EM - Março | Abril - 2021

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OS AVANÇOS E AS TENDÊNCIAS DA TECNOLOGIA ELETROELETRÔNICA

SUMÁRIO GuIA – 1 CAPA Fotos: Pittha Poonotoke e Momente (Shutterstock)

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Produtos para redes subterrâneas de distribuição de energia Redes subterrâneas melhoram a qualidade e continuidade do fornecimento, diminuem custos de manutenção, elevam a segurança e valorizam o espaço urbano. Os principais itens utilizados nessas redes estão relacionados no guia, com os meios para contatar 36 fornecedores.

DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

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Posicionamento de captores para controle do impacto de raios Para o modelo eletrogeométrico, ferramentas de CAD permitem projetar subsistemas captores de estruturas complexas, determinando os pontos nos quais o impacto da descarga deve ocorrer, simplificando o cálculo das distâncias de segurança e realizando análise de risco.

GuIA – 2

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Produtos poliméricos para redes de distribuição De cruzetas a chaves fusíveis, passando por isoladores para redes de MT e AT, espaçadores e para-raios de média tensão, os polímeros avançam nas redes elétricas. O guia reúne informações sobre produtos ofertados por dezenas de empresas.

EQuIPAMENTOS

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Limite de queda de tensão na partida de motores: os requisitos normativos A queda de tensão na rede durante a partida de motores é tratada com frequência na literatura técnica, porém não há uma diretriz normativa uniforme sobre o assunto. O artigo compara as normas ABNT, IEC e IEEE, e faz sugestões para uma revisão da NBR 5410.

GuIA – 3

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Produtos para montagem de quadros e painéis A segurança, desempenho e durabilidade de quadros e painéis dependem do uso de produtos de qualidade. O guia traz uma relação de fornecedores de caixas e gabinetes, componentes de manobra e proteção, elementos de conexão, comando, automação, interfaceamento eletrônico, etc.

Seções Carta ao Leitor No Circuito EM Sintonia EM Ex Agenda Produtos Toda Via Publicações Índice de Anunciantes Momento

4 6 18 64 66 68 70 73 73 74

As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por EM podendo mesmo ser contrárias a estas.

ILuMINAÇÃO

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A luz azul das lâmpadas LED prejudica os olhos? Por vezes surgem informações sobre danos causados aos olhos pela iluminação com LEDs. De fato, a partir de uma certa intensidade, a luz azul é nociva para o olho humano. O artigo investiga se há mesmo riscos reais, por meio de análises e comparações.

GuIA – 4

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Dispositivos de proteção contra surtos O levantamento detalha a oferta de 21 empresas, informando as normas (de produto e de instalação) que seguem os DPS, suas classes (I, II, III e combinadas), tensões nominal e máxima, níveis de proteção, correntes de impulso e de descarga, entre outras informações.

PLANEJAMENTO

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Abundância de recursos e predomínio de renováveis: destaques do PNE 2050 Publicado em meio à pandemia, o novo Plano Nacional de Energia aponta estratégias de longo prazo para o setor energético brasileiro, alertando para as incertezas deste momento em que o futuro da economia e do setor elétrico dependem da saúde pública.


Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225) Redatora: Jucele Menezes dos Reis

OS AVANÇOS E AS TENDÊNCIAS DA TECNOLOGIA ELETROELETRÔNICA

CARTA AO LEITOR

A evolução das normas via os estudos de engenharia MAURO SÉRGIO CRESTANI, Editor

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e bem se projetarem e construírem as instalações e os equipamentos elétricos dependem o bem estar e a saúde dos usuários leigos. Estes exigem eficácia e segurança para o pleno desfrute dos confortos proporcionados pelas tecnologias da vida moderna, e os critérios utilitários são, portanto, basilares: idealmente, um aparelho de iluminação deveria iluminar com 100% de conforto visual e 0% de ofuscamento e aquecimento, uma proteção contra raios evitar 100% dos impactos de descargas diretas e desviar para a terra 100% dos surtos de sobretensão, uma instalação possibilitar a operação adequada e simultânea de absolutamente todos os equipamentos de utilização ali existentes, etc. Mas há, como sabemos, um componente fundamental nessa conta, sem o qual nenhum avanço da engenharia moderna alcançaria aplicação prática: a eficiência econômica. De nada adianta conceber e construir o motor mais eficiente jamais visto se ninguém conseguir pagar o preço que ele custará. Ou um sistema elétrico com capacidade infinita. Ou o que mais se pense. A tecnologia e a engenharia permitem que se faça, mas a realidade impõe seus limites. Este conceito alcança também as normas técnicas de instalação. Um preceito básico dessas normas é que, do ponto de vista de segurança, as instalações devem ser à prova de pessoas que não estão devidamente alertadas sobre os perigos que a eletricidade representa. Melhor dizendo, a eletricidade, como fonte de energia para fazer funcionar seus aparelhos de utilização, deve ser “transparente” para o usuário leigo. Não faria sentido que a dona de casa ou o padeiro tivessem de usar equipamentos de proteção individual para lidar com suas batedeiras elétricas, para dar um exemplo simplório. Há, por outro lado, para situações geralmente não relacionadas à segurança pessoal, prescrições que podem traduzir-se em excesso de prudência. Concebidas à luz do mais avançado conhecimento temporâneo, acabam persistindo mesmo depois de esse conhecimento ter evoluído. Por isso, louvem-se os pensadores, os inquietos que dirigem às normas um olhar, sim, de respeito aos preceitos ali inscritos, pois a isto todos estamos obrigados, mas vão além, agregando um olhar de curadoria crítica, dessa forma contribuindo para a introdução de melhorias até mesmo em documentos normativos de reconhecida qualidade e embasamento técnico, como é a nossa ABNT NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa tensão. E a revista EM muito se orgulha de ter sido veículo para diversas dessas contribuições, artigos resultantes de insights de estudiosos que posteriormente viram suas proposições incorporadas à pauta das comissões técnicas. Já mencionamos neste espaço o assunto em outras oportunidades, sendo a última por ocasião da publicação, há poucos meses, de um artigo em que nosso consultor Celso LP Mendes fazia sugestão tecnicamente muito bem embasada à comissão de revisão da NBR 5410, sobre os critérios de proteção de condutores contra curtos-circuitos. E, novamente, temos agora a oportunidade de ressaltar mais uma contribuição valiosa, desta vez de Edson Bittar Henriques, que analisa as prescrições da NBR 5410 e das normas IEC e IEEE quanto aos limites de queda de tensão em instalações elétricas quando da partida de motores de baixa tensão, apresentando sugestões para a revisão da norma brasileira. Um dos enfoques da pertinente análise é que a preocupação com a qualidade de energia e a manutenção da continuidade de serviço podem por vezes incluir restrições que vão além da real necessidade.

PUBLICIDADE Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti Contatos: Eliane Giacomett eliane.giacomett@arandaeditora.com.br Ivete Lobo ivete.lobo@arandaeditora.com.br Tel. (11) 3824-5300 REPRESENTANTES BRASIL: Interior de São Paulo e Rio de Janeiro: Guilherme Freitas de Carvalho – cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R. Wander Rodrigues de Lima, 82 - cj. 503; 30750-160 Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31) 99975-7031; oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – Rua Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000 Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel. (41) 99728-3060; romildoparana@gmail.com Rio Grande do Sul: Maria José da Silva – tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 981-799-661; maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES: China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 2-601 Huandong Gongyu, Hangzhou, Zhejiang 310004 (86-571) 8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide); jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker Beyeroehde 14, 42389 Wuppertal tel.: +49 202 27169 13. fax: +49 202 27169 20 www.intermediapartners.de; sanacker@intermediapartners.de Italy:Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7 – 20148 Milan – tel.: +39 2 39216180, fax: +39 2 39217082 grquaini@tin.it Japan:Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina – Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073 – tel: +81-(0)3-3263-5065, fax: +81-(0)3-3234-2064 aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu Seoul 134-070 – tel: +82 2 481-3411, fax: +82 2 481-3414. jesmedia@unitel.co.kr Switzerland:Rico Dormann - Media Consultant Marketing Moosstrasse 7,CH-8803 Rüschlikon tel.: +41 44 720-8550, fax: +41 44 721-1474. dormann@rdormann.ch Taiwan: Worldwide Services Co. – Ms. P. Erin King 11F-2, No. 540 Wen Hsin Road, Section 1; Taichung, 408 tel.: +886 4 2325-1784, fax: +886 4 2325-2967. global@acw.com.tw UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands, Norway, Sweden):Mr. Edward J. Kania - Robert G Horsfield International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188 ekania@btinternet.com USA:Ms. Fabiana Rezak – 12911 Joyce Lane – Merrick, NY 11566-5209 – tel. (516) 858-4327; fax (516) 868-0607; mobile: (516) 476-5568. arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. PRODUÇÃO Sarah Esther Betti, Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva. CIRCULAÇÃO: Clayton Santos Delfino Tel.: (011) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br SERVIÇOS Impressão e acabamento: Ipsis Gráfica e Editora Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima TIRAGEM: 12 000 exemplares ELETRICIDADE MODERNA, revista brasileira de eletricidade e eletrônica, é uma publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e corres pondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. Tel. + 55 (11) 3824-5300 em@arandaeditora.com.br – www.arandaeditora.com.br

ISSN 0100-2104



NO CIRCUITO EngErEy amplia unidadE fabril

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Engerey, fabricante de painéis elétricos com sede em Curitiba (PR), está ampliando sua unidade fabril. Segundo a empresa, a iniciativa foi motivada pelo crescimento da demanda por painéis elétricos e também pela ampliação da atuação da companhia em novas regiões. De acordo com o CEO, Fábio Amaral, a Engerey, até então fortemente concentrada no Sul do País, vislumbrou novos mercados para seus painéis certificados, quadros de distribuição, automação, tomadas e uma série de outros produtos voltados à gestão elétrica nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. “Durante a pandemia, nossa estratégia foi abrir novos mercados. Enquanto o Sul tinha suas atividades restringidas a ações de distanciamento social para contenção do coronavírus, focávamos nossa ação no Norte e Nordeste e vice-versa, por exemplo. Assim, mantivemos nosso faturamento durante o período de crise e, hoje, com a retomada, esta ação foi revertida em crescimento acelerado”, conta Amaral. Além de expandir a área da fábrica, que agora totaliza 2,5 mil metros quadrados, a empresa contratou novos profissionais para a montagem de painéis e também representantes em diversas regiões do País para captação de novos clientes. Segundo a Engerey, com isso houve aumento de 20% na capacidade produtiva, que é o mesmo percentual de crescimento do faturamento esperado para o ano de 2021. Segundo a companhia, uma das peças-chave para a expansão e a penetração em novos mercados é o foco na fabricação de painéis elétricos certificados. De acordo com o CEO da Engerey, áreas específicas têm optado mais por painéis ensaiados, pois são aplicações que exigem confiabilidade, como data centers, hospitais, aero6

EM MARÇO/ABRIL, 2021

Com foco em novos mercados, empresa amplia fábrica e equipe

portos, shopping centers e indústrias, onde o custo é muito alto em caso de paralisação. “Contudo, estes produtos são indicados para todos os tipos de instalações: de residenciais até comerciais e industriais. Então, há muito o que avançar ainda no Brasil”, diz. Atualmente, há duas normas em vigor no Brasil para painéis elétricos certificados: a ABNT NBR IEC 60439 – que deixará de ter validade no final do ano de 2021 – e a ABNT NBR IEC 61439, que foi publicada em 2016 e, após um período de adequação de cinco anos, em 2022 passará a ter obrigatoriedade de conformidade.

