperaturas a 80ºC e 70ºC respectivamente, o que incorre em maiores custos e maiores dificuldades. Essa prática é confiável? Ela melhora a previsibilidade dos resultados? A primeira parte deste artigo (publicado na última edição) abordou os critérios de desempenho e os métodos de verificação, concluindo-se que eles precisam ser aprimorados, uma vez que as normas técnicas não são suficientemente claras e necessitam de atualização. A segunda parte, aqui apresentada, aborda os resultados obtidos em campo por meio da aplicação dos critérios e métodos de verificação já descritos.
Verificação dos testes de estanqueidade em campo
O primeiro caso foi averiguado em unidades de um edifício multifamiliar,
com o intuito de apresentar as dificuldades encontradas bem como as soluções adotadas. Em seguida, são relatados os resultados de diversos testes em tubulações de sistemas de água quente, executados primeiramente com água em temperatura ambiente e depois com água aquecida, para verificar se existem diferenças entre os resultados.
Teste de estanqueidade de sistema de água quente sem ramal de recirculação
O teste de estanqueidade descrito nesse item foi realizado nas tubulações das unidades de um edifício residencial construído na cidade de São Paulo em 2018. As unidades em questão possuem um sistema de aquecimento central privado, preparado para a instalação de um aquecedor de passagem e sem tubulações de recirculação. Cada unidade conta com dois banheiros nas suítes e um lavabo próximo à sala. Além disso, conta com uma cozinha e área de serviço (onde o aque-
Ramal 2 Ramal 1
Ramal 3
Chuveiro banheiro 1 Chuveiro banheiro 2 Pia da cozinha Lavatório banheiro 2 Lavatório banheiro 1
Fig. 1 -
cedor será instalado futuramente). As tubulações são do tipo PEX distribuídas para cada ambiente por um manifold De acordo com o fabricante, os tubos atendem tanto as normas brasileiras quanto internacionais. Observa-se que esses testes foram conduzidos antes da atualização da norma ABNT NBR 5626:2020, logo a temperatura de teste foi de 70ºC e não de 80ºC, devido à exigência da norma ABNT NBR 15575-6:2021.
A figura 1 apresenta o projeto de tubulação das unidades onde o teste de estanqueidade do sistema de água quente foi realizado. As setas vermelhas representam o sentido do escoamento da água durante a fase de uso e operação.
O sistema foi projetado sem tubulações de recirculação, o que dificulta
a execução do teste. Por isso, foi necessário instalar tubulações externas e provisórias para permitir o fluxo da água durante o teste. Considerando que todos os ramais e sub-ramais necessitam ser testados em temperaturas superiores a 70ºC, o circuito provisório foi projetado considerando o fluxograma da figura 2.
A figura 3 mostra o sistema de aquecimento instalado para a execução do teste e a figura 4 mostra os ramais provisórios instalados para permitir a recirculação de água durante o teste.
Logo no início foi verificado que a pressão de teste apresentava uma queda brusca no final da pressurização. A fim de confirmar que essa queda de pressão era uma característica das tubulações instaladas, foram con-
duzidos testes de prova de conceito em tubulações não instaladas no sistema para verificar se não havia erros de procedimento ou vazamentos não visíveis. Mesmo nessas condições, a queda de pressão ocorria, sem a presença de vazamentos.
Após essa constatação, o ar de todas as tubulações embutidas foi purgado antes do início do teste, realizado tanto com água em temperatura ambiente como aquecida a 70ºC. Todos os trechos foram inspecionados e nenhum vazamento foi encontrado.
A pressão de teste inicial, de 600 kPa, sofreu uma queda para, aproximadamente, 400 kPa logo após o término da pressurização.
O teste foi conduzido em diversos outros sistemas, inclusive de outras
Ramal 2 Ramal 1
Ramal 3
Chuveiro banheiro 1 Chuveiro banheiro 2 Pia da cozinha Lavatório banheiro 2 Lavatório banheiro 1
Fig. 2
Sistemas prediais
edificações, que utilizam o mesmo tipo de material, inclusive do mesmo fabricante. Porém, este fenômeno ocorreu apenas em alguns casos e não se restringiu a um único fabricante, demonstrando que o fenômeno ocorre mesmo sem a presença de vazamentos e que os materiais possuem características diferentes entre si.
Análise de testes com água em temperatura ambiente e aquecida
Para verificar se o teste com água aquecida é um critério mais preciso para a avaliação do requisito de estanqueidade, foram conduzidos testes em colunas de distribuição e ramais de cinco edifícios residenciais entre 2018 e 2020. Todas as tubulações avaliadas foram previamente testadas com água na temperatura ambiente e não apresentaram falhas durante o teste de estanqueidade. Após essa etapa foram conduzidos testes com água aquecida, buscando alcançar a temperatura de 70ºC, uma vez que a norma ABNT NBR 15575-6:2021 recomenda essa temperatura para
Edifício ColunasMaterial Temperatura de teste Observação
1/10, 2/10, 3/10 e 4/10 e 10/10
A
Cobre70oC
5/10Cobre70oC
6/10, 7/10 e 8/10Cobre60oC
Sem falhas
Falha na junta de dilatação devido a danos ao componente a 50oC
Não foi possível alcançar 70oC devido às perdas térmicas da tubulação 9/10Cobre70oC Falha na solda da conexão do ramal a 40oC
B 1/2Cobre70oC Falha na solda da conexão Tê do ramal a 60oC 2/2Cobre70oC Sem falhas
C 1/2 e 2/2PPR70oC Sem falhas
Ramais (54 unidades) PPR70 oC Sem falhas
D 1/3Cobre70oC
Falha na solda da conexão do ramal a 50oC
Não foi possível alcançar 70oC devido às perdas térmicas da tubulação 3/3Cobre70oC
2/3Cobre65oC
Sem falhas
ERamais (32 unidades)PEX80oC Sem falhas Fonte: Resumido de [6]
o teste e a norma ABNT NBR 5626:2020 ainda não havia entrado em vigência.
Os resultados apresentados na tabela I mostram que houve uma ocorrência significativa de vazamentos nos testes conduzidos, o que significa que o comportamento das conexões e acoplamentos foi influenciado pelo aumento da temperatura da água. Observa-se que os vazamentos concentraram-se em conexões de tubulações de cobre, porém, em função da pequena amostragem de sistemas
de tubulações plásticas, o resultado é inconclusivo e requer mais estudos sobre o assunto.
Ao mesmo tempo, nos testes de estanqueidade do sistema do edifício C (tabela I), que empregou tubos de PPR como material, verificou-se que as colunas de distribuição apresentaram uma deformação considerável durante e após os testes. Essa deformação ocorreu devido à dilatação térmica dos materiais, cuja movimentação não foi absorvida pelas liras executadas na tubulação (figura 5).
Nota-se também que, em alguns dos casos, não foi possível alcançar a temperatura de ensaio devido às perdas térmicas das colunas de distribuição, que deveriam possuir isolamento térmico, porém, houve falhas na aplicação em algumas das colunas.
Patologias latentes e vícios ocultos
Fig. 5 - Colunas de distribuição após teste de estanqueidade com deformações devido à dilatação térmica dos materiais. Fonte: [6]
Mesmo que os testes sejam executados de maneira corre ta, é possível que patologias surjam ao longo da operação da edificação. Nessa categoria se enquadram, prin cipalmente, os vícios ocultos, que são oriundos das etapas de construção ou
de projeto e que incorrem em perda de desempenho gradual da estanquei dade do sistema de tubulação de água. Um exemplo desse tipo de patologia é a ocorrência de corrosão dos materiais que pode vir a ocorrer de-
vido à exposição das tubulações a intempéries ou por meio de práticas de execução inadequadas. Em um estudo de caso relatado na literatura, verificou-se a presença de diversos vazamentos em tubulações de cobre de um sistema de combate a incêndio por chuveiros automáticos que foram causados por práticas inadequadas de execução [5].
Os vazamentos tiveram origem em procedimentos de execução e insumos inadequados, em que as tubulações não foram soldadas com pasta de soldagem hidrossolúvel e não foram submetidas ao procedimento de limpeza interna das tubulações, após o processo de solda. A combinação desses fatores com o depósito de resíduos de metais, oriundos do processo de execução da tubulação, impediu a formação de uma
Sistemas prediais
camada de óxidos protetores na superfície interna das tubulações. Assim, a corrosão iniciouse nas superfícies internas do tubo e geraram pites de corrosão que causaram a perda da estanqueidade após o início da operação da edificação.
O mesmo fenômeno ocorre nas tubulações de cobre do sistema de água quente das unidades do edifício estudado, conforme ilustrado nas figuras 6 e 7.
de flexão consideráveis, tanto no sentido vertical quanto horizontal, conforme ilustrado na figura 8.
