Hydro - Abril | Maio | Junho - 2021

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RESPIRAMOS ÁGUA

CARTUCHOS E CARCAÇAS


Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

Sumário

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Serviço Guia de sistemas e produtos para filtração Além de filtros industriais, para ponto de entrada e ponto de uso, o levantamento detalha a oferta de sistemas completos utilizando membranas e desmineralizadores, aplicações pós-tratamento com ultravioleta e ozônio, automação e elementos filtrantes.

Especial

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Perfil do Setor de Saneamento 2021 Apesar do sucesso de alguns leilões, como da Cedae no Rio de Janeiro, dados referentes a 2019 evidenciam que as maiores cidades do país entraram no 1º ano da pandemia, em 2020, com déficits de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Sistemas prediais Migração ao sistema de medição individualizada de água em edifícios antigos Estima-se uma redução de até 30% no consumo de água após a implementação da nova modalidade de cobrança. O artigo traz um roteiro que pode ajudar os profissionais a executarem o retrofit nas edificações existentes de forma planejada e segura.

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Serviço Guia de bombas Além dos tipos principais, como centrífugas, submersas e de deslocamento positivo, o levantamento reúne informações como materiais e tipos de instalação, dando um panorama completo e abrangente do mercado.

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Tratamento de água Resinas de troca iônica para remoção de nitrato Com o lançamento de despejos irregulares de esgoto ou uso de soluções simplificadas de disposição, um dos elementos presentes é a amônia, que contamina a água para abastecimento público.

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Serviço Guia de medidores de vazão No guia a seguir podem ser localizados os fornecedores de hidrômetros de vários modelos e tipos de leituras, além de outros tipos de medidores de vazão e instrumentos para sistemas de água e esgoto.

Capa Foto: Shutterstock

Seções Carta ao leitor..................................04

Atendimento ao leitor................55

Notícias................................................06

Publicações.......................................57

Conexão..............................................52

Índice de anunciantes................57

Produtos .............................................54

Agenda.................................................58


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Editorial

Saneamento no Brasil: um longo caminho, mas com boas perspectivas

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o dia 1º de junho foi publicado, no DOU - Diário Oficial da União, o Decreto 10.710/21, que regulamenta o novo Marco Legal do Saneamento (Lei Federal nº 14.026, de 15 de julho de 2020) e estabelece os critérios para comprovação dos contratos em vigor com vistas à universalização dos serviços até dezembro de 2033. O requerimento de comprovação da capacidade econômico-financeira deverá ser apresentado às entidades reguladoras até 31 de dezembro de 2021. O prazo final para as empresas efetuarem a regularização se encerra em 31 de março de 2022. Caso contrário, correm o risco de perderem os negócios. “O decreto representa um passo importante para a superação da ainda vergonhosa dívida social que o saneamento representa no país”, afirma Carlos Eduardo Lima Jorge, presidente da Comissão de Infraestrutura da CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção. De fato, hoje aproximadamente 100 milhões de pessoas não têm acesso à coleta de esgotos, das quais 22 milhões estão nas 100 maiores cidades do Brasil, segundo o ranking de saneamento do Instituto Trata Brasil, estudo elaborado em parceria com a GO Associados, com dados do SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2019. O Brasil ainda não trata metade dos esgotos que gera (49%). Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil, chama atenção para o abismo que cada vez mais separa as cidades nas primeiras e nas últimas posições do ranking. “Vimos com preocupação que os municípios mais bem colocados se mantêm entre os que mais investem, enquanto as cidades que mais precisam evoluir persistem com baixos investimentos em água e esgoto. Se nada mudar, ampliaremos a noção de termos dois ‘Brasis’ ...o dos com e o dos sem saneamento”, afirma. Um outro preocupante indicador é o de perdas, em especial num cenário de Covid-19 e déficit hídrico. O mais novo estudo do Instituto Trata Brasil mostrou que quase 40% de toda água potável captada é desperdiçada, o que representa o volume equivalente a sete vezes o do Cantareira, maior conjunto de reservatórios para abastecimento do Estado de São Paulo. Mesmo considerando apenas os 60% deste total que são de perdas físicas (vazamentos), a quantidade é suficiente para abastecer mais de 63 milhões de brasileiros em um ano, ou 30% da população em 2019. Esse volume seria, portanto, mais que suficiente para levar água aos quase 35 milhões de brasileiros que não possuem acesso nem para lavar as mãos em plena pandemia. A economia também ajudaria a manter mais cheios os rios e reservatórios. Várias localidades passam por uma estiagem prolongada e, de acordo com o ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico, as chuvas em 2021 podem ser as menores dos últimos 91 anos, colocando em alerta os sistemas para abastecimento público e geração de energia. A publicação das novas regras do Decreto 10.710/21, aguardadas há meses pelo mercado, poderá funcionar como uma linha de corte no saneamento, fazendo com que somente as que realmente tiverem capacidade comprovada continuem operando no setor, seja para ampliar os sistemas de tratamento, investir em novas tecnologias ou melhorar a eficiência operacional. E, com isso, tornar o desafio de universalizar os serviços de água e esgoto cada vez mais próximo de se tornar realidade.

Sandra Mogami – Editora sm@arandaeditora.com.br

ARANDA EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA. Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO: Diretor: José Rubens Alves de Souza (in memoriam) Jornalista responsável: Sandra Mogami (MTB 21780) Repórter: Fábio Laudonio (MTB 59526) SECRETÁRIA DE REDAÇÃO E PESQUISAS: Taís Caetano e Milena Venceslau PUBLICIDADE NACIONAL: Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti Contatos: Cibele Tommasini (cibele.tommasini@arandaeditora.com.br), Patricia Santos (patricia.santos@arandaeditora.com.br) e Rodrigo Lima (rodrigo.lima@arandaeditora.com.br) REPRESENTANTES: Minas Gerais: Oswaldo Christo - Rua Wander Rodrigues de Lima, 82, conj. 503 - 30750-160 - Belo Horizonte - Tel./Fax: (31) 3412-7031 Celular: (31) 99975-7031 - oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista - Rua Carlos Dietzsch, 541, conj. 204 - bl. E - 80330-000 - Curitiba-PR - Tel.: (41) 3501-2489 Cel.: (41) 99728-3060 - romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro e interior de São Paulo: Guilherme Carvalho Cel.: (11) 98149-8896 - guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva - Tel.: (11) 2157-0291 Cel.: (11) 98179-9661 - maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES: China: Mr. Weng Jie - Hangzhou Oversea Advertising Ltd 55-3-703 Guan Lane, Hangzhou, Zhejiang 310003, China Tel.: +86 571-87063843, fax: +1 928-752-6886 (retrievable worldwide) ziac@mail.hz.zj.cn Germany: STROBEL VERLAG GmbH & Co. KG - Mr. Peter Hallmann Zur Feldmühle 9-11 - 59821 Arnsberg Tel.: +49 2931 8900-26, fax: +49 2931 8900-38 p.hallmann@strobel-verlag.de Italy: QUAINI Pubblicità - Ms. Graziella Quaini - Via Meloria 7 - 20148 Milan Tel.: +39 2 39216180, fax: +39 2 39217082 - grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation - Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel.: +81-(0)3-3263-5065, fax: +81-(0)3-3234-2064 - aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International - Mr. Young-Seoh Chinn 2nd Fl., ANA Building, 257-1 Myeongil-Dong, Gangdong-gu Seoul 134-070 Tel.: +82 2 481-3411, fax: +82 2 481-3414 - jesmedia@unitel.co.kr Switzerland: Mr. Rico Dormann, Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon Tel.: + 41 1 720-8550, fax: + 41 1 721-1474 beatrice.bernhard@rdormann.ch Taiwan: WORLDWIDE S Services Co. Ltd. - Mr. Robert Yu 11F-B, No 540, Sec. 1, Wen Hsin Road, Taichung Tel.: +886 4 2325-1784, fax: +886 4 2325-2967 - global@acw.com.tw UK: Mr. Edward J. Kania - Robert G Horsfield International Publishers Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks - Derbyshire SK23 6DA Tel.: +44 1663 750 242, mob.: +44 7974168188 - ekania@btinternet.com USA: Ms. Fabiana Rezak - 2911 Joyce Lane, Merryck, NY 11566 USA Tel.: +(1) 516 476-5568 - arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. CIRCULAÇÃO: São Paulo: Clayton Santos Delfino - tel. (11) 3824-5300 e 3824-5250 PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Helio Bettega Netto ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Talita dos Santos Silva e Vanessa Cristina da Silva SERVIÇOS: Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima

ISSN 1980-2218

Hydro é uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP Brasil Tel. (+55-11) 3824-5300 e 3824-5250 Fax (+55-11) 3666-9585 infohydro@arandanet.com.br - www.arandanet.com.br A revista Hydro é enviada a 12 mil profissionais envolvidos com instalações hidrossanitárias prediais, com o tratamento de água e efluentes em indústrias e complexos de serviços e com sistemas públicos de água e esgoto.


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Notícias MSE Engenharia: expertise no mercado industrial pode agilizar obras de saneamento

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Marco do Saneamento Básico deverá transformar o país em um canteiro de obras, com a cres‑ cente participação de capitais priva‑ dos e estatais de grande porte nas novas licitações. Mas para conseguir universalizar os serviços de água e esgoto até 2033, conforme prevê a Lei 14.026/2020, as concessionárias precisarão de mão de obra qualificada e eficiência na execução dos projetos, desde a elaboração dos estudos até o comissionamento das estações. As empresas com conhecimento multidisciplinar das áreas de engenha‑ ria e elevada especialização no seg‑ mento podem ajudar nesse desafio. É o caso da MSE Engenharia, grupo na‑ cional há 41 anos no mercado, sediado em Londrina, PR, e presente em todo o país com projetos e serviços em diver‑ sos segmentos, como data centers, ae‑ roportos, galpões logísticos, shopping centers e indústrias. Atualmente são 35 empreendimentos em execução e a MSE quer levar sua expertise tam‑ bém para o saneamento público. Seu portfólio de obras envolve a construção de ETAs e ETEs para clientes industriais. Em uma planta do setor de papel e celulose, o grupo está implantando um dos maiores projetos de tratamen‑

Sede e fábrica da MSE em Londrina

to de águas e efluentes do país, contando com uma estação de tratamento de água (ETA), uma estação de tratamento de efluente (ETE) e duas estações de tratamento de água para caldeira (ETAC). Com con‑ ETAC de 1000 m³/h em uma indústria de celulose: entrega clusão prevista para julho prevista para julho deste ano, uma das ETACs conta com vazão de 1000 m³/h, sen‑ e está instalada em uma área de 26,5 do três cadeias de desmineralização mil metros quadrados, que inclui um com produção de 616 e 407 m³/h de parque industrial para pré‑fabricação e polimento de condensado. a industrialização de spools, pipe ra‑ Além das ETACs, o contrato prevê cks, leitos e eletrocalhas de diversos a expansão da ETA, onde a produção materiais, como aço inox, aço carbono passará de 5900 para 8900 m³/h, ou PRFV – plástico reforçado com fi‑ e a construção de uma ETE com va‑ bra de vidro. zão de 2700 m³/h. “O reator biológico A industrialização desses processos conta com 155 grids de aeração, o surgiu da necessidade da própria em‑ maior da América Latina”, diz Dener presa, que iniciou suas atividades em Sugayama, diretor industrial da MSE. 1979 com prestação de serviços elé‑ No segmento de águas, a empresa tricos. “Terminávamos as obras, mas também desenvolve projetos de reú‑ os painéis não chegavam. Então de‑ so, armazenamento com geomem‑ cidimos fabricá‑los internamente para brana e aproveitamento pluvial para não dependermos de terceiros. A ideia vários clientes. deu certo e logo partimos para os sis‑ Segundo ele, a MSE atua em uma temas de incêndio”, diz Sugayama. ampla gama de soluções, que envol‑ A área de produção conta com uma vem desde as instalações nas áreas estrutura completa, com fábrica, pré‑ de montagens industriais, construção, ‑montagens, máquinas e frota própria elétrica, incêndio, climatização, auto‑ de guindastes, muncks, empilhadeiras mação, utilidades e eficiência ener‑ e caminhões. “Os projetos executi‑ gética, além da fabricação e pré‑mon‑ vos detalhados, a industrialização na tagem de alguns processos, como os sede de todas as disciplinas e o for‑ pipe racks com tubulação e suporta‑ talecimento das estruturas produtivas ção embutidas de forma modular, e de logística fazem com que a mo‑ os sistemas de combate bilização da obra seja reduzida”, afir‑ a incêndio e os painéis ma o executivo. Com essa estratégia, elétricos com certificação enquanto a construção civil avança, TTA ‑ totalmente testado a MSE antecipa a fabricação e a pré‑ e aprovado. ‑montagem de tudo o que for possí‑ Com sede em Londri‑ vel para a montagem eletromecânica, na, PR, e escritórios em garantindo maior produtividade e me‑ São Paulo e Fortaleza, nores prazos de entrega. CE, a MSE emprega mais MSE – Tel. (11) 2626-3919 de 1200 colaboradores Site: www.mse.com.br


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Remoção de gosto e odor da água com CAP e membranas UF

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ocorrência de gosto e odor na água potável tem se tornado um dos principais desafios para as companhias de saneamento. Além do incômodo e desconfiança da população, os danos à imagem são enormes. A Hidrofiltros, empresa com sede e fábrica em Joinville, SC, distribuidora oficial da norte-americana Hydranautics no Brasil, está apresentando as vantagens do uso combinado de carvão ativado com membranas de ultrafiltração para a remoção de gosto e odor no tratamento de água com finalidade de abastecimento público. “Os estudos pilotos já realizados comprovaram a eficiência da integração do carvão ativado em pó (CAP) com as membranas de ultrafiltração”, diz Cláudio Chaves, diretor-presidente da Hidrofiltros. De acordo com a OMS - Organização Mundial da Saúde, toda água de abastecimento público deve ser fornecida sem percepção de gosto e odor. “Porém, embora a OMS faça a recomendação, infelizmente não define diretrizes para controle e medição”, afirma. No Brasil, a Portaria 2914 do Ministério da Saúde, que regulamenta as condições mínimas de água potável, define em seu Anexo X uma intensidade máxima de percepção de 6 com análise trimestral na saída do tratamento com águas superficiais. Usualmente os parâmetros gosto e odor são associados a traços de compostos orgânicos (COD – carbono orgânico dissolvido), onde há presença de metabolitos de algas conhecidos como MIB (2-metil-iso-borneol) e geosmina. Em concentrações maiores que 9 e 4 ng/L os compostos já po-

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dem causar desconforto. “Por de CAP, a redução foi de 93% ser uma escala de concenpara ambos os parâmetros. tração tão pequena, há uma Em relação ao tratamento grande dificuldade na identiconvencional, as membranas ficação e quantificação antes de ultrafiltração oferecem ainda vantagens como economia que cheguem a esses valores de concentração, de forma de espaço e maior estabilidade que se tornem perceptíveis”, do permeado ou filtrado, indediz o engenheiro Renato pendentemente das variações na qualidade da água de aliGiani Ramos, diretor de ven- Membrana de ultrafiltração da das da América Latina da mentação. Com maior eficiênHydranautics, dis‑ cia do projeto e operação dos Hydranautics. tribuída no Brasil A forma convencional de pela Hidrofiltros sistemas, os custos de operação são reduzidos e as memtratamento nas concessionárias brasileiras é baseada em CAP e ou branas podem operar por mais tempo CAG (carvão ativado granular), mas a sem a necessidade de limpeza. necessidade de altas dosagens acaba “Obviamente a dosagem de CAP é associada às concentrações de COD e trazendo outros problemas ao sistema, sua capacidade de adsorção. Portanto, como o aumento expressivo da geração de lodo e consequente saturação cada específica unidade de tratamendos decantadores. to de água deve conduzir seu próprio No exterior, as membranas de ulteste”, diz o diretor da Hidrofiltros. trafiltração com CAP no tratamento A empresa pretende demonstrar esses de água já vêm sendo adotadas há resultados práticos para as companhias vários anos. Na década de 90, uma brasileiras que enfrentam o problema pesquisa relatou o uso da solução no de cor e odor na água fornecida, com Rio Sena próximo ao Mont Valérien, apoio da Hydranautics. “O atendimento que recebia resíduos de esgotos munão envolve apenas informações sobre a membrana em si. Fornecemos dados nicipais. Durante os vários meses de estudo, constatou-se que somente a sobre todos os elementos do ecossisultrafiltração não trazia uma remoção tema para obter o melhor desempenho como um todo”, finaliza Ramos. significativa para atender à regulamentação europeia, que solicitava uma inHidrofiltros – Tel. (47) 3511-4545 tensidade máxima de percepção de 3 Site: www.hidrofiltros.com.br (a média era 4). Mas quando combinado o uso de 40 ppm de CAP com a UF, o nível de percepção baixou para 2. Saneago reduz conta de Outro estudo, feito na Califórnia, energia elétrica em 25% EUA, também detectou que o uso com soluções digitais direto de UF não trazia a remoção esperada, com nível de percepção 5. Ao Saneago, empresa que atende 5,7 milhões de pessoas com aplicar 40 mg/L de CAP a jusante da água tratada em Goiás, implantou a UF, o nível de percepção baixou a 2. solução ABB Ability Digital Powertrain No Rio Medina, também nos EUA, para melhorar a eficiência energética com UF mais 10 mg de CAP/L, a ree a confiabilidade de quatro estações dução de MIB foi de 69% e de geosde bombeamento. A instalação de inmina foi de 92%. Dobrando o volume

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Notícias versores de frequência de velocidade variável e motores de alta eficiência permitiu uma redução de 25% no custo de energia elétrica para tratamento de água. Além disso, o monitoramento remoto baseado em condições dos ativos também garante um abastecimento seguro para milhares de pessoas e indústrias no Estado. O projeto começou com um estudo de eficiência energética que indicou o potencial da Saneago para economizar mais de 6000 MWh por ano - cerca de US$ 700 mil. A ABB entregou essa economia por meio de seu parceiro e integrador de sistemas, BEU Engenharia. Foram instalados 15 motores de alta eficiência e 15 inversores de frequência dedicados à água ACQ580 para controlar a velocidade e o torque das bombas. Para ajudar a Saneago a melhorar a confiabilidade e robustez de seus equipamentos e operações, a ABB instalou sensores inteligentes nas bombas e motores e a ferramenta de monitoramento remoto NETA-21 nos drives. Os sensores e o NETA-21 fazem parte da oferta ABB Ability Digital Powertrain, que permite o monitoramento remoto de drives, motores, bombas e rolamentos. “Uma de nossas maiores despesas operacionais é o custo com energia para bombear a água”, relata Osmar Qualhato Junior, Supervisor de Gestão de Energia da Saneago. “A instalação do Digital Powertrain da ABB atingiu o objetivo de melhorar a eficiência energética em nossas operações. O monitoramento remoto também nos dá novos e poderosos recursos para obter uma visão mais profunda e uma melhor visão geral de todos os equipamentos, 24 horas por dia. Agora podemos agir com antecedência, antes que ocorra qualquer falha nas plantas”.

