FV - Junho - 2022

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String boxes – quadros de proteção e isolamento para sistemas FV Fundamentais para prevenção de danos aos equipamentos decorrentes de surtos atmosféricos, falhas de componentes e condições anormais de operação, as string boxes têm aqui uma lista de fornecedores no mercado nacional.

Energia inteligente 30

The smarter E Europe 2022 – Sucesso na volta à normalidade Depois de cancelado em 2020 e realizado em versão compacta no ano passado, o grande evento voltou com força ao seu formato regular, superando em muito as expectativas dos organizadores. A reportagem destaca também a participação brasileira.

Entrevista 36

Regulamentação do armazenamento de energia é urgente Conselheiro da Absolar e diretor da empresa NewCharge, Markus Vlasits diz que é preciso ser “agnóstico” em relação a tecnologias e que modificação de leis e regulamentos precisa ser feita já.

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Instrumentos de medição para geradores fotovoltaicos Uma lista de fornecedores de instrumentos de medição de grandezas individuais e medidores multifunção para comissionamento nos lados de c.c. e c.a., e para verificações segundo a norma ABNT NBR 5410.

Eletromobilidade 44

Gerenciamento inteligente de carga e recarga de VEs em instalações existentes Aumenta o número de edifícios residenciais e comerciais com estações de recarga de veículos elétricos. Porém, edificações mais antigas não foram projetadas para esse consumo, e o gerenciamento inteligente de recarga oferece uma solução para esses casos.

Vida útil 50

Avaliando a degradação a longo prazo das tecnologias FV O estudo relatado no artigo acompanhou o desempenho real ao longo de 10 anos de cinco tecnologias de módulos FV em operação, para identificar causas da deterioração desse desempenho e determinar a taxa de degradação.

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Estruturas para montagem de sistemas fotovoltaicos Conheça a oferta de diversos fabricantes de soluções para montagens em solo (com inclinação de ângulo fixo ou ajustável) e telhado, além de estruturas dedicadas a geradores FV flutuantes.

Congresso 62

Intersolar Summit discute o futuro da geração FV As oportunidades e os desafios da expansão da energia fotovoltaica no Brasil estiveram no centro da pauta do Intersolar Summit Brasil Nordeste, que além do desenvolvimento tecnológico e econômico abordou a agregação de valor à indústria via hidrogênio verde.

Pesquisa & inovação Veículos elétricos Agenda Produtos Atendimento ao leitor Publicações Índice de anunciantes Solar FV em foco

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Capa Foto: Kampan, via Shutterstock As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por FotoVolt, podendo mesmo ser contrárias a estas.

Sumário

Carta ao leitor 6 Notícias 8




Carta ao leitor

Treme a conjuntura, e a enegria solar fotovoltaica segue crescendo Mauro Sérgio Crestani, Editor

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inflação galopa no mundo e com especial denodo no Brasil, sucedendo-se notícias de carestia e fome alastrando-se no País. Para tentar conter preços de energia e aumentar suas chances na eleição de outubro, o governo vai adotando uma série de medidas, entre as quais algumas relativas à energia elétrica. Estava no forno, por exemplo, quando se preparava esta edição de FotoVolt, uma lei determinando a devolução, via tarifa, de créditos fiscais bilionários aos consumidores de energia elétrica. Neste momento de emergência social, são bem-vindas todas as medidas, eleitoreiras ou não, que venham diminuir um pouco o pesado fardo do brasileiro. Mas elas não tornarão a energia barata, apenas momentaneamente menos cara. Os reajustes para este ano e os vindouros já carregam inevitáveis custos e encargos ― a exemplo dos bilionários empréstimos às concessionárias de eletricidade, destinados a preservar-lhes o equilíbrio econômico-financeiro durante a pandemia, os quais serão pagos pelos consumidores ao longo dos anos. E vemos também para onde seguem os preços da energia fóssil, sobre a qual repousa ainda nossa segurança elétrica durante estiagens. Porém, mesmo com a conjuntura geopolítica a pressionar preços da energia e elevar a inflação em todos os segmentos (incluindo, frise-se, na indústria de equipamento fotovoltaico e eólico, como bem alertou um recente relatório da Bloomberg NEF), a elevada competitividade na indústria solar FV no Brasil segue inabalada. O ritmo é tão forte que quase não faz sentido dar números, pois os recordes de capacidade instalada são batidos diariamente. Em termos de mercado solar fotovoltaico, vive-se no Brasil de hoje, com todas as peculiaridades consideradas, momento parecido ao que se experimentou na Europa, principalmente na Alemanha, nos primeiros anos deste século, uma euforia que transborda e atrai cada vez mais empresas e profissionais, como bem declara aqui um privilegiado observador, na reportagem sobre a participação brasileira na The smarter E Europe 2022 ― de resto uma edição histórica, como se relata na matéria, com recordes de público, conferencistas e expositores, mais uma vez contra o pano de fundo de um momento geopolítico e uma emergência ambiental que demandam a substituição “para ontem” dos combustíveis fósseis no velho continente. O mesmo entusiasmo se verifica em todos os outros encontros, feiras e congressos que reúnem agentes desse mercado, a exemplo ainda do Intersolar Summit Brasil Nordeste, que nesta edição merece uma extensa reportagem de Jucele Reis sobre os produtivos encontros que integraram a pauta deste ano. Como relata nossa jornalista, aspectos tecnológicos, econômicos e do desenvolvimento da geração distribuída e de grande porte dividiram o palco com a ampliação, diversificação e agregação de valor da indústria solar por meio do hidrogênio verde. Hidrogênio verde, aliás, que, junto com sistemas de armazenamento de energia, foram objetos na The smarter E Europe de um “evento de relacionamento” (networking event, no original), no qual se apresentaram a empresários estrangeiros as oportunidades dessas duas modalidades no pujante mercado fotovoltaico brasileiro. Convidado a dar suas impressões sobre esse evento, em particular, Markus Vlasits (o “privilegiado observador” mencionado acima), que é conselheiro da Absolar e empresário do setor de armazenamento de energia, acabou por conceder a FotoVolt uma entrevista de substancioso conteúdo, a qual também publicamos aqui.

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225) Redatora: Jucele Menezes dos Reis PUBLICIDADE Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti Contatos: Eliane Giacomett – eliane.giacomett@arandaeditora.com.br; Ivete Lobo – ivete.lobo@arandaeditora.com.br Tel. (11) 3824-5300 REPRESENTANTES BRASIL: Interior de São Paulo: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R. Wander Rodrigues de Lima, 82 - cj. 503; 30750-160 Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31) 99975-7031; oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – R. Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000 Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel. (41) 9728-3060; romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva – Tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 98179-9661; maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES: China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 55-3-703 Guan Lane, Hangzhou, Zhejiang 310003; tel.: +86-571 8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide); jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker – Beyeroehde 14, 42389 Wuppertal; tel.: +49 202 27169 13; fax: +49 202 27169 20; www.intermediapartners.de; sanacker@intermediapartners.de Italy: Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7 – 20148 Milan; tel.: +39 2 3921 6180; fax: +39 2 3921 7082; grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina – Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073; tel: +81-(0)3-3263-5065; fax: +81-(0)3-3234-2064; aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn – 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu, Seoul 134-070; tel: +82 2 481-3411; fax: +82 2 481-3414; jesmedia@unitel.co.kr Switzerland: Rico Dormann – Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon; tel.: +41 44 720-8550; fax: +41 44 721-1474; dormann@rdormann.ch Taiwan: Worldwide Services Co. – Ms. P. Erin King – 11F-2, No. 540 Wen Hsin Road, Section 1, Taichung, 408; tel.: +886 4 2325-1784; fax: +886 4 2325-2967; global@acw.com.tw UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands, Norway, Sweden): Mr. Edward J. Kania – Robert G Horsfield International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA; tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188; ekania@btinternet.com USA: Ms. Fabiana Rezak – 12911 Joyce Lane – Merrick, NY, 11566-5209; tel. (516) 858-4327; fax (516) 868-0607; mobile: (516) 476-5568; arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Helio Bettega Netto DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva CIRCULAÇÃO: Clayton Santos Delfino Tel.: (11) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br SERVIÇOS Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima TIRAGEM: 8.000 exemplares FotoVolt é uma edição especial da Revista Eletricidade Moderna, publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. Tel.: +55 (11) 3824-5300; Fax: +55 (11) 3666-9585 em@arandaeditora.com.br – www.arandaeditora.com.br ISSN 2447-1615



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Notícias

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Absolar/divulgação

Energia solar ultrapassa 16 GW e mais de R$ 86 bilhões em investimentos

Brasil atingiu em meados de junho 16 GW de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração distribuída. A fonte Setor gerou 479,8 mil empregos desde 2012 e hoje já é a quinta fonte na matriz elétrica já ocupa o quinto lugar na matriz elétrica brasileira, tendo ultrapassado a potência instalada em termeacumulados, além de proporcionarem létricas a combustíveis fósseis e se arrecadação de R$ 8,4 bilhões aos coaproximando rapidamente da potência fres públicos. No segmento de geração instalada nas usinas a biomassa. distribuída são mais de 10,9 GW de A marca foi registrada apenas 60 potência FV instalada, com mais de dias depois de o País ter atingido 15 R$ 59,2 bilhões investidos, R$ 14,4 biGW instalados em energia solar folhões em arrecadação de impostos tovoltaica. A entidade prevê o crescie mais de 327,8 mil empregos acumumento acelerado este ano nos sistemas lados desde 2012, em todo o Brasil. em operação no Brasil, especialmente A tecnologia solar é utilizada atualos sistemas de geração distribuída, em mente em 98% de todas as conexões decorrência sobretudo da entrada em de autoprodução distribuída no País, vigor da Lei nº 14.300/2022, que criou liderando com folga o segmento. o marco legal da geração própria de energia. “Trata-se, portanto, do melhor momento para se investir em energia solar, justamente pelo período de transição previsto na lei, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que instalarem um Grupo Comerc Energia anunciou sistema solar no telhado até janeiro que pretende investir cerca de de 2023”, disse em nota Ronaldo KoR$ 6 bilhões para aumentar sua caloszuk, presidente do Conselho de pacidade de geração de energia solar Administração da Absolar. até o final de 2023, tanto no mercado Segundo a Absolar - Associação de energia distribuída quanto no de Brasileira de Energia Solar Fotovolenergia centralizada. Investimento taica, a fonte solar já trouxe ao Brasil na construção ou aquisição de usinas mais de R$ 86,2 bilhões em novos solares fará capacidade do grupo dar investimentos, R$ 22,8 bilhões em arsalto de 500 MWp para aproximadarecadação aos cofres públicos, gerou mente 2 GWp. A estratégia foi revemais de 479,8 mil empregos acumulada após o anúncio da aquisição das lados e evitou a emissão de 23,6 miusinas solares da Energea e do BTG lhões de toneladas de CO2 na geração Pactual, em Minas Gerais, avaliadas em R$ 200 milhões. de eletricidade desde 2012. O Brasil De acordo com o CEO do Grupo possui aproximadamente 5,1 GW de Comerc Energia, Andre Dorf, o foco potência instalada em usinas solares em energia solar está em linha com o de grande porte, o equivalente a 2,6% business plan estabelecido pela empresa da matriz elétrica do País. Desde 2012, e o seu incremento impulsionará os essas usinas receberam mais de R$ negócios. “Até 2020, a Comerc era vol27,0 bilhões em novos investimentos tada à prestação de serviços de energia e geraram mais de 152 mil empregos

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Comerc Energia investirá R$ 6 bilhões em energia solar FV até 2023

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para clientes, mas não tínhamos ativos de geração no Grupo. Isto mudou em 2021, após as associações da empresa com a Perfin Investimentos e a Vibra Energia, que além de capitalizar o Grupo, trouxeram expertise, investimentos em usinas e projetos eólicos e solares, além de um portfólio de clientes que impulsionou nossos negócios”, comentou em nota à imprensa. A perspectiva da companhia é de que a geração renovável, solar e eólica, se torne responsável por aproximadamente três quartos da geração de caixa da empresa a partir de 2024, após a conclusão de todos os projetos de seu plano atual. A companhia atua tanto em geração centralizada, por meio da Mercury Renew, quanto no segmento de geração distribuída, com a Mori Energia e com a plataforma digital Sou Vagalume. Os investimentos nas plantas solares possibilitarão ampliação da oferta de serviços. A Mercury Renew, por exemplo, está em pleno processo de construção de novas usinas, dentre elas a de Castilho, no interior de São Paulo, que será a maior usina fotovoltaica do estado com 270 MWp, e Hélio Valgas, no município de Várzea da Palma, em Minas Gerais, com 670 MWp de capacidade instalada. Já a Mori Energia, que entre 2020 e 2021 implantou 35 usinas e já tem cerca de 40 mil clientes, prevê a implantação de mais quase 60 usinas até o final de 2022, que elevarão sua capacidade para 357 MWp.

Raízen instala carregadores de carros elétricos nos postos Shell Raízen, licenciada dos postos de combustíveis da Shell no Brasil e na Argentina, iniciou um programa de implementação de eletropostos no País. O primeiro foi inaugurado na zona norte da capital paulista e conta com carregadores de 50 kW e 150 kW que podem abastecer veículos elétricos em até 35 minutos.

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Raizen/divulgação

disse o vice-presidente de Energia e Renováveis da Raízen, Frederico Saliba. O primeiro eletroposto do programa foi instalado no Posto Shell Papacidero, na Avenida Prof. Celestino Bourroul, 34, no bairro do Limão, em São Paulo.

Primeiro eletroposto em operação em São Paulo – programa prevê mais 34 carregadores até março de 2023 Batizado de Shell Recharge, o programa de eletromobilidade prevê a implantação pela Raízen de uma rede com 35 eletropostos de recarga rápida até março de 2023, todos com a mesma configuração de carregadores. A energia consumida pelos pontos de suprimento será de origem renovável, por meio de geração distribuída própria da Raízen, das fontes solar FV e de biomassas, já utilizada em mais de 500 postos de combustíveis Shell no Brasil. Além disso, toda a energia é certificada pelo sistema de rastreamento I-REC. Os clientes que recarregarem os veículos elétricos nas estações da Shell poderão fazer o pagamento por meio do cadastro de um cartão de crédito no app Tupinambá, disponível para download na Apple Store e Play Store. “Na Raízen, temos o privilégio de contar com a parceria global da Shell para trazer as melhores experiências e tecnologias adotadas no mundo inteiro para contribuir com nosso objetivo de liderar a expansão da eletromobilidade no Brasil e redefinir o futuro da energia”,

Data center na Paraíba fica autossuficiente com miniusina solar

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Para melhorar o rendimento da geração de energia e ter mais confiabilidade e segurança operacional, a HostDime optou pela tecnologia MLPE (Module Level Power Electronics, ou Eletrônica de Potência a Nível de Módulo) na usina, que controla o sistema FV em cada módulo, com uso de microinversores e otimizadores de potência. Com tecnologia da israelense SolarEdge, o projeto foi implementado pela MCS Engenharia.

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HostDime/divulgação

HostDime, empresa de data centers de origem norte-americana, vai inaugurar em agosto uma miniusina solar fotovoltaica de 1 MWp no município de Pilar, a 55 km de João Pessoa, na Paraíba. O investimento de aproxi- Planta solar de 1 MWp entra em operação em agosto e também dará suporte à expansão do data center prevista para este ano madamente R$ 5,5 milhões visa atender, por Entre suas vantagens, o sistema geração distribuída, a demanda atual MLPE consegue, com os microinversode seu data center na capital paraibana e res, fazer com que os efeitos do somsua prevista expansão de 29% para ser breamento e da poeira, que afetem um executada ainda neste ano. só módulo fotovoltaico, não interfiram A previsão da empresa é a de que no desempenho do gerador por coma operação da miniusina resulte em pleto. Além disso, também protege uma economia de aproximadamente o sistema em caso de ocorrências de R$ 800 mil já no final do primeiro arcos elétricos, permitindo o controle ano de operação, com a geração de e o desligamento individualizado dos 122.500 kWh médios por mês. A consmódulos. trução ocupa 12 mil m2 de área, onde A HostDime está no Brasil desde são instalados 2002 módulos solares 2016 e é especializada em armazenafotovoltaicos de 540 Wp. A área admento de dados principalmente para quirida para o projeto em Pilar supera 5 hectares. clientes empresariais de médio e grande portes. Além do data center em João Shell vai implantar 2,1 GW em usinas solares em MG Pessoa, a empresa tem centrais em São Paulo, Orlando (EUA) e em Bogotá Shell Energy Brasil anunciou plano de implantação de cinco usinas solares fotovoltaicas em Minas Gerais. A estratégia é instalar as UFVs nas regiões norte, noroeste e central do estado e envolve investimentos da ordem de (Colômbia). Segundo o engenheiro R$ 7 bilhões. Para selar o compromisso, a companhia britânica assinou um protocolo de intenções no dia 30 de maio Célio Anésio, diretor técnico da MCS com o governo estadual. Engenharia e líder na área de energia O acordo entre o governo e a empresa prevê estudos para instalação das usinas nas cidades de Corinto, na região na HostDime, provavelmente em 2024 central; em Arinos e Brasilândia de Minas, no noroeste; e em Janaúba e Várzea da Palma, no norte do estado mineiro. a usina deve ser expandida, para atenO planejamento, com todos os complexos operando, é adicionar até 2,1 GW de capacidade instalada, o suficiente der o aumento previsto da demanda para abastecer uma cidade de 2 milhões de habitantes. Segundo a Shell, as obras devem começar a partir de janeiro energética do data center. “O quanto de 2023, com previsão de o primeiro complexo entrar em operação em janeiro de 2025. será expandido vai depender do aumenMinas Gerais tem atualmente 2,4 GW de potência instalada de energia solar fotovoltaica, sendo apenas 730 MW de to do consumo, mas o limite técnico geração centralizada com usinas de grande porte, como as que a Shell pretende instalar no estado. para expandir a usina é de 5 MW”, diz.

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Jolywood tem contato de seguros reafirmado pela Munique Re chinesa Jolywood, fabricante de módulos fotovoltaicos tipo N, assinou um novo contrato de cooperação com a Munich Re, gigante global do setor de resseguros, durante a Intersolar Europe, realizada em maio em Munique, Alemanha. Com o acordo, a Munich Re continuará fornecendo aos produtos da Jolywood garantia de 12 anos para o material e garantia de 30 anos para a saída de energia linear. Nos três anos de cooperação até aqui, as duas empresas formularam e desenvolveram conjuntamente soluções de energia renovável para investidores e instituições de financiamento para uso em larga escala dos módulos Jolywood, além de fornecerem serviços diversificados e uma garantia mais abrangente de suporte de terceiros. A Munique Re, fundada em 1880 e sediada em Munique, Alemanha, é uma das principais fornecedoras mundiais de soluções de resseguro, seguros primários e soluções de risco relacionadas a seguros. A empresa realizou uma avaliação abrangente e inspeção rigorosa da Jolywood, incluindo uma avaliação não direcional das linhas de produção, qualidade dos produtos, força tecnológica, etc. Os resultados levaram à aprovação da Jolywood como empresa confiável de tecnologia fotovoltaica e serviços abrangentes de subscrição, afirmou em nota a companhia chinesa. Andreas Dill, chefe de soluções de tecnologia verde da Munich Re, afirmou que sua empresa tem “um processo minucioso de diligências apropriadas antes de fornecer cobertura de resseguro, no qual a Jolywood passou, para nossa satisfação. É por isso que decidimos estabelecer uma relação cooperativa de longo prazo.” Segundo Lex Xie, Chefe de Marketing Global da Jolywood, sob o endosso da Munique Re é mais fácil para os clientes da Jolywood obterem financiamento de

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seus projetos com as instituições financeiras internacionais.

Filipinas vai construir maior usina solar com baterias do mundo erá instalada em Manila, nas Filipinas, a maior usina solar fotovoltaica do mundo combinada com sistema de armazenamento de energia com baterias (BESS, na sigla em inglês). A instalação é da empresa filipina Prime Infra e contempla potência total entre 2,5 GW e 3 GW da UFV e BESS com capacidade de armazenamento de 4.000 MWh a 4.500 MWh. O projeto será realizado pela Terra Solar Philippines, uma subsidiária de energia renovável sob o controle da Prime Infra e em parceria com a Solar Philippines Power Project Holdings. O empreendimento envolve contrato de fornecimento de energia de 850 MW para a geradora Meralco - Offtaker Manila Electric Company, por um período de 20 anos. O projeto foi aprovado por um processo seletivo do Departamento de Energia das Filipinas realizado no ano passado, dentro de programa federal que estabelece a necessidade de uma porcentagem mínima de energia renovável para os geradores do país. De acordo com cálculos da Terra Solar, a oferta de 850 MW pode deslocar um consumo anual de aproximadamente 1,4 milhão de toneladas de carvão ou 930 mil litros de petróleo. Além da redução de emissões, a iniciativa diminuirá a dependência de importação dos combustíveis para o país de 2026 a 2046. O contrato de fornecimento de energia com a Meralco prevê que 600 MW estarão disponíveis até 2026, enquanto os 250 MW adicionais serão entregues em 2027. As Filipinas estão em implementação de uma política agressiva para expandir a geração renovável. Em 2020, o país decretou uma moratória para o

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Enerzee/divulgação

uso do carvão e criou o programa Normas de Portfólio Renovável (RPS, na sigla em inglês), que motivou o projeto da Terra Solar. Atualmente, as fontes renováveis representam 29,1% da capacidade instalada de geração do país.