Após a verificação das tubulações, observou-se que a flexão vertical ocorreu devido a erros no comprimento da tubulação do ramal da tubulação de PEX que deriva do cavalete. A flecha no sentido horizontal ocorreu devido a erros no componente
Nesse caso, uma vez que o teste foi realizado antes da formação de pites perfurantes, o sistema foi testado e aprovado, porém, deixou de apresentar estanqueidade poucos meses após sua entrega. Nota-se que essa patologia não é passível de inspeção visual, uma vez que o fenômeno tem origem na superfície interna dos tubos e só pode ser identificada após sua manifestação.
Outro caso é a ruptura dos tubos devido a solicitações dinâmicas do sistema, a exemplo de esforços decorrentes do fluxo de água em tubulações pela dilatação térmica dos materiais ou pelos esforços mecânicos do sistema – resultado da fixação inadequada ou mesmo erros no traçado das tubulações.
Esse tipo de vício construtivo foi observado em um edifício multifamiliar na cidade de Guarulhos (SP). Neste caso, o material das tubulações in-
ternas das unidades era o PEX monocamada e o material das tubulações dos cavaletes dos hidrômetros, externos às unidades, era de PVC soldável. Os testes de estanqueidade foram executados, porém, após a entrega das unidades os moradores começaram a relatar a ocorrência de vazamentos nos cavaletes. Após verificação, notou-se que as tubulações apresentavam flechas
de fixação dos tubos, que possuía um braço mais longo que o necessário. Os vícios construtivos estão demonstrados nas figuras 9 e 10.
Devido ao menor comprimento dos tubos PEX, as tubulações de PVC foram forçadas no sentido vertical ao ser instaladas, o que causou uma flecha no sentido vertical. Devido ao braço da fixação mais longo, a tubulação instalada foi forçada na horizontal, o
Sistemas prediais
Fig. 10 - Causa da flexão horizontal demonstrada em projeto.
Fonte: Autor
que incorreu na formação de uma flecha horizontal. Os danos causados pelas flexões das tubulações não ocorreram instantaneamente, logo, a estanqueidade do sistema foi testada e aprovada durante a fase de execução.
Após a entrega das unidades, vazamentos começaram a surgir gradualmente nas conexões durante os primeiros meses de ocupação. Eles ocorreram, em maior ou menor grau, em todas as unidades. A figura 11 mostra um exemplo dos danos ocorridos em uma das conexões.
Fig. 11 - União roscada danificada devido a esforços inadequados.
Fonte: Autor
Durante a verificação, foi relatado que as tubulações PEX dos ramais, os cavaletes de PVC e as fixações das tubulações foram pré-fabricados fora do canteiro de obras e fornecidas em conjuntos pré-montados para prover maior produtividade durante a execução das tubulações. De maneira geral, o vício construtivo ocorreu, principalmente, devido à falta de tolerância dimensional na montagem dos conjuntos em obra, o que não permitiu flexibilidade e absorção das variações da instalação. Após a avaliação do sistema, a construtora decidiu por executar novamente todas as tubulações dos cavaletes e suas fixações para sanar as patologias.
Conclusão
Respondendo à pergunta apresentada inicialmente, os critérios de desempenho e métodos de verificação da
estanqueidade das tubulações são confiáveis para verificar diversas patologias que se manifestam, como vazamentos, porém, não permitem a verificação de patologias de caráter latente. Ao mesmo tempo, eles são a maneira mais eficien te e segura de identificar vícios e falhas de estanqueidade, o que reduz consideravelmente os custos de assistência técnica e aumentam a satisfação dos usuários.
No caso específico dos sistemas de água quente, o estabelecimento de um critério de desempenho em que a temperatura da água durante o teste seja igual ou su perior a 70ºC também apresentou resultados mais próximos ao comportamento real. O mesmo deve ocorrer com uma temperatura de 80ºC, conforme recomendado na norma ABNT NBR 5626:2020. Mesmo assim, o aumen to da complexidade dos testes e seus custos precisam ser considerados, uma vez que os impactos técnicos e financeiros são significativos. Sugere-se que mais estudos sejam realizados, considerando os aspectos econômicos, para determinação da eficiência dessa medida.
Referências
[1] ABNT NBR 5626: Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro. 2020.
[2] ABNT NBR 7198: Projeto e execução de instalações prediais de água quente Rio de Janeiro. 1993.
[3] ABNT NBR 15345: Instalação predial de tubos e conexões de cobre e ligas de cobre – Procedimento. Rio de Janeiro. 2013.
[4] ABNT NBR 15575-6: Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 6: Sistemas Hidrossanitários. Rio de Janeiro. 2021.
[5] Marangoni, L.D.M.; Oliveira, L. H. de. Análise de patolologia em sistemas prediais de chuveiros automáticos com tubos de cobre. In: Simpósio Nacional de Sistemas Prediais, 2., 2021. Anais [...]. Porto Alegre: ANTAC, 2021. DOI: 10.46421/sispred.v2i.1078. Disponível em: https://eventos.antac.org.br/index.php/sispred/article/view/1078. Acesso em: 11 fev. 2022.
[6] Yamada, M.A.F. Comissionamento de sistemas prediais de água quente. Dissertação (Mestrado). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo. 2021.
[7]
ABNT NBR 15813–3: Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria – Parte 3: Tubos de polipropileno copolímero random PP–R e PP–RCT – Montagem, instalação, armaze namento e manuseio. 2018.
[8]
[9]
ABNT NBR 15884–3: Sistemas de tubulações plásticas para insta lações prediais de água quente e fria - Policloreto de vinila clorado (CPVC) – Parte 3: Tubos – Montagem, instalação, armazenamento e manuseio. 2010.
ABNT NBR 15939-3 Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria - Polietileno Reticulado (PE-X). Parte 3: Procedimentos para instalação. 2011.
[10] ABNT NBR 16057: Sistema de aquecimento de água a gás - Projeto e instalação. 2012.
[11] Initiative Copper. Pressure Testing of Piping Systems. Mar./2003. https://copperplumbing.org.uk/sites/default/files/content_attachments/ pressure-testing-piping-systems_1.pdf.
Redução de perdas
Detecção de vazamentos utilizando o gás hélio
Um dos maiores problemas dos sistemas de abastecimento de água são as perdas, que são representadas pelos volumes de água retirados dos mananciais subtraídos dos volumes medidos nos hidrômetros.
As perdas de água nos sistemas de abastecimento são significativas. Tecnologias tradicionais não são suficientes para rastrear vazamentos mais sensíveis. Novas ferramentas devem ser incorporadas para aumentar a eficiência das buscas por vazamento. O uso de hélio como gás traçador é uma tendência que vem trazendo resultados importantes.
Um grande volume de água é perdido, gerando, assim, desperdício de energia elétrica principalmente nas etapas de bombeamento e tratamento da água.
Hoje em dia, é possível encontrar uma ampla variedade de sistemas de detecção de vazamentos em rede de distribuição de água. As tecnologias mais comuns são baseadas em sistemas acústicos, mas a experiência mostra que elas podem levar a imprecisões devido à interferência com ruído externo, baixa pressão na rede, uso de tubulação de plástico e limitação do princípio físico da propagação do som, insuficiente para detectar sons produzidos por vazamento de água. Diversos estudos empíricos mostram que pelo menos 30% dos vazamentos não são localizados utilizando apenas sistemas acústicos.
Outros sistemas de detecção de vazamentos existentes precisam ser estudados. A tecnologia de gás traçador
vem apresentando resultados eficientes e com grande assertividade.
Princípios do gás
A solubilidade do gás depende da temperatura, pressão e composição da água.
A quantidade de uma substância que pode ser dissolvida em uma determinada quantidade de solvente, em condições de temperatura e pressão estabelecidas, é representada pelo valor de solubilidade proposto pela equação de Henry:
Caq = H · Pgas (1)
• Pgas = pressão parcial do gás no estágio em contato com a água;
• Caq = concentração do balanço de gás em água exposta à pressão parcial de gás Pgas; e
• H = constante proporcional, depende da temperatura e é diferente para cada gás.
O gás traçador, quando dissolvido, flui como parte do líquido dentro do tubo. Em caso de vazamento, a água rastreada sairá do tubo, encharcando o
Fig. 1 – Etapas do sistema de identificação de vazamentos
terreno circundante. Neste momento, a dessorção de gás acontece do líquido em direção à atmosfera. Agora, em estágio de gás, por poros existentes no piso térreo, atinge a superfície e será detectado usando um sensor especializado altamente sensível. As etapas estão esquematizadas na figura 1.
Para esse procedimento, o gás escolhido é o hélio. Os critérios de seleção estão descritos abaixo:
• Dutos sob investigação transportam água potável, portanto, o traçador de gases dissolvidos no fluxo deve ser inofensivo ao ser humano e não perturbar as principais propriedades organolépticas (incolores, inodoras e insípidas), evitando reclamações de clientes.
