FS - Setembro - 2017

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FUNDIÇÃO e SERVIÇOS

Aranda Editora - Ano 27 - Nº- 295 - Setembro 2017



ÍNDICE

DESTAQUES

Editorial

4

Informações

6

Controle do processo

12

Usinagem

26

Os fabricantes de equipamentos para movimentação

Ligas

46

Este levantamento reúne fornecedores de talhas, pontes rolantes e monovias, para a movimentação de peças e componentes no chão de fábrica da fundição.

Guia de resinas para moldes e modelos 73

GUIA DE TALHAS, PONTES ROLANTES E MONOVIAS

Guia de ligas de Al e Mg 61 Conaf

70

Produtos

76

Eventos

80

Anunciantes

82

Endereços

82

22

Qualidade superficial do FoFo vermicular FV450, após retificação plana tangencial A retificação normalmente é empregada quando se requer precisão elevada e excelente acabamento superficial, a exemplo dos blocos e cabeçotes de motores. Este trabalho apresenta os resultados de ensaios realizados em amostras de ferro fundido vermicular, após uma retificação plana com rebolo de carbeto de silício.

FoFo VERMICULAR

38

Prévia antecipa destaques da 17ª Feira Latino-americana de Fundição Esta matéria especial traz aos leitores de FS um pouco do que será divulgado na feira, que acontece entre os dias 26 e 29 de setembro, em São Paulo (SP). A programação do Conaf – Congresso Abifa de Fundição, é apresentada na sequência.

FENAF 2017

62

Capa - Análise da composição química do ferro fundido, realizada na Fundição Tupy (Joinville – SC). Layout de Alvaro Luiz Alves Piola e Pedro Franco de Moraes. As opiniões expressas nos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por FUNDIÇÃO e SERVIÇOS, podendo inclusive ser contrárias a estas.


EDITORIAL

Fenaf 2017 acontece no melhor momento dos últimos anos ARANDA EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA. Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memorian) REDAÇÃO: Diretor: José Roberto Gonçalves Editora: Maria Carolina Garcia – MTb 28.926 Colaboradores: Themistocles Rodrigues Júnior e Antonio Augusto Gorni

Nesta F S , o principal destaque é a 17ª Fenaf – Feira LatinoFS americana de Fundição, que ocorre agora em setembro, em São Paulo (SP), em um momento consideravelmente mais positivo em relação à última edição, em 2015. Ainda não podemos falar em crescimento, é bem verdade, mas os números do setor e os investimentos anunciados pelos seus principais clientes reiteram a teoria da recuperação do mercado. Somente no último semestre, a produção de fundidos no país somou 1,087 milhão t, 6,1% mais do que no mesmo período do ano passado. E deste volume, 875,172 mil t foram consumidas no mercado interno, o que equivale a uma alta de 7,4% em relação ao primeiro semestre de 2016. Estes dados são da Abifa. Neste contexto, a Romi anunciou que a sua unidade de Fundidos e Usinados registrou receita operacional líquida 23% superior no segundo trimestre, em comparação a 2016, em sua maioria devido ao aumento da demanda dos segmentos automotivo comercial e agrícola. A Fundição Tupy também fechou o 2T2017 com alta do seu volume físico de vendas (8% ou 139,9 mil t) e de faturamento (8,3% ou R$ 921 milhões). O impulso, neste caso, foi dado pelo aumento dos pedidos no mercado interno, que cresceram 17% em razão principalmente da demanda dos setores automotivo e de máquinas agrícolas. Aqui, vale mencionar que a Anfavea já reviu (para cima) as projeções de 2017, apontando para uma produção de 2,62 milhões de unidades (21,5% mais do que em 2016). É bem verdade que o motivo desta revisão são as exportações de veículos automotores, que devem ser 35,6% maiores este ano do que em 2016, ficando em 2,41 milhões de unidades, mas para a indústria de fundição, a informação que fica é a do aumento iminente da demanda de seu principal cliente. E é neste contexto que a Fenaf ocorrerá, com expectativa da geração de bons negócios e troca de contatos. Na página 62, trazemos uma matéria especial com alguns produtos/equipamentos que serão divulgados na feira, além da programação do Conaf – Congresso Abifa de Fundição. A ideia é antecipar a vocês o que será apresentado, facilitando a organização da sua visita. Nos encontramos por lá. Maria Carolina Garcia Editora

PUBLICIDADE NACIONAL: Contato: Ariane Ribeiro Sidaui E-mail: comercial-fs@arandanet.com.br SECRETÁRIAS DE REDAÇÃO E PESQUISAS: Talita Silva e Taís Caetano REPRESENTANTES: Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R. Wander Rodrigues de Lima, 82, apto. 503 – 30750-160 Belo Horizonte (MG) Tel.: (31) 3412-7031, Cel.: (31) 99975-7031, e-mail: oadc@terra.com.br Paraná: Romildo Batista Rua Carlos Dietzsch 541, cj. 204E – 80330-000 – Curitiba (PR) Tel.: (41) 3501-2489/3209-7500 – Cel.: (41) 9728-3060 – romildoparana@gmail.com Rio Grande do Sul: Maria José da Silva Tel.: (11) 2157-0291, Cel.: (11) 98179-9661 e-mail: maria.jose@arandaeditora.com.br Santa Catarina: Sérgio Ricardo Amorim Rua Urubici, 54 - 89221-107 – Joinville (SC) Tel.: (47) 3438-1982 – Cel.: (47) 9613-6171 – sergio_amorim@outlook.com INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES China: Mr. Weng Jie – Hangzhou Oversea Advertising Ltd 55-3-703 Guan Lane, Hangzhou, Zhejiang 310003, China Tel.: +86 571 8706-3843 e-mail: ziac@mail.hz.zj.cn Germany: IMP InterMediaPartners GmbH – Mr. Sven Anacker – In der Fleute 46 D - 42389 Wuppertal - Tel.: +49 202 271 69-0 e-mail: sanacker@intermediapartners.de Italy: QUAINI Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7 – 20148 Milan Tel.: +39 2 39216180 – e-mail: grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel.: +81-(0)3-3263-5065 – e-mail: aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media Inc. – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd fl., Ana Building, 257-1 Myungil-Dong, Kangdong-gu Seoul 134-070 Tel.: + 82 2 481-3411/3 Switzerland: Rico Dormann, Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon, Switzerland Tel.: +41 1 720 85 50 – e-mail: beatrice.bernhard@rdormann.ch Taiwan: WORLDWIDES Services Co. Ltd. – Mr. Robert Yu 11F-B, No 540, Wen Hsin Road, Section 1, Taichung, 408, Taiwan Tel.: + 886 4 2325 1784 – e-mail: global@acw.com.tw UK: Robert G Horsfield International Publishers - Mr. Edward J. Kania Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA Tel.: +44 1663 750-242, Cel.: +44 7974168188 – ekania@btinternet.com USA: Fabiana Rezak – 2911 Joyce Lane, Merrick, NY 11566 USA Tel.: +1 516 858-4327, Cel.: +1 516 476-5568 – e-mail: arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. Jornalista responsável: Maria Carolina Garcia CIRCULAÇÃO: São Paulo: Clayton Santos Delfino - Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA

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ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Eliane Nakamura, Vanessa Cristina da Silva e Rebeca S. Sales SERVIÇOS: Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima

ISSN 1808-3587 FUNDIÇÃO E SERVIÇOS, revista brasileira sobre metalurgia e fundição, é uma publicação mensal de Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 infofs@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br É enviada mensalmente a 8.000 homens-chave de empresas de fundição, fornecedores de produtos e insumos para fundição e empresas usuárias de peças fundidas em todo Brasil.


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INFORMAÇÕES

6 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Renault do Brasil anuncia fábrica de injeção de Al

Anfavea revisa números para 2017

A montadora, instalada no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), investirá R$ 750 milhões na construção de uma nova fábrica, a Curitiba Injeção de Alumínio (CIA), e também na ampliação da sua unidade de motores (CMO, Curitiba Motores). Segundo Luiz Pedrucci, presidente da Renault do Brasil, a inauguração da CIA e a ampliação da CMO aumentarão a competitividade da montadora e o seu índice de produção local. A Curitiba Injeção de Alumínio terá 14,5 mil m² de área construída, devendo entrar em operação já em janeiro de 2018. Inicialmente, ela será equipada com uma linha de injeção a alta pressão, para a fundição de blocos de motor, e outra de injeção a baixa pressão, destinada à produção do cabeçote do motor 1.6 Sce, lançado no final do ano passado. Aqui, vale fazermos um parêntesis, para colocar que atualmente 40% dos blocos de motor produzidos no Brasil já são fundidos em alumínio, contra 90% nos Estados Unidos. Ou seja, trata-se de um movimento sem volta, para o qual é imprescindível se preparar. Outro dado que corrobora essa questão vem da Associação Brasileira de Fundição, segundo a qual 72% da produção de fundidos em alumínio no Brasil é voltada ao segmento automotivo. Fechando o parêntesis, voltamos aos aportes da Renault no Brasil, dessa vez para a Curitiba Motores, que ganhará novas linhas de usinagem de blocos e cabeçotes em alumínio e virabrequim em aço, os quais equipam os motores 1.6 Sce.

Os

investimentos anunciados pela Renault vão ao encontro dos últimos dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que reviu para cima as projeções de 2017. A nova estimativa de crescimento da produção do setor passou de 11,9% para 21,5%, o que equivale a 2,62 milhões de unidades fabricadas até dezembro. A previsão anterior apontava para uma produção de 2,41 milhões de unidades. É bem verdade que esta revisão foi impulsionada pelo crescimento das exportações, que devem ser 35,6% maiores do que as registradas em 2016, ou seja, 705 mil unidades serão embarcadas este ano. No entanto, para os fornecedores da cadeia automotiva, como é o caso da indústria de fundição, a informação que fica é de um aumento iminente da sua demanda nos próximos meses.

SI Group conclui expansões de sua unidade

O SI Group, fabricante de soluções químicas, concluiu a expansão da sua planta localizada em Rio Claro (SP), que consumiu mais de US$ 20 milhões. O projeto contemplou a compra e instalação de uma nova fábrica de formaldeído, além da ampliação da atual fábrica de resinas, uma nova sala de controle da produção, galpão de estocagem de produtos acabados e abrigo de produtos inflamáveis. Com isso, a empresa aumentou em 80 mil t a sua capacidade

anual de produção de formaldeído e resinas. A unidade de formaldeído, por exemplo, é equipada com tecnologias que proporcionam geração zero de resíduos sólidos ou líquidos, emissão reduzida de carbono, redução superior a 30% no consumo de gás natural, maior reciclagem, reúso do vapor de alta pressão, sistema de controle de emissões para a remoção de poluentes, novos recursos de automação e segurança. Para a indústria de fundição, em especial, a empresa fornece resinas, catalisadores, areias revestidas, mangas, produtos auxiliares e revestimentos refratários.

Regulamentação do desmonte naval deve alavancar oferta de sucata no país

A atividade de desmonte naval ganhou uma nova aliada no Brasil. Por meio da p ortaria nº 790, publicada em 9 de junho deste ano, o Ministério do Trabalho regulamentou esta atividade, que até então vinha sendo praticada sem proteção jurídica para o empregador e proteção ao trabalhador. A necessidade deste tipo de serviço aumenta continuamente com o envelhecimento das embarcações brasileiras. A estimativa do último levantamento da Relação Anual de Informações Sociais (de 2015) é de que 964 empresas trabalhem neste setor. Além de regulamentar a questão jurídica deste tipo de trabalho, a portaria também exige um plano específico de radioproteção antes dos serviços que envolvem radiações ionizantes. A empresa ainda


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deverá ter um supervisor de proteção radiológica, responsável pela supervisão dos trabalhos com exposição a radiações ionizantes. Com estas medidas, a expectativa é que a atividade de desmonte naval ganhe impulso, visto que “este setor diminuiu muito de tamanho nos últimos anos, em razão da crise econômica e política”, segundo Elton Machado B. Costa, coordenador geral de Normatização e Programas. Caso esta previsão se concretize, a oferta de sucata no país aumentará sobremaneira, inclusive para a indústria de fundição. Aqui, vale citar uma colocação de Karl Abude Scheidl, gerente de vendas do setor de reciclagem para a América do Sul da empresa Metso: “A produção de aço com sucata é até 80% mais econômica em comparação ao minério virgem, além de emitir menos poluentes para a atmosfera, evitando o esgotamento de recursos e de aterros sanitários. Ademais, a sucata pode ser processada e fundida infinitas vezes sem perder qualidade e sem a exploração de recursos naturais”. A Metso, de origem finlandesa e unidade em Soro caba (S P), anunciou recentemente que o seu segmento de reciclagem deverá crescer 15% em 2017. A aposta da empresa é na expansão de atendimento para toda a América do Sul, além da oferta de soluções de automação e recuperação de metais não ferrosos.

Japan Steel Works firmaram a joint-venture Gerdau Summit, sediada em Pindamonhangaba (SP), com investimentos previstos de R$ 280 milhões. O empreendimento terá capacidade instalada de 50 mil t por ano, para atender aos setores de energia eólica, açúcar e álcool, óleo e gás, e mineração. Com o início das operações, a empresa espera aumentar cerca de 70% (até 2020) a sua produção de peças forjadas para o setor eólico, peças fundidas e forjadas para outros segmentos, além de cilindros de laminação. Para Takashi Shibata, diretorexecutivo da The Japan Steel Works, a Gerdau Summit reúne pontos fortes das três empresas envolvidas, devendo se tornar líder em peças fundidas e forjadas na América Latina. A parceria é pautada no desempenho do setor eólico nacional, visto que o país possui cerca de 430 parques eólicos e, até 2020, devem ser construídos outros 330. Estes dados são da Associação Brasileira de Energia Eólica. Hoje, a capacidade eólica instalada no Brasil responde por 7% (10,74 GW) da matriz de energia elétrica; participação que deve alcançar 11% (18,7 GW) nos próximos três anos, o que ainda deve motivar novos investimentos.

Gerdau Summit já está em operação

O

A Gerdau e as companhias japonesas Sumitomo Corporation e The

Fabricante de aviões se instalará em São Bernardo do Campo município de São Paulo foi escolhido para sediar o mais novo empreendimento da Saab, fabricante sueca de aviões. Tratase de uma nova fábrica, a SAM (de

Saab Aeronáutica Montagens), que ficará encarregada de produzir partes estruturais das aeronaves Gripen NG, que substituirão a frota de 36 aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). Entre estas partes, destacamse as asas do avião supersônico e as alas traseiras e dianteiras da fuselagem, bem como componentes e peças fundidas e usinadas. Ainda sem endereço definido, a previsão é que esta fábrica comece a funcionar em 2019, quando a primeira aeronave deverá ser entregue. O investimento estipulado para o negócio é de cerca de US$ 150 milhões, os quais serão aplicados no prédio, em equipamentos (incluindo máquinas de usinagem, fornos, soldagem e de corte), e na transferência da tecnologia sueca para o Brasil. O objetivo é que a indústria local e a FAB dominem todo o conhecimento crítico necessário para o desenvolvimento de caças, tornando o Brasil uma plataforma de exportação para os demais países da América Latina.

Aços mais leves e resistentes

Pesquisadores

da Universidade de Warwick (Reino Unido) anunciaram o desenvolvimento de uma nova rota de processamento do aço, que permitirá a produção de ligas de baixa densidade, sem perda de resistência. Caso ganhe escala industrial, a indústria automotiva se valerá de aços mais maleáveis e leves, o que equivale a carros mais eficientes, ou seja, que consomem menos combustível.


INFORMAÇÕES Os ensaios foram feitos com dois aços leves: o Fe15Mn10Al0,8C5Ni e o Fe15Mn10Al1,8C. Ocorre que durante a sua produção, podem haver duas fases frágeis, o carboneto de kappa e o B2 intermetálico. Elas tornam os aços duros, porém limitam a sua ductilidade. A principal descoberta foi que em determinadas temperaturas de recozimento elevadas, essas fases frágeis tornam-se mais controláveis, permitindo que os aços retenham a sua ductilidade. Entre 900°C e 1200°C, por exemplo, a fase de carboneto de kappa pode ser removida, enquanto a fase intermetálica B2 se torna gerenciável, apresentando uma morfologia nanométrica em formato de disco. Com o controle destas fases indesejadas, os pesquisadores abriram um novo caminho para a fabricação de aços resistentes e mais flexíveis, sem mexer radicalmente no processo produtivo das siderúrgicas. Os dados da The University of Warwick estão na página 82.

NOTAS Küttner No-bake Solutions - O grupo alemão Küttner, com atuação global no mercado de equipamentos e plantas para a indústria de fundição, adquiriu a participação majoritária da IMF Brasil, localizada em Piracicaba (SP). A Küttner do Brasil, de Contagem (MG), será a sócia majoritária da empresa, que passará a chamar KNBS – Küttner No-bake Solutions, em referência aos equipamentos e linhas de moldagem no-bake, que agora fazem parte de seu portfólio.

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Norton Winter é nova marca de superabrasivos – A Saint-Gobain Abrasivos anunciou a criação de uma marca única para os superabrasivos fabricados pela Winter e pela Norton. No Brasil, a produção da Norton Winter está concentrada na unidade industrial de Jundiaí (S P). Trata-se de soluções para o corte, desbaste e acabamento de materiais para qualquer aplicação. E-book sobre registradores de dados - A Omega, de Campinas (SP), fabricante de soluções para medição e controle de processos, lançou o e-book Registradores de dados: Tecnologias e aplicações. O material fornece informações como para o que servem estes instrumentos, as tecnologias disponíveis, tipos e aplicações. São 21 páginas div ididas em nove capítulos, que também abordam os protocolos de instrumentação e modelos de registradores fornecidos pela empresa. Entre eles, destacamse registradores de dados com sonda, com múltiplas entradas, com touchscreen e cartão de memória, além de termômetro/ registrador portátil. O guia com pleto está disponível para download gratuito em: http:// b r. o m e g a . c o m / e - b o o k /4 datalogger.html. Abimei tem nova sede – A Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos passou a ocupar os conjuntos 63 e 64 do mesmo prédio onde já se localizava o antigo escritório da entidade. Ele fica na av. Engenheiro Luís Carlos Berrini 1.500, em São Paulo (SP).



