FotoVolt - Setembro 2023

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Notícias 8

Matriz energética 28 Hidrogênio verde e mercado livre impulsionarão crescimento da energia solar A abertura do mercado de energia no Brasil e a iminente evolução do hidrogênio verde em nível global criam cenário propício para expansão de projetos de geração solar no País. Expectativa é de que a fonte seja a principal da matriz elétrica nacional até 2050.

Guia 1 36 Fornecedores de eletrocentros O guia traz informações importantes sobre tipos de construção, proteções e equipamentos integrados, além de dados de tensão e corrente de entrada, potência nominal de saída e outros.

Feira 38 TSESA se consolida como epicentro da transformação energética na América Latina Com suas três feiras e congressos paralelos ― Intersolar, que chegou à sua 10ª edição, além de Eletrotec+EM Power e ees ―, a The smarter E South America reuniu em São Paulo 50 mil visitantes, dos quais 2500 participaram dos congressos. Veja a cobertura da exposição.

Guia 2 48 Seguidores solares (tracking systems)

Os também chamados rastreadores acompanham a posição do Sol ao longo do dia, elevando a eficiência das usinas. O guia lista características de seguidores de eixo único e de eixo duplo.

Mercado 50 ‘Neoindustrialização verde’pode criar cadeia produtiva de solar no Brasil Uma política de industrialização para sustentar a transição energética no País tem de suprimir ex-tarifários? A reportagem mostra o que pensam agentes e especialistas sobre a produção nacional de equipamentos para energia solar, hidrogênio verde, armazenamento de energia e outros.

Guia 3 54 Estacionamentos geradores fotovoltaicos O guia relaciona fornecedores de abrigos para veículos que integram módulos fotovoltaicos, descrevendo as soluções segundo dimensões, estrutura, fundação, potência, tensão e componentes integrados.

Grandes projetos 56 Projeto do sistema de aterramento de uma UFV de grande porte O sistema de aterramento de uma planta de 500 MW, primeiro desse porte no Brasil, tem seu projeto descrito no artigo, mostrando como se aplicaram conhecimentos de geofísica para resolver problema de engenharia elétrica, uma abordagem pioneira para determinação de modelo geoelétrico compatível com UFV de grande área.

Veículos elétricos 62 Pesquisa & inovação 66 Agenda 68 Produtos 70 Publicações 73 Índice de anunciantes 73 Solar FV em foco 74

Capa Helio Bettega, com foto de IM Imagery/Shutterstock As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por FotoVolt, podendo mesmo ser contrárias a estas.

Sumário

Carta ao leitor 6


Por que Solis? Solis Confiabilidade Primeira fabricante de inversores que passou no teste de confiabilidade de inversores da (Ex-parte da DNV-GL) Solis Bancabilidade Listado pelos principais bancos e instituições financeiras dos EUA, incluindo BoA, JP Morgan Chase, Mosaic, Sungage Financial, Dividendos, Sunlight Financial, etc. Solis Serviço A Solis vai além com os especialistas em inversores do país, comprometidos com o seu sucesso: o serviço sem complicações, fornecido por técnicos locais, disponível por telefone e on-line, o novo suporte pós-venda em três etapas da Solis define a excelência do serviço. Solis History Fundada em 2005, Solis (Código de valores mobiliários: 300763.SZ) é um dos maiores e mais antigos fabricantes de inversores solares. Combinando uma supply chain global com recursos de P&D e fabricação de classe mundial, a Ginlong otimiza seus inversores Solis para cada mercado regional, atendendo e apoiando seus clientes com sua equipe de especialistas locais.


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Carta ao leitor

Acertando o passo com o bonde da transição Mauro Sérgio Crestani,Editor

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egue quente o debate sobre as maneiras de incentivar o estabelecimento de uma cadeia produtiva robusta de equipamentos para energias limpas. Consenso quanto à necessidade de uma política nacional de industrialização na área parece haver, e não só para os geradores fotovoltaicos mas também para o armazenamento de energia e o hidrogênio verde. Mas divergem as visões sobre como implementá-la. Indústrias já estabelecidas aqui pleiteiam ao governo federal o aumento do imposto de importação principalmente de módulos fotovoltaicos, que nos últimos anos foram contemplados às centenas com os chamados ex-tarifários, reduções temporárias desse imposto ― o que, é bom lembrar, contribuiu sobremaneira para a rápida expansão da capacidade instalada no País, notadamente na geração distribuída. Autoridades do governo pareciam propensas a acolher o pleito, como foi inclusive verbalizado pelo secretário nacional de meio ambiente urbano e qualidade ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Adalberto Maluf, durante sua participação no recente Intersolar South America, como descreve nesta edição de FotoVolt reportagem sobre a chamada “neoindustrialização” (termo cunhado pela atual administração federal). Isso gerou a expectativa de que ao menos parte dos ex-tarifários estivessem na iminência de serem extintos pelo Gecex (Comitê de Gestão da Câmara de Comércio Exterior). Porém o órgão frustrou essa perspectiva em sua Resolução nº 522/2023, de 22 de setembro, ao não mencionar módulos FV na lista de revogação de ex-tarifários publicada. Pesou na decisão a argumentação de entidades setoriais de que a medida poderia paralisar projetos ainda em fases incipientes, brecando investimentos de bilhões de reais e frustrando a criação de dezenas de milhares de empregos no País, principalmente em regiões economicamente mais carentes. Uma política de transição está em gestação, para retirada gradual dessas exceções à medida em que se criam condições para o estabelecimento de um parque industrial nacional (leiam-se isenções). Até porque, mesmo se, no limite, hoje se fechassem as fronteiras para os produtos importados, atualmente não haveria capacidade interna para atender a demanda, e o resultado imediato seria a forte retração da expansão. O Brasil tem problemas recorrentes e um deles é a incapacidade de antever e planejar. Medidas de fomento à criação e internalização de fábricas de componentes e equipamentos para a indústria solar fotovoltaica deveriam ter sido adotadas anos atrás, no período de maior incentivo à geração distribuída conectada. Mas, como lemos também nesta edição na reportagem de Jucele Reis (“Matriz Energética”), a fonte solar segue em franca expansão, devendo ser a primeira na matriz elétrica nacional até 2050, com instalação de mais de 100 GW. O bonde, como se vê, ainda está passando, mas precisamos emparelhar e tomá-lo. São legítimos os pleitos dos fabricantes aqui instalados, e também os argumentos dos que querem manter o mercado aquecido e abastecido. Só precisamos acertar o passo.

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225) Redatora: Jucele Menezes dos Reis PUBLICIDADE Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti Contatos: Eliane Giacomett – eliane.giacomett@arandaeditora.com.br; Ivete Lobo – ivete.lobo@arandaeditora.com.br Tel. (11) 3824-5300 REPRESENTANTES BRASIL: Interior de São Paulo: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R. Wander Rodrigues de Lima, 82 - cj. 503; 30750-160 Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31) 99975-7031; oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – R. Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000 Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel. (41) 9728-3060; romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva – Tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 98179-9661; maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES: China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 55-3-703 Guan Lane, Hangzhou, Zhejiang 310003; tel.: +86-571 8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide); jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker – Beyeroehde 14, 42389 Wuppertal; tel.: +49 202 27169 13; fax: +49 202 27169 20; www.intermediapartners.de; sanacker@intermediapartners.de Italy: Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7 – 20148 Milan; tel.: +39 2 3921 6180; fax: +39 2 3921 7082; grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina – Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073; tel: +81-(0)3-3263-5065; fax: +81-(0)3-3234-2064; aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn – 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu, Seoul 134-070; tel: +82 2 481-3411; fax: +82 2 481-3414; jesmedia@unitel.co.kr Switzerland: Rico Dormann – Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon; tel.: +41 44 720-8550; fax: +41 44 721-1474; dormann@rdormann.ch Taiwan: Worldwide Services Co. – Ms. P. Erin King – 11F-2, No. 540 Wen Hsin Road, Section 1, Taichung, 408; tel.: +886 4 2325-1784; fax: +886 4 2325-2967; global@acw.com.tw UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands, Norway, Sweden): Mr. Edward J. Kania – Robert G Horsfield International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA; tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188; ekania@btinternet.com USA: Ms. Fabiana Rezak – 12911 Joyce Lane – Merrick, NY, 11566-5209; tel. (516) 858-4327; fax (516) 868-0607; mobile: (516) 476-5568; arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Helio Bettega Netto DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva CIRCULAÇÃO: Clayton Santos Delfino Tel.: (11) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br SERVIÇOS Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima TIRAGEM: 10.000 exemplares FotoVolt é uma edição especial da Revista Eletricidade Moderna, publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. Tel.: +55 (11) 3824-5300; Fax: +55 (11) 3666-9585 em@arandaeditora.com.br – www.arandaeditora.com.br ISSN 2447-1615



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Preço de sistemas FV caíram 17% no primeiro semestre

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54 e 57%. Em relação ao mercado de GD, Marcio Takata, diretor da Greener, afirmou em nota que “apesar do primeiro semestre desafiador para o mercado solar, a queda dos preços e a tendência de redução dos juros trazem um cenário mais favorável para investimento na geração própria”.

mercado, seja para carros, ônibus ou motocicletas. Rafael Cunha, diretor de operações da movE, disse à FotoVolt durante a Intersolar South America 2023 (São Paulo, 29 a 31 de agosto) que, em relação à última versão, mostrada pela empresa na mesma feira no ano passado, o produto passou por melhorias que levaram à miniaturização. custos menores de produção e, através de investimentos em componentes e P&D, acrescentaram mais recursos e inteligência. “Nós adicionamos a funcionalidade de smart charging, com a qual é possível modular a potência de recarga dos carregadores. O produto continua com a funcionalidade de prover conectividade e inteligência aos carregadores simples, standalone [o diretor diz que o dispositivo é o ‘chromecast dos carregadores’], e agora possibilita a modulação de potência”. Outras facilidades agregadas incluíram a adição de uma porta Ethernet para conexão à Internet, além da via wireless que já existia (“são redundantes: se uma cai, o produto se conecta automaticamente pela outra”, informou Cunha). Além de mais compacto e com design mais atrativo, o movE Smarter tem agora grau de proteção IP 66, ou seja, exibe condições para instalação robusta ao tempo. Segundo o diretor, também foi realizado o aprimoramento do design do produto para maior inserção no mercado. A parceria com a Intelbras vai resultar em maior escala de produção e de fornecimento dos componentes, permitindo reduzir

queda dos preços no primeiro semestre de 2023 melhorou o payback dos investimentos em sistemas fotovoltaicos residenciais e comerciais no primeiro semestre, reduzindo o prazo de retorno. Isso a Evolução dos preços de sistemas FV Preço médio do kit despeito de a Lei Sistema residencial (4 kWp) em reais Preço médio de integração 14.300/22, sobre ge7 ,7 R$ 8 4 ,7 R$ 7 ração distribuída, ter ,52 R$ 6 3,65 ,83 $ 5,76 R$ 5 6 R ,23 5,00 3,58 alterado a compen,84 $ 4,76 R$ 4,96 R$ 4,88 R$ 5,1 R$ 4,88 R$ 5 R$ R$ 4 ,39 R R$ 4 3,33 2,21 2,27 ,68 1,63 2,06 R$ 3 1,67 1,89 1,96 1,65 1,66 1,66 sação de créditos do 1,55 1,40 5,12 4,16 sistema de compen3,19 3,62 3,49 3,17 3,11 2,88 3,12 3,30 3,22 3,53 3,21 2,84 2,28 sação de energia a jun /16 jan /17 jun /17 jan /18 jun /18 jan /19 jun /19 jan /20 jun /20 jan /21 jun /21 jan /22 jun /22 jan /23 jun /23 partir de janeiro des- Em junho de 2023,o preço médio do sistema residencial havia caído 16% em relação te ano. Os preços dos a janeiro deste ano e 25% em relação a junho de 2022 sistemas fotovoltaicos O Estudo GD foi realizado com apresentaram redução de 17% para o base em pesquisa realizada de 3 a 31 consumidor final, observada em junho de julho de 2023, da qual participaram em comparação com janeiro de 2023, 2.492 empresas integradoras (vendeimpulsionada pela diminuição nos doras e instaladoras) de sistemas de custos dos módulos fotovoltaicos, além energia solar. Em 20 de setembro a da variação cambial e a sobreoferta de Greener realizou evento presencial equipamentos no atacado. Com isso, em São Paulo, com transmissão online, o tempo de retorno diminuiu em 15% para análise dos pontos principais do para os sistemas residenciais. estudo e debate com especialistas do Os números são do novo “Estudo setor. O estudo completo está disponíEstratégico da Geração Distribuída – vel gratuitamente no site da empresa: dados do 1º semestre de 2023” (Estudo https://www.greener.com.br/estudo/ GD) produzido pela Greener, empresa estudo-estrategico-geracao-distribuide inteligência e consultoria especialida-setembro-2023-dados-do-1o-semeszada em transição energética. Segundo tre-2023/ o estudo, a demanda do mercado brasileiro no primeiro semestre, mesmo registrando queda de 19% em comparação com o mesmo período de 2022, ultrapassou mais 7 GW em módulos fotovoltaicos destinados aos mercados de geração distribuída e centralizada. A Greener estima que esse volume removE Eletromopresentará investimentos superiores a bilidade anunciou R$ 25 bilhões. uma parceria com a O financiamento de sistemas FV Intelbras para fabriviabilizou 38% das vendas efetuadas cação em escala do no primeiro semestre de 2023, frente à seu dispositivo movE 22% no último semestre de 2022. ApeSmarter, que segundo sar da maior participação nas vendas, a empresa transforma a taxa de financiamento ainda está em inteligente qualabaixo da prática de mercado regisquer carregador de Estande da movE na IntersolarSouth America e o novo movE Smarter: mais trada das pesquisas anteriores, entre compacto,grau de proteção IP66 e funcionalidade de carregamento inteligente veículo elétrico do R$/Wp

Reprodução

MovE anuncia nova versão e parceria para seu“chromecast” de carregadores

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Izilda França

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Divulgação

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o custo de fabricação em cerca de 40%, informou Cunha. E quanto ao preço final? “Como ainda não chegamos à fase de fabricação em escala, estamos agora trabalhando no preço do produto para o mercado, mas deve ser bem inferior ao preço anterior. E além das vendas diretas, estamos estruturando um modelo de negócio de aluguel, pra condomínios que queiram uma solução completa de gestão da demanda de carregamento de veículos”, disse. Segundo nota da Intelbras, a companhia possui forte estrutura de engenharia (P&D) e de produção para o desenvolvimento de soluções de segurança, comunicação e energia, e “vem acreditando muito no potencial da sua nova linha de estações de recarga para veículos elétricos, convergindo assim com este projeto da movE”. A expectativa de Rafael Cunha é de que o novo movE Smarter esteja no mercado nos próximos meses.

ne provedores de soluções, epcistas, integradores, distribuidores, fabricantes, profissionais e acadêmicos do setor, e que tem em comum a atuação direta ou indireta na geração distribuída oriunda de fontes renováveis de energia: solar, eólica, biomassa, biogás ou PCHs. Para Fraga, o CBGD tem como objetivo discutir o atual cenário da geração distribuída com fontes renováveis de energia na matriz elétrica brasileira, sob o enfoque de oportunidades de negócios, barreiras regulatórias, impedimentos jurídicos, tecnologias inovadoras, novos entrantes e perspectivas de crescimento. O congresso conta com duas programações paralelas, uma tratando dos aspectos mais negociais e empresariais do mercado de GD e outra de cunho científico. No primeiro caso, a programação, voltada principalmente a integradores de sistemas de GD, versará sobre o panorama, potencial, novos cenários, boas práticas e oportunidades de negócios na geração distribuída. Já no congresso científico, º– profissionais e membros da academia divulgarão suas pesquisas para os profissionais e empresas do mercado de geração distribuída. os dias 16 e 17 de Este ano, novembro acontece segundo no Expominas BH, o diretor em Belo Horizonte, o do evento, 8º CBGD - Congresso serão mais Brasileiro de Geração de 100 trabaDistribuída, que conta com a feira setorial lhos técnicos ExpoGD e terá a reaapresenNúmeros da edição de 2022 devem sersuperados este ano lização simultânea do tados em H2 – 3º Fórum e Feira Internacional sessões orais e de pôster, e cuja seleção de Hidrogênio e do Energy Storage está sendo realizada por um comitê do Brasil – 5º Fórum e Feira de Armazequal participam mais de 40 professores namento de Energia. universitários, sob a coordenação do Já estão confirmadas mais de 100 professor Lucas Vizzotto Belinazzo, da palestras e mais de 100 expositores Universidade Federal de Santa Maria. de marcas nacionais e estrangeiras, se“Um dos objetivos é ‘linkar’ a acadegundo o diretor do evento Tiago Fraga, mia com a iniciativa privada, o que do Grupo FRG Mídias e Eventos, que no Brasil não acontece pois há uma realiza o CBGD em parceria com a barreira. Temos grandes talentos na academia e não há esse link”, afirma ABGD – Associação Brasileira de Geração Distribuída. O CBGD/ExpoGD reúFraga. Ele prevê que os congressos (os

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FRG/Divulgação

8 CBGD discute conjuntura e progresso científico da geração distribuída

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dois de GD mais os fóruns de hidrogênio e armazenamento de energia) atrairão mais de 2.000 participantes nos dois dias. E informou ainda que os trabalhos de maior destaque do congresso científico receberão menções honrosas, com melhores deles sendo contemplados com premiações em dinheiro. Entre os destaques da programação deste ano, o diretor menciona o painel sobre as experiências dos mercado de GD em nível global. “Outros países já passaram pelos problemas que estamos enfrentando e o objetivo é aprender com a experiência deles, tanto em GD quanto em armazenamento, como da Austrália e Alemanha”. Outro assunto quente do momento será objeto de um painel especial: as dificuldades impostas à conexão de sistemas geradores às redes das distribuidoras, principalmente sob o argumento do fluxo reverso de energia. Feiras – A organização do evento já havia comercializado mais de 80% do espaço de exposição em meados de setembro. Segundo Tiago Fraga, a procura tem sido intensa, tanto que este ano a área de exposição foi aumentada em cerca de 30% em relação à edição de 2022, com a adição de mais um pavilhão do Expominas BH. Com relação a visitantes, estão previstas mais de 10 mil pessoas, 25% a mais do que na edição passada. Mais informação sobre como participar do CBGD, da ExpoGD, do Fórum de Hidrogênio e do Fórum de Armazenamento de Energia está disponível em https://www.cbgd.com.br.