Drives, motores, bombas e rolamentos são monitorados por sensores inteligentes

“Os produtos de alta eficiência da ABB com nossas soluções digitais são a combinação perfeita para o segmento de água e saneamento”, diz Rodrigo Teixeira, gerente do segmento de água e saneamento da ABB Motion Brasil. “Além da economia de energia, os operadores de água podem cortar custos de manutenção e melhorar a confiabilidade das operações”. Os sensores inteligentes já ajudaram a detectar um caso de vibração excessiva do motor, que foi corrigido antecipadamente, evitando grandes danos e economizando tempo, dinheiro e problemas consideráveis. ABB – Tel. 0800 014 9111 Site: www.abb.com.br

Dispositivos inteligentes preveem falhas em bombas e motores

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startup Tractian desenvolveu uma solução que utiliza um dispositivo inteligente e inteligência artificial para analisar vibrações e temperaturas de máquinas e alertar gestores de manutenção sobre eventuais riscos em tempo real. Em bombas e motores, por exemplo, podem detectar aquecimento, desbalanceamento, ressonância e desalinhamento. Os dados vão direto para a rede 2G/3G, sem necessidade de WiFi industrial e nem gateway. A empresa, sediada na capital paulista, já captou mais de R$ 5 milhões de investimentos de fundos america-

nos e possui hoje uma carteira com mais de 30 clientes industriais, como Ambev, Embraer, Suzano e Shopping Morumbi. Segundo Igor Marinelli, um dos seus fundadores, a solução está disponível para empresas de diferentes portes e segmentos de atuação. “Estamos democratizando a manutenção preventiva de maneira ágil e eficaz. Ao ‘ouvir’ as máquinas, conseguimos prever falhas e, com isso, atenuar perdas. E quando falamos especificamente no universo de pequenas e médias empresas, reduzir riscos e otimizar processos se torna ainda mais vital”, explica Marinelli. Gabriel Lameirinhas, outro fundador da companhia, elenca que, hoje, já possui mais de 500 sensores instalados em empresas de diferentes segmentos. O executivo afirma que a tecnologia pode ser adaptada para diferentes segmentos. A Tractian envia os sensores pré-configurados para o cliente, que precisa somente colá-los nas máquinas a serem monitoradas, como se fossem um simples band aid. Os dados gerados pela tecnologia são captados, interpretados por meio de inteligência artificial e exibidos em uma plataforma. “Isso possibilita acompanhar a ‘saúde’ das máquinas e, em casos que apresentam risco, mensurar o tempo até o equipamento

Sensor da Tractian analisa vibrações e temperaturas de máquinas e alerta gestores de manutenção


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Notícias apresentar fisicamente o problema e parar”, diz Lameirinhas. Estimativas da Tractian revelam que, de maneira geral, a cada alerta de falha enviado, a empresa pode economizar aproximadamente R$ 84 mil em recursos, já que esta é a perda estimada por hora. Como elenca Marinelli, “escutar a condição das máquinas e prever eventuais falhas está ao alcance de todos os empresários. Na grande maioria das vezes, a depender do tamanho da operação da empresa, o investimento para contar com a tecnologia chega a ser irrisório frente ao risco de interromper uma linha de produção ou prejudicar a execução de um serviço”. Tractian – Tel. (11) 3956-0431 Site: https://tractian.com/

Tecnologia finlandesa será aplicada para combater perdas de água na Casan

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ara trazer a experiência finlandesa no controle de perdas de água, a Casan – Companhia Catari-

nense de Águas e Saneamento assinou um Termo de Cooperação Técnica com a empresa UROS, especializada em aplicar Tecnologia da Informação e IoT - Internet das Coisas em sistemas de abastecimento. Os trabalhos tiveram início na primeira semana de maio Trabalho da UROS terá início em São Miguel do Oeste, no no sistema de abastecimen- extremo oeste de Santa Catarina to de São Miguel do Oeste, Com escritório para a América Latina no extremo oeste de Santa Catarina, uma das operações mais complexas em Campinas, SP, a UROS é especiadevido a características geográficas e lizada em sistemas digitais avançados geológicas da região. Na sequência, o para implementar soluções tecnológiprojeto deverá será replicado em oucas que objetivam reduzir as perdas tras áreas. de água. Esse programa conjunto terá O projeto de tecnologia será imduração estimada de seis meses, apreplantado, inicialmente, na área central sentando ao final um diagnóstico da área avaliada, e que possa ser replido município. São Miguel do Oeste tem perda total de 49,9% da água cado em outros sistemas gerenciados captada, porém, apenas 35% desse pela Casan. índice se refere a perdas físicas, ou O foco principal do trabalho consiste na instalação de sensores espeseja, água não consumida. Cerca de 14% são consideradas perdas comercíficos para captar dados, que serão ciais, volume consumido sem que a transmitidos aos servidores da UROS companhia fature, como ligações ira cada cinco minutos. Os dados serão regulares e fraudes, combatidas sisteanalisados através de modelos algomaticamente. rítmicos próprios em uma plataforma


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IoT com inteligência artificial, ciência de dados e machine learning. Com base nos resultados, equipes de ma‑ nutenção serão orientadas a atuar em consertos, reparos ou melhorias que se mostrarem necessárias. Uros – Site: www.uros.com

Nova tecnologia sem contato detecta presença de hidrocarbonetos na água

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presença de hidrocarbonetos e outros compostos orgânicos vo‑ láteis nos afluentes pode impactar a qualidade da água tratada, danifi‑ car os filtros e demandar operações de limpeza das estações. Para evitar situações como essas, a empresa in‑

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glesa MultiSensor Sys‑ bilidade, com precisão tems desenvolveu o inclusive para baixas MS1200, um analisa‑ concentrações (de 1 a dor que realiza o mo‑ 3000 ppb), o que o nitoramento online e torna indicado para aná‑ contínuo dos pontos lise de água potável. de captação de água O sistema funciona Analisador com monitoramento com base em uma online substitui cromatógrafo da seguinte forma: a técnica de medição de gás água passa por um tan‑ sem contato, sem ne‑ que de amostra, onde cessidade de reagentes e com manu‑ os gases no espaço superior são me‑ tenção reduzida, tanto em termos de didos continuamente pelos senso‑ peças sobressalentes quanto de serviço. res que respondem aos compostos “A instalação é um processo muito orgânicos voláteis. De acordo com a simples. Basta a conexão a uma rede Lei de Henry, a concentração de ga‑ de energia, à fonte de água e ao es‑ ses é proporcional à concentração da goto”, diz Fabiola Fernandes Silvestri, substância na água. O instrumento diretora da AnyFlow, de São Paulo, fornece os resultados das análises de empresa que representa a MultiSen‑ forma online e emite alertas quando sor Systems no Brasil. Segundo ela, os níveis ultrapassam os valores pre‑ o MS1200 oferece elevada sensi‑ definidos.


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Notícias Segundo a diretora, o MS1200 pode substituir com as vantagens o método tradicional de medição e detecção de compostos orgânicos voláteis em labo‑ ratório baseado em cromatógrafo de gás, que é preciso, mas lento e caro. Em um dos clientes da MultiSensor, uma concessionária que capta água do rio foi atingida por altos níveis de hidrocarbonetos devido ao der‑ ramamento de óleo de uma planta petroquímica na região. “O MS1200 salvou a estação de grave contamina‑ ção”, diz. Foi também possível tomar as medidas para manter o serviço à população, como a instalação de uma fonte alternativa para abastecer o re‑ servatório. O instrumento fica mon‑ tado em um galpão e é alimentado por uma bomba, também usada para outra instrumentação. A análise é rea‑ lizada a cada 15 minutos e, se houver um nível elevado, o instrumento fecha uma comporta por meio dos relés de alerta, desviando a água contaminada até que o evento passe. Além do MS1200, a Multisensor Systems desenvolveu e comercializa analisadores de THM ‑ trihalometanos analisadores de amônia. O foco da empresa é proteger as instalações de tratamento de água e efluentes; forne‑ cer controle de poluição para poços, rios e outros cursos de água; reunir dados de controle de processo para reduzir o uso de energia e produtos químicos; proteger as membranas de osmose reversa e plantas de dessali‑ nização; e monitorar a qualidade da água potável na rede de distribuição. Existem atualmente mais de 100 mil produtos químicos tóxicos listados e o tratamento de água é testado rotinei‑ ramente apenas para uma pequena porcentagem, cerca de 5%. Além dis‑ so, para a maioria das fábricas, esses testes são realizados em uma base

mensal ou anual, ao invés de diaria‑ mente, o que dificulta a rápida reação a eventos de poluição. “Medir o total de compostos orgânicos voláteis é uma boa maneira de rastrear a polui‑ ção, pois eles não estão naturalmen‑ te presentes em altas concentrações nos cursos de água. Com a precisão de instrumentos como o MS1200, essa tarefa se torna mais fácil”, finaliza a executiva. MultiSensor/AnyFlow – Tel. (11) 98144-0314 Site: www.multisensorsystems.com

Sistema de aeração difusa aumenta eficiência de ETE

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A aeração de efluentes é um con‑ ceito simples e comprovado que fun‑ ciona com o processo de oxidação biológica tanto de resíduos orgânicos domésticos quanto industriais, que consiste no bombeamento de ar para as águas residuais. O ar é liberado no fundo do tanque ou da lagoa através de tubos submersos que espalham as bolhas de oxigênio. Com isso, os mi‑ crorganismos permanecem suspen‑ sos a fim de consumir e decompor os materiais. A aeração difusa remove substâncias como sulfeto de hidrogê‑ nio, metais, gases e outros compostos orgânicos e inorgânicos através dos processos de oxidação e decantação. A eficiência do sistema depende muito dos sopradores utilizados. O pro‑ cesso de geração de ar comprimido representa mais da metade da energia total utilizada, algo em torno de 75% do custo total do ciclo de vida de um soprador. Já os outros 25% são pro‑ venientes de investimentos de capital, atividades de manutenção e aquisição de peças de reposição. A Gardner Denver foi escolhida para o projeto em virtude de sua experiên‑ cia no fornecimento de soluções de tratamento de efluentes e por seu por‑ tfólio de sopradores de ar. O produtor precisava de equipamentos de grande capacidade para fornecer o fluxo de ar necessário para o sistema de aeração.

Gardner Denver, empresa de ori‑ gem norte‑americana com mais de 160 anos de atuação no mer‑ cado e filial em Jundiaí, SP, forneceu um sistema de aeração difusa para o processo de tratamento de efluentes da nova planta de um grande grupo brasileiro do agronegócio. O contra‑ to incluiu a instalação inicial de seis sopradores de deslocamento positivo trilobulares Série RBS 145 e seus com‑ ponentes. Cada equipamento conta com cabine acústica, motor elétrico de 200 CV‑4P com inversor de frequên‑ cia, capaz de proporcionar uma vazão de 7400 m/h e pressão do ar de até 470 mbar. Com cerca de 18 mil funcionários, o clien‑ te produz anualmente mais de 80 milhões de toneladas que auxiliam na alimentação de 500 milhões de pessoas, do Brasil e no mundo, incluindo café, grãos, laranja e açúcar, entre Sopradores de deslocamento positivo trilobulares Série RBS 145 outros produtos.


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Notícias Os especialistas propuseram o uso de sopradores de deslocamento positivo trilobular para proporcionar uma pressão de operação constante em alta eficiência. Além disso, a adoção de inversores de frequência para controle dos sopradores melhorou a eficiência energética, tornou a operação mais silenciosa e simplificou a manutenção. O novo sistema de aeração difusa fez a empresa obter uma redução anual de 5% nos custos de energia. Com o objetivo de modernizar plantas adicionais, o produtor se comprometeu a encomendar mais seis sopradores de deslocamento positivo trilobulares da mesma série para continuar alcançando suas metas de eficiência e sustentabilidade. Gardner Denver – Tel. (11) 3109-1100 Site: www.gardnerdenver.com.br

Projeto Águas do Guamá utiliza hidrômetros com transmissão 4G

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m controle preciso sobre hábitos de consumo, bem como o monitoramento de possíveis vazamentos, é fundamental para a boa gestão de uma concessionária de água. Com o avanço da tecnologia, é possível encontrar diversas soluções que dinamizam esse processo. A Águas do Guamá, projeto que está sendo implantado na região metropolitana de Belém, PA, é um exemplo do uso da tecnologia no saneamento. A iniciativa promete consolidar sistemas centralizados de monitoramento da distribuição de águas em cidades, com o objetivo de promover a redução de perdas. Para isso, utiliza sensores de

ultrassom e hidrômetros que emitem sinais via redes 3G e 4G. “Estamos na fase de concepção da solução a ser implementada no projeto piloto, logo ainda não temos um fornecedor do hidrômetro. O equipamento precisa ser capaz de transmitir dados em tempo real através de uma rede de Internet segura referente à medição e o seu estado operacional”, explica Caio Fernando Fontana, professor da Fundação Vanzolini e coordenador do projeto. O programa é patrocinado pelo consórcio Águas do Guamá com a participação da Fundação Carlos Alberto Vanzolini, USP – Universidade de São Paulo e Unifesp – Universidade Federal de São Paulo. Já o financiamento foi feito pela FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos. A cidade de Belém foi escolhida


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porque a Cosanpa – Companhia de Saneamento do Pará contratou a Águas do Guamá para revitalizar a Fontana, da Fundação rede de tubulação existenVanzolini: automação te e melhorar a eficiência na localização de da rede em vários bairvazamentos ros da capital paraense. O consórcio procurou a Fundação Vanzolini para desenvolver um projeto de pesquisa capaz de identificar a perda da água através de sensores de ultrassom e técnica de geolocalização por triangulação do som e do nível de vazão no setor monitorado. Segundo Fontana, uma cidade como Belém, de quase 1,5 milhão de habitantes, tem perdas de água tratada por vazamentos na rede municipal de 72% na região sul e 74% na região norte. Por meio de análise de medidas indire-

tas, com o controle das perdas aparentes e reais de água, é possível detectar vazamentos na tubulação e a submedição, aquilo que, às vezes, é consumido, porém não é medido. “Um litro de água tratada sai da estação de tratamento e chega na outra ponta como um pouco mais do que uma xícara de chá”, alerta. O projeto, ainda em fase de experimentação, escolheu uma área específica da cidade e algumas residências, onde os hidrômetros foram substituídos por outros com tecnologias wireless. Nas vias, foram instalados sensores de ultrassom com o objetivo de escutar a tubulação e criar uma rede de comunicação e monitoramento. As informações são coletadas por veículos equipados com rádios que percorrem os locais para leitura dos sensores ou por meio do método fixo, com