INFORMAÇÕES Senai-SP Editora lança a série de livros Metalurgia - Ela reúne títulos diversos associados ao setor metalmecânico. O intuito é apresentar aos interessados na área as mais variadas técnicas de transformação dos metais, atendendo a diferentes níveis de formação. Os títulos são: Fundição artística; Programação e operação de centro de usinagem; Tecnologia mecânica aplicada à manufatura; Desenho técnico para caldeiraria; Controle de medidas; Metalurgia geral; Fundamentos de soldagem I; Tecnologia aplicada a processos galvânicos; e Tratamento térmico dos metais – Da teoria à prática e Soldagem. Os interessados podem adquirir qualquer título por meio da própria editora ou no site: www.senaispeditora.com.br/ catalogo/informacoes-tecnologicasmetalmecanica-metalurgia/livros/ ?page=1. Mitutoyo centraliza escritórios – Fabricante de instrumentos e

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máquinas de medição tridimensionais, a Mitutoyo transferiu seu escritório central para Suzano, no mesmo endereço do seu parque fabril. Os dados estão na seção Serviços. Autodesk e MakerBot firmam parceria – Pelos termos do acordo, os compradores das impressoras MakerBot, modelos Replicator Mini, Replicator+ e Z18, ganharão

Impressoras 3D da mexicana MakerBot

um ano de assinatura do software de modelagem Autodesk Fusion 360. A ideia tem por objetivo fomentar o uso da impressão 3D na indústria nacional. O Fusion

360 consiste em uma ferramenta CAD, CAE e CAM, para o projeto, simulação e envio de arquivos para a impressora 3D, em um único ambiente. A ferramenta atende desde interessados em protótipos simples, até peças com geometrias mais complexas. SKA em dois novos endereços no Brasil – A empresa, fornecedora de soluções em software CAD/CAM e impressão 3D, abriu dois novos escritórios, dessa vez em Sorocaba (SP) e no Rio de Janeiro (RJ). Os endereços estão na página 82. Perfil Térmico expande seu portfólio de isolantes térmicos – Para tanto, a empresa localizada em Curitiba (PR), fechou uma parceria com a Promat, sediada nos Estados Unidos. Segundo Claudio H. Goldbach, diretor, a Promat produz materiais de altíssimo desempenho, que precisavam ser viabilizados no mercado brasileiro, com vistas a aumentar a eficiência energética dos processos


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Isolamentos térmicos da marca Promat, agora disponíveis no mercado brasileiro

térmicos locais. Entre os novos produtos distribuídos pela Perfil Térmico, destacam-se os painéis Steelflex, desenvolvidos especialmente para a indústria do aço. Trata-se de um isolamento microporoso, disponível em três classes de temperatura (1000°C, 1100°C e 1200°C). Para informações adicionais, os dados da empresa estão na seção Serviços. Universal Robots pretende se instalar no Brasil A dinamarquesa Universal Robots anunciou a intenção de abrir um escritório comercial e um centro de treinamento no país ainda este ano. Segundo a empresa, o investimento é para consolidar a marca no Brasil e garantir o seu crescimento por aqui. A previsão é que os trabalhos tenham início no último trimestre do ano. Os cursos oferecidos pelo centro abordarão temas relacionados à programação básica e avançada em robótica, bem como manutenção e resolução de problemas. Eles serão ministrados a distribuidores, integradores e clientes finais. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail dpi@universal-robots.com, com Denis Pineda, gerente de desenvolvimento da empresa. 1º Carro híbrido penta combustível deve ser desenvolvido no Brasil – Intitulado Development of an hybrid penta-fuel flex vehicle, este projeto é do Research Centre for Gas Inovation, sediado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, que está à procura de montadoras interessadas em participar como parceiras. Trata-se da transformação de um carro híbrido em um veículo híbrido/flex. O objetivo é adaptálo para que utilize como combustível a gasolina pura, gasolina + etanol, etanol hidratado, gás natural veicular e eletricidade, o que certamente exigirá adaptações significantes dos motores.


CONTROLE DO PROCESSO

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Foseco

Smartt - Controle de processo, para a desgaseificação de ligas de Al O Smartt é uma interface que permite programar todas as etapas do processo de desgaseificação do banho metálico. Ele torna possível a economia de gás inerte, além do prolongamento da vida útil dos consumíveis de grafite, sendo indicado especialmente para fundições que trabalham com altos volumes de metais diversos. Conheça-o em detalhes a seguir.

Material desenvolvido pela Foseco. Reprodução autorizada.

A produção de peças de alumínio é globalmente dominada pela indústria automotiva. A crescente preocupação com a emissão de poluentes para a atmosfera e economia de combustível resultou em um rápido aumento do uso de fundidos de alumínio neste setor. Para essas exigentes aplicações, muitas das propriedades requeridas, como resistência mecânica, alongamento e resistência à fadiga, não são mais satisfeitas pelas ligas padrão. Assim, novas ligas, com maior potencial, são desenvolvidas continuamente. Para explorar completamente o potencial destes materiais, faz-se necessário produzir peças fundidas com estrutura refinada e isenta de poros. As peças de segurança agora exigem alongamento acima de 10% e isso já está chegando próximo ao limite da liga. A “janela” para as propriedades do fundido cumprirem estes requisitos é cada vez menor, enquanto as condições iniciais, como a qualidade do lingote, dos fornos de fusão e espera, o controle da temperatura e a transferência do metal fundido podem se tornar fatores limitantes. Com vistas a garantir que a qualidade do fundido seja alcançada,

um bom e efetivo tratamento do metal, seguido de um vazamento controlado, são essenciais. Outro atributo importante exigido pela indústria automotiva é a reprodutibilidade. Desta forma, qualquer tratamento empregado deve ser capaz de atingir níveis consistentes de limpeza e controle de hidrogênio. Muitos sistemas de gerenciamento da qualidade também exigem um registro de 100% dos dados de produção, de modo que sofisticados sistemas de tratamento de fusão e armazenamento de dados são cada vez mais atraentes para a indústria automotiva. Um processo inovador, capaz de alcançar automaticamente a mesma qualidade de fusão, independentemente das condições ambientais externas, é a chave para a produção de peças fundidas de alta qualidade, que atendam às necessidades deste crescente segmento de mercado.

Simulação da desgaseificação A equipe da Foseco trabalhou em conjunto com o TSC - Technology Strategy Consultants, no sentido de desenvolver um modelo de desgaseificação.


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O objetivo era uma ferramenta apta a analisar rapidamente as operações das fundições e propor sugestões para sua melhoria. O modelo matemático por trás deste software baseia-se na melhor informação publicada disponível sobre a cinética da desgaseificação de hidrogênio (por exemplo, solubilidade, difusividade, taxas de transferência de massa e tamanhos estáveis de bolhas). Um extenso programa de testes foi realizado, para fornecer informações específicas sobre rotores individuais em diferentes condições. Para caracterizá-los, foram realizados os seguintes ensaios: análise da potência dos rotores capacidade da mistura do gás

testes de solubilidade do gás na água ensaios em fundições de alumínio

Parâmetros que influenciam os resultados de desgaseificação Três grupos principais de variáveis influenciam a eficiência da desgaseificação: as condições ambientais, os parâmetros da desgaseificação e as propriedades do metal. A concentração de hidrogênio no metal liquido foi calculada via simulação da desgaseificação. As variações dos parâmetros apresentados a seguir ilustram a sua influência no resultado da desgaseificação e no teor final de hidrogênio no metal, após o seu tratamento.

Fig. 1 – Influência das condições ambientais no equilíbrio de hidrogênio (0,005 atm = 5°C/50% rH; 0,050 atm = 35°C/90% rH)

Fig. 3 – Cuvas de desgaseificação para variações do fluxo de gás inerte

Condições ambientais O metal liquido forma um equilíbrio com a água na atmosfera circundante. Um clima quente e úmido, por exemplo, gera um teor de hidrogênio muito maior no fundido, em comparação com um clima seco e frio (figura 1). Durante a desgaseificação, o metal interage com a atmosfera, absorvendo hidrogênio. A simulação da desgaseificação mostra o efeito de diferentes condições ambientais (figura 2). Parâmetros da desgaseificação O equipamento de desgaseificação é capaz de executar tratamentos com diferentes velocidades de rotação e taxas de fluxo de gás inerte.

Fig. 2 – Curvas de desgaseificação para diferentes condições ambientais

Fig. 4 – Curvas de desgaseificação para variações da velocidade do rotor


CONTROLE DO PROCESSO Cada projeto de rotor tem valores mínimos e máximos para esses parâmetros (condições de trabalho), para a velocidade do rotor e a taxa de fluxo de gás inerte. É importante que ambos os parâmetros estejam dentro dos limites, executando um tratamento com velocidade de rotação muito alta. Taxas de fluxo extensivas criariam turbulências demais ou, em casos extremos, uma aeração do rotor, com a perda completa do desempenho por desgaste. As figuras 3 e 4 mostram o comportamento de desgaseificação para parâmetros típicos de um rotor XSR 220, em condições variáveis. Propriedades do metal antes do tratamento A composição das ligas tem uma enorme influência no desempenho da desgaseificação. Elementos como o magnésio aumentam a solubilidade do hidrogênio, enquanto o silício e o cobre a diminuem ligeiramente (figura 5). A temperatura de fusão influencia o equilíbrio com a atmosfera. Fundir em temperaturas mais altas absorve mais hidrogênio (figura 6). O nível de hidrogênio inicial é muitas vezes desconhecido, mas o diagrama mostra que as variações no hidrogênio inicial não alteram o resultado final (figura 7).

14 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Smartt, um controle de processo inovador

Fig. 5 – Curvas de desgaseificação para diferentes ligas

Fig. 6 - Curvas de desgaseificação para diferentes temperaturas do metal

O Smartt é um equipamento de automonitoramento do tratamento de desgaseificação. Trata-se de um controle de processo que analisa todos os parâmetros de entrada, calculando os parâmetros de tratamento para o processo de desgaseificação rotativo, imediatamente antes de cada tratamento. Assim, garante-se a qualidade constante do metal após cada tratamento. Este software é instalado em um PC equipado com Windows, apresentando entrada e saída em painel touch-screen e conexão LAN ao PLC Siemens. O sistema de base de dados SQL faz com que ele seja uma interface aberta, permitindo ao operador definir um número quase ilimitado de cadinho ou panelas, tipos de liga e programas de tratamento. O alvo de todas as simulações é o teor de hidrogênio do metal liquido usado para a desgaseificação. Condições ambientais

Fig. 7 – Curvas de desgaseificação para diferentes níveis iniciais de hidrogênio

Fig. 8 – Configuração esquemática do Smartt

A umidade padrão e a temperatura externa são medidas por um sensor padrão, montado ao lado do armário de controle, na área onde o tratamento ocorre. As leituras reais são transferidas on-line para o Smartt e registradas ao longo do tempo.


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SINTO BRASIL PRODUTOS LIMITADA SINTOKOGIO GROUP

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CONTROLE DO PROCESSO

Fig. 9 – Tela da liga

16 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017


17 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Composição da liga e geometria da panela de tratamento O Smartt é equipado com uma série de ligas predefinidas, além de cadinhos e panelas de tratamento. O usuário pode facilmente modificar, adicionar ou exclui-los. A liga e a panela de tratamento tornam-se parte de cada programa, juntamente com o tipo e diâmetro de rotor recomendados (figura 9). Requisitos do cliente O Smartt oferece quatro esquemas de tratamento diferentes. O cálculo é baseado em taxas mínimas e máximas de vazão do gás, na velocidade do rotor, em função do seu tipo e diâmetro, e no tamanho da panela de tratamento.

Tab. 1 – Parâmetros do modelo de simulação. ATL 1000 com 850 kg de metal AlSi7Mg 750°C (temperatura do metal) 50% de umidade relativa 25°C (temperatura ambiente)

Rotor XSR 220 420 rpm 20 L/min (gás inerte) 0,30 ml H2/100 g Al (condição inicial)

Tab. 2 – Parâmetros de simulação Smartt. ATL 1000 com 850 kg de metal AlSi7Mg 750°C (temperatura do metal)* 50% de umidade relativa* *) Pode variar para algumas amostras

O tempo mínimo de desgaseificação é um parâmetro para garantir a remoção adequada dos óxidos. Os tipos de tratamento oferecidos são os seguintes: Desgaseificação de alta velocidade: Tempo de tratamento mais curto possível, com a velocidade do rotor e

Rotor XSR 220 0,30 ml H2/100 g Al (condição inicial) 300 s (tempo mínimo de tratamento)* 25°C (temperatura ambiente)*

alta taxa de vazão de gás inerte. Observa-se um tempo mínimo de tratamento, para permitir a homogeneização e remoção de óxido. Desgaseificação de gás baixo: Menor consumo de gás e velocidade do rotor correlativo. Vida útil: Menor velocidade de rotação possível, para reduzir a


CONTROLE DO PROCESSO

Fig. 11 – Resultados de diferentes esquemas de otimização

Fig. 10 – Tela do operador

abrasão do eixo e do rotor. O fluxo de gás inerte depende do tempo de tratamento total. Desgaseificação padrão: uma mescla de baixa vazão de gás e baixa velocidade fornece um equilíbrio entre os dois esquemas extremos. O programa de alta velocidade é usado se o processo de desgaseificação for o gargalo da fundição e caso sejam necessárias grandes quantidades de vazamentos. Este tipo de tratamento pode ser usado por um determinado período de tempo, ou seja, durante o turno da manhã, com alta demanda de fusão, ou se as peças vazadas são pesadas. Os demais esquemas dependem dos requisitos do cliente. Configurações do MTS 1500 O Smartt é adequado para máquinas de desgaseificação com a adição opcional de granulado automático MTS 1500. A configuração do parâmetro MTS é realizada na tela touch-screen. Os diferentes programas MTS fazem parte dos programas de tratamento, sendo combinados com esquemas de otimização e metas de hidrogênio (figura 5).

18 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Tela do produto O menu agrupa todos os parâmetros predefinidos do programa: geometria da panela de tratamento, liga e MTS 1500. Os limites de tempo da desgaseificação são definidos. O teor de hidrogênio necessário no metal após o tratamento é o alvo para o processo de otimização. Os diferentes esquemas de otimização permitem que a fundição obtenha o mesmo resultado de desgaseificação, usando configurações variadas dos parâmetros. A opção de baixo gás deve ser usada em regiões com altos custos de gás inerte, enquanto a de vida longa reduz a erosão do eixo e do rotor. Já a desgaseificação padrão é um bom equilíbrio entre os dois extremos. A desgaseificação de alta velocidade é a opção ideal nos casos em que a desgaseificação é o gargalo da fundição. Tela do operador Todas as telas descritas anteriormente são acessíveis apenas para o administrador.

O operador vê uma interface especialmente projetada, para fazer a escolha de dez diferentes produtos predefinidos. Além disso, as condições ambientais e o tempo de tratamento restante são exibidos (figura 10).

Resultados dos ensaios de campo O Smartt foi instalado em unidades de desgaseificação móveis MTS 1500, com um sistema de dosagem automática de fluxo granulado. Os ensaios foram iniciados com um procedimento de desgaseificação simples. O objetivo era atingir uma qualidade padrão do metal líquido, com um nível mínimo de 0,08 ml de hidrogênio por 100 g de alumínio. A tabela 2 apresenta os parâmetros utilizados nos testes. Eles foram os mesmos da simulação do modelo mencionado no início deste trabalho. As figuras 11 e 12 comparam os parâmetros de tratamento Smartt, para atingir o objetivo em condições e parâmetros variáveis. A figura 11 ilustra os diferentes esquemas de otimização, enquanto a figura 12 compara os parâmetros para



CONTROLE DO PROCESSO três condições ambientais diferentes.

20 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Assim, fundições com quatro tratamentos por hora Esquemas de podem economizar otimização anualmente até 1.500 Nm³, o que é A desgaseificaequivalente a mais ção padrão, o baixo de 150 cilindros consumo de gás e a de gás. vida útil dos conA velocidade resumíveis iniciam o duzida resulta em procedimento de um uso menor de otimização, a fim de consumíveis de grabuscar um tempo mífite. Com base nas nimo de tratamento. experiências dos Se nenhum resulclientes, o tempo de Fig. 12 – Resultados para diferentes condições ambientais tado for encontrado, vida do eixo e do o tempo de tratamento é aumentado. rotor chega a aumentar 25% com o uso desgaseificação de alta velocidade A opção de baixo consumo de gás considera o tratamento próximo ao de uma velocidade inferior a 150 rpm. funciona com a velocidade máxima do máximo para a velocidade do rotor e Dependendo das condições de rotor e, de acordo com o fluxo de gás vazão de gás, calculando um tempo tratamento, uma fundição com quatro inerte, atinge o objetivo de hidrogênio. de tratamento mais curto, para a tratamentos por hora pode economizar Já a opção long life segue a obtenção do nível de hidrogênio até 15 conjuntos de consumíveis (rotor estratégia oposta, com uma menor exigido (figura 11). e eixo) anualmente. velocidade de giro do rotor e vazão A opção de baixo consumo de Condições ambientais de gás inerte no limite máximo. gás consome menos 55 L de gás O esquema de desgaseificação inerte por tratamento, em compaO Smartt registra as condições padrão leva o resultado entre os ração com o programa de vida útil ambientais antes de cada tratamento, d o i s e x t r e mos, ao passo que a dos consumíveis.


21 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

iniciando o procedimento de otimização com base nas configurações do produto. No caso de níveis de umidade mais altos na atmosfera, a velocidade do rotor e a taxa de vazão de gás aumentam para a desgaseificação padrão e vice-versa. Este resultado é esperado, devido às interações do banho metálico com a atmosfera. O Smartt encontra resultados até condições ambientais de 75% UR e 28°C. Para níveis de umidade mais altos, o alvo de hidrogênio de 0,08 ml não é possível, em razão da reabsorção de hidrogênio pela superfície turbulenta do banho durante o tratamento. Temperatura de fusão O alumínio absorve mais hidrogênio a altas temperaturas e absorve ainda mais hidrogênio de volta à superfície do banho metálico. Com o aumento da temperatura, o tratamento é realizado com uma maior velocidade do rotor e maiores taxas de vazão de gás inerte. O Smartt encontrou uma solução lógica para até 780°C. Registro de dados O software Smartt executa um sistema de registro de dados, que permite o rastreamento completo dos parâmetros por data e todas as funções de desgaseificação predefinidas e otimizadas. Esta função substitui sistemas complexos executados em computadores externos, usando software de dados terceiros. Os dados de tratamento podem ser exportados, para análise posterior.

Conclusões O Smartt é uma interface que permite programar todas as etapas do processo de desgaseificação, visando a fundidos com um nível constante de hidrogênio. Este software é capaz prever os melhores parâmetros de tratamento para diferentes esquemas de programação, sob condições predeterminadas. Com isso, torna-se possível a economia de gás inerte, além do prolongamento da vida útil dos consumíveis de grafite. Ele é indicado especialmente para fundições que trabalham com altos volumes de metais variados diferentes, proporcionando níveis de qualidade iguais ou similares.