Enerzee inaugura showroom com tecnologias solares em Cuiabá integradora de sistemas solares Enerzee inaugurou um showroom em Cuiabá, no Mato Grosso, para mostrar como a autogeração solar pode ser empregada no cotidiano de uma residência. Instalado no Shopping Estação Cuiabá, o showroom foi criado no conceito de espaço sensorial, pelo qual os visitantes entram em ambientes para entender as possibilidades. O showroom conta com várias estações, que mostram desde como é feito o abastecimento da rede elétrica pela energia solar fotovoltaica até outras inovações dentro da residência, como o uso na cozinha de eletrodomésticos à base de indução de calor e a presença na garagem de sistema de recarga para veículos elétricos. Para implantar o showroom, a Enerzee contou com parcerias de grandes empresas, como a Electrolux, que cedeu eletrodomésticos da casa inteligente montada. Além disso, a WEG, com quem a integradora tem acordo para utilizar seus equipamentos solares nos projetos, montou um mural digital, em formato de video wall, para demonstrar suas tecnologias de módulos solares fotovoltaicos, baterias residenciais e carregadores de veículos elétricos. Também estará exposto veículo elétrico SUV da montadora chinesa BYD, o Tan Ev, para 7 lugares, uma scooter elétrica da Niu e duas bicicletas elétricas da Lev. Além disso, o projeto da Enerzee disponibilizou de forma gratuita carregadores de veículos elétricos da WEG em quatro vagas do estacio-

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A WEG contribuiu com video wall de tecnologias solares e estação de carregamento de VEs– showroom apresenta todas as alternativas possíveis para uma residência namento do shopping, que podem ser vistas por meio de uma parede lateral de vidro a partir do showroom. Depois da inauguração dessa unidade, o propósito é expandir o projeto para outras cidades. Após três meses de avaliação de comportamento em Cuiabá, onde fica a sede da Enerzee, a exposição seguirá para todas as capitais do Brasil, iniciando ainda em 2022 por São Paulo, Curitiba e Fortaleza.

Copel apresenta energy techs de seu programa de inovação primeira edição do programa de inovação aberta Copel Volt encerrou-se em maio com as demonstrações de resultados dos cinco projetos selecionados no programa, em evento realizado na sede da companhia, em Curitiba. Uma das finalistas desta primeira edição foi a movE, startup que desenvolve soluções tecnológicas para gestão e controle de recargas de veículos elétricos e cujo COO é Rafael Cunha (foto), titular da coluna “Veículos elétricos” da revista FotoVolt. Cunha apresentou na solenidade o projeto selecionado, que consiste na expansão da eletrovia da Copel no

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Paraná, com integração de todos os eletropostos em única plataforma de gestão e interação com usuários por meio de aplicativo para realização e cobrança de recarga. O diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copel, Cássio Santana da Silva, destacou a oportunidade de se fazer parcerias da empresa com startups de energia, chamadas de energy techs. “Assim como existem as fintechs, do mercado financeiro, e as health techs, da área da saúde, a Copel também se posiciona na vanguarda da inovação ao firmar relacionamento com startups do setor energético”, afirma Cássio Silva. Inovação aberta é uma sistemática que tem como objetivo melhorar o desenvolvimento de produtos ou serviços, aumentando a eficiência dos processos de desenvolvimento e inovação das organizações, com menor prazo, menor custo, ou agregando novos serviços por meio de parcerias com diferentes entidades, como startups, instituições de ensino ou institutos tecnológicos. Nesta primeira edição do programa Copel Volt, que durou um ano, mais de 200 startups dos cinco continentes se inscreveram em oito desafios que a Copel identificou como oportunidades de negócio: relacionamento com o cliente; energia e além da energia; processos internos inovadores; energia limpa e novas matrizes energéticas; novos modelos de negócio; eletromobilidade; gestão de ativos e instalações; e armazenamento de energia. As provas de conceito das selecionadas foram avaliadas por uma banca Copel

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Uma das empresas selecionadas foi a movE, do colunista de FotoVolt Rafael Cunha (na foto), com projeto de controle de recarga de veículos elétricos



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FotoVolt - Junho - 2022

Com nova fábrica, SMA dobrará sua capacidade na Alemanha

SMA, além da linha de inversores, ine poderão gerar novos modelos de clui soluções para sistemas fotovoltainegócios, levando em conta a possibilicos e de armazenamento em bateria de dade de execução, o grau de inovação todas as classes de potência, além de do projeto e o impacto que a parceria SMA, fabricante alemã de equipasistemas inteligentes de gerenciamento pode trazer ao mercado. A análise agomentos solares fotovoltaicos, vai de energia e soluções de carregamento ra segue para procedimento interno de dobrar a capacidade de produção na para veículos elétricos e aplicações de governança na Copel. sua sede em Niestetal, na Alemanha. Power to Gas, serviços de energia digiAlém da movE, foram selecionadas Com o investimento, previsto para ser tal e de operação e manutenção para as seguintes empresas: CUBi, platainiciado no fim deste ano, a unidade usinas fotovoltaicas. forma de governança energética que passará dos atuais 21 GW de capaciSegundo comunicado da SMA, a demonstrou a capacidade de escalar dade para quase 40 GW até 2024. Seampliação da fábrica levará em conta análises e alavancar oportunidades de gundo a empresa, em inversores, seu o potencial de crescimento futuro do economia na indústria e nos negócios carro-chefe, há 110 GW de potência mercado solar. O projeto também será para a Copel, diagnosticando R$ 16 agregada instalada em 190 países. implementado de acordo com critérios milhões em potencial de economia; A nova fábrica, batizada de Giga2 de sustentabilidade, para obter a certiNEX Energy, de Curitiba, com projeto watt, ocupará 47 mil m de área útil ficação DGNB, sistema de certificação voltado ao aluguel de usinas 100% e será voltada principalmente para para construção sustentável. “O anúnrenováveis da Copel, solares e eólicas, atender o segmento de usinas solares cio da nova fábrica vem após a intensa com economia de até 20% para emprede grande porte. A expectativa é de a experiência na feira Intersolar Europe sas paranaenses com faturas de enernova capacidade fabril gerar mais de e do entendimento de que o fluxo de gia entre R$ 1 mil e R$ 20 mil; Prescin200 novos empregos. O portfólio da capitais para o to, startup da Índia, com projeto setor de energias de análise dos dados históricos renováveis está de energia limpa da Copel, colese ampliando extados das usinas, e elaboração de ponencialmente, proposta de gestão para ampliar com os desafios o desempenho; e Watt-is, startup de descarboniportuguesa, cujo projeto analisa, zação e a nova por meio de inteligência artificial, situação geopodados de consumo de energia de lítica”, disse o cerca de 5 mil unidades consumidiretor da SMA doras do Paraná com medidores Brasil, André inteligentes, com vistas ao uso Gellers. eficiente de energia. Investimento na nova fábrica vai elevar produção para quase 40 GW até 2024 SMA/divulgação

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Iberdrola constrói maior usina de H2 verde da Europa

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do sistema de produção de hidrogênio via eletrólise, baseado na solução Proton PEM desta empresa. A companhia basca Elecnor foi responsável pela montagem elétrica e o fornecimento de materiais, como quadros e painéis elétricos, suportes, eletrodutos e luminárias, enquanto a Construcciones Electromecánicas Consonni fabricou os equipamentos de média tensão em Bilbau. O projeto contou com módulos fotovoltaicos bifaciais, que produzem mais energia e têm maior vida útil, e inversores do tipo string.

Ingeteam/dovulgação

esenvolvida pela Iberdrola e localizada em Puertollano, Ciudad Real, Espanha, a usina conta com 100 MW de painéis fotovoltaicos e sistema de armazenamento de energia em baterias de 5 MW/20 MWh. A produção do hidrogênio verde é realizada por meio de um eletrolisador de 20 MW, um dos maiores sistemas do mundo para essa finalidade. O hidrogênio é matéria-prima para a produção de amônia verde, usada pela empresa Fertiberia para fabricar fertilizantes de baixo carbono. A Ingeteam foi selecionada pela Iberdrola para fornecer em regime turn- Sistema da Ingeteam armazena parte da energia fotovoltaica gerada durante o dia para produzir hidrogênio à noite key o sistema de armazenaA parceria entre a Iberdrola e a Fermento, constituído de: quatro contêitiberia contempla o desenvolvimento neres de baterias de 40 pés totalmente total de 830 MW de hidrogênio verde integrados, de 1,25 MW/5 MWh cada; na Espanha, com investimento de 1,8 sistema de refrigeração líquida das bilhão de euros até 2027. O acordo prebaterias; sistema de monitoramento e vê outros três projetos em Ciudad Real controle integrado; central com transe Palos de la Frontera (Huelva). formador de BT/MT, quadro de média tensão, transformador de serviços auxiliares e quadro de distribuição; e quatro inversores de bateria Ingecon Sun Storage Power Série B. A Ingeteam também realizou a montagem in loco desse sistema e seu posterior comissioWDC Networks, empresa de tecnologia que atua nos setores de namento. telecomunicações e energia solar, feCom investimento total de 150 michou contrato para construir, sob seu lhões de euros, que inclui tanto as insinvestimento, duas usinas solares fototalações de hidrogênio verde quanto a voltaicas para a empresa VSG Energia, planta fotovoltaica dedicada, a usina startup da área de renováveis. O acorde Puertollano será capaz de produzir do envolve a modalidade de locação até 3.000 toneladas de hidrogênio verdas usinas por um período acordado de por ano e evitar a emissão anual de anteriormente entre as empresas. 78 mil toneladas de CO2. As usinas serão instaladas no estaA Iberdrola também contratou a eudo do Rio de Janeiro e terão cada uma ropeia Nel Hydrogen Electrolyser (di6,5 MWp de potência instalada, com visão da Nel ASA) para a construção

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WDC Networks vai construir UFVs de aluguel para a VSG

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entrada em operação prevista para o fim deste ano. A energia gerada vai gerar créditos de compensação, por geração distribuída, para clientes da área de telecomunicações da VSG. Para a WDC Networks, trata-se do maior projeto de solar realizado no modelo de negócio que a empresa denomina de Technology as a Service (TaaS), por meio do qual entrega tecnologia de hardware e software em forma de opex (custo operacional). A empresa já conta vários fornecimentos nesse modelo para o mercado de telecomunicações, por exemplo em instalações de internet banda larga, segurança eletrônica, redes WI-FI e infraestrutura de redes de dados. “Estamos muito empolgados com essa parceria, consolidando nosso modelo TaaS para geração de energia solar, para poder oferecer energia limpa com uma solução completa e personalizada para a VSG”, disse o diretor da unidade de negócio de solar da WDC Networks, André Souza. O contrato de locação com a VSG contempla um período de 84 meses, contados a partir da data de entrega dos locais para implantação do projeto.

Ilhas paradisíacas adotam solar off-grid com baterias lhas exclusivas e luxuosas do litoral brasileiro estão optando por energia solar fotovoltaica e abandonando o poluente e caro diesel até então utilizado em sistemas geradores. Há pelo menos dois novos casos recentes de microusinas off-grid que incluem ainda sistemas de armazenamento de energia por baterias. O primeiro atende a uma das 365 ilhas da costa de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e o segundo foi implementado em ilha na Baía de Todos os Santos, na região de Salvador, na Bahia. Em Angra dos Reis, a contemplada foi a Ilha do Japão (foto), a sete quilômetros da costa fluminense e que

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Notícias

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abriga pousada de alto padrão, com limite de hospedagem de até 10 pessoas e diárias de 20 mil reais. O sistema instalado pela Ideatek Service Solar tornará a ilha do Japão autossuficiente, por Projetos em Angra dos Reis (Ilha do Japão, na foto) e na Bahia implantam microusinas e armazenamento de energia para substituir a geração a diesel também contar com armazenamento de energia, e fará o local deixar de queimar 160 litros de diesel por dia de seu antigo sistema gerador. A instalação na Ilha do Japão envolve, além da microusina solar de geradora Casa dos Ventos firmou 45 kWp e inversor SMA Core1 com contrato de compra de energia 50 kVA de potência, um sistema de solar fotovoltaica com a Lightsource armazenamento de energia com cabp, empresa de energia renovável da petroleira britânica Bp que estreia no pacidade de 130 kWh e que utiliza 12 Brasil com a construção da UFV Mibaterias SMA de 72 kVA. O sistema de lagres, de 210 MWp, com previsão de distribuição é um SMA MultiCluster entrar em operação comercial no início Box 12.3 e conta com 28 baterias da UZ de 2024. Energy Power Lite Series com 5,12 kWh O contrato de compra de energia de potência. (PPA, na sigla em inglês) foi assinado O segundo projeto envolve uma pela comercializadora da Casa dos ilha localizada na Baía de Todos os Ventos, uma das principais empreenSantos e foi executado pela Enersol dedoras do setor eólico no País mas Energia Solar, de Lauro de Freitas que tem estratégia de expandir a gera(BA). O sistema contempla uma mição para a fonte solar. Com prazo de crousina de 10,7 kWp, composto por dez anos, o PPA é o primeiro de longo 20 módulos solares fotovoltaicos de prazo que a empresa assina como com535 Wp da Axitec, três inversores de pradora e servirá para atender a um 10 kW da Victron Energy e duas cliente do mercado livre. baterias de lítio de 13,8 kWh da chiCom o PPA, a Lightsource bp viabinesa BYD. liza a estrutura financeira da construSegundo a Enersol, o projeto foi dição da UFV Milagres, em Abaiara, no mensionado para gerar até 55 kWh por Ceará, que demanda investimentos de dia e para armazenar o excedente em R$ 800 milhões e cujas obras já se inibaterias, que será utilizado durante a ciaram. Além de parte da energia genoite. Mas mesmo assim será mantido rada atender a Casa dos Ventos, o reso gerador a diesel para backup em dias tante será comercializado com vários de grande movimentação na ilha, poclientes do mercado livre em contratos rém com redução prevista do consumo de menores portes e prazos. do combustível entre 80% e 95%. Antes A estratégia das duas empresas do projeto solar, a ilha contava apenas demonstra ainda planos ambiciosos com energia durante a noite, quando em energia solar no País. A Casa dos era acionado o gerador, que consumia Ventos, além de usar a fonte para atende 50 a 60 litros e diesel por dia.

Lightsource bp vai construir usina para PPA com Casa dos Ventos

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der clientes da sua comercializadora, também tem planejamento de adicionar 800 MW de solar fotovoltaica ao seu portfólio de geração renovável nos próximos anos. Metade disso será para tornar híbridos dois de seus parques eólicos, na Bahia (Babilônia) e no Rio Grande do Norte (Rio do Vento). Os outros 400 MW serão implantados no Sudeste e Centro-Oeste. Já a Lightsource bp tem um pipeline de projetos para geração solar centralizada no País de 4 GW. A ideia é atender a demanda por energia renovável por meio de PPAs corporativos e em modelagens de autoprodução. As futuras usinas devem ser construídas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Segundo a empresa, a estratégia envolve atendimento customizado para as necessidades energéticas do cliente, o que inclui certificados de energia renovável (I-RECs).

Universidade em Pernambuco tem miniusina de 1,2 MW grupo privado de educação Ser Educacional começou a contabilizar os ganhos obtidos com a entrada em operação de miniusina solar fotovoltaica de 1,2 MWp, cuja geração distribuída está gerando créditos para compensação de 12 unidades do Centro Universitário Uninassau, em Pernambuco, pertencente ao grupo. Até meados de abril, a usina solar, que consumiu investimentos de R$ 4,5 milhões, gerou 318,6 MWh, o que

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Inaugurada em fevereiro, usina compensa consumo de 12 unidades do grupo



Notícias

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trouxe o benefício de reduzir a emissão de 316,63 toneladas de CO2. Segundo a Ser Educacional, a geração supre todas suas unidades consumidoras de baixa tensão localizadas em Pernambuco, além de algumas em alta tensão que ainda não migraram para o mercado livre. A expectativa é de economia total de 88% em comparação aos gastos anteriores quando não havia a autogeração. O retorno sobre o investimento deve se dar em menos de três anos. A usina foi construída dentro do complexo da Uninassau Caruaru, em Pernambuco. A estrutura é formada por 2212 módulos solares fotovoltaicos bifaciais da WEG e nove inversores. Sua potência instalada de 1,2 MWp deve gerar cerca de 2,3 GWh de energia ao ano. Somente em março, mês mais chuvoso no agreste pernambucano, a usina produziu energia equivalente a 50% do consumo das unidades atendidas. Com intenção de expandir o projeto solar para Barreiras, na Bahia, e em Juazeiro, no Ceará, onde a Ser Educacional também atua, a usina de Caruaru gera créditos para as unidades de Trianon, Caxangá, Paulista bloco A, Paulista bloco B, Carpina, Cabo Bloco A, Cabo Bloco B, Petrolina, Casa 40 Graças, Reitoria Graças, Bloco K Graças e Funeso, todas em Pernambuco.

ral, que já conectada à rede da distribuidora local, a CEB, desde dezembro de 2021 e com 752 kWp de potência instalada. As usinas somadas têm 8,03 MWp de capacidade e vão produzir juntas 15,37 GWh/ano, o equivalente ao consumo de 8 mil residências. No total, o volume de energia gerado pelas fazendas solares será obtido por meio da instalação de quase 25 mil módulos solares FV. O grupo DPSP já conta com uma fazenda solar gerando energia para parte de suas lojas e pretende adotar a energia renovável em 100% de suas farmácias até 2023, com a distribuição em todas as quase 1400 unidades espalhadas pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Goiás, além do Distrito Federal. “Essa parceria firmada com a GreenYellow permitirá seguirmos com o nosso propósito de diversificar o cenário energético dentro da companhia para fontes renováveis e evitar a emissão de mais de 150 toneladas de CO2 na atmosfera nos próximos 10 anos”, disse o presidente da DPSP, Jonas Laurindvicius. A GreenYellow será responsável por todo o investimento inicial, bem como a construção, operação e manutenção da usina durante todo o contrato com duração de 10 anos.

GreenYellow fornecerá energia solar para rede de farmácias DPSP

SolarEdge inaugura fábrica de baterias de alta potência na Coreia do Sul

grupo investidor em redes de farmácias DPSP, controlador das Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo, fechou contrato de geração solar distribuída com a GreenYellow, pelo qual serão garantidos 15 GWh anuais para lojas das redes espalhadas pelo País. Pelo acordo, serão construídas cinco usinas de geração distribuída, sendo três no Estado de São Paulo, em Riolândia, Barretos e José Bonifácio; uma no Rio de Janeiro, em Itaperuna; e outra em Planaltina, no Distrito Fede-

SolarEdge, fabricante de inversores fotovoltaicos e desenvolvedora de tecnologias de smart energy, e a sua subsidiária Kokam Limited Company, fornecedora de baterias de íons de lítio e soluções integradas de armazenamento de energia, anunciaram a inauguração de uma nova fábrica de células de baterias de íonsUnidade iniciará produção das primeiras células de baterias com capacidade de 2 GWh no segundo semestre lítio de alta potência na

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Coreia do Sul, para fornecimento aos mercados globais. Localizado na cidade de Eumseong, em Chungbuk, Coreia do Sul, a fábrica produzirá as primeiras células de baterias com capacidade de 2 GWh. Após processo de certificação dos órgãos internacionais, a produção em massa se inicia a partir do segundo semestre de 2022. A unidade permitirá que a SolarEdge tenha seu próprio suprimento de baterias de íons de lítio e infraestrutura para desenvolver novas químicas e novas tecnologias de células de bateria. A proposta inicial é oferecer soluções de ponta de armazenamento para os clientes residenciais, bem como atender a uma série de novas aplicações no segmento industrial no mundo, incluindo baterias móveis e modulares e sistema de armazenamento estacionário de energia. Para Zvi Lando, CEO da SolarEdge, citado em nota da empresa, a abertura dessa fábrica permite o controle de pontos cruciais no desenvolvimento e fabricação de soluções avançadas de armazenamento de energia, no sentido de atender os principais negócios nas áreas de energia solar e aplicações adicionais, garantindo ainda mais a resiliência da cadeia de suprimentos. As soluções da SolarEdge estão presentes em mais de 133 países e o quadro de colaboradores ultrapassa 3,9 mil profissionais. Sua atuação abrange produtos residenciais, comerciais e FV de larga escala, armazenamento de energia e soluções de backup, carregadores SolarEdge/divulgação

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de veículos elétricos, gerenciamento de energia residencial, serviços de rede e plantas de energia virtuais, baterias e sistemas de energia ininterrupta (UPS).

MRV oferece GD solar para moradores de seus empreendimentos construtora e empreendedora imobiliária MRV está implementando um programa de geração solar distribuída que oferece créditos para moradores de seus empreendimentos. Com descontos de até 15% na conta de energia, por enquanto as parcerias com fazendas solares, que geram a energia para a compensação, se limitam aos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, mas o plano é até 2024 expandir o programa para os 22 estados onde a MRV tem construções. “À medida em que formos ampliando essas parcerias, aumentará o número de residências, assim como de clientes com possibilidade de aderirem à iniciativa”, explicou o diretor de suprimentos da MRV, José Ronaldo Barcelos. O processo, segundo ele, ocorre desde dezembro de 2020 e já alcançou uma economia total de R$ 60 mil aos clientes da companhia. A adesão é feita por meio do site “Mundo da Casa”, plataforma digital de compras e serviços do grupo MRV&CO. Além de clientes, os cerca de 30 mil colaboradores da companhia também podem obter a redução tarifária, aderindo ao programa. Os descontos variam conforme as localidades. Em Minas Gerais, chega a 15%, o que ocorre em todas as cidades mineiras onde a MRV está presente ― o estado, aliás, é onde há o maior contingente de adesões. Em São Paulo, o programa já está presente em 21 cidades e o desconto é de 10,5%. Já no Rio, o desconto varia de 9% (para contas abaixo de R$ 300,00) a 15% (para contas acima de R$ 300,00), e está disponível para cinco cidades.

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Notícias

Além do programa, a MRV também investe em usinas solares fotovoltaicas de autoconsumo remoto, que geram créditos de energia para as obras, escritórios e plantões de vendas da empresa. A primeira usina da companhia está instalada em Uberaba, no sul de Minas Gerais, e tem capacidade de gerar 1 GWh/ano. Já a segunda, inaugurada neste ano em Lapão, na Bahia, conta com 750 módulos fotovoltaicos de 400 W e terá produção média anual estimada de 490 kWh.