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repetidores para transmitir a informação para uma central. “A integração dos componentes está sendo realizada em laboratório. Nesta fase, o principal resultado esperado é a validação dos estudos e dos desenvolvimentos em ambiente controlado. Até o momento, conseguimos identificar os componentes e a especificação técnica da solução a ser desenvolvida”, ressalta o professor. O projeto piloto prevê a instalação de 90 pontos de medição, sendo 50 de micromedição em residências, 20 de macromedição em adutoras e 20 de sensores de ruídos. A iniciativa foi interrompida em dezembro de 2019 e retomada em abril de 2021, com conclusão prevista para junho de 2022. Fundação Vanzolini – Tel. (11) 5525-5810 Site: www.vanzolini.org.br


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Serviço

Guia de sistemas e produtos para filtração Além de filtros industriais, para ponto de entrada e ponto de uso, o levantamento detalha a oferta de sistemas completos utilizando membranas e desmineralizadores, aplicações pós-tratamento com ultravioleta e ozônio, automação e elementos filtrantes. Materiais e processo

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Acquacontroll (11) 97344-3544 acquacontroll@acquacontroll.com.br Acquapura (81) 99159-6059 acquapura@acquapura.ind.br Alphenz (19) 3302-9606 contato@alphenz.com.br Aquastock (11) 97344-3544 wagner@aquastock.com.br Asstefil (11) 4810-1669 asstefil@asstefil.com.br Auxtrat (47) 99901-7517 vendas@auxtrat.com.br AZS Soluções (54) 99682-0553 comercial@azssolucoes.com.br B&F Dias (19) 98405-4748 bfdias@bfdias.com.br BFilters (19) 3935-2203 contato@bfilters.com.br CEA do Brasil (11) 99152-5939 cea@ceadobrasil.com.br Chemgard (11) 97482-5981 atendimento@chemgard.com.br Clarifil Rheiss (47) 3346-5256 clarifil@clarifil.com.br Csintf (12) 3958-6881 contato@csintf.com.br Echo Water (11) 98015-4105 alexandre.calles@echowater.com.br EnvironQuip (41) 3366-6777 environquip@environquip.com.br (1) Fibra de polipropileno

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Serviço

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Fathor pH (11) 94193-9697 contato@fathorph.com.br

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Fibrav (35) 98825-4118 vendas2@fibrav.com.br

Filterinter (19) 98176-1274 filterinter@filterinter.com.br

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Filtros Barra (11) 98511-8757 vendas@filtrosbarra.com.br

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Filtros Guarany (21) 96491-2224 filtrosguarany@filtrosguarany.com.br

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Flexion (47) 99176-0123 leia@flexion.com.br

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Fusati (19) 3301-6660 fusati@fusati.com.br

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Hidro Solo (82) 3324-3077 hidrosolo@pluvitec.com.br

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Hydro Solution (11) 5572-5664 hydrosol@hydrosol.com.br

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Empresa / telefone / e-mail

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(1) Fibra de polipropileno

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 266 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Hydro, abril, maio e junho de 2021. Este e outros 20 Guias HY estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/hydro e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

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Especial

Perfil do Setor de Saneamento 2021 Da Redação de Hydro

O Quase um ano depois de aprovado o Marco do Saneamento no país, que balanço se faz do setor? Apesar do sucesso de alguns leilões, como da Cedae no Rio de Janeiro, dados referentes a 2019 evidenciam que as maiores cidades do país entraram no 1º ano da pandemia, em 2020, com déficits de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

leilão da Cedae - Companhia Estadual de Águas e Esgotos, realizado no dia 30 de abril, com ágios acima de 100% e um total de R$ 22,7 bilhões arrecadados, ante uma outorga mínima de R$ 10,6 bilhões, inaugura uma nova fase de investimentos no setor. As concessionárias privadas Aegea e Iguá venceram a disputa pela maior parte dos ativos, ou seja, três blocos com concessão plena para a prestação dos serviços de esgotamento sanitário e abastecimento de água para 29 municípios do Rio de Janeiro. Os contratos contemplam a execução de obras de infraestrutura, melhorias, manutenção e operação dos sistemas, com investimentos de R$ 30 bilhões durante os 35 anos de contrato. A Aegea Saneamento, por meio do consórcio formado pela companhia, Grupo Equipav, GIC - Fundo Soberano de Singapura e Itaúsa, venceu a disputa de dois dos quatro blocos, o 1 e 4, que contemplam as regiões sul, norte e centro da capital e 26 cidades beneficiando mais de 10 milhões de pessoas. Entre os investimentos previstos estão a destinação de R$ 2,9 bilhões para a Bacia do Rio Guandu e R$ 2,6 bilhões para a despoluição da Baía de Guanabara. O complexo lagunar da Barra da Tijuca irá receber R$ 250 milhões. Agora, a Aegea

Saneamento passa a operar em 153 cidades, distribuídas em 12 estados e atendendo mais de 21 milhões de pessoas. O consórcio Iguá Saneamento, que conta com suporte do fundo canadense de pensão CPP, venceu o lote 2. A empresa ofereceu cerca de R$ 7,3 bilhões, ante um mínimo de R$ 3,17 bilhões. O lote é formado pelas regiões da Barra e Jacarepaguá do Rio de Janeiro e pelas cidades de Miguel Pereira e Paty do Alferes. Para o lote 3 do leilão, que inclui a zona oeste e mais seis cidades, não houve interessados. O governo do Rio de Janeiro e o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social deverá fazer nova licitação para o bloco de municípios remanescentes. A Cedae atende 64 cidades, incluindo as 35 oferecidas à iniciativa privada no certame. A adesão ou não depende do aval da prefeitura de cada um dos municípios. “O sucesso do leilão da Cedae confirma o interesse de operadores e a viabilidade de se investir e levar saneamento de qualidade à população”, avalia Percy Soares Soares, diretor executivo da Abcon - Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto. Segundo ele, o leilão sinaliza um ambiente positivo e propício para


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Melhores 1º Santos (SP)

ano de referência 2019, apresenta o cenário atualizado do setor 4º Franca (SP) no Brasil (tabela I). Segundo o es5º Limeira (SP) tudo, o país conta com índices de 6º Piracicaba (SP) atendimento de água de 83,7%, 7º Cascavel (PR) 8º São Paulo (SP) coleta de esgotos de 54,1% e de 9º S. José do Rio Preto (SP) 49,1% de tratamento. Piores 10º Suzano (SP) Os municípios brasileiros cujos 91º Belford Roxo (RJ) 11º Uberaba (MG) Os Estados de SP e PR dados estão presentes no SNIS 92º Rio Branco (AC) 12º Vitória da Conquista (BA) concentram 14 dos 20 municípios mais bem posicionados 93º Duque de Caxias (RJ) 13º Palmas (TO) em 2019 possuem 680,4 mil no Ranking do Saneamento 94º São Gonçalo (RJ) 14º Ponta Grossa (PR) quilômetros de redes de abaste95º Santarém (PA) 15º S. José dos Pinhais (PR) cimento de água, às quais estão 96º Belém (PA) 16º Curitiba (PR) conectados 59,1 milhões de li97º São João de Meriti (RJ) 17º Londrina (PR) 98º Ananindeua (PA) 18º Goiânia (GO) gações (tabela I). São 354,3 mil 99º Porto Velho (RO) 19º Taubaté (SP) quilômetros de redes de coleta de 100º Macapá (AP) 20º Brasília (DF) esgoto, às quais se conectam 34,6 milhões de ligações. Houve um As 20 melhores e as 10 piores conforme o Ranking do Saneamento Básico - Avaliação das 100 crescimento dos sistemas brasimaiores cidades brasileiras do Instituto Trata Brasil leiros, na comparação com 2018, sendo detectadas 1,9 milhão de noque novas licitações sejam realizaem 7,5% dos municípios brasileiros. vas ligações na rede de água e 2,1 midas em breve, já sob as diretrizes do “A consolidação de parcerias desse lhões na rede de esgotos, crescimenMarco Regulatório do Saneamento porte é definitivamente o melhor catos que correspondem a aumentos de minho para aumentar os investimen(Lei 14.026/20), aprovado em julho tos e garantir a universalização do sado ano passado. 3,3% e 6,5%, respectivamente. neamento”, completa Soares. Hoje, de acordo com levantamento A população urbana atendida com A expectativa de impacto na ecoda Abcon baseado em dados do SNIS redes de água é de 162,2 milhões – Sistema Nacional de Informações de habitantes, o que representa um nomia dos investimentos com a consobre Saneamento 2019, o Brasil posincremento de 1,5 milhão de novos cessão da Cedae é de R$ 46,8 bilhões. sui 888 delegações ou concessões de habitantes atendidos, crescimento Conforme estimativa realizada pelo saneamento vencidas ou sem formalide 0,9%, na comparação com 2018. BNDES, mais de 40 mil empregos dização, espalhadas por municípios em Quanto ao índice de atendimento, obretos serão gerados na realização das todo o país. servam-se valores bastante elevados obras e na operação dos serviços. Para efeito de comparação, o gonas áreas urbanas das cidades braverno federal arrecadou R$ 10 bilhões sileiras, com uma média nacional de SNIS 2019 92,9%. Destacam-se as regiões Sul, em concessões de aeroportos, termiCentro-Oeste e Sudeste, em que os nais portuários e ferrovias, durante uma O Diagnóstico dos Serviços de Água índices médios são de 98,7%, 97,6% e Esgotos do SNIS - Sistema Nacional semana de leilões de infraestrutura, a e 95,9%, respectivamente. de Informações sobre Saneamento, chamada Infra Week, ou seja, menos do que a metade do leilão da Cedae. Tab. I - Caracterização geral dos sistemas de água e esgotos dos prestadores de serviços “A acirrada competição no leilão, participantes no Brasil do SNIS em 2019 com a presença de quatro consórcios, Água Esgoto e a parceria com investidores de renoPopulação total atendida (habitantes) 170.804.516 110.300.342 Quantidade de ligações totais 59.132.877 34.570.713 me reforçam a efetiva disposição dos Quantidade de economias residenciais 60.018.464 37.549.144 operadores privados em expandir os Extensão da rede 680.362 km 354.299 km serviços oferecidos e a atratividade do Volume de água produzido 16.613.022 (em 1000 m3/ano) saneamento”, diz Soares, da Abcon. Volume de água consumido 9.761.352 (em 1000 m3/ano) Volume de esgotos coletado 5.826.685 (em 1000 m3/ano) A partir da assinatura dos contratos, Volume de esgotos tratado 4.516.114 (em 1000 m3/ano) a operação privada estará presente 2º Maringá (PR)

3º Uberlândia (MG)


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Tab. II - Exemplos de municípios com indicadores positivos e maiores desafios em água. Fonte: Instituto Trata Brasil

Especial Com relação ao atendimento por redes de esgotos, o contingente de população urbana alcança 108,1 milhões de habitantes, um incremento de 2,6 milhões ou 2,5%, na comparação com 2018. Já o índice de atendimento é de 61,9% nas áreas urbanas das cidades brasileiras, destacando-se a região Sudeste, com média de 83,7%. Quanto ao tratamento dos esgotos, observa-se que o índice chega a 49,1% para a estimativa dos esgotos gerados e 78,5% para os esgotos que são coletados. Cabe ressaltar que o volume de esgotos tratados foi de 4,30 bilhões de m³ em 2018 para 4,52 bilhões de m³ em 2019, correspondendo a um incremento de 5,1%. O porte dos serviços de água e esgotos na economia pode ser medido pela movimentação financeira de aproximadamente R$ 150 bilhões em 2019, referente a investimentos que totalizaram cerca de R$ 15,7 bilhões, mais receitas operacionais de R$ 71,9 bilhões e despesas de R$ 62,4 bilhões. O Diagnóstico 2019 apresenta também dados sobre a geração de empregos: são 982,6 mil empregos em todo o país, dos quais 227,6 mil estão diretamente relacionados às atividades de prestação de serviços e 755 mil são decorrentes dos investimentos feitos no setor, ou seja, empregos indiretos.

Ranking do saneamento Em março último o Instituto Trata Brasil publicou a nova edição do Ranking do Saneamento, levantamento realizado em parceria com a GO Associados, com base nos dados do SNIS 2019 e nas 100 maiores cidades do Brasil. Segundo o estudo, o país mantém sem serviços de água tratada quase 35 milhões de habitantes, sendo 5,5 milhões nas 100 maiores cidades.

São aproximadamente 100 milhões de pessoas sem acesso à coleta de esgotos, sendo 21,7 milhões nesses maiores municípios. O Brasil ainda não trata metade dos esgotos que gera (49%). Esses grandes municípios possuem indicadores melhores do que a média nacional e, em 2019, investiram, juntos, 50% de tudo o que país colocou na infraestrutura de água e esgoto. Fazendo uma comparação dos indicadores, entre 2012 e 2019, a população com acesso à rede de água no país evoluiu timidamente (de 82,7% com acesso para 83,7%), assim como nas 100 maiores cidades (de 93,45% com acesso para 93,51%). Em sete anos de comparação, o país saiu de 48,3% da população com rede de esgoto (2012) para 54,1% em 2019, enquanto nos 100 maiores municípios foi de 69,39% para 74,47%. O país tratava, em 2012, 38,7% do esgoto gerado e foi para 49,1% em 2019, enquanto nos maiores municípios o índice passou de 48,8% para 62,17%. O relatório completo está disponível em www.tratabrasil.org.br.

Principais resultados As tabelas II a VI resumem os principais resultados do estudo. Na colocação das cidades no ranking, Santos, SP, manteve a 1ª posição, obtida já no Ranking 2020, seguido de Maringá, PR, Uberlândia, MG, Franca, SP, Limeira, SP, e Cascavel, PR. Os estados de São Paulo e Paraná concentram 14 dos 20 mais bem posicionados no ranking. Já entre as piores cidades, pela primeira vez, Macapá, AP, obteve a pior nota, seguida de outros municípios que sempre ficam entre os últimos, como Porto Velho, RO, Ananindeua, PA, São João de Meriti, RJ, Belém, PA, e Santarém, PA.

100% da população com água São José dos Campos, SP Curitiba, PR Porto Alegre, RS João Pessoa, PB Niterói, RJ

Maiores desafios Ananindeua, PA 32,42% Porto Velho, RO 33,76% Macapá, AP 38,36% Santarém, PA 51,09% Caucaia, CE 58,56%

Tab. III - Exemplos de municípios com indicadores positivos e maiores desafios em coleta de esgoto. Fonte: Instituto Trata Brasil 100% da população Maiores desafios com coleta de esgoto Nova Iguaçu, RJ São João do Meriti, RJ 0% Santo André, SP Ananindeua, PA 2,08% Piracicaba, SP Santarém, PA 4,17% Curitiba, PR Porto Velho, RO 4,67% Cascavel, PR Macapá, AP 10,98% Tab. IV - Exemplos de municípios com indicadores positivos e maiores desafios em tratamento de esgoto. Fonte: Instituto Trata Brasil 100% do esgoto Maiores desafios é tratado Ribeirão Preto, SP São João do Meriti, RJ 0% Maringá, PR Porto Velho, RO 1,81% Jundiaí, SP Belém, PA 2,82% Piracicaba, SP Bauru, SP 3,38% Cascavel, PR Belford Roxo, RJ 3,66%

Gesner Oliveira, sócio da GO Associados, pontua a preocupação ao ver capitais nas últimas posições. “Ver cidades desse porte com indicadores baixos em saneamento é ruim, mas quando temos capitais, como Macapá, Porto Velho, Belém e Rio Branco nas últimas posições, o cenário é muito pior, pois são referências em seus estados”.

Coleta de esgotos Um pouco mais da metade das cidades estudadas apresentaram indicadores superiores a 80% da população com coleta de esgotos, contudo, 35 grandes cidades apresentaram indicadores inferiores a 60%, sendo que oito deles atendem a menos de 20% com o serviço. O indicador médio de população com coleta de esgotos nesses municípios foi de 74,47%, ou seja, 20 p.p. superior à média nacional.