mErcado livrE impulsiona consumo dE EnErgia

D

ados da CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, publicados no Boletim InfoMercado Mensal da entidade, mostram que, em fevereiro, o consumo de energia elétrica cresceu 1,8% em relação ao mesmo mês de 2020. De

acordo com a CCEE, o aumento decorre, principalmente, de uma alta de 9,4% no Ambiente de Contratação Livre - ACL. Já o Ambiente de Contratação Regulado - ACR, em que estão os consumidores de pequeno porte, que adquirem energia das distribuidoras, registrou queda de 1,6%. Segundo a Câmara, boa parte do crescimento do ACL se explica pela migração de consumidores entre os segmentos. Se esse efeito for excluído dos cálculos, o ambiente registra uma ampliação menor, de 4,2%, e o ACR passa a ter um aumento de consumo, de 0,8%. Na análise regional feita pela CCEE, o submercado Sudeste/Centro-Oeste apresentou alta de 3,3%, influenciado pela expansão dos estados de Minas Gerais (5%) e São Paulo (6%), que, no período, representavam 38,5% do consumo do Sistema Interligado Nacional - SIN. Os resultados de ambas as regiões foram potencializados pelo desempenho dos setores de metalurgia e produtos de metal (5,3%) e de extração de minerais metálicos (10,7%). Desconsiderando o efeito das migrações, 11 dos 15 ramos de atividades analisados pela CCEE apresentaram crescimento em fevereiro. Entre os eletrointensivos, apresentaram aumento de 9,5% para minerais não metálicos, 7% para metalurgia e produtos de metal, 6,4% para Químicos e 6% para extração de minerais metálicos. Os segmentos de serviços (-7,7%), transportes (-6,3%), comércio (-3,5%) e telecomunicações (-2,4%) registraram quedas no período. A geração, por sua vez, avançou 1,9%, no SIN. Foram produzidos 70.670 MW médios e consumidos 66.810 MW médios em fevereiro. Com as restrições hídricas do período, a geração térmica aumentou 35,2%, já considerando as importações de 923,69 MW médios no mês de fevereiro. As eólicas novamente apresentaram um aumento expressivo, de 34,2%. Já as hidráulicas tiveram redução de


5,6% e a fonte solar fotovoltaica registrou queda residual de 0,2%.

SiemenS: programa de capacitação profiSSional

A

Siemens lançou um programa de capacitação profissional no País. Parte da plataforma global Power Academy, de treinamentos voltados ao setor de energia elétrica do grupo alemão, o programa envolve cursos de curta, média e longa duração. O serviço educacional já foi implementado em outros 15 países. A Power Academy inicia as atividades com um portfólio de 29 módulos distribuídos em três áreas principais: sistemas de proteção, automação de subestações e qualidade de energia. Serão ofertados três tipos de treinamento ao mercado. O primeiro é o chamado padrão, com inscrições em turmas abertas para profissionais e grupos de empresas interessados em cada tema ou turmas exclusivas solicitadas por empresas. O segundo é o customizado, onde é desenvolvido um conteúdo exclusivo para atender a uma demanda específica de um cliente. Por fim, o terceiro tipo de curso é para formação profissional, com programa de longa duração, cujas atividades abrangem diversos módulos de trei-

A plataforma global Power Academy, com 29 módulos de treinamentos, estreou no Brasil e é disponível em versões presenciais e online

CPFL e Nari apoiam ensino universitário

o

Centro Universitário Facens, de Sorocaba, SP, se uniu à CPFL e à empresa chinesa Nari para promover treinamento e profissionalização de engenheiros elétricos nas competências de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. A parceria envolve a construção de uma subestação, provida pela CPFL, no campus do centro universitário. Segundo a Facens, o convênio dará origem a uma universidade corporativa, que oferecerá dados e treinamentos para professores, pesquisadores, alunos e colaboradores da distribuidora de energia e para profis-

unidade da Siemens em Jundiaí (SP), nas sedes das empresas contratantes ou em outro local predeterminado — ou virtualmente. Dos 29 módulos disponíveis, metade já está disponível ao mercado, com turmas abertas. Para mais informações sobre conteúdos e valores dos cursos, acesse siemens.com/poweracademy/br.

iSa cteep inaugura interligação elétrica

A

Parceria com centro universitário Facens visa aperfeiçoar engenheiros elétricos para as competências de GTD

sionais do mercado em geral. A subestação de energia elétrica será doada pela CPFL. A Nari, empresa chinesa localizada em Sorocaba desde 2014, fornecerá um laboratório de automação com um sistema de controle, proteção e supervisão de subestações de energia. A ideia é integrar os sistemas para manuseio da subestação. O objetivo central da cooperação é diminuir a defasagem técnica de mão de obra especializada no setor de energia, de acordo com comunicado da Facens. Essa primeira cooperação visa também aperfeiçoar o curso de pós-graduação da universidade voltado para instalações elétricas de baixa e média tensão. A parceria entre Facens, CPFL e Nari foi realizada por intermédio do IP Facens, um Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento, certificado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, desde 2002, para uso dos recursos da Lei da Informática e outros fomentos. O objetivo do IP Facens é o desenvolvimento de projetos e parcerias com empresas, a fim de aproximar a academia do mercado e do governo.

namento em uma área específica de conhecimento para maior aprofundamento no tema. Os treinamentos poderão ser realizados na modalidade presencial — na

transmissora ISA Cteep iniciou recentemente a operação parcial da Interligação Elétrica (IE) Aguapeí, no interior de São Paulo, seis meses antes do prazo estipulado pela Aneel. O projeto está totalmente energizado e beneficia a região de Araçatuba e Presidente Prudente. A IE Aguapeí tem mais de 120 km de linhas de transmissão e duas subestações com 1400 MVA de potência, Alta Paulista e Baguaçu, sendo que a primeira foi energizada em janeiro deste ano. A obra recebeu aporte de R$ 360 milhões, uma redução de mais de 40% em relação ao capex Aneel, e tem Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 60 milhões para o ciclo 2020-2021. O projeto foi arrematado no lote 29 do leilão de transmissão no 05/2016. As obras tiveram início no terceiro trimestre de 2019 e geraram por volta

A interligação elétrica Aguapeí tem mais de 120 km de linhas de transmissão e duas subestações

MARÇO/ABRIL, 2021 EM

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NO CIRCUITO Santa Catarina terá novas subestações

a

Neoenergia obteve a licença de instalação da nova subestação Indaial, além da ampliação da SE Gaspar 2 e da SE Rio do Sul, partes integrantes do projeto de transmissão Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Emitida pelo IMA - Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina, a autorização deu início à mobilização para as obras do empreendimento que faz parte do Lote 1 do leilão realizado pela Aneel em dezembro de 2018. A subestação Gaspar 2 terá novo pátio com tensão em 525 kV e transformação 525/230 kV com (6+1 res.) x 224 MVA. O empreendimento Indaial terá transformação 230/138 kV com potência 2 x 225 MVA. O projeto prevê ainda a implantação de 673 quilômetros de linhas de transmissão, além de três novas subestações de energia (Joinville Sul, Jaraguá do Sul e Itajaí 2) e ampliação de outras três subestações (Areia, Itajaí e Biguaçu). No mesmo leilão de 2018, foram adquiridos pela companhia mais três projetos. No lote 14 (Lagoa dos Patos), estão previstos 770 quilômetros de linhas de transmissão entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Já

de 500 empregos, com mão de obra local. Segundo a empresa, foram adotadas ações inovadoras para minimizar impactos ambientais, como o aumento da distância das torres de transmissão em relação ao solo e o lançamento de cabos com drones, o que evitou intervenções em cerca de 25 hectares de Mata Atlântica.

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EM MARÇO/ABRIL, 2021

ação ambiental envolveu a reciclagem total dos resíduos para a construção do empreendimento.

EnErgisa univErsaliza EnErgia no Pantanal Obras fazem parte de sistema de transmissão do Vale do Itajaí, de leilão de 2018

em construção estão as subestações Marmeleiros e Livramento, além do trecho de linha Santa Maria-Livramento. Estão em processo de licenciamento ambiental os lotes 2 (Guanabara, com 328 quilômetros de extensão em circuito duplo, no Rio de Janeiro) e 3 (Itabapoana, com 239 quilômetros, também em circuito duplo, passando pelo Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais).

Além de realizar a compensação ambiental com o plantio de 4,95 hectares de vegetação nativa, em acordo com o órgão ambiental paulista, a Cetesb, a companhia e as empresas contratadas para a construção do empreendimento doaram cinco mil mudas para o município de Flórida Paulista, no interior do estado. Outra

O

grupo de distribuição de energia Energisa e o governo do estado do Mato Grosso do Sul anunciaram que, a partir de julho, implementarão um programa de universalização de energia elétrica na região do Pantanal. Segundo comunicado do grupo de energia, a maioria das unidades consumidoras atendidas, hoje fora da rede, terão instalados microssistemas de geração solar fotovoltaica e de armazenamento da energia excedente em baterias. Sob investimento de R$ 134 milhões da empresa, serão beneficiadas 2167 unidades consumidoras até 2022, o que representa em torno de 5 mil habitantes, espalhados por uma área de 90 mil km², nos municípios de Corumbá, Aquidauana, Coxim, Ladário, Porto Murtinho, Rio Verde e Miranda. Desse grupo, 77 famí-



NO CIRCUITO Os excluídos da energia na Amazônia m estudo do Instituto de Energia e u Meio Ambiente (Iema) mapeou as populações sem acesso à energia na Amazônia. Segundo o levantamento, não contam com os serviços 212.791 moradores de assentamentos rurais, 78.388 indígenas, 59.106 habitantes de unidades de conservação (UCs) e 2555 quilombolas. As estimativas foram feitas por meio de metodologia georreferenciada especialmente desenvolvida para o trabalho. Ao todo, são 990.103 os excluídos de eletricidade, o que corresponde a 3,5% da população local. Para o estudo do Iema, quase metade dessas pessoas, 409.593, vivem no Pará. Os municípios mais afetados em toda a região amazônica são Breves (PA), Portel (PA), Coari (AM) e Curralinho (PA). O Pará ainda lidera as populações sem energia divididas nos três dos quatro grupos citados: 2.234 quilombolas, 23.309 habitantes de unidades de conservação e 107.889 de assentados rurais. No entanto, o estado com maior porcentagem de excluídos elétricos é o Acre, com 10% de sua população no escuro. O Acre fica em segundo lugar em relação aos moradores de unidades de conservação (10.898) e de assentamentos rurais (31.247). Já o Amazonas tem a maior população indígena sem acesso público à energia elétrica: 23.897 pessoas. Para o Iema, os dados ressaltam a desigualdade social brasileira. Indígenas, habitantes de UCs como reservas extrativistas, assentados e quilombolas, mais uma vez, estão marginalizados no acesso ao serviço público essencial. Os dados do estudo podem ser conferidos no infográfico disponível no link: http:// energia eambiente.org.br/produto/amazonialegal-quem-esta-sem-energia-eletrica.

lias já foram atendidas por rede de distribuição convencional e agora 2090 serão atendidos por sistemas individuais cuja fonte de energia é solar. A universalização do Pantanal teve início com um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D Aneel) da Energisa. Em uma primeira fase, a empresa realizou um censo da região, para colher informações socioambientais, analisar o ambiente regulatório e, por fim, diagnosticar o atendimento e o zoneamento. A pesquisa identificou aproximadamente 3,4 mil moradores que vivem na região isolada do Pantanal, sendo que 45% deste total são ribeirinhos. Em 2018, começou a etapa piloto do projeto, em que 23 unidades, entre casas, 10 EM MARÇO/ABRIL, 2021

Plano em cooperação com governo sul-matogrossense envolve instalação de microusinas solares e baterias e 2167 unidades consumidoras

escolas e propriedades rurais, espalhadas por quase 90 mil km², receberam sistemas de geração solar fotovoltaica e armazenamento de energia, atendendo a cerca de 100 pessoas. Foram beneficiadas populações de áreas de difícil acesso, nas margens do Rio Paraguai e em Taquari, Nhecolândia e Paiaguás.