GUIA DE PONTES ROLANTES, MONOVIAS E TALHAS

Alta Industrial

(31) 3352-3029

Berg-Steel

(19) 3321-0666 Brevil Bremer

(47) 3411-3300

Catipar

(41) 3332-1811

Croácia

Demag Cranes

500 a 15.000

0a5

4 a 30

0 a 40

500 a 100.000

0a5

0 a 40

4 a 45

250 a 20.000

250 a 20.000

125 a 20.000

0,6 a 5

5 a 50

5 a 75

125 a 200.000

0,6 a 5

5 a 50

5 a 75

125 a 30.000

125 a 30.000

500 a 30.000

500 a 30.000

0,32/2,6

9,6

5.000 a

300 a 30.000

300 a 30.000

80 a 12.500

80 a 10.000

15 a 30

125 a 5.000

3,5 a 11,5

15

125 a 5.000

0,3 a 11,5

1,5 a 15

250 a 10.000

2,3 a 8,5

0 a 24

250 a 10.000

2,3 a 8,5

0 a 24

3.200 a 100.000

0 a 10

0 a 20

125 a 5.000

0,6 a 10

3 a 20

125 a 5.000

0,6 a 10

3 a 20

125 a 200.000

0,6 a 10

3 a 20

125 a 200.000

0,6 a 10

3 a 20

300 a 15.000

1,65 a 9,6

9,6 a 21,36

1,2/9,6

2,62/21

2 a 10,38

9,6 a 21,36

500 a 30.000

0,32/2,6 a

1,31/10,5 a

2.000 a 12.500

1,25/10

2,62/21

4,8/1,2 a

14/3,5 a

28,8/7,2

48/12

0,04/4 a

14/3,5 a

0,15/30

48/12 (*)

4,8/0,84 a

1,5/20 a

18/3

Domenico Ravelli

(17) 3238-3128 Eidt Ciriex

(51) 3511-2900 Famil

Alemanha

1 a 10

7,5 a 20

1 a 10

7,5 a 10

80 a 4.000

3,6 a 24

6 a 24

1.000 a 120.000

0,8 a 4,8

6 a 24

500 a 5.000

2,7 a 7,2

5 a 20

500 a 5.000

0,9 a 7,2

5 a 20 5 a 20

Ferro

(19) 3543-4444

IESA (16) 3303-1700

21,36

4 a 30

0,1 a

4 a 60

/4 a 22

12,5

a 1,25/10 a 21,36

25.000

1.000 a 16.000

1.600 a 50.000

0,1 a

6 a 60

4 a 35

12,5

5/30

1.500 a 50.000

9,6 a

25.000

5/30

1.500 a 50.000

(16) 3513-5352

2.000 a 12.500 0,5/8 a 1/25

Abus Kransysteme/

3.000 a

1,03/8,28 a 1,31/10,5 a

120 a 30.000

80 a 3.200

2a 10,38

Apoiada Suspensa

15 a 30

3 a 10

Capacidade (kg)

3 a 10

Capacidade (kg)

3 a 10 15 a 100 10 a 30 1.000 a 3.000 1.000 a 3.000

Vão (m)

5.000 a 50.000

1.000 a 30.000

(11) 2145-7920

Velocidade de translação (m/min)

Capacidade de carga (kg)

Velocidade de elevação com carga (m/min)

3 a 20 15 a 30

1.000 a 30.000

80 a 5.000

Velocidade de translação (m/min)

3 a 10

15 a 20

Vão (m)

1.000 a 10.000

3a6

Capacidade de carga (kg)

Velocidade de elevação com carga (m/min)

3a6

50 a 3.000

300 a 15.000

Curva

15 a 20

500 a 3.000

Capacidade de carga (kg)

(41) 3286-4000

Monovias Retilínea

Apoiada Suspensa

Simples Variável

Fabricante/País

Ponte rolante dupla viga

Velocidade de translação (m/min)

Talha elétrica com cabo de aço, com velocidade

Simples Variável

Importadora Empresa, telefone

Neste guia são apresentados fornecedores de talhas, pontes rolantes e monovias, cujas características são descritas a seguir.

Ponte rolante univiga

Velocidade de elevação com carga (m/min)

Talha elétrica de corrente, com velocidade

Fabricante

Os fabricantes de equipamentos para movimentação

22 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

3.000 a 16.000

1 a 10

10.000 a 80.000

0,6 a 4

5 a 20

100 a 3.000

3a6

5 a 20

100 a 3.000

3a6

5 a 20

3.000 a 20.000

3a6

5 a 20

3.000 a 20.000

3a6

5 a 20

1.000 a 20.000

250 a 16.000

0,8 a 4,8 2 a 39

250 a 8.000

0,8 a 4,8 2 a 17,5 6 a 24

1 a 10

3 a 30 10 a 50

6 a 48

3.000 a 50.000

1.000 a 120.000 0,8 a 4,8 10 a 40

6 a 48

80 a 16.000

6 a 30

500 a 15.000

500 a 5.000

100 a 20.000

100 a 20.000

1 a 10

10 a 40 10 a 30 1.000 a 20.000 1.000 a 20.000

500 a 15.000

1 a 10

4 a 30 10 a 40

10.000 a 80.000 0,6 a 4

1.000 a 1.000.000

3a6

3 a 30 20 a 50

4.000 a 200.000

1 a 30 20 a 100 3 a 30

500 a 300.000

1 a 20

10 a 40

5 a 40

5,5 a 29 500 a 31.500



(31) 3115-3102

Kito do Brasil

Kito Corporation/

(11) 3253-1000

Japão

Koch

1,7 a 16,9

12 a 24

125 a 20.000

0,6 a 16,6

12 a 24

3.200 a 5.000

0,8 a 8

3,3 a 20

500 a 5.000

1,3 a 2,5

8,5 a 10

5 a 25

5.000 a 150.000 1,2 a 10 5 a 120

1.000 a 130.000 3,6/0,8 2,5 a 40 10 a 150

1.000 a 25.000

a 11 250 a 5.000

3/1 a

18/6 a

7,6/2,5

20/6,7

1.000 a 16.000

3,6 a 8,4

20

1.000 a 16.000

3,6/0,8 a

20/6

125 a 5.000

4,8 a 19

4 a 24

125 a 50.000

4 a 16

4 a 24

1.600 a 80.000

2,5 a 15

1 a 32

1.600 a 80.000

1 a 15

1 a 32

100 a 5.000

1 a 20

1 a 30

100 a 5.000

1 a 20

1 a 30

100 a 50.000

1 a 30

1 a 100

100 a 50.000

1 a 30

1 a 100

1.000 a 80.000

0,5 a 30

5 a 30

1.000 a 80.000

0,5 a 30

5 a 30

125 a 6.300

1,25 a 10

2 a 50

125 a 6.300

1,25 a 14

2 a 50

1.000 a 120.000

2 a 12

2 a 50

1.000 a 120.000

2 a 12

2 a 50

500 a 10.000

2,7 a 7,2

21

500 a 10.000

0,9 a 7,2

11 a 21

5 a 50

250 a 5.000

3,6/0,8 10 a 100 2,5 a 40 1.000 a 40.000

Curva

Capacidade (kg)

5 a 20

60 a 20.000

3 a 30

Capacidade (kg)

5 a 20

2 a 10

(51) 3470-0700

Monovias

Vão (m)

2 a 10

500 a 20.000

1,2 a 4

Velocidade de translação (m/min)

500 a 20.000

500 a 20.000

Velocidade de elevação com carga (m/min)

5 a 20

Capacidade de carga (kg) Apoiada Suspensa

5 a 20

1,2 a 4

Velocidade de translação (m/min)

1,2 a 4

250 a 2.000

Capacidade de carga (kg)

Vão (m)

250 a 2.000

Capacidade de carga (kg)

Velocidade de elevação com carga (m/min)

K&L

Apoiada Suspensa

Simples Variável

Fabricante/País

Ponte rolante dupla viga

Retilínea Velocidade de translação (m/min)

Talha elétrica com cabo de aço, com velocidade

Simples Variável

Importadora Empresa, telefone

24 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Ponte rolante univiga

Velocidade de elevação com carga (m/min)

Talha elétrica de corrente, com velocidade

Fabricante

GUIA DE PONTES ROLANTES, MONOVIAS E TALHAS

250 a 5.000

1.000

a 11

8,4/2,1 Konecranes

(15) 3325-6101

Kuttner do Brasil

(31) 3399-7268

Máquinas Rabello

(31) 3333-0188 Netzcraft

(47) 3473-7245

Sansei (11) 3209-0500

Sansei/China

250 a 20.000

3,5 a 8

21

250 a 35.000

0,35 a 8

21

500 a 25.000

2,5 a 15

4 a 35 10 a 63

1.000 a 500.000

1 a 30 10 a 150 4 a 45

125 a 25.000

125 a 10.000

100 a 50.000

1 a 30

1 a 50 1 a 100

100 a 100.000

1 a 30

1 a 150

1 a 80

100 a 50.000

100 a 50.000

1.000 a 16.000

1 a 15

5 a 30

3 a 40

1.000 a 80.000

1 a 30

3 a 120

5 a 30

300 a 16.000

300 a 16.000

250 a 20.000

2 a 12

4 a 30

2 a 50

5 a 120.000

2 a 20

2 a 50

10 a 63

500 a 20.000

500 a 10.000


Stahl (11) 4147-7777 Strong

125 a 15.000

3,5 a

4 a 40 2,4 a 24

6.000 a 50.000

2,5 a 40

3,5 a 16,9

12 a 24

(55) 3222-4474 Unger Meister & Cia

Apoiada Suspensa

0,2 a 30

125 a 50.000

3,5 a

Capacidade (kg) 250 a 12.500

Capacidade (kg) 250 a 16.000

Vão (m)

5.000 a 125.000 0,2 a 24 2,5 a 50 10 a 38

500 a 125.000

3,3/0,6 a

Velocidade de translação (m/min)

Velocidade de elevação com carga (m/min)

4 a 30 2,5 a 50

Capacidade de carga (kg)

16,9

TCS

Velocidade de translação (m/min)

0,6 a 30

3,2 a 25

Vão (m)

250 a 16.000

1,25 a 16

Capacidade de carga (kg)

Velocidade de elevação com carga (m/min)

1,25 a 16

250 a 6.300

125 a 50.000

Curva

12,5 a 25

250 a 3.200

Capacidade de carga (kg)

(54) 3229-6849

Monovias Retilínea

Apoiada Suspensa

Simples Variável

Fabricante/País

Ponte rolante dupla viga

Velocidade de translação (m/min)

Talha elétrica com cabo de aço, com velocidade

Simples Variável

Importadora Empresa, telefone

Ponte rolante univiga

Velocidade de elevação com carga (m/min)

Talha elétrica de corrente, com velocidade

Fabricante

25 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

2,4 a 24

6 a 40

125 a 10.000

125 a 10.000

5 a 40

0 a 24

0 a 40.000

0 a 40.000

1 a 5.000

1 a 5.000

16,9

24/2,4 a

16,6/2,8

24/4

1.000 a 50.000

3,5 a 16,9

12 a 24

1.000 a 50.000

3,3/0,6 a

24/2,4 a

16,6/2,8

24/4

1.000 a 40.000

0,5 a 8

4 a 20

1.000 a 40.000

0,5 a 8

4 a 20

1.000 a 12.000

0,1 a 10

500 a 5.000 500 a 5.000

1.000 a 40.000

1.000 a 40.000

0,1 a 20

1.000 a 12.000 0,1 a 10 Até 25 0,1 a 50

1.000 a 60.000 0,1 a 10 0,1 a 50 Até 30

0,5 a 8

3 a 20

0,5 a 8

3 a 20

1.000 a 20.000

1.000 a 80.000

1.000 a 20.000

5 a 30

5 a 30

1.000 a 20.000

5 a 30

5 a 30

0,5 a 8

0 a 24

5 a 40

0,5 a 8

(42) 3522-3046 Ventowag (28) 2102-2525

5 a 30

5 a 30

5 a 60

5 a 30

5 a 40

Nota: (*) Com aceleração contínua. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 141 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fundição e Serviços, setembro de 2017. Este e outros 86 Guias FS estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fs e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

5 a 60


USINAGEM

26 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Paulo Sérgio Martins, José Rubens Gonçalves Carneiro, André Bragança Carvalho França, Leonardo Dutra e Pedro Paiva Brito

Com o desenvolvimento de novas ferramentas de corte, as velocidades empregadas nos processos atingem valores inconcebíveis. Nesse contexto, o aço e o ferro fundido vêm sendo gradativamente substituídos por materiais de menor densidade e melhor usinabilidade. Neste sentido, os autores deste trabalho avaliaram a furação de uma liga Al-Si fundida sob pressão, com o uso de uma broca de aço rápido VK5. O ponto de vista principal foi a tolerância do produto e o desgaste da ferramenta. Paulo Sérgio Martins desenvolveu este trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e pelo Centro Universitário Una, ambos de Belo Horizonte (MG). José Rubens Gonçalves Carneiro, André Bragança Carvalho França, Leonardo Dutra e Pedro Paiva Brito o fizeram pela Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). O artigo foi originalmente apresentado no 8º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação (Cobef), realizado de 18 a 22 de maio de 2015, em Salvador (BA). Reprodução autorizada.

A geometria de furos usinados com brocas de aço rápido VK5, em peça de Al-Si As ligas de alumínio são cada vez mais utilizadas, dada a sua resistência mecânica, baixa densidade e boa usinabilidade. A adição do silício ao alumínio diminui o seu ponto de fusão e melhora a resistência ao desgaste dos componentes. As ligas Al-Si, por exemplo, são usadas na fabricação de componentes de motores de combustão, que exigem fluidez e baixa tendência de contração; propriedades alcançadas na fundição sob pressão. Para a produção de uma peça em Al-Si, a exemplo de cabeçotes de motor, diversas operações de usinagem são empregadas, a citar a furação, alargamento, rosqueamento, mandrilamento, fresamento e lavagem. Posteriormente, o acabamento é feito, neste caso, sem a necessidade de retificação ou polimento. Devido à boa condução de calor da liga Al-Si, as forças de corte usadas e a taxa de desgaste da ferramenta são consideradas baixas. Estima-se que em torno de 15% a 20% de todo o aço produzido no mundo seja transformado e removido por usinagem, na forma de cavaco. A usinabilidade de um material é definida como uma tecnologia comparativa, ou seja, que expressa, por meio de um valor numérico,

o confrontamento de um conjunto de propriedades de usinagem. Esse indicador pode ser obtido levando-se em consideração o número de componentes produzidos por hora, o custo de produção do componente ou a qualidade final da superfície trabalhada. O processo de usinagem é não linear, envolvendo fenômenos como a deformação plástica, fratura, impacto, pontos de contato intermitentes e desgaste. Caracteriza-se, ainda, pela geração de calor e elevada temperatura de corte. Em razão da complexidade do procedimento, muitas vezes não é possível obter uma descrição matemática da sua dinâmica, o que pode ser superado com o uso de sensores de medição. Em altas temperaturas, a ferramenta de corte pode perder a sua forma rapidamente ou sofrer desgaste, resultando no acréscimo da força de corte, baixa exatidão dimensional do produto, redução da vida útil, e dano mecânico e químico da superfície acabada. Essa elevada temperatura pode ser controlada por injeção de fluido lubrificante e refrigerante na interface cavaco-ferramenta. Dentre os processos de usinagem tradicionais, a furação é uma das operações de corte de metal mais



USINAGEM

Fig. 1 – Diagrama do modelo de uso de três fases de desgaste de uma broca de aço rápido

importantes, consistindo em 33% de todas as operações de usinagem. Ela é responsável por aproximadamente 40% de toda a atividade de remoção de metal na indústria aeroespacial, por exemplo. O grau de calor na interface cavaco-ferramenta tem uma influência importante no desgaste da ferramenta e na microestrutura da região de deformação. A temperatura cresce com o aumento da profundidade do furo, para a mesma velocidade de avanço e do eixo. Outra teoria é que seu valor máximo na face de corte da broca é uma função crescente da velocidade de corte e de avanço.

28 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Neste caso, a medição é empregada para monitorar, controlar ou investigar o processo. O resultado alcançado é uma faixa de valores associada a uma unidade de medida, sendo o valor verdadeiro compreendido nela. A qualidade, a segurança e o controle de um processo são assegurados pela medição. As imperfeições contidas em uma superfície podem ser mensuradas com equipamentos apropriados. A importância do acabamento superficial aumenta quando a precisão de ajuste entre as peças sobe. Deve-se salientar que as superfícies reais de engenharia são compostas de forma, ondulação e rugosidade, podendo ser filtradas em cinco estágios. Os desvios de forma das superfícies reais, com relação aos parâmetros macro e micrométricos, são a circularidade, cilindricidade e rugosidade. A rugosidade média (Ra) pode ser vista como o desvio médio de um perfil da sua linha ou a distância média de um perfil, desde a sua linha média sobre um comprimento médio.

Fig. 2 – Microestrutura da liga Al-Si, evidenciando a fase clara, rica em alumínio, e o eutético

A velocidade de corte, avanço e profundidade são indexadas, respectivamente, por vc, fn e ap; as variáveis mais importantes neste processo. A velocidade de corte (vc) é a velocidade instantânea do ponto de referência da aresta da ferramenta, segundo a direção e sentido de corte. Para os processos com movimento de rotação, a velocidade de corte é calculada por:

(1) O diâmetro da peça (mm) ou da ferramenta (N) corresponde ao número de rotações por minuto.