Inversores: 10 fornecedores detêm 86% do mercado global s 10 principais fornecedores globais de inversores solares fotovoltaicos (FV) representaram 86% da participação de mercado em 2022, com aumento de 4% em relação a 2021, de acordo com análise recente da Wood Mackenzie. A demanda global de

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+83% 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

+56% +27%

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Huawei

Sungrow

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+27% +50%

Growatt

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+16%

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Power

Sineng

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+110% +9%

Sofar

Aumento percentual de remessas de inversores dos 10 principais fornecedores,2020-2022(GW,%) energia fotovoltaica foi de 201 GWca em 2022 e contribuiu para um crescimento de 48% das vendas de inversores. As entregas mundiais atingiram 333 GWca no ano, com forte demanda da Europa, Ásia-Pacífico e Estados Unidos, onde o apoio governamental foi reforçado para cumprir metas de energia limpa, disse a Wood Mackenzie em comunicado. A indústria atribuiu este aumento a uma melhora do quadro de escassez de chips relacionada à pandemia e outros desafios da cadeia de abastecimento verificados em 2021. Os cinco principais fornecedores de inversores FV ― Huawei, Sungrow, Ginlong Solis, Growatt e GoodWe ― venderam mais de 200 GWca e foram responsáveis por 71% do total de remessas mundiais em 2022, com crescimento 8% em relação a 2021. As vendas da Huawei tiveram aumento significativo, de 83% no ano passado em comparação com o ano anterior, enquanto as da Sungrow aumentaram 56% no mesmo período. Pelo oitavo ano consecutivo essas duas empresas lideraram o mercado, com a Huawei ocupando a primeira posição, com 29% de participação em 2022, e Sungrow a segunda, com 23%. Já a Ginlong Solis registrou aumento de 86% nas vendas em 2022 e subiu para o terceiro posto, trocando de lugar com a Growatt, que fora a terceira no ano retrasado. A Aiswei e a Sofar subiram três posições e entraram no ranking dos 10 primeiros, ocupando a nona e a décima posições. A região Ásia-Pacífico (APAC) respondeu por 50% da demanda global no ano passado, com crescimento anual de 44% nas remessas de inversores FV

sendo destinados à região, atingindo total de 167 GWca. A China liderou, respondendo por 78% dos inversores comprados na APAC, com as instalações FV do país atingindo recorde histórico. A Índia manteve sua posição como o segundo maior mercado de inversores na APAC em 2022, mesmo com uma redução de 25% ante 2021. E o Japão ultrapassou a Austrália como o terceiro mercado, com 7 GWca enviados ao país, crescimento de 23% em relação ao ano anterior. A Europa respondeu por 28% do mercado global, com encomendas de 92 GWca, um aumento de 82% do mercado em 2022 após haver crescido 44% em 2021. O relatório atribui esse crescimento à luta da região pela neutralidade de carbono até 2050, no âmbito do plano do Acordo Verde Europeu. Os EUA, por outro lado, consumiram 13% do mercado global, com apenas 42 GWca recebidos pelo país. Os inversores híbridos para armazenamento de energia fotovoltaica representaram 10% das remessas regionais, à medida que os EUA aumentam a integração de energia solar com armazenamento. O relatório “Global solar PV inverter and module-level power electronics (MLPE) market share 2023” está à venda no website da Wood Mackenzie: https://www.woodmac.com/

Inimex vai fabricar módulos FV no Paraná Inimex, empresa do grupo HLT, que atua em geração distribuída, deve colocar em operação em outubro,

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em Cascavel, no Paraná, uma fábrica para produção de módulos solares fotovoltaicos. Em área de aproximadamente 60 mil metros quadrados, a meta é montar módulos de 550 Wp de potência, monofaciais e bifaciais, com capacidade para 500 MW por ano. Segundo informações do fundador do grupo HLT, Junior Helte, a linha terá flexibilidade ainda de manufatura de módulos desde 390 Wp a 705 Wp, dependendo do tamanho e tecnologia de célula utilizada (Mono PERC ou TOPCon). No momento, afirma Helte, a empresa está em processo de viabilização de certificações do Inmetro e credenciamento no Finame com o BNDES para permitir o enquadramento de conteúdo nacional. O investimento na unidade é de R$ 67 milhões. A decisão pelo investimento na produção local, segundo Helte, se funda na constatação pela HLT da comum baixa qualidade dos módulos importados para geração distribuída. “A Inimex terá garantia de fabricação atestada no Brasil, assim como certificação e homologação de qualidade por empresas nacionais. Já nascemos com todas as certificações para garantir a qualidade, na contramão do mercado que está pulverizado de opções sem comprovação e até mesmo módulos falsos. Nossa garantia é de 12 anos de fabricação nacional e importada e até 30 anos de geração”, aponta.

médio em até 92%, dos atuais 25 dias para apenas 48 horas. “A distância do Acre em relação aos grandes centros urbanos do país, sobretudo São Paulo e Minas Gerais, onde são fabricados os produtos voltados ao sistema solar, torna mais demorada a entrega dos equipamentos e consequentemente a instalação do sistema”, disse o diretor de relações institucionais da Genyx, Bruno Catta Preta. Segundo dados da Aneel, referentes a 12 de setembro, o Acre tem potência instalada de geração solar distribuída de 62,3 MW, número bastante inferior aos estados que lideram a GD no País, casos de São Paulo e Minas Gerais, praticamente empatados, com 3,15 GW e 3,14 GW instalados, respectivamente. Com o novo centro de distribuição, as empresas têm confiança no crescimento da modalidade no estado. “Aposto que em médio prazo, por volta de três anos, o Acre estará operando com muita capacidade de potência instalada. A parceria vem para otimizar e agilizar esse processo”, disse o CEO da EngeAmazon, Edlailson Pimentel. Segundo ele, a consultoria detém 20% do mercado do Acre, atuando em mais de 1300 projetos entre residenciais, rurais e industriais.

Genyx e EngeAmazon inauguram centro de distribuição no Acre

número de invasões e de roubos de equipamentos em usinas solares vem aumentando no País, por isso os sistemas de segurança contra intrusão são um recurso fundamental a ser agregado, tanto aos portfólios de soluções dos fornecedores de bens e serviços solares fotovoltaicos quanto às próprias plantas já existentes. O alerta é de Filipe Favoto, CEO da Dicomp, que na Intersolar South America deste ano (29 e 31 de Empresa passa a fornecersistema integrado de vigilância e alarme, via integradores,para usinas novas e também já em operação agosto, em São Paulo) apresen-

Genyx, distribuidora de equipamentos fotovoltaicos e que também atua em geração distribuída e financiamento de projetos, e a integradora EngeAmazon abriram um centro de distribuição de equipamentos solares em Rio Branco, no Acre. Já parceiras em implantação de projetos de geração distribuída no estado desde 2020, com o novo CD, com 200 m2, as empresas pretendem reduzir o tempo de entrega

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Dicomp agrega soluções de segurança contra furtos em usinas FV

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tou um sistema de tecnologia que proporciona segurança às usinas solares. “Nosso time comercial percebeu que os incidentes causados por roubos nessas usinas têm crescido vertiginosamente e como a Dicomp possui uma gama de serviços multissoluções, identificamos a oportunidade de sanar essa necessidade de proprietários de usinas”, disse. As soluções são compostas de câmeras de monitoramento e também de sistemas eletrônicos de segurança, que monitoram ininterrupta e automaticamente as instalações e acionam alarmes quando da aproximação de pessoas, para prevenção de intrusão. Um dos alvos da empresa é o segmento das chamadas “usinas legadas”, ou seja, plantas que já estão em operação há mais tempo e não contam com sistema de segurança, cuja demanda por soluções como essa tem crescido bastante. A empresa já tinha há anos a cultura dos sistemas de CFTV e vigilância eletrônica, e depois da criação da sua vertical de energia solar, em 2021, a agregação dos sistemas de segurança foi um caminho natural. Segundo o CEO, a quantidade de integradores que vêm agregando os sistemas de segurança da Dicomp à sua oferta vem aumentando consideravelmente. Além das soluções de segurança para o setor solar, oito soluções nas linhas on e offgrid, CFTV e redes foram destacadas pela Dicomp durante a feira. Uma outra novidade foi o software AnyMetric, que informa o custo por hora de consumo de serviços, a tensão da rede e fator de potência em um sistema de inteligência próprio da empresa. Divulgação

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Há dois anos, a Dicomp passou a distribuir soluções relacionadas ao setor solar, após perceber que muitos provedores do segmento de telecom, seu business principal, poderiam expandir seus portfólios com soluções completas ao cliente final. Atualmente, a vertical já representa 25% do faturamento da empresa, que tem há 25 anos de mercado fornecendo serviços integrados para telecom, automação industrial e segurança eletrônica. Tem sede em Maringá (PR), centros de distribuição em Santa Catarina e Minas Gerais e filiais na China e no Paraguai. Em 2022, a Dicomp teve crescimento de 335% na vertical de energia solar.

EcoFlow traz soluções eco-friendly ao Brasil EcoFlow , empresa de soluções de energia ecologicamente amigáveis, marcou sua entrada no mercado brasileiro de energia solar com sua participação na Intersolar South America 2023 (29 e 31 de agosto, em São Paulo). A empresa destacou, além de seus módulos fotovoltaicos, uma gama de produtos de armazenamento de energia desenvolvidos para aprimorar o uso de energia solar em residências, empresas, instalações remotas e indústrias,

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como estações de energia portáteis, soluções de energia modular e dispositivos inteligentes. As estações River 2 são soluções de armazenamento de energia para ecoturismo e campistas, para suporte de energia em acampamentos e atividades ao ar livre. A gama vai de 300 W/ 256 Wh a 800 W/768 Wh, com 5 a 10 saídas e tempos de recarga de cerca de uma hora em tomada de energia e de três a nove horas por painéis fotovoltaicos. Já os produtos Delta têm potenciais aplicações na agricultura e mineração, no fornecimento de energia confiável para demandas flexíveis e na redução das pontas de carga. Para famílias e uso individual, a série Delta 2 é indicada como solução de backup de energia durante interrupções não programadas. Os equipamentos são silenciosos, com carregamento de alta velocidade e resistência para uso diário por até uma década. As potências e capacidades vão de 1400 W/882 Wh a 3600 W/3600 Wh. A EcoFlow também apresentou durante o evento seus Power Kits, além de um ar-condicionado portátil e um refrigerador (cooler), ambos para uso off-grid. Os Power Kits são soluções modulares de energia para “vida fora da rede”, como em trailers ou pequenas construções em locais isolados. Como eles é possível combinar em

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Além de módulos,EcoFlow mostrou estações de armazenamento de energia,powerkits e até arcondicionado e freezer(foto)para operação offgrid um hub até 15 kWh de baterias Ecoflow LFP, sistemas fotovoltaicos, painel de distribuição inteligente e console. Já o Wave 2 é a mais recente geração de ar-condicionado portátil da EcoFlow, com peso de 15,5 kg, potência de resfriamento de 1500 W e de aquecimento de 1800 W, tempos de recarga de até duas horas e autonomia de até 8 horas. E o Glacier é um triplo de freezer, refrigerador e máquina de gelo que pesa 23 kg, opera durante 19 h no modo congelador e até 40 h no modo refrigerador (com carga completa), com faixa de temperatura de 10 ˚C a -25 ˚C. Ambos podem ser recarregados via painéis solares ou em tomadas de energia convencionais. Já os módulos fotovoltaicos da empresa se apresentam em versões portáteis dobráveis de 110 a 400 W, versões


rígidas de 100 e 400 W e flexíveis de 100 W, com tecnologia monocristalina e eficiências entre 21 e 23%. A EcoFlow foi fundada em 2017, tem sede operacional nos EUA e atua em mais de 100 mercados em todo o mundo. Na Intersolar South America os equipamentos foram apresentados por representantes da GoHobby, parceira e distribuidora da EcoFlow no Brasil ― a exemplo do gerente de marketing Alexandre Amaral, que detalhou as soluções para FotoVolt.

The smarter E South America 2023 bate vários recordes The smarter E South America, realizado em 29 a 31 de agosto em São Paulo, refletiu os números impressionantes exibidos na última década pela energia solar fotovoltaica no mercado brasileiro, em que ocupa a segunda posição na matriz elétrica e já gerou

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1 milhão de postos de trabalho e aculeves tais como patinetes, motocicletas e outros. Segundo Florian Wessendorf, mulou mais de R$ 163 bilhões de indiretor-geral da Solar Promotion Intervestimentos. Nos três dias, passaram national GmbH, o interesse do público pelo Expo Center Norte cerca de 50.000 estimulou a instituição da Power2Drive visitantes, dos quais 2.500 participaram South America como feira e congresso nos congressos. próprios a partir de 2024. “Teremos O The smarter E South America no The smarter E South America 2024 congrega a Intersolar South America, quatro pilares: geração solar, baterias e a maior feira & congresso para o setor sistemas de armazenamento, gestão de solar da América do Sul, a ees South energia e mobilidade elétrica”. America, de baterias e sistemas Os organizadores do evento – Solar de armazenamento de energia, e a Eletrotec+EM-Power South America, Promotion International GmbH, Freifeira e congresso de instalações elétricas e gestão de energia. Desde 2021, a ees South America apresenta a Mostra Especial Power2Drive, com inovações em soluções de carregamento, conceitos de baterias e modelos de negócios para mobilidade elétrica sustentável. Muitos expositores trouxeram aos pa- Feira teve acima de 50 mil visitantes,superando em mais de 25% os vilhões seus carros e veículos números do ano passado

Izilda França

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ção de trackers do grupo no mundo, que se juntará à da matriz em Chango contexto da transição para a economia de baixo carbono, a fonte solar zhou, na China, e a de fotovoltaica é a que mais cresce atualmente no País e o Rio Grande do Viana, na Espanha, cujas Sul tem a terceira maior base instalada de geração da fonte. É também o capacidades somadas terceiro maior produtor de grãos do País, o que propicia oportunidades para chegam a 7,5 GW de rasuma aplicação emergente, a agrivoltaica, que alia a tecnologia fotovoltaica treadores por ano. e a agricultura com efeitos benéficos para ambas. Prevista para entrar Por isso a Solar Promotion International e a Aranda Eventos escolheram em operação ainda no Porto Alegre para sediar, nos dias 7 e 8 de novembro de 2023, o primeiro último trimestre deste congresso Intersolar Summit Brasil Sul. Segundo os organizadores, a expecano, a fábrica brasileira tativa é que o evento tenha tanto sucesso quanto o Intersolar Summit Brasil terá capacidade produNordeste, realizado desde 2019 em Fortaleza, no mês de abril. tiva inicial de 2,5 GW, o que representará um incremento global de 33% na produção da Trina, totalizando 10 GW/ano. E, segundo um comunicado da empresa, há ainda possibilidade de aumento na produção no Brasil, a Rio Grande do Sul tem a terceira maiorbase instalada de energia FVdo País depender do comportamento da demanda. Além A missão do Intersolar Summit Brasil Sul é trazer informações aprofundadas, do mercado nacional, a facilitar oportunidades de contatos e expandir o uso de tecnologias fotovoltaicas no âmbito regional, segundo os organizadores. São esperados planta atenderá outros 2.000 visitantes e mais 50 expositores na feira. O congresso deve contar países da América Latina. com 25 palestrantes e cerca de 350 congressistas. Mais informação: A nacionalização da www.intersolar-summit-brasil.com/sul. produção deve permitir ainda que clientes locais burg Management and Marketing Inda empresa se beneficiem das linhas de ternational GmbH e Aranda Eventos & crédito e programas do BNDES, prinCongressos Ltda – destacaram o grancipalmente do Finame. No início da de volume de negócios fechados pelas segunda quinzena de agosto, o banco mais de 530 expositoras dos setores FV, estatal aprovou a Trina Tracker Brasil de armazenamento e de infraestrutura como fornecedora credenciada, etapa elétrica, que apresentaram suas inovaque antecede a habilitação para que os ções no Expo Center Norte. A próxima seus produtos e equipamentos sejam edição do The smarter E South Amerifinanciados pelas linhas vantajosas do ca ocorre nos dias 27 a 29 de agosto de BNDES. 2024, também no Expo Center Norte, Com a entrada em operação da fáem São Paulo. brica em Salvador, a expectativa da Trina é a de que no primeiro ano as vendas de rastreadores no mercado brasileiro dobrem em relação ao volume estimado para encerrar 2023 com importações, que é de aproximadamente 1 GW. O otimismo se baseia no Trina Tracker, empresa de rastreaaumento de consultas para projetos dores solares do grupo chinês Trina de geração distribuída e centralizada. Solar, está finalizando a construção A escolha da Bahia para implantar a de uma fábrica em Salvador, na Bahia. Trata-se da terceira unidade de produunidade tem a ver com os fatos de a

Em novembro, o Intersolar Summit Brasil Sul

Reprodução

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TrinaTrackerpassaráafabricar rastreadoresnaBahia

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região Nordeste abrigar a maior parte dos projetos de usinas solares no Brasil e de a capital baiana contar com porto, o que facilita a operação logística. Segundo o vice-presidente para a América Latina da Trina Solar, Alvaro Garcia-Maltrás, a nova operação ainda disponibilizará aos clientes locais assistência técnica de uma equipe de engenharia brasileira, além de garantia de estoque de equipamentos e peças para rápida reposição durante o período de operação e manutenção das usinas. “A nova fábrica contará com uma equipe especializada e com vasta experiência em rastreadores solares, para poder garantir a instalação adequada dos equipamentos, seu correto comissionamento e um ágil atendimento”, disse. Serão produzidos no Brasil os rastreadores que incorporam o algoritmo de rastreamento inteligente SuperTrack, que calcula o ângulo e movimentação para que cada linha de módulos maximize a produção de energia durante períodos de irradiação difusa e até em terrenos irregulares, com várias inclinações. Segundo a Trina, o SuperTrack permite um incremento na geração de energia de até 8%.

BayWa r.e. chega ao mercado brasileiro comprando a Ribeiro Solar empresa alemã de energia renovável BayWa r.e. adquiriu a Ribeiro Solar, distribuidora de energia solar com atuação exclusiva no Brasil. A operação marca o primeiro envolvimento da empresa alemã no setor solar brasileiro e fortalece sua presença na área de distribuição solar nas Américas, que inclui operações nos Estados Unidos, Canadá e México. As duas empresas anunciaram oficialmente a aquisição durante a Intersolar South America, realizada no final de agosto em São Paulo. Os produtos de energia fotovoltaica da Ribeiro Solar são produzidos por alguns dos principais desenvolvedores

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Liciany Ribeiro,CEO da Ribeiro Solar,FrankJessel,diretor de Comércio SolarGlobal da BayWa r.e,e Daniel Marino, diretorde Comércio Solarnas Américas,no fechamento da venda

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Ribeiro Solar, destacou a oportunidade de fazer parte da equipe da BayWa r.e.. “Num mercado tão difícil, tão disputado, esse apoio é muito importante. No momento em que o mercado está enfrentando dificuldades de aprovação de conexões e taxas de juros altas, o fato de uma empresa do tamanho da BayWa r.e. investir no Brasil mostra que a longo prazo o nosso mercado é muito bom, que as dificuldades podem aparecer mas o futuro é sempre de crescimento. Até porque o número de sistemas fotovoltaicos do Brasil ainda é muito pequeno, e a gente tem muito para trabalhar e crescer.” A executiva continuará à frente da agora filial brasileira da BayWa r.e..

de energia solar do mundo. A empresa tem sede em Curitiba e centros de distribuição no Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco. A parceria se vale do conhecimento de mercado da Ribeiro Solar e de sua ampla rede de instaladores, aliando a isso os recursos globais de distribuição da BayWa r.e., que atende mais de 17 mil integradores solares em todo o mundo. As duas empresas não anunciaram criação da ABSAE - Associação o valor da transação nem como o acorBrasileira de Soluções de Armado afetará suas respectivas cadeias de zenamento de Energia foi anunciada abastecimento ou operações, mas a oficialmente ao mercado no dia 30 BayWa observou que a Ribeiro Solar se de agosto durante a Intersolar South beneficiaria de sua “escala global”, suAmerica 2023, em São Paulo. Contando gerindo que ambas poderiam ter suas inicialmente com as quatro empresas cadeias de abastecimento expandidas fundadoras, a Micropower, a Baterias como resultado da aquisição. Moura, a NewCharge e a UCB, a ABSAE representa um passo imporSobre as motivações da vinda da tante para a atratividade do setor de empresa ao País, Daniel Marino, direarmazenamento de energia, segundo tor de Comércio Solar nas Américas da as empresas. O evento de lançamento BayWa r.e., disse à FotoVolt que o Brasil teve também o objetivo de comparti“é o terceiro mercado em termos de lhar a iniciativa e convidar mais emgeração solar distribuída, e nós apoiapresas do setor a se associarem. mos os instaladores que fornecem para O presidente da ABSAE, Markus os clientes finais desse mercado. Temos Vlasits, diretor da NewCharge, ressalpresença muito grande no México, Canadá e EUA e queremos estar em todas as Américas, e o Brasil é o ponto de entrada lógico na América do Sul. É um dos melhores mercados do mundo.” Criada em 2015, a Ribeiro Solar é a unidade de energia fotovoltaica da Ribeiro Automação, empresa que está comemorando quase 50 anos de exis- Representantes da Micropower,UCB,Moura e NewCharge no evento tência. Liciany Ribeiro, CEO da de lançamento da ABSAE

Nova associação dedicada ao armazenamento de energia

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tou a importância do armazenamento de energia para a segurança do sistema elétrico, a descarbonização da matriz elétrica e a modicidade tarifária. Ele também destacou a necessidade de incentivar investimentos nessa área e a adoção de políticas públicas que garantam a competitividade do segmento de armazenamento de energia. “Além dos objetivos preestabelecidos, como a discussão de políticas públicas para o setor e o marco regulatório, a ABSAE também terá como foco a formação e qualificação de futuros profissionais de armazenamento de energia”, disse. Segundo ele, o armazenamento de energia possui especificidades que demandavam a criação de uma entidade representativa própria. Segundo Vlasits, com a criação da ABSAE as empresas associadas esperam impulsionar o desenvolvimento do setor de armazenamento de energia no Brasil, contribuindo para a transição de uma matriz energética mais sustentável e eficiente. As fundadoras - No mercado há 50 anos, a UCB fornece baterias estacionárias, baterias portáteis para celulares e laptops e baterias para mobilidade elétrica, tem sede em São Paulo, plantas industriais em Manaus - AM e Extrema MG, e parceria comercial com dois escritórios na Ásia (Seul e Shenzhen). A Micropower foi fundada em 2018 e desenvolve, financia, constrói e opera ativos de armazenamento e microgrids, tendo sido pioneira no Brasil na oferta de BSaaS (Battery-Storage-as-a-Service). A Baterias Moura nasceu em 1957, possui sete plantas e produz baterias para automóveis e outros veículos, estações de telefonia e sistemas de armazenamento. E a NewCharge é uma empresa de desenvolvimento de projetos, engenharia e software focada em armazenamento de energia elétrica fundada em 2019 e sediada em Florianópolis, atuando com foco especial em projetos off-grid e de grande porte. Mais informações em https://pages. unipower.com.br/absae.