• O hélio não reage quimicamente com qualquer outro elemento conhecido. Por isso, não gera nenhum composto ou migração dentro da tubulação.
• A concentração na atmosfera do gás traçador deve ser pequena porque o gradiente de concentração deve ser diferente de zero, o que torna possível o processo de difusão. Além disso, quando o gás chega à superfície, pode ser facilmente detectado. A concentração da atmosfera de hélio é de 5,2 ppm.
• O hélio é um gás não inflamável e não precisa ser misturado a outros elementos durante a fase de injeção.
• O processo de dessorção dura cinco ou seis dias, tempo suficiente para detectar todos os vazamentos.
Sistemas baseados em gases traçadores (hélio) apresentam melhor desem penho que os acústicos, uma vez que não possuem limitações derivadas do princípio físico da propagação do som.
No estudo foi analisado o iDROLOC, sistema de detecção de vazamentos que utiliza um gás traçador, sem inter-
rupção do serviço de água. É útil tanto para a detecção de vazamentos de água em tubulações de longa distância e de grande diâmetro quanto em pequenos tubos de distribuição e conexões em ambientes urbanos (figura 2).
Ele oferece uma alternativa mais precisa e eficaz aos métodos acústicos convencionais, detectando vazamentos que não são percebidos pelo último sistema mencionado.
Ele opera com base em duas premissas: o hélio é mais leve que o ar, e por isso, tende a subir naturalmente à superfície; e a concentração de hélio na atmosfera tem um valor constante.
Redução de perdas
O princípio que permite este equipamento funcionar consiste em injetar hélio na rede de distribuição de água a montante da zona de inspeção.
O hélio é diluído na água que o transporta. No local do vazamento, a água que vazou impregna o solo e o hélio é liberado devido à dessorção, atingindo a superfície do solo e propagando-se em direção ao ar, dependendo da porosidade do solo.
Durante o processo de detecção, a rede é supervisionada usando um sistema automático que coleta amostras de ar extraído da superfície do solo, sob o qual o duto é instalado.
O sistema de detecção versátil e eficiente pode ser aplicado na maioria das situações: redes de transporte de água, redes de distribuição, conexões domésticas, material plástico e/ou tubos de baixa pressurização. Com uma boa relação desempenho/preço, é possível aumentar sua faixa de aplicação. É adequado tanto em tubulações em serviço sem parar o fluxo de água ou em tubulações vazias (recém-instaladas ou desconectadas) por meio de uma mistura de hélio e ar.
O equipamento fornece informações valiosas adicionais onde os sistemas acústicos não são bem-sucedidos, como em tubulações de plástico, vazamentos encharcados de água (ausência de ruído), saídas de rede e descontinuidades no sistema devido à existência de copos não registrados.
Também fornece informações úteis sobre o setor hidráulico, bem como sobre elementos desconhecidos da rede, como válvulas enterradas, entradas ilegais e outras circunstâncias que podem levar à redução significativa de custos para as unidades de negócios.
O produto é focado no desenvolvimento de operações, melhorando as técnicas em campo. Oferece um salto qualitativo para mudar os recursos
do operador, bem como as condições de trabalho. Não se espera que acabe substituindo totalmente os sistemas acústicos existentes, mas sua introdução progressiva fará com que ela ganhe participação de mercado, reputação e aceitação entre os profissionais.
Metodologia
Para verificar a eficiências da tecnologia, o equipamento foi utilizado na região da Chácara Flora, zona sul de São Paulo. A extensão da rede pesquisada é de 10.287 km.
Para garantir que o gás hélio fosse transportado como o fluido ao longo do interior do tubo, a injeção foi realizada com um difusor especial. Isso produziu microbolhas e aumentou a superfície de contato entre o hélio e a água, melhorando a dissolução.
Todo o desempenho consistiu em três processos principais: primeiro, a injeção foi realizada para dissolver o gás traçador na rede de distribuição; em seguida, um processo de amostragem foi realizado; e, finalmente, a detecção de gás ocorreu.
1a fase – A injeção foi realizada com um difusor específico capaz de injetar hélio diretamente no fluxo de água. O dispositivo garantiu uma rápida dissolução do hélio com amplo escopo de aplicação, já que a dissolução do gás é obtida mesmo sob condições de baixa pressão.
2a fase - Uma vez concluída a injeção de hélio na tubulação, foi necessário garantir que a dissolução do gás fosse homogênea ao longo de toda a rede a ser inspecionada. Nesse sentido, um teste de amostragem ocorreu em todos os elementos alcançáveis da rede. 3a fase - Após a dessorção de gás, foram detectados os vazamentos.
A operação de perfuração realizou um buraco quase imperceptível no
pavimento para perfurar a superfície asfáltica/de concreto, impulsionando o equipamento para retirar a amostra de gás do chão. O processo é realizado por um atuador linear controlado pelo PLC, que executa vários movimentos: centraliza a perfuratriz, perfura e volta à posição original.
Subsequentemente, o equipamento ativa o mecanismo do bloco de sucção, fazendo com que ele fique no furo, sugando o ar contido para análise posterior. As amostras fluem através de vários filtros e, uma vez preparadas, são aspiradas para análise.
A concentração de hélio foi previamente definida no analisador de gás e, em seguida, as amostras foram verificadas com o valor de referência. Como a concentração de hélio é constante, este será o valor da tara. Em caso de vazamento, o valor da concentração de hélio sobe acima do valor de referência e fornece uma resposta imediata no analisador de gás, emitindo um apito cada vez mais agudo à medida que a concentração encontrada na amostra aumenta.
Resultados e discussão
A pesquisa de vazamento foi realizada em dois setores do bairro da Chácara Flora, São Paulo, em abril de 2018. Setor 1: Alonso Medina e Setor 2: Zona Alta.
No Setor 1, a pesquisa foi feita em 6,9 km e foram dedicados três dias de pesquisa com o equipamento. Foram encontrados cinco vazamentos.
No Setor 2, a pesquisa foi feita em 3,3 km e foram dedicados dois dias de pesquisa. Foram encontrados dois vazamentos.
Em um total de 10,3 km foram encontrados sete vazamentos, resultando em uma média de 0,68 vazamentos/km.
A média de vazamentos encontrados nos mesmos setores utilizando apenas tecnologias tradicionais, de maio de 2016 a maio de 2017, foi de 0,31 vazamentos/km.
A média dos resultados encontrados com o equipamento representa mais que o dobro de vazamentos identificados com as tecnologias tradicionais.
Conclusões
Não existem sistemas de abastecimento sem perdas, porém os sistemas brasileiros de abastecimento atuais possuem baixa eficiência, com uma média nacional de perdas acima de 38%.
As empresas responsáveis por esses sistemas de abastecimento já perceberam a importância da recuperação de perdas. A melhoria da eficiência
da distribuição tem um valor agregado considerável, à medida que:
• O volume faturado de água aumenta. Perdendo menos volume de água para o sistema, é possível fornecer mais água para o consumidor final.
• Setores que sofrem com falta d’água, podem ter esse problema minimizado, já que o volume final ofertado é maior.
• Projetos de ampliação de estações de tratamento de água podem ser adiados, já que com a melhoria da eficiência é possível atender os consumidores finais, mesmo com o crescimento vegetativo.
Com a análise dos resultados, percebeu-se que os métodos tradicionais de pesquisa de vazamento de água trazem bons resultados, ajudando a minimizar essas perdas. Entretanto, novas tecnologias estão ganhando força no mercado, trazendo benefícios tanto
para as empresas responsáveis por esses sistemas de abastecimento quanto para o consumidor final.
Referências
[1] Gomes, H.P. Sistemas de Bombeamento. Eficiência Energética. 1a Ed. João Pessoa: Editora Universitária - UFPB, 2009.
[2] Guanais, A.L.R.; Cohim, E.B.; Medeiros, D. L. Avaliação energética de um sistema integra do de abastecimento de água. Eng. Sanit. Ambiental, Rio de Janeiro, 2017.
[3] Organização das Nações Unidas. The United Nations World Water Development Report 2015: water for a sustainable world. 2015.
[4] Pereira, J.A.R.; Conduru, M.T. Abastecimento de Água: Informação para Eficiência Hidroenergética. João Pessoa: UFPB, 2014.
[5] Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Diagnóstico dos serviços de água e esgotos. Ministério das Cidades Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental.
Manutenção
Operação otimizada de sistema de coleta de esgotos
A operação de sistemas coletores de esgoto pode apresentar diversos problemas ao longo da sua vida útil, como falhas estruturais, assoreamento, corrosão, erosão, escoamento aerado, extravasamento e refluxo. Mas é possível identificar esses riscos durante as inspeções periódicas da rede e programar reabilitações e desobstruções da infraestrutura com maior precisão e assertividade. Veja como.