EDP invEstE Em hiDrogênio vErDE E batErias

O

grupo português de energia EDP lançou duas unidades globais de negócios para explorar duas grandes tendências energéticas globais: o hidrogênio verde e os sistemas de armazenamento de energia. A H2 Business Unit (H2BU) será o novo braço do grupo para desenvolver projetos de H2 verde, e a EDPR NA será a unidade que terá a meta de atingir a capacidade de 1 GW em armazenamento de energia no período de cinco anos. Com a H2BU, a EDP mira a integração do hidrogênio verde em seu portfólio, promovendo o investimento nas renováveis que permitem a produção do gás verde. A unidade de negócios será liderada pela executiva Ana Quelhas, até então diretora de planeamento energético. Segundo comunicado da empresa, a H2BU tem foco no desenvolvimento de oportunidades de hidrogênio verde junto a setores promissores, como a


Motores | Automação | Energia |

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NO CIRCUITO

Grupo português criou duas unidades globais de negócios para promover as tecnologias

indústria do aço, química, refinarias e cimentos, e em transportes pesados de longo curso. Os mercados prioritários serão os Estados Unidos e a Europa, aproveitando o pipeline de renováveis e ativos existentes e complementando as soluções de descarbonização. Já a unidade de armazenamento de energia, a EDPR, se dedicará ao desenvolvimento de tecnologias. A sua base estará associada à operação da subsidiária nos Estados Unidos. A criação desta unidade dá corpo ao plano que a empresa tem naquele país, denominado Re-charge, cujo objetivo é alcançar 1 GW em projetos de armazenamento de energia até 2026. O compromisso da EDPR com a tecnologia de armazenamento de energia foi reforçado com a inauguração, em 2018, de uma instalação de estoque de energia eólica em baterias no parque de Cobadin, na Romênia. Já em 2019, a divisão lançou um sistema de baterias associado a um parque solar, também na Romênia, tendo ainda anunciado o desenvolvimento do projeto solar Sonrisa, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, correspondendo a um PPA de 200 MW e armazenamento de energia de 40 MW.

NeoeNergia cria simulador de futuro

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or meio de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), regulado pela Agência Nacional de Ener12 EM MARÇO/ABRIL, 2021

Ferramenta computacional analisa impactos econômicos e técnicos de novas tecnologias e marcos regulatórios

gia Elétrica (Aneel), a Neoenergia está desenvolvendo uma solução que avalia cenários de mercado, de tecnologia, de regulação e comportamento do consumidor. Chamada de Smart F - Simulação e Modelagem do Ambiente Regulatório e Tecnológico Futuro, a ferramenta computacional de simulação analisa de maneira integrada os impactos econômicos e técnicos de novas tecnologias e marcos regulatórios, com o objetivo de criar um modelo sustentável de negócio diante das mudanças do setor elétrico. A previsão é de que o projeto, que está na etapa inicial de pesquisa para identificar cenários internacionais de marcos regulatórios e comportamento do consumidor, seja concluído até o final de 2022. De acordo com a companhia, a solução permite, por exemplo, simular o interesse dos clientes por sistemas solares de energia e a quantidade estimada de instalação de painéis fotovoltaicos, para então definir um roteiro de redes inteligentes para a empresa e avaliar quanto investimento será necessário e quais mudanças podem ser realizadas no ambiente regulatório para que isso aconteça, resultando em informações que podem subsidiar iniciativas em prol do setor junto aos órgãos reguladores. “Dessa forma, a distribuidora tem uma visão ampla do impacto desses fatores na atuação da empresa e pode tomar decisões a partir daí, com um planejamento mais assertivo considerando todas as possibilidades de futuro”, diz José Antônio Brito, gerente corporativo de

Pesquisa e Desenvolvimento da Neoenergia. Além disso, de acordo com Raphael Carvalho, gerente do projeto na Neoenergia, o programa fornece simulações abrangentes e detalhadas, que levam em conta uma grande quantidade de dados e informações, gerando modelos de planejamento técnico e econômico assertivos. Na ferramenta, serão analisadas situações relacionadas a recursos energéticos distribuídos, como sistemas de armazenamento, veículos elétricos e geração solar. Toda modelagem de veículos será construída a partir dos resultados obtidos no projeto Corredor Verde da Neoenergia, a primeira eletrovia de mobilidade elétrica do Nordeste que vai ligar Salvador a Natal, passando por seis capitais da região. Outro aspecto vinculado aos clientes que será considerado são os investimentos e benefícios associados à digitalização do relacionamento com o consumidor com base nos dados do Conexão Digital, a plataforma de atendimento digital da Neoenergia..

aBNt puBlica Nova Norma para equipameNtos ex

O

documento ABNT IEC TS 60079-43 - Atmosferas explosivas - Parte 43: Equipamentos em condições adversas de serviços, que era inicialmente uma especificação técnica, foi publicado como norma técnica pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas em janeiro. Previsto para ser utilizado em conjunto com outras normas das séries ABNT NBR IEC 60079 e ABNT NBR ISO/ IEC 80079, o texto apresenta orientações aos equipamentos para instalação em atmosferas explosivas em ambientes que podem apresentar temperaturas ambiente abaixo de –20 °С e condi-



NO CIRCUITO ções adversas adicionais, incluindo aplicações marítimas. Seu objetivo é apresentar recomendações a serem consideradas nas etapas de projeto, fabricação e montagem de equipamentos e instalações Ex neste tipo de condições ambientais. Condições ambientais extremas, como em regiões polares, a exemplo da Sibéria, ou em regiões desérticas, como nas instalações terrestres nos países do Golfo Pérsico, são preocupantes para a tecnologia de proteção Ex contra a ocorrência de uma fonte de ignição ou de explosão de uma atmosfera explosiva que possa estar presente no local da instalação. Além disso, temperaturas muito baixas e condições climáticas, da ordem de – 60 ºC tornam difíceis o processamento de hidrocarbonetos em áreas de processamento ao tempo, representando dificuldades adicionais para a seleção, projeto e operação de equipamentos e instalações Ex. Medidas para tratar estas dificuldades em temperaturas muito baixas são denominadas aclimatação ou climatização. De acordo com especialistas, a publicação do documento se justifica pelo fato de existirem no Brasil indústrias nacionais de equipamentos Ex que fabricam produtos projetados para instalação também em temperaturas muito baixas, da ordem de – 60 °C, destinados para instalações na indústria do petróleo e gás em outros países. A ABNT IEC TS 60079-43 representa uma orientação para as condições adversas de serviço, por exemplo, para equipamentos Ex considerados “especiais” de acordo com o especificado na ABNT NBR IEC 60079-0. O documento é aplicável ao projeto, fabricação, instalação, inspeção e utilização destes equipamentos Ex. São apresentadas orientações sobre os materiais a serem utilizados e informações específicas sobre os motores elétricos Ex para baixas temperaturas. É previsto que na próxima edi14 EM MARÇO/ABRIL, 2021

ção deste documento sejam incluídas outros tipos de condições ambientais “adversas”, como temperaturas muito elevadas. Mais informações sobre a norma ABNT IEC TS 60079-43 estão disponíveis em www.abntca talogo. com.br/norma.aspx?ID=461395.

EnEl invEstE R$ 75 milhõEs Em consERvação

CPFL realizará chamada pública de eficiência energética

a

CPFL Energia abrirá chamada pública para projetos de eficiência energética a serem contratados em 2021. O edital da chamada e os valores disponíveis para cada segmento estão prometidos para publicação em 31 de maio, sendo que o prazo final para a submissão das propostas será no dia 30 de julho. Na edição de 2021, as iniciativas podem incluir a substituição de equipamentos obso-

A

Enel Distribuição São Paulo investiu R$ 75,2 milhões na realização de 15 obras e projetos de eficiência energética nos 24 municípios da sua área de concessão, entre 2019 e 2020. Os projetos foram financiados com recursos do PEE - Programa de Eficiência Energética da Aneel, correspondente a 0,5% da receita operacional líquida das distribuidoras de energia. Nos dois últimos anos, a concessionária realizou a instalação de 2591 módulos solares, substituiu 608 mil lâmpadas antigas por modelos LED e trocou 16,7 mil geladeiras e 1,3 mil aparelhos de ar condicionado antigos por modelos mais econômicos. As ações beneficiaram clientes residenciais, comerciais, de serviços e do poder público atendidos pela distribuidora.

Recursos obrigatórios do PEE Aneel foram em sua maioria para projetos residenciais, com trocas de geladeiras, lâmpadas e aparelhos de ar-condicionado

Iniciativas devem incluir a modernização de sistemas motrizes e de iluminação, instalação de aquecedores solares e/ou de sistemas fotovoltaicos, entre outros tipos de projetos

letos por modelos mais eficientes, como a modernização de sistemas motrizes e de iluminação, instalação de aquecedores solares e/ou de sistemas fotovoltaicos, entre outros tipos de projetos. As propostas recebidas na chamada de 2021 serão avaliadas em quatro fases: documental (análise dos documentos solicitados), técnica (avaliação da viabilidade), compliance (avaliação do cliente sob a ótica das leis anticorrupção) e ranking (pontuação e classificação). O resultado será publicado no dia 5 de novembro, e até o final do mesmo mês serão assinados os contratos com os clientes. Os projetos aprovados e selecionados serão executados no ano de 2022. Em 2020, segundo a CPFL, 36 projetos foram selecionados e receberão um investimento total de R$ 34,4 milhões ao longo deste ano. Foram 13 projetos de iluminação pública, 13 de poder público ou serviço público e 10 projetos para os segmentos comercial ou industrial. Entre os projetos contemplados, a CPFL destaca um apresentado pelo Hospital do Amor, de Barretos (SP), que prevê a substituição de 2957 lâmpadas por LEDs, substituição da central de água gelada do sistema de ar condicionado e implementação de gerador fotovoltaico de energia. O cronograma completo e mais informações sobre a Chamada Pública de Projetos da CPFL podem ser encontrados em https:// www.cpfl.com.br/chamadapublica.