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Revolusolar vai implantar projeto solar social para a EDP Espírito Santo Revolusolar, do Rio de Janeiro, associação sem fins lucrativos que tem levado energia solar fotovoltaica para comunidades carentes do Brasil com modelos inovadores, está ampliando seu leque de soluções sustentáveis com novas abordagens. Além de já ter liderado a implantação de projetos solares fotovoltaicos em sete territórios de baixa renda no Brasil, em modelo que atrai parceiros para viabilizar as obras e para qualificar os consumidores locais a serem responsáveis pela gestão das usinas, a ONG acertou parceria inédita com a EDP Espírito Santo para replicar seu modelo em uma comunidade em Vila Velha, ES. Segundo disse a FotoVolt o diretor executivo da Revolusolar, Eduardo Ávila, a implementação de um projeto na comunidade de Jabaeté foi acertada com a EDP durante o evento Intersolar South America, no final de agosto em São Paulo. Com uso de recursos do Programa de Eficiência Energética da Aneel da distribuidora, revela Ávila, será instalada usina solar FV em uma escola e em um instituto social (GG5). Além disso, será qualificada a comunidade

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para a gestão e uso da energia solar. “Depois, conforme o projeto evoluir, seguimos com a implantação de modelo de cooperativa de geração distribuída”, diz. O plano é começar a implantação do projeto capixaba, avaliado em R$ 500 mil, já em setembro, com duração aproximada de um ano. Está prevista a capacitação de 12 eletricistas solares da comunidade, formação de lideranças locais e o entendimento de como a usina entrará no sistema de distribuição da EDP. “Ao final disso, vamos instalar 40 kWp de potência nos dois locais”, afirma. A iniciativa no Espírito Santo, segundo Ávila, faz parte de uma nova vertente da Revolusolar de atuar por meio de intervenção em políticas públicas. A ONG, para começar, enviou um pacote de sugestões ao Ministério de Minas e Energia para criação de contrapartidas sociais para as distribuidoras, das quais vinte e duas passam atualmente por renovação de concessões. ‘”Elas não precisarão pagar bônus para a renovação, mas vão ter que pagar contrapartidas sociais para ser investidas em ações energéticas para populações mais vulneráveis. A nossa sugestão é adotar soluções como as que estamos fazendo nos últimos anos”, diz Ávila. Segundo ele, a ONG

também atua de forma direta, conversando com várias outras distribuidoras para adotar projetos semelhantes. A maior parte dos projetos até hoje implementados pela Revolusolar conta com parcerias com governos locais ou institutos. Pelo modelo, explica o diretor, a ONG organiza o projeto, contrata uma integradora local para fazer as obras e escolas técnicas da região locais para fazer a qualificação da comunidade local. “E também treinamos a comunidade local para fazer a coordenação. Só juntamos as pontas para fazer tudo acontecer”, afirma. Ao todo, já há 172 kW instalados em sete comunidades: Babilônia, Chapéu Mangueira e Conjunto de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro; Instituto Favela da Paz e Conjunto Habitacional Paulo Freire, ambos em São Paulo; comunidade Kurai Tury, no Amazonas; e Circo Solar, também no Rio.

Nova NBR 5410 inclui aterramento para instalações com gerador FV proposta de revisão da norma ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão aumenta de 10 para 21 as figuras (desenhos) ilustrativos de esquemas de aterramento, com

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Os novos desenhos ilustrativos de esquemas de aterramento em c.c. serão espelhos dos esquemas do aterramento em c.a.: TN em corrente contínua, TT em corrente contínua, IT em corrente contínua e assim por diante. Além disso, a revisão incluiu uma ilustração adicional, mostrando como realizar o aterramento de instalações que contam com duas fontes de alimentação. “Hoje é muito comum haver numa instalação a fonte normal, da concessionária, e um sistema fotovoltaico. Evidentemente as Izilda França

a inclusão de esquemas para instalações de corrente contínua. A atual versão da norma, publicada em 2004, traz 10 figuras de esquemas de aterramento (TN, TN-C, TN-S, TT, IT, TN-S e outros), todos em corrente alternada. “Hoje a corrente contínua virou tão comum quanto a corrente alternada nas instalações, por causa dos sistemas fotovoltaicos e também dos veículos elétricos, para cujas instalações de carregamento já há também uma norma brasileira. Então está mais do que na hora de incluirmos na NBR 5410 os esquemas de aterramento para corrente contínua”, disse na abertura do congresso Eletrotec+EM Power South America o engenheiro Hilton Moreno, membro da comissão de revisão e do grupo de trabalho editorial da norma. O congresso aconteceu no final de agosto em São Paulo, SP, em conjunto com a Intersolar South America e outros eventos paralelos de energia renovável.

Hilton Moreno: a proliferação da corrente contínua em instalações de baixa tensão,com os sistemas fotovoltaicos e carros elétricos,motivou a alteração

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duas fontes compartilham o mesmo eletrodo de aterramento, mas como se interliga tudo isso? A nova norma trará então uma figura que mostra exatamente como fazer o aterramento nesse caso.” Ele anunciou ainda, como a grande novidade dessa proposta, a inclusão da recomendação do uso do dispositivo AFDD - Arc Fault Detection Device (dispositivo de detecção da faltas a arco). Muito utilizado há anos nos EUA e na Europa, o AFDD interrompe circuitos de iluminação ou de força ao detectar um arco em série ou em paralelo, em situações que não são interrompidas nem por disjuntor, por não ser uma sobrecarga, nem por dispositivo DR, por não se tratar de uma fuga para a terra. Um exemplo típico é de mau contato nos terminais de uma tomada, uma conexão frouxa provocando um pequeno arco permanente que, ao cabo de algum tempo, deteriora o material e pode iniciar um


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incêndio. Outro exemplo, agora de um pequeno arco em paralelo, pode ocorrer entre dois condutores com isolação danificada, configurando um curto de muito baixa intensidade, não detectável pelo disjuntor. “O AFDD nasceu nos Estados Unidos, onde estatísticas mostraram que grande parte dos incêndios se originam em tomadas com mau contato em dormitórios, daí a primeira exigência da norma norte-americana ser de instalação em circuitos de tomadas de dormitórios”, informou o engenheiro. A recomendação da nova NBR 5410 será de usar o dispositivo em circuitos de dormitórios, como nos EUA, mas também em instalações como locais de manuseio e/ou armazenamento de materiais combustíveis, por exemplo. O texto proposto pela comissão estava previsto para entrar em consulta nacional em outubro.

Prefeitura de SP quer colocar solar FV em aterros desativados prefeitura de São Paulo planeja instalar usinas solares fotovoltaicas sobre cinco aterros desativados na cidade, disse o secretário executivo municipal de mudanças climáticas, Gilberto Natalini, na abertura da Intersolar South America, no final de agosto em São Paulo. Segundo o secretário, ainda está em fase de estruturação o modelo a ser adotado, mas a ideia central é ceder os terrenos, em uma espécie de leasing, para empresas de geração de energia implantarem as usinas e pagarem o projeto com parte da energia que será descontada nas contas de luz de prédios públicos municipais. O excedente, a depender do porte das usinas, será negociado pela empresa que vencer as licitações do projeto. “O que podemos adiantar é que terá custo zero para a prefeitura”, disse. De acordo com Natalini, o planejado é ter o modelo formatado entre este

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ano e o próximo. Por conta do caminho deficiente ou até inexistente. Segundo burocrático do projeto, que envolverá a empresa, o teste foi realizado para estudos técnicos e processos de licensimular, com a máxima fidelidade ciamento ambiental, diz, o mais propossível, as condições existentes para vável é saírem em 2024 as primeiras acesso aos pontos de construção de licitações públicas. usinas de geração de energia, que geA cidade de São Paulo tem aterros ralmente são locais remotos. já inativados em várias regiões. Os que O road test, que segundo a empresa devem ser contemplados com os proé uma iniciativa inédita no segmento, jetos são os de Vila Jacuí, São Mateus ocorreu entre os municípios de Campie Sapopemba, na zona leste; o Vila nas (SP), onde está localizada a sede da Albertina, na zona norte; e o aterro de BYD Energy, e Buritizeiro, situado na Santo Amaro, na zona sul. região norte de Minas Gerais. “QuiseA cidade de São Paulo não será mos simular a pior situação possível pioneira no projeto, já que Niterói, no de transporte para conhecer os possíRio de Janeiro, Belo Horizonte, em veis danos aos módulos”, destacou Minas Gerais, e Curitiba, no Paraná Rodrigo Garcia, gerente de Pesquisa e (foto), já implantaram usinas em aterDesenvolvimento da BYD Energy do ros desativados. Brasil. Ao final do percurso, constatouAlém do projeto nos aterros, Natase que 6% dos módulos transportados lini afirmou que a prefeitura está artiem condições não ideais apresentaram culando expandir a geração solar fotomicrofissuras. voltaica em prédios públicos, por exemplo em unidades de saúde. Segundo ele, uma das prioridades de sua gestão à frente da secretaria, em atendimento à política municipal, é renovar a energia da prefeitura, elegendo a solar como a principal fonte a ser adotada. Além disso, afirmou, está também nos planos a migração para Empresa constatou que 6% dos módulos transportados o mercado livre de energia de em condições não recomendadas e embalagens comuns prédios da prefeitura, com a com- apresentaram microfissuras pra de energia renovável. “Este é o meio até mais inteligente, já que não Segundo o gerente, foram utilizadas temos que investir, temos a garantia de embalagens fora das condições ideais ter energia eólica ou solar, ainda 30% e as embalagens empregadas pela mais barata”, disse. empresa, que têm “uma função estrutural que possibilita o empilhamento sem excesso de esforço ao módulo, evitando microfissuras”. As que apresentaram 6% de índice de falhas foram as embalagens normais e sem reforços, que não estariam aptas para carregar esse tipo de produto e, segundo GarBYD Energy realizou um teste de cia, são utilizadas em larga escala no integridade de módulos fotovolmercado. A BYD garante que suas taicos durante o transporte por camiembalagens possuem o dobro da esnhão, que consistiu em mais de 2,3 pessura que o mercado pratica, o que mil quilômetros de deslocamento por gera resistência de 34 kgf/cm, contra rodovias em más condições: estradas 15 kgf/cm usado por outras marcas. de difícil acesso, com pavimentação

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BYD Energy testou embalagens de módulos em transporte de 2,3 mil km

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Invisíveis a olho nu, as microfissuras só podem ser identificadas por meio de teste de eletroluminescência, realizado no laboratório da empresa em Campinas (SP) , que segundo a BYD é o “único do gênero na América Latina com tecnologia e know-how para realizar essa avaliação”. Além de comprometer a geração energética e a vida útil do módulo, as microfissuras, com o tempo, evoluem para hotspots que diminuem a eficiência dos módulos e, dependendo da intensidade, causam problemas como caixas de junção derretidas e queimadas, delaminação dos módulos devido às altas temperaturas ou, em casos extremos, incêndios.

Notas Células 210 mm – Até o fim de junho, as remessas de módulos de 210 mm totalizaram 150 GW e a Trina Solar foi responsável por mais de 75 GW, disse a empresa TrendForce, provedora de inteligência de mercado, a qual prevê que as reduções contínuas nos custos e as melhorias na eficiência continuarão a impulsionar o mercado de módulos de formato grande este ano. As principais empresas estão lançando vários produtos tipo n, incluindo módulos de 210 mm, que estão levando o setor à era de mais de 700 Wp por módulo. UFV Água Vermelha – A Construtora Quebec e a AES Brasil iniciaram em agosto as obras da Usina Fotovoltaica Água Vermelha VII, no município de Ouroeste, em São Paulo. O projeto faz parte da hibridização da Usina Hidrelétrica Água Vermelha e contará com 41 MWp. O complexo com nove hidrelétricas, três PCHs, quatro complexos eólicos e dois complexos solares alcançará capacidade 180 MW de potência. Parceria Absolar-BSW – A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica

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anunciou assinatura de acordo de parceria com a Associação Solar Alemã (BSW - Bundesverband Solar wirtschaft), principal entidade representativa dos setores de energia solar e armazenamento de energia na Alemanha, com o objetivo de fortalecer a colaboração entre os setores solares dos dois países, incluindo armazenamento de energia, hidrogênio verde, microrredes, minirredes, digitalização, eletromobilidade e outras. O acordo atualiza e amplia colaboração anterior entre as entidades, estruturada em 2015. Prime distribui HT-SAAE – A Prime Company, empresa do grupo Bonö especializada em logística internacional, passará a distribuir e comercializar no Brasil os módulos solares fotovoltaicos da chinesa HT-SAAE Solar, que pertence à Agência Espacial Chinesa (CASC), considerada a principal estatal do país e responsável por todas as pesquisas de tecnologias solares com aplicação espacial. AHT-SAAE Solar tem produção verticalizada, desde o processo produtivo do minério até a estrutura e confecção final do módulo, incluindo rastreabilidade de ponta a ponta. Sua tecnologia solar é desenvolvida desde 1960, quando era voltada para o programa de satélites da China. Fábrica da Livoltek – Com investimentos de R$ 70 milhões, a fornecedora de inversores fotovoltaicos on-grid, off-grid e híbridos Livoltek, pertencente ao Grupo Hexing Brasil, está próxima de finalizar a construção da primeira fábrica nacional de inversores fotovoltaicos no País. A empresa vai produzir ali equipamentos monofásicos e trifásicos até 25 kW, tanto modelos tradicionais (380 V) quanto de baixa tensão (220 V), além de uma variedade completa de string boxes. A planta tem área fabril de 18 mil m2 e foi projetada para produzir até 1,8 gigawatt (GW) em inversores fotovoltaicos por ano, além de carregadores

veiculares e string boxes. Conforme aumente a demanda pelas soluções da Livoltek, a capacidade produtiva pode ser escalada para até 4 GW. Terras raras – A CEO da Cela - Clean Energy Latin America, Camila Ramos, passou recentemente a integrar o conselho de administração da Brazilian Rare Earths Limited, companhia australiana de mineração dedicada à exploração de terras raras no território nacional. Ela ingressa no conselho como diretora não-executiva, com a missão de promover o desenvolvimento sustentável dos negócios com foco na transição energética. A Brazilian Rare Earths desenvolve atualmente um projeto na região Nordeste e busca se consolidar como produtor independente e sustentável de alta qualidade de elementos de terras raras. “O segmento de minerais críticos de transição energética atingiu US$ 320 bilhões de dólares em 2022 e vai continuar crescendo de forma rápida e contínua, colocando os minerais críticos cada vez mais no centro da indústria de minérios global, e da transição energética”, declarou a executiva. Desconto de IPTU – A prefeitura de Louveira, no interior de São Paulo, aprovou uma lei para dar descontos sobre o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para imóveis que adotarem, entre outras medidas sustentáveis, a energia solar fotovoltaica. Batizada de “Programa IPTU Sustentável”, a medida garante até 45% de desconto no valor do imposto, tanto para pessoas físicas como jurídicas. Além da energia solar fotovoltaica, podem ser beneficiados imóveis com sistema de captação da água da chuva, de reuso de água, com aquecimento hidráulico solar, energia eólica, com telhado verde, ou ainda que tenham utilizado sistema de construção com material sustentável, área permeável e tecnologia de compostagem para aproveitamento de resíduos orgânicos.





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Hidrogênio verde e mercado livre impulsionarão crescimento da energia solar

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energia solar fotovoltaica foi responsável pela maior parte da geração renovável adicionada globalmente em 2022, respondendo por 240 GW, segundo levantamento da IEA Agência Internacional de Energia. Este ano, a perspectiva é de que sejam instalados aproximadamente 340 GW. As projeções indicam que até 2027 a fonte solar vai atingir 3,5 TW – hoje já soma 1,2 TW. O Brasil, conforme dados da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, possui atualmente cerca de 32,6 GW de instalações fotovoltaicas em operação e conquistou no ano passado o quarto lugar no ranking mundial de potência adicionada e a décima posição em potência acumulada. De acordo com previsões da Bloomberg NEF, a geração solar, que hoje ocupa a segunda colocação na matriz elétrica brasileira, deverá ser a fonte principal do País

Depositphotos

Jucele Reis, da Redação de FotoVolt

A abertura do mercado de energia no Brasil e a iminente evolução do hidrogênio verde em nível global criam cenário propício para expansão de projetos de geração solar no País.Expectativa é de que a fonte seja a principal da matriz elétrica nacional até 2050.No caminho,além das oportunidades,há desafios.Em evento realizado em São Paulo,especialistas se reuniram para discutir a evolução do setor nos próximos anos.

em 2050, com participação de 32,2% e potência instalada de 121 GW. A geração solar distribuída, que responde hoje por 23,5 GW de potência instalada, deve continuar a alavancar o mercado de energia fotovoltaica no Brasil, mesmo com a gradual redução de subsídios e consequente aumento de custos. A Bloomberg NEF prevê que até 2050 mais de 20% da demanda de eletricidade do País será atendida por sistemas descentralizados. As análises da consultoria também indicam a instalação de mais de 100 GW de energia solar até 2030 no Brasil. Entre os principais impulsionadores estão a perspectiva de elevação das tarifas de energia nos próximos anos e os bene-

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fícios gerados pela evolução da tecnologia, como redução de preços dos equipamentos, melhoria do processo industrial, aumento na escala de produção e maior eficiência dos sistemas fotovoltaicos. De acordo com Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar, a curva de experiência do setor tem mostrado que a ampliação do volume de capacidade produtiva reduz expressivamente o preço dos equipamentos. Apesar dessas perspectivas positivas, a geração solar distribuída enfrenta desafios significativos, como obstáculos à conexão à rede de distribuição dos projetos fotovoltaicos distribuídos, que resultaram, de acordo com a Absolar, no cancelamento e suspensão de mais


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de 3,1 mil pedidos de conexão nos últimos meses, totalizando cerca de 1 gigawatt em sistemas solares represados e prejuízos superiores a R$ 3 bilhões. Já a geração solar centralizada encerrou o ano de 2022 com 7 GW e deve atingir 11,8 GW até o final de 2023. Atualmente, conta com 131 GW de projetos outorgados, representando investimentos de R$ 542,4 bilhões. Segundo dados da Absolar, a previsão é de que a capacidade instalada alcance 18,9 GW em 2026, impulsionando investimentos da ordem de R$ 90 bilhões. Até 2030, espera-se que cerca de R$ 220 bilhões sejam destinados à expansão da geração centralizada, culminando em uma capacidade instalada de 46,3 GW. Os grandes projetos também deverão ser incentivados pelo mercado livre, cuja expansão tem sido baseada na geração solar. De acordo com o mapeamento da consultoria Cela - Clean Energy Latin America, de 111 contratos de PPAs assinados no Ambiente de Livre Contratação entre 2017 e 2022, que totalizaram cerca de 10,8 GW, 67% foram de energia solar. Atualmente, o mercado livre atende cerca de 34% do consumo nacional e tende a crescer em função da abertura total prevista para o grupo A em 2024 e a perspectiva de participação de consumidores de baixa tensão nos próximos anos.

Mercado livre Por um lado, a ampliação do mercado livre tem favorecido o crescimento da geração solar, mas, por outro, tem tornado mais desafiador o planejamento da expansão da geração de energia, cujo processo cada vez mais tem escapado do controle dos agentes institucionais. Uma das consequências é a perda do controle da garantia de suprimento. O assunto foi pauta no congresso Intersolar, realizado em São Paulo, SP, em agosto. A EPE - Empresa de Pesquisa Energética está discutindo

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novas abordagens de planejamento em tribuidoras. Anna Paula Pacheco, presidente da Enel Rio e conselheira da um contexto de crescente descentralizaAbradee - Associação Brasileira de Disção e diversificação de fontes. Angela tribuidores de Energia Elétrica, prevê Livino, presidente da EPE, destacou durante o congresso a necessidade que as concessionárias de distribuição assumirão cada vez mais a função de de adaptar o planejamento ao cenário operadora da rede elétrica, à medida atual e futuro. “A descentralização que avançam os recursos energéticos traz desafios, com enorme aumento do distribuídos. “As distribuidoras vão volume de dados e a necessidade de precisar investir em novas tratá-los de forma temtecnologias e terão de ser pestiva e buscar moderemuneradas pela prestação los que os representem do serviço de fio. Há necesde forma adequada”. Entre as soluções sidade de aprimoramento debatidas para garantir regulatório para recompensar a segurança do forneas novas tecnologias”. Outra cimento de energia, a demanda do segmento de entidade tem consideAngela Livino,presidente da EPE: distribuição é a modernização rado a importância dos das tarifas, com a transição de “A descentralização e a diversificação de fontes trazem desafios, leilões de reserva de tarifas monômicas para mocom enorme aumento do volume delos mais avançados, como capacidade e discutido de dados e a necessidade de requisitos de flexibilida- tratá-los de forma tempestiva e tarifas horárias e binômias. de, além do mecanismo buscarmodelos que os represen- “Há tarifas que se enquadram de separação de lastro melhor ao perfil do consumitem de forma adequada”. e energia. Livino afirdor”, destaca Pacheco. mou que o planejamento deve evoluir Operação – A maior presença de fontes para atender às necessidades futuras renováveis intermitentes e o crescente da matriz energética, considerando a requisito de flexibilidade do sistema expansão natural do mercado livre por têm tornado a operação mais complexa meio de energias renováveis. “Estamos e desafiadora para os agentes regulatrabalhando nesse sentido quando perdores. Cristiano Vieira da Silva, diretor cebemos a necessidade de atributos de operações do ONS - Operador Nabem calculados e de recursos de capacional do Sistema Elétrico defende a cidade e flexibilidade. Vamos precisar importância de considerar não só a de recursos para garantir suprimento”. flexibilidade, mas também novas alterAinda de acordo com Livino, antes nativas, como resposta da demanda, havia uma diretriz a partir de estudos armazenamento de energia, usinas da EPE sobre a quantidade de compra reversíveis, etc., que poderão facilitar de cada uma das fontes e agora o dea integração de volumes crescentes de energia solar e outras renováveis ao safio é indicar a fonte e o tipo de contratação complementar para adequar a sistema. “O desafio é trabalhar com segurança do fornecimento de energia. confiabilidade. Utilizamos muita tecnoAinda segundo ela, outro ponto crulogia para lidar com os desafios e gecial nesse novo contexto é prover a susrenciar restrições de fontes intermitententabilidade de contratação. “Somos tes. Com isso, os cortes de geração são minimizados ao máximo”, disse Silva. favoráveis à abertura do mercado, mas deve-se ter cuidado”, destacou a preApesar dos esforços do ONS, o setor solar tem se ressentido da falta sidente da EPE. de regras para os cortes de geração e Além disso, a expansão do mercado demonstrado insatisfação pelas incerlivre também tem provocado uma tezas trazidas para os agentes de gerapaulatina mudança no papel das dis-


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ção centralizada FV em função dessa lacuna. Carolyne Dias, gerente de regulação da Voltalia, multinacional francesa focada em energias renováveis, afirmou que projetos centralizados de solar fotovoltaica têm sofrido muitos cortes de geração, que não são possíveis de serem gerenciados, antecipados ou mitigados pelos agentes devido à ausência de regulação. Dias defende a necessidade de regras claras para o processo de corte, haja vista que a tomada de decisão em tempo real entre as fontes eólica e solar não segue critérios estabelecidos em regulamento, e não há clareza por parte do ONS nesse aspecto. “Em geral, os cortes são realizados em função da facilidade em tempo real. As solares têm sido mais cortadas do que as eólicas, pois, como o ONS já disse diversas vezes, é mais fácil manter desligada uma planta solar do que cortar uma eólica”. Ainda de acordo com a gerente de regulação, a razão energética, que se traduz no corte por falta de demanda, é a principal preocupação do segmento, pois tem sido a maior causa de corte da fonte solar centralizada e não é passível de ressarcimento. “As empresas estão arcando com um risco de restrição impossível de ser mitigado de forma antecipada”, afirma. Para ela, essa questão representa riscos para os agentes, trazendo impactos econômico-financeiros, que afetam a longevidade das empresas. “Hoje não é possível apenas debatermos como vamos ressarcir, se podemos ressarcir, o que devemos ressarcir, mas é necessário também discutir como cortar, debater a proporcionalização entre as fontes eólica e solar, principalmente no corte por razão energética”, alerta. Segundo Dias, os cortes impactam diretamente a garantia física dos projetos. “Eles não são realizados por falta de performance, muito pelo contrário, pois na maioria das vezes somos cortados quando temos a maior capacidade de geração, tanto em eólica quanto em solar”, relata.