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vável no Brasil, se compromete com o desenvolvimento de projetos com soluções de smart PV do grupo chinês até o final de 2022. Já a Faro Energy, especializada em desenvolvimento e gestão de ativos solares FV, se envolve na parceria com o uso das soluções da empresa em seus projetos. Com atuação em 14 estados e no Distrito Federal, a Faro tem 100 MWp de projetos sob gestão e mais 100 MWp em desenvolvimento. Divulgação

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Huawei, HDT e Faro firmam acordo para soluções de GDFV inteligente Huawei Digital Power, a HDT Energy e a Faro Energy assinaram dois memorandos de entendimento (MOU, na sigla em inglês) para a comercialização de soluções inteligentes de geração fotovoltaica distribuída (GDFV) no mercado brasileiro. Formalizados durante a feira Intersolar Europe, em Munique, na Alemanha, em 13 de maio, os memorandos preveem uma oferta de 1 GW em equipamentos solares. O acordo inclui todo o portfólio da Huawei, sendo destinados 500 MW a projetos de usinas de fazendas solares e 500 MW para os mercados residencial, comercial e industrial. As soluções inteligentes envolvem inversores com proteção inteligente de arcos AFCI (sigla em inglês para Detector e Interruptor de Arco Elétrico), que permitem o desligamento automático da usina em 0,5 segundo em caso de ocorrência de arcos. A inteligência artificial também está embarcada nos otimizadores de potência e nos sistemas de armazenamento de energia tipo string, o que melhora o rendimento energético em 30% e o poder de armazenamento em até 15%. Com os acordos, a HDT Energy, responsável pela comercialização de produtos Huawei para energia reno-

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Assinatura do acordo – A partir da esquerda: Victor Li (Huawei), Leonardo Cyrino (HDT Energy), Hery Wang (Huawei), Pedro Mateus (Faro Energy) e Lidia Wang (Huawei)

Aldo Solar e Jinko Solar assinam acordo para módulos TopCon Aldo Solar, distribuidora nacional de equipamentos solares, assinou acordo com a chinesa Jinko Solar para passar a comercializar no Brasil os novos módulos solares fotovoltaicos de ultra eficiência do tipo N TopCon, da família Tiger Neo. A previ-

Divulgação

Em Munique, as três empresas também assinaram MOU para ajustar um compromisso de fornecimento de até 100 MW até 2023, focado em inversores tipo string e no software de análise de diagnóstico inteligente de curva I-V, que permite monitoramento remoto de cada módulo fotovoltaico com uso de tecnologia de nuvem.

são é de que os novos módulos estejam disponíveis na Aldo Solar para pré-venda a partir de julho. Assinado durante a Intersolar Europe (11-13 de maio), em Munique, na Alemanha, o contrato é o maior do mundo para esses novos módulos de ultra eficiência tipo N da Jinko, com distribuição que deve envolver 600 MW de potência equivalente no total. O contrato também assegura às revendas e instaladores de energia solar no Brasil a continuidade da comercialização da família de módulos Tiger Pro. No fim de 2021, as duas empresas já haviam anunciado a assinatura do maior acordo de distribuição para geração distribuída firmado pela Jinko fora da China. A nova família de módulos da Jinko Solar adota a tecnologia TopCon tipo N, que fornece cerca de 5% a 6% mais eficiência do que os módulos do tipo mono PERC e cerca de 3% a 4% a mais de geração de energia. Além da eficiência, as células do tipo N também prometem melhorias no desempenho de longo prazo, maior fator de bifacialidade e desempenho superior em altas temperaturas, com mais capacidade de geração, custo nivelado de energia mais baixo e retorno mais rápido do investimento. Muito do bom desempenho dos novos módulos, segundo a Jinko, tem a ver com a baixa suscetibilidade das células do tipo N à degradação induzida pela luz e pela temperatura elevada da luz. Isso diminui a degradação e aumenta o rendimento de energia do módulo Tiger Neo ao longo da sua vida útil.

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Acordo foi assinado na Intersolar Europe – nova família de módulos de ultra eficiência estará disponível para pré-venda em julho


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Notícias

Notas Garantia Fronius – A Fronius anunciou mês passado que seus inversores da linha residencial de até 10 kW agora têm 10 anos de garantia. Os modelos são os das linhas Primo GEN Plus e SnaplNverter de até 10 kW registrados no portal www.solarweb.com a partir de 4 de abril de 2022. Os consumidores terão nos primeiros 24 meses a garantia do fabricante, cobrindo peças, assistência técnica no local em um raio de 150 km, envio do equipamento ao centro de reparo na empresa para conserto e devolução ao usuário. Os restantes oito anos cobrem troca de peças falhadas, mas o usuário final ou instalador precisa apenas registrar o número de série do inversor, data da instalação e o nome da empresa instaladora no portal Solar.web, até o limite de 24 meses após a compra e instalação do produto. Os demais inversores da Fronius continuam com garantia de

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sete anos, sendo dois do fabricante e cinco da estendida após o registro do equipamento. Remessas globais Trina – Com base nas demonstrações financeiras dos principais fabricantes de módulos, a PV InfoLink, agência de análise fotovoltaica, e a PV-Tech, da área de comunicação, classificaram a Trina Solar em segundo lugar no mundo em remessas de módulos, com seus 8 GW. Segundo a Trina, os módulos 210 mm de alta confiabilidade, alta potência e baixo LCOE, que a Trina Solar foi pioneira e que se tornaram o mainstream da indústria, foram grandes responsáveis por esses números. As remessas globais de módulos aumentaram acentuadamente no ano passado, para 26 GW, e a Trina Solar contribuiu com 16 GW, colocando-a em primeiro lugar. Em março, os embarques cumulativos de módulos 210 subiram para ultrapassar os embarques de 35 GW. Com

a indústria fotovoltaica entrando na era 600W+, a colaboração da cadeia da indústria está cada vez melhor, com inversores e rastreadores totalmente compatíveis com módulos 210 mm. Win dobra vendas – O período de transição previsto na Lei 14.300/2022, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que instalarem um sistema solar até janeiro de 2023, tem feito as vendas de kits solares da Win, distribuidora de equipamentos fotovoltaicos pertencente ao Grupo All Nations, praticamente dobrar o volume de negócios entre janeiro e maio deste ano em comparação com o mesmo período do exercício anterior. O pico foi em maio, com crescimento de 166% em comparação com o mesmo mês de 2021. A empresa espera triplicar o volume de vendas este ano em comparação com o resultado de 2021 e chegar a um montante de 300 MW.


Notícias

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Guia de DPS de EM – Por um problema de cadastro, a Clamper, tradicional fabricante brasileira de dispositivos de proteção contra surtos, não recebeu convite para participar do guia desses produtos publicado às páginas 34 a 36 da edição de marco-abril de 2022 da revista Eletricidade Moderna (EM nº 564). A empresa fabrica e comercializa DPS com as seguintes características: de acordo com norma ABNT NBR/IEC 61643-11; classe II; monopolares; tensão nominal de 75 a 460 V; tensão máxima de regime permanente (Uc) de 75 a 460 V; Nível de proteção (Up) de 0,4 a 2,5 kV; corrente nominal de descarga (In) de 15 a 45 kA; grau de proteção IP 20; com contato de sinalização; e com terminais de seções 4 mm² a 25 mm². Telefone (31) 3689-9500; vendas: www.lojaclamper.com.br.

Zodiac constrói usina FV – A Zodiac Produtos Farmacêuticos, grupo uruguaio Adium, inaugurou em 7 de junho usina com 2100 módulos solares em sua fábrica na cidade de Pindamonhangaba, interior de São Paulo. A usina, que foi instalada em seis meses, vai gerar metade do consumo de energia elétrica da empresa. Parceria AE Solar/CorSolar – A AE Solar, fabricante alemã de módulos Tier1, reforçou parceria com a CorSolar, empresa do grupo Melo Cordeiro, com um contrato de 40 MW, que corresponde a cerca de 80 mil módulos solares. O Grupo Melo

Cordeiro investiu na aquisição de um novo galpão para armazenar módulos, inversores e outros componentes de seus parceiros, e que também abriga um laboratório de ensaios para realizar testes de qualidade por amostragem. O acordo com a AE Solar prevê garantia aos integradores credenciados da CorSolar de 15 anos nos produtos e 30 no desempenho. A parceria vai além do fornecimento de módulos, abrangendo atendimento especializado, equipe de engenharia para treinar a equipe comercial da CorSolar e a indicação de clientes que procuram a AE Solar para a compra de módulos. A AE Solar também agrega chips NFC

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antipirataria aos seus módulos fotovoltaicos, que garantem que o produto é original. Luzia inicia testes de operação – A Neoenergia anunciou no final de maio o início da energização e operação em teste do seu primeiro complexo de parques de energia solar, construído no município de Santa Luzia, na Paraíba. O Neoenergia Luzia marca a entrada da companhia na geração fotovoltaica centralizada, com capacidade instalada de potência total de 149,3 MWcc. A operação comercial está prevista para começar em julho. O complexo possui 228 780 módulos solares bifaciais e toda a energia gerada será alocada no Ambiente de Contratação Livre (ACL), sendo 100% já vendida até 2026. O Neoenergia Luzia divide a subestação de conexão ao sistema interligado com o Neoenergia Chafariz, complexo eólico com 15 parques localizados na Paraíba, cuja operação total começou no final de 2021.


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Corrente por string (A)

1.500

1.000 a 1.500

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vendas@apebauru.com.br

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Grau de proteção IP

Número de disjuntores

1 a 32

Fabricante/País

0800 014 9111 anderson.schmidt@br.abb.com (14) 99745-6525

Número de fusíveis

APE

Dispositivo de proteção contra surto DPS (Vcc)

ABB

E-mail

Tensão de operação máxima (Vcc)

Empresa/Telefone

Número de strings

Da Redação de FotoVolt

Instaladas na interface entre os módulos e o inversor, as string boxes são fundamentais para prevenção de danos aos equipamentos decorrentes de surtos atmosféricos, falhas de componentes e condições anormais de operação. Este guia descreve a oferta de vários fornecedores, com informações como tensão de trabalho, dispositivo de proteção contra surto, grau de proteção IP e outras.

Seccionadora (Acc)

Guia - 1

String boxes quadros de proteção e isolamento para sistemas FV

1.000 a 1.500 65 e 66

Clamper

(31) 3689-9500 renato.teixeira@clamper.com.br

Ecosolys

(41) 3025-3950 contato@ecosolys.com.br

1e2

1.000

1.000

2, 4

15 a 32

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Embrastec

(16) 3103-2021 engenharia@embrastec.com.br

1 a 30

1.040

300 a 1.500

1

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20 a 160

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12 a 20

12 a 32

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9

Inovacare

(11) 98988-7666

atendimento@inovacare.solar

1a4

1.500

1.040 a 1.500 2 a 8

Momberg

(15) 99804-4995

marketing@momberggroup.com.br

8 a 24

1.500

600 a 1.500 8 a 24

50

20 a 630

65/66

MTM

(11) 98580-0014

vendas@mtm.ind.br

1a6

1.000

300 a 1.000 2 a 12 2 a 24

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16 a 400

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Proauto Solar

(15) 3032-2383 bruno.santos@proauto-electric.com

Soprano

(54) 2101-7070 marlonvieira@soprano.com.br

Dehn/Alemanha

24 2, 3 e 4

600 a 1.500 600 a 1.500 1.000

2a8

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1.000

2, 3 e 4

Strahal

(11) 97224-5397

vendas@strahl.com

Varimaster

(11) 97483-8551

karin.chint@varimaster.com.br

1 a 32 600 a 1.200 1.000 a 1.200 2 a 24 2 a 12

automacao@weg.net

1 a 4 600 a 1.100 600 a 1.100

WEG Weidmüller Conexel

(47) 3276-4000

(11) 4366-9600 vendas@weidmueller.com

16

2, 4 600 ou 1.000 600 a 1.000 2 a 12

1 a 32

1.500

24 a 1.500

44 e 65

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40/54

12 a 25

25, 30

65

63

16 a 500

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até 64

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 37 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, junho de 2022. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/



Energia inteligente

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The smarter E Europe 2022 – Sucesso na volta à normalidade Da Redação de FotoVolt*

Depois de cancelado em 2020 e realizado em versão compacta no ano passado, o grande evento voltou com força ao seu formato regular, superando em muito as expectativas dos organizadores. Veja, aqui, informações sobre as feiras e congressos da plataforma e também sobre a participação brasileira.

* Com informações da Solar Promotion International.

Fotos: Solar Promotion/divulgação

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rês dias de exposições lotadas e dois de concorridas sessões de congressos atestaram o êxito da maior plataforma da Europa do setor de energia solar e armazenamento. Foram exatos 1356 expositores de 46 países apresentando suas soluções em 132 mil metros quadrados do espaço de exposições Messe Munchen, em Munique, Alemanha, de 11 a 13 de maio. Os mais de 65 mil visitantes de 149 países excederam em muito o número esperado, com aumento de 33% em comparação com o da última realização regular do evento, em 2019. A The smarter E Europe é uma plataforma que congrega quatro eventos voltados ao setor de energias renováveis e transição energética, cada um constituído de exposição e conferência. A mais concorrida é a Intersolar Europe, principal exposição e congresso de energia solar fotovoltaica do mundo. Contribuiu particularmente para o sucesso desta edição o interesse crescente pela energia solar no país-sede do evento, cujo governo há poucos meses anunciou meta de atingir capacidade fotovoltaica instalada de 215 GW até 2030 e de 400 GW até 2040 ― hoje o país tem 60 GW. E as demandas

dos visitantes foram atendidas também pela ees Europe, de baterias e sistemas de armazenamento de energia, englobando ainda o hidrogênio verde; a Power2Drive Europe, dedicada à eletromobilidade e sua infraestrutura de recarga; e EM-Power Europe, dedicada à infraestrutura elétrica Congresso e feira: clima e geopolítica ditam o ritmo da transição (os sistemas de transmissão e distribuição do futuro, com bém pela conjuntura mundial atual. a presença da renováveis) e a soluções A necessidade de proteção do clima, integradas de energia. os preços crescentes da energia fóssil Além da qualidade de palestrantes e os imbróglios geopolíticos são acee expositores, o sucesso se explica tamleradores da transição energética e da


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Fotos: Solar Promotion/divulgação

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Multidão aguarda horário de abertura – evento excedeu em um terço a previsão de participantes necessidade de produtos, tecnologias, soluções e modelos de negócio, inter e intrassetoriais, para um novo mundo baseado em energias renováveis. As metas de redução de emissões são ambiciosas: a União Europeia pretende suprir pelo menos 40% de sua necessidade energética via fontes renováveis até 2030, primeira etapa para atingir a neutralidade de carbono até 2050. E a Alemanha, em particular, quer que a parcela renovável e sua matriz elétrica seja de 80% em 2030 e de 100% em 2035. Mas a Europa vive também um sentimento de urgência para garantir sua segurança energética, livrando-se da exasperante dependência em relação ao gás natural da Rússia. Aumentos elevadíssimos de preços de combustíveis e tarifas de eletricidade somam-se aos ainda efeitos da pandemia, obrigando à recalibragem dos roteiros da transição. Como declarou na Intersolar Matthias Taft, CEO da BayWa r.e. AG, grupo alemão que atua em energia, agricultura e construção, a Europa só se tornará independente de outros países e mesmo continentes “se diversificar a cadeia de suprimentos para a produção de módulos solares e fortalecer a indústria fotovoltaica europeia”. Os países europeus já vêm acelerando a realização de leilões de energia renovável, especialmente solar, e apoiando o crescimento do uso de sistemas solares em telhados de edificações.

Para os organizadores do The smarter E, no entanto, apenas promover a energia solar não bastará para uma transição energética bem-sucedida. Serão necessárias soluções integradas que possibilitem construir uma matriz energética composta inteiramente por renováveis. Nesse sentido, além, evidentemente, da energia eólica, a equação tem de incluir armazenamento de energia e eletromobilidade, bem como o hidrogênio verde, energético que vem chamando cada vez mais atenção. Tanto que contou, no ees Europe deste ano, com o Green Hydrogen Forum & Expo, fórum e espaço de exposição dedicados. No primeiro dia (11 de junho) foi ali apresentado o estudo “Steel from Solar Energy” (“Aço Produzido com Energia Solar”), que mostra que, em vista dos aumento dos preços dos energéticos convencionais, a viabilidade econômica da produção de aço usando hidrogênio obtido com energia fotovoltaica está muito próxima ― na Europa, a fabricação de aço é responsável por 4% das emissões de gases de efeito estufa, daí o interesse no hidrogênio verde. Elaborado pela Hydrogen Europe, associação que reúne mais de 380 empresas e entidades europeias, o estudo, que contou com suporte do The smarter E, está disponível para download gratuito (versão em inglês) em https://www.ees-europe. com/publications/steel-from-solarenergy?lang=en .

O que mostrou a Intersolar Como tendência claramente identificável, a combinação de sistemas fotovoltaicos e armazenamento está ganhando força com as novas tecnologias de controle inteligentes para carregar carros elétricos e/ou fornecer eletricidade à rede. Algumas tecnologias, como agro-FV, FV flutuante ou elementos fotovoltaicos integrados a edifícios (BIPV) estão se popularizando por causa de seu potencial como maximizadoras do uso de espaços e amortecedoras de conflitos. No que diz respeito a modelos de negócios, os contratos de compra de energia (PPA, na sigla em inglês) estão ganhando mais importância na Europa, pois viabilizam o financiamento da construção e operação de instalações fotovoltaicas e a descarbonização do setor de energia. No estágio atual, com as questões tecnológicas resolvidas e a indústria prosperando, os únicos obstáculos identificados pelos analistas no evento são ainda a falta de trabalhadores qualificados, a escassez de materiais e componentes, e dificuldades no campo regulatório.

Potencial brasileiro para o mundo Quando o assunto é hidrogênio verde, o Brasil tem sido um dos principais focos de atenção nos últimos anos, dadas suas condições naturais propícias


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Energia inteligente Solar Promotion/divulgação

à produção de energias solar e eólica. Em 12 de maio aconteceu no evento uma miniconferência com o título “Discover new opportunities for the growing PV market in Brazil – Storage and Green Hydrogen” (“Descubra novas oportunidades no crescente mercado de FV no Brasil – Armazenamento de energia e hidrogênio verde”). Realizado pela The smarter E South America com apoio da Absolar Fórum de H2V, na ees Europe Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, da AHK Rio - Câmara de Comércio trou o potencial do armazenamento de Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro e energia no Brasil. O encontro também da NewCharge Energy, especializada contou com outros brasileiros, como em sistema de armazenamento em Fernando Passalio de Avelar, Secretábaterias, o networking event, como rio de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, e representantes das foi chamado, apresentou o potencial agências de desenvolvimento Invest brasileiro a empresários e investidores Minas e Invest São Paulo. europeus. Nele falaram expoentes braNa apresentação aos investidores sileiros da área, como Rodrigo Sauaia, sobre os diversos campos de aplicação CEO da Absolar, que apresentou o do armazenamento no Brasil, Vlasits status e as perspectivas do mercado destacou aspectos como uso em sistefotovoltaico brasileiro, Loana von Gaevernitz Lima, diretora da AHK Rio, mas isolados no Norte e Centro-Oeste, falando sobre os projetos e a atuação em complementação a outras fontes, da câmara na área de solar fotovoltaica principalmente solar, com diesel como e hidrogênio verde, e Markus Vlasits, retaguarda; a oferta de reserva de diretor-sócio da NewCharge, que moscapacidade de potência, atualmente

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a cargo das termelétricas; serviços ancilares aos sistemas de transmissão, como regulação de tensão e frequência, papel que hoje é das hidrelétricas; otimização do carregamento das redes de T&D, postergando investimentos em expansão; acumulação da energia hoje impedida de ser gerada por causa de restrições de rede, principalmente das plantas solares operando no Nordeste; e transações de energia intradiárias, sobretudo também o Nordeste. Boa parte dos dados apresentados foi levantada pelo recentemente divulgado “Estudo de Inserção de Tecnologia de Armazenamento no SIN”, realizado por um grupo de trabalho da Absolar sob a coordenação de Vlasits (o relatório pode ser baixado via www.absolar.org.br/armazenamentode-energia). Uma das conclusões do estudo, no que se refere a aplicações behind the meter, é de que as maiores possibilidades no Brasil residem nas instalações comerciais e industriais atendidas em média tensão. “Aqui



Energia inteligente

ração, que é vedada a agentes de transfalamos de otimização da conta de energia: diminuir o consumo no homissão. Outra questão importante a rário de ponta ou gerenciamento de ser atacada, em sua opinião, é a dos demanda, basicamente para gastar tributos que incidem no Brasil sobre sistemas de armazenamento, que immenos com energia elétrica”, diz o espedem o desenvolvimento do setor e, pecialista. É diferente do que acontece por consequência, ao contrário do que hoje na Europa, onde as aplicações se pretende com a taxação, acabam atrás do medidor se disseminaram em deprimindo a arrecadação de impostos residências e pequenos consumidores [Veja entrevista com o executivo sobre empresariais de baixa tensão. “A Alearmazenamento de energia e hidrogênio manha tem quase 200 mil sistemas de verde no Brasil na página 36.] armazenamento residenciais porque nunca teve net metering para a geração Quanto a resultados do networking distribuída, como existe no Brasil, e event e da própria participação brahoje lá se pagam quase 40 centavos de sileira na The smarter E europeia, em euro por quilowatt-kWh no consumo, meados de maio Vlasits disse ter hae quando se injeta energia na rede, vido muitas conversas bilaterais entre recebe-se algo em torno de 7 a 8 cenempresários do Brasil e estrangeiros, as quais em breve gerariam frutos. tavos de euro por kWh, uma diferença que tranquilamente viabiliza [o armazenamento na baixa tensão]”. Vlasits também apresentou as necessidades, identificadas pelo estudo, de adequação de leis e regulamentos brasileiros para o pleno desenvolvimento dos potenciais elencados. A começar pela própria definição na legislação da natureza da atividade de armazenamento e da figura do armazenador, um agente Encontro de networking sobre o Brasil: oportunidades para investidores peculiar que ora “consome”, ora “gera” energia. “A De fato, nos dias seguintes ao evento, nosso ver, o Projeto de Lei nº 414, de modernização do setor elétrico, é uma diversas empresas brasileiras anunciaótima oportunidade para abraçar este ram acordos para comercialização aqui conceito”, disse o executivo à FotoVolt de produtos e tecnologias que se destacaram na exposição ― por exemplo, o em maio. Sem essa definição, diz ele, acordo da HDT Energy e Faro Energy a cada novo projeto haverá grandes com a Huawei, para produtos de smart discussões para “encaixar” o armazenador nos modelos. E isso pode até energy desta empresa, e o da Aldo Solar relativo aos módulos tipo N TopCon da inviabilizar comercialmente projetos Jinko Solar (veja mais detalhes sobre como o desenvolvido hoje pela transesses acordos na seção “Notícias”, desmissora de energia ISA CTEEP, que está implantando um sistema de armata edição). zenamento de 30 MW/60 MWh para O clima de otimismo também se refletiu na quantidade de participansuporte de capacidade à sua rede no tes brasileiros, entre fabricantes de litoral sul de São Paulo. Se não contar equipamentos (a WEG, por exemplo) com a caracterização legal, a atividade e muitos distribuidores de produtos pode vir a ser considerada como de ge-

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fotovoltaicos, além de universidades como a Federal de Santa Catarina, reconhecida internacionalmente por sua atividade na área. “A empolgação [dos brasileiros] era contagiante. Encontrei lá colegas da época em que trabalhei na Europa e eles me disseram que o entusiasmo dos brasileiros fez lembrar o dos próprios alemães nos idos de 2005 a 2007, quando do primeiro boom da energia solar no país”.