NO CIRCUITO Segundo a Enel, todos os projetos geraram economia de 67,4 GWh/ano, o suficiente para abastecer em um ano 28 mil residências com consumo mensal de 200 KWh. Do ponto de vista financeiro, a economia prevista é de R$ 43,5 milhões na conta de luz dos clientes beneficiados. A concessionária ainda apurou que 77,6% dos investimentos foram realizados em ações voltadas aos clientes residenciais, totalizando R$ 57,6 milhões. Foram realizados cinco projetos voltados para o poder público, os quais totalizaram R$ 3,342 milhões em investimentos. Entre os destaques nesta linha estão as obras em dois prédios da Secretaria de Agricultura do Governo de São Paulo, que receberam, juntos, 730 módulos solares e tiveram trocadas 10,6 mil lâmpadas. Para clientes comerciais e de serviços, quatro projetos demandaram R$ 4,5 milhões em investimento e, entre as ações realizadas, se destacam a substituição de 45 mil lâmpadas por LED e a troca do chiller da central de ar condicionado no Hospital Geral do Grajaú, e ainda o retrofit de 2,8 mil lâmpadas por LED na Santa Casa de Santo Amaro, ambos na capital paulista. Vale destacar também projetos de iluminação pública em São Bernardo do Campo, com a troca de 1722 lâmpadas, e um outro em São Caetano do Sul, com a substituição de 900 lâmpadas.

NOTAS Raios – Um levantamento realizado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com dados de raios de outubro de 2011 a outubro de 2020, aponta os dias com maior número de raios em cada município brasileiro no período e também os maiores valores de raios registrados nas 26 capitais brasileiras em apenas um dia. De acordo com a pesquisa, Cáceres, no Mato Grosso, foi o município do País que registrou o maior número de raios, contabilizando 131.515 raios em um único dia na primavera de 2018. Além disso, no período estudado, o verão de 2020 teve alguns recordes entre as capitais: Porto Velho, capital de Rondônia, registrou o maior número de raios em um dia, com 44.575 raios, no dia 25 de janeiro de 2020, seguidos de Rio Branco, capital do Acre, com 30.010 raios, no dia 28 de janeiro de 2020. Rio de Janeiro é a cidade com maior número de raios em um dia no Estado: 4003 descargas atmosféricas, no verão de 2015, em 15 de fevereiro. 16 EM MARÇO/ABRIL, 2021


Veículos elétricos – A Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, está integrando em sua operação logística veículos elétricos. O objetivo é reduzir a emissão de carbono gerado pela companhia até 2025. Com capacidade para 720 kg de carga e 300 km de autonomia, os veículos começaram a realizar entregas na cidade de São Paulo em março. Exposição virtual – Para comemorar seus 64 anos, Furnas lançou uma exposição virtual que conta a trajetória da empresa. Disponível em www.fur nas-nosso-brilho.com.br, a iniciativa compreende fotos e vídeos, além de imagens históricas da construção da empresa. O conteúdo da exposição foi organizado em quatro eixos temáticos, que abordam a cultura da empresa, seus valores e identidade; sua contribuição para a história e o desenvolvimento nacional; as pesquisas de ponta da empresa; e o legado da companhia. Recarga de VE – Por meio de uma parceria entre a EDP Smart e a Porsche, os clientes que adquirirem um veículo elétrico da marca receberão um cartão personalizado (EV.Card) que permite utilizar um dos 50 pontos de carregamentos públicos ativos da EDP no Brasil por meio do aplicativo EDP EV. Charge Br. Até o fim de 2022, a EDP planeja triplicar os pontos de carregamento disponíveis com investimentos acima de R$ 50 milhões. O projeto principal, que tem a Porsche como parceira, prevê a instalação de 30 postos de carregamento ultrarrápido (150 kW e 350 kW), que vão cobrir todo o Estado de São Paulo. De acordo com a companhia, o projeto contará com investimento de R$ 32,9 milhões. Óleo vegetal – A Emae - Empresa Metropolitana de Águas e Energia implantou na Usina de Henry Borden, em Cubatão, o primeiro transformador com óleo isolante vegetal do parque de geração de energia elétrica da empresa. Segundo a companhia, as usinas de Porto Góes, em Salto, e Pedreira, em São Paulo, também foram beneficiadas com o novo equipamento, que está substituindo transformadores a óleo mineral naftênico. O óleo vegetal possui elevada biodegradabi lidade, além de não ser tóxico e apresenta melhores características térmicas e maior vida útil se comparados aos óleos minerais, afirma a Emae. A previsão é de que o óleo vegetal seja utilizado em todos os demais transformadores da empresa. Para o ciclo de investimentos até 2025, devem ser adquiridos pelo menos mais 15 desses equipamentos em Henry Borden. MARÇO/ABRIL, 2021 em

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EM SINTONIA Mercado livre a

Copel Mercado Livre vai vender energia para a Celepar Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná. O suprimento será iniciado em abril de 2022 e deve se estender até o final de 2026. A economia estimada para o período de contratação é de R$ 2,3 milhões. A venda será na modalidade “consumidor varejista”. Dessa forma, a Copel será responsável pela intermediação e pelas obrigações com a CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Além do acordo com a Celepar, a Copel Mercado Livre assinou contrato para venda de energia a outros três órgãos do Estado: Tecpar, Assembleia Legislativa do Estado do Paraná e Porto de Paranaguá. Considerando os quatro clientes, a economia projetada para os cofres públicos totaliza R$ 18,9 milhões, segundo a Copel.

Mercado de gás a

oferta interna de gás tende a atingir 100 milhões de metros cúbicos diários até 2030, sugere o BNDES - Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. A demanda interna deve crescer na década mais de 50% e os investimento setoriais podem chegar a R$ 74 bilhões, segundo novo Plano Decenal da EPE - Empresa de Pesquisa Energética, anunciado em fevereiro.

esg no Brasil o

escritório de advocacia Pinheiro Neto elaborou e disponibiliza um paper que aborda o comportamento de práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês de environment, social and governance) no cenário jurídico brasileiro. O assunto é visto como inescapável no atual universo corporativo, comandando praticamente todos os mercados e setores econômicos, inclusive energia. O material pode ser acessado em www.pinheironeto. com.br/Documents/ESG-no-brasil_ um-olhar-juridico-PT.pdf

arMazenaMento de energia

PiB n

seu universo nas proporções que abalaram o comando da Petrobrás, tampouco mudanças relevantes na equipe econômica (já no dia 26 de fevereiro o presidente do Banco do Brasil mostrava disposição de se afastar). Abatida, a equipe econômica viu-se obrigada a precificar as consequências sobre a inflação e sobre os insumos energéticos. Enfim, o prêmio de risco haveria de crescer e se sustentar. As previsões de PIB - Produto Interno Bruto caíram a 2,8% em 2021, numa perda rápida, inclusive de confiança. Não será fácil nem impossível mexer com a regulação, tampouco com contratos na cadeia produtiva da energia. Qualquer intervenção equivocada no setor elétrico será ainda controversa.

o final de fevereiro de 2021, o mercado financeiro não esperava novas intervenções no

18 EM MARÇO/ABRIL, 2021

“a

s baterias são capazes de tornar o petróleo coisa do passado”, disse Cheryl Katz,

escritora especializada em mudanças climáticas, energia e meio ambiente, na BBC Future. Têm-se notícias de diversas iniciativas no mundo. No Reino Unido, uma instalação de 320 MW está em curso. Por sua vez, na Califórnia, está praticamente desativada a usina Moss Landing sobre a baía de Monterey. Dentro do prédio da turbina, devem começar a operar ainda este ano uma bateria de íon-lítio de 300 MW e outra de 100 MW.

Biogás o

Brasil quer testar o emprego maciço de usinas de biogás, tanto de térmicas que usam incineração de resíduos sólidos para entregar energia quanto de empreendimentos associados a aterros sanitários, segundo o presidente da EPE - Empresa de Pesquisa Energética, Thiago Barral. A fonte provavelmente deverá ser uma das opções dos leilões de energia nova brasileiros, A-5 e A-6, agendados para 30 de setembro, com início de operação previsto a partir de 2026 e 2027.

MiniturBina doMéstica f

oi lançada uma turbina eólica domiciliar com preço de um celular. A capacidade da geradora é de 5 kWh por dia, e é assinada pela startup da Índia, Avant Garde Innovations. Inicialmente inspirado para atender famílias isoladas no campo, o equipamento possui 3 metros de diâmetro e custa menos de US$ 900, preço inferior ao de um Iphone. A vida útil é de 20 anos, e a turbina opera com ventos de 1,4 m/s, sobrevivendo a ciclônicos de 60 m/s.



GUIA – 1

Produtos para redes subterrâneas de distribuição de energia

Para além da questão estética e de valorização do espaço urbano, as redes subterrâneas de energia elétrica aumentam a qualidade e continuidade do fornecimento, diminuem custos de manutenção e aumentam a segurança das pessoas. Os principais equipamentos, componentes e acessórios utilizados nessas redes estão relacionados neste guia, com os meios para contatar 36 empresas fornecedoras do mercado brasileiro.

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EM MARÇO/ABRIL, 2021

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Seccionador-fusível Seccionalizador Religador automático Primário Disjuntor Secundário Protetor de rede reticulada Sistemas de diagnóstico não-destrutivo de cabos Sistemas de monitoramento térmico de cabos Indicadores de falta Pedestal Submersível Transformador Seco Subestação compacta pré-fabricada Quadro de distribuição pedestal Corrugados PEAD/lisos PE Metálicos

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Fabricante Condumax – (17) 3279-3700 condumax@condumax.com.br

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GUIA – 1

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EM MARÇO/ABRIL, 2021

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Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 96 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, março/abril de 2021. Este e outros 52 guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Caixas de concreto pré-fabricadas

Seccionador-fusível Seccionalizador Religador automático Primário Disjuntor Secundário Protetor de rede reticulada Sistemas de diagnóstico não-destrutivo de cabos Sistemas de monitoramento térmico de cabos Indicadores de falta Pedestal Submersível Transformador Seco Subestação compacta pré-fabricada Quadro de distribuição pedestal Corrugados PEAD/lisos PE Metálicos

Terminais e emendas pré-moldados Barramentos pré-moldados isolados Chave seccionadora com/sem interruptor de falta Manual Chave de transferência Automática

Fabricante Trael – (65) 98113-0854 comercial@trael.com.br

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Dutos


DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Posicionamento de captores para controle do impacto de raios Jürgen Wettingfeld, membro das comissões VDE/ABB e IEC TC 81, e Hendrik Wettingfeld, da W. Wettingfeld GmbH, Krefeld (Alemanha)

A

s primeiras instalações de proteção contra raios foram executadas entre 1745 e 1778. Rapidamente se desenvolveu o princípio da proteção externa, composta de captores, descidas e aterramento (figura 1). Logo de início obtiveram-se conhecimentos que podem ser comparados com o atual método da esfera rolante (figura 2). Constatou-se o significado da distância entre o topo do líder descendente do raio e o ponto de impacto: “Mesmo para telhados inclinados, o percurso a-b é menor do que VDE Verlag

a-c, o que implica o risco de que o beiral seja o ponto de impacto preferido em vez do topo” [2]. Com base nestes conhecimentos, foram elaborados princípios válidos até a 8 a edição das diretrizes ABB (Comissão para Proteção e Pesquisa de Descargas Atmosféricas, sigla em alemão), e da norma DIN VDE 62305-1 [4]: “Por experiência, pontos de impacto preferenciais para os raios são: • Topos de torres e cúpulas; • Cumeeiras em geral; • Chaminés, dutos de ventilação e similares; • Beirais de telhados planos e de estruturas.” Springer Verlag