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Hidrogênio verde O hidrogênio verde é visto atualmente como um grande impulsionador das energias renováveis. Prevê-se que até 2040 serão necessários 180 GW de capacidade instalada para a produção do combustível no Brasil, o que equivale a quase R$ 200 milhões de investimentos. Especialistas acreditam que políticas públicas são essenciais para destravar esse mercado. O governo tem se dedicado ao desenvolvimento do PNH - Programa Nacional de Hidrogênio, como relatou durante sua palestra Agnes de Aragão da Costa, diretora da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica. Segundo ela, entre as metas do PNH estão a definição do arcabouço legal e regulatório desse setor até 2025, tornar o Brasil o país mais competitivo na produção de H2V até 2030 e estruturar hubs de hidrogênio, viabilizando polos estratégicos no País para produção e consumo, no horizonte 2035. Além disso, segundo Costa, a Aneel planeja lançar chamadas públicas para projetos de hidrogênio, visando incentivar projetos pilotos. Marcelo Vinicius, diretor de desenvolvimento de negócios da Celeo Redes Brasil, relatou diversas políticas públicas desenvolvidas nos Estados e União Europeia para potencializar os projetos de hidrogênio verde. Segundo ele, em contrapartida às discussões intensas acerca da oferta de hidrogênio verde, os emMarcelo Vinicius,diretor preendedores da Celeo Redes Brasil:“Em têm destacado a contrapartida às discussões necessidade de intensas acerca da oferta focar no âmbito de hidrogênio verde, os empreendedores têm da demanda, a fim de criar efe- destacado a necessidade de focar no âmbito da demanda, tivamente um a fim de criarefetivamente mercado para um mercado para o o combustível. combustível”



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Segundo ele, a secretária de estado dos Estados Unidos reconheceu recentemente a necessidade de destinar um bilhão de dólares para fomentar o lado da demanda e fazer projetos “efetivamente saírem do papel”. Mais uma vez, a regulação do mercado de hidrogênio é considerada essencial para o desenvolvimento do mercado e viabilização de empreendimentos. Em coro com especialistas, Vinicius mencionou a necessidade de subsídios para adoção da nova tecnologia, visando desenvolver ganho de escala com a maturação dos projetos. Também destacou que o poder concedente e os agentes de financiamento precisam entender os componentes de risco para endereçar melhor o custo do crédito. “Vamos ter de passar por essa curva de aprendizagem para refletir isso nos preços”. Para os EUA, a discussão de hidrogênio verde está inserida num contexto de descarbonização. O País, que projeta reduzir aproximadamente 28% das suas emissões até 2025 e zerá-las até 2050, prevê incentivos de 0,6 a 3 dólares por quilo de hidrogênio através de créditos fiscais, levando em conta a gradação do nível de carbono incidente nas diferentes classificações de hidrogênio. Atualmente, por meio de incentivos fiscais, os recursos tendem a ser alocados na promoção de projetos de hidrogênio verde focados no mercado interno, visando a criação de empregos (cem mil vagas até 2030), desenvolvimento da indústria local e de uma cadeia de suprimentos robusta para não depender de importações. Dentro da estratégia americana, o objetivo é atingir em 2030 a produção de 10 milhões de toneladas métricas de hidrogênio e multiplicar esse montante cinco vezes em 2050. A meta de inserção do hidrogênio em setores de consumo visa reduzir o custo de produção de dois dólares por quilo para um dólar por quilo em 2030. Outra estratégia é criar hubs regio-

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nais para aproximar a produção do consumo. Para atingir as metas, os EUA pretendem utilizar o hidrogênio em setores estratégicos, como industrial, químico, siderúrgico, de aquecimento, etc., e expandir o uso para segmentos de difícil descarbonização, como o de transporte, marítimo, etc. Por fim, o plano prevê aplicações em áreas como geração e sistemas de armazenamento de energia. Entre os possíveis entraves, estão a necessidade de qualificação da mão de obra e o aumento da capacidade de produção de eletrolisadores. De acordo com o diretor, em 2020, a capacidade global de produção de eletrolisadores era de 11 GW; em 2030, o volume deverá ultrapassar 200 GW, segundo dados da Irena - The International Renewable Energy Agency, para atender a demanda de projetos anunciados no mundo. Na União Europeia, o desenvolvimento do mercado de hidrogênio também é motivado pela política climática. Os países que compõem o bloco se comprometeram a reduzir em 55% suas emissões até 2030 e serem net zero em 2050. Diante desse compromisso, a Europa prevê financiar até quatro euros do custo de produção de hidrogênio. De acordo com Vinicius, esse nível de subsídio está atrelado a diversos critérios relacionados ao uso da tecnologia, conteúdo local, grau de emissões, etc. Outros instrumentos previstos para incentivar o desenvolvimento do mercado de hidrogênio na Europa são a construção de gasodutos no continente e hubs para receber as importações do combustível. Em função da capacidade de produção reduzida, a Europa prevê produzir até 2030 dez milhões de toneladas e importar outras dez milhões de toneladas. No entanto, de acordo com Vinicius, questões burocráticas para acesso aos subsídios têm feito muitas empresas atrasarem seus investimentos no segmento. Nesse sen-

tido, de acordo com o diretor, foram aprovados na Europa atos delegados, que definem regras de classificação do hidrogênio com o objetivo de fornecer segurança jurídica para os investimentos. Entre os critérios estão: adicionalidade, segundo o qual os desenvolvedores terão de instalar novos ativos de energia no máximo três anos antes do início de produção de hidrogênio; correlação temporal, que estabelece que a produção de hidrogênio tem de ser correspondida com a produção de eletricidade renovável mensalmente até o início de 2030; e correlação geográfica, que prevê que os ativos de energia renovável devem estar localizados na mesma zona de licitação de eletricidade dos eletrolisadores. Adicionalmente, Vinicius menciona que, segundo especialistas, o sucesso da implementação do hidrogênio não depende apenas de subsídios, mas também da consolidação de uma base de energia renovável. Segundo ele, apesar de todas as previsões otimistas sobre a potencial competitividade do hidrogênio verde produzido no Brasil em função da abundante energia renovável, é necessário que os preços dos PPAs sejam bem inferiores aos níveis praticados atualmente. “No entanto, o Brasil está passando por um momento de reforma tributária, que traz riscos e mais custos. Sou cético sobre a possibilidade de o País alcançar esses números sem uma política de Estado clara”, adverte. Vinicius também lembrou do gargalo de transmissão, que pode impedir a conexão de muitos sistemas de geração de fontes renováveis ao sistema interligado, prejudicando a viabilidade de projetos de hidrogênio verde. Camila Ramos, diretora da Cela, também enfatizou a necessária criação de um marco regulatório para proporcionar segurança e consolidar incentivos para o setor, de modo que os primeiros projetos de hidrogênio verde possam ser implementados. Ramos aposta em oportunidades espe-



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do Brasil, tanto no âmbito cíficas no mercado doméstributário, recursos renovático, como produção de fertilizantes e amônia, que veis e logística, incluindo já tem demanda, uma vez cruzamento de dados de que o País importa mais de investimento em plantas, 80% desses insumos. Para operação e custo de capital. o mercado externo, a exePara Ramos, o índice será cutiva aposta em produtos um forte aliado na tomada Camila Ramos,diretora da finais que utilizam o hidro- Cela:“É necessária a criação de de decisão para investimento um marco regulatório para gênio verde como insumo. em plantas de H2V no Braproporcionarsegurança e Com base em diversos sil, já que traz mais seguranconsolidarincentivos para o estudos, a consultoria Cela setor,de modo que os primeiros ça em termos de viabilidade econômica e atratividade lançou durante a Intersolar projetos de hidrogênio verde possam serimplementados” do projeto. “A escolha da South America um índice melhor localização é fundade custo de produção de mental para a viabilidade financeira do hidrogênio verde (H2V) em diversos projeto”, comenta. “O índice também estados no Brasil. O estudo considera poderá ser um grande norte para otia localização do projeto determinante mizações técnicas e financeiras de um para definição do custo de produção, projeto e uma sinalização bastante eviincluindo aspectos de conexão e incendente às autoridades brasileiras sobre tivos fiscais, entre outros. A primeira edição do Índice LCOH Brasil mostra a importância de novos incentivos para a produção de hidrogênio verde no que, nos dias de hoje, é possível proPaís”, acrescenta a executiva. duzir hidrogênio verde no Brasil com O índice pode ser acessado gratuitacusto nivelado entre USD 2,87/kg em um determinado estado e USD 3,56/kg mente em https://cela.com.br/estudos/ em outro. lcoh-custo-nivelado-de-hidrogenioverde-no-brasil-cela/ A nova ferramenta foi desenvolvida a partir da modelagem proprietária e experiência em múltiplos projetos da Qualidade e segurança Cela com H2V no Brasil e deverá ser atualizada a cada seis meses. O índice Outro tema debatido durante o considera características específicas evento foi a qualidade dos equipamen-

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tos fotovoltaicos, que tem relação direta com a durabilidade, segurança e desempenho dos sistemas solares. Dada sua importância, foram elaboradas diversas normas, testes e certificações que buscam garantir a qualidade. No entanto, apesar de todos os esforços, são relatadas falhas recorrentes em módulos e inversores. Investigações e pesquisas têm sido conduzidas para identificar as causas desses problemas, como o estudo de caso realizado pela UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. A observação de diversas ocorrências de trincas em módulos fotovoltaicos de grande porte do tipo vidrovidro, que representam o padrão atual da indústria, levou a UFSC a realizar uma pesquisa para verificar a qualidade desses equipamentos, utilizados principalmente em instalações de geração centralizada. Além de implicações técnicas, o trabalho aborda questões relacionadas a certificações, responsabilidades e medidas de prevenção para mitigar riscos aos empreendedores. De acordo com Marília Braga, pesquisadora no Centro de Pesquisa e Capacitação em Energia Solar da UFSC (Fotovoltaica-UFSC), no estudo de caso, a taxa de falha identificada foi de aproximadamente 10 módulos por mês. Após descartar correlações das trincas


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com eventos climáticos extremos, mudanças de temperatura, posição e montagem, os módulos foram substituídos, mas o problema persistiu, afetando outros 20 módulos desde março. Embora o setor fotovoltaico disponha de diversas normas e testes para garantir a qualidade dos módulos, com testes e certificações adicionais por parte de alguns fabricantes, o problema tem se repetido em produtos de diversos fabricantes. Os pesquisadores suspeitam que os testes de certificação não estão sendo suficientemente rigorosos para replicar condições de operação em campo ou os módulos submetidos aos ensaios não representam fielmente os equipamentos comercializados. Segundo Braga, esses problemas impactam a segurança e o desempenho dos sistemas e comprometem a disponibilidade das usinas. As trincas favorecem o ingresso de umidade e problemas de resistência de isolamen-

to, além de quebra das células, gerando pontos quentes. O problema suscita ainda a questão da responsabilidade pelas perdas, já que fabricantes, instaladores e outros agentes geralmente estão respaldados por algum tipo de certificação, norma ou teste. De acordo com Braga, os operadores, que precisam garantir a potência da usina, têm sido os mais prejudicados nesse cenário de complexidade de responsabilização. A recomendação é de que os empreendedores busquem fornecedores de alta qualidade, se possível com certificações adicionais e declarações de compatibilidade entre o módulo fotovoltaico e a estrutura de montagem. A UFSC almeja ampliar a pesquisa e, no futuro, contribuir para a revisão da norma e desenvolvimento de testes mais rigorosos de certificação. Além dos módulos, os inversores também têm apresentado falhas. Harry

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Schmelzer Neto, gerente de energia solar da WEG, ressaltou a importância do derating de inversores. Segundo ele, muitos equipamentos não estão adequados para operação em climas tropicais, com temperaturas mais elevadas, e podem falhar antes do término do período de garantia, como tem sido cada vez mais comum no Brasil. Ele destacou que a inadequação dos equipamentos às altas temperaturas podem levar a uma queda significativa na eficiência dos inversores, resultando em perda de geração. “Muitos inversores monofásicos vendidos no Brasil não possuem derating adequado para o clima do País”. Neto enfatizou a importância de produtos que possam cumprir efetivamente as garantias oferecidas e alertou que muitos produtos podem não estar precificados para suportar a garantia ofertada.


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Os eletrocentros são indicados para projetos em que a construção de estruturas em alvenaria é impossível ou desvantajosa, promovendo ganhos de custos e de tempo de montagem,pois saem de fábrica prémontados.Este guia apresenta fornecedores desses equipamentos,com informações sobre tipo de construção,proteções e equipamentos integrados(seccionadores, contatores,etc.),além de tensão e corrente máximas de entrada,potência nominal de saída,etc.

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Da Redação de FotoVolt

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Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 62 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, setembro de 2023 Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/

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Com recorde de público e expositores, TSESA se consolida como epicentro da transformação energética na América Latina

om suas três feiras e congressos paralelos, a TSESA - The smarter E South America, considerada o polo latino-americano de inovações para a nova realidade energética, registrou recorde de público e de expositores. Nos três dias do evento, de 29 a 31 de agosto, passaram pelo Expo Center Norte cerca de 50 mil visitantes, dos quais 2500 participaram dos congressos. Além da Intersolar, que chega neste ano à sua 10ª edição e é considerada o principal evento do mercado solar fotovoltaico da América Latina, a TSESA conta ainda com a Eletrotec+EM Power South America, de instalações elétricas e gestão de energia, a ees South America, voltada para o setor de baterias e sistemas de armazenamento de energia, além da mostra especial Power2Drive South America, que em 2024 vai conquistar o status de feira, com conferências e workshops técnicos, e mostrar inovações em soluções de carregamento, conceitos de baterias e modelos de negócios para mobilidade elétrica sustentável. A próxima edição do The smarter E South America, marcada para os dias 27 e 29 de agosto de 2024, será,

portanto, baseada em quatro pilares: geração solar, baterias e sistemas de armazenamento, instalações elétricas e gestão de energia e mobilidade elétrica. A expectativa dos organizadores — uma parceria entre a Aranda Eventos com as alemãs Solar Promotion e a Freiburg Management and Marketing International — é de que a importância do evento para o desenvolvimento do mercado e para a geração de negócios evolua ainda mais. As novidades apresentadas pelas mais de 530 empresas expositoras mostraram o potencial ilimitado da energia fotovoltaica. A feira Intersolar reuniu entre os expositores fabricantes e distribuidores de células e módulos solares, componentes


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fotovoltaicos, sistemas de montagem e acessórios de instalação, rastreamento, tecnologias de produção FV, etc., e também integradores, institutos de pesquisa e prestadores de serviços. Além das novas tecnologias, foi possível notar a crescente oferta de soluções completas, desde a geração, passando por armazenamento e carregamento, até o gerenciamento inteligente de energia. O segmento de serviços automatizados também mostrou-se bem expressivo, visto que muitas empresas oferecem plataformas de gestão para os integradores, provendo mais agilidade para os projetos. A seguir, são apresentados alguns dos produtos, soluções e serviços expostos na feira.

Microinversor, EV charger e módulos solares A Ourolux Solar apresentou novos produtos na edição que marca uma década da Intersolar South America. Entre as novidades estava o microinversor 2 kW, com entrada para quatro painéis solares, de 600 Wp cada. O equipamento opera em redes monofásicas e bifásicas. Outra novidade no estande da empresa foi o EV Charger, compatível com veículos plugue Tipo 2. Disponível nos modelos portátil e wallbox, possui tensão de alimentação de 127/240 V, para versão até 7 kW, e de 240/400 V, para versão de até 22 kW. Outros destaques: módulos Ourolux Decora (vidro fotovoltaico), utilizados em edificações comerciais e residenciais, e módulos Ourolux Flexlight (polímero de alta condutividade), que, de acordo com a empresa, é 70% mais leve e até 95% mais fino do que os módulos convencionais

de vidro. As aplicações são automotivas, marítimas e construção civil. https://ourolux.com.br

Microinversor A Growatt levou à feira o microinversor NEO 1200-2000M-X. Lançamento, a solução é indicada para instalações residenciais devido à sua flexibilidade. Com 3/4 MPPTs, o equipamento adapta-se, segundo a empresa, a diferentes configurações de painéis solares. Conta com comunicação Wi-Fi integrada, o que simplifica o monitoramento e gestão de energia em nível do módulo FV. A função de desligamento rápido (rapid shutdown) reforça a segurança do equipamento, destaca a fabricante. Outro lançamento foi a série X2, composta pelos modelos MIC 10003300TL-X2, MIN 2500-6000TL-X2 e MIN 7000-10000TL-X2. https://br.growatt.com

Gerenciamento de instalações A Huawei Digital Power mostrou na exposição o Fusion Solar Smart PV Management System, um aplicativo de gerenciamento e monitoramento. A solução pode ser aplicada em instalações mais simples, como as residenciais, e também mais complexas, como as comerciais e industriais. A empresa exibiu pela primeira vez no País os inversores inteligentes da série SUN 2000, sistemas de armazenamento inteligentes Luna 2000, além de carregadores inteligentes e transformadores da linha Jupiter 9000. Os inversores SUN2000-8K-LC0 e SUN2000-10KLC0 foram destaque devido à sua segurança, rendimento e flexibilidade. A série

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possui proteção contra arcos elétricos e apresenta rendimento superior a 98%, afirma a empresa. Com ajuda de otimizadores, como o SUN2000 450W-P e o SUN2000-600W-P, é possível aumentar a energia em 30%, destaca a Huawei. https://solar.huawei.com/pt/

Estrutura para estacionamento solar O destaque da Isoeste Metálica foi a estrutura para estacionamento solar Z-Port, projetada para suportar duas fileiras de módulos no sentido vertical (2 V). O modelo 1P2F é indicado para espaços menores. Com apenas um pilar de sustentação, a estrutura proporciona amplo espaço aberto, afirma a empresa. Cada kit de estrutura acomoda dois veículos. https://www.isoestemetalica.com.br/

Cabos FV O Grupo Prysmian lançou o cabo Prysolar, indicado para instalações fotovoltaicas sujeitas a adversidades causadas por condições climáticas que podem ameaçar a operação, como forte calor e inundações. Com maior resistência à água, o cabo se enquadra

na condição AD8. Para lançar o produto, a empresa desenvolveu um pioneiro protocolo de ensaios baseado em normas europeias, de forma a garantir uma vida útil superior a 30 anos, mesmo em condições de submersão. https://br.prysmiangroup.com/

Módulo bifacial A BYD Energy do Brasil lançou na Intersolar o módulo Harpia N-Type