A The smarter E South America 2022 O mencionado networking event sobre solar FV, armazenamento e hidrogênio verde no Brasil contou ainda com uma apresentação-convite de Gioia Müller-Russo, responsável na Solar Promotion International GmbH pela The smarter E South America 2022, que acontecerá de 23 a 25 de agosto próximo no Expo Center Norte em São Paulo. A edição sulamericana, que é realizada desde 2014, reproduz em nível regional as feiras e congressos da matriz europeia. A gerente também falou sobre o potencial brasileiro na área de solar e de armazenamento, destacando o crescimento da feira ao longo destes oito anos. A primeira Intersolar South America em São Paulo atraiu cerca de 9 mil visitantes, 60 expositores e teve 5500 m2 de área ocupada. A edição 2022 é prevista contar com 380 expositores, mais de 30 mil visitantes e 38 mil m2 de espaço de exposição. A Solar Promotion, de Pforzheim, divide com a FMMI - Freiburg Wirtschaft Touristik und Messe GmbH, de Friburgo, a organização da The smarter E em nível mundial. Para a edição sulamericana, contam com a parceria da Aranda Eventos e Congressos, empresa do mesmo grupo que edita as revistas FotoVolt e Eletricidade Moderna. Informações e inscrições em www. thesmartere.com.br. Solar Promotion/divulgação

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O núcleo inovador latino-americano para o futuro da energia EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO, BRASIL

INSCRIÇÕES ABERTAS CADASTRE-SE GRATUITAMENTE PELO SITE https://www.euvou.net.br/THESMARTERESOUTHAMERICA2022/Home

O evento The smarter E South America apresenta os temas centrais da energia do amanhã Juntamente com a conhecida feira & congresso Intersolar South America, e duas outras feiras de energia – ees South America e Eletrotec+EM-Power South America, mais a exposição especial Power2Drive –, The smarter E South America cria um espaço para todas as áreas essenciais da cadeia de valor e toda interação entre elas. O evento congrega protagonistas internacionais do futuro energético nos mais influentes mercados do mundo de 23–25 de agosto de 2022.

As principais feiras e congressos de energia em The smarter E South America Exposição Especial


Entrevista

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Regulamentação do armazenamento de energia é urgente Conselheiro da Absolar e diretor da empresa NewCharge diz que é preciso ser “agnóstico” em relação a tecnologias e que modificação de leis e regulamentos precisa ser feita já. Da Redação de FotoVolt

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m abril, a Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica apresentou o “Estudo de Inserção de Tecnologia de Armazenamento no SIN”, elaborado para a entidade por um time de consultores que identificaram cenários e aplicações mais viáveis para o desenvolvimento da atividade no Brasil, os benefícios econômicos e ambientais do crescimento desse mercado e também as alterações legais e infralegais necessárias para remoção de barreiras, inclusive na área tributária. Para Markus Vlasits, coordenador do estudo pela Absolar e sócio-diretor da empresa NewCharge Energy, é preciso em primeiríssimo lugar definir em lei a atividade de armazenamento e a figura do armazenador. Nesta entrevista, ele diz que a excessiva carga de tributos para o setor deprime a arrecadação de impostos e que o Brasil tem de se posicionar agora para ser um grande player na área do de hidrogênio verde.

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Atualmente existem muitas tecnologias de armazenamento em desenvolvimento e mesmo em estágio comercial. Qual é a melhor? A área de armazenamento evolui de forma muito rápida, surgem várias tecnologias em diferentes estágios de maturidade e precisamos estar abertos, agnósticos, em relação a elas. Hoje as baterias de íons de lítio adquiriram certa representatividade no mercado por motivos como custo, versatilidade e modularidade, e há muita demanda por elas também por causa do forte crescimento da mobilidade elétrica. Mas não significa que elas sejam a única opção. No Brasil, por exemplo, existem inovações interessantes em baterias de chumbo-ácido, como o chumbo-carbono, que tem seu lugar. Também há tecnologias “não-lítio”, como as baterias de íons de sódio ou as baterias de fluxo, que podem ter papel importante no futuro. E ainda modalidades não-eletroquímicas, como o armazenamento gravitacional, algo bastante inusitado e que promete. Como representante da NewCharge,

Markus Vlasits

digo que nosso foco hoje é no lítio porque é preciso abraçar uma tecnologia, não se pode “estar em todas as festas”. Mas falando como Absolar, é importante não fazer escolhas de tecnologias. Tudo que fizermos via associação, os pleitos de modernização do setor e do marco regulatório e os pleitos tributários, tem de ser de forma agnóstica, neutra do ponto de vista tecnológico. É importante manter a cabeça aberta porque podemos nos deparar com surpresas boas.

Fala-se muito hoje em hidrogênio verde e seus vários usos potenciais, inclusive como armazenamento de energia. Como vê essa questão? É importante pensarmos sobre hidrogênio de forma mais ampla, que não somente contemple a funcionalidade de armazenamento. Sim, o hidrogênio verde é uma forma de armazenar energia elétrica oriunda de plantas fotovoltaicas ou outras renováveis. Pela via da eletrólise, armazena-se o gás que posteriormente é convertido novamente em energia elétrica via célula



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Entrevista

de combustível. Isto traz duas vantagens sobre as formas eletroquímicas: o hidrogênio tem densidade energética bem maior, permitindo armazenar muito mais energia, e pode ficar armazenado por semanas ou meses, enquanto a maioria dos acumuladores eletroquímicos tem uma certa autodescarga e, portanto, sofre perdas com o tempo. O “calcanhar de Aquiles” do armazenamento via hidrogênio é a eficiência do processo total, que chamamos de roundtrip efficiency. Por exemplo, pequenos sistemas de lítio sem transformador apresentam eficiência global de 90% a 95%, e em sistemas maiores dificilmente se veem valores inferiores a 82%. Já no hidrogênio essa roundtrip efficiency cai para 30% ou 40%, grosso modo. Por outro lado, isso não é necessariamente ruim porque o hidrogênio pode “fazer” coisas que nem as baterias, nem o armazenamento gravitacional ou outras modalidades podem. Por exemplo, pode ser transformado em amônia, que é ponto de partida de vários produtos estratégicos, como fertilizantes e combustível sintético. E também pode substituir o gás natural em processos industriais, como na indústria química, por exemplo. O business do hidrogênio é mais amplo e seria equivocado olhá-lo apenas sob a ótica do armazenamento.

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gás natural. Essa opção agora, do ponto de vista político, fica cada vez mais difícil, talvez impossível. Existe neste momento não apenas um foco muito grande em acelerar o crescimento das renováveis na matriz europeia mas também o entendimento de que o armazenamento será imprescindível para fazer avançar de verdade a transição energética. Respondendo à pergunta, isso traz para o Brasil uma enorme oportunidade. Recentemente, em março, o ministro alemão de assuntos econômicos levou uma comitiva ao Qatar para conversar sobre hidrogênio verde. Mas o Qatar tem um regime político sui generis e tem suscitado algumas dúvidas, na Alemanha, sobre se um país com esse perfil seria realmente um parceiro desejável. Então o Brasil encontra neste momento uma enorme oportunidade para se posicionar como parceiro energético para a União Europeia. É um país democrático, que tem uma conexão razoavelmente boa de transporte marítimo com a Europa. Vejo aí muitas oportunidades de pensarmos como transformar energia renovável em mercadoria, em um bem de exportação que vai enriquecer o portfólio com o qual o Brasil participa no mercado global. O momento para traçar parcerias e desenhar projetos é agora.

Com o hidrogênio se tornando o combustível da transição energética, que papel o Brasil pode ter nesse business?

A Absolar divulgou recentemente um estudo sobre perspectivas do armazenamento de energia no Brasil, que foi coordenado por você. Quais os principais resultados?

Para responder, é preciso olhar um pouco o que está acontecendo na Europa. Os países europeus têm assumido já faz anos um papel de pioneirismo na divulgação das energias renováveis. Mas desenvolveram, sobretudo a Alemanha, dependência bastante grande do gás natural, que na maior parte vem da Rússia. O gás natural tem sido a «mentirinha» da transição energética na Alemanha: tudo que se precisava para compensar a geração variável das renováveis, pensou-se em fazer com

O estudo identificou as aplicações que têm potencial de agregar valor ao setor elétrico brasileiro. A curto prazo, o que deve “bombar” no Brasil são sistemas de armazenamento para clientes comerciais e industriais de média tensão, para gestão do consumo e demanda, isto é, redução da fatura de energia. No que se refere a sistemas maiores, uma aplicação muito promissora seria como reserva de capacidade. Há aproximadamente 4 GW, a maioria em termelétricas, contratados via

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Usinas fotovoltaicas com armazenamento estão excluídas desse mercado [de reserva de capacidade] mas poderiam prestar esse serviço inclusive de forma diferenciada, pois não têm restrição de rampa Y

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leilão para esse fim, e essa potência deve crescer para 14 GW até 2026. Por algum motivo, as usinas fotovoltaicas com armazenamento estão excluídas desse mercado, mas poderiam perfeitamente prestar esse serviço inclusive de forma diferenciada: termelétricas têm restrição de rampa [tempo requerido para iniciar a operação da planta e torná-la disponível], que pode ser de horas em alguns casos, e o armazenamento eletroquímico não. É instantâneo. Não substituiria as térmicas mas representaria um complemento importante. Outra aplicação do armazenamento é no âmbito da transmissão, visando ao descongestionamento de redes. Já existe um projeto em implantação pela ISA CTEEP, de 30 MW/60 MWh, no litoral sul de São Paulo. E, certamente, existem outras localidades com perfis de carga semelhantes. Ainda no âmbito de sistemas de grande porte, temos os serviços ancilares, basicamente de regulação de tensão e frequência, que hoje são prestados pelas hidrelétricas. Esta é inclusive a principal aplicação do storage no Reino Unido, onde já há em torno 2 ou 3 GW implantados e um pipeline gigantesco. No Brasil, como as hidrelétricas prestam esse serviço de forma quase gratuita, ainda cabe uma discussão sobre a qualidade do serviço a ser prestado e seu nível de remuneração. E, para concluir a lista, vemos com relevância específica os sistemas isolados, tanto nos contratos via leilão


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Entrevista

quanto nos sistemas particulares, de fazendas, empresas de mineração e outras. Hoje 98% da geração elétrica de sistemas isolados na Amazônia ou no centro do País é feita com geradores a diesel, e seria uma medida para a descarbonização dessas regiões.

Como o armazenamento pode ser inserido aí? Combinado com energia solar? Os sistemas fotovoltaicos têm avançado pouco nos sistemas isolados por uma questão técnica. As cidades têm sua curva de carga ao longo do dia. O motor a diesel fornece energia acompanhando essa curva. Já um gerador fotovoltaico é variável por natureza: ao passar uma nuvem, em segundos a geração cai de 100% para 10%. Se utilizarmos apenas solar e diesel, o motor, que tem sua inércia, não consegue fazer ajustes de geração dinâmicos para compensar essa variabilidade. Então é necessária uma bateria para atuar como um amortecedor entre a variabilidade da geração fotovoltaica, a curva de carga e a inércia do gerador diesel. No patamar de preço em que o diesel está, já fazem sentido sistemas híbridos, com o fotovoltaico como gerador principal, o gerador diesel para contingências e um sistema de armazenamento fazendo a conciliação entre consumo, geração renovável e geração fóssil de backup. Isso é muito importante no contexto da Amazônia, que embora represente menos de 1% da carga, tem uma geração muito poluente e de custo alto para a sociedade. A CCC [Conta Consumo de Combustível] está prevista a superar os R$ 10 bi este ano com os aumentos do custo do combustível, principalmente do diesel.

Que aspectos da legislação e regulação deveriam ser modificados para se obterem esses avanços? São alguns pontos. Primeiro, como o armazenamento é uma tecnologia transversal, aplicável em todas as esferas do setor elétrico, geração, trans-

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A primeira coisa a se fazer é a definição regulatória da natureza dessa atividade e do agente armazenador, e o PL nº 414, da modernização do setor elétrico, oferece uma ótima oportunidade Y

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missão, distribuição, comercialização e consumo, a primeira coisa a se fazer é a definição regulatória da natureza dessa atividade e do agente armazenador. A nosso ver, o PL nº 414, da modernização do setor elétrico, oferece uma ótima oportunidade para abraçar esse conceito, dando o embasamento macro, estratégico. Para que haja empreendimentos prestando serviços para a rede, por exemplo serviços ancilares, é preciso antes aceitar que agentes de geração, ou de transmissão como a ISA CTEEP, ou mesmo consumidores, operem sistemas de armazenamento. Senão, a cada projeto haverá uma grande discussão: “Que ‘bicho’ é esse? Onde eu o encaixo nas minhas metodologias?”. Tendo isso resolvido, o resto fluirá com muito mais facilidade.

Você está dizendo que, como não existe a figura do armazenador e a delimitação de seu campo de atuação, a ISA CTEEP em tese não poderia atuar nessa atividade? Na Europa muitos países entendem o armazenamento como geração, o que está errado, e se nós tivéssemos o mesmo entendimento uma empresa como a ISA CTEEP não poderia realizar esse projeto, porque agentes de transmissão não podem ter ativos de geração e vice-versa. É preciso que se diga o seguinte: um agente de transmissão pode usar essa modalidade para trazer maior confiabilidade e eficiência à

rede elétrica, sem ter de alterar a sua natureza. Da mesma forma, um agente gerador, um operador de usinas fotovoltaicas, pode querer incorporar à sua usina um sistema de armazenamento, mas ele não deixará de ser um gerador. Não vai, por exemplo, precisar de um MUST maior [MUST = montante de uso do sistema de transmissão] só porque agora tem uma bateria. A bateria é um dispositivo que nada mais faz do que levar a energia do momento a para o momento b. É sua única funcionalidade.

Que outras mudanças legais seriam necessárias? Vamos precisar de ajustes específicos para cada uma das aplicações sobre as quais falamos: uma alteração infralegal nas diretrizes dos leilões de reserva de capacidade; ajustes bem específicos nos leilões de sistemas isolados, para possibilitar a inclusão de fontes renováveis com armazenamento; empresas consumidoras comerciais e industriais precisam encontrar no Prodist [Procedimentos de Distribuição] e em outros regulamentos diretrizes estabelecendo de que forma elas poderão conectar seus sistemas de armazenamento, para que estes possam interagir com a rede; e as próprias distribuidoras de energia precisam dessas diretrizes para poder autorizar o uso de sistemas de armazenamento junto à rede de distribuição. São ajustes específicos, cada um deles importante mas, de novo, todos precisam estar embasados no entendimento de o que é armazenamento e o que é um agente armazenador. A Aneel está ciente disso e já fez uma tomada de subsídios, a TS nº 11/2021, cuja nota técnica [nº 0076/2021-SRD] traz o panorama do ponto de vista do regulador e incorpora vários desses pontos. Nosso pleito, como Absolar, é de que precisamos disso já, não podemos esperar até 2023 ou 2024 porque já existem projetos economicamente viáveis. Não estamos falando apenas de P&D mas de viabi-


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lidade econômica real e por isso esse aprimoramento da regulamentação tem de ser feito com certa urgência.

O estudo também analisa a tributação sobre os sistemas de armazenamento, não? Sim. Hoje um sistema de armazenamento em baterias industrializado e comercializado no Brasil enfrenta carga tributária de 65%, somatória de IPI, PIS-Cofins e ICMS. Para um sistema turnkey vindo do exterior, independentemente do país, a alíquota é de quase 80%. Isto leva a uma situação em que todo mundo acaba perdendo: inviabiliza empreendimentos que com uma carga menor seriam viáveis, e os próprios governos federal e estaduais não conseguem ter grandes benefícios pois a carga é tão alta que deixa o mercado estagnado em patamar muito baixo. Y

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Todo mundo acaba perdendo [com a elevada carga tributária dos sistemas de armazenamento]: inviabilizam-se empreendimentos e os governos federal e estaduais não arrecadam impostos Y

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Com alíquotas menores todo mundo sairia ganhando, nós e o setor elétrico como um todo, porque teríamos uma melhor viabilidade, e a arrecadação de impostos provavelmente seria maior, oriunda desses novos projetos. Inclusive existe para isso um embasamento científico na economia, a chamada curva de Laffer, a qual mostra que, a partir de determinado ponto, um aumento adicional na tributação resulta em receita menor do que antes desse aumento.


Guia - 2

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Instrumentos de medição para geradores fotovoltaicos

Os instrumentos de medição permitem conhecer a natureza e o potencial da fonte solar no local, além de medir falhas nos módulos FV, de temperatura dos componentes, entre outras funções. Este guia lista diversos fornecedores desses equipamentos, tanto para medição de grandezas individuais como medidores multifunção para comissionamento nos lados de c.c. e c.a e para verificações segundo a norma ABNT NBR 5410.

Da Redação de FotoVolt

Corrente

Potência

Tensão de circuito aberto

Corrente de curto circuito

Curva I-V do módulo fv

Irradiância

Temperatura do módulo

HT Instruments, Palazzoli, Cembre/Itália

Tensão

Rastreador solar (sun tracker)

Radiômetro fotodiodo: Medição de faixas espectrais específicas

Pirgeômetro: Medição de radiação infravermelha

Pireliômetro: Medição de radiação solar direta

Piranômetro: Medição de radiação solar global

Net-radiômetro: Medição de saldo de radiação

Medidor de UV: Medição de radiação ultravioleta

Medidor de ângulo de inclinação dos módulos

Heliógrafo: Medição do período de insolação diária

Espectroradiômetro: Medição de faixas espectrais da radiação solar

Medições do lado de c.c. do gerador FV

Traçador de curva I-V dos módulos

Instrumento multifunção para geradores fotovoltaicos Termovisor IR: Medição de temperatura dos componentes

(19) 99691-5821 ola@amperi.com.br

Disco de sombreamento lateral: Medição de radiação difusa

Fabricante Amperi

Câmera de eletroluminescência: Análise de falhas em módulos FV

Importador exclusivo Fabricante/País

Empresa/Telefone/E-mail

Albedômetro: Medição de radiação de albedo

Instrumentos para medição de grandezas individuais

Dewesoft (11) 98533-5348 angelo.carrocini@dewesoft.com

Dualbase (48) 99122-5202 comercial@dualbase.com.br

MIT Meastech (11) 97855-2138 info@meastech.com.br

Ohmini (11) 3438-8434 contato@ohmini.com.br

Metrel, Gossen, Solmetric/ Eslovênia, EUA, Alemanha

Regatron, Zimmer, Solmetric, Photovoltaik Buero, Seaward, NHR/EUA, Suíça, Alemanha,

RoMiotto (11) 3976-4003 vendas@romiotto.com.br

Eko/Japão


Guia - 2

FotoVolt - Junho - 2022

Medições conforme NBR 5410

Tensão

Corrente

Frequência

Potência

FP

Energia

Harmônicos

Do módulo FV

Do inversor

Do sistema FV

Continuidade dos condutores PE

Ensaio de dispositivo DR

Impedância da rede

Impedância do laço

Resistência de aterramento

Resistência de isolamento

Corrente

Tensão

Frequência

Sequência De Fases

Potência

Energia

Harmônicas

Medições do lado de c.a. do gerador FV

Eficiência

Importador exclusivo Fabricante/País Fabricante

Empresa/Telefone/E-mail

Amperi (19) 99691-5821 ola@amperi.com.br

HT Instruments, Palazzoli, Cembre/Itália

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Dewesoft (11) 98533-5348 angelo.carrocini@dewesoft.com

Megabras (11) 3254-8111 vendas@megabras.com.br

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Ohmini (11) 3438-8434 contato@ohmini.com.br

• Metrel, Gossen, Solmetric/ Eslovênia, EUA, Alemanha

Regatron, Zimmer, Solmetric, Photovoltaik Buero, Seaward, NHR/EUA, Suíça, Alemanha,

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 44 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, junho de 2022. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/


Eletromobilidade

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FotoVolt - Junho - 2022

Gerenciamento inteligente de carga e recarga de VE em instalações existentes

Há clara tendência de aumento do número de edifícios residenciais e comerciais equipados com estações de recarga de veículos elétricos. No entanto, edificações mais antigas em geral não foram projetadas para esse consumo de energia adicional. O gerenciamento inteligente de recarga oferece uma solução para evitar a espera por um aumento físico da potência de alimentação.

Peter Guse, da Vector Informatik GmbH, Stuttgart (Alemanha)

Segundo avaliação de um operador do sistema de distribuição, para aumentar a potência de alimentação de um imóvel com cinco condôminos, prevendo estações de recarga iguais para todos, deve-se prever custos de € 10 mil a € 20 mil para serviços de construção e instalação, e um prazo aproximado de seis meses. Caso todos os imóveis de um quarteirão desejem expandir sua potência de entrada, será necessário trocar também o transformador de média tensão. Em regiões densamente construídas, frequentemente falta espaço para tal alteração. Todavia, mediante um sistema de gerenciamento inteligente de recarga, essas despesas podem geralmente ser poupadas. Instaladores e operadores podem dimensionar a infraestrutura de recarga de acordo com a demanda, e otimizar o consumo da energia da instalação.