Investimentos 70% dos municípios investem menos de 30% do valor arrecadado em


Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

Tab. V - Exemplos de investimento total sobre arrecadação. Fonte: Instituto Trata Brasil Exemplos de municípios Municípios que investiram pouco, com indicadores positivos comparativamente à arrecadação Santo André, SP 117,29% Várzea Grande, MT 0% Nova Iguaçu, RJ 80,84% São Gonçalo, RJ 2,86% Boa Vista, RR 78,58% Campina Grande, PB 4,57% Aparecida de Goiânia, GO 70,57% Petrolina, PE 5,16% Olinda, PE 66,48% Canoas, RS 5,55% Tab. VI - Exemplos de municípios e suas perdas de água. Fonte: Instituto Trata Brasil Municípios com indicadores positivos Nova Iguaçu, RJ 3,88% Santos, SP 11,94% Limeira, SP 12,25% Blumenau, SC 16,38% Campo Grande, MS 19,97%

Municípios com perdas acima da média do país Porto Velho, RO 83,88% Macapá, AP 74,12% Manaus, AM 72,08% São Luís, MA 63,78% Boa Vista, RO 62,65%

saneamento. Seis investem mais de 60% de sua arrecadação nos serviços. Como forma do ranking não considerar os números de um ano atípico, o estudo pega a soma dos investimentos nos últimos cinco anos versus a arrecadação nesse período. Quanto maior for a razão entre investimento e

arrecadação, mais investimentos o município está realizando relativamente ao quanto arrecada, de modo que apresenta melhor posição no ranking.

Perdas Enquanto o Brasil perde 39% da água potável produzida, o indicador para as 100 maiores cidades é 4 p.p. abaixo, ou seja, 35,66%. 79 dos 100 municípios perdem acima de 30% da água, com destaque para sete deles com índices acima de 60%. Essas perdas são, na maioria das vezes, devidas a vazamentos, furtos, roubos ou erros de medição. Pela primeira vez no Ranking do Saneamento, o Índice de Perdas Volumétricas passa a ser considerado e ele avalia a quantidade de litros de água perdidas por dia por ligação. Não

23

necessariamente esse indicador tem ligação com o Índice de Perdas na Distribuição porque o cálculo incorpora o volume de perdas ao número de ramais de ligações de água dos usuários. Em áreas urbanas, que possuem densidade de ramais, esse indicador pode traduzir melhor a quantidade de água perdida, uma vez que os vazamentos de água ocorrem, de 80% a 90%, nos ramais, conforme aponta a IWA – International Water Association. Ainda de acordo com instituições internacionais, o patamar adequado é perdas de até 250 litros por ligação-dia, no entanto, a média das 100 cidades foi de 454,75 litros. A seguir, apresentamos os principais números do setor fornecidos pelos prestadores de serviços no país e dados de sua rede em 2020, bem como os telefones e websites para contato.


24

Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

Especial

Índice de perdas de água (%)

Volume de esgoto coletado (média mensal em mil m³)

Número de ETAs + Poços (P)

Número de ETEs

Total de investimentos em água e esgoto em 2020 (em milhões R$)

Volume de água produzido (média mensal em mil m3)

Extensão da rede de esgoto (km)

Extensão da rede de água (km)

Número de ligações de esgoto

Dados da rede de água e esgoto

Número de ligações de água

Empresa privada

Telefone/site

Empresa estadual

Empresa

Empresa municipal/autarquia

Categoria

20 713 10 566 52 500

53,8

13 700

45

167 522,4

Aegea Saneamento

(11) 3818-8150 www.aegea.com.br

• 1 618 603 861 622

Agreste

(82) 3529-8200 igua.com.br

• 103 080

Águas Canarana

(66) 3478 -1825 igua.com.br/canarana

6845

109

145

Águas Comodoro

0800 400 0519 igua.com.br/comodoro

5034

86

Águas de Guará

(16) 3831-1722 www.uniaguas.com.br

6446

6404

97

Águas de Holambra

(19) 3512-3411 www.aguasdeholambra.com.br

4099

3989

Águas de Matão

(16) 3383-1982 www.aguasdematao.com.br

30 794

Águas de Votorantim

(15) 3032-4700 www.grupoaguasdobrasil.com.br/ aguas-votorantim

39 398

Águas do Mirante

(19) 3401-2400 www.miranteppp.com.br

Águas Piquete

(12) 3156-3863 igua.com.br/piquete

4895

3498

34

29

90,5

15,71

56,11

1

Águas Pontes e Lacerda

0800 400 0506 igua.com.br/pontes-e-lacerda

14 532

9512

176

115

282,3

32,06

123,35

3

1

3,68

Alta Floresta

(66) 3521-2436 www.igua.com.br

15 743

6702

228

127

268,16

22,84

92,35

2

1

2,6

Atibaia Saneamento

(11) 4411-4379 igua.com.br/atibaia

5

20,08

BRK Ambiental

(11) 95059-0296 www.brkambiental.com.br

• 976 719 1 336 937 13 576 15 628 18 230

Caepa - Paraibuna

(18) 3637-4400 www.caepa.com.br

Caesb - Distrito Federal

(61) 3213-7195 www.caesb.df.gov.br

Cagepa - Paraíba

(83) 3218-1200 www.cagepa.pb.gov.br

Cesama - Juiz de Fora

(32) 3692-9101 www.cesama.com.br

Cesan - Espírito Santo

(27) 2127-5073 www.cesan.com.br

Colíder

(66) 3541-4528 www.igua.com.br

Comasa - Comasa Companhia Águas de Santa Rita Saneouro - Ouro Preto

2099

2

4,3

38,37

1

0,88

88

18,85

1

0,66

83

177,08

36,33

107,29

54

53

181,95

25

122,54

30 727

394

380

831,58

37 821

565

427

843,5

153 778

2

1,8

35,98

17,46 36* + 23 P 1

6,5

18,1

513,6

3

6,35

25

12,7

1434

28 446

2 2+3P

3+ 1 P

3251,85

31 230

394,33 37,2

20 511

48

0,48

291 790

4798

2793

55

38

57

28

27

1 +8P

1

2,7

699 779

608 398

9390

7458

20 975

34,36

11 687

12

15 224,8

1 122 046 347 051

5623

1402

19 872

35,8

7773

141

29

73,5

3981

33,2

1991

6

4

35,78

39,6

5339,4

92

98 264,9

153 839

150 994

1871

1368

590 335

278 764

8717

3717 20 343,5

9062

3659

107

56

170,4

33,04

47,6

2

1

3,11

(18) 3637-4400 www.comasa.eco.br

11 446

11 853

135

135

207

20,5

53

1

3

3,15

(31) 3350-5152 www.saneouro.com.br

27 346

24 891

534

522

65,7

50

41,8

6 + 22 P

1

9,5

548 557

53 071

5383

427

12 649,5

45,7

692,7

33

Cosanpa - Companhia Saneamento (91) 3202-8505 www.cosanpa.pa.gov.br do Pará

27 157,67



26

Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

Especial

Copasa - Companhia De Saneamento de Minas Gerais

(31) 3250-1003 www.copasa.com.br

Corsan - Companhia Riograndense (51) 3215-5915 www.corsan.com.br de Saneamento

105 340 2 026 205 407 165

15 305

55 762

Volume de água produzido (média mensal em mil m3)

Extensão da rede de esgoto (km)

Total de investimentos em água e esgoto em 2020 (em milhões R$)

(43) 3025-3636 www.conasa.com

2400 18 721,2

Número de ETEs

Conasa Infraestrutura - Londrina

21 323

Número de ETAs + Poços (P)

(81) 3412-9111 servicos.compesa.com.br

212 686

Volume de esgoto coletado (média mensal em mil m³)

Compesa - Pernambuco

937 059

Índice de perdas de água (%)

(11) 2106-9220 www.saneamento.com.br

Extensão da rede de água (km)

Companhia Saneamento de Jundiaí

Número de ligações de esgoto

(84) 3232-4110 www.caern.com.br

Dados da rede de água e esgoto

Número de ligações de água

CAERN - Companhia de Águas e Esgotos Do Rio Grande do Norte

Empresa privada

Telefone/site

Empresa estadual

Empresa

Empresa municipal/autarquia

Categoria

51,72

2977,5

70

68

114

983 22 203

6399

297

182

2566,9

502

1

0,580

208

99

611

2

19,4

23,32

643

5

4 421 000 2 942 000 54 638 27 691 84 936

40,5

28 126

1106

2 167 367 252 022

32 346 168 + 11 P 91 416,96

28 745

5131

48 413

37,24

2594,25

44

217 459

DAE - Americana

(19) 3471-2900 www.daeamericana.com.br

80 849

79 908

983

912

1479,5

2

3 20,258

DAE - Jundiaí

(11) 4589-1300 www.daejundiai.com.br

109 606

105 825

1961

1013 4191,13 26,9 a 35,5 2968,83

3

3

22,35

Daep - Penápolis

(18) 3654-6100 www.daep.com.br

28 308

28 184

295

286

601,15

34,34

480,66

1

2

10,96

Daev - Valinhos

(19) 2122-4444 www.daev.org.br

2396

601

672

620

987,13

3,53

551,75

2

1

8,97

Demsur - Muriaé

(32) 3696-3487 www.demsur.com.br

43 024

42 700

478

479

742,47

32,84

413,15

2

6

2,85

Dmae - Poços de Caldas

(35) 3697-0600 www.dmaepc.mg.gov.br

56 839

56 493

1089

973

854,61

38

726,42

3

3

4,33

Dmae - Uberlândia

(34) 3233-4300 dmae.mg.gov.br

202 871

201 129

3483

2838 7078,80

26,48

4296,12

2

8

90,61

Emasa - Itabuna

(73) 3214-4900 www.emasaitabuna.com.br

193 846

57 385

1295

389

32,2

1199

43

16 11 293

General Water

(11) 3763-6777 www.generalwater.com.br

GS Inima Ambient - Ribeirão Preto

(16) 3962-8100 www.ambient.com.br

GS Inima Samar - Araçatuba

(18) 3637-4400 www.samar.eco.br

Guaratinguetá Saneamento

(12) 2131-8200 igua.com.br/guaratingueta

Itapoá Saneamento

(47) 3443-6964 igua.com.br/itapoa

19 150

Paranaguá Saneamento

0800 4000 520 igua.com.br/paranagua

38 206

27 175

660

SAAE - Marechal Cândido Rondon

(45) 3284-5900 www.saaemcr.com.br

20 861

6282

SAAE - Machado

(35) 3295-0750 www.saaemachado.mg.gov.br

13 492

SAAE - Pirajuí

(14) 3584-8850 www.saaepirajui.sp.gov.br

9625

6000

5

1611 100

2 1760

75 560

75 659

745

40 628

848

178,7

35

451 367

125,7

3+3P

584,29 195,67

16,5

650

785,85

28,1

387,6

606

158

446,86

25,76

65,47

12 619

105

97

244

35

155,13

9307

102

95

2402

33

2003

0,5 2

7,2

1

34,2

4

0,65

1 4

4

4,35 5

18,03

1

5,31

6

0,612

1

0,1



28

Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

Especial

Total de investimentos em água e esgoto em 2020 (em milhões R$)

264,85

1

3

1,034

442

234

496,59

15,72

272,38

4

1

2,33

27 340

337

278

922,25

27,97

657,51

1

2

1,097

28 572

27 931

347

306

720

40

228

1

4

2,35

33 271

31 083

422

323

805,44

28,77

429,30

8

2

4,91

(19) 3877-5090 saean.sp.gov.br

18 448

17 298

175

167

303,96

40

52,23

2

1

Samae - Caxias do Sul

(54) 3220-8600 samaecaxias.com.br

136 883

3713

49,90

778,37

5

10

36,2

Samae - Ibiporã

(43) 3258-8195 samaeibi.com.br

22 582

20 103

477

302

534

41,95

265

1

4

2

Samae - Gaspar

(47) 3332-1155 www.samaegaspar.com.br

18 247

240

420

5

483,35

34,9

3,62

4

2

2,32

Samae - Jaraguá do Sul

(47) 2106-9100 www.samaejs.com.br

43 705

34 002

915

604

1228,2

36,65

530,7

3

4

41,74

Sanama - Alta Maceió

(82) 3962-8100 www.sanama.com.br

1

20,1

15 754

SAAE - Porto Feliz

(15) 3261-9600 www.saaeportofeliz.sp.gov.br

16 573

16 278

206

SAAE - Itabirito

(31) 3562-4100 saaeita.mg.gov.br

19 199

16 523

SAAE - Lençóis Paulista

(14) 3269-7700 saaelp.sp.gov.br

27 641

SAAE - Itapira

(19) 3913-9500 saaeitapira.com.br

SAAE - Itabira

(31) 3839-1300 www.saaeitabira.com.br

Saean - Artur Nogueira

237

2068

23 761

50

Número de ETEs

27,6

(65) 3308-1547 www.saaenm.com.br

Número de ETAs + Poços (P)

238,17

SAAE - Nova Mutum

Volume de esgoto coletado (média mensal em mil m³)

Índice de perdas de água (%)

152

Número de ligações de água

32

Telefone/site

Empresa privada

398,46

Empresa

Empresa estadual

Volume de água produzido (média mensal em mil m3)

Extensão da rede de esgoto (km)

Extensão da rede de água (km)

Dados da rede de água e esgoto Número de ligações de esgoto

Empresa municipal/autarquia

Categoria

6

180

0,73


29

Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

SeMae - São José do Rio Preto

(17) 3211-8100 semae.riopreto.sp.gov.br

177 972

Semasa - Itajaí

(47) 3344-9000 www.semasaitajai.com.br

78 324

Sesamm - Mogi Mirim

(19) 3815-3100 www.sesamm.com.br

SAE - Ituiutaba

(34) 3268-0400 www.sae.com.br

Tubarão Saneamento

(48) 3052-7406 tubaraosaneamento.com.br

* Início da operação em 2021

26,9

172 183

213

94 259,21

64

66

78

52,5

16

4P

1

*

177 972

2129

2009

4306

21

3303

1

1

54,4

28 140

1084

675

2492

26,07

282,17

3

1

19,74

1

0,352

• • •

Total de investimentos em água e esgoto em 2020 (em milhões R$)

Volume de água produzido (média mensal em mil m3)

Extensão da rede de esgoto (km)

Extensão da rede de água (km)

Número de ETEs

(18) 3637-4400 www.sanel.eco.br

2 269 000 1 261 000 33 016 13 287 392 733

Número de ETAs + Poços (P)

Sanel - Saneamento de Luiz Antônio

Volume de esgoto coletado (média mensal em mil m³)

(62) 3243-3500 www.saneago.com.br

Índice de perdas de água (%)

Saneago - Goiás

Número de ligações de esgoto

Dados da rede de água e esgoto

Número de ligações de água

Empresa privada

Telefone/site

Empresa estadual

Empresa

Empresa municipal/autarquia

Categoria

150 41 751

41 280

583

552

921,73

34,94

494,83

1

1

15,52

31 381

2341

644

38

876,87

21,33

340,8

1

1

18,78


30

Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

Sistemas prediais

Migração ao sistema de medição individualizada de água em edifícios antigos Alexandre Luis Fontolan, Professor da Universidade Anhembi Morumbi, da Faculdade Lusófona SP e da Faculdade Capital Federal Daniel Setrak Sowmy, Pesquisador e Professor do IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas e da Escola Politécnica da USP

Em julho entrará em vigor a Lei Federal 13312, que institui a obrigatoriedade da medição individualizada de água em novos edifícios. Embora a legislação não inclua os condomínios antigos, a migração vale a pena. Estima-se uma redução de até 30% no consumo de água após a implementação da nova modalidade de cobrança [8]. O artigo traz um roteiro que pode ajudar os profissionais a executarem o retrofit nas edificações existentes de forma planejada e segura.

O

s edifícios residenciais são organizados em sistema de condomínio, com o rateio das despesas das áreas e serviços comuns, como a manutenção de elevadores, portaria e segurança. A distribuição de água e coleta de esgotos de cada apartamento são comumente incluídos na taxa condominial em edifícios antigos, resultado da concepção dos “traçados de tubulações” dos sistemas hidrossanitários utilizados.