Fig. 1 – Proteção de uma edificação contra descargas atmosféricas, idealizada por G. Ch. Lichtenberg (1778) [1]

24

EM MARÇO/ABRIL, 2021

Fig. 2 – Método da esfera rolante criado em 1899 (ver [2], fig. 56)

Para o modelo eletrogeométrico (método da esfera rolante), estão disponíveis ferramentas de CAD com as quais podem ser projetados subsistemas captores de estruturas complexas. Tais programas possibilitam determinar os pontos nos quais o impacto da descarga deve ocorrer e simplificam o cálculo das distâncias de segurança. Além disso, o método da esfera rolante assistido por CAD é também adequado para a análise de risco. O projeto dos captores se concentrava no método do ângulo de proteção (instalação de hastes), bem como no método das malhas. O ângulo de proteção pode ser deduzido, à luz da física, a partir do método da esfera rolante. Em contraste, a eficácia do método das malhas baseia-se principalmente em valores empíricos. Apesar da observância do ângulo de proteção e do módulo da malha, verificava-se que os raios impactavam os volumes supostamente protegidos. Nestes casos, o subsistema captor estava incompleto. A aplicação do critério de projeto que se segue (ver Hasse [1]) demonstra como identificar e evitar tais falhas. Método da esfera rolante Embora este método seja cientificamente reconhecido há muito tempo, e tenha sido descrito em detalhes por Hasse e Wiesinger em 1977 [5], ele recebeu pouca atenção na norma DIN VDE 0185 [4], edição de 1982. Somente quando foi publicada a norma de transição (para a série europeia EN 62305) [6], o método da esfera rolante assumiu maior relevância. Definitivamente, este método se impôs a partir de 2006 com a norma DIN EN 62305-3 [7], e é desde então reconhe-


Dehn + Söhne

Dehn + Söhne

Fig. 3 – Princípio do método da esfera rolante [9] A. Kern, Jülich

Fig. 5 – Aplicação do método da esfera rolante a um modelo da catedral de Aachen

Fig. 4 – Aplicação esquemática do método da esfera rolante [9]

Fa. Wettingfeld, Krefeld

Fa. Wettingfeld, Krefeld

Fig. 6 – Aplicação do método da esfera rolante mediante um modelo em CAD 3D Fig. 7 – Determinação das zonas de

cido como método de projeto univerproteção pelo método da esfera rolante sal, fundamentado na física. As figuras 3 e 4 ilustram o princípio de proteção, • Onde o raio vai impactar? situação específica ou para o worst explanado minuciosamente no livro de • Que áreas estão em perigo? case (figura 8). Quando se consideKern e Wettingfeld [8]. A aceitação e • Onde são as fronteiras das zonas de ra o ponto de impacto no centro do a aplicação deste método cresceram à proteção 0A, 0B ou 1? (figura 7). telhado, as distâncias de seguranmedida que os programas de CAD se Quando uma estrutura é protegi- ça são em geral maiores do que no disseminaram. Enquanto no passado da pelo método das malhas, não é guarda-corpo do ático. eram necessários modelos em escala possível definir o ponto de impacto A aplicação do método da esfera (figura 5), atualmente é possível pro- do raio. Ademais, o cálculo da ne- rolante com hastes captoras é mosjetar estruturas complexas por meio cessária distância de segurança deve trada na figura 9. Pode-se observar de programas CAD tridimensionais, ser efetuado, em geral, para cada que neste exemplo só há seis pontos bem como realizar análises sob Fa. Wettingfeld, Krefeld Fa. Wettingfeld, Krefeld os aspectos de proteção contra raios (figura 6). [N. da R. – No âmbito da ABNT, a norma DIN EN 62305 corresponde à NBR 5419, que por seu turno está alinhada com série IEC 62305.] O método da esfera rolante na prática Com este método pode-se determinar principalmente:

Fig. 8 – Exemplo 1: Determinação dos cabos captores conforme o método das malhas

Fig. 9 – Exemplo 3: Disposição das hastes captoras pelo método da esfera rolante

MARÇO/ABRIL, 2021 em

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DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Fa. Wettingfeld, Krefeld

Fig. 10 – Exemplo 3: Identificação das áreas sujeitas a risco de impacto de raios, mediante definição da área envolvente, pelo método da esfera rolante Fa. Wettingfeld, Krefeld

Fig. 12 – Exemplo 4: Proteção de uma instalação industrial pelo método da esfera rolante

Fa. Wettingfeld, Krefeld

Fig. 11 – Exemplo 3: Disposição dos captores

Fa. Wettingfeld, Krefeld

Fig. 13 – Exemplo 5: Proteção de equipamento de telefonia móvel por meio de captores separados

de impacto possíveis. A distância ranjo proposto para as hastes captoras, instalações industriais, por exemplo, de segurança só precisa ser calcu- podem ser protegidas as áreas expostas em áreas classificadas da indústria lada para um caso desta aplicação. ao impacto dos raios (figura 11). química. Tendo em vista que, de O método da esfera rolante é es- acordo com a norma DIN EN 62305Dispondo-se as hastes na periferia do telhado, a distância de segurança pecialmente adequado à proteção de 3, Suplemento 2 [10], impactos direserá menor, em virtude tos de raios somente são do comprimento mais Fa. Wettingfeld, Krefeld admitidos na zona 2, o curto dos cabos. método em questão perA figura 10 exibe um mite evitar raios nas zoprocedimento em prinnas 1 e 0. Analogamente, cípio semelhante. Numa pode-se verificar o risrepresentação tridimenco do impacto direto de sional é definida a área raios sobre equipamenenvolvente da edificação tos sensíveis de medição que resulta, neste caso, e supervisão. A figura de um raio de 20 m da es12 ilustra as zonas situafera rolante. Por meio de das na área protegida, cortes e vistas adequados que dispensam captores. pode-se rapidamente deNesse exemplo 4, apenas terminar as áreas já proa parte superior dos tanFig. 14 – Exemplo 6: Representação esquemática de um estádio tegidas, bem como as não ques está sujeita a impacesportivo críticas. Com base no artos diretos, sendo a prote26

EM MARÇO/ABRIL, 2021


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DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Fa. Wettingfeld, Krefeld

Análises pelo método da esfera rolante demonstraram que raios com todas as amplitudes (de 3 kA a 200 kA) podem incidir sobre as quatro torres de iluminação. Quanto maior a amplitude (maior que 20 kA), mais alta a probabilidade de incidência direta numa das quatro torres. Fig. 15 – Área envolvente da estrutura conforme classe de proteção II, inclusive uma altura normalizada de +2,5 m para Análises complementapessoas res indicaram ainda que raios com correntes de método de CAD adequado. O software cal- crista acima de 50 kA podem incidir cula diversos valores de crista da somente nas torres (figura 16). Em corrente e os raios geométricos a suma, deduz-se uma probabilidade Análise de risco eles correlacionados. Para pessoas, de 80% de impacto dos raios nas torEm consonância com a norma estima-se uma área de proteção de res. Consequentemente, as medidas DIN EN 62305 (ver [7] e [12]), o +2,5 m de altura (figura 15). A aná- de proteção devem se concentrar no raio r da esfera rolante correlacio- lise contempla os parâmetros nor- entorno das torres de iluminação, na-se com valor de crista da cor- malizados do raio e a distribuição em particular nos riscos decorrentes das tensões de passo e de toque. rente do raio, conforme a seguinte estatística da frequência. As arquibancadas cobertas ofeequação: Sob o ponto de vista técnico da proteção contra raios, as torres de recem geralmente uma proteção r = 10 . I0,65 iluminação dos estádios funcionam, eficaz; por outro lado, é necessário de um lado, como proteção para as prever o impacto de raios no campo onde: pessoas mas, de outro, elas represen- de esportes. No exemplo em análir = raio da esfera rolante (m); e tam um perigo devido às tensões de se, raios com amplitudes > 15 kA já I = valor de crista da corrente do raio passo e de toque quando as pessoas não podem impactar o campo. Po(kA). se encontram nas proximidades, ou de-se afirmar que a probabilidade Reescrevendo esta equação para o mesmo em contato com a torre, em da incidência de um raio no campo valor de I, pode ser determinado, por caso de impacto direto de um raio. é inferior a 20%. A área exposta a meio do método da esfera rolante, Nestas condições há risco de morte, este risco é principalmente o centro quais raios podem ocorrer e com que porque 100% da corrente do raio são do campo. escoados pela torre e distribuídos na De acordo com a norma DIN EN intensidade de corrente. terra. O perigo das tensões de passo 62305-3, Suplemento 2, Seção 3 [10], I = 0,65! r/10 no entorno das torres de iluminação são possíveis as seguintes medidas se estende possivelmente a grande de proteção: Uma aplicação prática é mostrada distância do ponto de impacto. • Medidas técnicas; a seguir para um estádio Fa. Wettingfeld, Krefeld • Medidas organizaciode esportes (figura 14). nais; e • Regras de comportaMétodo da esfera mento. Com base nos resultarolante em um dos da análise de risco, estádio de esportes Este método possibipodem ser estabelecidas lita analisar e identificar as medidas de proteção em quais áreas o públinecessárias. co e os atletas podem estar expostos a perigo Conclusão em caso de impacto de Com o método da esfeum raio. Para definir as ra rolante (modelo eletroFig. 16 – A partir de valores de crista da corrente > 52 kA, a áreas perigosas pode-se geométrico), o projetista esfera rolante toca apenas as torres de iluminação recorrer a um programa dispõe de uma ferramenta

ção realizada por hastes captoras [11]. O exemplo 5 (figura 13) mostra a proteção de equipamentos de telefonia móvel de um hospital. Por meio de captores separados, tais equipamentos são protegidos de impactos diretos, além de ser evitado o acoplamento de correntes parciais dos raios no interior da edificação. Esta é mais uma demonstração das aplicações universais do da esfera rolante.

28

EM MARÇO/ABRIL, 2021


muito eficaz que, combinada com um moderno programa de CAD, proporciona vantagens e soluções seguras. Em particular, por meio da identificação dos possíveis pontos de impacto do raio, a disposição dos captores pode ser otimizada. As áreas, bordos e quinas definidos pelo método da esfera rolante podem ser protegidas por uma combinação de malhas e hastes captoras corretamente dispostas. Quinas, bordos e equipamentos montados sobre a cobertura das edificações estão expostos a riscos proporcionalmente mais elevados, e devem receber considerações especiais no projeto do subsistema captor. Na aplicação do método da esfera rolante, deve ser assegurado que cada ponto da estrutura seja protegido de modo que o nível de proteção definido no projeto não seja prejudicado. Caso seja obtido um nível de proteção mais alto numa área a ser pro-

tegida, não se pode compensar esta condição admitindo um nível de proteção inferior em outras áreas. Captores tipo haste ou mastro devem ser dispostos principalmente nos bordos e quinas da estrutura. Deve ser observada uma curta distância para o condutor de descida, e a distribuição de corrente (com outras descidas) deve ser efetuada o quanto antes. O arranjo das hastes captoras e/ou mastros deve ser configurado de modo a que grandes áreas da cobertura estejam na área protegida. Com vistas a futuras alterações de destinação da estrutura, ou para a proteção de pessoas, convém prever uma área de proteção adicional de 2,5 m de altura.