Vector Informatik

E

m 2021, nada menos que 355 961 novos veículos elétricos (VEs) foram licenciados na Alemanha, o que significa um salto de mais de 80% em relação ao ano anterior. Os números de 2022 mostram uma firme tendência ascendente. De acordo com o Electro Mobility Report 2021, emitido pelo Center of Automotive Management, até 2025 mais de um quarto dos novos licenciamentos naquele país poderá ser de VE. Diante deste cenário, cabe à infraestrutura de recarga acompanhar o crescimento. O governo federal alemão estima que haverá, para cada veículo elétrico, uma estação de recarga no local de trabalho ou na residência. Além disso, pode-se acrescentar 0,1 a 0,2 estação de recarga em espaços públicos por veículo. No entanto, uma rápida expansão da infraestrutura de recarga constitui um desafio, principalmente devido às limitações de disponibilidade de energia.

Expansão da infraestrutura de recarga Desde 2020, não apenas os proprietários de apartamentos, mas também todos os locatários com sua própria vaga de estacionamento, têm direito à instalação de uma wallbox. Na Alemanha, esses equipamentos foram financiados adicionalmente pelo banco de fomento KfW com a importância de € 900. Além das novas construções, é uma tendência crescente dotar edificações preexistentes com meios de recarga de VEs. Especialmente em imóveis residenciais e comerciais, essa atualização implica elevados gastos, caso a entrada de energia tenha de ser reforçada.

Mais estações de recarga mantendo a potência de alimentação As instalações residenciais na Alemanha são em geral projetadas



Eletromobilidade

46

para uma potência de alimentação de 14,5 kW (DIN 1805-1), considerando uma família de quatro pessoas, o que equivale a um consumo anual de cerca de 5000 kWh. Se for instalada uma nova infraestrutura de recarga, é necessário garantir uma reserva suficiente para a carga adicional. Consoante uma experiência da concessionária Netze BW, no sul da Alemanha, 58 estações de recarga consumiram por dia em torno de 240 kWh. A potência de alimentação de uma residência comum não é suficiente para que todos possam carregar com 11 kW por dia, simultaneamente. No entanto, caso os picos de carga sejam evitados, pode ser disponibilizada uma energia média de recarga de cerca de 8 kWh por VE por dia. Este cálculo baseia-se numa distância média percorrida por veículo por dia, no país em análise, de 40 km.

Atenuar os picos com o gerenciamento de carga Um pico de carga é uma elevada demanda de corrente de curta duração, que sobrecarrega a rede de alimentação. Para grandes consumidores (acima de 100 mil kWh), aplica-se uma tarifa adicional dimensionada conforme a mais alta potência de 15 minutos ocorrida no intervalo de um ano. Portanto, um único pico de carga elevado

FotoVolt - Junho - 2021

pode aumentar o custo de energia anual. Com o gerenciamento de carga, esta é predominantemente deslocada para o período de baixo consumo, que dispõe de potência de alimentação suficiente. Tal potência deve ser distribuída de modo inteligente pelas estações de recarga, para evitar picos e sobrecargas. Em caso de gerenciamento de carga estático, a potência total é distribuída por todas as estações de recarga independentemente da carga da edificação. Não sendo definida uma prioridade, cada VE terá a mesma potência de recarga à disposição, não importando quando cada um chega ou sai. Neste cenário, conforme as circunstâncias, a cada VE será disponibilizada uma pequena potência por unidade de tempo. Veículos que recarregam por pouco tempo nos períodos de pico recebem pouca energia. As reservas de potência de alimentação não são exploradas neste caso. Por outro lado, com um gerenciamento de carga dinâmico, a potência total de recarga é adaptada em função do consumo de energia da edificação. Quando este consumo é baixo, é destinada mais energia para recarga de VE, e vice-versa. Uma vez considerado o sistema como um todo, a potência máxima das estações de recarga é aumentada ou diminuída de maneira flexível (figura 1). Deste modo, o uso da potência de alimentação é maximizado nas estações de recarga. Vector Informatik

25 kW

Potência

20 kW

Limite da potência de alimentação

15 kW

10 kW

5 kW

0 kW

00:00

03:00

Perfil de carga normal

06:00

09:00

Recarga não planejada

12:00

Tempo

15:00

18:00

Gerenciamento de carga estático

21:00

24:00

Gerenciamento de carga dinâmico

Fig. 1 – A recarga de VE não planejada implica perigo de sobrecarga na rede. Gerenciamento de carga estático só é suficiente quando há reserva de potência de alimentação. Já com o gerenciamento de carga dinâmico é possível recarregar na maioria das aplicações sem problemas



Eletromobilidade

Carga em c.c. amplia a flexibilidade Mesmo quando há suficiente energia disponível, a potência de recarga em corrente alternada é limitada pelo carregador embarcado no VE, que converte c.a. em c.c. para carregar a bateria. Por questões de massa e de custo, o carregador é dimensionado tão compacto quanto possível, e apenas na versão monofásica. Aliás, entradas de alimentação trifásicas para residências somente estão disseminadas na Europa Central. Por esse motivo, a potência de recarga prevalente nos novos VE lançados no mercado é limitada a 3,7 kW (1f/230 V/16 A), o que significa que uma estação de recarga de 22 kW c.a. raramente será aproveitada integralmente. Em contraste, sistemas que carregam em c.c. realizam a conversão c.a./c.c. dentro da própria estação de recarga, de forma que, de um lado, potências acima de 11 kW não representam problema, e de outro, o fluxo de carga bidirecional é tecnicamente mais simples de realizar. Veículos que rodam pouco utilizam em geral apenas um quarto da capacidade disponível na bateria para suas viagens diárias. Os três quartos da capacidade de bateria de um VE não utilizados poderiam alimentar

FotoVolt - Junho - 2022

uma residência de quatro pessoas por cerca de uma semana. Deste modo, por exemplo, a energia de um gerador fotovoltaico próprio pode ser armazenada no veículo e consumida à noite. Em combinação com futuras tarifas de energia diferenciadas no tempo, será possível armazenar energia nas horas de tarifa mais favorável, para consumi-la nos períodos mais caros, ou ainda monetizar essa energia armazenada, disponibilizando-a para o operador da rede pública. A bateria do VE associada à recarga em c.c. é, portanto, ideal para flexi-

bilizar a disponibilidade de energia rapidamente.

Uma solução independente do fabricante A fim de disponibilizar energia suficiente para qualquer tipo de recarga em caso de limitada potência de alimentação, as estações de recarga devem ser controladas por um sistema hierárquico superior. Com um sistema inteligente de recarga e gerenciamento de carga, por exemplo, como o vCharM ilustrado na figura 2, graças a interfaVector Informatik

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Fig. 2 – O gerenciamento de carga e de recarga “vCharM” permite configurar, supervisionar e controlar estações de recarga com facilidade


Eletromobilidade

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49

Vector Informatik

(figura 3). O software não precisa ser substituído, ainda que sejam adicionadas estações de recarga de diversas procedências. Dados/OCPP

Conclusão

Gerenciamento de carga e recarga

Estações de recarga

Energia Edifício

Edifício

Medidor inteligente de energia

Medidor de kWh

Rede

Fig. 3 – Esquema de princípio do gerenciamento de carga (da edificação) e de recarga (de VE) ces padronizadas OCPP (Open Charge Point Protocol), podem ser conectadas estações de recarga de diversos fabricantes. Assim que as estações são conectadas ao sistema inteligente, cada uma delas pode ser facilmente configurada, supervisionada e controlada. A aplicação do gerenciamento de carga e de recarga dispensa que cada estação de

recarga tenha de ser conectada individualmente ao gerenciador de carga. Em vez disso, há uma conexão central entre as funcionalidades de gerenciamento de carga e de recarga. Além disso, com um dispositivo inteligente adicional de medição de energia, instalado na entrada de energia da edificação, torna-se possível o gerenciamento de carga dinâmico

A infraestrutura de recarga em edificações existentes pode ser rapidamente ampliada de modo sustentável a longo prazo. A progressiva expansão dessa infraestrutura implica desafios para todas as partes envolvidas, mas também oferece oportunidades ― utilizando soluções já disponíveis, como a apresentada neste artigo.

Artigo publicado originalmente na revista alemã de – das Elektrohandwerk, edição 6/2022. Copyright Hüthig GmbH, Heidelberg e München. www.elektro.net. Publicado por FotoVolt sob licença dos editores. Tradução e adaptação de Celso Mendes.


Vida útil

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Avaliando degradação a longo prazo das tecnologias FV Robert Höller, Kadrije Cërriku e Germanno Longhi Beck, da Universidade de Ciências Aplicadas da Alta Áustria, Escola de Engenharia

C

inco tecnologias fotovoltaicas diferentes, descritas aqui mais adiante, foram instaladas ao ar livre no telhado da Universidade de Ciências Aplicadas da Alta Áustria, em Wels, em junho de 2007 [1]. Os fatores que influenciam a degradação dos módulos fotovoltaicos em operação no campo incluem parâmetros meteorológicos como temperatura, umidade, precipitação, poeira, neve e irradiação solar. Além disso, ao nível de arranjo, o sombreamento e a incompatibilidade entre módulos contribuem para a degradação [2]. Esses fatores impõem um estresse significativo ao longo da vida útil dos sistemas fotovoltaicos, resultando na redução da durabilidade, que deve ser quantificada através do cálculo da taxa de degradação do desempenho. A avaliação de desempenho e degradação a longo prazo dessas tecnologias fotovoltaicas no clima continental da Áustria pode ser de especial interesse para novos projetos fotovoltaicos [3]. Em particular, a taxa de degradação (RD, na sigla em inglês) é um parâmetro relevante para simulações de rendimento energético e de modelos

O estudo avalia o desempenho ao longo de 10 anos de cinco tecnologias de módulos solares em operação desde 2007, para identificar causas da deterioração do desempenho e determinar a taxa de degradação. A taxa foi calculada com dados meteorológicos medidos no local e também dados fornecidos por um serviço de meteorologia, e utilizando dois métodos de análise estatística.

de negócios de energia fotovoltaica (FV). O mercado fotovoltaico é dominado por tecnologias de silício cristalino e este fato pode ser atribuído a seu excelente desempenho a longo prazo, eficiências comparativamente altas e custos Fig. 1 – Módulos fotovoltaicos e estação de medição de radiação solar no telhado da finais reduzidos. Universidade de Ciências Aplicadas da Alta Áustria no Campus Wels. Dois piranômetros e Já os módulos um pireliômetro estão montados em um rastreador para medição da irradiância global, difusa e direta fotovoltaicos de filme fino quase desapareceram do mercado europeu do sistema fotovoltaico na taxa de denos últimos anos. sempenho (PR, do inglês performance A norma internacional sobre moniratio) e na avaliação do rendimento energético [5]. De acordo com o Instoramento de desempenho fotovoltaico (IEC 61724-1:2021) recomenda o uso tituto Fraunhofer para Sistemas de de rendimento de energia final, taxa Energia Solar (ISE), a taxa de desempenho dos sistemas atuais mostra uma de desempenho corrigida por temmelhoria considerável em comparação peratura e eficiência energética como com a verificada nos anos anteriores melhores métricas para a avaliação do a 2000, quando era de cerca de 70%. desempenho de sistemas fotovoltaicos Atualmente, essa taxa varia entre 80% [4]. Portanto, muitos pesquisadores baseiam seu estudo do desempenho e 90% [6].



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Vida útil

Descrição do sistema

FotoVolt - Junho - 2022

2kW CIS

2kW c-SI

2kW a-Si

2kW CdTe

Wurth Solergy Potência nominal 75Wp Umpp 35V Uo 44,5V Impp 2,15A Ik 2,4A 1,2mx0,6m -->> 18,7m² ca 104W/m²

Sharp Potência nominal 185Wp Umpp 24V Uo 30,2V Impp 7,71A Ik 8,5A 1,3mx1m -->> 15,5m² ca 144W/m²

Kaneka Potência nominal 60Wp Umpp 67V Uo 91,8V Impp 0,9A Ik 1,19A 0,99mx0,96m -->> 34,2m² ca 63W/m²

Antec Potência nominal 43Wp Umpp 53V Uo 81V Impp 0,81A Ik 1,07A 1,2mx0,6m -->> 34,6m² ca 60W/m²

O sistema fotovoltaico de telhado da Universidade de Ciências Aplicadas da Alta CC (U, P) CC (U, P) CC (U, P) CC (U, P) CC (U, P) SMA SMA SolarMax Áustria (Wels, Áustria, Wurth Solergy Wurth Solergy Sunny Boy 2100 TL Sunny Boy 1700 3000C Potência máx. de entrada 2200W Potência máx. de entrada 1850W Solar Star 1500 Solar Star 1500 Máx. tensão de entrada 600V Corrente máx. de entrada 11A Corrente máx. de entrada 12,6A Potência máx. de entrada 1500W Potência máx. de entrada 1500W latitude 48,17°N, longiFaixa de SPMP 90–560 V Tensão de entrada 125–600V Tensão de entrada 139–400V Faixa de SPMP 25–60V Faixa de SPMP 25–60V Potência máx. de entrada 3300W Potência de saída 1950W Potência de saída 1550W Potência nominal de saída 1200W Potência nominal de saída 1200W Corrente máx. de entrada 11A tude 14,03°L, altitude Potência máx. de saída 2100W Potência máx. de saída 1700W CA (P,E) CA (P,E) CA (P,E) CA (P,E) CA (P,E) Potência máx. de saída 2750 VA 317 m) é composto por 3kW p-Si 3kW p-Si 3kW p-Si painéis de cinco tecnoRWE Schott RWE Schott RWE Schott logias: seleneto de coPotência nominal 165Wp Potência nominal 165Wp Potência nominal 165Wp Umpp 36V Umpp 36V Umpp 36V bre e índio (CIS), silício Uo 43,8V Uo 43,8V Uo 43,8V Impp 4,58A Impp 4,58A Impp 4,58A amorfo (a-Si), telureto Ik 5,18A Ik 5,18A Ik 5,18A 1,6mx0,8m -->> 23m² 1,6mx0,8m -->> 23m² 1,6mx0,8m -->> 23m² ca 129W/m² ca 129W/m² ca 129W/m² de cádmio (CdTe), silício policristalino (p-Si) CC (U, P) Fronius CC (U, P) Fronius CC (U, P) Fronius e silício monocristalino IG 30 IG 30 IG 30 Potência de entrada 2500–3600W Potência de entrada 2500–3600W Potência de entrada 2500–3600W (c-Si). Os 176 módulos Faixa de SPMP 150–400V Faixa de SPMP 150–400V Faixa de SPMP 150–400V Corrente máx. de entrada 19A Corrente máx. de entrada 19A Corrente máx. de entrada 19A Tensão de entrada 125–600V Tensão de entrada 125–600V Tensão de entrada 125–600V são orientados ao sul e Potência nominal de saída 2500W Potência nominal de saída 2500W Potência nominal de saída 2500W CA (P,E) Corrente nominal de saída 10,9A CA (P,E) Corrente nominal de saída 10,9A CA (P,E) Corrente nominal de saída 10,9A possuem um ângulo de inclinação fixo de 32°. Fig. 2 – Descrição do sistema fotovoltaico O sistema com ralelo de nove módulos fotovoltaicos tecnologia CIS é composto por dois a cada quinze minutos de um período Schott de p-Si ligados em série, sendo inversores tipo string Würth-Solergy de 20 anos, de 2000 a 2020. O primeiro passo foi reamostrar ambos os conjuncada módulo com potência nominal de Solar Star 1500, cada um conectado a 13 módulos fotovoltaicos, com potência tos de dados em intervalos de quinze 165 Wp. A potência nominal de saída minutos para o período de 2009 a 2019. nominal individual de 75 Wp. A potêndesses 54 módulos de p-Si em STC é O ano de 2008 foi descartado devido de 8910 Wp. cia nominal de saída em condições paa problemas nos sensores. Após a drão de teste (STC, na sigla em inglês) A figura 1 mostra imagens do sistereamostragem, ambos os conjuntos de desses 26 módulos é de 1950 Wp. ma fotovoltaico no telhado, bem como dados foram sincronizados de acordo Um inversor SMA Sunny Boy 2100TL da estação de medição de radiação solar. com as mudanças de horário de verão, é conectado a 12 módulos fotovoltaicos A figura 2 mostra uma visão geral duas vezes por ano. A irradiância no do sistema, incluindo os módulos foc-Si da Sharp em série, cada um com plano dos arranjos foi calculada a partovoltaicos, inversores e conexões de 185 Wp. A potência nominal de saída arranjos. desses 12 módulos em STC é de tir da GHI medida, usando-se o método Reindl. 2200 Wp. Os parâmetros meteorológicos e Um inversor SMA Sunny Boy 1700 Fontes de dados e controle elétricos passaram por diversas verifié ligado a nove séries em paralelo de de qualidade cações de controle de qualidade (CQ), quatro módulos fotovoltaicos Kaneka aplicando-se tanto os limites quanto de a-Si, cada um com 60 Wp. A potênO conjunto de dados meteorolóas verificações estatísticas do conjunto cia nominal de saída desses 36 módugicos analisado contém parâmetros de dados, para os dados meteorológilos de a-Si em STC é de 2160 Wp. meteorológicos ― Irradiância Global cos e dos inversores. Mais detalhes poUm inversor SolarMax 3000C está Horizontal (GHI, na sigla em inglês), dem ser encontrados em Cerriku [7]. conectado a 12 séries em paralelo de temperatura ambiente, temperatura do quatro módulos fotovoltaicos de CdTe módulo, velocidade do vento, direção A tabela I mostra a disponibilidade Antec, cada um com potência nominal do vento, umidade ― e parâmetros de dados de cada ano após o CQ, e a de 43 Wp. Dos 48 módulos de CdTe elétricos de cada string, medidos a figura 3 apresenta a disponibilidade cada dez minutos por um período de instalados, 20 quebraram após a insgeral dos dados para todo o período 11 anos, de 2008 a 2020. Além disso, após o CQ. talação e não foram substituídos. A potência nominal em STC dos 28 mófoi utilizado um conjunto Tab. I – Disponibilidade de dados de cada ano dulos de CdTe restantes é de 1204 Wp. de dados da empresa 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Três inversores Fronius IG-30, cada SolarGIS contendo parâ87,9 93,4 93,2 94,0 72,5 80,8 91,9 81,9 81,6 61,2 85,4 um conectado a dois arranjos em pametros meteorológicos



Vida útil

54

FotoVolt - Junho - 2021

menores disponibilidades, de 72,5% e 61,2%, respectivamente, devido a manutenções e calibrações de sensores.

Valores NaN

10,8% 6,0%

Dados faltantes

Metodologia 83,2%

Dados disponíveis após CQ

Fig. 3 – Disponibilidade geral dos dados após o controle de qualidade Como resultado das verificações de CQ, foram rejeitados 0,5% dos dados de GHI, 1,1% dos de Irradiância Horizontal Difusa (DHI, sigla em inglês) e 0,5% dos de Irradiância Normal Difusa (DNI, idem). Os dados elétricos foram examinados para verificar se eles se inserem nos limites de MPP inferior e superior do inversor correspondente. As disponibilidades de dados calculadas para cada ano do período de 11 anos considerado, dadas na tabela I, variam na faixa de 80,8 a 94%. Apenas os anos de 2013 e 2018 apresentam

Uma série de metodologias para medir e calcular a taxa de degradação de tecnologias FV é relatada na literatura [2]. Existem vários métodos de análise estatística para calcular as taxas de degradação: regressão linear, decomposição sazonal clássica (CSD), Modelo Autorregressivo Integrado de Médias Móveis, suavização de gráfico de dispersão ponderada localmente e análise ano-a-ano usando RdTools. O RdTools é uma biblioteca Python de código aberto criada pelo NREL National Renewable Energy Laboratory, dos EUA, sendo sua principal funcionalidade a avaliação da taxa de degradação (RD) de sistemas de energia fotovoltaica [8]. O RdTools pode analisar diferentes frequências de dados Dados Solargis (Período: 20 anos; Intervalo: 15 min) Irradiância: GTI, GHI, DHI, DNI Parâmetros meteorológicos: Tamb, patm, RH, Sw, Rw, dγs, θz Parâmetros elétricos: –

Dados de FH Wels (Período: 11 anos; Intervalo: 10 min) Tecnol. FV: CIS, CdTe, a-Si, c-Si, p-Si Irradiância: GTI (cel. ref. Si), GHI, DHI, DNI Parâmetros meteorológicos: Tamb, patm, RH, Sw, Rw Parâmetros elétricos: Icc, Ucc, Pcc, Tm, Pca, Eca

REAMOSTRAGEM DE DADOS: Dados FH Wels + Solargis (Período: 11 anos (2009-2019); Intervalo: 15 min) SINCRONIZAÇÃO: Adiantamento/atraso do relógio 2x/ano

Dados FH Wels Irradiância + meteorológicos

Dados FH Wels Parâmetros elétricos

Dados Solargis Irradiância + meteorológicos

CQ CQ

CQ

Zênite + azimute solar

GTI – Modelo de transposição ANÁLISE DE DESEMPENHO E DEGRADAÇÃO

Rendimento energético Rendimento energético anual esperado Modelo PVWatts Rendimento energético anual real

Taxa de desempenho – RD RD anual esperada Modelo PVWatts RD anual real PR corrigida pela temperatura mensal

Fig. 4 – Fluxograma da metodologia aplicada

Taxa de degradação RDTools – Energia renormalizada RD com base em sensor RD com base em céu claro

Decomposição sazonal clássica (CSD)


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55

(horária, diária, semanal, etc.), mas os melhores resultados são obtidos com frequências inferiores a uma hora. A normalização do conjunto de dados é feita com a potência modelada pelo calculador PVWatts. Como entrada, são usados o rendimento de energia, a irradiância no plano e a série temporal da temperatura da célula. Junto com a série temporal, alguns metadados precisam ser fornecidos: latitude, longitude, fuso horário, orientação, ângulo de inclinação, temperatura ambiente, coeficiente de potência e potência nominal do arranjo fotovoltaico. O RdTools também pode calcular a taxa de degradação baseada em céu claro. Esse recurso pretende ser uma solução para a distorção (bias) apresentada por dados baseados em sensores, por causa de desvios destes ou problemas durante as recalibrações. A normalização é seguida pela filtragem de dados, a qual remove todos os dados inválidos e inconsistentes. Os pontos de dados em que a energia normalizada é inferior a 1% são removidos. Após o processo de filtragem, os dados são agregados em menor resolução temporal para evitar o impacto de pontos de dados errôneos que geralmente ocorrem pela manhã e no final da tarde. Finalmente, a taxa de degradação é estimada a partir dos dados incluídos na análise. Por default, o valor do intervalo de confiança é 68,2%, que pertence ao desvio padrão 1 σ. O intervalo de confiança pode ser alterado para corresponder à porcentagem de dados requerida pela análise. Além disso, foi aplicada a decomposição clássica de séries temporais. Isto reduz a sazonalidade da série temporal por meio da suavização matemática da tendência, que é calculada usando uma média móvel simétrica ao longo de 12 meses. A figura 4 mostra um fluxograma da metodologia aplicada neste estudo para determinar o rendimento energético, a taxa de desempenho e as taxas de degradação.