Aoperação da rede de coleta de esgoto visa manter o desempenho do sistema por meio de rotinas de limpeza e inspeções; já a manutenção está relacionada ao reparo, reabilitação ou substituição da infraestrutura. Assim constituem procedimentos de operação as ações de inspeção e limpeza de coletores, que por sua vez geram demandas para a manutenção, que se somam à rotina de desobstruções das tubulações.
Os trechos a serem inspecionados devem ser selecionados em função dos riscos associados às características da infraestrutura de coleta.
Pouco se tem dito, uma vez instalado o sistema de coleta de esgotos, de como lidar com os principais problemas no dia a dia da operação. Este trabalho tem como objetivo cobrir esta lacuna.
Metodologia para abordagem
Inicialmente devem ser obtidas informações técnicas sobre o sistema, como os cadastros técnico e comercial e dados relativos às ocorrências nos coletores nos últimos 12 meses.
Com as informações cadastrais de cada trecho, simulando uma operação a meia seção, é possível a classificação de risco para assoreamento, septicidade, erosão e escoamento aerado.
Com as informações relativas às ocorrências, idade das redes e materiais, é possível uma classificação quanto ao risco estrutural.
Para o risco de extravasamento e refluxo de esgoto, são cruzadas as informações das ocorrências em época de chuvas com dados de intensidades pluviométricas.
Riscos Assoreamento
É avaliado em função da velocidade de escoamento, onde em algum período do dia deveria possibilitar o arraste do material acumulado em horário de menor vazão.
Desta forma, para a construção da matriz de risco, serão consideradas quatro categorias de risco:
• Grau máximo: para trechos de rede com declividade invertida;
• Grau elevado: para trechos que não atendem ao critério de autolimpeza
Declividade (m/m)
Invertida
Invertida InvertidaMáximo
0 a 0,0030 a 0,0070 a 0,0020 a 0,0050 a 0,0010 a 0,003 Elevado 0,003 a 0,0060,007 a 0,0150,002 a 0,0040,005 a 0,0100,001 a 0,0020,003 a 0,006 Moderado > 0,006> 0,015> 0,004> 0,010> 0,002> 0,006 Baixo
(velocidade de escoamento menor que 0,6 m/s);
• Grau moderado: para trechos cuja declividade possibilita uma velocidade entre 0,6 e 1,2 m/s;
• Grau baixo: para trechos cuja declividade possibilita velocidades acima de 1,2 m/s.
A equação base para definição do risco de assoreamento será representada pela equação de Gauckler-Manning-Strickler [2]:
em que:
• Q = vazão em m³/s;
• K = coeficiente de Strickler em m¹/²/s;
• A = seção de escoamento em m²;
• i = declividade em m/m.
Adaptando a equação, definimos as declividades mínimas capazes de garantir as velocidades limites de cada faixa de risco:
em que:
• V = Velocidade de escoamento em m/s;
• k = Coeficiente de Strickler para os diversos materiais das tubulações (cerâmico: 80 /s; PVC: 125 /s; concreto: 75 /s; aço: 100 /s; ferro fundido: 70 /s; fibrocimento: 95 /s);
• Rh = Raio hidráulico para meia seção (Ꝋ = 180°).
Através da aplicação das fórmulas, pelos materiais e diâmetros utilizados no Brasil, obtêm-se os resultados das tabelas I e II.
Erosão mecânica
O risco de erosão mecânica está associado a elevadas velocidades de escoamento.
Tab. II - Risco de assoreamento de cimento
Declividade (m/m) Risco de assoreamento Diâmetro 400 mm Diâmetro
Pode afetar a capacidade estrutural de tubulações e poços de visita com a possibilidade de descolamento de materiais provocando obstruções a jusante e infiltrações de esgoto no solo.
Consideramos risco elevado para os trechos onde a velocidade seja superior a 5 m/s; moderada para velocidade entre 3 e 5 m/s; e baixo para velocidades inferiores a 3 m/s conforme tabela III.
Escoamento aerado
Em velocidade extremamente alta, pode ocorrer a mistura do ar com a massa líquida, aumentando a área molhada na tubulação e causando o escoamento bifásico ar e líquido, que possuem propriedades físicas diferentes por serem imiscíveis. As perturbações podem trazer riscos de fissuras nas tubulações e deslocamento de juntas, que crescem ao longo do tempo até provocar colapso.
Assim, em todo trecho de rede com declividade igual ou maior que 0,03 m/m deve ser analisado esse risco. A análise será feita comparando-se a velocidade crítica, que é a velocidade a partir de onde se inicia a mistura ar e água e a velocidade real de escoamento do trecho analisado.
A velocidade crítica é determinada pela equação: em que:
• Rh = raio hidráulico em m;
• g = aceleração da gravidade em m/s².
A velocidade do sistema será determinada por: em que:
• n = coeficiente de manning;
• Rh = raio hidráulico em m;
• i = declividade em m/m.
O escoamento aerado, mesmo para velocidades acima da crítica, ocorre quando a lâmina de água é superior a 50% do diâmetro. Assim, o grau de risco será definido em função da altura da lâmina de água (tabela IV).
Corrosão por septicidade
Está associada à formação de gás sulfídrico. Nos trechos iniciais dos coletores, o esgoto ainda fresco possui concentrações de oxigênio. À medida que escoa no interior da tubulação, vai acentuando o consumo de oxigênio para dissolver a matéria orgânica até ficar sem oxigênio dissolvido, situação favorável à formação de gás sulfídrico. Este gás, associado à umidade, forma o ácido sulfúrico (H2SO4), responsável pela corrosão de concreto, do cimento amianto e dos metais.
A septicidade é bastante recorrente em tubulações a montante de recalque de estações elevatórias pela ausência de arejamento no recalque.
A quantidade de sulfetos presentes nos coletores é determinada pelo in-
Manutenção
dicador proposto por Pomeroy (apud [4], através da fórmula:
em que:
• DBO = demanda biológica de oxigênio em mg/L;
• p = perímetro molhado em m;
• b = largura da superfície molhada em m;
• i = declividade do trecho em m/m; e
• Q = vazão máxima de esgoto em m³/s.
O perímetro molhado e a largura da superfície molhada dependem do ângulo Ø em radianos, que é o ângulo formado pela seção molhada em relação ao centro do tubo. Para seu cálculo usaremos a equação:
O perímetro molhado será fornecido pela fórmula:
Tab. V Risco de corrosão para trechos com i ≥ 0,03 m/m Z (Indicador de concentração de H2S)Risco de corrosão >15.000 Muito elevado 10.000 a 15.000 Elevado 5000 a 10.000 Moderado < 5000 Baixo
Para tubulações de até 300 mm, o risco estrutural terá como base as ocorrências de obstruções registradas ao longo de 12 meses, com espaçamentos sobre a base cadastral, classificando o risco por trecho entre poços de visita, conforme a tabela VI.
Para tubulações com diâmetro acima de 400 mm (tabela VII), deve-se considerar o material de construção e a idade, com destaque para as principais características:
• Coletores de alvenaria: idade elevada, a argamassa utilizada na construção sensível a corrosão.
• Coletores de cimento, cimento amianto e ferro fundido: sensíveis a corrosão por ácido sulfúrico, além dos cloretos.
Tab. VI – Risco estrutural para redes até 300 mm Diâmetros - 150 a 300 mmRisco estrutural Acima de 8 obstruções por anoMáximo 5 a 8 obstruções por ano Elevado 2 a 4 obstruções por anoModerado Até 1 obstrução por ano Baixo
zado equipamento de hidrojateamento para desmonte dos bancos de areia com remoção dos detritos através de equipamento de vácuo.
Material e idade dos coletores ≥ 400 mmRisco
Alvenaria > 100 anos Máximo Cimento, cimento amianto > 50 anos Elevado Cerâmica > 40 anos Moderado PVC/PEAD Baixo
A largura da superfície molhada calculada por:
Assim, a classificação do risco de corrosão terá como base a concentração “Z” de gás sulfídrico conforme tabela V.
Estrutural
Falhas estruturais são responsáveis pelos colapsos e a maioria dos problemas de obstruções. Sendo pouco viável a inspeção periódica completa do sistema, é necessário definir uma metodologia para identificação dos trechos a inspecionar. Obstruções pontuais de coletores são indicadores de problemas estruturais. Porém, coletores de grandes seções, mesmo com problemas estruturais, não apresentam obstruções até o colapso. Assim, a classificação de risco estrutural deve ter metodologias distintas em função dos diâmetros.
• Coletores de cerâmica: resistentes a corrosão, ponto fraco associado ao assentamento negligente, principalmente quanto às juntas deslocadas;
• PVC/PAD: resistentes a corrosão, ponto fraco associado ao assentamento negligente.