29 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

O alumínio é particularmente difícil de se usinar a seco, em razão da sua aderência à ferramenta em altas temperaturas. é inferior à velocidade econômica de Na furação, a medição do desgaste corte dos materiais de ferramentas não é importante somente nos seus mais resistentes. estágios finais, que precedem falhas No desenvolvimento do catastróficas, mas também próprio aço rápido, é recopor meio da vida da broca. nhecido que somente a adoO progresso do desgaste ção de um método de modide flanco na furação segue ficação da superfície e do um modelo de três estágirevestimento da ferramenta os. é capaz de alcançar uma No primeiro, o desgaste melhora significativa. resulta em uma rápida eleFoi avaliada a aplicação de vação, já nos primeiros secinco categorias diferentes de gundos de corte, ao passo DLC, para brocas de aço rápique no segundo essa taxa do em usinagem de alumínio é constante. No último esFig.3 – Sistema hidráulico de sem o uso de fluido de corte tágio, o desgaste avança por fixação da para remoção do cavaco. um mecanismo adesivo, a broca VK5

Tab. 1 – Composição química média da liga Al-Si, em porcentagem e peso. Elemento (%) Peça

Al Si 86,8 7,76

Cu 3,11

Mg 0,36

O avanço (fn) é o percurso em cada rotação (mm/rot) ou em cada curso da ferramenta. A profundidade de corte (ap) é a profundidade ou a largura de penetração da ferramenta na peça, a qual é medida em direção perpendicular ao plano de trabalho (NBR6162/1989). Na furação com brocas helicoidais, os esforços atuantes estão ligados à geometria da broca e às condições de corte do processo, tais como o avanço, velocidade de corte e rigidez do conjunto peça/máquina-ferramenta. O uso da ferramenta de aço rápido é limitado pela baixa velocidade de corte relativa, na qual este parâmetro

Mn 0,4

Ti 0,02

Fe Zn 0,74 0,56

Ni 0,03

Pb 0,05

Sn 0,02


USINAGEM

30 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Fig. 4 – Cilindricidade pontual e suas médias em relação ao número de peças, utilizando broca de aço VK5 e velocidades de corte de 340 e 380 m/min

Fig. 5 – Circularidade pontual e suas médias em relação ao número de peças, utilizando a broca de aço VK5 e velocidades de corte de 340 e 380 m/min

uma taxa linear com o tempo de corte (figura 1). O aquecimento para a têmpera do aço VK5 é feito em banho de sal fundido. Inicialmente, realiza-se um aquecimento preliminar até 500°C em forno aberto ou dotado de circulação forçada de ar, para a eliminação da umidade e dos resíduos de óleo ou outros contaminantes. Em seguida, as peças são removidas para um banho de preaquecimento, o qual é mantido a cerca de 860°C a 880°C, onde permanecem até a

equalização da temperatura. No caso de peças com granFig. 6 – Análise da superfície Ra (A), Rt (B) e Rz (C) des seções e dos furos gerados pela broca VK5 geometrias comProcedimentos plexas, recomenda-se mais uma etapa experimentais de preaquecimento a cerca de 1050°C. O presente trabalho avaliou o deA matéria-prima utilizada foi uma sempenho da broca VK5 quanto à religa Al-Si fundida sob pressão, na forsistência ao desgaste, quando da ma de placas retangulares. furação de peças fundidas em ligas Foi fundido um corpo de prova de Al-Si, a uma velocidade de corte representativo da corrida, o qual foi de 340 e 380 m/min.



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32 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

posteriormente tiu de fase alfa fresado e cortado rica em alumínio para a retirada de e o eutético. amostras de 30 x A fase interme30 mm, para anátálica do eutético lise química e mefoi Al 5Cu 2 Mg 2 Si 6 talográfica. ou Al15(FeMn)3Si2. Elas foram anaO teor de silício da lisadas em um miliga significa que croscópio óptico ela contém partída Leitz, com caculas primárias, pacidade de auque promovem o mento de 200 vedesgaste da ferzes. ramenta via abraPara a análise são, quando comda microestrutura, parado a outras as amostras foram ligas de alumínio. Fig. 7 – Diâmetro do furo para as duas velocidade de corte, atacadas durante Foram utilizaem relação ao número de peças 5 h com água desdas brocas de tilada com volume de 95%, 1 ml de A utilização do cobre melhora a VK5 com haste paralela, tolerância +0,0 ácido fluorídrico (HF), 2,5 ml de áciusinabilidade das peças injetadas, de 12,20 - 0,1 mm, ângulo de ponta do nítrico (HNO3) e 1,5 ml de ácido facilitando ainda a sua solidificação a 145° e ângulo de folga a 10°, clorídrico (HCl). em temperaturas mais baixas, além as quais foram montadas em um Foi realizado um ensaio de microde reduzir descontinuidades intermandril hidráulico (figura 3). dureza Vickers em um aparelho da nas na peça fundida. As velocidades de corte aplicadas Leitz, com carga de 100 gf. A presença do ferro nas ligas Alforam de 334 e 380 m/min, enquanto A tabela 1 traz a composição quíSi é considerado um fator de fragia rotação foi de 8.800 a 1.100 rpm, o mica da liga Al-Si fundida sob preslização, reduzindo o tempo de desavanço de 0,36 mm/rot e a profundisão em lingotes. moldagem. A microestrutura consisdade de corte de 6,1 mm, devendo-se


33 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Fig. 8 – Análise feita em microscopia óptica e EDS da aresta de corte da broca VK5, a 340 m/min


USINAGEM considerar que a broca tem diâmetro nominal de 12,2 mm. Os ensaios realizados com ligas de alumínio e alargadores monocortantes não apresentaram variações de rugosidade, erros de forma ou equívocos dimensionais do furo com a variação da velocidade de corte. O fluido de corte utilizado foi o Hocut B 205D, com a concentração de 6% a 8% em volume de água e 30 bar de pressão. Os furos tinham 8 mm de profundidade. Após os testes de furação, as peças foram resfriadas até a temperatura ambiente e medidas no laboratório de metrologia. Foram retiradas as peças de número 1, 150, 300, 450, 600, 750, 900 e 1.050 até 3.100, para a medição dos parâmetros geométricos de cilindricidade, circularidade e diâmetro do furo. Foi medido também o erro de batimento para o sistema hidráulico, nesta mesma sequência. Os parâmetros de superfície R a, Rz e R t foram avaliados para as peças 1, 150, 300, 450, 600, 750, 900 e 1.050 até 3.100, utilizando-se um equipamento da Taylor Hobson (Form-Talysurf series) e um filtro gaussiano para a análise da aspereza, com cut-off de 0,8 mm e comprimento de 4,8 mm. A tolerância de 3,2 μm (Ra) da superfície do furo foi controlada com o auxílio de um software desenvolvido especificamente para esta análise.

Resultados e discussões A figura 4 mostra a evolução da cilindricidade dos furos com o número produzido pelas brocas de aço VK5. Os valores médios deste parâmetro entre as velocidades de

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corte mostram que as dispersões são semelhantes nos pontos 500 e 1.200, para velocidade de corte de 380 m/min. Os demais valores foram abaixo de 0,02 μm, em comparação àqueles obtidos a 340 m/min. A média geral de cilindricidade para 340 m/min foi de 0,019 μm. Para 380 m/min, foi de 0,018 μm. A figura 5 mostra a evolução da circularidade em função do número de furos para brocas VK5, além dos valores médios e a dispersão obtida na circularidade dos furos produzidos com as velocidades determinadas (340 e 380 m/min). A média dos valores para duas velocidades manteve-se linear, mas o desvio padrão para 340 m/min foi maior entre as peças 1.000 a 2.200. A figura 6 mostra a evolução da textura da superfície, em função do número de furos usinados. Os valores médios e a dispersão da superfície analisada (R a, R t e R z) para as velocidades de corte de 340 e 380 m/min apresentaram variações acentuadas de furo para 0, 2, 3 e 4 μm. Percebe-se que o valor médio da rugosidade obtida a 340 m/min foi maior, quando comparada com a outra velocidade (380 m/min). Os valores médios e a dispersão da superfície analisada (Rt e R z) para os dois tipos de velocidade apresentaram comportamentos diferentes entre os furos de número 1.500. A partir do furo 1.750, a rugosidade média dos parâmetros R t e R z aumentou para as duas velocidades de corte, o que se deve ao desgaste gerado na aresta de corte. A figura 7 apresenta a evolução do diâmetro dos furos com as peças 1 a 3.100, nas duas velocidades de corte (340 e 380 m/min), mostrando diferenças significativas.


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Fig. 9 – Análise feita em microscopia óptica e EDS da aresta de corte da broca VK5, a 380 m/min


37 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

É possível justificar este resultado pela natureza do desgaste que ocorre no flanco da broca, e também na adesão deste material à broca. Para este número reduzido de furos, a adesão é física e não química, o que torna a retirada do material facilitada ao longo do processo de usinagem. A figura 8 apresenta uma análise feita em microscopia eletrônica de varredura. Nela, nota-se a presença da aresta postiça de corte (APC), fenômeno que ocorre ao longo do processo de usinagem, principalmente em baixas velocidades. No ponto A, foram demarcados os três pontos de análise, sendo os pontos 1b e 2c na análise em EDS, no microscópio eletrônico de varredura (MEV). Observa-se a presença de APC aderido na aresta de corte. Já no ponto 3d, percebe-se a presença de elementos da broca VK5 em maior proporção. A figura 9 traz a análise da superfície da broca utilizada na velocidade de 380 m/min, após a usinagem de 1 a 2.100 peças. Com o aumento da velocidade de corte para 380 m/min, a presença da APC foi menor na aresta principal de corte no ponto A, quando foram marcados os três pontos de análise. No ponto 1b, aparecem valores menores de Al-Si, em comparação ao ponto 1b da figura 8. Para os pontos 2c e 3d, os valores foram semelhantes.

Conclusão Os valores de cilindricidade e circularidade comportaram-se de forma semelhante com o aumento dos parâmetros de corte (velocidade de corte). A média e o desvio padrão dos valores responderam mais positivamente na velocidade de corte de 380 m/min, o que se dá pelo fato da aresta de corte da broca permanecer menos tempo em contato com a parede do furo. Os parâmetros de superfície (R a , R t e R z ) obtiveram médias semelhantes, sendo que a 380 m/min foram obtidas somente 2.100 peças. Isso porque, com essa velocidade, os valores dimensionais dos furos foram reduzidos. A altas velocidades, os valores de diâmetros foram piores. Em comparação com a baixa velocidade, esse fenômeno ocorre devido ao aumento do atrito da aresta da ferramenta ao material usinado.


FoFo VERMICULAR

38 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Mariana Landim Silveira Lima, José Renato Santos do Amaral Cardoso, Rosemar Batista da Silva, Luciano José Arantes, Antonio Vitor de Mello, Fabio Martinho Cezar de Freitas

A retificação normalmente é uma opção de usinagem, nos casos em que são exigidas elevadas precisões dimensional e geométrica, além de um excelente acabamento superficial, a exemplo dos blocos e cabeçotes de motores. Este trabalho apresenta os resultados de ensaios realizados em amostras de ferro fundido vermicular, após uma retificação plana com rebolo de carbeto de silício.

Mariana Landim Silveira Lima, José Renato Santos do Amaral Cardoso, Rosemar Batista da Silva, Luciano José Arantes e Antonio Vitor de Mello desenvolveram este trabalho pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), e Fabio Martinho Cezar de Freitas pela Saint Gobain Abrasivos, de Vinhedo (SP). Ele foi originalmente apresentado no 8º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação (Cobef), realizado de 18 a 22 de maio de 2015, em Salvador (BA). Reprodução autorizada.

Qualidade superficial do FoFo vermicular FV450, após retificação plana tangencial Em geral, o processo de retificação é a última etapa da produção de uma peça, de modo que qualquer desconformidade pode significar a perda do produto e gerar grandes prejuízos. No entanto, ainda há poucos estudos que avaliam de maneira estatística as relações entre os parâmetros de corte e os resultados desejados, pois são muitas as variáveis envolvidas neste ciclo e os ensaios experimentais demandam tempo. Ademais, na maioria das vezes eles são mais onerosos que os processos convencionais de usinagem, com a ferramenta de geometria definida. Dessa forma, torna-se necessário identificar as variáveis do processo que mais afetam a integridade da superfície e os desvios dimensionais das peças. Assim, um trabalho investigativo nesta área é de grande importância. As principais grandezas físicas envolvidas nas operações de retificação plana tangencial são apresentadas a seguir e ilustradas na figura 1: vs = velocidade periférica do rebolo (m/s) vw = velocidade periférica da peça (mm/s ou m/min) ap = profundidade de usinagem (mm)

ae = penetração de trabalho (mm) lc = comprimento de contato rebolo/ peça (mm) Heq = espessura de corte equivalente ou espessura da camada de material arrancado pelo rebolo (mm) No que se refere à penetração de trabalho, quando ela aumenta, provoca um acréscimo no número de grãos ativos e no tempo de contato. Isso faz com que cada grão abrasivo remova uma quantidade menor de material, resultando em cavacos mais alongados e finos. Ressalta-se que há uma maior parcela de atrito e riscamento, desde o início da formação do cavaco até a sua expulsão, o que eleva a temperatura na região de corte e, consequentemente, deteriora o acabamento. Embora a maioria dos trabalhos aborde a retificação de aços, ainda são poucos os estudos que tratam dos ferros fundidos. Estes são os principais materiais utilizados na fabricação de componentes de motores de combustão interna, como blocos, cabeçotes, eixos de comando de válvula e virabrequins. Suas propriedades mecânicas são definidas pela microestrutura, mais precisamente pela forma em que o carbono encontra-se combinado.


39 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

O ferro fundido é definido como uma liga terciária de ferrocarbonosilício, com teores de carbono geralmente acima de 2%, em quantidade superior ao que pode ser retido em solução sólida na austenita. Além disso, o carbono resultante pode se apresentar parcialmente livre, na forma de veios ou então em lamelas de grafita. A maioria dos ferros fundidos contém silício, entre 1% e 3%, e enxofre, podendo ou não apresentar outros elementos de liga. Fig. 1 – Grandezas físicas na retificação Até a década de 1990, os ferplana tangencial ros fundidos eram divididos em quatro classes: cinzento, maleável, gosidade e as imagens da superfície de amostras de ferro fundido verbranco e nodular. micular, que foram retificadas com A partir de 1999, uma nova classe começou a ser produzida: o ferro funrebolo de carbeto de silício em váridido vermicular. as condições de corte. Ele vem ganhando cada vez mais Ressalta-se que o acabamento suespaço na indústria automobilística, perficial exerce um papel importante no sendo atualmente utilizado na producomportamento dos componentes meção de blocos de motores, discos de cânicos, estando relacionado com a prefreio, cabeçotes de cilindros e coletocisão de ajuste da máquina, condições res de escapamento (figura 2). de usinagem e tolerâncias de fabricaNos ferros fundidos vermiculares, ção, que são especificadas de acordo com a aplicação da peça usinada. a grafita apresenta-se predominanAssim, fica clara a importância de temente na forma de vermes, sense identificar o acabamento que do interconectada com as extremidades arredondadas na forma de nódulos. Isso confere ao material uma boa resistência mecânica, tenacidade, resistência à fadiga, amortecimento e condutividade térmica. O ferro fundido vermicular reúne propriedades intermediárias em relação ao ferro fundido cinzento e nodular (tabela 1), tendo mais vantagem em relação ao primeiro, com destaque para o aumento de 75% no limite de resistência, 40% no módulo de elasticidade e 80% na Fig. 2 – Materiais fabricados em ferro fundido resistência à fadiga. vermicular: bloco de motor a diesel (a); Nesse sentido, este trabalho coletor de escapamento (b); disco de freio (c) e cabeçote (d) apresenta os resultados da ru-

pode ser proporcionado em um material que ainda não conta com muitos dados de retificabilidade.

Materiais e métodos Neste trabalho, foi usada uma retífica plana modelo P36, com 2.400 rpm, 3 HP e resolução no eixo Z de 5 µm (figura 3). A ferramenta de corte utilizada foi um rebolo convencional de carbeto de silício (SiC), com especificação 39C46KVK (da Saint-Gobain Abrasivos) e as seguintes dimensões: 254 x 25 x 76 mm. Foi selecionado o fluido de corte sintético de base vegetal ME-3, em solução aquosa na proporção de 1:20. O bocal foi posicionado de forma tangente ao rebolo, a uma vazão de 545 L/h (figura 4). A peça foi fabricada no ferro fundido vermicular FV450, em formato de barra retangular, com base quadrada e dimensões de 49 x 18 x 19 mm. Na tabela 2, são apresentadas algumas das principais propriedades do ferro fundido vermicular. Foram empregados os seguintes parâmetros de corte: velocidade periférica do rebolo (vs) de 32 m/s, velocidade longitudinal da peça (vw) de 10 m/min, profundidade de dressagem (ad) de 10 µm, e dois valores de penetração de trabalho (ae): 15 e 30 µm. Foram realizados quatro ensaios, incluindo a réplica. O critério para o fim de cada ensaio foi um volume de material removido de 55,86 mm3. As variáveis de saída utilizadas foram os parâmetros de rugosidade (Ra e Rz) e as imagens das superfícies usinadas. A medição dos parâmetros da rugosidade foi realizada com o


FoFo VERMICULAR

40 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Fig. 3 – Retificadora plana tangencial com o sistema rebolo-peça

auxílio de um rugosímetro portátil, modelo SJ201P (da Mitutoyo), com resolução de 0,01 µm. Foram utilizados um comprimento de onda do filtro (cut-off) de 0,8 mm e um de avaliação de 4 mm. As medições foram realizadas perpendicularmente à direção do avanço longitudinal da peça, sendo a primeira medição a 4,5 mm da aresta e as demais equidistantes de 10 mm, conforme a figura 5. Após o processo de retificação, todas as amostras foram submetidas a procedimentos metalográficos, para verificar se houve danos na superfície. Elas foram devidamente limpas e preparadas para a avalia-

Fig. 4 – Posicionamento do bocal com o fluido de corte

ção das superfícies retificadas, a qual foi feita em um microscópio eletrônico de varredura.

Resultados e discussões A seguir são apresentados os resultados da rugosidade e as análises realizadas das superfícies obtidas após a retificação do ferro fundido vermicular, em diferentes condições de corte. Rugosidade Os resultados médios para os parâmetros de amplitude, rugosidade aritmética (Ra) e rugosidade total (Rz),

Tab. 1 – Comparação entre as propriedades físicas e mecânicas dos ferros fundidos cinzentos, vermiculares e nodulares. Propriedade

FoFo cinzento

FoFo vermicular

FoFo nodular

Resistência à tração (MPa)

250

450

750

Módulo de elasticidade (GPa)

105

145

160

Alongamento (%)

0

1,5

5

Condutividade térmica (W/mK)

48

37

28

Capacidade relativa de amortecimento

1

0,35

0,22

Dureza (BHN 10/3000)

179-202

217-241

217-255

Resistência à fadiga (MPa)

110

200

250

são apresentados nas figuras 6 e 7, respectivamente. Estes valores foram obtidos após quatro passes, com penetração de 15 μm, ou dois passes, com 30 μm, totalizando 60 mm ao final de cada ensaio. Na figura 6, nota-se que há um crescimento da rugosidade R a, com a penetração de trabalho a e. Essa tendência está relacionada com o aumento da espessura de corte equivalente, a qual é consequência direta do aumento da penetração de trabalho. Isso implica em cavacos com dimensões maiores, os quais, com a progressão do corte, se agrupam e podem causar o empastamento do rebolo. Sabe-se que dependendo da estrutura do rebolo, os seus poros não são capazes de alojá-los. Assim, o cavaco alojado no rebolo diminui a eficiência na retificação, aumenta os esforços de corte da ferramenta sobre a peça e, consequentemente, compromete a superfície retificada.