Vida útil

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Resultados e discussão Rendimento energético anual total Rendimento energético anual total esperado Irradiação anual total (dados FH Wels)

Taxa de desempenho (-)

1,00

2250

0,95

2000

0,90

1750

0,85

1500

0,80

1250

0,75

1000

0,70

750

0,65

500

0,60

250

0,55

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

Irradiação (kWh/m²) Rendimento energético (kWh/kWp)

Taxa de desempenho anual esperada Taxa de desempenho anual real

0

2019

Fig. 5 – Evolução da taxa de desempenho real e esperada e rendimento energético de string de c-Si com base em dados de irradiação medidos em Wels

20 09

20 11

20 13

20 15

20 17

20 19

20 09

20 11

20 13

20 15

20 17

20 19

0,6

20 19

20 11

20 09

0,8

20 17

1,0

0,6

20 15

Energia renormalizada

1,0

0,8

que assume que a sujeira se acumula a uma taxa diária menor que o limite de chuva (selecionaResultados de degradação de c-Si baseados em céu claro do como 10 mm). (medições de GTI, GHI e DHI de FH Wels) A taxa de sujiRD = –0,52%/ano 400 Intervalo de confiança: dade é 0,0015, 300 –0,98 a -0,00 %/ano correspondente 200 a áreas urbanas, 100 o período de ca0 -20 0 20 40 rência é definido Degradação anual (%) Ano como cinco dias Resultados de degradação de c-Si baseados em sensor e o valor máximo (medições de GTI, GHI e DHI de FH Wels) de sujidade é RD = –0,76%/ano 600 definido como Intervalo de confiança: –0,91 a -0,56 %/ano 400 0,3. Também foi considerada uma 200 limpeza manual 0 -20 0 20 40 realizada de 20 Degradação anual (%) Ano a 21 de junho de 2014. A degraResultados de degradação de c-Si baseados em céu claro (medições de GTI, GHI e DHI da Solargis) dação induzida RD = –0,51%/ano 150 pela luz (LID) Intervalo de confiança: –2,01 a 1,28 %/ano foi assumida em 100 1,5%; para todas 50 as outras perdas, 0 os valores padrão -20 0 20 40 Ano Degradação anual (%) do PVWatts foram aplicados. Resultados de degradação de c-Si baseados em sensor

20 13

Energia renormalizada

1,0

Energia renormalizada

As perdas por sujidade são modeladas usando o modelo de Kimber,

0,8 0,6

A figura 5 mostra a taxa de desempenho (PR) anual, real e simulada, bem como o rendimento de energia para uma série FV exemplar (c-Si). A PR média prevista desse arranjo para o período considerado de 11 anos, de 2009 a 2019, é 0,90, enquanto a PR média real é 0,87. A figura mostra a linha de tendência de PR prevista e medida e do rendimento energético usando os dados de meteorologia, de irradiância e elétricos medidos. A diferença relativa entre a energia esperada e a real gerada pelo arranjo c-Si, ao se considerarem os dados da estação do campus de Wels (FH Wels), é de 10%, conforme mostrado na tabela II. A mesma análise foi realizada usando os dados meteorológicos e de irradiância da SolarGIS e os dados elétricos medidos. A irradiância medida no plano da SolarGIS é maior do que a irradiância calculada no plano usando o modelo Reindl. A taxa de desempenho prevista permanece a mesma (0,90), uma vez que a potência prevista pelo PVWatts também aumenta para valores de irradiância mais altos. A PR real média é de 0,82. O rendimento de energia previsto usando os dados da SolarGIS é maior em comparação com o de FH Wels, uma vez que a SolarGIS fornece valores maiores de irradiância no plano. A análise de degradação ano-a-ano usando o RdTools para os dados medidos e os da SolarGIS é ilustrada na figura 6. As diferenças entres os números baseados em céu claro e os baseados em sensores são maiores para

Energia renormalizada

(medições de GTI, GHI e DHI da Solargis)

1,0

RD = –0,66%/ano Intervalo de confiança: –2,36 a 0,78 %/ano

200 150

0,8

Tab. II – Energia esperada versus real (kWh) e diferença relativa (%) do arranjo de c-Si 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

100 50

0,6 20 19

Ano

20 17

20 15

20 13

20 11

20 09

0

-20

0

20

Degradação anual (%)

Fig. 6 – Taxa de degradação (RD) baseada em sensor e em céu claro usando a técnica ano-a-ano do RdTools, com dados medidos e dados SolarGIS, para o arranjo de c-Si

40

Esp.

2220 2103 2275 2331 1676 1931 2220 2042 2109 1665 2097

Real

2147 2101 2258 2087 1353 1756 2102 1768 1900 1396 1750

Dif.

3

0

Diferença relativa = 10%

1

12

24

10

6

15

11

19

20



Vida útil

0,9

FotoVolt - Junho - 2022

CSD da PRCC mensal do arranjo c-SI (dados FH Wels) PR mensal

PR mensal

1,0

Tendência

58

Tendência

0,9 0,8 0,7

Sazonal

0,05 0,00 –0,05

Sazonal

0,1 0,0 –0,1

25 0,00 –0,25

Residual

0,5

Residual

0,5

RD: –0,53 %/ano

RD: –0,41 %/ano

0,0 –0,5

20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19

20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19

0,7

CSD da PRCC mensal do arranjo c-SI (dados Solargis)

1,0

t (mês)

t (mês)

Fig. 7 – Taxa de degradação usando o método CSD baseado em dados medidos e dados da SolarGIS para a string de c-Si Tab. III – Taxas de degradação (%/ano) do arranjo de c-Si para o conjunto de dados medidos em Wels e o da SolarGIS Método

FH Wels

os dados de medição do que para os da SolarGIS. Isto confirma que os desvios dos sensores de irradiância têm influência e os resultados baseados em céu claro são mais confiáveis. O método CSD foi aplicado para obter a PR mensal corrigida pela temperatura do arranjo de c-Si, para am-

SolarGIS

RdTools (céu claro)

0,52

0,51

RdTools (sensor)

0,76

0,66

CSD

0,53

0,41

RD média = 0,6%/ano

Tab. IV – Valores médios anuais dos conjuntos de dados do FH Wels e da SolarGIS: taxa de desempenho (PR) esperada e real, taxa de degradação (RD), rendimento final (Yf) esperado e real, e suas respectivas diferenças relativas Parâmetro

CIS-1

CIS-2

CdTe

a-Si

c-Si

p-Si-1

p-Si-2

P-Si-3

PR esperada

0,83

0,83

0,86

PR real

0,73

0,18

0,77

0,85

0,9

0,88

0,88

0,88

0,72

0,85

0,8

0,8

Dif. rel. (%)

13,7

361

11,7

0,8

18

6

10

10

26

RD (%)

1,6

0,8

0,7

1,3

0,6

0,9

1,2

3,1

Yf esperado (kWh/kWp)

970

970

1003

986

960

958

958

958

Yf real (kWh/kWp)

752

301

828

760

844

843

806

734

Dif. rel. (%)

29

103

21

24

12

14

19

30

bos os conjuntos de dados. A regressão linear da linha de tendência suavizada, após a sazonalidade e os componentes residuais terem sido removidos, fornece um valor anual de RD de 0,53% (0,01% superior à RD baseada em céu claro do RdTools) para os dados medidos, e de 0,41% (0,1% inferior à RD baseada em sensor do RdTools) para dados SolarGIS. Na figura 7 é mostrada a taxa de degradação determinada pelo método CSD, baseado em dados medidos e dados SolarGIS, para o arranjo de c-Si. A taxa média de degradação para o arranjo de c-Si é de 0,6%/ano, conforme mostrado na tabela III. Uma visão geral dos principais resultados da análise de dados de rendimento e de PR é apresentada na tabela IV. A PR e o rendimento específico do arranjo de CIS com duas séries são muito baixos, pois vários módulos apresentaram defeitos durante o período analisado. Tanto em termos de PR quanto de rendimento específico, o arranjo de módulos monocristalinos (c-Si) apresenta o melhor desempenho. Os resultados resumidos dos valores médios das taxas de degradação de ambos os conjuntos de dados (dados meteorológicos medidos e da SolarGIS) são mostrados nas tabelas V e VI. A taxa


Vida útil

FotoVolt - Junho - 2022

Tab. V – Taxas de degradação (%/ano) de todas as tecnologias FV aplicando-se o conjunto de dados meteorológicos medidos Método

CIS-1

CIS-2

CdTe

a-Si

c-Si

p-Si-1

p-Si-2

p-Si-3

RdTools (céu claro)

0,96

0,55

0,77

1,05

0,52

0,55

0,66

1,23

RdTools (sensor)

1,52

0,91

1,28

1,71

0,76

0,87

1,23

0,99

CSD

1,81

1,45

0,76

1,56

0,53

1,09

1,34

5,43

RD média (%/ano)

1,43

0,97

0,94

1,44

0,6

0,84

1,08

2,55

média de degradação das tecnologias fotovoltaicas varia entre 0,6 e 2,55% para o conjunto de dados medidos. Segundo este estudo, a tecnologia fotovoltaica com melhor desempenho no clima da Alta Áustria é a de silício monocristalino (c-Si), que apresentou taxa de degradação média de 0,6%/ano e taxa de desempenho média de 0,85 (tabela IV).

Referências [1] https://goo.gl/maps/2DDFJCjrp8FgXnXB9 [2] A. Phinikarides, N. Kindyni, G. Makrides, G. E. Georghiou: Review of photovoltaic degradation rate methodologies, “Renewable and Sustainable Energy Review”, 40, 143–152 (2014). [3] A. Högl, R. Höller, and Y. Ueda: Performanceund Degradationsanalyse von PV Modulen und Systemen, 15. Symposium Energieinnovation, Graz (2018).

Tab. VI – Taxas de degradação (%/ano) de todas as tecnologias FV aplicando-se o conjunto de dados SolarGIS Método

CIS-1

CIS-2

CdTe

a-Si

c-Si

p-Si-1

p-Si-2

p-Si-3

RdTools (céu claro) RdTools (sensor) CSD RD média (%/ano)

1,45 1,39 1,29 1,38

0,41 0,68 0,78 0,62

0,46 0,21 0,56 0,41

1,6 0,79 1,36 1,25

0,51 0,66 0,41 0,53

0,48 1,05 1,09 0,87

1,12 1,69 1,29 1,37

3,03 2,48 5,18 3,56

59

[4] IEC 61724-1:2017 - Photovoltaic system performance - Part 1: Monitoring. [5] W.G.J.H.M. van Sark, N.H. Reich, B. Müller, A. Armbruster, K. Kiefer, Ch. Reise: Review of PV performance ratio development, World Renewable Energy Forum 2012, Annual Conference (2012). DOI: 10.13140/2.1.2138.7204 [6] Fraunhofer ISE. Photovoltaics Report (2020). [7] K. Cërriku: Long-term Outdoor Performance Evaluation and Degradation Assessment of Different Photovoltaic Technologies, Master Thesis, University of Applied Sciences Upper Austria, Wels (2020). [8] M.G. Deceglie, D., Jordan, A., Shinn, C., Deline, RdTools: An Open Source Python Library for PV Degradation Analysis degradation rate. National Renewable Energy Laboratory, 1-15 (2018).

Adaptado de "Long-term degradation assessment of five different photovoltaic technologies in Austria", da 38th European Photovoltaic Solar Energy Conference and Exhibition, setembro de 2021, Lisboa.


60

FotoVolt - Junho - 2022

Com função importante na durabilidade e desempenho dos sistemas fotovoltaicos, as estruturas de suporte e fixação dos painéis devem atender as especificidades de cada projeto. Este guia apresenta a oferta de fabricantes de soluções para montagem de sistemas fotovoltaicos em solo (com inclinação de ângulo fixo ou ajustável) e telhado, além de estruturas dedicadas a geradores FV flutuantes. Montagem em telhado

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61

Membranas e tapetes

FotoVolt - Junho - 2022


Congresso

62

FotoVolt - Junho - 2022

Intersolar Summit discute o futuro da geração FV Jucele Reis, da Redação de FotoVolt

O

estudo Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026, elaborado pela Solar Power Europe com a participação da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, aponta que o Brasil, considerado líder na implementação da fonte solar fotovoltaica na América Latina, deve se tornar um dos principais mercados globais nos próximos anos, com previsão de acumular capacidade instalada de mais de 48 GW em 2026. No final do ano passado, a geração fotovoltaica no País alcançou 13,6 GW, somando as contribuições dos segmentos de geração centralizada e distribuída. Deste total, cerca de 5,5 GW foram adicionados em 2021 (1539 MW em geração centralizada e 3948 MW em geração distribuída), tendo a energia solar atingido participação de 7,2% no mix de eletricidade do País. Segundo a Absolar, a fonte fotovoltaica é atualmente a quinta maior da matriz elétrica brasileira, somando desde 2012 mais de R$ 82,1 bilhões de investimentos e de 459 mil novos empregos. Já no início de abril de 2022, o País havia ultrapassado a marca de 15 GW de capacidade total instalada de energia solar fotovoltaica, com a geração centralizada respondendo por aproxi-

Com previsão de atingir mais de 48 GW até 2026, a energia fotovoltaica desponta como uma das principais fontes na diversificação da matriz elétrica nacional. Bem como oportunidades, a expansão traz também desafios, temas que integraram a pauta do Intersolar Summit Brasil Nordeste. Além de aspectos tecnológicos e econômicos da geração FV, os debates abordaram o desenvolvimento da GD com o novo Marco Legal e a ampliação, diversificação e agregação de valor da indústria solar por meio do hidrogênio verde.

madamente 5 GW e os sistemas de geração distribuída, por cerca de 10 GW. Nos últimos dois anos, a geração distribuída cresceu 316%, chegando a 8550 MW no final de 2021, tendo como expoente a fonte solar. Para 2022, a perspectiva é de que a geração fotovoltaica estabeleça novos recordes, principalmente em função da aprovação Lei nº 14.300/2022, em 6 de janeiro, que instituiu o marco legal da microgeração e minigeração distribuída no Brasil. Para Rodrigo Sauaia, A importância da geração fotovoltaica, atualmente a quinta maior da matriz CEO da Absolar, o elétrica brasileira, tem crescido exponencialmente. O congresso Intersolar Summit documento trouxe Brasil Nordeste, realizado em Fortaleza, CE, debateu o futuro da fonte no País “a necessária segurança jurídica para os agentes que faturamento das tarifas de uso da rede atuam nesse segmento, permitindo e encargos do sistema elétrico e um o crescimento sustentável da geração período de transição para as novas redistribuída”. A lei, entre outras detergras (gradualidade). “O regulamento minações, estabelece diretrizes para protege 10 GW de geração distribuída,


Congresso

FotoVolt - Junho - 2022

o que representa quase R$ 60 bilhões de investimentos”, disse o executivo durante sua apresentação no congresso Intersolar Summit Brasil Nordeste, realizado pela Aranda Eventos & Congressos Ltda., Solar Promotion International GmbH, Pforzheim e FMMI Freiburg Management and Marketing International GmbH. “O marco legal da GD é estratégico, pois, além de previsibilidade, clareza e transparência para o mercado, oferece segurança aos consumidores para investirem na solar e nas outras fontes e aos empreendedores para avançarem nos seus projetos, investimentos e contratações. Também faz com que as empresas tenham mais confiança em financiar projetos nesse mercado”, completou. Ainda segundo Sauaia, o documento também traz novas oportunidades, visto que possibilita outras formas jurídicas de associação, não apenas em consórcios e cooperativas, mas também em Rodrigo Sauaia, CEO da condomínio civil Absolar: “O marco legal da GD é estratégico, pois, (voluntário ou além de previsibilidade, edilício). “Além clareza e transparência disso, agora tampara o mercado, oferece bém é permitida segurança aos consumidores, empreendedo- a compra e venda res e investidores” de excedentes de energia elétrica”, destacou. Essa possibilidade de comercialização dos excedentes com as distribuidoras está descrita no artigo 24 e deverá ser realizada por meio de chamada pública a ser regulamentada pela Aneel. De acordo com o CEO da Absolar, a Lei 14.300 propicia uma janela de oportunidades para o mercado de geração distribuída, haja vista que a compensação integral dos créditos de energia será mantida até dezembro de 2045 para todos os pedidos de parecer de acesso feitos no prazo de 12 meses a contar da publicação da lei. “Há muitos consumidores procurando acelerar

os seus projetos de energia solar para aproveitar esse período em que ainda podem se enquadrar na regra antiga. Esse é mais um motivo para implantar sistemas fotovoltaicos, além da elevação das tarifas, que subiram cerca de 20% este ano. A projeção é de que as tarifas vão continuar a aumentar, tornando mais atrativo o investimento em energia solar”, prevê Sauaia. Consumidores que aderirem à geração distribuída a partir de 7 de janeiro de 2023 serão enquadrados numa regra de transição e terão de pagar um percentual dos custos associados à energia elétrica, que aumentará gradualmente até 2028. A partir de 2029, a compensação dos créditos de energia ficará sujeita às regras tarifárias estabelecidas pela Aneel para as unidades consumidoras com microgeração ou minigeração, as quais deverão levar em conta, segundo Sauia, os benefícios da geração distribuída para o setor elétrico e a sociedade. “Essa era talvez a principal demanda do setor para que a conta final fosse técnica, correta, bem estruturada e profissional”. Nesse processo, caberá ao CNPE Conselho Nacional de Política Energética estabelecer diretrizes para valoração dos custos e dos benefícios da microgeração e minigeração distribuída. Por sua vez, a Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica terá a tarefa de determinar os cálculos para valoração desses benefícios com base nesses parâmetros. “A Absolar, junto com outras entidades do setor elétrico, tem discutido com o Ministério de Minas e Energia as próximas etapas para garantir que os atributos da geração distribuída entrem na conta, incluindo não só benefícios elétricos, mas também ambientais”. No artigo 17 da lei, está disposto que o CNPE tem 6 meses, a partir da publicação do documento, para estabelecer as diretrizes citadas. A Aneel, em contrapartida, terá 18 meses para fazer os cálculos. “Esperamos que a Aneel contemple a participação das entidades do setor para que seja um cálculo justo e ade-

63

quado”, disse Joaquim Rolim, diretor técnico da ABGD - Associação Brasileira da Geração Distribuída. Os projetos de geração compartilhada ou autoconsumo remoto, com potência instalada acima de 500 kW, pagarão um custo maior pelo uso da rede. No entanto, segundo Sauaia, terão uma demanda menor, com valores até 70% inferiores aos cobrados atualmente. “A demanda contratada de projetos de geração distribuída dos consumidores de maior porte era cobrada como se fosse demanda de consumidor. A lei agora prevê que essa demanda será de geração, a TUSD-G, que é inferior à TUSD C. A regra vale inclusive para os projetos já existentes”, explicou. “Isso evita a perda de competitividade desse modelo”, avaliou. Outro cuidado previsto na lei, de acordo com o CEO da Absolar, é a inserção da garantia de fiel cumprimento, que visa evitar a atuação de “aventureiros” no mercado. Empreendimentos com potência de 500 kW até 1 MW deverão depositar 2,5% do valor do projeto. Acima de 1 MW, a taxa é de 5% do investimento. “Essa é uma forma de garantir a seriedade do mercado. O empreendedor deverá garantir a realização do projeto. Essa medida tem o objetivo de evitar que pareceres de acesso sejam protocolados apenas para ocupar espaço na fila”, disse. Por sua vez, as modalidades de consórcio e cooperativa estão dispensadas do pagamento desse depósito. “A regra foi muito bem planejada para não prejudicar o crescimento da energia solar”, frisou. Outra mudança estabelecida pela lei é a possibilidade de o consumidor de média tensão solicitar faturamento em baixa tensão. Até então, o entendimento da Aneel era de que consumidores não poderiam ser optantes B com usinas de minigeração. Com a publicação do documento, os consumidores podem fazer uso dessa opção com usina junto à carga até 112,5 kW. “Essa alteração vai aumentar o interesse e a competitividade da geração distribuída nesse segmento”, comentou


64

Congresso

Sauaia. Outro ponto destacado pelo executivo foi o fim da cobrança em duplicidade do custo de disponibilidade determinado no novo marco. “Isso ajuda a melhorar a viabilidade econômica dos projetos de geração distribuída”, concordou Rolim, da ABGD. Entre os vetos ao texto original impostos pelo governo federal, estão a classificação como micro ou minigerador das unidades flutuantes de geração fotovoltaica instaladas sobre lâminas d’água; e o enquadramento de projetos de minigeração distribuída no Reidi Regime Especial de Incentivos ao Desenvolvimento da Infraestrutura. “Estamos trabalhando junto ao Congresso Nacional para que esses vetos possam ser apreciados”, concluiu Sauaia.