Nessa tipologia (figura 1), a água fornecida pela concessionária é previamente armazenada em um reservatório inferior. Por meio de bombas hidráulicas, é elevada a um reservatório superior, que irá distribuí-la por derivações (barriletes) até os pontos de descida, chamados de colunas de distribuição. É comum que as colunas de distribuição (CD) estejam o mais próximo possível dos ramais de distribuição (tubulações de distribuição internas dos apartamen-

Reservatório superior

Sucção Alimentador predial

Recalque

Cavalete d’água Ramal predial Rede pública

Reservatório inferior

Fig. 1 - Alimentação e reservação no SMC

Bombas


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Tab. I - Condomínios de São Paulo que fizeram a migração para medição individualizada analisados no estudo. Com exceção do Aricanduva, todos têm sistema de distribuição de água típico do SMC Data de Migração Condomínio Estrutura Localização Perfil de usuário construção para SMI Misto: proprietários antigos (famílias) Pimentel, com 7 andares (50 Final da década Zona cerealista, e locatários de trabalhadores da 2016 apartamentos) de 1940 centro zona cerealista e comércio local Concreto armado, vedações em Lincoln, com 12 andares (69 Meados da Praça da Misto: famílias e escritórios de 2016 alvenaria de tijolos revestidos apartamentos e 13 escritórios) década de 1950 República, centro profissionais liberais Tupiniquins IV (Cohab), com Início da década Taipas, 5 andares (térreo e 4 andares Famílias 2015 de 1980 zona norte com 30 apartamentos) D. Felipe e D. Leonardo, com Concreto armado e vedações em Final da década Santana, zona duas torres, cada uma com alvenaria de blocos cerâmicos Famílias de classe média 2015 23 andares (somando 184 de 1990 norte revestidos. Apoio de pressurizador apartamentos) para os andares elevados e Milano, com Início da década sistema redutor de pressão para os Tatuapé, Famílias de classe média 2013 pavimentos mais baixos 18 andares (72 apartamentos) de 2000 zona leste Alvenaria estrutural revestida, com distribuição de água já em medição Aricanduva, com individualizada no sistema de Aricanduva, quatro torres, 8 andares cada autogestão (migrando ao SMI da Famílias de classe média 2019 (128 apartamentos) zona leste Sabesp), colunas de distribuição externas aos edifícios e medidores individualizados no barrilete

tos), em ambientes sobrepostos (cozinhas, banheiros, áreas de serviço, etc.), posicionados em áreas privativas nas unidades residenciais. De fato, diversos autores no passado indicavam a tendência de traçado de tubulações com colunas de distribuição (CD) atendendo a uma classe característica de usos. Esses traçados levam em conta a economicidade da instalação, mas é um dos principais condicionantes para a migração ao SMI – sistema de medição individual de água. Segundo a Sabesp [1], o SMI é definido como: “Sistema de medição individual de água em condomínios residenciais e/ou comerciais, que consiste na instalação de hidrômetro em cada unidade autônoma, de modo a possibilitar a medição do seu consumo, com a finalidade de emitir contas/faturas individuais”. A adoção do SMI de acordo com os conceitos atuais (ProAcqua em São Paulo, por exemplo) leva à possibilidade de gerenciamento do consumo e retorna dados importantes ao administrador (identificação de vazamentos, substituição de equipamentos, campanhas educacionais, etc.), incentivando um uso mais racional da água pelos condôminos. Não há um padrão

nacional e as experiências refletem peculiaridades regionais, geralmente instituídas pelas práticas anteriores de alguns municípios. Em julho de 2016 foi promulgada a Lei Federal 13312, que instituiu a obrigatoriedade do SMI em novos condomínios no prazo de cinco anos. A lei entra em vigor em julho de 2021, mas não aborda a situação dos edifícios antigos, não preparados para o SMI. Este artigo traz um roteiro que poderá ajudar os profissionais a realizarem a migração de sistemas nas obras existentes que, embora não obrigadas pela legislação, poderão se vir a adotar a individualização, considerando os diversos benefícios do investimento.

escopos de edificações residenciais antigas. Foram realizados seis estudos de casos de adaptação de uso executados na última década, em tipologias diferenciadas (padrão de uso e ocupação; localização dos empreendimentos; processos construtivos utilizados), evidenciando os problemas encontrados e as soluções adotadas. Após a análise dos casos e da pesquisa bibliográfica, foi possível desenvolver diretrizes de procedimento, com roteiros e critérios para a identificação e diagnóstico das necessidades para elaboração dos projetos, aprovações e condução das obras.

Método de pesquisa e análise

Além das instruções normativas e procedimentos vigentes, como normas da ABNT, ou padrões estabelecidos pelo poder público local, a abordagem para a migração ao SMI pode variar significativamente de uma edificação a outra. As tipologias dos condomínios residenciais antigos, tanto na caracterização de uso (conjunto habitacional, popular, médio, alto, etc.) como na idade e processos construtivos da edificação, podem implicar a necessidade de intervenções diferenciadas.

A estrutura da pesquisa foi organizada de modo a apresentar situações representativas de edificações verticais residenciais (em regime de condomínio), construídas no sistema de medição coletiva (SMC) e as respectivas intervenções para a migração ao sistema de medição individualizada (SMI). A pesquisa incluiu a aplicação prática desse tipo de retrofit, em diversos

Estudos de caso


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Sistemas prediais A obtenção de amos- Tab. II - Soluções de traçado adotadas nos estudos de caso Estudos Abrigos dos hidrômetros tras com diversidade tipoColunas de distribuição (CD) Barriletes Ramais de distribuição (RD) de caso individualizados lógica de edifícios antigos, Dois abrigos por andar Inutilizadas todas as CDs originais Inutilizados os originais Criados novos RDs horizontais submetidos a um modelo (do 1° ao 6°) e um abrigo e criadas duas novas na área e criadas novas a partir dos hidrômetros Pimentel no 7° andar, locados na comum (shaft) dentro dos novos derivações até a individualizados até a conexão comum de SMI, contribui circulação comum. abrigos. descida das novas CDs. aos ramais internos existentes. para identificação de proDois abrigos por andar Inutilizadas todas as CDs originais Criados novos RDs horizontais Adaptada a derivação (1° ao 11°). O apartamento e criadas duas novas na área a partir dos hidrômetros blemas, procedimentos e Lincoln existente até a descida do zelador no 12° andar comum (shaft) dentro dos novos individualizados até conexão das novas CDs. definição de condutas. não foi individualizado. abrigos. aos ramais internos existentes. Os estudos de casos se Retiradas as CDs originais Adaptada a derivação Pequenas adaptações de Seis abrigos no 4° andar, e criadas novas para cada baseiam em seis amostras interligação aos ramais existente até a descida Tupiniquins locados na circulação apartamento, na mesma prumada, existentes. das novas CDs. comum. de edifícios residenciais andentro dos apartamentos. tigos submetidos e auditaUm abrigo por andar locado Inutilizadas as CDs originais e Criados novos RDs horizontais Adaptada a derivação na circulação comum, D. Felipe e criadas novas de acordo com as a partir dos hidrômetros dos pelo padrão de SMI da existente até a descida D. Leonardo exceto do 1° andar locado zonas de pressão na área comum individualizados até a conexão das novas CDs. Sabesp em São Paulo, em no subsolo junto à VRP. dentro dos novos abrigos. aos ramais internos existentes. Inutilizadas as CDs originais e Criados novos RDs horizontais momentos distintos desde Um abrigo por andar Adaptada a derivação criadas novas de acordo com as a partir dos hidrômetros Milano locado na antecâmara existente até a descida a criação do programa em zonas de pressão na área comum individualizados até a conexão da escada. das novas CDs. 2007, com sistemas consdentro dos novos abrigos. aos ramais internos existentes. Quatro abrigos na trutivos, arquitetura, idades Adaptação do existente Não houve intervenção. Aricanduva cobertura de cada torre, Aproveitadas as CDs existentes. ao padrão da Sabesp. dos empreendimentos, perconectados aos barriletes. fis de habitação e soluções O viés da abordagem deve ser multidiferenciadas. bulações de distribuição e a criação dos pontos para instalação dos hidrômetros disciplinar, realizando estudos tanto do As principais características de cada amostra são apresentadas na tabela I. ponto de vista dos sistemas hidráuliindividuais, foram diversas (tabela II). Como as amostras dos estudos de cacos originais, bem como da arquitetura, estrutura e eventuais interferências sos possuem características distintas Roteiro técnico de outros subsistemas da edificação. entre os edifícios (idade, traçado de disÉ possível decompor o serviço total tribuição, disposição arquitetônica, sisO estudo da migração ao SMI em (figura 2) da migração ao SMI em cintemas construtivos, tipo de ocupação, edifícios antigos deve ser tratado de co atividades principais: levantamento etc.), as soluções encontradas, princimodo personalizado, de acordo com de subsídios; diagnóstico da situação palmente para o novo traçado das tuas características de cada edificação.


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Levantamento de subsídios

Diagnóstico da situação existente

Definição de conduta

Execução das obras

Consolidação

Identificação dos sistemas hidráulicos existentes

Alimentação e reservação

Novo traçado da distribuição

Planejamento das intervenções

Procedimentos junto à concessionária

Concepção estrutural, vedações e apoio

Barriletes e colunas de distribuição

Soluções arquitetônicas e estruturais

Tratamento dos transtornos aos moradores

Testes de integridade

Documentação necessária e aprovações

Ramais e sub-ramais de distribuição

Soluções para rede lógica de telemetria

Adaptação da arquitetura e estrutura

Elaboração de “as built”, arquivo e manuais

Aquecimento de água

Elaboração de projetos e memoriais

Execução do sistema hidráulico

Programação do acompanhamento e gestão

Instalações físicas e interferências

Elaboração de orçamentos

Execução do sistema de telemetria

Instalações elétricas e lógica

Questões administrativas e aprovações

Fig. 2 – Diretrizes para migração ao SMI

existente; definição de conduta; execução das obras; e consolidação do sistema. A seguir serão abordados individualmente os principais pontos de cada diretriz identificada.

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Levantamento de subsídios É o levantamento das informações necessárias para o desenvolvimento dos serviços. Além da identificação da situação existente (sistemas hidráulicos, aspectos arquitetônicos, estru-

turais, etc.), devem-se coletar documentos que possam amparar o pleno diagnóstico do edifício, direcionando o profissional nas soluções para cada caso. Para isso, é recomendável a organização sistêmica em três procedimentos de apoio (figura 3): vistoria inicial; anamnese; e inspeção. Alguns documentos podem não estar mais disponíveis, seja por falta de exigência na ocasião da construção, ou mesmo pela falta de conservação e guarda pelos condomínios. Nesse caso, haverá a necessidade de identificação in loco na fase de inspeção, para a posterior sequência dos trabalhos de diagnóstico. A prospecção é realizada com a abertura de “janelas” de inspeção (figura 4) ou mesmo com apoio de métodos não destrutivos (figura 5). Mesmo que haja o fornecimento de projetos detalhados (o que não é a


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Sistemas prediais regra), muitos apartamentos passam por reformas que, por vezes, alteram as tubulações. Isso leva à necessidade de prospecção minuciosa (figura 5), em todas as moradias, utilizando-se de recursos não destrutíveis (pacômetro) ou mesmo de aberturas na alvenaria. A demarcação da posição das tubulações permite a reprodução do modelo existente e servirá de ponto de partida para o novo traçado.

Diagnóstico da situação existente

Levantamento de subsídios:

Vistoria inicial

Anamnese

Inspeção

(Levantamento identificador situacional)

(Solicitação de documentos/ entrevistas)

(Levantamentos sistêmicos, criterioso ao SMI)

- Elaboração de croqui conceitual; - Levantamento fotográfico; - Descrição das características arquitetônicas; - Descrição das características estruturais; - Descrição das características das instalações hidráulicas; - Descrição das características das instalações de apoio.

- Projetos aprovados (prefeitura, AVBC); - Projetos executivos de arquitetura, estruturas, hidráulica, elétrica, etc.; - Memoriais descritivos e de cálculo; - Documentação do condomínio; - Projetos e memoriais de reformas/ampliação; - Histórico (edifício): entrevistas com zelador, síndico, moradores mais antigos, vizinhos, etc.

- Profissional com perfil multidisiplinar e visão sistêmica do SMI; - Viés da adaptação de uso de instalações prediais e de estruturas; - Levantamento de não conformidades e patologias nos sistemas hidráulicos; - Levantamento de interferências; - Verificação de potenciais adaptações de tubulações e infraestrutura física; - Levantamento de fatores relevantes ao projeto de SMI.

Fig. 3 – Procedimentos de apoio ao levantamento de subsídios

É realizado com o viés da migração ao SMI. Abordam diversos subsiste• instalação de eletrodutos mas, como alimentação e reservação, e caixas de passagem para o sistema de telemetria. barriletes e colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, aquecimento de Definição de água, instalações físicas e interferênconduta cias e de instalações elétrica e lógica. Alguns diagnósticos frequentes levam A premissa para os esà necessidade de: tudos de migração ao SMI • substituição do hidrômetro principal em edifícios antigos é a Fig. 4 – Prospecção de colunas de distribuição em laje de forro (saída pulsada); de se causar o menor im• substituição de tubulações por sinais pacto no edifício. É preciso criar uma soluções para o sistema lógico e de de corrosão; telemetria, elaboração dos projetos e hierarquia das prioridades e necessi• manutenção no sistema de recalque; memoriais, orçamento executivo e o dades do cliente. A definição de contratamento das questões administrati• isolamento das colunas de distriduta passa em um primeiro momento vas e de aprovações. buição internas aos apartamentos e na compatibilização entre o novo tracriação de novas para que possibiliçado das tubulações e a arquitetura Um modo prático para a definição tem a centralização de abrigo em área do novo traçado inicia-se com a fixa(e mesmo estrutura) do edifício. Após comum; ção do local para instalação do abrigo essa consolidação, são definidas as • isolamento de colunas de distribuição exclusivas para válvulas de descarga, incompatíveis com o SMI e substituição por bacia com caixa acoplada; • criação de shafts e abrigos de hidrômetros em área comum nos andares; • redesenho do traçado das tubulações, de acordo com a solução de posicionamento dos hidrômetros individuais; • contorno ou perfuração de elementos estruturais no novo traçado da distribuição; Fig. 5 – Resultado da prospecção de ramais e sub-ramais



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Sistemas prediais dos hidrômetros individuais, e traçar o menor caminhamento desde o reservatório superior até o plano de descida, respeitando as limitações estruturais e interferências já verificadas. A seguir, após o estabelecimento do abrigo com os novos hidrômetros, elabora-se o caminhamento das tubulações por meio do novo ramal de distribuição (já individualizado) até a conexão aos pontos dos ramais internos existentes (figura 6).

Execução das obras

Colunas de distribuição (CD) desabilitadas

Nova conexão (ramal) Novo trecho (ramal SMI)

Aquecedor

BN CH

BD

Novo trecho (sub-ramal)

BS

zadas. Para a garantia de que o sistema foi implantado de acordo com os preceitos dos projetos e memoriais aprovados, a empresa contratada deve realizar uma série de conferências e simulações antes da auditoria final do sistema.

Conclusão Fig. 6 – Exemplo de isométrico (nova distribuição)

São as intervenções em áreas de com a devida anotação da responsabiuso comum (subsolos, áreas de circulidade técnica. lação, reservatórios, hall de elevadoConsolidação res, etc.) e em áreas de uso privativo (dentro dos apartamentos e seus A consolidação dos serviços da migração ao SMI contempla a efetivação respectivos ambientes). Enquanto o da cobrança individual pela concesacesso às áreas comuns é praticasionária, os testes de integridade, o mente livre para as obras, as intervenções internas devem ser planejadas e arquivo da documentação gerada, negociadas de modo personalizado o treinamento da equipe interna na com os moradores. identificação de problemas e até mesO tratamento das questões arquimo o estudo de gestão de demantetônicas se deve principalmente às da, uma vez que o sistema de teleações para ocultar as novas tubulações metria permite a aquisição de dados expostas e na criação dos elementos de consumo. de controle nas áreas comuns (abrigo A integridade do sistema é fundos hidrômetros e equipamentos de damental para a confiabilidade na emissão das cobranças individualitelemetria). O revestimento em gesso acartonado (figura 7), por sua facilidade de aplicação, reduzido peso próprio, custos e acabamento, tem sido uma opção viável. Quanto às estruturas, deve-se evitar a perfuração de vigas ou pilares e, mesmo quando essenciais, somente com uma avaliação e laudo pericial expedido por especialista, Fig. 7 – Criação de abrigo e acabamentos em drywall

Em princípio, não existe edifício de impossível migração ao SMI. O que ocorre é a necessidade de estudo do uso das técnicas mais adequadas para cada tipo de edificação, levando-se em conta os critérios de funcionalidade e credibilidade do sistema, de economicidade tanto do processo construtivo (estrutural, arquitetônico e de instalações), como na operação pós-obra e manutenibilidade do sistema. Desse modo, as diretrizes apresentadas levam em conta a necessidade do planejamento prévio de todas as atividades para a migração ao SMI, desde o levantamento de dados iniciais (conhecimento pleno do sistema existente), até a entrega e treinamento de operação do sistema. Portanto, é possível sugerir um padrão de postura rotineira aos contratantes (condomínios) e executores. Dentre os procedimentos relatados, destacam-se: • o pleno conhecimento da edificação e dos sistemas prediais envolvidos, conseguidos no levantamento de subsídios;


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• a postura multidisciplinar do projetista, verificada na definição de conduta, para a elaboração de traçados das tubulações de forma harmoniosa com a estrutura e arquitetura da edificação, bem como das soluções mais adequadas de telemetria; • o conhecimento dos hábitos de consumo e perfis de uso dos habitantes, de modo a propiciar o correto dimensionamento das tubulações; • critérios de condução das obras, de modo a garantir a segurança dos usuários, e mitigando os transtornos naturais de intervenções em um edifício habitado; • a necessidade de acompanhamento do pós-obra, não apenas do ponto de vista da aprovação e comprovação da integridade do sistema implantado, mas na viabilidade de adoção de práticas de gestão ativa dos dados de

consumo, possibilitados pelo sistema computacional da telemetria. A demanda de migração ao SMI em edifícios antigos em todo o Brasil é imensa. São necessárias ações que permitam a divulgação das vantagens, bem como a capacitação dos profissionais e empresas em escala proporcional.