Extravasamento e refluxo
É o risco associado à contribuição parasitária de águas pluviais nas redes coletoras de esgoto. Em fortes chuvas, nos trechos de topografia mais plana, ocorre o extravasamento pelos poços de visita e refluxos em imóveis.
De forma a priorizar os trechos de rede a serem investigados, classificamos o risco de extravasamento e refluxo por águas parasitárias em função da intensidade de chuvas, conforme tabela VIII.
Tratamento dos riscos Tratamento para risco de assoreamento
Para a remoção dos detritos depositados ao longo das tubulações é utili-
Para trechos de rede até 300 mm classificados com risco máximo e elevado, a produtividade a considerar é 15 m/h por equipe de equipamento combinado hidrojateamento e vácuo, com periodicidade anual. Para coletores acima de 300 mm, com risco máximo e elevado, deverá ser feita inspeção anual verificando o nível de assoreamento através de batimetria com haste de sondagem.
Tratamento para risco de erosão e escoamento aerado
A abordagem para risco de erosão e escoamento aerado será através de inspeções visuais em poços de visita e por circuito interno de TV nas tubulações nos trechos classificados com risco máximo e elevado, avaliando o estado de tais estruturas, com periodicidade anual.
A produtividade para inspeção é de 20 minutos por poço de visita por equipe considerando os deslocamentos entre trechos.
A produtividade para inspeção através de circuito interno de TV é de 50 m/h, em redes previamente limpas.
Tratamento para risco de corrosão por septicidade
A corrosão afeta principalmente as estruturas de concreto e metálicas. As-
Tab. VIII – Refluxos/extravasamentos de esgotos durante ocorrência de chuva
Grau de intensidade da chuva Risco de refluxo/ extravasamento
sim o risco deve ser mitigado através de inspeções periódi cas. Nos trechos classificados com risco máximo e elevado, as inspeções em poços de visita e elevatórias, bem como através de circuito interno de TV nos trechos de tubulação, serão anuais.
Chuvas fracas até 2,5 mm/h Máximo
Chuvas moderadas de 2,5 a 10 mm/h Elevado
Chuvas fortes de 11 a 50 mm/hModerado
Chuvas violentas > 50 mm/h Baixo
Tratamento para risco estrutural
de visita a jusante do trecho suscetível ao extravasamento até a cabeceira, identificando conexões da rede coletora com galerias de águas pluviais e outras contribuições parasitárias.
Para linhas em materiais metálicos, as inspeções devem ser feitas anual mente, preferencialmente pelo método de memória magnética de metal, capaz de identificar vazamentos, cor rosão e trincas de forma qualitativa.
Para trechos a jusante das linhas de recalque, o poço de lançamento deverá ser objeto de inspeções visuais anuais, juntamente com a inspeção por circuito interno de televisão para trechos em concreto eminentemente a jusante, que servirá de amostra para os trechos subsequentes.
A estratégia baseia-se em inspeções visuais dos poços de visita e filmagens dos trechos classificados com risco máximo e elevado visando a determinação das eventuais patologias existentes.
Para risco máximo, as inspeções devem ser anuais, para risco elevado a cada dois anos.
Tratamento para risco de extravasamento e refluxo
Delimitamos a microbacia drenante para tais trechos críticos e aplicamos a cada três anos injeção de fumaça na rede coletora a partir do poço
Referências
[1] Menezes F.C.M.F e Costa A.R.: Sistemática de Cálculo para o Dimensionamento de Galerias de Águas Pluviais: Uma Abordagem Alternativa. Revista eletrônica de Engenharia Civil, n° 4, o 1, 2012.
[2] M. Saatçi: Sanitary and Storm Sewer Design – A direct Algebraic Solution. Marmara University. Turquia.
[3] Veigas, T.A.P.: Contribuição para a optimização da operação de sistemas de drenagem de águas residuais. 2007. Dissertação (Mestrado em Engenharia do Ambiente) – Universidade Técnica de Lisboa, 2007.
[4] Mendonça S.R: Critério de Projeto para Evitar Formação de Odores nos Coletores de Esgotos de Grande Diâmetros. Revista DAE, n° 142 – 1985.
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Os distribuidores e revendedores são fundamentais para aproximar a oferta do mercado consumidor. O guia traz uma relação de empresas que trabalham com produtos para estações de água e esgoto e sistemas prediais. Divididas por unidades de federação, as empresas podem ser facilmente localizadas pelos clientes e também pelos fabricantes que querem ampliar sua rede de canais no país.
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Válvulas e registros Plástico Metálico Outros Uso doméstico (1) Submersa Indústria em geral (2) Construção civil (3) Submersível
Produtos químicos Equipamentos de combate a incêndio Aquecedores de água (4) Caixas d’água Instrumentos e medidores Ferramentas
Bloqueio e controle de fluxo Controle de pressão De uso predial Outros tipos de válvulas Instalações prediais I nstalações iustriais Saneamento
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Abastecimento
Biblioteca BIM para reservatórios de água tratada
A adoção da metodologia BIM - Building Information Modeling envolve a reorganização da estrutura produtiva da empresa, rompendo com os processos de produção tradicionais e permitindo melhor integração entre as várias disciplinas envolvidas nos projetos. O desafio é a geração e catalogação das informações sobre materiais, máquinas e equipamentos, criando uma biblioteca para ser utilizada na modelagem dos projetos de construção.
Alinhada às culturas organizacionais de trazer melhorias constantes na qualidade dos serviços, através da política de inovação que incentiva o uso de novas tecnologias e o aperfeiçoamento de processos, está a utilização da biblioteca BIMBuilding Information Modeling ou Modelagem de Informação da Construção, voltada à execução direta e indireta de obras e serviços de engenharia, pertencentes a órgãos e entidades da administração pública.
O BIM é um conceito de modelagem que representa digitalmente as características físicas e funcionais de um empreendimento, integrando e compartilhando informações de forma a construir uma base realista para a tomada de decisão durante o ciclo de vida de um projeto. Tradicionalmente, os empreendimentos são projetados em duas dimensões, mas no BIM as informações dispostas abrangem as três dimensões espaciais primárias, além de incorporar informações sobre tempo e custos, entre outras.
O sistema integra os projetos arquitetônicos e paisagístico com os de engenharia estrutural, hidráulica, elétrica, e todos os outros sistemas prediais, garantindo a consistência das disciplinas de projeto. A contraparte administrativa de fluxos financeiros, cronogramas de produção, recursos humanos, compras de materiais e serviços também está integrada ao sistema. Ao longo do processo, o BIM incorpora as alterações necessárias e atualiza todo o banco de dados. Ao fim do projeto, toda a informação é arquivada, gerando um registro histórico completo da obra, o qual será imprescindível na realização de reformas, contratos de seguro, pendências jurídicas e até demolição.
O desenvolvimento de projetos em BIM representa um importante avanço na precisão e integração das diferentes facetas intervenientes nos projetos de engenharia e arquitetura. De imediato, propicia avaliação quanto à eficiência energética da edificação. A médio prazo, pode permitir novos modelos de gestão de custos, com grande potencial para
Abastecimento
contribuir com sua redução e com a melhoria da qualidade do produto e da produtividade do setor da construção.
Em conformidade com o Decreto no 10.306/20, que estabeleceu o uso do sistema BIM para obras públicas, as companhias que iniciam a migração para um processo de transformação digital interno, em geral, devem cumprir as seguintes etapas:
1) Conhecimento do assunto e suas potencialidades.
2) Estudo de diagnóstico da situação das áreas envolvidas, visando a aplicabilidade da metodologia; identificação de quais processos podem ser aprimorados e quais ferramentas podem ser adquiridas.
3) Identificação e planejamento do processo de implementação da nova tecnologia.
4) Nivelamento de conhecimento interno em conjunto com as equipes envolvidas, através de treinamentos e palestras.
5) Desenvolvimento do material necessário para a contratação de projetos utilizando a nova tecnologia.
Como resultado, tem-se a elaboração da biblioteca BIM de componentes parametrizados para o desenvolvimento dos projetos de engenharia.
A biblioteca BIM consiste de um conjunto de elementos tridimensionais, organizados, modelados e parametrizados através de software específico, com o objetivo de obter construções virtuais e atender as seguintes premissas:
• Volumetria compatível com a realidade.
• Informações necessárias para a quantificação automática.
• Características técnicas, que permitam a identificação correta e a exequibilidade do elemento.
• Padronização dos elementos, criando uma identidade unificada do grupo, através de informações não dimensionais, complementares às características tridimensionais dos objetos, como os códigos e descrições.
• Facilidade no manuseio e aplicação dos elementos no processo de projeto em BIM.
• Diminuição no tempo da elaboração do projeto em comparação à tecnologia CAD - Computer Aided-Design. Com o CAD, o objeto principal é o desenho, isto é, a forma desenhada de maneira assistida pelo computador. No BIM, o objeto principal é a informação modelada de forma assistida pelo computador.