Geração fotovoltaica no PDE Outro tema discutido durante o congresso foram as projeções para a geração solar fotovoltaica constantes no PDE - Plano Decenal de Expansão de Energia, estudo elaborado pela EPE - Empresa de Pesquisa Energética que indica as perspectivas de expansão do setor de energia. De acordo com Gabriel Konzen, analista de pesquisa energética da EPE, em termos de expansão de capacidade instalada, a previsão do PDE 2031 é de que a geração distribuída – sobretudo a mini e microgeração fotovoltaica – seja a protagonista dos próximos dez anos no setor elétrico brasileiro, com o maior aumento percentual: elevação de 362,5% no horizonte do estudo, o que corresponde a um salto de 8 GW para 37 GW. O plano prevê investimentos de até R$ 135 bilhões em geração distribuída. Para simular a projeção de capacidade instalada para os próximos 10 anos dos sistemas de micro ou minigeração distribuída (MMGD), foram elaborados sete cenários no PDE 2031, tendo em vista a incerteza relacionada à remuneração que será adotada para valorar os custos e benefícios da energia injetada na rede a partir de

FotoVolt - Junho - 2022

2029. A tecnologia solar fotovoltaica mantém-se como a principal fonte nesse segmento, respondendo por mais de 90% de toda a expansão da GD. Do cenário mais pessimista ao mais otimista, há uma variação de 27 a 47 GW de capacidade instalada. No cenário de referência, os estudos indicam cerca de 4 milhões de adotantes em 2031, totalizando 37,2 GW de capacidade instalada, que irão contribuir com 7,2 GWméd de geração. Os investimentos previstos no período 20222031 para esse Gabriel Konzen, analista de pesquisa energética da cenário somam EPE: “A fonte solar continua cerca de R$ 122 sendo protagonista nas bilhões. projeções de expansão O PDE apon- do setor elétrico, ta ainda que a especialmente através da MMGD deve geração distribuída” contribuir com 8% da demanda potencial a ser atendida nos próximos 10 anos, cujo total é estimado em 826 TWh. Considerando o conjunto dos Recursos Energéticos Distribuídos (que inclui, além da MMGD, autoprodução, eficiência energética, resposta da demanda, soluções de armazenamento, veículos elétricos e infraestrutura de recarga), a projeção é de atendimento a 21% do consumo de eletricidade até 2031, o que corresponderia a 175 TWh. “É uma participação importante desses recursos nos próximos 10 anos para reduzir a necessidade de expansão da oferta centralizada de energia”, disse Konzen. “A fonte solar continua sendo protagonista, especialmente através da geração distribuída”, completou. A EPE disponibiliza aos interessados, no link http://shinyepe.brazilsouth.cloudapp.azure.com:3838/ pdgd/, um painel de dados da micro e minigeração distribuída, onde é possível acessar as projeções em vários formatos com auxílio de filtros. “Os dados podem ser discretizados por

distribuidora, estado e fonte”, exemplifica Konzen. Ainda de acordo com o estudo da EPE, além da GD, a solar fotovoltaica também será líder na expansão entre as fontes na geração centralizada nos próximos 10 anos, com aumento de 134,2% (saltando de 4 GW, em 2022, para 10 GW, em 2031), incluindo tanto a capacidade que já foi contratada nos últimos leilões quanto a capacidade indicativa, que é resultado dos modelos da EPE. Os investimentos previstos somam R$ 292 bilhões. Konzen destacou ainda projeções realizadas para a energia solar em um cenário de referência e um cenário livre. No cenário de referência, foram incluídas a construção de uma usina nuclear e a adição de capacidade instalada de gás natural, oriunda da lei de privatização da Eletrobras, que determina a contratação de 8000 MW de termelétricas a gás natural inflexíveis, as quais têm de gerar compulsoriamente 70% do tempo. “O cenário de referência incorpora essas obrigatoriedades colocadas pelo Congresso e também algumas políticas energéticas que visam externalidades positivas, como, por exemplo, o aproveitamento de resíduos sólidos urbanos e a manutenção do conhecimento da tecnologia nuclear”. Já no cenário livre, tais exigências não são consideradas, o que eleva a expansão da capacidade instalada de solares e eólicas e reduz custos. “Os dois cenários oferecem segurança de suprimento para o Brasil, mas é importante a sociedade discutir as possibilidades, os custos e os benefícios de cada uma delas”, disse o analista. Transmissão - A necessidade de expandir as redes de transmissão também foi tema dos debates. A previsão é de que, nos próximos 10 anos, haja aumento de 20% na malha de transmissão de energia elétrica, representando 33 mil km de novas linhas de transmissão. “O objetivo é sobretudo reforçar o elo entre as regiões Sudeste e Nordeste para escoar a energia que está sendo gerada no Nordeste através



66

Congresso

das usinas solares e eólicas”, afirmou Konzen. Na região Norte/Nordeste, estão previstos 34 GW de geração solar e eólica até o final de 2025. Além disso, no cenário de referência, está projetada a implantação de mais de 23 GW até 2031, o que totaliza 57 GW de potência instalada. “Para implantar esse montante de geração, precisamos de redes. Estudos estimam a necessidade de 30 GW de capacidade de intercâmbio com outras regiões”, disse Daniel Oliveira, especialista em regulação da SCT-Aneel. Nesse cenário de expansão, o especialista chamou a atenção para a discrepância entre os prazos necessários para construção de empreendimentos de geração e transmissão. Enquanto as plantas de geração podem ser implantadas em tempo reduzido, o desenvolvimento de novas linhas de transmissão pode levar até 7 anos, tornando um desafio compatibilizar o tempo de execução das obras de ambos os segmentos. De acordo com Oliveira, diversos ajustes têm sido feitos para mitigar essas dificuldades, como o aprimoramento do processo, com o objetivo de oferecer mais flexibilidade para as empresas de transmissão, possibilitando antecipação com remuneração especificada em contrato. A previsão é de que, num cenário de referência, sejam investidos R$ 101 bilhões na área de transmissão entre 2022 e 2031. Dentre outros cenários elaborados pela EPE, o mais pessimista prevê a destinação de R$ 51 bilhões para as obras até 2031, enquanto o mais otimista considera R$ 126 bilhões de investimentos. “Cabe lembrar que metade dos R$ 100 bilhões identificados pelo PNE como necessário já está contratado. E temos previsão de licitar o restante dessas obras de transmissão até 2023, o que representa cerca de R$ 48 bilhões em investimentos”, disse. Além disso, o plano estabelece a necessidade de substituição de ativos que estão em final de vida útil, o que totaliza aproximadamente investimentos de R$ 35 bilhões até 2031.

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Oliveira comentou que, em função dos leilões iniciados em 1999, a extensão das linhas de transmissão concedidas saltou de 757 quilômetros para quase 103 mil, em 2020. De 2015 a 2020, foram autorizadas 128 obras de grande porte e 334 obras de pequeno porte, totalizando investimentos de R$ 2,7 bilhões e receita anual permitida de R$ 420 milhões. “Até abril de 2022, já haviam sido autorizados o mesmo montante de receita”, destacou.

Hidrogênio Uma das novidades do PDE 2031, apontada pelos especialistas, foi a inclusão de um capítulo dedicado ao hidrogênio, que, em escala mundial, é considerado um potencial propulsor para a descarbonização das grandes economias, principalmente por representar uma forma de armazenamento de energia que pode ser usada para diminuir os índices de emissão de setores econômicos. “O planejamento, além de atender a demanda de energia, tem buscado recursos naturais que são promissores no Brasil”, destacou Constantino Frate, consultor da Sedet - Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará, durante sua apresentação no evento. Ele ressaltou a estratégia do estado em investir no hidrogênio verde: “Nosso objetivo é que o Ceará se torne um ator global na produção, exportação e distribuição de hidrogênio para utilização em vários setores da economia, contribuindo para a redução dos níveis globais de CO2 e para o desenvolvimento social, econômico, tecnológico e ambiental”. Segundo Frate, a partir de 2021, com o lançamento do hub de H2V do Ceará, deu-se a partida para transformar o território cearense em um grande fornecedor global desse tipo de combustível, impulsionado pelo enorme potencial produtor de energias renováveis do estado, sua localização geográfica, assim como a capacidade logística e consumidora de hidrogênio verde do Complexo do

Pecém. “O Ceará detém uma condição privilegiada, levando em conta não só o Porto do Pecém e sua parceria com Roterdã, mas também a complementariedade existente entre a geração fotovoltaica e eólica”, disse. Segundo ele, o parque industrial brasileiro já conta com boa parte dos players internacionais que atuam na área de hidrogênio, o que contribui para estimular o desenvolvimento do segmento. Uma das metas é que a infraestrutura e as parcerias internacionais facilitem a exportação. De acordo com Frate, um estudo da Bloomberg aponta que, por volta de 2050, o Brasil vai produzir o hidrogênio verde mais barato do mundo, possivelmente tendo a Alemanha como um dos principais mercados. O país, cuja demanda por H2 verde crescerá para 3,3 Mt até 2030, almeja estabelecer rotas verdes de importação do combustível, haja vista que produz apenas 11% da demanda local. Segundo Frate, o foco não é apenas a exportação, mas também o atendimento do mercado interno. Nesse sentido, diversos usos locais do H2V têm sido avaliados. A Cegas - Companhia de Gás do Ceará, por exemplo, estuda a possibilidade de misturar o hidrogênio na rede de gás. Outras aplicações são o transporte pesado, produção de aço e de fertilizantes. A indústria do aço é considerada um mercado promissor, tendo em vista que seria preciso instalar uma capacidade de eletrólise da ordem de 500 GW para realizar a migração dos combustíveis utilizados atualmente nos processos siderúrgicos para o H2V. “Isso representa uma quantidade enorme de hidrogênio e de energia renovável”, disse Frate. Outra oportunidade é a produção de amônia, utilizada principalmente na área de fertilizantes, cujo 95% do consumo é provido por importações. “Estamos olhando para todo o desdobramento dessa cadeia, que vai permitir gerar renda e emprego não só para o Ceará, mas para o Brasil”. Tendo em vista o desenvolvimento da indústria do H2V, Expedito Parente Jr., diretor de infraestrutura da Adece -


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Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará, apontou a necessidade de aumento das exportações de energia pelo Brasil. Segundo ele, os dados do Anuário Estatístico Expedito Parente Jr.: “O hidrogênio verde tem da Aneel indicam enorme importância que o País exporta como um mecanismo de menos de 0,5% expansão, diversificação da energia elétrica e agregação de valor da indústria solar no Ceará gerada. “Apesar e no Brasil” do enorme potencial de produção de energia solar e eólica, o País fica restrito ao consumo interno, que é considerado baixo comparado a outros países. O hidrogênio verde tem enorme importância como um mecanismo de expansão, diversificação e agregação de valor da indústria eólica e solar no Ceará e no Brasil. O potencial de geração dessas fontes no Ceará é de quase 1000 GW e atualmente ocupamos apenas 3 GW, ou seja 0,3%. Então precisamos dar um salto no aproveitamento deste potencial”, apontou. O diretor de infraestrutura da Adece enxerga o hidrogênio verde como uma porta de ingresso do setor elétrico no mercado de combustíveis, o qual, em termos energéticos, é cerca de quatro vezes maior que o de eletricidade no Brasil. “Enquanto a energia elétrica representa 18% na matriz energética nacional, o segmento de combustíveis responde por 82% do total. E a boa notícia é que muitos combustíveis podem ser produzidos a partir da eletricidade”. De acordo com ele, a redução de custos das energias renováveis tem promovido iniciativas para a produção de combustíveis a partir de eletricidade, como é o caso do hidrogênio. “Com água, sol, uma expectativa de hidrogênio e uma fonte de carbono baratos, cria-se a possibilidade de uma nova indústria química, que é um vetor de agregação de valor para a energia solar”, concluiu.


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Pesquisa & inovação

Nanorrede móvel 100% renovável: FV, baterias e hidrogênio

eletrolisador, célula de combustível e até carregador de veículo elétrico. O hidrogênio produzido por eletrólise é armazenado a menos de 300 psi em tanques (não embarcados). Quando o Sesame Solar (de Jackson, Michisol está brilhando, o sistema FV carregan, EUA) apresentou em 16 de ga as baterias. Quando não, e a carga junho suas nanorredes móveis 100% das baterias desce a 35%, a célula de renováveis que, segundo a empresa, combustível passa a carregá-las usansão as primeiras do tipo no mundo. do o hidrogênio armazenado. Com Produzindo e utilizando hidrogênio as baterias totalmente recarregadas solar (portanto, “verde”), as nanorrea célula desliga e, com a volta da luz des são pré-fabricadas e geram energia solar, a eletrólise continua produlimpa off-grid para atender a serviços zindo hidrogênio até que os tanques essenciais durante emergências em de armazenamento estejam cheios, e vários cenários, sobretudo em catástroevidentemente as baterias voltam a ser fes climáticas. carregadas com a energia solar. Segundo a empresa, suas nanorredes oferecem semanas de autonomia e produzem zero emissões. Um carregador de nível 2 integrado pode carregar um caminhão elétrico para rodar até 250 milhas, o que torna inclusive o transporte da nanorrede livre de combustível fóssil. Também podem ser carregados veículos elétricos ditos “de última milha”, como bicicletas e scooters, modos de transporte práticos quando Equipamento é de montagem automática, podendo ser preparado no local por uma as estradas estão única pessoa e começar a gerar energia em quinze minutos bloqueadas, casos típicos de quando ocorrem desastres Ao contrário de versões anteriores naturais. da empresa, a nova solução não deDependendo do modelo, a nanopende de gás ou diesel. A novidade rede pode produzir entre 3 e 20 kW de combina formas complementares de energia solar, com armazenamento de geração e armazenamento de energia 15 a 150 kWh em baterias. É fornecida renovável em um conjunto pré-fabricaem diferentes formatos, desde versões do contendo gerador solar FV, baterias,

Fotos: Sesame Solar/divulgação

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menores, que podem ser rebocadas por uma caminhonete, até contêineres ISO. Todas as variantes podem ser configuradas no local por uma única pessoa e começam a gerar energia em quinze minutos, pois os painéis solares são abertos automaticamente, por comando eletrônico. As soluções podem ser adaptadas às necessidades de cada comunidade e situação, sendo as aplicações mais comuns centros médicos, filtragem de água e serviços de comunicação. O equipamento foi projetado e testado para condições climáticas extremas, incluindo ventos e chuva fortes, e pode ser usado e reaproveitado por 20 anos. Nanorredes da Sesame já foram testadas no passado recente no suporte à ilha de Dominica, no Caribe, logo após o furacão Maria e, em conjunto com a empresa Comcast, na recuperação das comunicações após o furacão Ida, que devastou parte do leste dos EUA no ano passado. A lista de usuários iniciais já inclui a força aérea americana, as principais empresas de telecomunicações e organizações de resposta a emergências, diz a Sesame.

Laboratório da UFSC tem usina solar FV piloto da CTG Brasil

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CTG Brasil inaugurou no final de maio uma usina solar fotovoltaica piloto de módulos bifaciais no laboratório de energia solar fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis (SC). O projeto foi desenvolvido no âmbito de Pesquisa & Desenvolvimento da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, numa parceria com a UFSC, a Universidade Estadual Paulista de Ilha Solteira (SP) e o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER). Fruto de investimento de R$ 7,2 milhões, a usina conta com rastreadores solares e módulos que giram em torno


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Pesquisa & inovação

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comprovada maior Células Solares para Uso em Veícucapacidade de geração los”, gerenciado pela Organização de de energia em um Desenvolvimento de Novas Energias e mesmo espaço e por Tecnologia Industrial (Nedo, na sigla seus custos reduzidos em inglês) do Japão. de implementação. SeA eficiência de conversão do módugundo o coordenador lo ― confirmada pelo Instituto Naciodo Grupo Fotovoltainal de Ciência e Tecnologia Industrial ca, professor Ricardo Avançada (AIST, na sigla em inglês) ― Rüther, a capacidade supera a obtida anteriormente também dos módulos em refleem um módulo da Sharp, em outro tir pode gerar ganhos projeto da Nedo em 2016, que registrou expressivos e esta é eficiência de 31,17%, o que na época a razão de se investambém foi recorde mundial. O novo Com módulos bifaciais e rastreadores, usina vai avaliar desempenho em quatro tigarem quatro tipos protótipo do módulo solar usa design tipos de solo ao longo das estações do ano de solos diferentes. composto de junção tripla e é leve e fle“Nesse projeto estamos manipulando xível graças à sua estrutura, em forma de um eixo. A planta piloto tem dois o solo para aumentar um pouquinho a de “sanduíche” de células solares entre tipos de módulos fotovoltaicos, em reflexão do Sol. Se a ganharmos 5% no as camadas de filme. A expectativa da quatro solos diferentes, para que sejam desempenho de uma usina, isso reprepesquisa é usar a tecnologia flexível estudadas as condições de desempesenta uma competitividade maior para em partes de componentes de veículos nho ao longo das estações do ano. A o empreendedor”, disse o professor. elétricos. potência total é de 100 kW e o sistema Apesar da marca atingida, a pesquiestá localizado junto às instalações do sa da Sharp para desenvolver módulos Grupo Fotovoltaica da UFSC. solares mais eficientes e de menor Segundo os pesquisadores, serão custo, sobretudo para uso em veículos avaliados fatores como degradação, Sharp bate recorde elétricos e em aeronaves espaciais, consujidade, operação dos equipamentos mundial de conversão tinuará, já que a meta é apoiar o camiem extrema irradiância e alta temperaem módulo solar flexível nho rumo à neutralidade de carbono tura, além de medições de irradiação dos veículos automotivos até 2050. global horizontal, albedo, temperatura japonesa Sharp alcançou eficiênA célula solar composta de junção do ar, umidade relativa do ar e velocia de conversão da luz solar em tripla da Sharp adota estrutura procidade do vento. A ideia é utilizar o energia de 32,65%, considerada a mais prietária com três camadas de fotoabresultado das medições para realizar alta do mundo em um módulo solar sorção, com arseneto de gálio e índio plano de implementação de futuras fotovoltaico flexível. A façanha foi como a camada inferior, para que a usinas solares em todo o País. obtida como parte do projeto batizado luz solar possa ser convertida eficien“Um dos maiores desafios da tecde “Pesquisa e Desenvolvimento de temente em eletricinologia fotovoltaica é a incerteza do dade. Neste projeto, desempenho das usinas. Por isso, o esfoi possível aumentar tudo de módulos bifaciais em conjunto a eficiência média de com diferentes tipos de inversores e conversão das células montados sobre rastreadores solares, solares compostas de aplicado às condições climáticas e de tríplice junção (com operação do Brasil, se torna fundaárea de 22,88 cm2) dos mental para aumentar a precisão do módulos de 2016 de funcionamento destas usinas”, disse o 34,5% para 36%. Com diretor de Desenvolvimento de Novos a melhora do fator de Negócios da CTG Brasil, Sérgio Fonpreenchimento celular seca. em cada módulo, com A opção pelos módulos bifaciais área de 965 cm2, foi tem a ver com a forte popularização possível chegar ao rede uso da tecnologia em empreenMódulo flexível com novas células: meta é neutralidade de carbono dos veículos automotivos até 2050 corde de 32,65%. dimentos no Brasil, que optam pela

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Sharp Corp./divulgação

Amanda Miranda

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Veículos elétricos

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Infraestrutura de recarga no Brasil A média mundial é de 10 veículos elétricos “por carregador público, enquanto no Brasil essa média é de cerca de 22 veículos para cada carregador.

infraestrutura de recarga ampla e com alta disponibilidade é essencial para pavimentar o crescimento nas vendas dos veículos elétricos (VE), movimento este já realizado por diversas montadoras no Brasil, como a BMW, com uma das maiores redes de recargas, sendo seus carregadores instalados em shoppings, postos de combustíveis, concessionárias, e trazendo mais segurança aos usuários ao adquirirem um VE. Recentemente, o anúncio do início da eletrificação da GWM no Brasil também foi acompanhado da divulgação de um projeto de instalação de 100 novos pontos de recarga em São Paulo. O pontapé inicial para a mobilidade elétrica no Brasil já foi dado, e por uma conjunção de fatores o veículo elétrico vem ganhando cada vez mais espaço e passando a ser uma escolha do brasileiro, mesmo com a infraestrutura de recarga não acompanhando todo esse crescimento. O dilema “o ovo ou a galinha”, isto é, o que deveria ver primeiro, se o veículo ou a infraestrutura de recarga, já foi, portanto, superado. O número de carregadores públicos não vai impactar a maioria dos usuários brasileiros, já que estes farão suas recargas para o translado diário em suas próprias casas. Sobram, assim, as recargas de oportunidade, como durante as compras no mercado ou um passeio no shopping. É esperado que poucos dependam exclusivamente do uso de carregadores públicos, espe-

Rafael Cunha*

cificamente motoristas de entregas, de frotas e motoristas de aplicativos, que farão recargas ao longo do dia para concluírem suas jornadas.