Tab. 2 – Características do ferro fundido vermicular. Matriz

Perlita com 2% de ferrita

Grafita Forma

Nodular

Partículas (p/mm²)

III-VI

7%

218

Tamanho (%) 8

7

6

5

4

22

37

33

7

1

Dureza Brinell

Microdureza

(5/750)

na perlita (HV 01)

237

321 a 366



FoFo VERMICULAR Além disso, a penetração de trabalho possui relação direta com a área de contato entre a peça e o rebolo, ou seja, com o seu aumento, cresce também a área de contato e, consequentemente, as forças de corte, afetando ainda a qualidade da superfície retificada. Esta pode ter sido a causa da elevação de ambos os

42 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Fig. 5 – Regiões de medição da rugosidade na superfície da peça

Fig. 6 – Valores médios da rugosidade Ra, obtidos com a variação da penetração de trabalho

parâmetros de rugosidade estudados neste trabalho. No entanto, mesmo com a elevação da rugosidade R a , os valores obtidos ficaram abaixo de 0,30 mm, os quais são bem inferiores ao limite máximo de Ra = 1,6 mm (valor de referência usualmente adotado para processos de retificação de semiacabamento).

Fig. 7 – Valores médios da rugosidade Rz, obtidos com a variação da penetração de trabalho


Estes valores indicam que as condições de corte empregadas nessa pesquisa (velocidade do rebolo, velocidade da peça, penetração de trabalho, rebolo e fluido de corte) foram adequadas para a retificação plana do ferro fundido vermicular FV 450. Na figura 8, são apresentados os valores de rugosidade (Ra) obtidos em cada uma das cinco posições em que o apalpador do rugosímetro foi colocado durante a medição, tanto para o ensaio principal quanto para a réplica, utilizando-se os dois valores de penetração de trabalho descritos anteriormente. Nesta mesma figura, observa-se que nos ensaios principais, para cada penetração de trabalho, praticamente não houve diferença entre os valores de rugosidade obtidos. Entretanto, a diferença foi significativa para a réplica. O aumento da rugosidade entre os ensaios 1 e 2 pode ser atribuído à superfície do rebolo resultante da operação de dressagem realizada. Não é tarefa fácil garantir a uniformidade das dimensões de um grão abrasivo, mesmo adotando um procedimento rigoroso de dressagem, pois de uma para outra pode-se variar o número de grãos expostos, assim como a quantidade de ligante que pode atritar com a peça. A réplica de cada ensaio pode ter sofrido influência da dressagem e isso refletiu no acabamento da superfície em relação ao ensaio principal. Análise da superfície usinada Na figura 9, são apresentadas as superfícies do ferro fundido vermicular retificadas para as diferentes condições de corte. Essas imagens se referem ao ensaio principal e réplica, para a menor penetração de trabalho.


FoFo VERMICULAR

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Fig. 8 – Valores da rugosidade Ra, de acordo com o posicionamento do rugosímetro

Observa-se que as marcas de avanço dos grãos são semelhantes. Nota-se também a presença de algumas áreas com deformações plásticas e de fluxo lateral de material, causado pelos abrasivos, mas que ainda assim não elevaram a rugosidade para valores acima de 1,6 mm.

Além disso, é importante ressaltar que não foram observadas trincas perpendiculares à superfície nas amostras, nem a presença de queimas de aspecto visual. A figura 9 mostra ainda o ensaio principal e a réplica, para a maior penetração de trabalho.

De forma análoga para a menor penetração, as marcas de avanço nos dois ensaios são bem parecidas, com riscos visíveis ao longo da direção de avanço da ferramenta. Ao comparar as duas imagens da figura 9 (cujas escalas são as mesmas) é possível observar que as marcas longitudinais nas superfícies das primeiras são mais largas e não apresentam a mesma continuidade, como aquelas após a usinagem com a menor penetração de trabalho. Esta diferença já era esperada, pois à medida que se aumenta a penetração de trabalho na máquina-ferramenta, os grãos também penetram mais na peça, refletindo na rugosidade. O parâmetro Rz foi mais sensível a esta alteração, que detecta os vales mais profundos em todo o comprimento de amostragem selecionado.

Conclusão As seguintes conclusões podem ser tiradas deste trabalho:

Fig. 9 – Imagens em MEV das superfícies do ferro fundido vermicular FV450 após a retificação com o rebolo de SiC, em diferentes condições de corte

Com o aumento da penetração de trabalho de 15 para 30 µm, os parâmetros de rugosidade Ra e Rz também aumentaram, conforme esperado. Todos os valores de Ra obtidos foram menores que 1,6 µm e, portanto, ficaram dentro da faixa de rugosidade aceitável para o processo de retificação de semiacabamento. No que se refere à superfície e topografia da peça, foram observadas regiões com deformações plásticas e fluxo lateral de material, causados pela passagem dos grãos. Porém, não foi observada a presença de trincas ou queimas de aspecto visual.



LIGAS

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Mohammadreza Zamani, Salem Seifeddine

A determinação do teor de Sr ideal, para a modificação da fase eutética de ligas Al-Si Nas últimas

Este estudo comprova em que medida a redução da temperatura de crescimento da fase eutética de silício tem correlação com as adições de estrôncio e as propriedades mecânicas sob tração (alongamento total e limite de resistência), no caso de ligas de alumínio-silício.

Os autores são do Departamento de Materiais e Manufatura da Escola de Engenharia da Jönköping University (Suécia). Este artigo foi originalmente publicado no International Journal of Metalcasting, volume 10, issue 4, págs. 457-465, 2016. Reprodução autorizada. Tradução de Antonio Augusto Gorni.

décadas, as ligas de alumínio para fundição têm substituído as ligas ferrosas em muitas aplicações automotivas, com o objetivo de se reduzir o peso global, aumentar a eficiência no consumo de combustível e diminuir os níveis de emissão de gás carbônico. As ligas de alumínio-silício (AlSi) são as mais amplamente usadas na indústria de fundição, graças ao seu baixo custo e propriedades mecânicas favoráveis. Estas propriedades são governadas pelos constituintes microestruturais, a exemplo do espaçamento dos braços dendríticos secundários, fases eutéticas e compostos intermetálicos. Um dos tratamentos mais comuns para essas ligas é a modificação eutética feita por meio da adição de traços de elementos específicos, tais como o sódio, antimônio e estrôncio (Sr). Nos últimos anos, o Sr se tornou o agente de modificação mais amplamente usado, devido à sua boa taxa de modificação e baixa perda de efeito. A modificação com o estrôncio melhora as propriedades mecânicas, particularmente o alongamento total, graças ao refino da fase eutética de silício, a qual passa de um formato similar a placas grosseiras, para uma morfologia de fibras refinadas.

Essa transformação também está associada a alterações na curva de resfriamento, as quais estão relacionadas às temperaturas características de nucleação e ao crescimento das regiões eutéticas da liga de alumínio-silício. O teor de estrôncio requerido para a modificação adequada da estrutura depende da quantidade de silício, outros elementos de liga e taxas de resfriamento. Adições de Sr acima de um determinado teor não promovem refino adicional da morfologia da fase de silício. Ao contrário, resultam na formação de fases deletérias, tais como Al2Si2Sr. Em Influence of Sr on microstructure and mechanical properties of ZL114 cast alloy, os autores relatam que a adição de estrôncio entre 200 e 600 ppm em uma liga Al7Si-0,5Mg melhora substancialmente o alongamento. Já em Beneficial effects of strontium on A380 alloy, é sugerida uma faixa idêntica de adição de estrôncio para a liga Al-9Si-3Cu, visando à melhora da ductilidade. Durante mais de 30 anos foram desenvolvidos trabalhos de pesquisa para se entender a cristalização do eutético, em função da modificação, e seu reflexo nas curvas de solidificação.


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Crossley e Mondolfo, autores de Structure and properties of aluminium alloys, conduziram o primeiro trabalho experimental detalhado sobre a modificação de ligas de alumínio-silício usando curvas de resfriamento. Na sequência, dois estudos laboratoriais levaram ao desenvolvimento de sistemas de análise térmica para uso como ferramentas de diagnóstico. Eles permitem a previsão de alterações microestruturais por meio de modificações nas curvas de resfriamento. É conhecido o fato de que a introdução de um agente de modificação em uma liga de alumínio-silício desloca o patamar eutético para valores menores de temperatura durante o resfriamento contínuo. Nos sistemas de análise térmica mencionados, a redução da temperatura eutética promovida pela modificação (ΔT) foi usada para descrever o grau de modificação. Desde então, ΔT foi usada em muitos outros estudos, como índice para a determinação do nível de modificação em diferentes ligas de alumínio-silício para fundição. Com a modificação, não apenas a temperatura eutética é reduzida. Adicionalmente, a magnitude e a duração do período de superresfriamento da reação eutética são aumentados. A taxa de resfriamento também influencia as temperaturas características do eutético. De fato, ΔT pode variar ao se usar diferentes condições de resfriamento num sistema de análise térmica. O objetivo principal do tratamento de modificação consiste em melhorar as propriedades mecânicas sob tração, em particular o alongamento total. Aparentemente, é um bom exercício verificar se o controle

da modificação eutética por meio da análise térmica não destrutiva poderia melhorar as propriedades mecânicas sob tração. Neste trabalho, diferentes parâmetros, além de ΔT, foram obtidos e avaliados a partir das curvas de resfriamento. O objetivo foi encontrar o indicador mais confiável para a determinação de um teor ótimo de estrôncio da liga EN AC-46000. A análise térmica foi executada usando-se três diferentes condições

Procedimento experimental Materiais Lingotes da liga EN AC-4000 foram fundidos em um forno de resistência com cadinho de grafita ligada com carbeto de silício, a 750°C e sob atmosfera protetiva de argônio. O banho não foi desgaseificado. Foram preparadas seis corridas com diferentes teores de estrôncio (de 0 a 486 ppm), usando uma liga mestre Al-10%Sr. A adição foi feita colocando fragmentos dessa liga na superfície do banho. A sua dissolução ocorreu em 20 min. Análise térmica

Fig. 1 - Vista esquemática do arranjo do molde sob taxa controlada de resfriamento

de resfriamento, para se entender o seu papel sobre esses parâmetros. A redução da temperatura de crescimento do constituinte eutético e o prolongamento de seu tempo de crescimento apresentaram boa correlação com a melhora das propriedades mecânicas sob tração, independentemente da taxa de resfriamento aplicada. Portanto, temos um método preciso para a previsão do teor ideal de estrôncio nas ligas de alumínio-silício via análise térmica.

Foi projetado um aparato de fundição com evolução térmica predeterminada, com a finalidade de identificar o nível de modificação sob diferentes taxas de resfriamento. Foram confeccionados três moldes de aço cilíndricos com a mesma geometria (figura 1), os quais foram colocados dentro de caixas de aço, cerâmica e com isolamento de fibras de vidro. Desta forma, foram obtidas três taxas de resfriamento durante a solidificação. Os moldes foram preaquecidos a 700°C, enquanto o banho metálico previamente preparado foi vazado em seu interior. A temperatura foi medida por termopares do tipo K (NiCr-Ni), localizados em duas posições: na parede e no centro do molde, ambos à meia altura. O desenho esquemático e as dimensões do arranjo dos moldes são mostrados na figura 1. Os dados relativos à evolução da temperatura medida pelo termopar ao


LIGAS longo do tempo foram registrados usando-se um sistema para a aquisição de dados sob alta velocidade, o qual estava conectado a um computador. O registro da temperatura foi feito a cada 0,01 s. A taxa de resfriamento foi medida antes do início da solidificação, ou seja, a temperaturas superiores a 600°C. Os mesmos termopares foram usados para todos os testes, permitindo uma boa comparação entre os resultados de cada liga. Ensaio de tração Para confeccionar os corpos de prova necessários para os ensaios de tração, foram fundidos cilindros com 200 mm de comprimento e 10 mm de diâmetro, com o auxílio de um molde permanente de cobre. Em seguida, eles foram refundidos e aquecidos a 710°C durante 20 min sob atmosfera de argônio, sendo então solidificados por meio da técnica de gradiente de solidificação, com o emprego de um forno Bridgman montado sobre um dispositivo motorizado para içamento. Após a refusão dos bastões, o forno foi elevado à velocidade de 3 mm/s, enquanto a amostra permanecia em posição estacionária. Este aparato de solidificação gera amostras fundidas com baixos níveis de defeitos e espaçamento médio dos braços dendríticos secundários de 10,9 mícrons. Para cada liga foram confeccionados seis corpos de prova cilíndricos. Os ensaios de tração foram executados em uma máquina para ensaio de tração Zwick/Roell Z100, sob velocidade constante de travessão igual a 0,5 mm/min. Os dados de tensão versus deformação foram registrados.

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Caracterização dos materiais A microestrutura foi analisada com o auxílio de um microscópio óptico Olympus GX71 e um analisador de imagens Stream Motion.

Resultados Análise térmica Os três diferentes sistemas de isolamento térmico descritos promoveram taxas de resfriamento de 0,4, 1,4 e 3,8°/s. A figura 2a mostra as curvas de resfriamento da liga não modificada. Ela exibiu três reações principais durante a solidificação, as quais estão indicadas na ilustração. A solidificação começou com a formação de redes de α-Al na faixa de temperaturas entre 620°C e 580°C, seguida pelo desenvolvimento do constituinte eutético (alumínio-silício) na faixa entre 580°C e 555°C. Finalmente, ocorreu a formação de outros compostos intermetálicos abaixo de 550°C. As curvas de resfriamento correspondentes à região eutética para as ligas com teores diversos de estrôncio são mostradas na figura 2b, onde se encontram indicados os pontos de temperatura relacionados à formação do eutético. O parâmetro Tmin refere-se à temperatura mínima imediatamente antes do pico eutético (figura 2b), que corresponde ao primeiro ponto onde o calor latente gerado pelo crescimento eutético fica igual à perda de calor. A nucleação e o crescimento do eutético inicia-se antes da Tmin. De fato, a temperatura de nucleação do eutético corresponde ao limiar de temperatura do pico eutético na curva da primeira derivada ou ao primeiro pico na segunda deri-



LIGAS

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de estrôncio, o valor de Δθ ficou muito pequeno ou igual a zero. Contudo, ao se acrescentar o estrôncio, a evolução do super-resfriamento seguido pela recalescência e o valor de Δθ se alteram. Outra observação foi que a reação eutética é consideravelmente prolongada ao se acrescentar Sr, o que leva a um aumento Fig. 2 - A) Curvas de resfriamento para a liga EN AC-46000 não modificada e solidificada, em Δt. sob diferentes taxas de resfriamento (TR). B) Curvas de resfriamento parciais na região A tabela 1 traz a desigeutética das ligas com diferentes teores de Sr; taxa de resfriamento de 0,4°C/s. nação dos pontos, parâEm primeiro lugar, a adição desmetros de temperatura e tempos asvada. Portanto, é difícil derivar a temsociados à transformação eutética utiperatura de nucleação do eutético a se elemento levou à redução da lizados neste trabalho. partir da curva de resfriamento, motemperatura de crescimento do euQuatro diferentes parâmetros (ΔTmin, tivo pela qual ela não é levada em tético, a qual se reflete em um maiconsideração neste estudo. or valor de ΔTG. ΔTG, Δθ e Δt) podem ser extraídos das A temperatura de crescimento, ou Também ocorreu a diminuição da curvas de resfriamento. A sua avaliatemperatura mínima do eutético, o que ção é capaz de determinar o indicaTG, é a temperatura máxima do pico reflete no aumento de ΔTmin. dor mais confiável do nível de modifieutético (figura 2b). Nestes ensaios, ficaram evidentes Adicionalmente, houve alterações cação. na evolução do super-resfriamento Na figura 3, estes parâmetros são quatro características da região eutéseguido pela recalescência, o que apresentados em função da concentica da curva de resfriamento, após a adição de estrôncio. alterou o valor de Δθ. Na ausência tração de estrôncio.


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Propriedades de tração Tendo em vista que este tipo de liga (EN AC-46000) é normalmente usada em fundição sob pressão, foram confeccionados corpos de prova para ensaios de tração com espaçamento dos braços dendríticos secundários variando entre 7 e 16 mícrons. A figura 4a mostra uma curva típica de tensão versus deformação determinada pelo ensaio de tração da liga não modificada e com 276 ppm de estrôncio. Os pontos indicam o limite de resistência e o alongamento total de cada corpo de prova. A figura 4b indica as propriedades sob tração da liga, em função da concentração de estrôncio. A liga modificada, com teor de estrôncio de 150 a

Tab. 1 - Designação dos termos da região eutética. Abreviatura Tmin TG tmin tg ΔTmin ΔT G Δθ Δt

Descrição Temperatura mínima antes do pico eutético Temperatura máxima no pico eutético Tempo no pico mínimo sobre a curva Tempo referente ao final do patamar eutético Tmin(não modificado) – Tmin(modificado) TG(não modificado) – TG(modificado) TG - Tmin tG - tmin

486 ppm, apresentou melhora substancial de suas propriedades de tração, particularmente do alongamento total.

Discussões A adição de estrôncio pode alterar as condições de nucleação e o crescimento do constituinte eutético, provocando a diminuição da temperatura eutética (figura 2b).

Em The treatment of liquid aluminumsilicon alloys, os autores propuseram que pela introdução de um agente modificador, a energia interfacial entre o alumínio e o líquido é reduzida em relação às energias interfaciais entre o silício e o líquido e entre o alumínio e o silício. Portanto, a nucleação da fase eutética de silício no alumínio se torna mais difícil, requerendo um maior grau de super-resfriamento.