[4]

[5]

[6]

Referências [1] Sabesp. NTS 277: Critérios para implantação de medição individualizada em condomínios horizontais ou verticais: procedimento. 2008. [2] Sabesp. NTS 279: Medição individualizada em condomínios horizontais ou verticais Sistema interno de automação. Rev. 1 ed. 2008. [3] Fontolan, A.L.: Diretrizes para a migração ao sistema de medição individualizada de água em edifícios residenciais antigos. 2020. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em Engenharia III (Habitação: Pla-

[7]

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nejamento e Tecnologia), Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Ibape. Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia 13 (Ed.). Inspeção predial: Check-Up Predial: Guia da boa manutenção. 3. ed. Leud, 2012. Ibape, Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Comp.). Glossário de terminologia aplicável à engenharia de avaliações e perícias. 2002. Ilha, M. Oliveira, L. Gonçalves, O.: Sistemas de medição individualizada de água: como determinar as vazões de projeto para a especificação dos hidrômetros? Artigo Técnico. Engenharia sanitária ambiental. v.15 n.2, 2010. Proacqua. Programa de qualidade e produtividade dos sistemas de medição individualizada de água. (Org.). Sistemas prediais de água: Conceitos fundamentais e diretrizes de projeto. ABES, 2019. Apostila do curso de qualificação.

[8] Peres, A. R. B.: Avaliação durante operação de sistemas de medição individualizada de água em edifícios residenciais. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em Engenharia Civil, Universidade Federal de Goiás. 2006.


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Serviço

Guia de bombas A edição atualizada do guia traz a relação de fornecedores de bombas para aplicações de água e esgoto no país, com seus e-mails e telefones de atendimento ao cliente. Além dos tipos principais, como centrífugas, submersas e de deslocamento positivo, o levantamento reúne informações como materiais e tipos de instalação, dando um panorama completo e abrangente do mercado. Deslocamento positivo

Horizontal Instalação Vertical Aberto Semiaberto Fechado Afogada Sucção Autoescorvante Aberto Submersa Semiaberto Fechado Horizontal Instalação Vertical Afogada Sucção Autoescorvante Incêndio Dosadora Pneumática Lóbulo Vácuo Irrigação (1) Diafragma Pistão Peristáltica Engrenagem Submersa de poço Anfíbia (2) Para áreas classificadas Com acoplamento magnético Bomba de vácuo de anel líquido Bomba sanitária Bomba de polpa Para banheira e piscina Plástico Aço Aço carbono Ferro fundido Água Esgoto Aplicações Indústria/Processo

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Centrífuga Rotor

Outros tipos de bombas

Materiais

Rotor

Empresa / telefone / e-mail

Allprime Bombas (11) 97579-0812 comercial@allprimebombas.com.br Aquafilter (51) 99981-3993 comercial@aquafilter.com.br aQuamec (11) 98296-9913 contato@aquamecbrasil.com.br Azzomac (51) 99712-7125 vendas@azzomac.com.br Bomax do Brasil (11) 4138-8800 bomax@bomax.com.br Branco Motores (41) 3211-4040 marketing@basco.com Century do Brasil (11) 94146-3006 comercial@centurydobrasil.com.br Comercial Mazury (37) 99844-3266 administrativo@comercialmazury.com.br Dancor (21) 3408-9292 dancor@dancor.com.br Darka (11) 95698-3181 vendas@darka.com.br Dosivac (11) 3599-2262 dosivac@dosivac.com.br E H Bombas (31) 98793-5887 vendas@ehbombas.com.br Ebara (14) 4009-0000 comercial@ebara.com.br Ecosus (84) 99405-9606 ecosus@ecosus.com.br Ecotrim (11) 98420-0046 vendas@ecotrim.com.br ESA (11) 98836-4974 michelle@esa.com.br Etatron do Brasil (11) 3228-5774 vendas@etatron.com.br

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(1) Mono e multiestágio; (2) Para uso dentro e fora da água; (3) SBL - Sistema de Bombeamento em Linha

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Serviço Horizontal Instalação Vertical Aberto Semiaberto Fechado Afogada Sucção Autoescorvante Aberto Submersa Semiaberto Fechado Horizontal Instalação Vertical Afogada Sucção Autoescorvante Incêndio Dosadora Pneumática Lóbulo Vácuo Irrigação (1) Diafragma Pistão Peristáltica Engrenagem Submersa de poço Anfíbia (2) Para áreas classificadas Com acoplamento magnético Bomba de vácuo de anel líquido Bomba sanitária Bomba de polpa Para banheira e piscina Plástico Aço Aço carbono Ferro fundido Água Esgoto Aplicações Indústria/Processo

Deslocamento positivo

Centrífuga Rotor

Outros tipos de bombas

Materiais

Rotor

Empresa / telefone / e-mail

Exatta Bombas (48) 3035-2777 vendas@exatta.ind.br

Famac (47) 99968-5287 famac@famac.ind.br

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Flowex (11) 4316-0900 aleite@flowex.com.br

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Flowserve do Brasil (21) 98151-2642 vendasbombas@flowserve.com

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Fluid Brasil (11) 98420-6382 comercial@fluidbrasil.com.br

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Franklin Electric 0800 648 0200 vendasjoinville@fale.com

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Grundfos Brasil (11) 98578-7968 recepcaobrasil@grundfos.com

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Higra (51) 99245-4886 vendas@higra.com.br

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Ideu Tecnologia (11) 97192-8736 contato@ideu.com.br

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Improv (19) 98144-1081 contato@improvequipamentos.com.br

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Instruval (11) 98389-0298 contato@instruval.net

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ITT Rheinhutte Pumpen (11) 98201-8400 industrial@rheinhuette.com

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KP Bombas (51) 3723-5445 alexandre@kpsolucoes.com.br

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Lepono 0800 001 1025 comercial10@leponodobrasil.com.br

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Lorenzetti 0800 015 0211 televendas@lorenzetti.com.br

Master Pump (11) 98332-0551 vendas@masterpump.com.br

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MB Brasil (11) 4224-9399 vendas@bombasmb.com.br

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Mega Bombas (51) 3600-6301 megabombas@megabombas.com.br

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Megapress (11) 97639-7654 comercial@megapress.com.br

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Omel (11) 95666-7458 omel@omel.com.br

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Pumps Brasil (19) 99510-3260 comercial@pumpsbrasil.com.br

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(1) Mono e multiestágio; (2) Para uso dentro e fora da água; (3) SBL - Sistema de Bombeamento em Linha

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Nash (19) 3765-8000 nash.comercial@gardnerdenver.com NeoBortoli (48) 99611-1991 comercial@neobortoli.com.br

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Horizontal Instalação Vertical Aberto Semiaberto Fechado Afogada Sucção Autoescorvante Aberto Submersa Semiaberto Fechado Horizontal Instalação Vertical Afogada Sucção Autoescorvante Incêndio Dosadora Pneumática Lóbulo Vácuo Irrigação (1) Diafragma Pistão Peristáltica Engrenagem Submersa de poço Anfíbia (2) Para áreas classificadas Com acoplamento magnético Bomba de vácuo de anel líquido Bomba sanitária Bomba de polpa Para banheira e piscina Plástico Aço Aço carbono Ferro fundido Água Esgoto Aplicações Indústria/Processo

Deslocamento positivo

Centrífuga Rotor

Outros tipos de bombas

Materiais

Rotor

Empresa / telefone / e-mail

Ruhrpumpen do Brasil (11) 98772-0409 vendasbrasil@ruhrpumpen.com

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Sanitrit Brasil (11) 3052-2292 sanitrit@sanitrit.com.br

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Somar by Schulz (11) 98211-9870 antonio.melo@schulz.com.br

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Sulzer (11) 3379-5660 vendas.sp@sulzer.com

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SPV Bombas (11) 94071-0574 vendas@spvbomba.com.br

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Twin Pumps (11) 98441-0651 twinpumps@terra.com.br

Vallair (11) 4950-6980 vendas@vallair.com.br

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Vazflux (11) 99374-9376 contato@vazflux.ind.br

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Texius (51) 3371-7700 vendas@texius.com.br

Tecitec (11) 99658-2793 tecitec@tecitec.com.br

Vogelsang (51) 3562-3388 valeria.alves@vogelsang.com.br

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(1) Mono e multiestágio; (2) Para uso dentro e fora da água; (3) SBL - Sistema de Bombeamento em Linha

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 220 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Hydro, abril, maio e junho de 2021. Este e outros 20 Guias HY estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/hydro e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

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Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

Tratamento de água

Resinas de troca iônica para remoção de nitrato Manuelle Karvat, coordenadora de projetos na Union Equipamentos

D Com o lançamento de despejos irregulares de esgoto ou uso de soluções simplificadas de disposição, um dos elementos presentes é a amônia que, por meio do ciclo de nitrogênio, se converte em nitrito e depois em nitrato e, dependendo do tipo de solo e nível de contaminação, chega até o aquífero, contaminando a água para abastecimento público. O artigo avalia o uso de resinas de troca iônica para solucionar o problema.

evido à escassez de águas superficiais no Nordeste brasileiro, a maior parte da região depende de águas subterrâneas para o abastecimento público, como é o caso de Natal, RN, que atende a população por meio do aquífero Dunas-Barreiras. Sem saneamento público, sumidouros e fossas sépticas são empregados como solução para descarte de esgoto, contaminando corpos hídricos. O nitrato é uma das últimas formas de degradação da amônia, excretadas pelo ser humano em seus dejetos. Sua presença caracteriza uma contaminação não recente, pois o nitrogênio encontra-se em seu último estágio de decomposição, elevando a concentração de amônio (NH4) que, ao se oxidar pela ação de bactérias nitrificadoras, dá origem ao nitrato (NO3). Estudos realizados no Brasil e no mundo têm relacionado a contaminação com fatores como densidade populacional e áreas saneadas ou não. Melo, Queiroz e Hunziker [1] associam o crescimento populacional com o aumento de lançamento de esgotos e, consequentemente, a presença de elementos nitrogenados e cloretos em lençóis freáticos, possíveis indicativos de poluição por matéria orgânica. Como o nitrato é encontrado na forma iônica, o que faz com que sua

mobilidade seja elevada, ele consegue atingir facilmente as águas subterrâneas, especialmente quando está mais próximo a um ambiente fortemente oxidante como o solo, sedimentos com elevada permeabilidade ou em rochas fraturadas (que dispõem de teores elevados de oxigênio gasoso dissolvido. O nitrato (NO3-) pode chegar às águas subterrâneas por meio da introdução de esgotos domésticos e industriais e pela percolação de fertilizantes agrícolas em áreas cultivadas. Não se degrada facilmente em sistemas aeróbios. A tecnologia mais aplicada para a remoção de nitratos em águas residuais é a degradação biológica do nitrogênio até seu estágio de oxidação final, na forma gasosa (N2), realizado em estações de tratamento em etapa terciária ou complementar, depois do tratamento preliminar (sólidos grosseiros), primário e secundário (tratamentos físicos e biológicos). Contudo, esse tipo de remoção não é seletivo, sendo realizado principalmente em águas residuais com parâmetros de contaminação por meio de várias etapas. Ou seja, não é específico para remoção do íon nitrato. Assim, sua aplicabilidade em águas para abastecimento oriundas de poços


Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

subterrâneos contaminados somente com esse poluente não é viável. O nitrato é um composto muito solúvel e difícil de remover. Infelizmente, tratamentos caseiros como filtração, desinfecção e abrandamento não são efetivos. Já o aquecimento da água gera ainda mais nitrato no meio. Assim, técnicas como troca iônica, destilação e osmose reversa acabam sendo mais indicados. Segundo Wheaton & Lefevre [2], a troca iônica é um método de separação que realiza um intercâmbio mutável de íons entre uma fase sólida e um líquido sem que haja mudanças na estrutura da fase sólida. A grande vantagem está na reversibilidade do processo, pois pode ser utilizado diversas vezes. Trocadores iônicos são inertes e não causam risco à saúde humana. Como possuem sítios ativos específicos, costumam ser aplicados em segmentos alimentícios, farmacêuticos, cosméticos, processos galvânicos, petroquímicas, indústrias químicas em geral, em situações específicas, como remoção de íons contaminantes. Para que a troca ocorra, é necessário que o material retido seja de carga

oposta. Assim, se íons fixos da matriz são positivos, os íons deslocáveis ou trocáveis devem ser negativos. Mas se estes forem positivos, então a matriz deve ter carga negativa. São chamados de trocadores aniônicos e catiônicos, respectivamente. A capacidade de troca e a seletividade são características fundamentais para o funcionamento de uma resina. Elas determinam a escolha mais assertiva durante um projeto, de acordo com a sua finalidade. Também expressam características como a quantidade máxima de íons que pode ser captada, seletividade expressa e que tipos de íons serão atraídos para os sítios ativos. Estão relacionadas com a natureza do grupo funcional do trocador. A Portaria do Ministério da Saúde nº 2914, que determina a potabilidade da água, estabelece um limite máximo de 10 mg/L NO3-N para águas de abastecimento. Teores acima podem causar doenças como metahemoglobinemia, também conhecida como síndrome do bebê azul, e câncer gástrico, além de estar relacionados com casos de cefaleia, taquicardia e diminuição de ácido gástrico no estômago.

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Materiais e métodos O poço utilizado para a aplicação do teste em planta piloto fica no bairro Candelária, em Natal, RN. A água tratada foi destinada para abastecimento de uma área comercial com lojas, cinema e restaurantes, totalizando um fluxo de suprimento de aproximadamente 12 m3/h, isenta de nitrato. O tratamento teve o intuito de tornar o seu consumo mais econômico. O poço já era existente e previamente outorgado pelo IGARN – Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte, com o conhecimento dos usuários de sua contaminação com nitrato. O poço para retirada de água é tubular. A sucção é realizada com tubulação de diâmetro externo de 6 polegadas, com uma bomba submersa a 90 m de profundidade, possuindo vazão total de 13 m3/h. A planta piloto baseou-se na remoção de nitrato em água contaminada através de tecnologia de troca iônica, composto por um filtro de areia e um leito filtrante contendo resina em fluxo descendente. A operação é automatizada por meio de válvula multivias (figura 1).


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Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

Tratamento de água Previamente ao FN - Filtro de Remoção de Nitrato, foi instalado um FM - Filtro de Areia Multicamadas de granulometrias diferentes, com o objetivo de remover turbidez, cor e sujidades de até 40 micra, uma vez que as substâncias citadas podem tamponar os poros da resina, impedindo-a de realizar a troca iônica. Em casos extremos de contaminação da resina com matéria orgânica, pode ocorrer oxidação de sua estrutura polimérica, causando ruptura da esfera e inviabilizando o processo. Para construir o FM, foi utilizado um vaso de pressão de PRFV - Polietileno Revestido com Fibra de Vidro, com diâmetro externo de 1100 mm, altura total de 2000 mm e classe de pressão 100 psi, abaulado nas partes superior e inferior, com estrutura autoportante em polietileno e formato trapézio tipo saia para seu suporte. Já a montagem do FN demandou um sistema similar, com diâmetro externo de 920 mm e altura de 2000 mm. Para a mistura e armazenamento da solução de salmoura, foi construído um tanque de polipropileno com 1,22 m, 1,3 m de altura e 6 mm de

Fig. 1 – Montagem da planta piloto

espessura, totalizando 1519 L. O reservatório é provido de um conjunto agitador com motor 1/3 CV, pás tipo hélice e haste em aço inox 304, com altura de 0,8 m. Dentro dos vasos de pressão foram colocados 900 L de resina aniônica de troca iônica seletiva no FN para a remoção de nitratos e cerca de 900 kg de material filtrante para o FM. A operação dos filtros foi realizada com o auxílio de válvula automática rosqueada no topo de cada vaso, permitindo fluxos descendente e ascen-

dente, inserção de produto químico durante regeneração no filtro de nitrato e posterior enxágue dos leitos. Já a operação da planta piloto também foi realizada por válvula automática localizada no topo do vaso, responsável por controlar a operação de filtração, permitindo fluxos durante o momento de regeneração. Assim, cinco funções foram realizadas em etapas: operação, retrolavagem, sucção de salmoura, refil de água e enxágue. Quando uma operação finalizava, a válvula realizava uma modulagem interna das


Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

vias de passagem de fluxo, alterando para outra operação, até todas serem realizadas, iniciando um novo ciclo de trabalho. As etapas de retrolavagem, sucção de salmoura e enxágue fazem parte da regeneração da resina. O refil de água é um suporte para que a operação fique automatizada. Para analisar a remoção de nitrato do FN foi feita uma verificação quantitativa via análises laboratoriais, observando se a quantidade de saída da planta piloto obedecia à Portaria nº 2914, ou seja, igual ou inferior a 10 mg/L de NO3-N. Foi analisado o comportamento da planta piloto, de junho a novembro de 2016. Para verificar a relação custo/ benefício da planta piloto, o custo da água fornecida pela concessionária local CAERN – Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte foi comparado com o custo operacional da planta piloto, relacionando valores de custo do operador, energia da bomba para pressurização do sistema, sal para regeneração e água extraída do poço. Foi verificado ainda o valor de payback simples da planta piloto, baseado na economia mensal.