Objetivo
O presente trabalho aborda o desenvolvimento de uma biblioteca de elementos paramétricos, cujos atributos foram fundamentados nos padrões existentes numa empresa de
Conhecimento do trabalho
Investigação na empresa de potencialidades
Identificação das partes interessadas
Nivelamento dos conhecimentos
Cursos de aperfeiçoamento
Definição do tipo de projeto
Contratação de empresa especializada no mercado
Identificação dos conjuntos de elementos paramétricos
Identificação de documentação informativa e escolha das informações
Elaboração do termo de referência
Pesquisa de preço
Montagem da contratação
saneamento, como regulamentações, normas técnicas e cadernos de desenhos, a fim de subsidiar os futuros projetos de forma padronizada e eficiente. Aqui será apresentada a constituição de uma biblioteca BIM voltada a projetos de reservação de água em uma empresa de saneamento.
Metodologia
Pensando na implementação da metodologia BIM na área de projetos de saneamento, criou-se um planejamento das etapas a serem cumpridas, sendo a biblioteca uma das partes principais desse processo.
Feita a análise da elegibilidade da área mais adaptável a essa nova tecnologia, verificou-se que os projetos voltados a reservatórios de água se riam a melhor opção, por possuírem um certo padrão em suas geometrias, clareza de conteúdo e pela quantidade de documentos orientativos e padronizados.
No início do processo foi feito o levantamento dos itens que compõem a implantação de um reservatório de água tratada, para que o procedimen-
to de criação pudesse ser facilitado, modelando, assim, cada componente separadamente. Em seguida, realizou-se a separação dos itens, de acordo com cada padrão de reservatório e seus componentes.
Além disso, para que cada item pudesse ser identificado de maneira adequada na biblioteca padrão, foi necessária a sua unificação para a lista geral de modelagem, com base no levanta mento dos desenhos técnicos originais padrão da companhia. Outro ponto a destacar foi uma pré-modelagem conceitual que serviu de base para o melhor entendimento do escopo a ser contratado e detalhado.
A modelagem dos componentes, também chamados de “famílias” dentro do software Revit, foi desenvolvida a partir dos documentos existentes da empresa, entre eles os desenhos téc nicos mencionados (que nortearam a geometria e a parametrização dimen sional), o banco de preços (que serviu de base para estabelecer os parâme tros necessários para a correta quantificação) e alguns projetos de referência (como contexto e subsídio para o planejamento e aplicação dos componen-
tes, visando a melhor usabilidade pelos projetistas futuros que irão usufruir dos elementos criados).
Além da modelagem individual de cada família, foi criada uma lógica (sistema de nomenclatura estruturada para o conjunto de elementos) para facilitar o entendimento do conteúdo e organizar os arquivos de maneira padronizada. A linha de raciocínio foi concebida como um modelo orientativo para ser utilizado em projetos futuros.
Para garantir o melhor fluxo de trabalho foram estabelecidas as seguintes etapas do processo, com o intuito de permitir e incorporar melhorias contínuas:
• Modelagem do protótipo: modelagem de uma amostragem menor para determinação dos padrões gerais.
• Revisão e testes de aplicação: a fim de certificar que as premissas determinadas no lote amostral foram atendidas.
• Modelagem dos demais itens do conjunto: seguindo as premissas dos protótipos já validados.
• Revisão e teste do conjunto: garantir qualidade homogênea do conjunto.
• Inserção das informações adicionais: codificação, descrição e outros.
Abastecimento
Resultados
Para a modelagem de um projeto completo de um Reservatório de Água Tratada (RAT) em BIM foram necessários os seguintes elementos: biblioteca de itens padronizados, portarias padrão e equipamentos hidromecânicos. Esse trabalho traz o início da elaboração do BIM Mandate (plano de execução), que dita as orientações gerais aos projetistas de como utilizar a lógica dos parâmetros criados, a fim de quantificar os elementos por eles utilizados, mantendo a padronização proposta. A iniciativa tem como base ajudar a trazer mais eficiência, precisão e agilidade a longo prazo na elaboração dos orçamentos das obras.
Fig. 2 – Exemplo de showroom dos reservatórios com as válvulas, caixa de válvulas, paredes, entre outros elementos, modelados e organizados. A figura da tabela exemplificada foi retirada do software Revit
Com o programa Revit a modelagem dos objetos do Reservatório de Água Tratada foi possível devido à extração de listas de materiais e quantitativos de elementos projetados. Com a facilidade de quantificar os elementos que foram projetados, foi possível obter uma economia de tempo e mão de obra únicas, que podem ser utilizadas no avanço de etapas de outros projetos.
Após a conclusão dos trabalhos foi elaborado um manual para explicar as lógicas e padrões adotados, a fim de facilitar seu entendimento e uso posterior por futuros projetistas. O manual contemplou temas como padrão de nomenclatura, conteúdo dos arquivos (lista dos elementos modelados), parâmetros dimensionais e/ou geométricos criados nas famílias (como utilizá-los) e os parâmetros não gráficos (códigos, especificações, unidades de medida e demais informações importantes para a quantificação).
Análise dos resultados
Embora aplicado a uma pequena amostra de elementos neste projeto piloto, o novo sistema de informação digital trouxe ganhos de eficiência, assertividade e confiabilidade, uma vez que os objetivos iniciais foram alcançados. Entre os pontos principais do modelo virtual (BIM) ressaltam-se aqueles listados na matriz de SWOT, que identifica forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (figura 3).
Conclusões e recomendações
A aplicação da metodologia BIM consiste na simulação da execução da obra modelada digitalmente, na qual é possível acompanhar cada etapa, analisando os elementos que serão construídos bem como seus custos. Esta metodologia permite viabilizar melhores maneiras para executar e acom-
Forças
• Eficiência na produção do projeto
• Interoperabilidade entre as disciplinas do processo
• Levantamento das quantidades automaticamente e parametricamente
• Melhora na qualidade das análises dos projetos
Oportunidades
• Otimização da comunicação entre as equipes
• Compartilhamento de arquivos em tempo real
• Assertividade nas estimativas dos custos
Fraqueza
• Falta de conhecimento sobre BIM dentro das equipes
• Migrar para BIM sem perder a produtividade
• Processo de adaptação à nova metodologia
panhar a obra, otimizando o tempo destinado à inserção e elaboração de informações para este tipo de tarefa. Em outras palavras, o gerenciamento de tempo e atenção aos gastos serão os pontos principais de controle para que todas as etapas do projeto possam seguir estritamente o que foi previamente planejado. Assim, o serviço se tornará mais prático e “leve”, valorizando os fluxos de trabalho na empresa, além da eficiência obtida em uma construção que segue fielmente os elementos projetados com custos levantados antes do início da obra.
Ainda que este projeto piloto tenha tratado de uma pequena amostra, dado o êxito alcançado, pretende-se continuar o processo de implementação BIM na companhia, vislumbrando a sua aplicação em novos projetos, de forma gradativa e coordenada, mantendo os padrões estabelecidos no projeto inicial.
Referências
[1] Eastman, Chuck; Teicholz, Paul; Sacks, Rafael; Liston, Kathleen. Manual de BIM \u2013 -
Ameaças
• Dificuldade em aceitar a necessidade de mudança de metodologia
• Tempo gasto e valor empenhado
• Não conseguir atingir os objetivos
Um guia de modelagem da informação da construção para arquitetos, engenheiros, gerentes, construtores e incorporadores Alegre: Bookman. 2014.
[2] NTS 18. Elaboração de Projetos – Considerações Gerais. Norma Técnica Sabesp. São Paulo, SP.
[3] Sabesp (2004). Denominação das estruturas do sistema Adutor Metropolitano - Guia para Especificação dos Nomes das Estruturas. São Paulo, SP.
[4] ISO 13567 1:1998. Technical product documentation - Organization and naming of layers for CAD - Part 1: Overview and principles. rue de Varembé, Case postale 56 CH-1211 Geneva 20, Suíça. http://www.iso. org/.
[5] ASBEA. Diretrizes Gerais para Intercambialidade de Projetos em CAD. São Paulo.
[6] NBR 15965-1:2011. Sistema de ção da informação da construção Parte 1: Terminologia e estrutura
[7] Catelani, Wilton Silva. Coletânea Implementação do BIM Para Construtoras e Incorporadoras. Volume 1 - Fundamentos BIM Brasília: CBIC. 2016.
[8] Penn State Architectural Engineering. Building Information Modeling Project Execution Planning Guide. Version 2.1. The Pennsylvania State University, 2011.CBIC.
Conexão
Aproveitamento de água de chuva: critérios para implementação do sistema
Avaliar a viabilidade do aproveitamento de água de chuva é fundamental para o sucesso de um projeto de coleta, tratamento e utilização dessa fonte alternativa. O artigo apresenta alguns critérios de análise de viabilidade técnica e econômica.