Referências [1]

Hasse, P.: Der Weg zum modernen Blitzschutz, “Geschichte der Elektrotechnik” 20. Berlin: VDE Verlag GmbH, 2004.

[2] [3]

[4] [5]

[6]

[7] [8] [9] [10]

[11] [12]

Findeisen, F.: Rathschläge über den Blitzschutz der Gebäude. 2. Auflage, Berlim: Verlag von Julius Springer, 1899. Ausschuss für Blitzableiterbau e.V. (ABB): Blitzschutz und Allgemeine Blitzschutz-Bestimmungen. 8. Auflage, Berlim: VDE Verlag GmbH, 1971. DIN VDE 0185 Teil 1 und Teil 2: Blitzschutzanlage – Allgemeines für das Errichten, 11.1982. Hasse, P.; Wiesinger, J.: Handbuch für Blitzschutz und Erdung. 1. Auflage, Muniquen: Richard Pflaum Verlag, Berlin-Offenbach: VDE-Verlage, 1977. DIN V VDE V 0185-3 (VDE V 0185-3):2002-11: Blitzschutz – Schutz von baulichen Anlagen und Personen (zurückgezogen). DIN EN 62305-3 (VDE 0185-305-3):2011-10: Blitzschutz – Teil 3: Schutz von baulichen Anlagen und Personen. Kern, A.; Wettingfeld, J.: Blitzschutzsysteme 1. Berlim: VDE Verlag GmbH, 2014. Dehn + Söhne (Hrsgb.): Blitzplaner. 4. Auflage, Neumarkt, 2017. DIN EN 62305-3 (VDE 0185-305-3 Beiblatt 2):2012-10: Blitzschutz – Teil 3: Schutz von baulichen Anlagen und Personen – Beiblatt 2: Zusätzliche Informationen für besondere bauliche Anlagen. Kern, A.; Wettingfeld, J.: Blitzschutzsysteme 2. Berlin: VDE Verlag GmbH, 2015. DIN EN 62305-1 (VDE 0185-305-1):2011-10: Blitzschutz – Teil 1: Allgemeine Grundsätze.

Artigo publicado originalmente na revista alemã ep – Elektropraktiker, edição 04/2020. Copyright Huss Medien, Berlim. Publicado por EM sob licença dos editores. Tradução e adaptação de Celso Mendes.

MARÇO/ABRIL, 2021 em

29


GUIA – 2

Produtos poliméricos para redes de distribuição

Os polímeros experimentam notável evolução no campo da distribuição de energia elétrica, sendo empregados em diversos componentes e acessórios, desde cruzetas até chaves fusíveis, passando por isoladores para redes de MT e AT, espaçadores e para-raios de média tensão. O guia reúne informações sobre produtos de uma série de empresas que atuam no mercado nacional, com seus números de contato e endereços eletrônicos.

• •

15 a 46

109 a 217

30 a 94

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13,8 a 36

150 a -150

0 a 50

15 a 765

110 a 3.000

34 a 1.000

15

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130 a 200

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15 a 500

135 a 2.350

50 a 1.200

15 a 35

110 a 150

38 a 50

15 a 138

110 a 650

50 a 350

15 a 110

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100 a 1.720

20 a 800

Olhal

Garfo Y

Garfo

Elo

Concha

Bola

Suspensão

Ferragem terminal

Pino

Pilar

Tipo

Ancoragem

Silicone

PEAD

Tensão suportável à frequência industrial (60 Hz, 1 min) (kV )

Marmon - Div Hendrix/EUA

Tensão suportável de impulso atmosférico (1,2/50 us, seco) (kV)

Tensão máxima de serviço (kV)

Accesso Infra – (11) 98890-2938 atendimento@accessoinfra. com.br

Fabricante estrangeiro / País de origem

Isolador polimérico de média e alta tensão

Material isolante

Epóxi

ASW Brasil – (19) 99608-5507 asw@aswbrasil.com.br

Balestro – (19) 99434-9433 comercial@balestro.com.br Fenix Acessórios (44) 99917-3211 comercial@fenixacessorios.ind.br Forjasul –(51) 3477-3322 contato.comercial@forjasul.net Maurizio & Cia – (11) 2951-1700 comercial@maurizio.com.br PLP – (11) 4448-8000 plp@plp.com.br PPC Santana – (19) 3893-9277 vendas@ppcinsulators.com.br

Superfibra – (11) 97601-8547 vendas1@superfibra.com.br

Topmax – (31) 99313-6897 comercial@topmaxbrasil.com.br

VGrow – (51) 98138-8551 vendas@vgrow.com.br

• • • • • • • • • • • •

• • •

• • • •

• • • •

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1 a 36

3 a 1.100

EM MARÇO/ABRIL, 2021

Comprimento nominal

Poliester reforçado com fibra de vidro

• •

Poliester

• •

2.400 mm

Outro (especificar)

2.000 mm

Fabricante estrangeiro/ País de origem

Material

Epoxi reforçado c/ fibra de vidro

Importador exclusivo

Cruzeta polimérica para redes de distribuição

ASW Brasil – (19) 99608-5507 asw@aswbrasil.com.br Tech Composites – (41) 3131-1212 comercial@techcomposites.com.br

30

• • • • • • •

Fabricante

Empresa – Telefone E-mail

• • •

Outro

Qualquer comprimento até 5.000mm Conforme solicitação do cliente

Carregamento nominal (daN) Flecha máxima (mm) Resistência ao trilhamento (kV) (NBR 10296)

Empresa – Telefone E-mail

Fabricante Importador exclusivo

Da Redação de EM

400

60

1,5

400

(*)

1,75



GUIA – 2

ASW Brasil – (19) 99608-5507 asw@aswbrasil.com.br Fenix Acessórios – (44) 99917-3211 comercial@fenixacessorios.ind.br Forjasul – (51) 3477-3322 contato.comercial@forjasul.net Imei – (51) 99413-1349 vendas1@feergs.com.br Isopower – (19) 3863-5743 comercial@isopower.com.br PLP – (11) 4448-8000 plp@plp.com.br Steel Loop – (19) 3861-6166 vendas@steelloop.com.br Topmax – (31) 99313-6897 comercial@topmaxbrasil.com.br

Minímo

Tensão suportável nominal sob chuva (60 Hz 1 min) (kV)

PEAD

50,8

11,12

• • •

170

50

35 kV

Máximo

25 kV

Outro (especificar)

Marmon - Div Hendrix/EUA

Classe de tensão

Diâmetro dos condutores (mm)

Tensão suportável nominal de impulso atmosférico (kV)

Accesso Infra – (11) 98890-2938 atendimento@accessoinfra.com.br

Material

15 kV

Empresa – Telefone E-mail

Fabricante estrangeiro / País de origem

Polietileno

Fabricante Importador exclusivo

Espaçador polimérico de cabos para redes de distribuição

300

35

• • •

170

70

300

35

110

34

12,8

29,4

• • •

150

50

110

34

110 a 180

34 a 70

110

34

• 29,4

Poliamida

12,8

300

35

Terminais poliméricos para redes de distribuição

Seção nominal (mm²)

Tensão de isolamento nominal Uo/U (kV)

Tensão suportável nominal de impulso atmosférico (kV)

Tensão suportável sob chuva (60 Hz 1 min) (kV)

• •

630

30

150

50

170

70

1.050

300

Preformados

• •

350

460 15 27 110

15

24

125

170 <49,3 <78,8 170

300

375

680

12

21

110

150

258

385

525 15 27 125

10

10

198

Notas: (*) Conforme a especificação do cliente. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 63 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, março/abril de 2021. Este e outros 52 guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

32

EM MARÇO/ABRIL, 2021

Capacidade de interrupção simétrica máxima (kA)

Corrente nominal do porta-fusível (A)

Corrente nominal da base (A)

25 kV

240

15 kV

180

1a 1a 7,2 200 100

5,8

140 300 300 100 100 7,1

4,5

150 300 300

25 kV

10

15 kV

25 kV

10

25 kV

15 kV

150

15 kV

25 kV

Distância de escoamento (mm)

15 kV

Distância de isolamento (mm)

25 kV

Corrente de descarga nominal (8x20 μs) (kV crista) 15 kV

Tensão suportável impulso atmosférico (kV crista)

Tensão nominal (kV)

12/15 21/24 110

25 kV

25 kV

500

Chave fusível polimérica para rede de distribuição

15 kV

Balestro (19) 99434-9433 comercial@balestro. com.br PPC Santana (19) 3893-9277 vendas@ ppcinsulators.com.br VGrow (51) 98138-8551 vendas@vgrow.com.br

Fabricante estrangeiro / País de origem

15 kV

Empresa Telefone E-mail

Fabricante Importador exclusivo

Para-raio polimérico para rede de distribuição

2.000

15 kV

500

25 kV

Externa

Instalação

80

Tensão nominal (kV)

200

25 kV

VGrow – (51) 98138-8551 vendas@vgrow.com.br

20/35

15 kV

1.000

Tensão suportável impulso atmosférico (kV crista)

Marmon - Div Hendrix / EUA

ASW Brasil – (19) 99608-5507 asw@aswbrasil.com.br Steel Loop – (19) 3861-6166 vendas@steelloop.com.br

• •

Outro (especificar)

Silicone

3M – (19) 3838-7000 faleconosco@mmm.com Accesso Infra – (11) 98890-2938 atendimento@accessoinfra.com.br

Fabricante estrangeiro / País de origem

Interna

Importador exclusivo

Fabricante

Empresa – Telefone E-mail

Material



EQUIPAMENTOS

Limite de queda de tensão na partida de motores BT: análise dos requisitos normativos Edson Bittar Henriques, da EBH Engenharia Elétrica

a

o contrário da ABNT, algumas normas estrangeiras e internacionais não prescrevem limites aplicáveis à condição de partida de motores de baixa tensão. Existem guias técnicos (por exemplo, o IEEE Std 399-1997 [1], ver tabela I) que indicam alguns valores limite de perturbações, aceitáveis para certas linhas de equipamentos de utilização, que servem de refe-

rência e orientação para análises, embora não sejam prescrições normalizadas. De fato, nem as normas americanas, nem a IEC, prescrevem limites para a queda de tensão na partida de motores – exceto para motores de bombas de incêndio. No Brasil têm sido constatados problemas nos critérios e considerações de projetos industriais sobre este tema, considerado polêmico.

A queda de tensão numa rede elétrica durante a partida de motores é matéria bastante conhecida e tratada com frequência na literatura técnica. No entanto, sob o aspecto da normalização não há uma diretriz uniforme, o que dá margem a interpretações nem sempre corretas ou adequadas. Este artigo analisa e compara as normas pertinentes da ABNT, IEC e IEEE, e apresenta sugestões para uma possível revisão da NBR 5410.