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Feira

TopCon bifacial double glass de 555 W-575 W. O novo produto, projetado totalmente pela área P&D da empresa, em Campinas, SP, apresenta maior eficiência energética, de acordo com a empresa, o que proporciona redução da quantidade de módulos utilizados na instalação, menor área e maior economia no investimento e nos custos de manutenção. Outras vantagens apontadas pela empresa são: baixo co-

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e PERC, que geram eficiência de até 21,5%. Já o SIW410G K075 W00 é indicado para aplicações comerciais, industriais e utility scale. Esses equipamentos contam com topologia Fuseless, possuem monitoramento inteligente de strings, arrefecimento por convecção forçada inteligente, possibilidade de instalação ao tempo (IP66), além de seccionadora CC, supressores de surto tipo II para CC e CA e proteções contra falta à terra e corrente de fuga (DR). https://www.weg.net

Estrutura metálica

eficiente; tecnologia SMBB de última geração, que reduz perdas de construção do módulo e, como consequência, aumenta a eficiência de geração do produto; taxas reduzidas de LID (Degradação Induzida pela Luz) e PID (Degradação Induzida pela Potência) ao longo do tempo; e baixo índice de degradação, de apenas 0,4% ao ano. A BYD também expôs sua solução completa em geração e armazenamento de energia e mobilidade elétrica. https://www.byd.com.br

Microinversor e módulo solar Durante a Intersolar, a WEG apresentou três novos produtos: o microinversor WEG SIW100, o módulo solar WPV 550 HMM3 e o SIW410G K075 W00. O novo microinversor conta com comunicação Wi-Fi ou Zigbee, 1200 W de saída, duas entradas para módulos de até 670 Wp e 20 A. Possui grau de proteção IP67, com o objetivo de assegurar a confiabilidade de instalação ao ar livre. Os módulos WPV 550 HMM3 são de silício monocristalino e apresentam as tecnologias Half-Cell, Multibusbar

A especialista em estruturas fotovoltaicas NTC Somar lançou a Eco Smart, estruturas pré-moldadas com correção de grau longitudinal. A solução foi desenvolvida para minimizar os custos de obras em terrenos com irregularidades naturais. A estrutura da

NTC reduz a necessidade de cortes nos terrenos, facilita a liberação de licenças ambientais e gera economia, viabilizando o projeto. A solução padrão atende até 10% (6°) de inclinação longitudinal, porém a empresa é especializada em projetos customizados, atendendo a qualquer especificação. https://estrutura.ntcsomar.com.br/

Estruturas para sistemas FV A Metalogalva é fabricante de estruturas metálicas para o segmento de energia solar fotovoltaica. Na Intersolar, a empresa destacou para o público visitante as seguintes soluções: estruturas fixas, estruturas para parques de estacionamento e colunas de iluminação fotovoltaicas. https://metalogalva.pt/

Proteção Entre os destaques no estande da Clamper estava a Clamper Mobi Plug IoT, uma solução inteligente de proteção

para carregadores de veículos elétricos que possibilita a visualização de relatórios de carregamento e dados em dispositivos móveis. A empresa também destacou a linha Clamper Solar SB, dedicada à proteção em corrente contínua para usinas FV. O string box é equipado com DPS Clamper Solar e dispositivo de interrupção e seccionamento. A empresa também expôs os modelos Clamper Solar SB 1040 V 20 A 4E/2S (4D) PC e Clamper Solar SB 1040V 32A 6E/6S P36. https://clamper.com.br/

Estruturas metálicas Em sua primeira Intersolar, a Pratyc apresentou o seu portfólio de estruturas metálicas para o mercado de energia solar. Segundo a empresa, suas estruturas de solo tem como diferencial o uso de somente um tipo de parafuso (M10) e/ou porcas, economizando tempo dos integradores. A empresa também exibiu o novo parafuso ponta broca (200 mm) em inox 304, galvanizado a fogo ou Geomet. https://pratyc.com/

Fixação para módulos FV em telhas A 2P expôs uma solução para fixação de módulos fotovoltaicos em telhas trapezoidais metálicas. O Smart10 é um minitrilho de 10 cm de altura (para ventilação dos módulos e parafusos em inox que oferecem alta resistência à corrosão, proporcionando maior durabilidade). Também estão disponíveis os modelos Smart10 30 e Smart10 50. Uma borracha de vedação em EDPM cortada na medida exata facilita a montagem, além de



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Feira

prevenir vazamentos de água e entrada de sujeira, destaca a empresa. https://2penergiasolar.com.br/

Inversores A Sofar apresentou a série 40-75KTLXG3-LV de inversores trifásicos de baixa tensão para instalações comerciais e industriais. Outro destaque ficou por conta do PowerNano, uma solução allin-one de microinversor, hub residencial inteligente e bateria AC, que pode ser instalado em varandas, telhados e outros ambientes residenciais devido ao seu design modular e recursos plug-and-play. Compatível com módulos de alta potência de 182/210 mm, o sistema pode alcançar até 5% a mais de rendimento de energia, garante a empresa. Além disso, possui tensão CC < 60 V, desligamento rápido (RSD) e grau de proteção IP67. O inversor PowerMega também foi exposto no estande da Sofar. Com eficiência máxima de 99,05% e corrente de entrada de 20 A por MPPT, o equipamento permite maiores rendimentos de energia, destaca a Sofar. Apresentando IP66 e resistência à corrosão C5-M, o inversor de 350 kW

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consegue operar em ambientes adversos com uma temperatura de trabalho de -30°C a 60°C. https://br.sofarsolar.com/

Módulos FV A JA Solar exibiu os seus novos módulos fotovoltaicos com tecnologia N-Type. Os modelos JAM66D45 590~615/LB e JAM72D42 605~630/L estarão disponíveis no mercado nacional a partir de 2024. Como diferencial, em relação aos demais módulos da empresa no mercado, apresenta dopagem negativa das células com fósforo (N-Type). Os modelos JAM66D45 590~615/LB possuem células de 182 × 210 mm, até 22,8% de eficiência, potência máxima de 615 W e 16 busbars. Já os módulos da família JAM72D42 605~630/LB contam com células de 182 × 199 mm ou 2465 × 1134 mm de dimensão, possuem também até 22,5% de eficiência e chegam a uma potência máxima de 630 W, assim como 16 busbars. https://jasolarbrasil.com.br/

Módulos fotovoltaicos A Haitai New Energy exibiu a série Taihe de módulos fotovoltaicos. A família Haitai Taihe HTM440~460DMH3-72 de módulos bifaciais e monocristalinos

conta com eficiência máxima de 21,16% e potência máxima de 440 a 460 W. Também foram expostos sistemas de suporte de liga de alumínio, sistemas de aterramento de zinco-alumíniomagnésio e sistemas de suporte três em um em forma de U. https://www.haitai-solar.com/

Conector para painéis solares O conector para painéis fotovoltaicos KSE K4 foi a grande novidade da empresa KRJ na Intersolar South America. O produto foi projetado para conexões em painéis solares, que necessitam ser ligados uns aos outros e a inversores. Um mecanismo de travamento especial o torna adequado para o ambiente externo, para módulos fotovoltaicos e instalações, afirma a empresa. https://krj.com.br/

Solda exotérmica A Termotécnica Para-raios apresentou soluções para proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos. A empresa fez o pré-lançamento de produtos para aterramento, como a T-Weld, nova linha de soldas exotérmicas de alta performance. Segundo a empresa,


Feira

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a solução assegura a continuidade elétrica enquanto atende rigorosamente às normas regulatórias. Outros destaques: alicates para conexões por compressão e DPS de alta tecnologia com certificações internacionais. https://tel.com.br/

Inversores A Solis lançou a série S6-GR1P (2.5-6) K-S de inversores inteligentes híbridos para instalações fotovoltaicas residenciais. A linha — compatível com módulos bifaciais e alta eficiência — conta com sete modelos de dois MPPTS que admitem corrente máxima de string de até 16A. Os equipamentos da nova linha são chamados de inversores de retrofit, já que são indicados para atualizar sistemas on-grid, tornando-os híbridos. A empresa também lançou o inversor Solis Comercial e Industrial de Baixa Tensão (75 K) na versão 220 V. O equipamento é indicado para

microgeração distribuída com tensão de operação em 220 V, dispensando o uso de transformadores. Com operação de até 40A por MPPT, o novo inversor é compatível com módulos de alta potência. https://www.ginlong.com/

Automação A SolarMarketing, uma plataforma de automação direcionada para os integradores, mostrou na feira suas soluções. A empresa agora oferece, além de financiamentos, compras coletivas e projetos de engenharia e homologação. https://www.solarmarket.com.br/

Skid solar A Gazquez Painéis Elétricos levou para a Intersolar a sua linha de Skid

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Solar (tensão de 15 a 36 kV), que agora conta com certificação da solução de transformadores a seco Siemens Energy em toda a família: basic, standard e full, todas com suporte para inversores. http://www.gazquez.com.br/

Baterias, microinversores e carregadores A FoxESS apresentou soluções integradas com inversores híbridos da Série H1 (3 a 6 kW, monofásico) e Série H3 (5 a 12 kW, trifásico) e baterias de lítio fabricadas pela empresa. Três diferentes modelos de bateria foram exibidos: HV 2600, Mira 2500 e Energy Cube, todas escalonáveis, chegando a 33 kWh. A empresa também lançou microinversores da Série M1 com potências de 0,6 kW até 1,2 kW e uma família de carregadores veiculares de 7,3 kW, 11 kW e 22 kW. https://br.fox-ess.com/


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Feira

Soluções para fixação A Walsywa esteve na Intersolar e exibiu seu portfólio de soluções para fixação, que compreende uma linha completa com hastes, suportes para todos os tipos de telha e parafusos, porcas e arruelas para a fixação de trilhos. Um dos lançamentos apresentados pela empresa foi o Conjunto Haste Ponta Broca Geomet para Estrutura Metálica, que, por conta de seu acabamento, oferece excelente resistência à oxidação, de acordo com a empresa. Conta com rosca dupla, sendo a primeira uma rosca máquina e a segunda dedicada ao intertravamento nas estruturas metálicas. https://walsywa.com.br/

Estruturas metálicas Para a Intersolar 2023, a Spin Estruturas levou três novidades. A primeira delas é o Novo Trilho 2552, que permite instalações em telhados com até 2,30 metros de vão entre apoios, seguindo características de fixação por presilhas e clamps com parafusos brocantes. As outras duas são estruturas de solo. Uma para linhas simples, feitas em aço carbono galvanizado, com possibilidade de ajustes de prumo, altura e ângulo, podendo alcançar 3,50 metros entre os postes. A outra, feita 100% em alumínio, para linhas duplas, vãos livres de até 3,90 metros e flexibilidade de ângulo, altura e com o diferencial de montagem por baixo dos painéis. https://spinestruturas.com

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que variam de - 40°C a 65°C e conta com proteção IP67. https://www.tsun-ess.com/

Microinversor A Beny apresentou soluções fotovoltaicas e de armazenamento de energia. O microinversor BYM2800W conta com certificação do Inmetro, tensão máxima de entrada de 60 V e corrente máxima de entrada de 24 A. Pode operar alinhado a oito módulos, com potência de até 550W. Além disso, o microinversor permite o carregamento de veículos elétricos. https://www.beny.com/

Mobilidade elétrica Os grandes destaques no estande da Edeltec Solar foram os produtos voltados para a mobilidade elétrica. A Scooter X16, fabricada pela Hawk, possui motor de 2000 W a 3000 W, bateria de lítio (60 V 20 Ah), autonomia de até 40 km e recarga inteligente 110 V/220 V. A empresa também expôs módulos solares, inversores e string boxes, entre outros produtos de diversas marcas parceiras. https://edeltecsolar.com.br/

Microinversor

Distribuição e serviços

A TSUN lançou o microinversor Gen3 Plus MS2000, com corrente de 16 A e potência de saída de 2000 W. O equipamento pode ser conectado até quatro painéis simultaneamente, reduzindo os custos de instalação. Além disso, atinge eficiência máxima de 96,7% e vem equipado com Wi-Fi e bluetooth integrados, permitindo monitoramento e gerenciamento remotos. O produto pode operar em ambientes

A Artegra é uma distribuidora do Grupo Mater e fornece soluções em energia solar, como kits fotovoltaicos, módulos, inversores, string box, conectores, cabos FV, estruturas, etc. A empresa também disponibiliza uma plataforma de gestão para integradores, que visa prover mais rapidez nos projetos e também na logística. Além disso, a Artegra oferece propostas turn key para os clientes. https://artegra.com.br/


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Cabo A Cobrecom apresentou o cabo Solarcom, disponível com cobertura nas cores preta, vermelha e verde/ amarela. O produto é ideal para tensões nominais de 0,6/1 kV (CA) até 1,8 kV (CC), formado por fios de cobre eletrolítico e estanhado com encordoamento Classe 5 (flexíveis). Possui isolação e cobertura em composto poliolefínico termofixo de alta estabilidade térmica com temperatura de serviço de -15 °C a 90 °C, máxima temperatura de operação de 120 ºC por 20.000 h. Segundo a empresa, o equipamento apresenta fácil instalação devido a sua maleabilidade e baixo raio de curvatura. Pode ser utilizado em instalações fixas, em conexões entre módulos e painéis fotovoltaicos, string boxes e inversores do sistema de geração de energia solar. https://cobrecom.com.br/

DPS A Embrastec comemorou seu aniversário de 30 anos na Intersolar 2023. A empresa lançou uma proteção para carregadores veiculares, string boxes e DPS. Entre os destaques, exibiu a linha DPS Ecobox, para instalação depois dos disjuntores do quadro de distribuição, com fixação em trilho TS 35. Em conformidade com a norma ABNT 5410/2004, atende as características das Classes I e II, norma NBR IEC 61643-1, assim também como da Classe B e C, norma DIN VDE 0675. Está disponível nas versões monopolar, bipolar, tripolar e tetrapolar. www.embrastec.com.br

Estrutura para fixação A Metal Light apresentou as suas estruturas de fixação de solo das linhas Standard (para ventos de até 126 km/h) e Premium (para ventos de 180km/h), além de estruturas para


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Feira

carpot e para telhados metálicos, cerâmicos e de fibrocimento. https://www.metallightsolar.com/

Módulo solar A Renesola apresentou produtos voltados para o mercado de módulos de grande escala, alta eficiência e alta potência, como os modelos RS7-620NBG-E2, RS9-705HBG-E1 e RS81-430HBG-E1. Além destes, também esteve em destaque o módulo RS6-580NBG-E3, da família Saturno. O módulo bifacial dual glass conta com células N-type e alcança eficiência máxima de 22,45%. https://www.renesola-energy.com/

Carregador veicular e solução contra incêndio O carregador veicular e-Connect Wallbox, com tecnologia alemã e fabricação nacional, recebeu um lugar de destaque no estande da Weidmüller. Monofásico e trifásico (220/380 V), conta com comunicação Modbus RTU, potência de 11 kW, LED indicador de status e conector Tipo 2. O cabo de carregamento está disponível em três versões: 5 m, 7,5 m e 10 m. Possui

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proteção IP54. A empresa também apresentou o PV-Next Fireman Switch, para desligamento remoto seguro de sistemas FV em casos de incêndio. A solução, após o corte de tensão CA pelo corpo de bombeiros, é capaz de desconectar automaticamente a alimentação CC dos painéis solares. Principais características: aplicações para até 1100 VDC, configurações de até 2 entradas e 2 MPPTs, conexão à rede CA 110/220 V, sistema liga e desliga automático e remoto para CC.

deiras, linha de clips para aplicações solares, linhas de identificação, isolação de fios e cabos, etc. No segmento de identificação para aplicações solares, a impressora de transferência térmica TT431 foi destaque. Ideal para impressão de médio volume, tem capacidade para produzir 1000 etiquetas por dia. Imprime código de barras padrão e 2D.

https://www.weidmueller.com.br/

https://www.hellermanntyton.com.br/

Skid

Módulo solar

A MT Comercial Elétrica levou à exposição o SSMT - Skid Solar de Média Tensão, que, de acordo com a empresa, conta com projeto modular e fácil instalação. Entre os principais módulos estão: suporte para inversores, chassi metálico modular SSMT, quadro geral de baixa tensão, módulo para transformador e cabine de medição e proteção. A empresa também fornece kits de proteção FV em alvenaria.

Entre os produtos e soluções oferecidos pela Odex estavam os módulos solares da ZNShine Solar (fabricante global Tier 1), com destaque para o half-cell Mono PERC de 555 W, com tecnologia autolimpante, revestimento com grafeno, propriedades fotocatalítica e hidrofílica e coeficiente térmico otimizado, aumentando a geração de energia.

https://www.mediatensao.com.br/

https://odex.com.br/

Identificação para aplicações solares A HellermannTyton expôs itens do seu portfólio de produtos, como abraça-

Estruturas A CentroAço Indústria, empresa do Grupo Trael Transformadores Elétricos, fornece estruturas fotovoltaicas


Feira

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do tipo biposte e monoposte — de aço galvanizado a fogo — ideais para duas linhas de placas, com inclinação entre 5° e 25° e espaçamento entre pilares de 2,42 a 3,37 m. A empresa também oferece estruturas modelo carpot para três linhas de painéis em orientação retrato e resistente a ventos de 35 a 45 m/s. https://www.trael.com.br/

Geração, armazenamento, gerenciamento A GoodWe apresentou ao público da Intersolar o EcoSmart Home, que abrange as áreas de geração de energia, armazenamento, carregamento e gerenciamento inteligente, para

atender às diversas necessidades dos proprietários de residências. A solução conta com inversores GoodWe híbridos Flex da linha ES G2, com potências de 3,5 kW (127 Vac), 3,6 kW (220 Vac) e 6,0 kW (220 Vac). Todos possuem 2 MPPTs e são compatíveis com módulos de alta potência. O sistema é emparelhado com baterias LiFePO4 de 48Vcc da linha Lynx Home U (5,4 kWh a 32,4 kWh). Durante uma tempestade ou apagão, o modo de back-up é ativado instantaneamente, proporcionando fornecimento contínuo de energia. br.goodwe.com

Inversores híbridos A Intersolar marcou a entrada da GE Solar Inverter no mercado de inversores híbridos. A empresa destacou seus mais recentes lançamentos: GEP 7-10kW Silver, GEH 6.0kW e GEP 73-120kW. O novo GEH 6 kW é um

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inversor híbrido monofásico, pronto para instalação com diferentes marcas de baterias de lítio de baixa tensão (48 Vcc). O modelo conta com saída dedicada para cargas prioritárias em modo desconectado da rede, capacidade de entrega de potência extra para partida de equipamentos indutivos e tempo de comutação entre modos on-grid e off-grid de nível UPS, em menos de 0,01s. Essa funcionalidade oferece a liberdade de armazenar o excesso de energia gerada pelos módulos fotovoltaicos e utilizá-la posteriormente ou quando não há disponibilidade da rede pública, tornando-o uma opção inovadora para sistemas de energia autossuficientes. br.gesolarinverter.com


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CCS Technology (11) 4118-2921 projetos@ccstechnology.com.br

Coresun Drive (*) www.coresundrive.com sales@coresundrive.com

Game Change (*) www.gamechangesolar.com mercedes.pereyra@gamechangesolar.com

Esaf Solar (48) 99847-2442 william.souza@esaf-claris.com.br

JSolar (**) www.jsolarinc.com cara@jsolarinc.com

MTR Solar (11) 98371-6463 daniel.rios@mtrsolar.com.br

Romagnole (44) 3233-8500 andrerf@romagnole.com.br

SunChaser (*) www.zhaoripv.com solartracker@zhaoripv.com

Valmont Solar (31) 99087-0445 www.valmontsolar.com antonino.carneiro@valmont.com

-90 a -60 a

• • +90 +60 0,1

-55 a +55

-55 a

3a

• 10

Ganho máximo de eficiência vs estrutura fixa (%)

Garantia dos componentes (anos)

Sistema de proteção contra vento Estrutura aço galvanizado a fogo Estrutura - outras Montagem no campo com parafusos Montagem no campo soldada Fundação - percussão Fundação - helicoidal Fundação - concretagem Garantia da estrutura (anos)

32

650

50

• •

230 •

200

500

120

• •

150

250

• • •

• • • 10 5

RS485 150 a 30,8 a 300 61,6

180

• • • •

350 71.760 170

• • • •

• • • 10 5 20

0,5

24

0,1

24

Zigbee

• Scada • •

110

0,029 a 24 0,030

-55 a +55

2

0,250

127 a • 380

• • +45

-45 a 0 a 45

1

0,03

24

0a 55

2

0,480 a 240 0,960

RS 485 - LoRa

• •

2 a 3,4

• • +55 •

0,2 50 a 80 -60 a 0,5 +60

23,5X3 10.000 140

0,75 a 380 • 1,0

-60 a 2 +60

Carga de ventos (km/h)

1

Potência fotovoltaica máxima (Wp)

0a4

Área máxi. módulos fotovoltaicos (m2)

127

Interface comunicação - outros

1

Controle CLP Controle - outros Interface comunicação - Ethernet

-60 a +60

Potência do servomotor (kW)

rotação eixo horizontal (°)

info@brasluand.com

rotação eixo vertical (°)

Eixo único Eixo duplo

Empresa/Telefone/E-mail

Brasluand (81) 98432-4630

Exatidão de rastreamento (± °)

Da Redação de FotoVolt

Aqui são listados fornecedores de seguidores solares,também chamados de rastreadores ou trackers,os quais têm a função de mudara posição dos módulos,aumentando a captação da radiação solarao longo do dia,elevando assim a eficiência das usinas fotovoltaicas.Entre outras características, como eixo único ou duplo,ângulo de rotação,exatidão de rastreamento,comunicação,tipos de montagem e fundação, o levantamento compara o ganho de eficiência desses equipamentos em relação a estruturas fixas.