A infraestrutura de recarga brasileira em números O número exato de carregadores no Brasil é incerto pois, diferentemen- Fig. 1 - Carregadores públicos no Brasil (fonte: www.plugshare.com) te do que ocorre com os sistemas fotovoltaicos, não é necessápúblicos no Brasil, sendo 47% destes rio comunicar e pedir aprovação da localizados no Estado de São Paulo. distribuidora de energia para instalar A principal concentração está nas reum carregador. A comunicação à giões Sudeste e Sul. A maioria dos distribuidora só se dá em casos de alestados do Norte e Nordeste possuem teração no padrão de fornecimento de uma infraestrutura de recarga mais energia, como aumento de demanda, escassa, havendo em alguns deles alteração do nível de tensão e forneciuma única unidade. mento inicial. Hoje os números mais Dos 1250 carregadores catalogados, confiáveis são da ABVE - Associação apenas 71 são dos tipos rápido ou ulBrasileira do Veículo Elétrico, que partrarrápido, sendo 17 destes localizados te dos números iniciais da base Plugnas regiões Norte e Nordeste, 33 na Share e, junto às empresas associadas, Região Sudeste e 21 na Região Sul. Já faz a verificação e complementação quanto aos carregadores semirrápidos, de informações sobre os carregadores cerca de 75% estão nas regiões Sul e Suexistentes. Ainda assim, só são consideste, onde também se concentram cerderados carregadores públicos e seca de 70% dos veículos elétricos do País. mipúblicos, ou seja, aqueles acessíveis Mundialmente, a proporção de cara quaisquer usuários, excluindo-se os regadores rápidos para semirrápidos de uso privado como de condomínios, é de aproximadamente 0,45, ou seja, residências e frotas. para cada carregador rápido há mais de dois semirrápidos. É verdade que O último número oficial da ABVE é essa relação sofre muita influência de 1250 carregadores públicos e semi-



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Fig. 3 - Relação veículos/carregadores no Brasil

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[2] Global EV Outlook 2022, IEA - https://www. iea.org/reports/global-ev-outlook-2022

Número de carregadores

Número de veículos elétricos

um movimento de da China, que eleva bastante a empresas de outros ramédia mundial de carregadores Semirrápidos mos e segmentos que, rápidos instalados, mas se consiRápidos interessadas na desderarmos o cenário dos Estados carbonização do transUnidos, vemos que a proporSemirrápidos Rápidos porte, estão investindo ção é de um carregador rápido em carregadores. para cinco semirrápidos, valor semelhante ao que também se Esses esforços, SP SP verifica na Europa. Como vimos feitos por empresas PR PR SC SC acima, o Brasil tem hoje um ráde diversos ramos, Outros estados Outros estados pido para cada 20 semirrápidos, se complementam e Norte/Nordeste Norte/Nordeste Centro-Oeste Centro-Oeste e necessitamos ainda de muito podem totalizar mais investimento para alcançar os de 10 mil carregadores países com maior maturidade na Fig. 2 – Distribuição de carregadores por tipo e região do Brasil públicos até 2025, com mobilidade elétrica. crescimento médio de A média mundial é de 10 veículos 100% ao ano. cimento das redes de recarga. Recenelétricos por carregador público [2], Atualmente, o usuário das grandes temente, a Chamada Estratégica da mas os valores variam bastante de país cidades do Sudeste e Sul já consegue Aneel - Agência Nacional de Energia para país. Já no Brasil a média é de utilizar seu VE com tranquilidade nas Elétrica captou mais de R$ 600 milhões cerca de 22 veículos elétricos para cada cidades e fazer os trajetos das principara serem aplicados em tecnologias carregador público. pais rodovias. Já é possível também e desenvolvimento de novos serviços, A fim de alcançar as médias mundeslocar-se de Brasília até Porto Alegre mas principalmente em infraestrutura diais, o Brasil precisará ao menos em um veículo elétrico, por exemplo. de recarga. Mas, como o mercado é duplicar a infraestrutura de recarga, e Mas nas demais regiões do País o usugrande e exigirá velocidade, o capital principalmente investir em carregadoário não consegue ter tamanha liberdaprivado será essencial para alcançarres rápidos para cobrir as rodovias e de, já que a maioria dos carregadores mos níveis internacionais de cobertura aumentar a relação dos carregadores se localizam nas capitais e em pontos das redes de recargas. rápidos para os semirrápidos. Já vêm muito dispersos, tornando uma viaFelizmente esse movimento já se sendo divulgadas diversas iniciativas gem um grande desafio. O crescimento iniciou, sendo liderado em um primeipara melhor atender os usuários de da infraestrutura de recarga é algo ro momento pelas empresas do setor veículos elétricos e prover uma maior mais do que esperado: é essencial para de energia, que investem recursos do cobertura de redes de recargas. prover mobilidade de longas distâncias programa de P&D da Aneel e recursos e dar ainda mais segurança ao condupróprios em infraestrutura, startups do tor urbano. setor de eletromobilidade e marketing. Expansão da infraestrutura As empresas do setor automotivo estão puxando a segunda onda de infraesO mercado brasileiro está em fase Referências bibliográficas trutura, com grandes expansões e meinicial, porém com projeções de alta [1] Número de carros elétricos no Brasil, disponível tas ambiciosas de disponibilização de relevância no âmbito mundial, por isso em https://www.neocharge.com.br/carrospontos de recargas. Por fim, verifica-se a necessidade de expansão e fortale-eletricos-brasil

* Rafael Cunha é engenheiro eletricista e CEO da startup movE Eletromobilidade. Nesta coluna, apresenta e discute aspectos da mobilidade elétrica: mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, afinidades entre veículos elétricos e geração solar fotovoltaica, e assuntos correlatos. E-mail: veletricos@arandaeditora.com.br, mencionando no assunto “Coluna Veículos Elétricos”.


A maior feira e congresso da América do Sul para o setor solar EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO, BRASIL

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A Intersolar South America é a maior feira & congresso para o setor solar da América Latina, realizada anualmente no Expo Center Norte de São Paulo, enfocando os ramos de fotovoltaicos, produção FV e tecnologias termossolares. Com eventos distribuídos em quatro continentes, a Intersolar é a principal série de feiras e congressos para o setor solar. A Intersolar South America é parte do núcleo de inovações The smarter E South America.


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Agenda

No Brasil Geração distribuída – Após Sudeste e Sul, as próximas edições do Fórum Regional de Geração Distribuída com Fontes Renováveis em 2022 serão as seguintes: Centro-Oeste - 10 e 11 de agosto, Campo Grande, MS; e Norte 21 e 22 de setembro, Palmas, TO. A série é organizada e realizada pelo Grupo FRG Mídias & Eventos e promovida pela ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída. http://forumgd.com.br. Netcom – A 10ª edição do Netcom Infraestrutura de Redes Telecom e Provedores de Internet vai ser realizada de 2 a 4 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo, SP. O evento reunirá profissionais de infraestrutura de redes, telecom e provedores de internet para debater os rumos da transformação digital no País. Na feira, serão expostas soluções e tecnologias inovadoras do setor. Mais informações em www.arandaeventos.com.br/ eventos2022/netcom/. The smarter E/Intersolar South America – O The smarter E South America vai acontecer de 23 a 25 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo, SP, congregando os eventos: Intersolar South America – A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America – Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; e Eletrotec+EMPower South America – Feira e congresso de infraestrutura elétrica e gestão de energia. A organização é da Aranda Eventos & Congressos em cooperação com empresas alemãs. Informações em www.thesmartere.com.br.

Cursos Projeto, vendas – O Canal Solar realiza diversos cursos voltados ao setor

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fotovoltaico, oferecidos nas versões online ao vivo/presencial e exclusivamente online ao vivo. O curso avançado Projeto de sistemas FV com PVSyst e Solergo, em formato EAD, é destinado a profissionais de engenharia, técnicos ou profissionais de outras áreas que possuem conhecimentos básicos de eletricidade e sistemas fotovoltaicos. Também são oferecidos em formato EAD os cursos Fundamentos da energia solar fotovoltaica e Energia solar FV – Módulo comercial – vendas. Informações: https://cursos.canalsolar. com.br.

carregadores – Online e ao vivo. https:// www.neosolar.com.br/cursos-energiasolar.

Produtos e soluções – A Fronius oferece a profissionais de energia solar FV os Treinamentos Técnicos de Produtos & Soluções, que acontecem uma vez por mês na sede da empresa, em São Bernardo do Campo, SP, e abordam instalação, armazenamento e monitoramento de energia solar, bem como os produtos e soluções da empresa. Mais informações em https:// www.fronius.com/pt-br/.

Lítio – O 3º Congresso e Exposição Internacional Lithium Latin America acontecerá de 26 a 27 de julho, em Buenos Aires, Argentina. O evento visa proporcionar oportunidades de networking, mesas redondas, discussões interativas, etc. Mais dados sobre o evento podem ser obtidos em https:// lithiumcongress.com.

Projetos off grid, trabalho em altura – A Neosolar oferece vários cursos voltados ao segmento solar. O treinamento Trabalho em altura: NR35 com ênfase em instalações fotovoltaicas visa auxiliar no gerenciamento e execução de atividades em alturas, abordando as principais metodologias de trabalho. O objetivo principal é capacitar profissionais da área fotovoltaica, garantindo controle e boa técnica em atividades acima de dois metros do nível do solo. Outro curso oferecido é Energia solar off grid com bateria - Teórico + instalação, que foi criado para capacitar futuros instaladores, supervisores e projetistas de sistemas isolados, autônomos e híbridos, abrangendo a teoria e prática. A entidade também oferece os cursos Mapeamento aéreo com drones para desenvolvimento de projetos de energia solar, Normas de instalação e comissionamento em energia solar e Carro elétrico: mobilidade elétrica e

Fios e cabos – A IFC/Cobrecom oferece diversos treinamentos gravados, entre os quais o de Cabos para instalações em sistemas fotovoltaicos. Para requisitar o conteúdo, o interessado deve enviar e-mail para marketing@ cobrecom.com.br.

No exterior

Enlit Asia/SETA/SSA – O Enlit Asia 2022 unificará os eventos Powergen Asia e Asian Utility Week, e será realizado de 20 a 22 setembro em Bangkok, Tailândia, em conjunto com o Sustainable Energy Technology Asia (SETA) e o Solar & Storage Asia (SSA). https:// www.enlit-asia.com/live-event/. Enlit Europa – A versão europeia da Enlit, evento do setor de energia que visa discutir as principais questões relacionadas à transição energética, vai acontecer em Frankfurt, Alemanha, de 29 de novembro a 1º de dezembro. Serão realizadas apresentações técnicas e exposições de produtos e soluções. O foco da edição são descarbonização, descentralização, democratização e digitalização. Mais informações em www.enlit-europe.com.


A feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO, BRASIL

INSCRIÇÕES ABERTAS CADASTRE-SE GRATUITAMENTE PELO SITE https://www.euvou.net.br/THESMARTERESOUTHAMERICA2022/Home

A Eletrotec+EM-Power South America é a feira para infra-estrutura elétrica e gestão de energia. A feira enfoca não apenas tecnologias de distribuição mas também serviços e soluções computadorizadas de gestão de energia em pequena, média e larga escala.


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Produtos

Pireliômetro digital O pireliômetro DR30, fornecido pela Hukseflux, está em conformidade com as especificações de primeira classe do padrão ISO 9060 e o Guia do WMO. O equipamento possui aquecimento na janela superior frontal, que, de acordo com a empresa, leva a uma alta disponibilidade de dados confiáveis. Conta ainda com um sensor interno de inclinação para verificar o desempenho do rastreador onde está instalado. Segundo a Hukseflux, a solução é totalmente digital, oferece alta precisão e maior disponibilidade de dados, com aquecimento da janela superior e baixos offsets. O DR30 também oferece sensores on-board de inclinação e umidade. Ele é aplicado na medição de alta precisão da radiação solar recebida por uma superfície plana a partir de um ângulo de visão total de 5°.

https://huksefluxbrasil.com.br

Módulos solares e EPM A Soprano lançou recentemente seu módulo solar modelo ODA550-36V-MH, que conta com potência de 550 Wp, eficiência de conversão direta de 21,3% e garantia de até 30 anos para 80% da geração de energia elétrica por meio da irradiação solar. Segundo a empresa, o equipamento apresenta excelente desempenho anti-PID, certificado pela TÜV. A Soprano também fornece o EPM - Gerenciador de Energia Exportada, incluso no modelo Solis 5G Plus, cujos diferenciais são o controle e gerenciamento da energia exportada para a rede de um sistema fotovoltaico. A solução é indicada para consumidores do mercado livre de energia que não

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querem injetar energia diretamente na rede. Também é voltado para quem deseja instalar uma potência de sistema fotovoltaico maior que a demanda contratada ou que a potência disponibilizada pela distribuidora de energia elétrica, afirma a empresa.

http://soprano.com.br

Inversor inteligente O inversor SUN2000-75KTL-M1, lançado recentemente pela Huawei Digital Power, possui 75WK (75KTL) de potência e proteção IP66, conta com a tecnologia AFCI, que identifica e interrompe arcos elétricos, considerados os principais responsáveis pela ocorrência de incêndios e danos ao patrimônio. Com design livre de fusíveis, inteligência artificial embarcada e diagnóstico inteligente de curva I-V, o novo dispositivo tem até 98,6% eficiência.

www.huawei.com/br

Geradores fotovoltaicos A WDC Networks, distribuidora de equipamentos de telecomunicações, segurança e áudio e vídeo, que desde 2020 fornece também geradores de energia solar, vai lançar em julho a linha Titanium Solar, composta por inversores, módulos solares, string boxes e suportes estruturais, voltadas ao mercado residencial. O novo portfólio terá módulos de 550W monofaciais, com 15 anos de garantia de fabricação e 35 anos de garantia de performance linear, além de inversores de 3, 5, 7, e 10 kW e string box (1/1 2/2 3/3 entrada/saídas).

https://wdcnet.com.br

Módulos FV A AE Solar, fabricante alemã de módulos Tier1, oferece as linhas Aurora, com faixa de potência de até 670W e eficiência de 21,6%, Comet, com eficiência de até 22,2%, e Neptune. A Aurora está disponível em versões monofacial, bifacial com folha de vidro transparente e bifacial de vidro duplo. Segundo

a empresa, todos são resistentes a condições ambientais adversas, incluindo alto teor de amônia, névoa salina, areia e poeira, bem como degradação potencial induzida, de acordo com vários testes padrão do setor, como IEC e CE. Já a série Comet conta com faixa de potência de até 485 W e, de acordo com a fabricante, ótimo desempenho em condições de pouca luz, sendo indicada para locais com climas moderados e extremos. Por sua vez, a série Neptune utiliza módulos PVT híbridos e pode produzir até 10% mais rendimento

elétrico em comparação com o módulo fotovoltaico padrão, além de coletar as perdas de calor para fins de aquecimento. É indicada para hospitais, hotéis, piscinas, residências e indústrias que necessitem de aquecimento e/ou água quente.

https://ae-solar.com/pt-pt

Distribuidora FV A distribuidora Sol Copérnico fornece diversas tecnologias voltadas ao mercado de energia solar, como módulos, inversores e estruturas metálicas. A empresa conta com parcerias com diversos fabricantes. Uma delas foi firmada com o grupo Chint para o fornecimento de inversores com corpo totalmente de alumínio e que chegam a 275 kWp. Outra sinergia destacada pela companhia é com a Hoymilles, para atender o crescente mercado de microinversores com a tecnologia MLPE. Esses equipamentos possuem garantia de 12 anos, podendo ser estendida para 25 anos. Outras parceiras são a SSM, fornecedora de estruturas metálicas, com garantia de 30 anos para estrutura de fixação, e a Longi, fabricante de módulos fotovoltaicos.

www.copernico.com.br


Atendimento ao leitor

FotoVolt - Junho - 2021

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Você/sua empresa é: 1) Fornecedor(a) de produtos e soluções para energia fotovoltaica Fabricante

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Outros (especificar) _____________________________________

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Instalador(a)

Projetista(a)

Consultor(ia)

Manutenção

Consultor(a)

Escritório de arquitetura

Outros (especificar) __________________________________________________________

3) Usuário(a) final Concessionária de energia elétrica ou cooperativa de eletrificação Telecomunicações

Indústrias em geral

Comércio e serviços

Outros (especificar) ___________________________________________________

Órgãos governamentais e instituições


A meca sul-americana para baterias e sistemas de armazenamento de energia EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO, BRASIL

INSCRIÇÕES ABERTAS CADASTRE-SE GRATUITAMENTE PELO SITE https://www.euvou.net.br/THESMARTERESOUTHAMERICA2022/Home

A ees South America é a meca sul-americana de baterias e sistemas de armazenamento de energia e é parte do núcleo de inovações The smarter E South America. A ees South America será complementada com a mostra especial Power2Drive South America, que enfocará soluções móveis de armazenamento de energia, veículos elétricos e tecnologias para a infraestrutura de carregamento e será realizada paralelamente à Intersolar South America e à Eletrotec+EM-Power South America em São Paulo entre 23–25 de agosto de 2022.


Publicações

FotoVolt - Junho - 2022

Hidrogênio verde - O relatório Comércio global de hidrogênio para atingir a meta climática de 1,5°C: custo e potencial do hidrogênio verde, publicado pela Agência Internacional de Energia (Irena, na sigla em inglês), estima o potencial de produção de hidrogênio verde em função da disponibilidade de terra, considerando zonas de exclusão, como áreas protegidas, florestas, áreas úmidas, centros urbanos, encostas e escassez de água. Faz parte de uma série de três relatórios com foco no comércio global de hidrogênio em um cenário de 1,5°C em 2050. Segundo o estudo, o custo mais alto do hidrogênio verde em comparação com os combustíveis fósseis representa um desafio significativo para sua implantação. Nesse contexto, a publicação explora vários horizontes temporais e cenários. No cenário mais otimista, os

custos de produção poderiam atingir níveis de US$ 0,65/ kgH2 até 2050 nas melhores localizações, enquanto atingiriam níveis de US$ 1,15/kgH2 em premissas de custo menos otimistas. A perspectiva é de que existe um vasto potencial de hidrogênio verde em todo o mundo, equivalente a mais de 20 vezes a demanda global de energia primária em 2050, que é, no entanto, dependente da terra disponível. O combustível é considerado um componente essencial de um sistema net zero e tem papel fundamental a desempenhar na descarbonização de setores difíceis de eletrificar, como a indústria pesada e o transporte de longa distância, aponta o estudo. O relatório pode ser acessado no site www.irena.org/ publications/2022/May/ Global-hydrogen-trade-Cost.

Autoprodução de energia solar - A Greener lançou recentemente o Guia Autoprodução Energia Solar - Modelos de decisão para o consumidor, que visa apresentar o modelo de autoprodução de energia elétrica a partir de usinas solares no Mercado Livre e simular a decisão de investimento dentre possíveis alternativas para o consumidor comercial gerenciar seus custos de eletricidade. O público-alvo da cartilha são consumidores, investidores e desenvolvedores de projetos fotovoltaicos,

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que já estão ou pensam em fazer parte do Mercado Livre. A meta é sanar dúvidas sobre o funcionamento do modelo de autoprodução, com foco na energia solar fotovoltaica. A publicação também é direcionada aos demais players de outros segmentos da cadeia de valor da fonte solar, como distribuidores de equipamentos e integradores de sistemas de micro e minigeração distribuída, que podem se beneficiar do conteúdo para explorar novos modelos de negócio e expandir o escopo de atuação no setor elétrico. A obra está dividida em três partes: Boas-vindas; O Mercado Livre de Energia Elétrica (Quem atua no Mercado Livre; Como funciona a autoprodução; Benefícios da autoprodução; Riscos da autoprodução; Etapas para se tornar Autoprodutor) e Modelo de decisão para o consumidor. A cartilha pode ser baixada pelo site da Greener: www.greener.com.br.

Índice de anunciantes 2P Acessórios....................................................13

Fulguris.............................................................46

NTC Somar........................................................37

Absolar.............................................................71

Growatt ......................................................2ª capa

Perfil Alumínio............................................3ª capa

Acerta Estruturas ...............................................19

Helius Energy....................................................21

Polienge............................................................14

Balfar...............................................................32

Helte ................................................................48

Proauto............................................................49

Bel Energy ........................................................47

Hopewind .........................................................57

Romagnole .......................................................69

Brassunny..................................................4ª capa

Ibrap................................................................15

Romiotto ...........................................................16

Chint ................................................................53

Inox-Par....................................................10 e 11

SAJ.....................................................................7

Cired ................................................................73

JA Solar............................................................67

Serrana Solar....................................................39

Clamper............................................................25

Jolywood ..........................................................51

Solar Group.......................................................45

Dewe Soft .........................................................26

LJ Solar.............................................................26

Solis..............................................................4 e 5

Dominio Solar...................................................27

Ludufix.............................................................65

SSM Metálicas............................................22 e 23

Embrastec.........................................................29

Max Del............................................................41

W/Nunes..........................................................59

ENGM ...............................................................58

Modular............................................................61

Walsywa ...........................................................17

Fluke................................................................43

Novemp............................................................55

Weidmuller........................................................33


Solar FV em foco

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FotoVolt - Junho - 2022

Energia solar: o papel do integrador na experiência do cliente final Camila Nascimento, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk *

“Revela-se cada vez mais estratégico o consagrado conceito de garantir

uma positiva ‘experiência do cliente’; os pilares estão calcados na transparência da negociação e atenção à qualidade dos produtos e serviços.

O

mercado de energia solar, embora ainda novo dentro da economia nacional, cresce de forma exponencial, tanto nas usinas de grande porte quanto nos sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Há atualmente no País mais de 16 GW de potência operacional da fonte solar fotovoltaica. Desde 2012, o setor fotovoltaico já trouxe ao Brasil mais de R$ 86,2 bilhões em novos investimentos, R$ 22,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 479,8 mil empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 23,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Estima-se que há mais de 20 mil empresas que atuam no setor no País, entre fabricantes, distribuidoras, integradores, instaladores, consultorias, instituições financeiras, entre outros. O avanço do mercado exige, por sua vez, serviços e profissionais cada vez mais especializados, justamente para atender a crescente demanda por experiência, qualidade e performance de consumidores e investidores. Um dos elos centrais na cadeia de valor do setor solar são as empresas

integradoras, por estarem na linha frente, próximas aos consumidores. Por isso, são responsáveis pela qualidade, atendimento e satisfação dos clientes na ponta e são um termômetro para os pontos de aprimoramento identificados junto aos consumidores e clientes do mercado e do setor. Desta forma, é fundamental a especialização constante dos integradores. É neste aspecto que se revela cada vez mais estratégico o consagrado conceito de garantir uma positiva “experiência do cliente”. Vale ressaltar, portanto, que os pilares para atingir tais objetivos estão calcados na transparência da negociação e atenção à qualidade dos produtos e serviços. Isso pois, no final das contas, a venda deve estar associada à responsabilidade em suprir as expectativas dos consumidores, explicando detalhadamente os processos do fornecedor e os passos até que se possa efetivamente gerar a própria energia elétrica limpa e renovável, livre das altas contas de luz e satisfeitos com o investimento feito e a performance de seu sistema fotovoltaico. Vale lembrar ainda que, para o ano de 2022, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) projeta um crescimento acelerado nos

sistemas de geração própria solar, em decorrência da entrada em vigor da Lei n° 14.300/2022, que criou o marco legal da geração própria de energia renovável. Trata-se do melhor momento para se investir em energia solar, justamente pelo período de transição previsto na lei, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que instalarem um sistema solar no telhado até o início de janeiro de 2023. Além de competitiva e acessível, a energia solar é rápida de instalar e ajuda a aliviar o bolso dos consumidores, reduzindo em até 90% seus gastos com eletricidade. Energia elétrica competitiva e limpa é fundamental para o País recuperar a sua economia e conseguir crescer. A fonte solar é parte desta solução e um verdadeiro motor de geração de oportunidades, novos empregos e renda, aumento da competitividade e fortalecimento da sustentabilidade do Brasil.

* Camila Nascimento é diretora da Win e

coordenadora estadual da Absolar no Rio de Janeiro, Rodrigo Sauaia é CEO da Absolar e Ronaldo Koloszuk é Presidente do Conselho de Administração da Absolar.


A perfeita união entre eficiência e praticidade.

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