Fig. 2 – Coloração da água antes e depois da planta piloto

Resultados obtidos Após uma avaliação inicial da qualidade de água do poço de estudo, verificou-se que dois parâmetros não se enquadravam na Portaria nº 2914: • nitrato – apresentou-se 30% acima do limite permissível; • pH – encontrou-se levemente ácido, com 5,98. Ao coletar amostras na entrada e na saída da planta piloto para amostragem, foi possível notar uma diferença significativa na coloração. O FM atingiu o objetivo de remover sujidades, tornando a água de amarelada a incolor (figura 2). De acordo com o fabricante, a sujidade existente poderia se acumular

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gradativamente nos poros da resina, causando entupimento dos sítios ativos ou ruptura das esferas, impedindo a troca iônica e diminuindo a eficiência do filtro para remoção de nitratos. As análises referentes às coletas feitas na saída do filtro durante a etapa de remoção de nitrato mostraram que houve remoção do teor de nitrato a níveis aceitáveis para consumo humano, segundo Portaria nº 2914 (≤10 mg/L NO3-N), conforme sintetizam a tabela I e a figura 3. Dentro das análises, houve variação do teor de nitrato da saída do filtro, de 1 a 2,9 mg/L de NO3 obtendo-se eficiência de remoção de 78% a 92% (figura 3). Segundo o fabricante, a remoção de nitrato do equipamento só foi possível por ser um composto iônico. Se Tab. I – Resultados da campanha de nitrato (junho a novembro de 2016) Valor de nitrato (mg/L NO3-N) Mês na saída da planta piloto Junho 2 Julho 1 Agosto 1 Setembro 2 Outubro 2 Novembro 2,9


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Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

Tratamento de água 95,0

12,00

90,0

8,00

Eficiência (%)

Nitrato (mg/L NO3-N)

10,00

85,0 6,00 80,0 4,00

Leitura de nitrato 75,0

2,00

Limite permissível Eficiência

70,0

6 No v/1

6

6

t/1 Ou

Ag o/ 1

Se t/1

6

6 l/1 Ju

Ju

n/

16

0,00

Período Fig. 3 – Variação de nitrato e eficiência do FN de junho a novembro de 2016

quando a água contém uma quantidade significativa de sulfato. Ao avaliar o teor de sulfato na saída da planta piloto, que é o principal íon concorrente do nitrato devido à sua maior valência na última camada de elétrons, pode-se verificar que houve variação nos valores. Durante todo o período analisado, o teor de sulfato ficou dentro do limite permissível por lei, que é ≤ 250 mg/L de SO4 (figura 5). Com base nos valores gastos mensalmente, pode-se calcular o payback da planta piloto, resultando em 6,19 meses (tabela II). Fazendo uma análise do custo mensal do tratamento realizado com

fosse de origem orgânica, ou seja, ligado com cadeias carbônicas, a utilização da resina não seria efetiva. Como no processo de troca iônica, há a troca dos íons de nitrato pelos de cloreto. É normal observar um leve acréscimo no teor desse componente na saída da planta piloto quando comparado com seu valor de entrada (figura 4). Entretanto, o acréscimo não ocorreu de forma significativa, de forma a extrapolar os níveis da legislação de potabilidade, que estabelece valor de até 250 mg/L de cloreto. Segundo Mahler, Colter e Hirnick [3], a remoção de nitrato por meio de troca iônica é muito efetiva, exceto 250,0

Cloreto (mg/L Cl-)

220,0 190,0 160,0 130,0

Leitura de cloreto

100,0

Limite permissível

70,0 40,0

Período Fig. 4 – Variação de cloreto de junho a novembro de 2016

6 v/1 No

6 t/1 Ou

6 t/1 Se

16 o/ Ag

6 l/1 Ju

Ju

n/

16

10,0


Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

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Tab. II – Payback da planta piloto consi‑ derando um consumo mensal de 2880 m3 e já excluindo o valor da operação Valor

o equipamento, Investimento em um ciclo de Energia 18 horas, ob- Sal tém-se um valor Obra Água da concessionária de R$ 2021,02 Economia mensal para a produção Payback de 2880 m3 de água desnitrificada. Já fazendo a relação entre o custo e a produção, obtém-se um valor de R$ 0,70 por m3, quantia 13 vezes menor do que os R$ 9,54 m3 cobrados pela concessionária, tornando a utilização da planta piloto economicamente mais viável do que a rede pública.

R$ 162.000 R$ 415,62 R$ 1065,60 R$ 142 R$ 27.763,20 R$ 26.139,98 6,19 meses

Conclusão

O poço utilizado no estudo mostrou contaminação com nitrato e uma alteração no parâmetro de pH, com os demais critérios analisados de acordo com a Portaria nº 2914 do Ministério da Saúde. Já o FM mostrou-se eficiente na remoção de cor, turbidez e sujidades, impedindo que se acumulassem no inferior das esferas de troca iônica e o intercâmbio iônico. Entre os meses de junho e novembro de 2016, foi possível verificar um

Sulfato (mg/L SO4)

250,00

índice de eficiência de até 92% na remoção de nitrato com a tecnologia de troca iônica, sem que houvesse um aumento significativo no teor de cloreto. Também foi possível perceber alterações nos teores medidos de sulfato e cloreto, mas que não foram significativas a ponto de comprometerem a eficiência do processo. Verificou-se um payback médio de 6,19 meses, viabilizando economicamente o projeto. Foi gerado um custo de R$ 0,70 por m3 de água tratada, 13 vezes inferior ao da CAERN, tornando-se uma alternativa viável para o tratamento de águas contaminadas com nitrato.

200,00

Referências

150,00

[1] Melo, J. G. De; Queiroz, M. A.; Hunziker, J. Mecanismos e Fontes de Contaminação das Águas Subterrâneas de Natal/RN por Nitrato. X Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, 1998. [2] Wheaton, R.M.; Lefevre, L.J. Dow Liquid Separations: DOWEX Ion Exchange Resins — Fundamentals of Ion Exchange. The Dow Chemical Company, 2000. [3] Mahler, R.L.; Colter, A.; Hirnick, R. Nitrate and Groundwater. Quality Water for Idaho. University of Idaho, College of Agricultural and Life Sciences, 2007.

Leitura de sulfato

100,00

Limite permissível 50,00

6 No

v/1

6 t/1 Ou

6 t/1 Se

16 o/ Ag

6 l/1 Ju

Ju

n/

16

0,00

Período Fig. 5 – Variação de sulfato de junho a novembro de 2016


Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

Serviço

Guia de medidores de vazão Com a iminente entrada em vigor da Lei 13.312, que estabelece que as novas edificações residenciais sejam entregues com a estrutura para medição individualizada de água já instalada, a previsão é que a procura por essas soluções cresça até 50% já no primeiro ano da medida. No guia a seguir podem ser localizados os fornecedores de hidrômetros de vários modelos e tipos de leituras, além de outros tipos de medidores de vazão e instrumentos para sistemas de água e esgoto. Medidores de vazão Hidrômetro

Tipo

Empresa / telefone / e-mail

Accell Solutions (19) 3471-8475 marcos.revelin@accellsolutions.com

Outros produtos

Comercial Industrial Residencial Gerenciamento da rede Ultrassônico Protocolo Mbus Protocolo Pulse Radiofrequência SMS Celular GPRS Deslocamento positivo Turbina Placa de orifício Pressão Tubo venturi diferencial Tubo Pitot Rotâmetro Acoplamento magnético Turbina axial Mola e pistão Thermal Mássico Coriolis Doppler Clamp on Tempo de trânsito Intrusivo Beam Canal aberto Macromedidor Inserção (com ou sem válvula) Magnético Dosagem de produtos químicos Vortex (flangeado) Visor de fluxo Sensor de fluxo Célula de carga Registrador Sonda portátil Medidor de nível de água Medidor de nível e volume 3D Detector de gases

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Área variável

Ultra-sônico

Leitura remota

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• • • •

• • •

Alfacomp (51) 99380-2956 comercial@alfacomp.ind.br Bermad Brasil (11) 3074-1199 bermad.br@bermad.com

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• • • • •

• • • • •

Contech (11) 97299-0808 altair@contechind.com.br

• • • • • • • •

Digimat (11) 98464-6648 digimat@digimat.com.br Digitrol (11) 98745-0811 vendas@digitrol.com.br Eletra Eneergy (85) 99199-8896 vendas.agua@eletraenergy.com

• • • • • •

• • • •

• • • • • • •

GEMÜ (41) 3382-2425 comercial@gemue.com.br

• •

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• • • • • • • • • • • • •

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Fokal (11) 99153-7359 c@fokal.com.br Gaiatec Sistemas (11) 98954-2866 gaiatec@gaiatecsistemas.com.br

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Expansul (51) 98446-8055 expansul@expansul.com.br Fluid Brasil (11) 98420-6382 comercial@fluidbrasil.com.br

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Clean Environment (19) 98100-6906 clean@clean.com.br Conaut (11) 97295-0972 saneamento@conaut.com.br

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O núcleo inovador latino-americano para o futuro da energia EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO

THE SMARTER E SOUTH AMERICA - O CENTRO INOVADOR LATINO-AMERICANO PARA O NOVO MUNDO DA ENERGIA


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Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

Serviço Medidores de vazão

Tipo

Empresa / telefone / e-mail

Hidrometer (11) 98516-4367 vendas3@hidrometer.com.br

Área variável

Ultra-sônico

Leitura remota

• • • • • • • • • • • •

Hirsa (21) 2467-9200 hirsa@hirsa.com.br HW (11) 96428-5276 hw.saopaulo@uol.com.br

Outros produtos

Comercial Industrial Residencial Gerenciamento da rede Ultrassônico Protocolo Mbus Protocolo Pulse Radiofrequência SMS Celular GPRS Deslocamento positivo Turbina Placa de orifício Pressão Tubo venturi diferencial Tubo Pitot Rotâmetro Acoplamento magnético Turbina axial Mola e pistão Thermal Mássico Coriolis Doppler Clamp on Tempo de trânsito Intrusivo Beam Canal aberto Macromedidor Inserção (com ou sem válvula) Magnético Dosagem de produtos químicos Vortex (flangeado) Visor de fluxo Sensor de fluxo Célula de carga Registrador Sonda portátil Medidor de nível de água Medidor de nível e volume 3D Detector de gases

Hidrômetro

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Isoil Lamon (31) 3373-1552 vendas@isoil-lamon.com.br

• •

MDB (11) 3674-1773 emerson@sdbmetering.com.br

• • • • • • • • • •

Nivetec (11) 93274-7507 comercial@nivetec.com.br

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Omel (11) 95666-7458 omel@omel.com.br

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• •

Sagatech (38) 99900-2138 marcilio.duarte@sagatechbrasil.com.br

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• •

Sappel do Brasil (11) 99145-8772 emerson@sdbmetering.com.br

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Siemens 08000 11 94 84 atendimento.br@siemens.com

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Tecitec (11) 2198-2212 tecitec@tecitec.com.br

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Tecnofluid (31) 99363-0068 vendas@tecnofluid.com.br

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Tecnosan (47) 99983-8331 tecnosan@tecnosan.com.br

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Vallair (11) 4950-6980 vendas@vallair.com.br

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Willy - Ashcroft (11) 98907-1860 vendas@ashcroft.com Zenner do Brasil (51) 99529-8922 comercialrs@zenner.com.br

• • • •

Kit Nível (11) 97376-4019 kitnivel@kitnivel.com

Vika Controls (11) 98706-1382 vendas@vikacontrols.com.br

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Incontrol (11) 99382-6560 vendas@levelcontrol.com.br

USE (21) 98835-6524 consulta@use.com.br

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Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 186 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Hydro, abril, maio e junho de 2021. Este e outros 20 Guias HY estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/hydro e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.


PROMOÇÃO

34 ANOS

PATROCÍNIO - COTA VIP

PATROCÍNIO - COTA ESTANDE

PATROCÍNIO - COTA DIVULGAÇÃO

APOIO INSTITUCIONAL


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Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

Conexão

João Mauro Araújo, diretor de operações da Casa das Válvulas

U

tilizada pela primeira vez pela indústria de papel na década de 1930, a válvula macho excêntrica pode manipular fluidos com conteúdo sólido de maneira semelhante à do tipo gaveta. Entretanto, esses modelos também oferecem vantagens importantes de uma válvula de um quarto de volta, como serviço de modulação. A válvula macho excêntrica consiste em um corpo de ferro fundido e uma tampa removível aparafusada. O plugue tem um revestimento resiliente para vedação contra uma sede soldada a níquel no corpo. No Brasil e no mundo, é amplamente utilizada em sistemas de saneamento e tratamento de efluentes. Por serem mais onerosas em relação a outros modelos, costumam ser aplicadas em esgotos onde o fluido é mais viscoso e possui sólidos em suspensão, necessitando da performance obtida pela válvula macho tri-excêntrica. Devido ao seu design, é um produto que possui melhor performance e durabilidade, além de ser quase três

Construção e instalação de válvula macho excêntrica O tratamento de efluentes apresenta muitos desafios para bombas e válvulas devido à presença de areia, sólidos e detritos, dependendo da localização do equipamento. Em virtude de suas características de construção e funcionamento, a válvula macho excêntrica costuma ser uma opção para trabalhar com líquidos de elevada viscosidade.

vezes maior que outros modelos, como a válvula esfera, por exemplo. Seu eixo é tipicamente fundido integralmente como parte do obturador e gira em rolamentos de aço inoxidável na parte inferior do corpo e na tampa. O acionamento é feito com um atuador de engrenagem helicoidal, necessário em válvulas maiores que 8 polegadas. Um atuador de engrenagem helicoidal pode ser benéfico para manter a válvula na posição contra o fluxo. Entretanto, a atuação pneumática, elétrica e hidráulica também são boas opções.

Ação excêntrica

Posição fechada

Extremidade do assento Linha central de assento

Direção da pressão

Pressão reversa Linha central de eixo do plugue

Fig. 1 – Direções de pressão

Direção da pressão Eixo horizontal

Sólidos sedimentados

Pressão reversa

Extremidade do assento

Fig. 2 – Instalação da válvula macho excêntrica para a sedimentação de sólidos

O que torna esse equipamento tão especial, criando uma característica única, é que sua sede é deslocada do eixo da válvula, proporcionando ação excêntrica. A figura 1 ilustra o segundo deslocamento entre as linhas de centro, sede e eixo.

Uma válvula de tamanho médio pode ter um segundo deslocamento de meia polegada. Conforme abre no sentido anti-horário em torno do eixo, o deslocamento duplo faz com que o obturador se levante da sede enquanto gira para abrir. A ação de


Padrões

Extremidade do assento

Sólidos sedimentados

Direção da pressão

levantamento ajuda a prevenir o desgaste em serviços de águas residuais arenosas. A figura 2 ilustra duas direções de pressão: direta e indireta. A primeira é aplicada na extremidade da válvula oposta à sede. Já a segunda é utilizada na extremidade da sede. A função de vedação da válvula é auxiliada pela pressão direta que empurra o obturador firmemente na sede. A válvula também vedará com pressão na direção reversa, mas o plugue precisa ser girado no sentido horário além do centro da sede. Devido à ação excêntrica, quanto maior a rotação de fechamento, mais apertada é a vedação. Se a válvula se desgastar durante o serviço, ela pode ser fechada novamente para restaurar sua vedação estanque.