LIGAS Os autores de The microstructure and crystallography of aluminiumsilicon eutectic alloys sugeriram que a influência do agente modificador ocorre sobre o mecanismo de crescimento e não afeta o processo de nucleação. De fato, átomos de impurezas (sódio, estrôncio etc.) envenenam os sítios de crescimento do silício na interface que começa a avançar. O envenenamento interfacial ocorre em placas gêmeas reentrantes. A adsorção seletiva nesses sítios retarda o crescimento do silício e promove o aumento do grau de super-resfriamento. Esta última teoria para explicar o mecanismo de modificação eutética é a mais amplamente aceita. Frequentemente, nota-se que a redução da temperatura eutética (ΔTG) promovida pela adição de estrôncio está intimamente ligada ao teor desse elemento na liga. As variações da ΔTG em função do teor de estrôncio para diferentes ligas, que foram registradas em outros trabalhos, são apresentadas na figura 5 e comparadas com os resultados obtidos no presente estudo. Um efeito geral é o aumento da ΔTG no caso de teores crescentes de estrôncio, até que seja alcançado um valor máximo, seguido por uma ligeira diminuição. A exceção ficou por conta da liga com magnésio, a qual apresentou uma diminuição mais acentuada. Essa tendência também foi observada neste estudo (figura 3). A conclusão foi que o estrôncio restringe o crescimento da fase eutética de silício, atuando como um átomo de impureza, que envenena as camadas em crescimento. O bloqueio do crescimento da fase eutética de silício aumenta o número de núcleos, levando à redução da

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temperatura de nucleação e ao crescimento do silício. Contudo, uma vez que o teor de estrôncio ultrapasse um determinado valor, o excesso começa a formar fases intermetálicas (tais como Al 2Si 2Sr), a qual não contribui para a modificação. Portanto, a ΔTG tem sido frequentemente usada como um índice a ser correlacionado com o nível de modificação (figura 6). A determinação da ΔTG e, consequentemente, do teor ideal de estrôncio, requer uma comparação entre as curvas de resfriamento para ligas modificadas e não modificadas. As curvas de resfriamento são influenciadas pela variação da composição química da liga. Se é usada uma nova corrida da liga, a temperatura eutética (TG (não ) se altera. modificada) Portanto, foram feitas algumas tentativas para se chegar a uma equação que relacionasse a TG (não modificada) à composição química. A equação a seguir foi proposta pelo autor do trabalho Structure and properties of aluminum alloys: TG (não modificada) (°C) = 577 – 15,5%Si [4,43%Mg + 1,43%Fe + 1,93%Cu + 1,7%Zn + 3%Mn + 4%Ni] Contudo, essa equação só é válida quando os teores totais dos elementos da liga, exceto o alumínio e o silício, são inferiores a 1% em peso. A figura 5 mostra que o valor de pico da ΔTG (teor ótimo de estrôncio) apresentou valores próximos para as ligas, com composições químicas similares. Em Eutectic nucleation in Al-Si alloys, os autores afirmam que a presença de impurezas, particularmente o ferro, exerce um efeito significativo sobre a ΔTG.



LIGAS

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Fig. 3 - Parâmetros Δtmin (a), ΔTG (b), Δθ (c) e Δt (d), em função do teor de estrôncio para diferentes taxas de resfriamento (TR).

A adição de 150 ppm de estrôncio à liga Al-10Si com alta pureza não alterou significativamente a

temperatura de crescimento do eutético, ao passo que uma liga Al10Si com 0,1% de ferro (em peso)

apresentou uma redução de 4,4°C da temperatura de crescimento do eutético, após a adição de 190 ppm de estrôncio. Um nível elevado de impurezas resultou na nucleação do eutético sob temperaturas menores. A adição de estrôncio, por sua vez, não auxiliou a nucleação. Impurezas até o teor de 0,1% em peso são tipicamente permitidas em ligas comerciais de alumínio-silício para fundição sob pressão. Portanto, não se deve dispensar a análise das curvas de resfriamento na região eutética, quando se deseja avaliar o grau de modificação para esses tipos de liga. Theoretical and practical aspects of the modification of Al-Si alloys traz uma revisão sobre o papel de vários elementos


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(estrôncio, bismuto, chumbo e boro) que exercem efeitos significativos sobre a estrutura do silício e a temperatura eutética. Eles reduzem a eficácia da modificação pelo estrôncio. O efeito desses elementos é preocupante em ligas secundárias, nas quais o nível de impurezas pode ser relativamente alto. Portanto, pesquisadores e fundidores concordam que o teor de estrôncio precisa exceder um valor específico na presença de tais elementos nas ligas. Por exemplo, a cada 10 ppm de fósforo, é necessário ter 30 ppm de es-

Fig. 4 - A) Curvas típicas obtidas no ensaio de tração, para corpos de prova não modificados e modificados (com 276 ppm de Sr). B) Propriedades sob tração da liga EN AC-46000, em função da concentração de estrôncio.

trôncio para neutralizar o efeito envenenador daquele elemento. No caso do bismuto, o valor da razão entre o estrôncio e ele precisa ser superior a 0,45, para se ob-

ter uma estrutura plenamente modificada. Neste estudo, a concentração média de estrôncio, fósforo e bismuto foi igual a 68, 4 e 78 ppm, respectivamente.


LIGAS A concentração de boro foi menor vam completamente modificadas ando que 1 ppm. É plausível que na tes de alcançar este pico. ausência de tais elementos, um teor Além dele, provavelmente havia a de estrôncio inferior a 276 ppm posocorrência do composto intermetálico sa produzir uma fase eutética de siAl2Si2Sr, quando a concentração de lício com estrutura plenamente moestrôncio excedia o nível ótimo. dificada (figura 7). A quantidade de estrôncio efetivo Contudo, a comparação entre a no banho metálico é reduzida, devido modificação e a taxa de resfriamento à formação do composto intermetálise torna complicada no caso de altos co. Ele reduz o efeito da modificação teores dos elementos mencionados. do silício e aumenta a temperatura Estes elementos, apesar de coneutética da liga. trabalançar a modificação do estrôncio, deslocam a temperatura eutética. Portanto, a ΔTG pode alcançar um valor máximo, enquanto a estrutura do silício se encontra parcialmente modificada ou mesmo inalterada. Neste estudo, a concentração destes elementos nas ligas não excedeu 200 ppm. Aparentemente, o seu efeito não foi significativo, tanto na estrutura da fase eutética de silício, como nas Fig. 5 - Redução da temperatura de curvas de resfriamento. crescimento do constituinte A figura 3b mostra que eutético (ΔTG ), em função da adição a variação de ΔTG, em funde Sr em várias ligas de alumínio-silício: Al-5,5Si-3Cu-0,4Mg (taxa de resfriamento (TR) ção do teor de estrôncio, de aproximadamente 1,5°C/s); foi muito similar para difeAl-6Si-3Cu (TR = a 0,1°C/s); Al-8Si-3Cu-Fe (TR = 0,8°C/s); rentes taxas de resfriae Al-8Si-2Cu-Fe (TR = 1,4°C/s). mento (0,4 a 3,8°C/s). Outros estudos também relataram A figura 6 mostra a ΔT G, o alonuma variação similar para seis digamento total e o limite de resisferentes ligas de alumínio-silício, tência, em função da concentração sob taxas de resfriamento de 0,1 e de estrôncio. 0,8ºC/s. O teor ótimo desse elemento, que Em ensaios diversos, ΔTG foi introfoi indicado pela análise térmica, tamduzido como um indicador promissor bém proporcionou os máximos valodo nível de modificação. res de alongamento total e limite de A figura 3b mostra que na faixa de resistência. Esse fato validou a utilização da 150 a 300 ppm de estrôncio, a ΔTG técnica de análise térmica. alcança um pico, indicando que o teor ideal de estrôncio se encontra nessa Em outro estudo feito pelo autor (The faixa. As placas de silício não estarole of Sr on microstructure formation

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and mechanical properties of A l - S i - Cu-Mg cast alloy), foi verificado que, devido ao teor de ferro relativamente alto (0,8% a 1% em peso) nestas ligas secundárias, fases intermetálicas ricas nesse elemento (β-AlFe3Si) governam o processo de fratura, mesmo se as partículas eutéticas de Si estiverem plenamente modificadas. Isso é válido desde que o espaçamento dos braços dendríticos secundários seja igual ou superior a 25 mícrons. Contudo, quando os compostos intermetálicos ricos em ferro e outros constituintes microestruturais forem refinados pela ação da taxa de resfriamento (por exemplo, quando o espaçamento dos braços dendríticos secundários for de aproximadamente 10 mícrons), o trajeto da fratura será determinado pelas finas partículas fibrosas de silício. Na sequência, foi feita uma análise quantitativa da microestrutura das ligas, para validar os resultados obtidos. Foi constatado que 276 ppm de estrôncio resultam em uma fase eutética de silício fortemente modificada, independentemente da taxa de resfriamento, conforme mostrado na figura 6. No entanto, foi encontrada fase eutética de silício em forma de placas para concentrações abaixo desse valor. As morfologias das fases eutéticas de silício nas ligas com 276 e 486 ppm de estrôncio foram muito similares. Isso sugere que não ocorreu uma modificação adicional sob teores de estrôncio superiores a 276 ppm.



LIGAS

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tra estava distante do equilíbrio, devido ao desenvolvimento de gradientes térmicos substanciais durante a solidificação. Isso pode impedir a detecção precisa das transformações de fases. Nos presentes experimentos, a taxa máxima de resfriamento (3,8°C/s) foi obtida com o emprego de Fig. 6 - Teor ótimo de estrôncio (TOE), derivado da redução da temperatura de crescimento um molde de aço sem do constituinte eutético versus o alongamento total e o limite de resistência isolamento térmico. Embora em estudos anteriores tetais fases não foram detectadas na liga Sob esta taxa de resfriamento, as nha sido registrado que teores de escom 486 ppm de estrôncio. transformações de fase eutéticas e as trôncio superiores a esse levaram à correspondentes temperaturas foram Uma das dificuldades da análise formação de compostos intermetálicos térmica sob altas taxas de resfriabem diferentes. Portanto, o uso do molde mento é o fato de que toda a amosdeletérios contendo esse elemento, de aço com o arranjo descrito permite


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Fig. 7 - Constituinte eutético do silício (não modificado e modificado), fundido sob diferentes taxas de resfriamento. As micrografias superiores correspondem à liga com 0 ppm de Sr, enquanto as inferiores possuem 276 ppm de Sr.

a análise térmica da região eutética. Contudo, em Microstructures and thermal analysis of strontium-treated

aluminum-silicon alloys, os autores relatam que sob uma taxa de resfriamento de 3,4°C/s, obtida em um molde de aço,

foi difícil detectar as correspondentes temperaturas eutéticas. Esta contradição pode ser atribuída ao fato dos pesquisadores terem usado menores valores de taxa de aquisição de dados durante o registro da temperatura ao longo do tempo. A figura 3b mostra que os gráficos de ΔT min versus a concentração de estrôncio apresentam tendência similar para todas as taxas de resfriamento. Entretanto, a curva obtida no caso da taxa de resfriamento de 0,4°C/s


LIGAS não foi consistente com as outras. Embora tanto ΔTG como ΔTmin apresentem igualmente condições convenientes para a sua medição, ΔTG parece ser um parâmetro mais promissor para a determinação da concentração ótima de estrôncio. O outro parâmetro de temperatura medido, Δθ, não apresentou nenhuma tendência significativa em função da concentração de estrôncio, conforme também foi apontado em estudos anteriores. De fato, a evolução do super-resfriamento, seguido pela recalescência, parece não ter sido influenciada pela concentração de estrôncio. Ao contrário dos parâmetros de temperatura (ΔT G, ΔT min e Δθ), o de tempo (Δt) depende fortemente da taxa de resfriamento, conforme mostrado na figura 3d. De fato, conseguiu-se um maior nível de contraste na sequência das reações ao longo do tempo, sob menores taxas de resfriamento. No entanto, a evolução de Δt em função do teor de estrôncio apresentou um comportamento consistente. A reação eutética mais prolongada ocorreu na faixa de adições de estrôncio entre 150 e 276 ppm, independentemente da taxa de resfriamento. O ΔT G é um parâmetro cuja medição é mais difícil, em comparação com Ät, uma vez que suas variações típicas são da ordem de apenas alguns poucos graus centígrados; diferença que pode ser difícil de ser detectada precisamente com o uso de termopares. Por outro lado, os valores de Δt são substancialmente maiores e, consequentemente, mais fáceis de se medir e registrar usando-se termopares comerciais. Embora os valores de Δt não tenham sido distintivos para as vá-

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rias taxas de resfriamento, este parâmetro pode ser considerado um índice para se prever o teor ideal de estrôncio.

Conclusões Nos estudos relatados neste trabalho, a análise térmica foi usada para a investigação dos efeitos de diferentes teores de estrôncio com variadas taxas de resfriamento, sobre o desenvolvimento da região eutética de uma liga Al-Si-Cu-Mg. Os resultados mostraram que a transformação eutética é deslocada para menores temperaturas, à medida que aumenta a adição de estrôncio. A redução da temperatura de crescimento do constituinte eutético (ΔT G) apresentou correlação similar e consistente com as propriedades mecânicas sob tração, particularmente o alongamento total e o limite de resistência, independentemente da taxa de resfriamento (de 0,4 até 3,8°C/s). O prolongamento do tempo necessário para o crescimento do constituinte eutético (Δt) também apresentou tendência similar às propriedades sob tração. No entanto, essas correlações não se mostraram consistentes para as diferentes taxas de resfriamento. O uso de ΔT G e Δt se revelou uma abordagem precisa para a previsão do teor ótimo de estrôncio na liga. Portanto, a análise térmica pode ser considerada uma técnica precisa e econômica para que as fundições estimem o teor ótimo de estrôncio, obtendo-se assim as melhores propriedades sob tração para as ligas de alumínio-silício, sem a necessidade de execução de ensaios destrutivos.


GUIA DE LIGAS DE Al E Mg

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Os fornecedores de ligas de alumínio e magnésio para fundição

(+34 985) 12 90 38 (11) 5508-6800 (11) 4472-3040 (31) 3577-7071 (11) 4447-9100 (32) 3379-3586 (11) 4648-6514 (11) 4136-6200 (31) 3329-4197 (47) 3467-1537

Várias/China, Europa

Especiais, sob encomenda

Standard

Ligas mãe

Em lingotes (de magnésio secundário)

Em lingotes (de magnésio primário)

Aleastur CBA Globemetal Helur IBFL LSM Metais Capixaba Metalur Rima Tuiuti

Especiais, sob encomenda

Fabricante/país

Standard

Importadora

Ligas de magnésio

Ligas mãe

Telefone

Em lingotes (de alumínio secundário)

Em lingotes (de alumínio primário)

Empresa

Ligas de alumínio

Fabricante

A empresa é:

Este levantamento reúne empresas que fornecem ligas de alumínio e magnésio para a indústria de fundição. Abaixo são descritas as formas como estas ligas são apresentadas ao cliente.

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 82 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fundição e Serviços, setembro de 2017. Este e outros 86 Guias FS estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fs e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.


FENAF 2017

62 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Prévia antecipa destaques da 17ª Feira Latino-americana de Fundição Pela 17ª vez, São Paulo sediará a Fenaf – Feira Latino-americana de Fundição, que este ano acontecerá entre os dias 26 e 29 de setembro, sob organização da Associação Brasileira de Fundição (Abifa). A seguir, você tem a oportunidade de conhecer um pouco do que será apresentado e organizar a sua visita.

Insumos para fundição

Produtos químicos

Quem visitar o estande da Alum,

A

de Indaiatuba (SP), terá a oportunidade de conhecer um novo conceito de fabricação, instalação, utilização e manutenção de refratários, que

será lançado na feira. “O objetivo é aumentar a vida útil do refratário, com grande economia de energia”, garante Michel Quintiano, do departamento de projetos da empresa. www.aluminsumos.com.br

Soluções auxiliares para fundição

A ASK Chemicals, de Campinas (SP), divulgará o seu portfólio de produtos com soluções completas para a

indústria de fundição, a exemplo de resinas, tintas refratárias, aditivos, produtos auxiliares e luvas exotérmicas. www.ask-chemicals.com

Chem-Trend, de Valinhos (SP), apresentará algumas novidades na Fenaf 2017, como o Ultra High Performance Release Agents. Tratase de um produto que promove um baixo acúmulo de resíduos nas cavidades internas e externas do molde, proporcionando uma des-

rendimento da ESA Pyronics. Alguns exemplos são os modelos EMB-SiK, de alta velocidade (30 a 900 kW); RT, de tubo radiante (30 a 300 kW); REKO-SiK-SW, recuperativo de chama plana (100 a 240 kW); REKO-FF, recuperativo de chama livre (30 a 400 kW); REKO-RT, recuperativo de tubo radiante (15 a 150 kW) e REGE-NxT, regenerativo (300 a 4.000 kW). www.cpgas.com.br www.esapyronics.com/en/

moldagem mais limpa. A empresa também divulgará o seu start de molde frio, um material líquido para aplicação pulverizada em moldes frios, além de um produto limpador para sistemas de refrigeração. Ele é composto por agentes orgânicos de alta capacidade, para a limpeza fácil de incrustrações de corrosão e sais em tubulações de circuitos de resfriamento. Este produto ainda possui aditivos inibidores de oxidação para metais ferrosos, alumínio e ligas de zinco.

Granalhas de aço

www.chemtrend.com.br

Em seu estande, a Deumex, de São Paulo (SP), divulgará a distribuição das granalhas de aço inox da marca alemã Vulkan. Ela é a responsável pela fabricação das linhas Gritall, para decapagem e remoção de tintas, rebarbação, limpeza, lixamento e abrasão; e Chronital, destinada à limpeza, rebarbação e acabamento de peças em metais não ferrosos e aços inoxidáveis.