Aágua de chuva, de maneira geral, possui boa qualidade para usos industriais, com baixa concentração de sais dissolvidos, sólidos suspensos e microrganismos. Mas, dependendo da região, pode apresentar poluentes em sua composição, captados da atmosfera, principalmente se a precipitação se formar próxima a grandes centros urbanos ou industriais.
Sistema de aproveitamento pluvial
O pH da água da chuva normalmente é neutro, variando de levemente ácido a levemente alcalino (5,8 a 8,6). Sua composição pode ser alterada com compostos químicos presentes no ar, fazendo com que o pH apresente valores mais baixos, aumentando a acidez (chuva ácida), podendo prejudicar plantações e alterar a qualidade dos solos [3].
Avaliar a viabilidade dessa fonte alternativa é fundamental para o sucesso de um projeto de coleta, tratamento e utilização da água de chuva. Este artigo apresenta alguns critérios de análise de viabilidade técnica e econômica para seu aproveitamento.
Critérios de análise
A viabilidade dos projetos de aproveitamento de água de chuva deve considerar critérios técnicos e econômicos (tabela I).
Primeiramente, deve-se conhecer a demanda de água de chuva, isto é, em quais locais ela será aproveitada, e o volume consumido. Em seguida, verifica-se o volume de água de chuva que pode ser coletado por meio da análise da densidade pluviométrica e da área total de coleta para cálculo de capacidade.
Vamos considerar, por exemplo, o aproveitamento em um sistema de
resfriamento, em que o consumo diário é 20 m³/d ou 7300 m³/ano. No ano, a região tem precipitação de 1404 mm. A área de captação é o telhado de um galpão industrial de 20 m de largura por 50 m de comprimento (1000 m²). Nesse cenário, a capacidade de captação seria de 1404 m³/ano (1404 mm/ano x 1000 m²). Portanto, nesse exemplo, a água de chuva supriria apenas 19,2% da demanda.
A sazonalidade das chuvas ao longo do ano deve ser considerada no projeto, pois a disponibilidade da fonte não é constante, podendo haver
excesso em determinada época do ano e falta em outra.
Tab. I – Critérios técnicos e econômicos a serem considerados nos projetos de aproveitamento de água de chuva
Critérios técnicosCritérios econômicos
Locais de consumo da água de chuva (demanda) Custo atual da água
Com base nos critérios da demanda, precipitação e área de coleta, é possível afirmar que o aproveitamento de água de chuva é muito interessante em estabelecimentos que possuem baixo consumo de água, grande área de coleta e situados em regiões com volume de precipitação elevado. Como exemplos de setores com baixo consumo de água e alta área de captação (telhado), podem-se citar galpões logísticos, prédios comerciais, hotéis, shopping centers e algumas indústrias. Uma escola em Marechal Cândido Rondon, PR, reduziu o consumo de água tratada pela concessionária local em 58% por meio da utilização de água de chuva [5]. Em uma indústria de fundição de metais, houve economia de 23,4% no consumo de água potável [3].
Densidade pluviométrica local Custo de tratamento da água da chuva
Área total de coleta Investimento com sistema de captação de água de chuva (Capex)
Frequência e sazonalidade da chuva Despesas com energia elétrica (bombeamento) Retorno do investimento desejado
Outro fator fundamental para a análise econômica é o preço pago pela água, seja ela proveniente da concessionária local ou captada de poço. Em locais em que o custo da água é elevado, os projetos de reutilização ficam atrativos. Do contrário, o investimento na estrutura, tratamento e distribuição da água de chuva pode não compensar.
Conclusão
A água de chuva é uma alternativa real para o cenário de crise hídrica, mas sua utilização depende de uma análise de diferentes critérios técnicos e econômicos. O levantamento adequado dos critérios técnicos é fundamental para a análise econômica do projeto.
De modo geral, estabelecimentos com grande área de coleta, baixo consumo de água e localizados em regiões com elevado volume de precipitação têm a viabilidade técnica e econômica favorável ao aproveitamento pluvial.
Em propriedades que criam suínos e aves, o aproveitamento pluvial pode reduzir o consumo de poços ou fontes naturais em até 50% do total [2].
Critérios econômicos
Em regiões em que o custo do m³ de água tratada é elevado, o aproveitamento pluvial pode gerar economia significativa.
Contudo, a água de chuva, apesar da boa qualidade, pode demandar tratamento antes da utilização. Dessa forma, deve-se contabilizar o custo de tratamento na análise econômica. Apesar de o uso geral não potável não exigir elevada qualidade, recomendam-se, ao menos, a filtração e a desinfecção. A energia elétrica para bombeamento da água coletada também deve ser contabilizada.
Tubulações, reservatório, sistema de desprezamento dos primeiros litros de água, bombas, etc. são exemplos de equipamentos, tanques e acessórios necessários para o projeto de reutilização de água de chuva. O levantamento do investimento é fundamental para verificar o tempo de retorno do projeto.
Quanto maiores a precipitação, a área de coleta e a demanda, menor será o prazo de recuperação do investimento [1]. Fica evidente a necessidade do levantamento adequado dos critérios técnicos para realizar a análise econômica.
Para empresas envolvidas com o compromisso social da sustentabilidade, o payback sobre o investimento em um sistema de recuperação de água da chuva passa a ser secundário em virtude da valorização da marca e eventuais ganhos nas ações comercializadas em bolsas de valores, que proporcionam benefícios mais impactantes do que propriamente a economia com a utilização da água captada.
Contudo, a viabilidade econômica do projeto pode não ser um critério decisivo para a tomada de decisão, tendo em vista o crescente aumento da demanda de água e os benefícios indiretos, como valorização da marca e melhora de índices de sustentabilidade.
Referências
[1] Coscarelli, A.P.F: Aproveitamento da água de chuva para fins não potáveis em uma atividade industrial: estudo de caso de uma edificação construída. Dissertação de Mestrado. Universidade do Estado do Rio de Janeiro –UERJ. Rio de Janeiro, 2010.
[2] Oliveira, P.A.V. et al.: Aproveitamento da Água da Chuva na Produção de Suínos e Aves – Embrapa Suínos e Aves Concórdia. 2012.
[3] Silva, G.: Aproveitamento de água de chuva em um prédio industrial e numa escola pública – Estudo de caso. Tese de doutorado. Universidade de Campinas. Unicamp. 2007.
[4] Sonobe, H. e Bohrer: Reúso em torres de resfriamento. Revista Hydro. Edição Nº 153 Jan./Fev. 2022. Aranda Editora.
[5] Tugoz, J.E., Bertolini, G.R.F. e Brandalise, L. .: Captação e Aproveitamento da Água das Chuvas: O Caminho para uma Escola Sustentável - Revista Gestão Ambiental Sustentabilidade. 2018.
Produtos
Membranas
As membranas Sepuran, da Evonik, são voltadas para o controle de micro-organis mos no tratamento biológico de efluentes e permitem separar gases como o meta no (CH4), nitrogênio (N2) ou hidrogênio (H2).
Site: www.evonik.com.br
Estação de tratamento de efluentes
As ETEs compactas da Fast Indústria oferecem soluções que vão desde o tratamento preliminar do efluente bruto ao reúso da água tratada. Segundo a companhia, a es tação reduz de 20% a 40%, o consumo de coagulantes
para medição de água quente e fria, podendo ser instalado nas posições vertical ou horizontal, vazão nominal de 2,5 e 16 m3/h; e Altair V4, medidor volumétrico com amplo range de medição e altíssima precisão, disponíveis nos diâmetros de ½” a 11/2”. Comercializados no Brasil pela SDB Metering.
Site: www.sdbmetering.com.br
Medição de água
O pipe::scan é um sistema de sensores para monitorar a qualidade da água potável
Dióxido de cloro
A Sabará Químicos e Ingredientes, unidade de negócio do Grupo Sabará, apresenta o Sany-Plus Powder, solução desenvolvida para garantir a formação rápida e prática do dióxido de cloro ativo gerado por meio da mistura de insumos em pó. O produto pode ser aplicado em uma série de processos como oxidante -em ETAs –Estações de Tratamento de Água e ETEs – Estações de Tratamento de Efluentes, tratamento de água de torres de resfriamento, controle na proliferação de algas, remoção de cor e odor, entre outras inúmeras aplicações de desinfecção.
Site: www.sabaraquimicos.com
Hidrômetros sem chumbo
Os hidrômetros ecoCAZt, da Accell Solutions, fabricante e fornecedora de soluções para smart utilities (água, gás e energia), são fabricados em liga metálica livre de chumbo, utilizando composições ternárias de zinco, alumínio e cobre. Apresentam baixo nível de volatilização; não utilizam desoxidantes, inocu lantes ou desgaseificantes; gastam menos energia para fusão das ligas (a temperatu ra é bem mais baixa); e são 100% recicláveis.