Pressão reversa

Hydro • Abril/Maio/Junho 2021

Fig. 3 – Instalação da válvula macho excêntrica em tubulações verticais

válvula macho excêntrica estão disponíveis. Um deles têm a face de plugue e sede cilíndricas. Em outro, a porta e a face são redondas, semelhantes a uma válvula de meia esfera. Os dois tipos podem ser fornecidos com aberturas de porta padrão de 80% ou 100%, controlados por pigs de uretano flexíveis. Também podem ter sedes metal-metal para aplicações severas, como serviço de lodo ativado.

A válvula macho excêntrica foi padronizada pela primeira vez no MSS - Manufacturers Standardization Society Standard SP-108, em 1991. À medida que a AWWA - American Instalação Water Works Associations se expandia em aplicações de águas residuais, Devido à geometria da válvula mapublicou em 2005 o AWWA Standard cho excêntrica e seu uso em serviços C517. Os dois padrões são congruende águas residuais, recomendações tes com materiais de construção e esespeciais de instalação devem ser seguidas. Conforme mostrado na ficopo semelhantes. As válvulas macho excêntricas são gura 2, quando se espera sedimenfornecidas em tamanhos de 3 a 72 polegadas, com classificação de pressão de trabalho a frio de 150 ou 175 psi, a depender do tamanho. Os equipamentos estão disponíveis em configurações de corpo curto e longo e são testadas na direção de pressão direta, a menos que especificado de outra forma. Apesar dos padrões publicados, projetos alternativos de Fig. 4 – Válvula macho excêntrica

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tação de sólidos, a válvula deve ser aplicada com o eixo na horizontal de forma que, quando estiver aberta, o plugue fique no topo do tubo. Além disso, a extremidade da sede deve estar voltada para a bomba para que, quando a bomba estiver desligada, a pressão do sistema empurre o plugue em direção à sede. Em caso de instalação em tubulações verticais, independentemente da direção do fluxo, a válvula deverá estar com a extremidade da sede para cima. Com isso, os sólidos sedimentados não se acumulam quando o instrumento é fechado (figura 3).

Conclusão A válvula macho excêntrica com sede resiliente foi projetada para lidar com tratamento de água e efluentes com elevada carga de sólidos. Quando equipada com revestimento de borracha, é capaz de lidar com fluidos abrasivos. Por ser uma válvula de um quarto de volta, é facilmente automatizada para controlar o fluxo ou pressão do processo (figura 4). Um bom conjunto de equipamentos também requer complementos importantes que acompanhem a durabilidade e resiliência da válvula. Por isso, na composição do conjunto de elementos, é imprescindível que tubos e conexões e qualidade sejam escolhidos adequadamente. O sistema também deverá ser composto por outras válvulas complementares, como borboletas e guilhotinas, que auxiliem no controle e segurança do sistema de condução do fluido transportado.


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a lugares sem infraestrutura, energia elétrica ou até mes‑ mo tubulação preparada para o funcionamento. A bomba Tornado T1 XLB-6/2 já foi aplicada para deslocamento dentro de um pátio de em‑ presa e dimensionada para trabalhar com fluido de bom‑ beio de esgoto e lodo com vazão de 360 m3/h a uma pressão de 3 bar. Acionada por um motor turbo diesel de mais de 100 CV de potência, apresenta conjunto aciona‑ mento embreagem, redutor de velocidade e acoplamento. Site: www.netzsch.com.br

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palmente, para os mercados de engenharia e construção. Algumas das soluções envol‑ vem sistemas de drenagem em aço inoxidável para áreas produtivas. Já para áreas ex‑ ternas são oferecidos siste‑ mas de drenagem pré‑fabri‑ cados em concreto polímero, com grelha interligada ao canal ou removível.

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A revista Hydro é enviada gratuitamente para profissionais e empresas devidamente qualificados. Se você está interessado em receber a revista, preencha todos os campos pertinentes deste formulário e envie-o para: Aranda Editora Al. Olga, 315 01155-900 São Paulo, SP Tel. (11) 3824-5300

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Sim, desejo receber a revista Hydro gratuitamente. Nome: __________________________________________________________________________________________ Empresa: ________________________________________________________________________________________ Endereço da empresa: ______________________________________________________________________________ Complemento de end. ou Depto. ______________________________________________________________________ CEP _____________ Cidade ______________________________________________________________ UF ______

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Número de empregados da empresa/divisão

Formação profissional Engenheiro. Modalidade: ______________________________ Tecnólogo. Modalidade:

Até 50 51 a 100

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101 a 500

Técnico (2º G). Modalidade:

501 a 1000

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Acima de 1000

Outra. Especifique: ______________________________

Perfil da empresa. Indique abaixo a opção que melhor descreve as atividades de sua empresa / organização: 1. Engenharia – Serviços técnicos especializados Tipo de serviço: consultoria projetos instalações, montagens manutenção, reformas outros

Mercados em que atua: instalações hidrossanitárias prediais tratamento de água tratamento de esgotos sanitários tratamento de efluentes industriais redes públicas de distribuição

2. Empresa / concessionária de serviço público de saneamento Empresa estadual de saneamento Empresa / autarquia municipal de água e esgotos Concessionária de serviço público de saneamento 3. Indústria(ver também seção 4) Setor em que a empresa se enquadra: Mineração Alimentos Bebidas Têxteis Vestuário, confecções Produtos de couro, calçados Papel e celulose

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Refino de petróleo, álcool Petroquímica Química Farmacêutica Produtos de limpeza, perfumaria Tintas, vernizes e produtos afins Borracha e plásticos Vidro, cimento, cerâmica Metalurgia de metais ferrosos Siderurgia Metalurgia de metais não-ferrosos Fundição Tratamento de metais, trefilação e afins Automotiva e autopeças Geração de energia elétrica Outro. Especifique: __________________________________ 4. Fabricante de produtos para o mercado de água e saneamento Segmentos em que atua: instalações hidrossanitárias prediais tratamento de água tratamento de esgotos sanitários tratamento de efluentes industriais redes públicas de distribuição drenagem urbana

5. Construção civil & Setor imobiliário Empreendedor / incorporador imobiliário Construtora Escritório de arquitetura Administração imobiliária / condominial Empresa de gestão predial (facility) Outro. Especifique: __________________________________ 6. Comércio & Serviços Revendedor de material hidráulico Shopping center, hipermercado Hotel e assemelhados Hospital Clube, balneário, centro de lazer, parque Outro. Especifique: __________________________________ 7. Outros Instituto de pesquisa, laboratório, serviços de ensaios e de certificação Escola Agência / Comissão de serviços públicos Administração federal, estadual, municipal Associação Outro. Especifique: __________________________________


A feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO

MOSTRE SEUS PRODUTOS NA ELETROTEC + EM POWER 2021 A inovação tecnológica tem impactos importantes sobre os sistemas elétricos de distribuição e as instalações consumidoras. O crescimento das novas fontes de energia renovável e da geração distribuída, as soluções de armazenamento atrás do medidor, os veículos elétricos, as redes inteligentes e a transformação digital são conceitos que exigem novos produtos e serviços. A proposta da ELETROTEC+EM POWER é destacar-se como a principal feira para o segmento de infraestrutura elétrica e gerenciamento de energia. Desenhada para profissionais da área de projeto, montagem e manutenção de instalações industriais e prediais de média e baixa tensão, micro e minigeração fotovoltaica, redes de distribuição urbanas aéreas e subterrâneas e iluminação pública. A feira realiza-se simultaneamente ao congresso ELETROTEC (sucessor do ENIE), tradicional ponto de encontro dos experts em instalações industriais e prediais, favorecendo um ambiente ideal para atualização técnica e geração de negócios, num mercado com forte potencial de expansão.

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Publicações BIM – O e-book BIM – Building Infor‑ mation Modeling: O que Você Precisa Saber? mostra como a tecnologia irá impactar profissionais que trabalham em campo ou colaboradores dentro de um escritório de projetos. Com 35 páginas, a obra abrange desde a história e surgimento do BIM a soluções onde a tecnologia pode ser aplicada. Produzido pela Bim Works, o documento pode ser baixado pelo link: https://bit. ly/3hnOHRN. Potabilidade – Em Reúso de Água Potável como Estratégia para a Es‑ cassez (editora Manole, 352 páginas, www.manole.com.br), os autores Pedro Caetano Sanches Mancuso, José Carlos Mierzwa, Alexandra Hespanhol e Ivanildo Hespanhol abordam o reúso da água de uma perspectiva ampla, multidisciplinar e contextualizada na complexidade das necessidades metropolitanas de ampliação da oferta e da segurança do abastecimento urbano. O livro traz tópicos como reúso potável direto, poluentes associados aos rios urbanos, riscos associados à prática do reúso, escassez de água e saneamento, bacias hidrográficas, manejo de águas pluviais, processo de separação por membranas,

entre outros. A obra também contempla a pandemia da Covid-19, com um capítulo dedicado à abordagem das consequências dessa doença para o tratamento do esgoto sanitário. Recursos hídricos – O Relatório Mun‑ dial das Nações Unidas sobre o Desen‑ volvimento dos Recursos Hídricos 2021, desenvolvido com o suporte de mais de 20 agências do Sistema ONU – Organização das Nações Unidas que integram o esforço interagencial denominado ONU-Água (UN-Water), visa reconhecer o papel da água em suas várias dimensões e incorporar tais valores intrínsecos e intangíveis em ações políticas e de investimentos no setor. Segundo o documento, o mundo deve enfrentar um déficit hídrico de 40% até 2030, caso medidas concretas não sejam tomadas. A obra aponta que a solução deve ser guiada por ações conjuntas e integradas entre governos, iniciativa privada, sociedade e ONGs, sobretudo com caráter preventivo e corretivo, que permitam a troca de conhecimentos e

expertise no campo da gestão. Com 12 páginas, o e-book pode ser acessado pelo link: https://bit.ly/3hbVpKb. Resíduos sólidos – A obra Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos: Um Panorama em Minas Gerais (editora Lumen Juris, 496 páginas, www.lumenjuris.com.br), mostra que a gestão ambiental adequada dos resíduos sólidos em Minas Gerais é estratégica para o desenvolvimento econômico sustentável do Estado. Organizado por José Claudio Junqueira Ribeiro, o livro aponta que a publicação em 2009 e 2010, respectivamente, das Leis nº 18.031 e nº 12.305, que instituíram as Políticas Estadual e Federal de Resíduos Sólidos consolidaram e direcionaram as ações em desenvolvimento pelo Estado realinhadas aos princípios, diretrizes, objetivos e instrumentos para a implementação e aprimoramento da gestão dos resíduos sólidos. Por fim, o autor mostra que a definição de rotas tecnológicas para o gerenciamento de resíduos sólidos e, consequentemente, das tecnologias adotadas, é uma atribuição do gestor, público ou privado.

Índice de anunciantes ABB...............................................................5

Fenasan .....................................................51

Marte Científica..........................................11

Aeromack ...................................................32

Flowserve ..................................................27

Memphis....................................................43

Agru ...................................................4ª capa

Gardner Denver..........................................45

MSE Engenharia.................................3ª capa

Antares.......................................................23

H2O Ambiental ...........................................47

Netzsch ......................................................15

Aquastar.....................................................41

Hércules Motores ......................................37

Retesp ........................................................10

BFilters.......................................................29

Hidrofiltros ................................................19

Saint-Gobain ..............................................25

Cadval ........................................................44

Ideu ...........................................................17

Tanks BR ....................................................35

Catuí Engenharia..........................................9

Improv.......................................................39

Tecniplas....................................................33

Clarifil ........................................................14

IWT.............................................................46

Tecnosan ....................................................14

Dopp ...........................................................13

Liter...................................................2ª capa

Vallair.........................................................28


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Agenda Cursos Recursos hídricos – Estão abertas as inscrições para o Curso de Especia‑ lização em Gestão de Recursos Hídri‑ cos da UFPA – Universidade Federal do Pará. A especialização será ofertada na modalidade de ensino à distância e as inscrições podem ser realizadas até 30/06. Site: https://bit.ly/3sZC7Kv. Tratamento de água – A ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental realizará, de 12 a 15 de julho, o curso online Ope‑ ração e Controle de Sistemas de Tra‑ tamento de Água para Consumo Humano. O treinamento tem como objetivo transferir aos participantes conhecimentos técnicos que os capa‑ citem a entender, analisar, identificar e resolver problemas operacionais de um sistema de tratamento de água. Site: https://bit.ly/3sRJoMs. Superfícies – A ABTS – Associação Brasileira de Tratamento de Superfície passou a ministrar o curso online Cál‑ culos de Custos em Tratamentos de Superfície. Dividido em três módulos, o treinamento visa fornecer subsídios aos profissionais para a formulação de cálculos técnicos e de custos nas áreas de galvanoplastia e pintura. Site: https://bit.ly/3aCZ1ks. Válvulas industriais – O curso on‑ line Válvulas Industriais acontece de 19 a 29 de julho. Os profissionais inte‑ ressados poderão se atualizar sobre os principais tipos e modelos de válvulas industriais, acessórios, técnicas de segu‑ rança no manuseio, além de identificar e evitar falhas. Site: www.ntt.com.br. Cursos – A QiSat oferece diversos cursos na modalidade EAD. Entre os temas oferecidos estão Instalações prediais de águas pluviais, Instalações

prediais de esgoto sanitário e Funda‑ mentos de instalações prediais de água quente ou fria. Site: www.qisat.com.br.

Eventos Água potável – O 12th Symposium for European Freshwater Sciences acontece entre os dias 25 e 30 de julho, no formato online. A iniciativa pretende integrar as últimas novidades e perspectivas nas pesquisas sobre sistemas naturais de água potável, seus ecossistemas e os impactos ambien‑ tais. Mais informações no site: https:// bit.ly/3gER7ej. Indústria 4.0 – No dia 5 de agosto a Etech realizará em Joinville, SC, a 8ª edição do Redes Industriais 4.0 – O que mudará nas Redes Industriais com as novas tecnologias relacionadas a Indústria 4.0?. O simpósio irá mostrar diversas soluções para melhorar a com‑ petitividade da indústria utilizando as novas tecnologias relacionadas à indús‑ tria 4.0. Site: https://bit.ly/3yaXD2P. Fenasan – O 32º Encontro Técnico AESabesp será realizado entre os dias 14 e 16 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento tem como principais objetivos o fomento e a difusão da tecnologia empregada no setor de saneamento ambiental. Site: www.fenasan.com.br. Feicon Batimat – A 26ª edição da Feicon Batimat – Feira Internacional da Construção Civil será realizada de 14 a 17 de setembro no São Paulo Expo, na capital paulista. Site: www.feicon.com.br. Meio ambiente – O 18º Congresso Nacional de Meio Ambiente de Poços de Caldas será realizado entre os dias 21 e 23 de setembro, no formato virtual. Site: www.meioambientepocos.com.br.

Conferência – De 29 de setembro a 1º de outubro acontece em São Paulo o MundoGEO#Connect, evento dedi‑ cado ao setor de geotecnologia que reunirá debates, seminários e cursos com especialistas do setor. O evento também contará com uma feira e será realizado no formato híbrido, com trans‑ missão via Internet. Site: https://bit.ly/ 3np605B. Recursos hídricos – A ABRH – Asso‑ ciação Brasileira de Recursos Hídricos realizará, entre os dias 21 e 26 de no‑ vembro, o XXIV Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. O evento será realizado em Belo Horizonte, MG, e será centrado no tema Água em Pauta. Site: https://bit.ly/3sU0g59. Febrava – A 22ª edição da Feira Internacional de Refrigeração, Ar Con‑ dicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de ar será realizada de 22 a 25 de novembro em São Paulo. Site: https://bit.ly/3gHYWQu. Laboratório – A Analitica Latin Ame‑ rica acontece de 30 de novembro a 2 de dezembro no São Paulo Expo, em São Paulo. O evento terá atrações focadas em setores como biotecnolo‑ gia, controlede contaminação e gases e quipamentos laboratoriais. Site: www.analiticanet.com.br. Assemae – O 50º Congresso Nacional de Saneamento Assemae será reali‑ zado em de maio de 2022 em Porto Alegre, RS. A feira promove a integração entre técnicos, gestores públicos, pes‑ quisadores e empresas que fornecem tecnologias ao setor de saneamento básico. A iniciativa atrai a atenção dos municípios porque oferece soluções práticas para o dia a dia dos serviços públicos, incluindo equipamentos, pro‑ dutos e ferramentas de gestão inova‑ doras. Site: www.assemae.org.br.


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