Queimadores

www.deumexdobrasil.com.br www.vulkan-inox.de

A CPGÁS, de São Paulo (SP), além

Equipamento de jateamento

de peças e acessórios para sistemas de combustão a gás, também apresentará os queimadores de alto

Outro destaque da Deumex será o equipamento de jateamento de


63 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

passagem com esteira de manganês, desenvolvido pela italiana Cogeim. www.cogeim.it

Ligas nodularizantes e inoculantes

A Elkem, de Diadema (SP), também estará na Fenaf 2017, onde divulgará a sua linha de ligas nodularizantes e inoculantes para uso na produção de ferro fundido cinzento, nodular e CGI. Estes produtos são capazes de reduzir o índice de refugos, melhorar a usinabilidade e, assim, aumentar a produtividade do fundidor. Entre as novas linhas de ligas nodularizantes a serem apresentadas, há a Elmag e a Lamet. A empresa ainda destacará os inoculantes Superseed, Foundrisl, Topseed, Barinoc, Zircinoc e Ultraseed. www.elkem.com

Equipamentos para fundição

A Euromac, de Guaramirim (SC), estará no pavilhão italiano, onde divulgará a sua linha de sopradoras de machos, composta por máquinas com capacidade de sopro de 3 a 400 L, para os processos cold-box, hot-box, shell moulding, inorgânico e croning. Durante a feira, ela ainda lançará para o

mercado sul-americano o regenerador de areia Ondarshiner, com capacidade de 5 a 15 t/h. O grande diferencial deste equipamento é a sua alta eficiência de limpeza do grão de areia, por meio de um exclusivo sistema de regeneração, o que se reverte em um elevado índice de reaproveitamento das areias de fundição, com baixo custo. A empresa também divulgará a sua linha de moldadoras automáticas para areia verde, com sistema de prensagem por cabeçote múltiplo, o que aumenta a eficiência de compactação dos moldes e reduz o nível de refugos, além de proporcionar um aumento da capacidade produtiva. Outro segmento em que a companhia atua é o de equipamentos para areia resina, com destaque para misturadores contínuos, sistemas de desmoldagem e linhas fast loop.

especificamente para o ferro fundido vermicular, com o objetivo de diminuir as lamelas de grafite originadas na superfície destas peças (flake skin). Outra novidade a ser apresentada é o Smartt, um equipamento de desgaseificação de alumínio, cujos detalhes estão na página 12. www.foseco.com

Peças microfundidas

www.euromacamericalatina.com

A Fundimazza, de Cordeirópolis (SP),

Soluções para fundição

divulgará a sua atuação no mercado de microfusão de aço. Ela produz peças com geometrias complexas e

Presente em todas as 17 edições da Fenaf, a Foseco, de São Paulo (SP), aproveitará a oportunidade para divulgar o Hollotex EG Runner, um novo conceito para a montagem de canais de vazamento para peças em ferro fundido cinzento e nodular. Devido ao seu baixo peso (90% inferior ao sistema cerâmico equivalente), estas seções são facilmente manuseadas. Os componentes são montados por uma conexão macho/fêmea; não é necessário o uso de cola ou fita adesiva, assim como de apoios ou suportes de vergalhão (ver imagem). O seu corte também é simplificado, bastando uma serra manual de dente fino. Outro destaque será o Kaltek ISO 60 BF, um sistema de revestimento refratário isolante, para panelas de vazamento e transferência de todos os tipos de ligas metálicas. Ele é aplicado na forma de pó granulado e um processo exotérmico é usado para endurecer o revestimento. A empresa ainda divulgará uma tinta desenvolvida

variadas, além de excelente acabamento superficial. www.fundimazza.com.br

Placa para controle da fonte de potência

A

Inductotherm, de Indaiatuba (SP), apresentará a sua placa de controle EZ Board, que controla a fonte de potência. “Os sistemas de gerenciamento são de grande importância para o controle da fusão e economia de energia elétrica, sendo cada vez mais comuns nas fundições”,


FENAF 2017 justifica a empresa. Em seu estande, ela ainda divulgará os seus sistemas MeltManager, MeltManagerPlus e Meltminder 300. www.inductothermgroup.com.br

Refratários e fornos

A

Insertec também estará feira, aproveitando para divulgar as suas duas divisões presentes no Brasil. A de refratários é responsável pela produção de revestimentos para fornos de alumínio, ferro e aço, a exemplo de concretos, argamassas, isolamentos microporosos, fibras cerâmicas e

64 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

capacidades do Magmasoft, que agora oferece a possibilidade de aplicar o delineamento de experimentos (DoE) e os métodos de otimização automática integrados com a simulação. Assim, torna-se possível variar e avaliar automaticamente as variáveis do projeto e do processo, visando à qualidade e produtividade requeridas. A empresa também apresentará ao mercado a metodologia Magma Approach, que consiste em “pensar antecipadamente os resultados que cada usuário quer alcançar com as ferramentas Magmasoft, por meio de uma análise completa de todo o processo, desde a definição do objetivo, como alcançá-lo, as variáveis que podem influenciar na condução do projeto, até a sua conclusão”. www.magmasoft.com.br

Areias para fundição

A âncoras metálicas e cerâmicas. Já a divisão de fornos da empresa fabrica equipamentos para os segmentos de alumínio (fundição e reciclagem) e tratamento térmico de metais ferrosos e não ferrosos. www.insertec.biz

Software

Em seu estande, a Magma, de São Paulo (SP), divulgará as novas

Mineração Jundu apresentará a sua linha de produtos para o mercado de fundição, representada por areias quartzosas industriais



FENAF 2017 (areias base) e areias cobertas para o processo shell molding, disponíveis em diferentes granulometrias e resistência, sendo apropriadas para a confecção de moldes e machos. www.mjundu.com.br

Robô colaborativo

Nesta Fenaf, a MSP, de Ribeirão Preto (SP), apresentará ao mercado a sua parceria com a Universal Robot e Intereng, por meio da qual se tornou a distribuidora dos robôs

66 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

cristalino, será o destaque da Nacional de Grafite, de São Paulo (SP). O produto se destina à adição de carbono no aço e no ferro fundido, sendo produzido em diferentes granulometrias e concentrações de carbono. A empresa garante o seu baixo nível de impurezas e não absorção de umidade, o que possibilita a sua armazenagem por longos períodos. www.grafite.com

Jateadoras por granalhas

A

OMSG, com sede em Milão (Itália), parceira da Euromac, também estará no pavilhão italiano da Fenaf, onde apresentará a sua linha

colaborativos U R (imagem). A empresa também divulgará a sua linha de equipamentos, que conta com misturadores contínuos de areia, regeneradores mecânicos de areia, resfriadores, mesas desmoldadoras, separadores magnéticos e sopradoras de machos e moldes. www.grupomsp.ind.br

Carburante

O Supergraf, um carburante fabri-

de jateadoras por granalhas. A linha OMSG é composta por jatos de esteiras (metálicas e de borracha), jatos de gancheiras (transportador aéreo), jatos de transportador de rolos, jatos tipo túnel e máquinas especiais. Ela também aproveitará a feira para divulgar ao mercado sul-americano a aquisição da empresa Carlo Banfi. www.omsg.it

cado a partir do grafite natural

Sistemas para a transferência e manuseio do banho fundido

A Pyrotek, de Jundiaí (SP), provedora de soluções para a indústria de fundição, também estará na Fenaf 2017. Em seu estande, ela divulgará o sistema de transferência por trans-

bordamento OverFlow (imagem), para a transferência e entrega do banho fundido de fornos de fusão. Segundo a fabricante, este sistema gera metade da escória, em comparação com as bombas de transferência tradicionais. Ele é de baixa manutenção , sendo o conjunto de eixo de grafite o seu único componente consumível. Outro destaque da empresa será a linha de bombas MSeries, para metais não ferrosos com temperatura de operação inferior a 871°C. Elas são capazes de bombear alumínio e zinco a uma altura de 6 m, contando com motor de acionamento elétrico ou a ar. www.pyrotek.com

Interface digital para conversores

A Servtherm, de São Bernardo do Campo (SP), apresentará a interface digital para conversores Servtherm, a qual é oferecida tanto como um opcional para fornos novos, como em retrofit de fornos em operação. Entre as suas vantagens, destacam-se: todas as informações de operação do forno encontram-se em uma única tela; indicações de potência (kW) com sinalização via ponteiro analógico e indicação digital; todas as



FENAF 2017

informações eletrônicas ficam disponíveis para o operador e o pessoal de manutenção; há uma entrada para cada alarme; indicação do controle de demanda e também do nível da água deionizada. www.servtherm.com.br

Equipamento de jateamento

68 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

fabricação de peças fundidas de alta precisão, para diferentes segmentos de mercado (agrícola, alimentício, automotivo, de ferramentas, ferroviário, implementos rodoviários e indústria bélica, naval, nuclear e petroquímica). www.sulmaq.com.br

O modelo CNDX-01, equipamento de jateamento com tambor rotativo de aço-manganês, será apresentado pela Sinto, de São Paulo (SP). Com capacidade para 150 kg, ele é ideal para peças pequenas e finas

(diâmento de 5 x 5 mm). Entre as suas características, temos: elimina o travamento de peças, o vazamento de granalha é praticamente inexistente, não há necessidade de fundação e o tempo de jateamento é reduzido, assim como o consumo de energia. Como opcionais, há um carregador automático de peças e transportador de descarga. www.sinto.com.br

Fundição de precisão

A Sulmaq, de Guaporé (RS), aproveitará a Fenaf 2017 para divulgar a sua atuação no desenvolvimento e

Isolamento térmico

A Unifrax, de Vinhedo (SP), trabalha com isolamento térmico à base de

fibras cerâmicas, para altas temperaturas. A empresa também estará na feira, onde divulgará a produção de isolamentos para fornos rotativos, calhas, cadinhos, fornos de fusão e espera e fornos de tratamento térmico, por exemplo. www.unifrax.com.br

Sistema de medição óptica

A

VTech, de São Paulo (S P), representante no Brasil e Argentina da GOM (Alemanha), estará na feira para divulgar o sistema de medição óptica GOM Atos Core. Destinado à análise de peças pequenas, ele conta com o sistema automatizado Atos Scanbox 4105. O equipamento é compatível com a indústria 4.0,


TECNOLOGIA EM CONTROLE DE AQUECIMENTO A LOTI está presente em todos os tipos de máquinas do setor plástico e setor de embalagens na América do sul. São 29 anos fabricando uma linha completa de produtos destinado ao controle de potência e temperatura

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FENAF 2017/CONAF

70 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

sistema de medição conforme evolui no uso da tecnologia. www.vtech-br.com www.gom.com

Zinco

A Fenaf 2017 também contará com além de escalonável e modular, o que permite ao usuário ampliar o

a presença da Zincoligas, de Itaquaquecetuba (SP), fabricante de zamac primário, anodos de zinco eletrolítico

SHG (Special High Grade 99, 995%) e anodos de proteção catódica. www.zincoligas.com.br

SAIBA MAIS A 17ª Fenaf, Feira Latino-americana de Fundição, acontece no pavilhão branco do Expo Center Norte, localizado na Rua José Bernardo Pinto 333, em São Paulo (SP). A entrada é gratuita, mas liberada somente para maiores de 15 anos de idade. Para evitar filas, o ideal é fazer o credenciamento antecipado diretamente no site www.fenaf.com.br, no link “quero visitar”.

Programação do 17º Conaf – Congresso Abifa de Fundição A 17ª edição do Conaf – Congresso Abifa de Fundição, acontecerá paralelamente à Fenaf – Feira Latinoamericana de Fundição, entre os dias 26 e 29 de setembro de 2017, em São Paulo (SP). Pela 6ª vez consecutiva, o congresso será realizado em parceria com a Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) e a Associação Brasileira do Alumínio (Abal). Nesta edição, o tema central do Conaf será: Inovações e tendências do setor de fundição no Brasil e no mundo. Conforme a programação apresentada na sequência, o evento abordará temas relacionados à fundição de metais ferrosos e não ferrosos, fundição de precisão, energia, inovação e tecnolo-

26 de setembro Horário: 9h Palestra: Sustainable innovations for a dynamic foundry industry global observations and creative support for people, planet & performance*) Palestrante: Patrice Moreau, Clariant *) Com tradução simultânea para o português

gia, sustentabilidade, gestão de processos e cadeia de fornecedores. Para participar, os interessados devem se inscrever até o dia 15 de setembro no site www.fenaf.com.br. Após esta data e até o dia 26, as inscrições devem ser feitas diretamente na secretaria do evento. Os valores das inscrições variam entre sócios das instituições parceiras, não sócios, professores, apresentadores de trabalhos e estudantes técnicos ou universitários, e também em função da quantidade de dias de palestras de interesse. Por exemplo, um não sócio que queira assistir a um ou quatro dias de palestras pagará R$ 300 ou R$ 700, respectivamente. A seguir, FS traz a programação do Conaf 2017.

Horário: 10h15 Palestra: Degradation of crucible properties and impact on energy consumption during operation* ) Palestrante: Mirco Pavoni, Heinrich Ebhardt, Dieter Heumannskaemper, Martim Ng, Arjoon Vohra e Ramdas Chitalkar, Morgan *) Com tradução simultânea para o português

Horário: 10h45 Palestra: GSB – Green sand balance. A nova versão do software de cálculo de gerenciamento de sistemas de areia verde*) Palestrante: Bruno Cérésoli, Clariant França *) Com tradução simultânea para o português Horário: 11h15


71 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Palestra: Efeito do teor de nióbio (Nb) e do ciclo de envelhecimento nas propriedades mecânicas da superliga Inconel 718 Palestrante: Rogério Pereira de Souza (TS Alloy), Marcelo Lopes da Silva e Odilon de Moraes Júnior (Senai Nadir Dias de Figueiredo) Horário: 11h45 Palestra: Efeito do sistema de canais na geração de defeitos de fundição Palestrante: Ricardo Fuoco, consultoria Horário: 12h15 Palestra: Differentiating inclusions in molten aluminum baths and in casting* ) Palestrante: Rafael Gallo, Pyrotek USA *) Com tradução simultânea para o português *Entre as 13h30 e 18h, está prevista a realização de seminários gratuitos 27 de setembro Horário: 8h Palestra: Eficiência energética como estratégia de excelência operacional e sustentabilidade corporativa – Tupy Fundições Palestrante: Rogerio Iannaccaro (Tupy), Rodrigo Augusto Neves (Weg) Horário: 8h30 Palestra: Influência da geometria da ferramenta no processo de reofundição da liga Mg-6Al-3La-1Ca Palestrante: Sergio Luiz Telles Bartex e Vinicius Karlinski de Barcellos (Lafun/ U FRG S), Lírio Schaeffer (LdTM /U FRG S)

Horário: 9h Palestra: Propriedades mecânicas de peças fundidas em ligas Al-Si Palestrante: Ricardo Fuoco, consultoria Horário: 9h30 Palestra: Fundição sob pressão: Desenvolvimento, projeto e processo de forma sistemática, com uma abordagem estatística Palestrante: Joern Schmidt, Magma Engenharia Horário: 10h Palestra: Estudo do uso de software de simulação numérica em distintos processos de fundição Palestrante: Vinicius de Freitas Paz (U FRG S), Lisiane Trevisan (IFRS), Reinaldo José de Oliveira (Magma Engenharia) Horário: 10h45 Palestra: Desenvolvimento de aço inoxidável duplex em indústria de microfusão Palestrante: Eduardo Schoppen Bordin e Juliano Luis Trez (Sulmaq), André Ronaldo Froehlich (MTE – Engenharia) Horário: 11h15 Pa l e s t ra : R e a p r o v e i t a m e n t o do resíduo cerâmico do processo de microfusão na construção civil Palestrante: Hueslei Grison Soares e Cleber Rodrigo de Lima Lessa (IFRS) Horário: 11h45 Palestra: Caracterização térmica e microestrutural de casca cerâmica utilizada no processo de fundição de precisão Palestrante: Alini Luísa Diehl


CONAF

72 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Camacho, Carlos Alberto Mendes Moraes e Regina Célia Espinosa Modolo, Unisinos

Fenix), Jove Silvério Alves Pinto (Senai Itaúna Cetef), Reinaldo José de Oliveira (Magma Engenharia)

ra), Carlos Raimundo Frick Ferreira e Vinicius Karlinski de Barcellos (Lafun/UFRGS)

Horário: 12h15 Palestra: Utilização de modelos obtidos por prototipagem rápida no processo de microfusão Palestrante: Juliano Luis Trez e Eduardo Schoppen Bordin, Sulmaq

*Entre as 13h30 e 18h, está prevista a realização de seminários gratuitos

28 de setembro

Horário: 10h Palestra: Avaliação da influência do teor de cromo e do tratamento térmico de desestabilização da austenita na resistência ao desgaste abrasivo de ferros fundidos brancos alto cromo Palestrante: Felipe Cros dos Santos, Matheus Cros dos Santos e Afonso Reguly ((LAMEF) PPGE3M/ UFRGS)

Horário: 8h Palestra: Avaliação do desgaste de materiais fundidos em tribômetro tipo areia e roda de borracha Palestrante: Arlei Fernando Pereira, João Pousa Alves Filho e Denilson José do Carmo, Senai Itaúna Cetef

Horário: 10h45 Palestra: Manufatura enxuta (LEAN) e seis sigma aliadas à inovação aberta em fundições: Estudo de caso Palestrante: Gilson das Neves, G. Neves Consultoria e Treinamentos

Horário: 8h30 Palestra: Caracterização microestrutural e comportamento mecânico de aço fundido média liga (0,07% C; 8% Mn) com efeito Trip Palestrante: Reyler Bueno Faria (Senai Itaúna Cetef), Dagoberto Brandão dos Santos (Universidade Federal de Minas Gerais)

Horário: 11h15 Palestra: Tecnologia a vácuo em fundições de areia verde com bentonita ativada Palestrante: Eduardo de Oliveira Cabral, Elen Mancini Santi Pauletto e Jvanilson Adair Moura Lopes Cardoso, Eirich Industrial

*Entre as 13h30 e 18h, está prevista a realização de seminários gratuitos

Horário: 9h Palestra: Influência da temperatura de austenização no crescimento de grãos austeníticos em liga fundida de aço carbono Palestrante: Reyler Bueno Faria e Wender Raimundo Gontijo (Senai Itaúna Cetef), Fábio Sander Prado Guimarães (Universidade de Itaúna) Horário: 9h30 Palestra: Projeto conceitual de um sistema fusor com dois fornos do tipo tambor rotativo acoplados Palestrante: Delmo Lima Albres e Lidiane Podestá Albres (Fundição

Horário: 11h45 Palestra: Influência do uso de diferentes filtros cerâmicos no vazamento da liga SAE 305 por gravidade, em molde de areia verde Palestrante: Vinicius de Freitas Paz, Lisiane Trevisan, Bruno Nonemacher e Carlos Giovane Haefliger (IFRS) Horário: 12h15 Palestra: Influência da temperatura de austenização no crescimento de grãos austeníticos em liga fundida de aço carbono Palestrante: Charlem Mossi (UFRGS), Marcelo Colnaghi Rodrigues (Arsenal de Guerra General Câma-

29 de setembro Horário: 8h Palestra: Difusão do cromo metálico e do níquel metálico na superfície do aço carbono baixa liga Palestrante: Ricardo Luis Arruda (Jedal-Redentor), Fernando Lorenti Queiróz (Metaltesting), Henrique Manoel Rodrigues (Itafunge), Leandro Ternivski Salomão, Emerson Bertáglia Paula (Magnetti Marelli) Horário: 8h30 Palestra: Modernas técnicas de fabricação de aços fundidos em fornos a indução Palestrante: Leandro Consul (UFRGS), Vinicius Karlinski de Barcellos (Lafun/UFRGS) Horário: 9h Palestra: O passivo ambiental da areia descartada de fundições em cerâmica vermelha, um estudo de caso no Rio Grande do Sul Palestrante: Henrique Luís Paludo, Saulo Roca Bragança, Lacer/UFRGS Horário: 9h30 Palestra: Avaliação do efeito de carbeto de silício como agente préinoculante em ferros fundidos cinzentos por meio da análise térmica Palestrante: Patrícia Alves Silva de Resende Brum e Klebson Luiz Silva (Saint Gobain), Wellington Lopes (Cetef-MG) *Entre as 10h30 e 18h, está prevista a realização de seminários gratuitos