Em geral, alguns seguem as normas ABNT, outros seguem as orientações do IEEE, e outros, ainda, adotam critérios de projeto específicos para determinada aplicação – mas nem sempre os requisitos se encaixam. Na sequência é apresentada uma análise e um parecer resumido sobre este assunto, com comentários visando contribuir com melhorias para as respectivas prescrições da norma ABNT NBR 5410 [2]. Prescrições normalizadas

1. Para o(s) motor(es) que parte(m) 1.1 A NBR 5410 (seção 6.2.7.1) prescreve que a queda de tensão permitida na partida de um equipamento deve atender sua respectiva norma. 1.2 Considerando-se a norma de motores da ABNT (NBR 17094-1 Máquinas elétricas girantes [3]), pode-se observar que pelo menos 10% de queda de tensão na partida nos terminais do motor é aceitável. Mas não há, a rigor, um limite normalizado de queda de tensão máxima durante a partida; o senso comum é que, mesmo com a queda de tensão, ainda reste torque suficiente para o motor acelerar a carga num tempo adequa34

EM MARÇO/ABRIL, 2021



EQUIPAMENTOS do, o que depende da aplicação e da carga. A referida norma cita uma condição de carga (curva de torque resistente e inércia) que o motor deve ainda conseguir acelerar, considerando que a queda de tensão seja de 10%. 1.3 A NBR 5410 (seção 6.5.1.3.3) prescreve, para dimensionamento de cabos que alimentam motores, que seja considerada uma queda de tensão máxima de 10% nos terminais do dispositivo de partida.

deve ser considerado um limite de queda de tensão. O autor considera que a norma deve deixar claro se a topologia se refere ao caso “a” ou ao “b”. Caso seja ao “b”, dado que a prescrição sobre o dimensionamento do cabo é pertinente, a sugestão seria definir uma regra para a queda de tensão na partida nos terminais do motor e não nos terminais do dispositivo de partida. Eventualmente, esta regra poderia ser aplicável também à topologia do caso “a”.

2. Perturbação no restante do sistema De acordo com a NBR Fig. 1 – Dispositivo de partida a montante do cabo terminal 5410 (seção 6.5.1.2), os liSobre o item 2 mites de queda de tensão As normas internaem regime permanente deverão ser não está associada diretamente ao cionais divergem desta abordagem. mantidos para os demais pontos de cabo; assim sendo, este limite de A IEC 60364-52 (seção 525) [4], utilização também durante a partida queda de tensão não seria relevante por exemplo, ao contrário da NBR (por ex., em caso de transformador para dimensionamento do cabo que 5410, indica que os limites de queMT/BT do consumidor, queda de alimenta o motor. Além disso, limi- da de tensão definidos para o regime tensão máxima total = 7% desde o tar a queda de tensão neste ponto permanente (que não são idênticos, secundário do transformador até o equivale a praticamente limitá-la na mas são próximos aos da atual NBR ponto de utilização, e queda de ten- barra do quadro alimentador, já que 5410) não se aplicam a situações de são máxima no circuito terminal = normalmente a queda de tensão en- partida; ou seja, a norma brasileira é 4%, conforme seção 6.2.7.1). tre a barra e o dispositivo pode ser mais rigorosa na questão da limitadesprezada. ção das perturbações, o que é saudáComentários No caso “b”, a queda de tensão no vel em termos de garantia de qualiterminal do dispositivo a jusante do dade de energia, e na manutenção de Sobre o item 1 cabo depende efetivamente do cabo; continuidade de serviço. Por outro O autor considera que todos os portanto, no seu dimensionamento lado, requisitos restritivos além da textos da norma são de fácil entendimento, exceto o do item 1.3 acima, Tab. I – Resumo dos níveis de tensão críticos na partida de motores pelo seguinte: o dispositivo de parti(Fonte: Tabela 9-1 da IEEE Std 399-1997) da, a rigor, pode ser entendido como Tensão mínima permitida Local da queda de tensão ou problema (% da nominal) a chave (um contator, por exemplo), que pode estar instalado nas seguinNos terminais do motor que está partindo 80% a) tes posições no ramal alimentador Nos terminais de todos os demais motores que devem reacelerar 71% a) do motor: Tensão mínima de operação para contatores de c.a. 85% (valor de pick-up conforme norma Nema 9.8) a) A montante do cabo que alimenta o Tensão mínima de operação para contatores de c.c. motor (cabo do circuito terminal), 80% (valor de pick-up conforme norma Nema 9.8) com os dispositivos de proteção e Tensão mínima de retenção (contatores fechados) 60-70% b) partida do motor instalados num qua(valor médio de hold-in dos contatores em uso) dro. Caso bem comum, por exemplo, Dispositivos de controle a estado sólido 90% c) dos CCMs industriais; ou Oscilação perceptível na iluminação 3% de variação b) A jusante do cabo que alimenta o NOTA – Para informações detalhadas, ver tabela 51 da norma IEEE -Std 242-1986. motor. a) Valores típicos somente para motores Nema classe (design) B. Os valores podem ser maiores ou menores, dependendo do motor e das características da carga. No caso “a”, a queda de tensão b) Os valores podem atingir 80% em certas condições durante prolongados intervalos de partida. nos terminais do dispositivo de parc) Os valores podem variar tipicamente ± 5%, dependendo do ajuste de derivação do transformador de alimentação, quando provido de derivações. tida, que está a montante do cabo, 36

EM MARÇO/ABRIL, 2021


real necessidade podem impactar em certos custos adicionais. Um cuidado especial deve ser tomado com a queda de tensão no trecho onde circula a corrente total durante a partida, pois esta queda pode ser muito superior àquela em regime permanente, e embora este parâmetro não esteja regrado diretamente, na realidade o está indiretamente, pois os limites de queda de tensão total até um ponto de utilização e o respectivo limite de queda no circuito terminal estão “amarrados” pela norma. Segue-se um exemplo, conforme figura 1. Supondo que a queda de tensão em regime permanente num dado circuito terminal de um CCM, ou seja, no limite do circuito terminal, já seja de 4%, restarão apenas (7% - 4%) = 3% em regime permanente para o trecho entre o transformador MT/BT e a entrada do CCM. Se um outro motor deste CCM partir, a corrente total na en-

trada do CCM se eleva. No entanto, pela norma brasileira, os limites de queda de tensão para os demais pontos em regime permanente continuam mantidos, de tal modo que um motor em regime permanente deveria estar sujeito, no máximo, a 7% de queda de tensão no total e a 4% no circuito terminal. Para atender a este requisito, neste caso, seria necessário atender também a 3% de queda de tensão na entrada no CCM na nova condição de corrente total de entrada, vale dizer, na condição de partida do(s) motor(es) que parte(m), e em regime permanente para os demais motores – e não apenas na condição de regime permanente de todos, o que seria um requisito mais rigoroso e sem similar em normas internacionais. Conclusão O autor considera que os limites de queda de tensão em regime per-

manente se relacionam também com limites toleráveis de perdas de energia, de médio e longo tempo de operação, enquanto as perturbações na partida de motores são normalmente transitórias, de curto tempo de duração. O foco principal no caso da partida de motores está relacionado com a manutenção da continuidade de serviço e com o bom funcionamento e a estabilidade das demais cargas que se encontram em regime permanente. Portanto, recomenda-se que estes requisitos sejam reestudados, para evitar eventuais excessos.

Referências [1] IEEE Std 399-1997 – IEEE Recommended Practice for Industrial and Commercial Power Systems Analysis [2] ABNT NBR 5410:2004 – Instalações elétricas de baixa tensão [3] ABNT NBR 17094-1:2018 – Máquinas elétricas girantes – Parte 1: Motores de indução trifásicos – Requisitos [4] IEC 60364-52:2009 – Low-voltage electrical installations – Part 5-52: Selection and erection of electrical equipment – Wiring systems

MARÇO/ABRIL, 2021 em

37


GUIA – 3

Produtos para montagem de quadros e painéis

Da Redação de EM

Para oferecer segurança, desempenho e durabilidade, quadros e painéis dependem do conhecimento e experiência de projetistas e montadores e também de produtos de qualidade. O guia traz uma relação de fornecedores do mercado nacional com as características de seus produtos: caixas e gabinetes diversos, componentes de manobra e proteção, elementos de conexão, comando, medição, automação,

Quadros e painéis – Invólucros (caixas, gabinetes) (1)

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Caixas de aço inox (7)

CCMs para MT

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EP Soluções – (85) 98956-6011 eduardopatrick.me@gmail.com

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FAQ Painéis – (11) 98689-4575 contato@faqpaineis.com.br

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EM MARÇO/ABRIL, 2021

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Ellan – (15) 98145-0775 vendas@ellan.com.br

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CCMs para BT

Automatus – (11) 99241-4679 sac@automatus.com.br Beghim – (11) 95219-0305 beghim@beghim.com.br Comantec (51) 99134-1494 comantec@comantec.com.br

Mesa de comando

Armários modulares (6)

Caixas com EMC (5)

Eletrônicas metálicas

isolantes

Elétricas metálicas

isolantes

De sobrepor

De embutir

Metálicas

“Centros” de distribuição (4)

Isolantes

De sobrepor

De embutir

Metálicas

Isolantes

De sobrepor

De embutir

Metálicas

Quadros de distribuição (3)

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APE – (14) 99745-6525 vendas@apebauru.com.br Ativer – (14) 3303-4500 contato@ativer.com.br ATL Painéis – (51) 99718-5110 marcio@atlrs.com.br

Outras caixas para entradas BT

Isolantes

De sobrepor

De embutir

Metálicas

Caixas para medição agrupada (2)

Isolantes

De sobrepor

De embutir

Metálicas

Isolantes

Empresa – Telefone E-mail

Caixas para medição individual (2)

Caixas para montagens

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Quadros e painéis – Invólucros (caixas, gabinetes) (1)

Gimi – (11) 96325-4289 vendas@gimi.com.br IFG – (51) 3431-3855 ifg@ifg.com.br

Caixas de aço inox (7)

CCMs para MT

CCMs para BT

Mesa de comando

Armários modulares (6)

Caixas com EMC (5)

Eletrônicas metálicas

isolantes

Elétricas metálicas

isolantes

De sobrepor

De embutir

Metálicas

Isolantes

De sobrepor

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Meadows – (19) 99556-5966 meadows@meadows.com.br MEC-Tronic – (81) 2138-7200 contato@mectronic-eletromar.com.br Metaltex – (11) 5683-5706 automacao@metaltex.com.br

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Novemp – (11) 99408-7329 vendas@novemp.com.br Pasco – (92) 3249-8221 contato@pascopaineis.ind.com Phoenix Contact– (11) 3861-6400 marketingbr@phoenixcontact.com.br QT Equipamentos – (51) 2117-6600 vendas@qtequipamentos.com.br

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Quderimaster – (11) 95577-5875 vendas@qmaster.com.br RDI Bender – (11) 3602-6260 contato@rdibender.com.br

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Montê Elétrica – (51) 99241-6970 monte@monte.rs

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RIO-Tech – (17) 4009-0500 comercial@rio-tech.com.br Rittal – (11) 3622-2377 info@rittal.com.br

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Varimaster Group – (11) 97483-8551 chint@varimaster.com.br Vepan – (11) 99133-4032 vendas@vepan.com.br

MAK Painéis – (11) 94370-3700 vendas@makpaineis.com.br

Sec Painéis – (11) 94057-8785 marketing@secpaineis.com.br Socelme – (81) 99266-4961 vendas@socelme.com.br Soprano – (54) 2101-7070 eletrica@soprano.com.br Steck – (11) 2248-7000 contato.vendas@steck.com.br Strahl – (11) 2818-3838 marketing@strahl.com