Site: www.accellsolutions.com
Gerador de ozônio
e floculantes em relação a processos convencionais.
Site: www.fastindustria.com.br
Hidrômetros
A Diehl Metering, empresa franco-alemã, trabalha com hidrômetros que atendem os requisitos da Portaria 155 do Inmetro. Entre as linhas oferecidas estão a Hydrus, modelo ultrassônico disponível nos diâmetros de 1/2” a 8”; Aries/Auriga, modelo Unijato
em tubulações pressurizadas, inclusive a cor da água. Com capacidade para medir diversos parâmetros de qualidade de água, como turbidez, DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio, DQO – Demanda Química de Oxigênio, nitritos, nitratos, condutividade, temperatura e pressão, o equipamento gera dados de qualidade da água, que po dem ser enviados para qualquer banco de dados central, aceito pela maioria dos protocolos. Comercializado pela Fluid Feeder.
Site: www.fluidfeeder.com.br
Mídia têxtil
O WavTex é um sistema de mídia têxtil da Entex para uso em processos IFAS – Lodo Ativado de Filme Fixo Integrado. A mídia têxtil move-se de forma independente e continuamente no interior do tanque de aeração, num movimento aleatório, garantindo transferência de oxigênio e substrato. Comercializado pela Acemax.
Site: www.acemax.com.br
A Acquozone oferece sistemas de geração de ozônio para locação ou venda. Os equipamentos são compactos e paletizados, fornecidos prontos para uso (plug and play). Apresentam baixo consumo de energia e podem ser monitorados de forma online, com suporte técnico remoto e presencial e armazenamento de dados na nuvem. Entre os princi pais componentes do sistema estão o concentrador de oxigênio, gerador de ozônio e o injetor venturi.
Site: www.acquozone.com.br
Equipamentos – Escrito por Jocélio Souza de Sá, Délvio Franco Bernardes e Juliana Cortez de Sá Camposilvan, o livro Especificação de Motores de Indução Trifásicos (editora Artliber, 232 páginas, www.artliber.com.br) trata da especificação de motores de indução trifásicos de forma bastante prática, porém com embasamento acadêmico. A obra é recomendada para cursos e profissionais que trabalham com motores elétricos, e também pode ser aplicada como um guia de consulta em dissertações ou teses que abordem tais equipamentos.
Segurança hídrica – A GS Inima Samar, concessionária de água e esgoto de Araçatuba, SP, encomendou o estudo Segurança Hídrica no Ribeirão Baguaçu em Araçatuba/SP (21 páginas, https://bit.ly/3DAcgjv). Produzido pela Brava Engenharia em parceria com o IDS – Instituto Democracia e Sustentabilidade, o estudo aponta que
Publicações
no território de mais de 50 mil hectares em que está inserida a sub-bacia hidrográfica do Ribeirão Baguaçu, compreen
dida pelos municípios de Araçatuba, Bilac, Birigui e Coroados, resta apenas 4% da vegetação nativa, sendo que 75% das áreas de proteção ambiental onde corre o Ribeirão Baguaçu e seus afluentes estão degradadas. As mu danças climáticas também contribuem para piorar a situação. Em 2020, o volume de chuvas na região diminuiu 28% comparada à média histórica desde 1984. Entre as recomendações da obra estão identificar áreas prioritárias, fazer planejamento de paisagem para recuperar o manancial, organizar estratégia de comunicação para mobilizar a sociedade e abrir um debate com os entes envolvidos.
Legislação – O livro Os Direitos Humanos à Água e ao Saneamento
(editora Fiocruz, 620 páginas, https:// bit.ly/3zFzUKr) tem a proposta de trazer uma visão ampla sobre a água e o saneamento a partir da lente dos direitos humanos. Escrita por Léo Heller, pesquisador do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas) e ex-relator especial da ONU - Organização das Nações Unidas, a obra é organizada em 13 capítulos, que compõem quatro partes. A primeira é mais focada nos fundamentos dos conceitos, fazendo um apanhado histórico da emergência dos direitos humanos à água e ao saneamento. Já a segunda aborda os macro determinantes, que acabam facilitando a violação des ses direitos humanos.
A terceira é sobre políticas públicas, diretamente relacionadas à realização desses direitos. Por fim, a quarta trata de alguns grupos populacionais mais fortemente vulnerabilizados quanto ao cumprimento desses direitos.
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Opinião
O uso da TI contra o desperdício de água potável no Brasil
Segundo estudo do Ministério do Meio Ambiente, em 2008 o Brasil possuía 12% de toda a água doce do planeta. Por mais que o número impressione, o mito da nossa riqueza hidrográfica precisa ser reexaminado. Uma análise feita pelo instituto de pesquisas Mapbiomas em janeiro de 2021 mostra que cerca de 15% da superfície de água do país secou nos últimos 30 anos. Em 1991, a superfície coberta por água era de 19,7 milhões de hectares. Em 2020, esse espaço baixou a 16,6 milhões de hectares. Não bastasse esse fato, cerca de 40% de toda água potável captada é perdida no país.
De acordo com a ANA - Agência Nacional de Águas e Saneamento, dos 5570 municípios brasileiros, somente 2007 cidades contam simultaneamente com ETAs - Estações de Tratamento de Água e ETEs - Estações de Tratamento de Esgoto. Há, ainda, um déficit de ETARsEstações de Tratamento de Água de Reúso. Um estudo da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro do início de 2022 indica que a região Sudeste contava com somente 16 ETARs em operação.
A superação desse quadro exige uma profunda transformação do setor de saneamento básico brasileiro. Essa jornada inclui a disseminação de soluções de TI que oferecem uma visão preditiva sobre possíveis falhas, permitindo que correções sejam feitas antes da perda de água acontecer.
A moderna planta de tratamento de água é um ambiente industrial OT - Operation Technology que trabalha 24 horas em prol da otimização da produção e
distribuição de recursos hídricos. Nesse modelo, plantas ETA, ETE ou ETAR contam com milhares de sensores IIoT – Industrial Internet of Things implementados em campo e dedicados às mais diversas funções. Cada sensor é um instrumento de medição de fatores como pH, temperatura, vazão e velocidade da água, as condições físicas das paredes dos reservatórios e tubos, o nível da água no reservatório e na tubulação, o estado de funcionamento de filtros e bombas, etc.
Para que a excelência em gestão de recursos hídricos seja atingida, é fundamental integrar em uma única interface de monitoramento informações precisas sobre o universo OT/IoT e, também, as áreas de TI da empresa de saneamento. A meta é obter, ao mesmo tempo, uma visão do todo alinhado com as plataformas administrativas e comerciais da empresa e, quando necessário, chegar ao detalhe do funcionamento de uma bomba de água. Outro diferencial dessa abordagem é a certeza de que alertas serão disparados imediatamente em caso de falhas ou de previsão de falhas, com mensagens enviadas para uma lista de responsáveis, de modo hierárquico.
Estratégias como essas contribuirão para a empresa de saneamento construir evidências de seu alinhamento ao modelo ESG - Environment, Social e Governance, algo cada vez mais crítico para os negócios.
Com ajuda dos serviços da consultoria especializada em automação industrial SE3, os gestores da Potable Water and Sewerage Board de Yucatán, no México, implementaram uma solução de monito-
ramento que gera uma visão preditiva e integrada sobre o heterogêneo ambiente da empresa. Graças a essa solução, foi possível identificar que uma das origens das falhas era o uso de equipamentos eletrônicos, elétricos e mecânicos vulneráveis à água. Isso causava inúmeros incidentes, demandando muita manutenção.
Um outro exemplo é da Aquafin, empresa holandesa que conta com uma solução de monitoramento para controlar suas 2000 estações de fornecimento de água e 318 plantas de tratamento de esgotos. Uma das aplicações mais críticas é a geração de alertas sobre água já utilizada e descartada indevidamente em rios. Por lei, a Aquafin tem 15 minutos para reportar esse fato à Flemish Environmental Society. A empresa usa 30 mil sensores em seus ambientes.
Nos EUA, a Kennedy Industries fornece a várias empresas de saneamento de água do estado de Michigan, dispositivos como bombas, válvulas, sistemas de controle e serviços especializados. A Kennedy Industries utiliza soluções de monitoramento para manter seus equipamentos implementados em estações de tratamento de água funcionando de forma contínua. Os dados coletados online e em tempo real são apresentados em dashboards para as empresas que utilizam suas soluções. Esses painéis de controle informam o status dos ambientes, gerando de forma preditiva alertas que podem evitar problemas como aquecimento de bombas de água ou inundação de instalações.
A água é um tesouro. Reinventar as empresas de saneamento básico é essencial para preservar o presente e o futuro do país. A qualidade de vida de toda a população brasileira depende de que esse setor se digitalize plenamente, otimizando o uso de um recurso cada vez mais escasso.