GUIA DE RESINAS

73 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Os fornecedores de resinas para moldes e modelos de fundição

Confira nesta pesquisa os fornecedores de resinas epóxi, silicone, poliuretano e cura rápida por vazamento, destinadas à fabricação de moldes e modelos de fundição Resinas

Epóxi

Silicone

½ a 1 50 a 150 1,1 a

Eco Blaster Huntsman Maxepoxi Sulchemical

(19) 3948-8300 (11) 2392-2456 (11) 5645-1900 (51) 3033-3310

5’ a 24

230 a

0,6 a

35.000

1,8

1.000

24

a pasta

1 a 2,2

0,1 a 12 1 a pasta 0,7 a 1,8

1.000 a

1,1 a

5.000

1,4

0,5 a 1

100 a

1,01 a

500

1,15

2.000 a

1,1 a

6.000

1,3

3 a 12 5’ a 24

1 a 24 0,25 a

1a3

1,6

Densidade (g/cm3)

1,2 a

5.000

Viscosidade (mPa.s)

6 a 24 1.000 a

1,3

12 a 16

Densidade (g/cm3)

SikaAxson/França, Suíça

Tempo de desmoldagem (h)

1,6

Modelos Moldes Caixas de macho

Tempo de desmoldagem (h)

0,95 a

Para

Viscosidade (mPa.s)

500 a 30.000

16 a 24

Poliuretano Para

Tempo de desmoldagem (h)

(11) 5687-7331

Densidade (g/cm3)

Axson

(51) 3344-9221

Para

Viscosidade (mPa.s)

Aralsul

Modelos Moldes Caixas de macho

Fabricante

Fabricante/país

Densidade (g/cm3)

Importador

Viscosidade (mPa.s)

Empresa, telefone e site

Tempo de desmoldagem (h)

Para

Modelos Moldes Caixas de macho

Cura rápida por vazamento

500 a

0,9 a

70.000

1,86

0,25 a

1.000

1a

24

a pasta

2,2

0,1 a 12 1 a pasta 0,7 a 1,8

2 a 24 10.000 a 1,01 a 50.000

1,4

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 36 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fundição e Serviços, setembro de 2017. Este e outros 86 Guias FS estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fs e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Modelos Moldes Caixas de macho

A empresa é

230 a

0,6 a

35.000

1,8

0,25 a

1.000

1 a 1,7

24

a pasta

0,1 a 12 1 a pasta 0,7 a 1,8




PRODUTOS

76 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Espectrômetros de leitura direta

A Shimadzu, de Barueri (S P), lançou a série PDA-MF de espectrômetros de leitura direta. Indicados para metais ferrosos e não ferrosos, eles são fabricados com sistema óptico em alta resolução CCD e fonte de descarga livre de manutenção. Compactos, ainda apresentam

de injeção de 40-60, 50-85 e 6095 mm, capacidade de injeção de Al de 0,6-1,4 a 2-5 kg e de latão de 1,5-3 a 5-12 kg, comando via CLP e abertura da porta de trabalho automática ou manual. Tel. (51) 3587-9193

e formado por uma câmara de exaustão equipada com quatro filtros secos permanentes, além de um ventilador axial de 2 cv e vazão de 8 mil m 3/h. Ele pode ser instalado individualmente ou formando painéis filtrantes.

www.rmmaquinashidraulicas.com

Tel. (41) 3245-9000 www.arflux.com.br

Queimadores Impregnação de metais

A PRB, de São Bernardo do Campo

alcance de comprimento de onda de 145 a 675 nm e capacidade para a detecção de todos os elementos.

A italiana Imet, também presente

(SP), representa a italiana Ecoflan, que acaba de desenvolver a linha de queimadores PRE. Com sistema eletrônico para o controle dos parâmetros de combustão, esses equipamentos apresentam ranges de 0,27 a 17 mil kW, nas versões a gás ou dual (óleo e gás).

em Joinville (SC), oferece ao mercado de fundição um serviço de impregnação a vácuo, feito com resina metacrílica. O objetivo é selar as porosidades das peças fundidas resultantes do processo de vazamento ou injeção.

Tel. (11) 4127-5556

Tel. (47) 3030-3550

www.prbqueimadores.com.br

www.imetbra.com.br

Cabines de pintura a seco

Forno elétrico a cadinho

As

De Pato Branco (PR), a Roma Duck fabrica fornos elétricos a cadinho para a fusão e espera de alumínio, a exemplo do modelo RD006. O equipamento possui revestimento interno em fibra cerâmica e sistema de aquecimento composto por elementos de resistência, produzidos com fios de ligas especiais. É equipado com controlador de temperatura programável e programador de tempo de trabalho. Possui capacidade de fusão de 300 a 500 kg, potência de 32 a 36 kW e consumo médio de 21 kWh.

Tel. (11) 2424-1700 www.shimadzu.com.br

Injetoras

Entre as injetoras fabricadas pela RM Máquinas Hidráulicas, de São Leopoldo (RS), destaca-se o modelo IHA, para a injeção de peças em latão e alumínio. Suas quatro versões apresentam força de fechamento de 200, 250, 320 e 480 t, diâmetro das colunas de 80, 90 e 120 mm, altura do molde de 200-500, 200-600 e 250-650 mm, força de injeção de 12 mil, 15 mil, 18 mil e 20mil kgf/cm2, diâmetro do pistão

cabines de pintura Ecobox, fabricadas pelas Arflux, de Curitiba (PR), são montadas em módulos de chapas galvanizadas, sendo equipadas com exaustores radiais de baixo ruído. Elas utilizam filtros secos permanentes, que consistem em um sistema com maior área filtrante e baixa perda de carga. O modelo Ecobox Mini é compacto (2 x 2,25 x 0,65 m)

Tel. (46) 4101-7511 www.romaduck.com.br


Apresenta

O MAIS COMPLETO EVENTO DO SETOR DE FUNDIÇÃO DA AMÉRICA LATINA Evento Paralelo

Inovações e tendências do setor de fundição no Brasil e no mundo. Apoio

Realização

Comercialização

Local

Comercialização: (11) 94577 2239 / 3963 0144 • technicalfairs@technicalfairs.com.br


PRODUTOS Forno para tratamento térmico

Fabricado pela Sanchis, de Porto Alegre (RS), o forno para tratamento térmico do tipo mufla, modelo ATT, apresenta temperatura de 1050°C ou 1200°C e dimensões de 300 x 300 x 300 mm. Ele oferece baixo consumo de energia, controle de temperatura digital microprocessado e chaveamento das resistências por contator. Entre os seus opcionais, destacam-se controlador de segurança, chaveamento das

78 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

esferas recirculantes de precisão pré-carregadas e sistema de lubrificação centralizada e progressiva para as guias de deslizamento. Entre os seus dados técnicos, destacam-se: diâmetro admissível sobre o barramento de 700 mm, curso do carro transversal de 430 mm, distância entre as pontas de 1.050, 2.050 e 3.050 mm, barramento com 400 mm de largura e 385 mm de altura, diâmetro do furo do eixo-árvore de 120 mm, cabeçote móvel com 900 mm de diâmetro da manga, avanços longitudinais e transversais de 10 mil mm/min e motor principal com 25 HP de potência. Tel. (19) 3475-4026 www.nardinisa.com.br

Briquetadeiras

As

prensas briquetadeiras NSP, série N, da Metso, com unidade em Sorobaca (SP), são fabricadas para compactar uma série de metais, incluindo o ferro fundido, aço e alumínio. Com um único cilindro, elas estão equipadas com sistemas de alimentação constante, controle

via CLP e sistema operacional com opção de diagnóstico remoto. O equipamento trabalha com altas pressões hidráulicas, permitindo a prensagem de briquetes sem fluidos.

Lavadora, secadora e oleadora de peças

Tel. (15) 2102-1300

A Grefortec, de São Leopoldo (RS),

Máquina de jateamento

licenciada exclusiva da alemã Aichelin, fornece uma máquina, cuja função é lavar, secar e olear peças.

A Zirtec, de São Paulo (SP), lançou

resistências por relé de estado sólido SSR, timer semanal, porta com abertura pneumática ou elétrica e software para registro do processo.

www.metso.com/recycling

a máquina ZP 6262, cuja proposta é substituir as cabines de jateamento nas quais os operadores ficavam na parte interna. Neste caso, o profis-

Tel. (51) 3342-4719 www.sanchis.com.br

Torno CNC

O torno CNC Logic 350 da Nardini, de Americana (SP), tem fusos de Ela é equipada com dispositivos para a acomodação das peças, painel elétrico conforme a NR-10, três zonas de processo, avanço por passos e controles digitais.

sional opera pelo lado de fora. O equipamento apresenta espaço interno para peças com até 1.500 mm de diâmetro e 3.000 kg, e mesa giratória para que o jateamento atinja todos os ângulos necessários.

Tel. (51) 3592-7111

Tel. (11) 3388-3534

www.grefortec.com.br

www.zirtec.com.br



Próximos eventos nas áreas de fundição e metalurgia Data

Evento

4 e 5/10

Ensaio visual de solda

Organização Infosolda Tel. (11) 3683-0754

9 e 10

Metrologia básica com instrumentos convencionais – Especial para multiplicadores

10/10

Zamac e melhores práticas de fundição da liga

Mitutoyo

Cursos

Tel. (11) 5643-0023 ICZ Tel. 3214-1311 17 a 19/10

Controle estatístico de processos (para profissionais de coordenação técnica)

23 a 26/10

Programa de formação avançada de metrologistas 3D

Mitutoyo Tel. (11) 5643-0023 Mitutoyo Tel. (11) 5643-0023

23 a 27/10

Análise de falhas em equipamentos de processo

NTT

24 a 27/10

Manutenção e calibração de instrumentos convencionais e eletrônicos –

Mitutoyo

Paquímetros, traçadores, micrômetros e relógios comparadores

Tel. (11) 5643-0023

25 a 27/10

Preparação de corpos de prova para metalografia

ABM

26 e 27/10

Manutenção preventiva e preditiva

Tel. (21) 3325-9942

Tel. (11) 5534-4333 IMAM Tel. (11) 5575-1400

Data e Local

Feiras

EVENTOS

80 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Evento

Organização

3 a 6/10

MERCOPAR

Deutsche Messe

Caxias do Sul (RS)

Feira de Subcontratação e Inovação Industrial

www.mercopar.com.br

4 a 6/10

M&MT

Deutsche Messe

Milão (Itália)

Feira sobre Sistemas de Movimentação, Indústria 4.0, Automação, Hidráulica e Pneumática, Robótica e Controles

www.mmt-italia.it

5 a 7/10

ALUEXPO

Deutsche Messe

Istambul (Turquia)

5a- Feira Internacional do Alumínio: Tecnologias, Máquinas e Produtos

www.aluexpo.com

12 a 14/10

METALEX

Reed Tradex

Ho Chi Minh City (Vietnam)

Feira Internacional de Máquinas-ferramenta e Metalurgia

www.metalexvietnam.com/index.html

15 a 18/11

FORMNEXT

Mesago Messe

Frankfurt (Alemanha)

Feira e Congresso de Tecnologias de Manufatura

www.formnext.com

16 a 18/1

EUROGUSS

NürnbergMesse

Nürnberg (Alemanha)

Feira Internacional de Fundição

www.euroguss.de/en

2018 24 a 27/4

MECÂNICA

Reed Exhibition Alcantara Machado

(São Paulo - SP)

Feira Internacional da Mecânica

www.mecanica.com.br Informa Exhibitions

24 a 28/4

FEIMEC

(São Paulo - SP)

Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos

www.feimec.com.br

15 a 18/5

INTERTOOL

Reed Exhibitions Messe Wien

Viena (Áustria)

Feira Internacional de Tecnologia de Fabricação

www.intertool.at

2019 25 a 29/6

GIFA

Düsseldorf (Alemanha)

14a- Feira e Congresso Internacional de Fundição

www.gifa.com

25 a 29/6

METEC

Messe Düsseldorf

Düsseldorf (Alemanha)

10a- Feira e Congresso Internacional de Metalurgia

www.metec-tradefair.com

25 a 29/6

NEWCAST

Messe Düsseldorf

Düsseldorf (Alemanha)

5a- Feira Internacional de Fundição

www.newcast.com

THERM PROCESS

Messe Düsseldorf

12- Feira Internacional de Processos Térmicos

www.thermprocess-online.com

25 a 29/6 Düsseldorf (Alemanha)

a

Messe Düsseldorf



Albasteel ........................................................ 23 ASK Chemicals ................................................ 5 Atomização de Metais Ômega .................. 57 Avantech ........................................................ 20 Bandeira ......................................................... 58 Bramis ............................................................. 64 Caliendo ......................................................... 24 Chem Trend ........................................... 3ª capa Classe A .......................................................... 52 CPGás .............................................................. 59 CS Metais ............................................... 4ª capa Danforth .................................................. 16, 60 Deumex .......................................................... 43 Elfusa/Mineração Curimbaba ..................... 41 Euromac .......................................................... 35 Foseco ..................................................... 2ª capa Fundipress ....................................................... 21 Fundiville ...................................................... 73 Gazzola ........................................................... 49

GES Brasil ...................................................... 48 ICA Ligas ........................................................ 27 Icaterm ............................................................ 52 ICM Indústria ................................................. 61 Insertec ........................................................... 29 Inter Alloy ...................................................... 50 Isofund ............................................................. 31 Jaulck Queimadores .................................... 34 Julio Verne ..................................................... 36 Küttner ............................................................ 37 Loti ................................................................... 69 Mecaltec ......................................................... 67 Mekatec .......................................................... 60 Metais Capixaba ........................................... 17 Metal-Chek ................................................... 25 Mineração Jundu .......................................... 51 Multiligas ....................................................... 34 Nofor ................................................................. 71 Partner ............................................................ 64

PS Combustão ............................................... 68 Pyrotek ............................................................ 54 Refrata ............................................................ 32 Ribro ................................................................ 28 Romi ................................................................... 9 Roque Fundição ............................................. 10 Sada Siderurgia ............................................ 33 Safran .............................................................. 42 Saint-Gobain ................................................. 55 SBA .................................................................. 58 Serv End ............................................................ 8 Servtherm ...................................................... 53 Sideral ............................................................. 68 Sinto ......................................................... 15, 65 Tecnosulfur ..................................................... 45 Vtech ................................................................ 11 Yadoya ............................................................. 48 Zincoligas ....................................................... 19 Zircontec ......................................................... 36

ANUNCIANTES

Associação Brasileira de Fundição, Abifa Av. Paulista 1.274, 20º andar, 01310-925, São Paulo (SP) Tel. (11) 3549-3344 www.abifa.org.br

Tel. (+52 1555) 400-4025 www.makerbot.com

Research Centre for Gas Inovation Av. Professor Mello Moraes 2.231, 05508-030, São Paulo (SP) Tel. (11) 3091-9666 www.rcgi.poli.usp.br

ENDEREÇOS

SERVIÇOS

82 – FUNDIÇÃO e SERVIÇOS – SET. 2017

Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos, Abimei Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini 1.500, cj. 63/64, 04571-010, São Paulo (SP) Tel. (11) 5506-6053 www.abimei.com.br Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea Av. Indianópolis 496, 04062-000, São Paulo (SP) Tel. (11) 2193-7800 www.anfavea.com.br Autodesk do Brasil Rua James Joule 65, 4o andar, 04576-080, São Paulo (SP) Tel. (11) 5501-2500 www.autodesk.com.br Gerdau Summit Rodovia Luiz Dumont Villares km 2, 12442-260, Pindamonhangaba (SP) Tel. (12) 2126-7200 www.gerdau.com Küttner No-bake Solutions Rua Abelardo B. Libório 951, 13413-075, Piracicaba (SP) Tel. (19)3302-4770 www.kuttner-nbs.com.br MakerBot Bosques de Radiatas 44, Int. 301, Col. Bosques de las Romas, Cuajimalpa, 05120, México

Metso Avenida Independência 2.500, 18087-101, Sorocaba (SP) Tel. (15) 2102-1300 www.metso.com.br Ministério do Trabalho Esplanada dos Ministérios, Bloco F, 70056-900, Brasília (DF) www.mte.gov.br Mitutoyo Rodovia Índio Tibiriçá 1.555, 08620-000, Suzano (SP) Tel. (11) 5643-0040 www.mitutoyo.com.br Norton Winter R. Wilhelm Winter 73, 13213-000, Jundiaí (SP) Tel. (11) 2136-5500 www.saint-gobain-abrasives.com/pt-br Omega Av. Alexander Grahan Bell 200, bloco A, módulo A2, 13069-310, Campinas (SP) Tel. 0800-773-2874 br.omega.com

Saab Group Nobymalmsvägen, 581, 82, Linkoping, Suécia Tel. (+46 734) 180-018 www.saabgroup.com Senai-SP Editora Av. Paulista 1.313, 4.º Andar, 01311-923, São Paulo (SP) Tel. (11) 3146-7308 www.senaispeditora.com.br SI Group Avenida Brasil, 4500 - Distrito Industrial 13505-600 - Rio Claro - SP, Brasil Tel. (19) 3535-6700 www.siigroup.com SKA Avenida Professora Izoraida Marques Peres 256, salas 13 e 14, 18048-110, Sorocaba (SP) Tel. (15) 3418-8046 Avenida Maria Teresa 260, bloco 1, sala 504, 23050-160, Rio de Janeiro (RJ) Tel. (21) 3507-8336 www.ska.com.br

Perfil Térmico Rua Paulo Setubal 2.144, 81670-130, Curitiba (PR) Tel. (41) 3376-5130 www.perfiltermico.com.br

The University of Warwick Coventry, CV4 7AL, Reino Unido Tel: (+44 24) 7652-3523 www.warwick.ac.uk

Renault do Brasil Av. Renault 1.300, 83070-900, São José dos Pinhais (PR) Tel. 0800 055-5615 www.renault.com.br

Universal Robots Universal Robots A/S, Energivej 25, DK-5260 Odense S, Dinamarca Tel. (+45 89) 938-989 www.universal-robots.com




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