Tensão do servomotor (V/60Hz)

Guia - 2

Seguidores solares (tracking systems)

279 a

30 a

• • Zigbee 372,76 81.600 50 m/s • • •

2 a 2,5

600

108

• •

• 30 3 29 •

3a

• 20 5 28 15 a

• •

20 20 35

• 15 5 20 •

• 10 5 30 10 a

150 30.000 140

• • • •

• • • 3 3 40

50

• • • •

• 10 5 25

(*) A empresa não possui representante no Brasil; (**) A empresa procura por representante para o Brasil

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 19 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, setembro de 2023 Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/



FotoVolt - Setembro - 2023

‘Neoindustrialização verde’ pode criar cadeia produtiva de solar no Brasil Marcelo Furtado, especial para FotoVolt

J

Uma política de industrialização para sustentar a transição energética no País deverá eliminar ex-tarifários?Ou bastará criar incentivos à produção local? Esta reportagem mostra os caminhos apontados por agentes e especialistas para a fabricação nacional de equipamentos para o hidrogênio verde,sistemas de armazenamento de energia, módulos fotovoltaicos e outros.

á é consenso entre agentes do setor elétrico que o sucesso da transição energética no Brasil, com suas variadas demandas tecnoImportação de produtos e fábrica de módulos FV da Sengi,no Paraná: ex-tarifários são benéficos para o Brasil? lógicas, entre elas as fontes renovádos Estados Unidos, que está dando mercial em comparação, por exemplo, veis, as baterias de armazenamento e vários incentivos fiscais para criar e com europeus e norte-americanos. o hidrogênio verde, depende de uma política nacional de industrialização. fortalecer a produção local de tecnolo“A importação é um problema quanO consenso alcançou até o atual gogias para a indústria da transição. do há alguma perturbação global. No verno federal, que tem divulgado a A necessidade de internalização mercado solar, por exemplo, muitas emintenção de adotar no país o que batide cadeias produtivas no Brasil seria presas brasileiras tiveram recentemente dificuldades para conseguir compozou de “neoindustrialização verde”. ainda mais urgente, ao se analisarem Se realmente implementada essa várias tecnologias, e pode fundamennentes e módulos”, disse a diretora da política, aliás, o Brasil nada mais fará tar-se em situações vividas recenteconsultoria Cela – Clean Energy Latin America, Marília Rabassa, durante sua do que seguir o que já está sendo feito mente, a partir da crise desencadeada por vários países, atentos às oportudepois da pandemia da Covid-19 e participação na última Intersolar South pela Guerra da Ucrânia. Com a alta America, no final de agosto em São nidades da transição energética, cujas projeções de investimentos anuais deconcentração da produção dos princiPaulo. Para ela, há muitos sinais prevem ser de US$ 3,3 trilhões neste ano, pais componentes e sistemas na Ásia, ocupantes se medidas de fato para incentivar a indústria nacional em várias mais do que o dobro do registrado em aí incluindo desde módulos solares 2022 (US$ 1,3 trilhão). O exemplo mais até baterias e componentes de equipaáreas-chave da transição energética não forem adotadas, pelo menos no cenário importante é a implantação em agosto mentos eólicos, o caos instalado na lode 2022 da maior política de incentivos gística internacional agravou a concorpara gerar resultados até 2030. voltada para a transição energética, o rência das importações brasileiras, já Há uma probabilidade muito granIRA (sigla para Inflaction Reduction Act), de, por exemplo, de o Brasil, no caso que o país não tem a mesma força co-

Fotos: Avigator Fortuner e Sengi Solar (divulgação)

Mercado

50


Mercado

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Izilda França

pelas células para baterias, das quais de não se preocupar em criar cadeia o país detém 70% da produção global. de fornecedores para o hidrogênio “No Brasil, apesar de ter pequena proverde, ter dificuldades de importar dução, esta é irrelevante para atender eletrolisadores, principais equipaa demanda. Ou seja, o mercado fica mentos que produzem o combustível refém da importação desses equipaverde a partir da eletrólise da água mentos”, disse. alimentada pela eletricidade renováDe acordo com dados da Cela, vel, principalmente a solar e a eólica. nos componentes químicos do BESS Dados coletados pela Cela apontam há casos ainda mais centralizadores, que os fabricantes de eletrolisadores como no grafite esférico, do qual a estão concentrados em 2023 na China China detém 100% do mercado, ou do (35,3%, 4,9 GW), na Europa (28,1%, magnésio, com 95% de participação. 3,9 GW), América do Norte (15,1%, 2,1 Acrescente-se a isso 75% no refino GW) e no restante do mundo (21,6%, do cobalto e 69% do grafite sintético, 3 GW), sobretudo em países como além do lítio químico, em que a parÍndia. Embora no Brasil a empresa ticipação é menor mas mesmo assim Hytron, do grupo alemão NEA, esteja conferindo liderança mundial para o montando uma fábrica em Belo Horipaís, com 44% de market share. zonte, com capacidade instalada para 70 MW por ano, apenas essa iniciativa é insuficiente para atender a prevista Oportunidade explosão de demanda global por eleAo se cogitar uma política de introlisadores para o hidrogênio verde dustrialização, apoiar a produção já até o fim desta década. local de eletrolisadores e de BESS E a perspectiva, ainda segundo os envolveria uma cadeia de valor muito dados levantados pela consultoria grande e interligada com e com base nos projetos várias outras tecnologias e anunciados pelo mundo, é demandas operacionais e em 2030 esse cenário pouco de serviços. Apenas para se alterar, apenas com a atender a estratégia para o China perdendo um pouco hidrogênio verde, com inde participação, caindo centivo a fabricantes de elepara 20,9% (com produção trolisadores, a lógica seria de 28,1 GW naquele ano), também estender estímulos em decorrência do crescipara uma maior oferta local mento de outros mercados, Marília Rabassa: industrialide equipamentos para enerprincipalmente o nortezação da cadeia do hidrogênio gias renováveis (eólicas, americano, que então estaverde se viabilizaria no País solar e biomassa), de armará produzindo 21,3 GW em com políticas para incentivar zenamento do combustível, eletrolisadores (15,8% do as novas indústrias consumidoras do próprio H2 de BESS, transporte e servitotal). Neste último caso, ços auxiliares. Isso sem fatrata-se de influência direta lar na criação de novas indústrias para da nova política fiscal de transição consumir internamente o H2V. energética (IRA) na indústria local. Para Rabassa, a industrialização Outro exemplo de dependência da cadeia do hidrogênio verde seria externa ao qual o Brasil precisaria se bastante viável para o Brasil a partir atentar, segundo Marília, é o de sistedo desenvolvimento de políticas para mas de armazenamento de energia incentivar as novas indústrias consuem baterias (BESS, na sigla em inglês). midoras. O primeiro caso seria a de Neste caso, novamente, boa parte dos fertilizantes nitrogenados, que utilizam componentes são da China, a começar

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como matéria-prima a amônia, produzida a partir da reação do hidrogênio com o nitrogênio. “O Brasil consome hoje 35 milhões de t/ano de amônia (80% de origem fóssil) em várias aplicações, mas importa 93% do fertilizante nitrogenado”, diz. Isso significa que uma política com a meta de tornar o País autossuficiente em fertilizantes teria como consequência incentivar produtores locais de eletrolisadores e de toda a cadeia necessária, desde fabricantes de equipamentos de renováveis, baterias e tecnologias acessórias. Há até projetos em desenvolvimento, como o da Atlas Agro, que até meados de 2027 tem intenção de colocar em operação complexo integrado de H2V, amônia e fertilizantes nitrogenados em Uberaba (MG). Essa operação, inclusive, está sendo assessorada pela Cela na intermediação de compra de energia renovável para o projeto, por meio de cotações e negociações com geradores locais. Uma segunda possibilidade para motivar a cadeia de valor do hidrogênio verde a partir do consumo seria incentivar a produção nacional de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, na sigla em inglês), para a qual uma das principais rotas é a partir do H2V. Os SAF vão ser demandados globalmente em breve por conta dos planos de descarbonização da indústria de aviação. Uma terceira oportunidade seria a produção do aço verde. Sendo um dos maiores exportadores de minério de ferro do mundo, o Brasil poderia passar a utilizar o hidrogênio verde para agregar valor à indústria siderúrgica, passando a exportar aço verde para países e indústrias cumprirem suas metas de descarbonização. Apesar de o consumo interno de hidrogênio de origem fóssil ser já importante (2,5 milhões de t/ano), a maior parte dele para refino de petróleo, e de esse consumo poder ser ainda maior com as novas indústrias, não se pode esquecer que uma aposta brasileira


Mercado

firme é a exportação da versão renovável. Exemplos são os hubs que estão sendo arquitetados próximos a portos, com destaque o do Porto do Pecém, no Ceará, que já tem 32 memorandos de entendimento assinados com possíveis futuros produtores de H2V e de renováveis. A previsão é de o Brasil ter em 2040 capacidade para produzir 3,8 milhões de toneladas de H2V para exportação, para o que seriam necessários 61 GW em capacidade instalada de eletrolisadores.

Izilda França

Ex-tarifários ou desoneração Ainda sem o governo ter divulgado medidas efetivas para a chamada reindustrialização verde, o formato da possível política já começa a causar “ruídos” no mercado. O principal tem a ver com a decisão entre desonerar as indústrias locais, tanto as existentes (caso do mercado solar) como as inexistentes (hidrogênio verde), ou proteger o mercado contra os importados, com a diminuição dos ex-tarifários. Esse ruído ficou claro com declaração do secretário nacional de meio ambiente urbano e qualidade ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Adalberto Maluf, durante sua participação na Intersolar South America no dia 29 de agosto. Maluf comentou que está nos planos do governo a revogação de parte dos 950 ex-tarifários que beneficiam importações de equipamentos solares, que segundo ele fizeram o Brasil se tornar importador de módulos de baixa qualidade e inviabilizar a produção nacional. O secretário, porém, defendeu a Adalberto Maluf: manutenção de immanutenção de imposto de importação posto de importação menor (reduzido menorpara módulos de melhoreficiência nos últimos anos de

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do que o módulo chinês pronto?”, 12% para 6%) para módulos de mequestiona. A situação, explica Fardin, lhor eficiência. faz a unidade de sua empresa em Não concorda com a extinção dos Cascavel, com capacidade para produex-tarifários, porém, a CEO da Cela zir 500 MW/ano, estar hoje operando e vice-presidente de investimentos e em apenas um turno. Pelo mesmo mohidrogênio verde da Absolar, Camila tivo, planos de expansão têm sido conRamos. Para ela, o caminho para o tinuamente retardados. Uma planejaBrasil incentivar a produção nacional da segunda unidade, para Ipojuca, em de equipamentos solares seria pela dePernambuco, com mesma capacidade, soneração tarifária da cadeia de protem tido seu cronograma atrasado, dução local e não fechando o mercado mas deve sair do papel em 2024. aos importados. “O Brasil precisa ter Para Fardin, o cenário demanda, uma indústria competitiva globalmenmais do que protecionismo, isonomia te, mas para isso precisa fazer como os para competir com os chineses. Ele Estados Unidos, com o IRA. Eles não também cita o exemplo dos Estados estão aumentando as taxas de imporUnidos, como Camila Ramos, mas tação, mas aumentando os incentivos com outro viés. Segundo ele, além de para a indústria local”, disse. incentivar a cadeia local na esteira do Dessa forma, na sua análise, a inIRA, o país também reconheceu a prádustrialização terá que vir com subsítica de dumping chinês para os módudios para a cadeia produtiva. “Não los. “Eles concluíram que os chineses existe indústria que nasça sem inceninternamente vendem o módulo mais tivos. Foi assim com o Proálcool, com caro, o que configura que nas exportao Proinfa (Programa de Incentivos às ções há a injeção de subsídios goverFontes Renováveis), com a resolução namentais para conquistar mercados”, 482 para GD. Por que não vai ser assim continua o executivo. com a indústria de equipamentos solaSegundo Fardin, essa política fares?”, questiona. Ela acrescenta ainda vorável para a produção nos Estados que, se não houvesse a desoneração Unidos inclui incentivo de 7 centavos dos módulos importados, a geração de dólar por watt para a fabricação de solar não teria crescido no Brasil da módulos. Essa postura faz inclusive forma como cresceu nos últimos anos. a Sengi considerar a abertura de uma Mas para Everton Fardin, diretor terceira fábrica naquele de engenharia e operações da país. “Estamos em conSengi Solar, uma das poucas versas adiantadas com produtoras nacionais de móeles”, disse. dulos solares FV, com fábrica Defensor da revogação em Cascavel, no Paraná, o exde vários itens dos ex-tacesso de ex-tarifários foi muirifários, o diretor aponta to prejudicial para a empresa. que essa política causou Segundo ele, a extensa lista de isenções tarifárias para módu- Everton Fardin: política atual a entrada no Brasil de módulos com fake power, los chineses faz hoje o produ- permite entrada no Brasil de ou seja, com potências to da Sengi, processado a par- módulos com fake power menores do que as tir da importação de células anunciadas. Isso é mais grave ainda, solares chinesas, ser 40% mais caro do segundo ele, porque não há fiscalizaque os módulos prontos importados. ção aduaneira técnica para atestar a “Como pode a composição da qualidade dos produtos, o que aconmatéria-prima importada que eu hoje tece por exemplo na Austrália, que ao uso para transformar o módulo aqui verificar irregularidades na potência chegar a apenas 1 centavo mais barato Izilda França

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dos módulos pune os fabricantes com a proibição de exportação ao país. Esse cenário, segundo Fardin, também fez a empresa engavetar planos de construir fábrica de células solares no Brasil, para diminuir ou mesmo extinguir a dependência chinesa da matéria-prima. Segundo ele, para comportar uma fábrica de células aqui, seria necessária demanda local de produção de módulos por volta de 4 GW, sendo que hoje a capacidade instalada nacional é de 1,6 GW. Aliás, segundo levantamento da Sengi, caso o total importado de módulos em 2022 no Brasil, de 17,8 GW, fosse produzido localmente, seriam criadas 36 fábricas com capacidade de 500 MW/ano, que gerariam 21 mil empregos diretos, 100 mil indiretos e R$ 1,6 bilhão em investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Mas na realidade os produtores locais responderam por apenas 0,20% do consumo de módulos no Brasil em 2022. Esse número reflete um processo de desindustrialização, já que em 2017 a participação nacional era de 29% do mercado. Além da Sengi, os produtores locais hoje são a BYD (capacidade de 500 MW), Pure Energy (310 MW), Globo Brasil (180 MW) e Balfar Solar (120 MW). O momento agora é de aguardar do governo quais serão as medidas para a “reindustrialização verde”. Um bom sinal foi dado pelo mesmo Adalberto Maluf, durante a cerimônia de abertura da Intersolar South America. O secretário, que já foi diretor da BYD no Brasil, afirmou que o governo federal atua para atrair investimentos na produção nacional de células solares, já que o País tem uma das maiores reservas de silício do mundo, hoje aproveitado para a produção do grau metalúrgico, mas que poderia ser convertido para o grau solar. Segundo ele, membros do governo já conversam com potenciais interessados, grandes players internacionais do setor.


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O levantamento relaciona empresas fornecedoras de abrigos para veículos que integram módulos fotovoltaicos, também chamadas de carports ou garagens solares,juntamente com características dessas soluções,como dimensões da estrutura,tipo de estrutura e fundação,potência nominal, tensão da rede,além de componentes integrados(inversores,cabos e conectores,string boxes,pontos para recarga,etc.).

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2 em diante

5 × 3 × 2,3 2 a 30

6,5 × 2,6 × 2,3

2

6 × 6 × 3,2

6,85 × 2,85 × 2,3

1a2

6×3×3

(*)

5,8 × 2,95 × 2,3

2

6,68 × 2,77 × 2,15

(*)

• •

• •

10.000 em diante

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Pontos para recarga de veículos elétricos

5,98 × 6,85 × 2,35

300 a 600 110 a 380

Caixas de junção

1a2

Inversor

Módulos fotovoltaicos

Isolado da rede

Conectado à rede

6,0 × 2,5 × 2,0

Componentes integrados Tensão da rede (V) 3f/60 Hz

1 a 100

Potência nominal (Wp)

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Fundação em concreto

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Da Redação de FotoVolt

Cabos e conectores

Guia - 3

Guia de estacionamentos geradores fotovoltaicos

7.500 a 256.000

6,0 × 2.612,50 × 2,186

2

6,1 × 5,8 × 2,13

8,32 kWp em diante

220 a 380

1a4

5,8 × 4,5 × 11,4

3,3 a 13,75 110 a 220

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 36 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, setembro de 2023 Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/



Grandes projetos

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Projeto do sistema de aterramento de uma UFV de grande porte Paulo Edmundo da Fonseca Freire, da Paiol Engenharia; Marcos Willian Rodrigues e Allyson José de Sousa Gomes, da Araxá Engenharia

tos até 64 m. O segundo levantamento revelou resistividades bem mais baixas, com a curva média de resistividades aparentes apresentando tendência descendente. Devido aos resultados conflitantes entre as duas campanhas rasas, optou-se pela contratação de um terceiro levantamento, desta vez pelo método audiomagnetotelúrico (AMT), que confirmou o segundo levantamento, com um bom ajuste das curvas de resistividades aparentes rasa (SEV) e nearsurface (AMT). O conjunto das sondagens SEV e AMT permitiu a construção de um modelo geoelétrico com meio quilômetro de profundidade, visto da malha de aterramento da subestação coletora. Com base neste modelo foi possível dar andamento ao projeto do sistema de aterramento da UFV. A partir do layout completo da UFV, foi traçada a malha de aterramento considerando a localização de todos os seus componentes ― subestação elevadora, eletrocentros, arranjos fotovoltaicos e valas de cabos de baixa e de média tensão. A cerca, em Essentia Energia

S

istemas de aterramento de grandes usinas fotovoltaicas possuem dimensões quilométricas, e seu projeto envolve a solução de dois problemas: a modelagem geoelétrica (que é um problema indireto) e a simulação do sistema de aterramento (que é um problema direto). A tecnologia para a construção de modelos geoelétricos profundos (1D), abrangendo toda a crosta terrestre (40 km), foi desenvolvida para o projeto de eletrodos de aterramento de sistemas de transmissão CCAT. Mas, para projetos de aterramento de sistemas em corrente alternada, é suficiente um modelo geoelétrico da ordem de 1 km de profundidade. A usina fotovoltaica (UFV) objeto deste artigo está localizada na Bahia, em um terreno com uma diagonal de cerca de 5,5 km. Sua malha de aterramento utiliza 200 km de cabo de cobre nu e de aço cobreado, de seção 50 mm2, com custo da ordem de U$

O artigo descreve o primeiro projeto de sistema de aterramento de uma usina fotovoltaica de grande porte (500 MW)no Brasil,com um modelo geoelétrico de centenas de metros de profundidade.De natureza interdisciplinar,o projeto aplicou conhecimentos de geofísica para resolver um problema de engenharia elétrica,com abordagem pioneira para determinação de modelo geoelétrico 1D compatível com um UFV de grande área.

1.000.000 somente em condutores, sem incluir soldas e conectores. A modelagem geoelétrica para este projeto tem uma história interessante. O primeiro levantamento de resistividades do solo utilizou um terrômetro com arranjo de Wenner e espaçamentos de até 32 m. Essa primeira campanha, que foi considerada não-confiável, revelou um subsolo de alta resistividade, com a curva média de resistividades aparentes de tendência ascendente. Optou-se, portanto, pela contratação de uma segunda campanha de sondagens elétricas verticais (SEV), desta vez com uma empresa de geologia, que utilizou um resistivímetro com arranjo de Wenner e espaçamen-


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da corrente de falta dissipada localmente, que resultou no cálculo dos parâmetros de desempenho do sistema de aterramento. Estes parâmetros são o GPR (Ground Potential Rise) e o mapeamento das tensões de passo e de toque em toda a área do empreendimento.

Modelagem geoelétrica A construção do modelo geoelétrico foi realizada de acordo com as Fig.1 – Malha de aterramento da UFV e da SE coletora de 500 kV seguintes etapas: – processamento das sondagens princípio, foi aterrada de forma indeelétricas verticais (SEV), obtidas de pendente, por meio de hastes de aço uma campanha Wenner com 30 escobreado espaçadas regularmente. tações com até 64 m de abertura MN Com a definição da geometria pre(realizada pela empresa Geoscan); liminar de aterramento, foi feita uma – processamento das dez sondagens primeira simulação do sistema de AMT ao longo de um alinhamento aterramento constituído pela UFV + que atravessa toda a área da UFV (reaSE coletora, para determinação da sua lizadas pela empresa Strataimage); e resistência de aterramento. Este parâ– obtenção do modelo geoelétrico metro, juntamente com os dados da 1D a partir da combinação das curvas linha de transmissão (LT) de 500 kV médias de resistividades aparentes que interliga a SE elevadora ao Sistedas duas campanhas geofísicas. ma Interligado Nacional (SIN), permiHá que se destacar que o modelo tiu o cálculo do split ― a determinação 1D (camadas horizontais paralelas) é o mais adequado para projetos de aterrada parcela da corrente de falta para a terra no barramento de 500 kV que mento elétrico, por ser compatível com as verbas, prazos e software usualmente retorna para o SIN pelos cabos paradisponíveis para esse tipo de projeto. raios da LT, e das parcelas dissipadas localmente para o solo pelas malhas Sondagens elétricas verticais (SEV) interligadas da SE e da UFV. Finalmente, foi simulada a injeção A figura 2 apresenta as curvas de nas malhas da SE + UFV da parcela resistividades aparentes calculadas

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e duas curvas médias geométricas: a simples (ocre) e a ponderada pelo inverso da distância da estação de sondagem para a subestação (vermelha). A curva pela média ponderada, para cada espaçamento de medição, foi calculada pela expressão: , onde: a = número da SEV; ρi = resistividade aparente da sondagem i; e di = distância SEV–SE. Verifica-se que as resistividades um pouco mais elevadas nas proximidades da subestação puxam a média para cima. A consideração da média ponderada é importante porque a falta para a terra relevante é a que pode ocorrer no barramento de 500 kV da subestação coletora. A figura 3 apresenta a curva média de resistividades aparentes rasas na área da UFV, ponderada pelo inverso da distância da SE, assim como o modelo geoelétrico correspondente.

Sondagens audiomagnetotelúricas (AMT) O AMT é um método geofísico eletromagnético que utiliza os campos elétrico e magnético naturais da Terra 10000

N 1 2 3 4 5

ρ 800 1900 200 14 200

h 0,5 1 5 8

ρa

d 0,5 1,5 6,5 14,5

1000

10000

Resistividade aparente (Ωm)

1000 100

100

10

10

1 P01 P09 P17 P25

10

P02 P10 P18 P26

P03 P11 P19 P27

P04 P12 P20 P28

P05 P13 P21 P29

P06 P14 P22 P30

Fig.2 – Curvas de resistividades aparentes na área da UFV e curva média(vermelha)

P07 P15 P23 MG

AB/3 (m) 100 P08 P16 P24 MG pond.

AB/3 (m)

1

10

100

Fig.3 – Curva média geométrica de resistividades aparentes rasas na área da UFV,ponderada pelo inverso da distância para a SE(linha preta com pequenos círculos),e o modelo de solo correspondente(linha vermelha e tabela)


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1000

Resistividade aparente (Wm)

Resistividade aparente (Wm)

1000

100

10 0,001

90

Fase (graus)

SS01 SS07

0,010

SS02 SS08

SS03 SS09

0,100

SS04 SS10

SS05 ρ mg

Período (s) 1,000 SS06 ρ ponderada

100

10 1.E-08

Período (s) 1.E-07

1.E-06

1.E-05 SEV

1.E-04 AMT

1.E-03 1.E-02 AMT ajust.

1.E-01

1.E+00

Fig.5 – Ajuste das curvas médias SEV(amarela)e AMT(ocre e vermelha)

Modelo geoelétrico final

no modelo geoelétrico apresentado na figura 6, com mais de 0,5 km de profundidade. Em áreas de geologia complexa, o modelo 1D apresenta limitações. Entretanto, para o projeto de malhas de aterramento, essa redução é considerada aceitável, pois além dos aspectos de custo, prazo e software disponível para esse tipo de simulação, é necessário um modelo geoelétrico visto de um local específico, que no caso é o pátio da subestação.

Na figura 5, a curva SEV de resistividades aparentes (amarela) foi convertida 60 para a mesma escala de 50 espaço-tempo e plotada 40 com a curva AMT (mar30 rom), utilizando as expres20 sões empíricas de Meju 10 [1]. Considerando que Período (s) 0 a curva invariante AMT 0,010 0,100 1,000 0,001 SS01 SS02 SS03 SS04 tende a apresentar um viés SS05 SS06 SS07 SS08 SS09 SS10 Fase méd. F. ponderada para baixo [2], foi aplicado um ajuste para cima de Fig.4 – Curvas de resistividades aparentes e de fases das dez estações AMT,e 20% nessa curva, de modo curvas médias simples(ocre)e ponderadas(vermelhas) Cálculo do split a ajustar a cauda da curva como fonte de sinal. A medição simulSEV ao início da curva AMT. A simulação das malhas de aterratânea das componentes ortogonais As curvas AMT foram invertidas, mento interligadas SE + UFV com o desses dois campos (Ex e Ey, Hx e Hy) com a imposição do modelo raso premodelo de solo acima (utilizando o na superfície do solo permite inferir a viamente obtido das SEV, resultando programa canadense CDEGS) resultou estrutura geoelétrica de subsuperfície. 1000 ρa A aquisição de dados AMT envolve a instalação do equipamento receptor, de eletrodos para medição do campo ρ N h d S(H) Alt 100 1 800 0,5 0,5 6,2E-4 459,5 elétrico e de bobinas para medição do 2 1900 1 1,5 0,0012 458,5 3 200 2 3,5 0,0112 456,5 campo magnético. 4 43 43 46,5 1,01 413,5 5 200 460 506 3,31 -46,1 A figura 4 apresenta as curvas de 6 40 T, μs 10 resistividades aparentes (médias geo100 1000 10000 100000 1000000 18 30 60 100 180 300 600 1000 1800 H, m u métricas) e de fases (médias aritmétiφa -7,5 cas) das dez estações AMT. As curvas -15 -22,5 médias, simples e ponderadas pelo -30 -37,5 inverso da distância, revelam que nas -45 -52,5 sondagens AMT observa-se, também, -60 que a curva média ponderada de re-67,5 -75 sistividades aparentes apresenta valo-82,5 T, μs -90 1000 10000 100000 1000000 res um pouco mais elevados do ponto 100 Fig.6 – Modelo geoelétrico combinado(SEV + AMT)com mais de 0,5 km de profundidade de vista da subestação. 80 70



Grandes projetos

em uma resistência de aterramento, vista do pátio da SE, de apenas 0,18 . A subestação coletora de 500 kV ocupa uma área de aproximadamente 11 hectares e tem uma corrente de falta para a terra de 8 kA, sendo conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por meio de uma LT de 500 kV com dois cabos para-raios (OPGW e Dotterel) e resistência típica de pé de torre de 25 . Com base nestes e outros dados, foram calculados os parâmetros dos cabos para-raios da LT de 500 kV. A razão entre os módulos das impedâncias própria dos cabos para-raios e mútua destes para os condutores fase resulta na parcela da corrente de falta que é retirada da malha pelos cabos para-raios, devido ao acoplamento com a fase em condição de falta para a terra: Zmf-gw/Zpgw = 0,173/0,335 = 0,52. Esta razão revela que cerca de 52% da corrente de falta fase-terra retorna para o sistema pelos cabos para-raios, sem descer pelas torres.

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A figura 7 apresenta a distribuição das parcelas de corrente de falta fase-terra no barramento de 500 kV da SE coletora. Verifica-se que a LT escoa para fora da malha de aterramento da SE 4,3 kA, correspondentes à parcela da corrente autocompensada da LT, sendo o restante da corrente de falta (3,79 kA) descarregada localmente pelas malhas de aterramento interligadas da SE + UFV.

Legenda Valor máximo: 416,658 Valor mínimo: 0,315E-02

4100

≤ 416,66

3100

≤ 374,99 ≤ 333,33

Eixo Y (metros)

60

≤ 291,66

2100

≤ 250,00 ≤ 208,33

1100

≤ 166,66 ≤ 125,00 ≤ 83,33

100

≤ 41,67

-900 0

1000

2000

3000

4000

Eixo X (metros) Tensão de toque (V) [Méd]

5000

Fig.8 – Mapa das tensões de toque na UFV

Simulação do aterramento

A malha de aterramento simulada considera a configuração básica estabelecida para o conjunto UFV + SE Coletora 500 kV (figura 1), que inclui os seguintes elementos: anéis de aterramento no perímetro dos arranjos fotovoltaicos e dos eletrocentros; e condutores de aterramento lançados no fundo das valas de cabos de média-tensão ou em valas exclusivas (no sentido leste-oeste) ICC = 8 kA para interligação com os trackers. ILTS = 4,27 kA Foi simulada falta para a terra no barramento de 500 kV da SE coIM = 3,79 kA 0,18 Ω letora, que é a máxima corrente em 60 Hz que pode ser injetada neste Fig.7 – Divisão de correntes no circuito terra da SE coletora para sistema de aterramento e que vai uma falta para a terra no barramento de 500 kV retornar para o SIN parcialmente

pelo solo (descontada a parcela que retorna para o sistema interligado via cabos para-raios da LT de 500 kV), produzindo tensões de toque e de passo. Esta simulação pode ser considerada conservativa, por não incluir as estacas dos trackers, assim como segmentos curtos de condutores de aterramento interligando estacas de diferentes trackers ou de string boxes. As tensões máximas toleráveis foram calculadas com base nos critérios estabelecidos na norma ABNT NBR15751: Sistema de Aterramento de Subestações – Requisitos. As tensões de passo não foram aqui abordadas por serem usualmente bem inferiores aos limites máximos toleráveis.


Grandes projetos

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Legenda Valor máximo: 392,139 Valor mínimo: 63,481

2200

≤ 392,14 ≤ 359,27

Eixo Y (metros)

2050

≤ 326,41 ≤ 293,54 ≤ 260,68

1900

contram controladas. A SE e os seus arredores constituem a área mais crítica, pois é onde se concentra a maior injeção de corrente e, portanto, os gradientes mais elevados de potenciais na superfície do solo.

≤ 227,81 ≤ 194,94 ≤ 162,08

1750

≤ 129,21 ≤ 96,35

1600 3700

3850

4000

4150

4300

Eixo X (metros) Tensão de toque (V) [Méd]

Fig.9 – Detalhe do mapa das tensões de toque na área da subestação A figura 8 apresenta o mapa de tensões de toque em toda a área da UFV, onde observa-se que não ocorrem valores acima do limite máximo tolerável para pessoas descalças (412 V). A figura 9 mostra uma ampliação da área da SE, e nela observase que as tensões nessa área se en-

Conclusões No projeto de sistema de aterramento de grandes dimensões apresentado neste artigo utilizou-se uma metodologia que aplica recursos de geofísica para a construção de um modelo geoelétrico de centenas de metros de profundidade, compatível com as dimensões de sistemas de aterramento de grande porte, como é o caso de UFV de geração centralizada. Esta metodologia foi objeto da tese de doutorado em Geociências do primeiro autor deste trabalho [3] e já foi aplicada aos projetos dos eletrodos c.c. dos projetos CCAT do Rio Madeira e

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de Belo Monte (Brasil) e do elo CCAT Etiópia-Quênia, assim como em diversos outros projetos de UFVs, de parques eólicos e de subestações [3].

Referências [1] Meju, M.A.: Simple relative space-time scaling of electrical and electromagnetic depth sounding arrays: implications for electrical static-shift removal and joint DC-TEM data inversion with the most-squares criterion. “Geophysical Prospecting” 53, 2005. [2] Rung-Arunwan, T.; Siripunvaraporn, W.; Utada, H.: On the Berdichevsky average. “Physics of The Earth and Planetary Interiors”, fevereiro de 2016. [3] Freire, P.E.F.: Ground modeling for the design of electrical grounding systems – The determination of the geoelectric model depth. “Cigre Science&Engineering” 25, junho de 2022. Trabalho apresentado no congresso Eletrotec+EM Power 2023 (Aranda Eventos/SPI/FMMI), realizado de 29 a 31 de agosto de 2023 em São Paulo, SP. Publicado em FotoVolt sob autorização dos organizadores e autores.


Veículos elétricos

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O futuro das recargas Rafael Cunha*

“A recarga wireless já é viável financeiramente em determinadas aplicações, e a recarga de oportunidade e a recarga online via pantógrafo têm bons indícios de viabilidade.”

A

recarga dos veículos elétricos é ponto chave para a adequada operação de uma frota ou mesmo para um uso individual urbano do veículo. Atualmente, conforme já apresentado em artigos anteriores desta coluna, o modo mais comum de recarga é a condutiva em corrente alternada, ou seja, aquela recarga que é realizada na vaga de garagem, no shopping ou outro local similar, seja com um carregador portátil ou um carregador de parede (wallbox). Apesar de o modo atual de recarga ser suficientemente adequado para grande parte das aplicações, há necessidade de melhorias em determinados usos, como no transporte público com uso intensivo do veículo urbano ou rodoviário, de modo que o tempo de recarga deve ser otimizado a fim de garantir uma operação mais rentável, com menor ociosidade possível. Dentre as possíveis melhorias, estão o carregamento sem fio, o carregamento online e o carregamento de oportunidade (condutivo). Estas são tecnologias já existentes, porém com um custo ainda elevado e, portanto, com pouca penetração no mercado. Aqui, apresentam-se esses métodos de maneira pouco mais aprofundada, destacando os pontos fortes e fracos de cada um.

meio de um carregador. A tecnologia para realizar esse tipo de recarga é conhecida há muito tempo, tem sido utilizada mais recentemente nos novos modelos de smartphone e já existem modelos de veículos e carregadores wireless disponíveis no mercado. A indução eletromagnética, responsável pela tecnologia desse tipo de carregamento, foi descoberta de forma independente por duas grandes mentes do século XIX, Michael Faraday e Joseph Henry, o que torna curioso o fato de um efeito descoberto há quase dois séculos ainda ser pouco utilizado em nossos dias. Sua ainda baixa utilização no carregamento de veículos elétricos deve-se

às perdas envolvidas no processo e ao custo mais elevado do equipamento. Diferentemente do carregamento de um celular, o carregamento wireless de um carro é realizado com uma distância maior entre a bobina transmissora e a bobina receptora, o que gera muitas perdas no processo. Outro ponto importante é que o efeito de indução eletromagnética é realizado por meio da variação do campo eletromagnético, portanto só pode ser realizado em corrente alternada, tendo posteriormente de haver a retificação pelo charger onboard ― ou seja, a potência de recarga estará limitada pela característica do carregador interno do veículo.

Recarga wireless O carregamento sem fio (wireless) é uma recarga de Modo 3, ou seja, em corrente alternada e realizada por

Fig.1 – Carregamento wireless(fonte:WiTricity,via Cleantechnica - https://cleantechnica.com)



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Veículos elétricos

Fig.2 – Recarga online wireless(fonte:AECOM) Há diferentes tipos de arquiteturas de recarga wireless e todos transmitem potência em alta frequência, podendo essa frequência variar de 10 até 600 kHz. Um ponto que influencia no processo de perdas deste tipo de recarga é o alinhamento entre a unidade transmissora e a unidade receptora. E mesmo com ambas totalmente alinhadas, a perda de energia ainda é de cerca de 15% [1]. Por outro lado, a recarga wireless tem uma grande vantagem com relação à experiência do usuário, pois após o pareamento a recarga já pode ser iniciada e, assim, deixa de ser necessário conectar o veículo ou fazer uma liberação manual no carregador.

Recarga online O processo de recarga online é caracterizado por realizar a recarga com o veículo em movimento, de modo a não parar a operação para efetuar a recarga, daí o nome “online”. Este tipo de recarga pode ser realizado de dois modos: wireless e por condução. A recarga online wireless consiste em uma pista com vários transmissores de energia enterrados, de modo que quando o veículo com o receptor roda por esta, vai recebendo energia desses transmissores, conforme mostrado na figura 2. A maior vantagem dessa tecnologia é a facilidade no uso, bastando ao usuário usar faixa de rolamento que possui o sistema de recarga online instalado. Porém, para se construir uma infraestrutura robusta é necessário um

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los elétricos de passeio, além de gerar elevado investipoluição visual. mento, havendo ainda de considerar que, para a Recarga de oportunidade maior parte dos A recarga de oportunidade consiste veículos elétricos em uma recarga rápida que ocorre comercializados entre intervalos planejados da operahoje, o ganho ção, por exemplo durante a parada do de energia seria veículo para entrada e saída de passapouco expressivo geiros. Por ser uma recarga que deve devido à limitação ocorrer durante um curto período, da potência do a potência transferida deve ser mais carregador onboelevada, portanto é feita por condução, ard. A tecnologia ainda é incipiente, sendo mais comum o uso de pantógrae vários projetos pilotos estão sendo fos. Por outro lado, o veículo que faz iniciados ao redor do mundo a fim de uso deste tipo de recarga pode ter uma otimizar as aplicações. bateria de capacidade menor, já que irá A recarga online também pode ser recarregá-la com mais frequência. realizada via condução, por meio de Apesar de a infraestrutura ser pantógrafos. É necessária uma linha relativamente simples, a recarga de elétrica suspensa à qual o veículo oportunidade exige uma tecnologia primeiro se alinha e depois estende o para transferência elevada de potência, pantógrafo até se conectar fisicamente o que demanda o uso de sistemas de à rede, realizando a recarga enquanto armazenamento com ultracapacitores, se movimenta. os quais possuem elevados custos de Esse tipo de recarga permite poimplantação. tências mais elevadas, pois é possível realizar a alimentação em corrente contínua, e sua aplicação tem maior viabilidade para veículos pesados, conforme mostra a figura 3. A infraestrutura é mais simples, pois os cabos são aéreos e lembram o modelo dos trólebus utilizados, por exemplo, na cidade de São Paulo. O ponto negativo é que não é usual para veícu- Fig.3 – Recarga online via pantógrafo(fonte:Vattenfall)

Fig.4 – Recarga de oportunidade(fonte: OppCharge - www.oppcharge.org)


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Ainda há espaço para que as tecnologias evoluam e permitam que, em diferentes aplicações, haja outros modos de recarga, visando sempre a redução de custo operacional e a melhor experiência do usuário final. Porém, essas novas aplicações devem ter um custo de implantação razoável para garantir a viabilidade financeira, o que pode variar de acordo com o local de implantação e o porte do projeto. A recarga online wireless possui um elevado custo de implantação e sua aplicação é mais restrita a determinados tipos de veículos, porém essa mesma tecnologia utilizada em estacionamentos é viável financeiramente e já está sendo amplamente adotada em diversos países. Por outro lado, as recargas condutivas já exibem melhorias com a recarga de oportunidade e recarga online via pantógrafo, sendo estas ainda projetos experimentais mas com bons indícios de viabilidade. No futuro, diversas tecnologias serão apresentadas e testadas, e apenas as mais aptas ganhão espaço no mercado. Os métodos de recarga e as novas tecnologias de sistemas de monitoramento permitirão que os usuários usufruam de serviços de recarga sem a necessidade de agir ativamente, bastando estacionar em uma vaga ou trafegar por determinada faixa de rolamento.

Referências [1] https://circuitdigest.com/article/wirelesselectric-vehicle-charging-systems. [2] https://www.engineersgarage.com/wirelesselectric-vehicle-charging-system-wevcs/. [3] https://www.frotcom.com/pt-pt/blog/. 2022/05/irao-estradas-de-carregamento-deveiculos-eletricos-tornar-se-uma-realidade.

* Rafael Cunha é engenheiro eletricista e COO da startup movE Eletromobilidade. Nesta coluna, apresenta e discute aspectos da mobilidade elétrica: mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, afinidades entre veículos elétricos e geração solar fotovoltaica, e assuntos correlatos. E-mail: veletricos@arandaeditora.com.br, mencionando no assunto “Coluna Veículos Elétricos”.


Pesquisa & inovação

Alemães demonstram potencial de células solares de junção tripla

U

Divulgação

ma equipe de pesquisa do Fraunhofer ISE - Instituto Fraunhofer para Sistemas de Energia Solar, da Alemanha, conseguiu demonstrar que as células solares de junção tripla ― de subcélulas de perovskita-perovskitasilício ― têm potencial de eficiência ainda maiores do que as células tandem de junção dupla. As células solares em tandem de perovskita e silício eram até agora as mais eficientes, com mais de 30%. Como parte de projetos da Comissão Europeia e do Ministério Federal Alemão para Assuntos Econômicos e Ação Climática, a equipe desenvolveu uma célula solar de junção tripla com uma tensão de circuito aberto de mais de 2,8 volts. O número considerado recorde confirma, para os pesquisadores, que a célula tem propriedades materiais de alto nível para gerar eletricidade.

Freiburg, Juliane Borchert. Segundo ela, o valor recorde demonstra que a energia fotovoltaica combinando perovskita e silício oferece um enorme potencial inexplorado. Os resultados da equipe de pesquisa foram publicados na revista “ACS Energy Letters”: https://pubs.acs.org/ doi/10.1021/acsenergylett.3c01391

Nanocompósito diminui aquecimento de dispositivos eletrônicos

U

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sipado para aumentar o desempenho, a durabilidade e confiabilidade dos equipamentos. A Celera fez uma parceria com o CCSNano em projetos envolvendo o grafeno, um elemento que possui alta condutividade térmica e elétrica. O CCSNano trabalha desde 2011 com materiais grafíticos, que são excelentes condutores térmicos e, portanto, melhores que os metais para conduzir e dissipar calor. O material agora desenvolvido é um nanocompósito à base de precursores carbônicos, matrizes poliméricas e aditivos, com aparência de pasta fluida (pasta e filme). Ao reunir as propriedades de vários componentes, inclusive grafeno, une caraterísticas mecânicas, térmicas e elétricas essenciais para a finalidade, como afirma Silvia Vaz Guerra Nista, pesquisadora do CCSNano, que integra a equipe junto com Stanislav Moshkalev (CCSNano), Larissa Giorgetti Mendes (Cotil) e Raluca Savu (CCSNano).

m material nanocompósito solucionou o problema de convergência entre condutividade térmica e resistência mecânica de interfaces térmicas aplicadas em dispositivos eletrônicos. A invenção realiza a dissipação do calor de forma eficaz, eficiente e estável, por um longo período, conforme noticiou recentemente a Unicamp. O desenvolvimento representa uma boa novidade para as indústrias de iluminação a LED e de baterias para veículos elétricos, por exemplo. O material deve aumentar a vida útil dos dispositivos eletrônicos, pois evita os episódios de elevação rápida da temperatura interna verificados nas tecnologias atuais. A tecnologia foi Reunindo vários componentes,inclusive grafeno,material une desenvolvida por ciencaraterísticas mecânicas,térmicas e elétricas essenciais para a tistas do Centro de Com- dissipação de calor ponentes SemicondutoOs próximos passos envolvem a res e Nanotecnologias (CCSNano) Pesquisadores do Fraunhofer ISE conseguiram desenvolver célula com tensão de circuito aberto recorde,superior a 2,8 V expansão dos testes da escala laborae do Colégio Técnico de Limeira torial para a comercial, com disponi(Cotil), ambos da universidade. bilização do produto para empresas As células solares de silício tradiO pedido de patente está em nome da cionais têm uma tensão de circuito desenvolvedoras de dispositivos, com Unicamp da empresa Celera Fibras, que aberto entre 0,7 e 0,8 volts. “A tensão foco inicial em dois mercados: o de tem contrato de licenciamento exclusivo de mais de 2,8 volts medida para a iluminação, sobretudo a pública, com para a tecnologia. célula solar de perovskita-perovskitao avanço dos LEDs, e o de baterias Com a miniaturização constante, os silício sugere que a tecnologia é extrepara veículos elétricos. Espera-se que componentes eletrônicos oferecem pomamente promissora para a geração as amostras para validação de clientes tências, capacidades de processamento de eletricidade”, disse a líder do grupo estejam disponíveis ainda neste ano, e velocidade cada vez maiores, mas de tecnologias de perovskita-silício no com possível entrada no mercado já isso aumenta também a geração de Fraunhofer ISE e na Universidade de no início de 2024. calor, que precisa ser rapidamente dis-

Pedro Amatuzzi/Inova Unicamp

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Agenda

No Brasil Hidrogênio verde - A Câmara BrasilAlemanha de São Paulo (AHK São Paulo), em conjunto com Guia Marítimo, Hiria e NürnbergMesse, promoverá Imersões em Hidrogênio Verde no Brasil, em conjunto com o Hydrogen Dialogue Latam, de 16 a 20 de outubro. O evento é realizado desde 2020 na Alemanha, e na edição brasileira terá o Congresso Brasil-Alemanha de Hidrogênio Verde da AHK São Paulo em sua programação. O objetivo é potencializar as discussões sobre oportunidades de negócio e a viabilização do hidrogênio verde como solução global para a descarbonização e proporcionar networking entre produtores, investidores, pesquisadores, empreendedores, operadores logísticos e grandes consumidores. Informações em https://www.ahkbrasil.com/ iframes_site_ahk_typo3/v2/Listagem_ eventos_detalhes.aspx?id=5876. Intersolar Summit Brasil Sul - A Solar Promotion International e a Aranda Eventos vão realizar em Porto Alegre, RS, nos dias 7 e 8 de novembro o primeiro congresso e feira Intersolar Summit Brasil Sul. O evento será realizado no Centro de Eventos FIERGS e é aberto apenas aos profissionais do setor. Mais informações em http:// www.intersolar-summit-brasil.com/ sul/visao-geral" www.intersolarsummit-brasil.com/sul/visao-geral. Sendi - O XXIV Sendi - Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica, organizado pela EDP e promovido pela Abradee - Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, será realizado em 7 a 10 de novembro em Serra, ES. O evento visa promover a troca de experiências entre as empresas distribuidoras de energia elétrica, fomentando ideias para o desenvolvimento da qualidade dos serviços prestados. Paralelamente às sessões técnicas, será realizada a

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feira ExpoSendi. Mais informações em www.sendi.org.br.

Cursos Minas Solar - A Genyx e o Sebrae - MG estão realizando o evento de capacitação e tendências sobre energia solar chamado “Minas Solar na Estrada”. O tour, que reúne diversas empresas e especialistas do setor para discutir sobre mercado, tendências, oportunidades, novos modelos de negócios, gestão e empreendedorismo e ambiente regulatório, tem sido realizado em diversas cidades do estado. O próximo será realizado em Itaúna em 26/10. A iniciativa tem o objetivo de inserir, de forma competitiva e sustentável, pequenos negócios de Minas Gerais na cadeia de geração distribuída fotovoltaica e gerar desenvolvimento econômico por meio da produção de energia para os municípios do Vale do Jequitinhonha e Mucuri. Informações: https://loja.sebraemg.com.br. Capacitação - A Blue Sol oferece um programa de capacitação na área de energia solar, que aborda desde a introdução à tecnologia até a execução (projeto e instalação). O objetivo é abordar o dimensionamento e a instalação do sistema fotovoltaico conectado à rede e o procedimento para solicitação de acesso junto à concessionária de energia. O treinamento contempla nove cursos online, incluindo um específico para a área de vendas. As aulas são gravadas e todo conteúdo pode ser baixado. Informações: https://bluesol. com.br/curso-de-energia-solar/ treinamento-completo. Projetos e fundamentos – O Canal Solar realiza diversos cursos voltados ao setor fotovoltaico, oferecidos nas versões online ao vivo/presencial e exclusivamente online ao vivo. O curso avançado Projeto de sistemas FV com PVSyst e Solergo, em formato EAD, é destinado a profissionais de engenharia, técnicos

ou profissionais de outras áreas que possuem conhecimentos básicos de eletricidade e sistemas fotovoltaicos. Também são oferecidos em formato EAD os cursos Fundamentos da energia solar fotovoltaica e Energia solar FV – Módulo comercial – vendas. Informações: https://cursos.canalsolar.com.br. Sistemas on e off grid e híbridos – A Neosolar oferece vários cursos voltados ao segmento solar, como Energia solar off grid com bateria, cujo objetivo é apresentar desde os fundamentos da energia solar até o cálculo dos equipamentos para uso em diversas aplicações; Energia solar: sistemas híbridos com bateria, que visa ensinar como dimensionar um sistema utilizando inversores híbridos com apoio da rede elétrica, gerador ou baterias, apresentando as vantagens oferecidas por esses sistemas; e Energia solar on grid – microgeração distribuída, que oferece uma visão geral sobre legislação, instalação, equipamentos, dimensionamento, custos e o funcionamento dos sistemas de energia solar fotovoltaica conectados à rede. https://www.neosolar. com.br/cursos-energia-solar.

No exterior Energias renováveis - A 6ª edição do Summit Internacional Türkiye’s Power acontecerá em Istambul, Turquia, de 25 a 26 de outubro. O evento, que também conta uma exposição, vai abordar temas ligados a energias renováveis e pretende reunir operadores de projetos de construção, expansão e modernização, funcionários do governo, órgãos reguladores, provedores de tecnologia e serviços, investidores internacionais e locais. Entre os principais temas estão: transição verde global, soluções e equipamentos inovadores, investimento, financiamento privado, empréstimos, gerenciamento de ativos e do sistema de energia, armazenamento de energia, etc. Mais informações em https:// turkiyespower.com.



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Produtos

Monitoramento de usina flutuante A Alfa Sense fornece a solução Fence Lite, que funciona com a instalação de um cabo de fibra óptica no entorno da plataforma da usina fotovoltaica flutuante, conectado ao equipamento em uma central de monitoramento. Com isso, a fibra óptica é transformada em um sensor acústico distribuído ao re-

dor da usina que, em tempo real, pode detectar aproximação de embarcações atracando ou encorando, passos na UFF, movimentos anormais e tentativas de invasão à plataforma. O sistema é capaz de monitorar distâncias de até 20 km de perímetro com apenas uma central. O Fence Smart é dotado de um sistema de geolocalização baseado em zonas virtuais flexíveis e ilimitadas, cujo objetivo é fazer a detecção proativa de tentativas de intrusão em tempo real. www.alfasense.com.br

Baterias para sistemas FV O portfólio de baterias para sistemas fotovoltaicos da Moura compreende as séries MS, MVF e MSL. A série MS tem tecnologia chumbo carbono, sendo indicada para sistemas de geração fotovoltaica de pequeno e médio porte. Segundo a empresa, o equipamento possui recarga rápida e eficiente e é projetado para suportar três vezes mais ciclos do que o padrão de mercado para a categoria. A empresa também fornece baterias da linha VRLA série MVA, indicadas para trackers solares. www.moura.com.br

Analisador fotovoltaico A Fluke do Brasil, que fornece ferramentas de teste e medição, lançou recentemente no mercado brasileiro o

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analisador fotovoltaico multifuncional SMFT-1000, que permite verificar o desempenho e a segurança de sistemas fotovoltaicos, além de agilizar a elaboração de relatórios. Desenvolvido especialmente para profissionais do setor fotovoltaico que prestam serviços de instalação, comissionamento e manutenção de sistemas que operam em 1000 V DC ou menos, o SMFT-1000 está em conformidade com os padrões internacionais IEC62446-1 para testes e documentação de sistemas fotovoltaicos conectados à rede, afirma a empresa. O equipamento realiza uma sequência automática de testes de desempenho e segurança em uma grande variedade de combinações, permitindo que o medidor de irradiância

IRR2-BT, incluso no analisador, conectese sem a necessidade de fios para enviar dados em tempo real. Além de fornecer medições de curva I-V mais precisas, o processo facilita a confirmação imediata das medições sem a necessidade de um notebook ou tablet, destaca a Fluke. Além disso, realiza testes essenciais em sistemas fotovoltaicos, como resistência de aterramento de proteção, tensão em circuito aberto (incluindo polaridade), corrente de curto-circuito, resistência do isolamento, rastreamento de curvas I-V e análise de software com TruTest, irradiância, temperatura, inclinação e direção cardinal. www.fluke.com

Lixeira solar A Finbin, uma empresa finlandesa, desenvolveu uma lixeira inteligente, que possui uma prensa movida a energia solar. Segundo a empresa, a lixeira, chamada de CitySolar, comprime o lixo e aumenta a quantidade que pode absorver por um fator de seis. O equipamento é conectado à internet e solicita o esvaziamento antes de atingir sua capacidade máxima. Para a mecânica

da prensa e da alavanca de pé, são usadas buchas autolubrificantes iglidur G e iglidur M250, da igus, isentas de lubrificação e manutenção. www.finbin.fi/en/smart-bins/ 37-smart-bin-citysolar

Inversores A Nansen Solar, divisão de negócios da Nansen, fornece diversos modelos de inversores on grid, híbridos e baterias. Os equipamentos, cuja corrente de entrada é de até 16 A nos monofásicos, contam com gerenciamento de energia inteligente 24 horas, por meio de plataforma digital, o que permite a verificação de dados, como a quantidade de energia consumida em tempo real. Eles contam também com diagnóstico remo-

to e atualização, além de configuração fácil de modos de trabalhos inteligentes e variedade de tensão MPPT. Os inversores da Nansen Solar utilizam bateria de lítio. Os modelos monofásicos 220 V foram projetados para grandes residências e pequenos comércios. Já os inversores trifásicos 220 V são direcionados a grandes comércios e pequenas indústrias. No caso dos inversores trifásicos 380 V de grande porte, o foco é grandes indústrias, comércios e fazendas solares. Segundo a empresa, todos os equipamentos possuem homologação no Inmetro conforme a nova Portaria 140/2022, certificações internacionais e acesso remoto por aplicativo via celular. A linha de inversores conta com garantia de dez anos. http://nansen.com.br


5 e 6 de dezembro de 2023 C. de Convenções Rebouças - São Paulo (SP) Transição energética sustentável: a energia solar acelerando as transformações Venha conosco preparar a sua empresa para navegar neste mercado, e conheça as oportunidades em armazenamento de energia e hidrogênio verde.

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Publicações

FotoVolt - Setembro - 2023

Tendências globais para energia e recursos naturais A publicação “Revisão Estatística da Energia Mundial”, conduzida pela KPMG e IEA Agência Internacional de Energia, compila e analisa dados sobre produção, consumo e emissões mundiais de energia e fornece informações atualizadas, abrangentes e objetivas desde 1952. A publicação destaca cinco temas fundamentais que desafiam o setor energético: 1) retomada dos padrões de demanda por combustível para transporte após a pandemia, mas com grandes variações em todas as regiões e tipos de combustíveis – exceto na China, em particular o combustível para aviação, que permaneceu com demanda significativamente abaixo do início da pandemia; 2) aumento dos preços internacionais do gás em função do conflito na Ucrânia e a redução dos fornecimentos russos (na Europa, os preços do combustível triplicaram, e na Ásia,

duplicaram); 3) mudanças sem precedentes nos fluxos comerciais mundiais de petróleo e gás e forte ritmo de implementação das energias renováveis, impulsionado por energia solar e eólica; 4) crescimento do consumo global de energia primária de 1% em 2022, ficando quase 3% acima do nível prépandemia (neste contexto, o gás registrou queda de 3% e as energias renováveis, excluindo a hídrica, aumentaram 13%; a predominância dos combustíveis fósseis ficou inalterada, com quase 82% do consumo total); e 5) aumento de 0,8% das emissões globais relacionadas à energia, apesar do forte crescimento das energias renováveis. Segundo a KPMG, apesar do crescimento recorde de energias renováveis, a energia mundial proveniente de combustíveis fósseis permanece bastante elevada, servindo

de alerta para os governos atuarem com mais urgência na transição energética. De acordo com Anderson Dutra, sócio-líder de Energia e Recursos Naturais da KPMG no Brasil, os dados da publicação evidenciam três crises interconectadas em termos de fornecimento, preço e clima, que para ser superada, a fim de ampliar as oportunidades, governos, empresas e sociedade precisam executar ações urgentes direcionadas para mitigar efeitos do aquecimento global. É o caso de iniciativas para a redução do consumo de energia e o aumento em escala de recursos para a economia de baixo carbono. A publicação é indicada para formuladores globais e nacionais de políticas públicas que atuam no setor. O conteúdo está disponível em https://www.energyinst. org/statistical-review.

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lar Fotovoltaica on-grid: Projeto Instalação – Homologação”, do autor Eider Silveira, aborda de forma objetiva aspectos de projeto, instalação e homologação de sistemas fotovoltaicos conectados à rede. Através de uma linguagem acessível, o autor apresenta os conceitos básicos da energia solar, explicando de maneira detalhada os componentes fundamentais de um sistema fotovoltaico, bem como os procedimentos técnicos para sua instalação correta. Além disso, o livro aborda as normas e rgulamentações vigentes no Brasil. O conteúdo apresentado é embasado em cases de sucesso e possui ilustrações e exercícios que facilitam o aprendizado. O livro é indicado tanto para profissionais da área quanto para estudantes e interessados nesse segmento. Publicado pela editora Simplíssimo: https://simplissimo. com.br.

Curso básico on-grid - O livro Curso Básico de Energia So-

Índice de anunciantes Absolar..........................................72

Geodesign......................................18

Novemp.........................................45

Sengi Solar..............................4ª capa

Boltinox ........................................23

Growatt...................................2ª capa

NTC Somar.....................................47

Serrana Solar.................................13

BYD...............................................41

Hoymiles .......................................33

Perkus...........................................63

Solis...........................................4 e 5

CBGD.............................................69

Inox-Par.................................10 e 11

Pextron.........................................61

Trael..............................................19

Cobrecom................................3ª capa

Ludufix..........................................21

Portal Eng. Solar.............................46

Tsun ..............................................15

Domínio Solar................................35

Metallight......................................17

Renesola........................................53

Valmont.........................................49

Dutoplast.......................................59

Mi Omega......................................37

Ribeiro Solar..................................20

VE Latinoamericano........................67

Embrastec......................................44

MO Energy.....................................42

Romagnole....................................43

W/Nunes .......................................34

Encontro Absolar............................71

Nansen ............................................7

Romiotto........................................30

ENGM............................................14

New-Fix .........................................31

SAJ................................................55


Solar FV em foco

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FotoVolt - Setembro - 2023

Agro também é solar... “A fonte solar é cada vez mais estratégica ao agronegócio, pois traz inúmeros benefícios e ganhos de competitividade aos produtores rurais”.

nova edição do Plano Safra 20232024, divulgado recentemente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), prevê volume recorde de R$ 364 bilhões para investimentos em projetos no agronegócio, cerca de 27% maior do que a edição do ano anterior, e traz importantes atualizações em suas linhas para a sustentabilidade na produção agropecuária. Com isso, amplia a disponibilidade de recursos e opções de financiamento para produtores rurais que buscam investir em energia solar fotovoltaica. A fonte solar é cada vez mais estratégica ao agronegócio, pois traz inúmeros benefícios e ganhos de competitividade aos produtores rurais. Com esta nova edição do Plano Safra, estão contempladas linhas de crédito para a geração própria solar para produtores rurais de todos os portes e em todas as regiões do Brasil. Vale destacar que a sinergia entre o agro e a solar fotovoltaica é imensa, com diversas aplicações na produção rural. A tecnologia solar é extremamente versátil e pode ser utilizada, por exemplo, no bombeamento e na irrigação de água, na refrigeração de carnes, leite e outros produtos, na regulação de temperatura para a produção de aves, na iluminação, em cercas elétricas, em sistemas de telecomunicação, no monitoramento da propriedade rural, entre muitas outras funcionalidades. Dos recursos disponibilizados no Plano Safra 2023-2024, R$ 272,12 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 26% em relação ao ano anterior. Outros R$ 92,1

Camila Ramos, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk *

bilhões serão aplicados em investimentos (+28%). Destes recursos, R$ 186,4 bilhões (+31,2%) serão com taxas de juros controladas, dos quais: R$ 84,9 bilhões (+38,2%) com taxas não equalizadas e R$ 101,5 bilhões (+26,1%) com taxas equalizadas (subsidiadas). Outros R$ 177,8 bilhões (+22,5%) serão destinados a taxas livres praticadas conforme as regras das instituições financeiras. Um dos destaques desta edição é a atualização de linhas de crédito, como o RenovAgro, novo nome do Programa ABC, destinado para as atividades de agricultura de baixo carbono, com foco na sustentabilidade no meio rural. Por meio dele, é possível financiar práticas como a recuperação de áreas degradadas e a ampliação de sistemas de integração em lavouras, a adoção de práticas conservacionistas de uso, bem como o manejo e a proteção dos recursos naturais. Também pode ser financiada a implantação de projetos de agricultura orgânica, a recomposição de áreas de preservação permanente ou de reserva legal, a produção de bio-insumos e de biofertilizantes, bem como os sistemas para geração de energia renovável (incluindo energia solar fotovoltaica) e outras práticas que envolvem produção sustentável e contribuem para a descarbonização e redução das emissões de gases de efeito estufa do agro brasileiro. Além do RenovAgro, outros programas financiam práticas sustentáveis de produção, como o Inovagro, o Proirriga, o Moderfrota e o Moderagro que também têm em sua concepção o incentivo à produção agropecuária de baixa emissão de gases de efeito estufa.

A partir deste ano, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (Moderagro) passa a financiar também correção de solo, com utilização de calcário, mineralizadores e fosfatagem. O fortalecimento dos médios produtores rurais também é destaque no Plano Safra de 2023-2024, com maior disponibilidade de recursos para custeio e investimento. Além disso, o limite de renda bruta anual para o enquadramento de produtores rurais no Pronamp foi elevado de R$ 2,4 milhões para R$ 3 milhões. A mudança leva em consideração a elevação dos preços dos produtos agrícolas, corrigindo as mudanças inflacionárias e do mercado mundial de comodities. Assim, ajudando o agro a se fortalecer e com espaço significativo para investimentos dentro do Plano Safra 2023-2024, a tecnologia fotovoltaica contribuirá cada vez mais para reduzir os custos com eletricidade, aumentar a segurança elétrica, proteger o consumidor contra os aumentos das tarifas de eletricidade e aumentar a oferta de energia elétrica na propriedade rural. Também ajudará a tornar a produção no campo mais limpa e sustentável, agregando valor à marca do produtor rural. Tudo isso se reflete em segurança alimentar e oferta de um alimento mais barato na mesa dos brasileiros. Por todas estas razões, o agro brasileiro é cada vez mais solar! * Camila Ramos é vice-presidente de Investimentos e Hidrogênio Verde da Absolar e CEO da consultoria Cela; Rodrigo Sauaia é CEO da Absolar; e Ronaldo Koloszuk é Presidente do Conselho de Administração da Absolar - Associação Brasileira da Indústria Solar Fotovoltaica.




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