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Lumibras – (54) 3463-9108 lumibras@lumibras.com.br

Rhiannon – (11) 4111-4147 vendas@rhiannon.com.br

“Centros” de distribuição (4)

• • •

JNG – (11) 2090-0550 jng@jng.com.br Kraus & Naimer – (11) 2197-1288 vendas@krausnaimer.com.br

Naville – (11) 97162-9435 atendimento@naville.com.br

De embutir

Metálicas

Quadros de distribuição (3)

Isolantes

De sobrepor

De embutir

Metálicas

Outras caixas para entradas BT

Isolantes

De sobrepor

De embutir

Metálicas

Caixas para medição agrupada (2)

Isolantes

De sobrepor

De embutir

Metálicas

Isolantes

Empresa – Telefone E-mail

Caixas para medição individual (2)

Caixas para montagens

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MARÇO/ABRIL, 2021 em

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GUIA – 3 Quadros e painéis – Invólucros (caixas, gabinetes) (1)

Volga – (11) 98305-0047 marketing@volga.com.br Weidmüller Conexel nex (11) 4366-9600 vendas@weidmueller.com Wetzel – (47) 3451-8781 iana@wetzel.com.br

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Caixas de aço inox (7)

CCMs para MT

CCMs para BT

Mesa de comando

Armários modulares (6)

Caixas com EMC (5)

Eletrônicas

metálicas

isolantes

Elétricas

• • •

metálicas

isolantes

De sobrepor

Metálicas

De embutir

Isolantes

“Centros” de distribuição (4)

De sobrepor

Metálicas

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De embutir

Isolantes

Quadros de distribuição (3)

De sobrepor

Metálicas

De embutir

Isolantes

De embutir

Outras caixas para entradas BT

De sobrepor

Metálicas

De sobrepor

Caixas para medição agrupada (2)

Isolantes

Metálicas

Isolantes

Empresa – Telefone E-mail

De embutir

Caixas para medição individual (2)

Caixas para montagens

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Notas: (1) Importante: todos os itens relacionados nesta seção referem-se apenas a invólucro, isto é, a caixas e gabinetes vazios. (2) Caixas para medidores de energia. (3) Tipicamente para circuitos terminais de instalações prediais. (4) Também chamados de "centrinhos". Tipicamente de pequenas dimensões, para circuitos terminais de instalações prediais e comportando número reduzido de disjuntores. (5) Caixas concebidas para proporcionar blindagem especial contra interferências eletromagnéticas. (6) Colunas modulares, acopláveis, com estrutura autoportante. (7) Caixas, gabinetes ou armários em aço inoxidável, usados em quadros destinados, por exemplo, a indústrias farmacêuticas, alimentícias, etc. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 353 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, março/abril de 2021. Este e outros 52 guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Relés de proteção monofunção

DPS (18)

DSI (17)

Relé DR (16)

Disjuntor DR

Interruptor BT modular (15)

Chaves rotativas (14)

Motorizada

Chave de transferência Manual

seccionador-fusível (13)

de ação rápida (12)

MT, tripolar

Soft-starter BT

Contator-disjuntor (11)

Relé térmico de sobrecarga

BT

Interruptor DR

Proteção diferencialresidual

Seccionadores

Contadores BT

outros

tipo D

tipo NH

MT

BT

disjuntor-motor

minidisjuntores

caixa moldada

de pontência (10)

BT

vácuo

SF6

PVO (9)

Empresa – Telefone E-mail

Capacitores de potência

MT

MT

Fusíveis e portafusíveis

Disjuntores

multifunção

Componentes elétricos de potência e proteção (8)

APE – (14) 99745-6525 vendas@apebauru.com.br Ativer – (14) 3303-4500 contato@ativer.com.br

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ATL Painéis – (51) 99718-5110 marcio@atlrs.com.br

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Automatus – (11) 99241-4679 sac@automatus.com.br

Beghim – (11) 95219-0305 beghim@beghim.com.br Clamper – (31) 3689-9500 montagem@clamper.com.br

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Comantec – (51) 99134-1494 comantec@comantec.com.br

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Connectwell – (11) 99381-5131 vendas@connectwell.com.br

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Dellta – (71) 99996-2760 rafariam13@gmail.com

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EP Soluções – (85) 98956-6011 eduardopatrick.me@gmail.com Exatron – 0800 541 3310 contato@exatron.com.br

• • • •

FAQ Painéis – (11) 98689-4575 contato@faqpaineis.com.br

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Eletro Painel – (44) 99949-2397 eletropainel@eletropainel.com.br

40

EM MARÇO/ABRIL, 2021

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MARQUE EM SEU CALENDÁRIO O núcleo inovador latino-americano para o futuro da energia EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO, BRASIL

As principais feiras e congressos de energia em The smarter E South America Exposição Especial


GUIA – 3

Finder Brasil – (11) 4223-1550 finder.br@findernet.com Gimi – (11) 96325-4289 vendas@gimi.com.br IFG – (51) 3431-3855 ifg@ifg.com.br

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Relés de proteção

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Quderimaster – (11) 95577-5875 vendas@qmaster.com.br RDI Bender – (11) 3602-6260 contato@rdibender.com.br

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Varixx – (19) 98136-4065 vendas@varixx.com.br

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Vepan – (11) 99133-4032 vendas@vepan.com.br

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Notas: (8) Todos os componentes são supostos para uso interno, já que destinados a quadros e painéis. (9) Disjuntores a pequeno volume de óleo. (10) De altas correntes. (11) Conjunto modular (disjuntor + contator, ou disjuntor + contator + módulo de proteção) em montagem monobloco. (12) Seccionador tripolar com mecanismo rotativo, de ação rápida. (13) Seccionador-fusível de concepção modular, para montagem em trilho DIN. (14) Também conhecidas como comutadores ou chaves comutadoras, são aplicadas como chaves seletoras, reversoras, estrela-triângulo, comutadoras para instrumentos, etc. (15) De concepção modular, para montagem em trilho DIN. (16) Incluindo dispositivos especificamente de supervisão (isto é, sem desligamento automático). (17) Dispositivo supervisor de isolamento, para instalações em esquema IT. (18) Dispositivos de proteção contra surtos. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 353 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, março/abril de 2021. Este e outros 52 guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

42

EM MARÇO/ABRIL, 2021

monofunção

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DPS (18)

DSI (17)

Relé DR (16)

Disjuntor DR

Interruptor DR

Interruptor BT modular (15)

Chaves rotativas (14)

Chave de transferência Motorizada

seccionador-fusível (13)

de ação rápida (12)

Soft-starter BT

MT, tripolar

Contator-disjuntor (11)

Relé térmico de sobrecarga

Manual

Contadores

BT

• •

Montê Elétrica – (51) 99241-6970 monte@monte.rs

Weidmüller Conexel – (11) 4366-9600 vendas@weidmueller.com

BT

outros

tipo D

tipo NH

MT

disjuntor-motor

minidisjuntores

caixa moldada

• • • • • • •

Kienzle – (11) 94917-9380 antonio@kienzle.com.br Kraus & Naimer – (11) 2197-1288 vendas@krausnaimer.com.br MEC-Tronic – (81) 2138-7200 contato@mectronic-eletromar.com.br Metaltex – (11) 5683-5706 automacao@metaltex.com.br Mitsubishi Electric – (11) 4689-3000 contato@mitsubishielectric.com.br

RIO-Tech – (17) 4009-0500 comercial@rio-tech.com.br Soprano – (54) 2101-7070 eletrica@soprano.com.br Steck – (11) 2248-7000 contato.vendas@steck.com.br TEE Componentes – (19) 99783-4960 vendas@tee.com.br Varimaster Group – (11) 97483-8551 chint@varimaster.com.br

BT

Proteção diferencialresidual

Seccionadores

JNG – (11) 2090-0550 jng@jng.com.br

Naville – (11) 97162-9435 atendimento@naville.com.br Pasco – (92) 3249-8221 contato@pascopaineis.ind.com Phoenix Contact – (11) 3861-6400 marketingbr@phoenixcontact.com.br QT Equipamentos – (51) 2117-6600 vendas@qtequipamentos.com.br

de pontência (10)

BT

vácuo

SF6

PVO (9)

Empresa – Telefone E-mail

Capacitores de potência

MT

MT

Fusíveis e portafusíveis

Disjuntores

multifunção

Componentes elétricos de potência e proteção (8)


MARQUE EM SEU CALENDÁRIO A maior feira e congresso da América do Sul para o setor solar EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO, BRASIL


GUIA – 3 Conexões, medição, comando, automação, interfaceamento

APE – (14) 99745-6525 vendas@apebauru.com.br

• •

Ativer – (14) 3303-4500 contato@ativer.com.br

• • • • • • • • •

ATL Painéis – (51) 99718-5110 marcio@atlrs.com.br

Comantec – (51) 99134-1494 comantec@comantec.com.br

• •

Connectwell – (11) 99381-5131 vendas@connectwell.com.br

outros

fonte de alimentação

para conectores

conversor de sinal

optoacoplador

a relés

módulo lógico

contator auxiliar

relé de impulso

interruptor horário

temporizador

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Eletro Painel – (44) 99949-2397 eletropainel@eletropainel.com.br

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Exatron – 0800 541 3310 contato@exatron.com.br

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FAQ Painéis – (11) 98689-4575 contato@faqpaineis.com.br

Fastweld – (11) 99911-1780 vendas@fastweld.com.br

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Dellta – (71) 99996-2760 rafariam13@gmail.com

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Finder Brasil – (11) 4223-1550 finder.br@findernet.com

Full Gauge – (51) 3475-3308 marketing@fullgauge.com.br

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IFG – (51) 3431-3855 ifg@ifg.com.br

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Isolet – (11) 2118-3000 isolet@isolet.com.br

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Kienzle – (11) 94917-9380 antonio@kienzle.com.br

• • • • • •

Kraus & Naimer – (11) 2197-1288 vendas@krausnaimer.com.br

44

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Metaltex – (11) 5683-5706 automacao@metaltex.com.br

de montagem em trilho DIN

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Building – (11) 2621-4811 building@building.ind.br

MEC-Tronic – (81) 2138-7200 contato@mectronic-eletromar.com.br

de montagem frontal

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

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Balteau – (35) 3629-5500 qualidade.balteau@balteau.com.br

JNG – (11) 2090-0550 jng@jng.com.br

digital multifunção

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Automatus – (11) 99241-4679 sac@automatus.com.br

Hellermanntyton – (11) 2136-9000 vdorigo@hellermanntyton.com.br

digital monofunção

transdutores

Fontes de alimentação

Para partida de motor

Medidores de grandezas elétricas

De comando

transformador de corrente - BT

transformador de corrente - MT

transformador de potencial - BT

transformador de potencial - MT

Tomadas multipolares

Tomadas múltiplas (22)

Blocos de distribuição (21)

Borne/conector para trilho

Conectores em barra

Conexões para aterramento (20)

Prensa-cabos

Ferramentas para conexão (19)

Empresa Telefone E-mail

Conectores e terminais

Para medição e proteção

Blocos/módulos de interfaceamento eletrônico (23)

Elementos de comando, controle e automação

sinalizadores

Medição

botões

Transformadores

analógico

Conexões

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EM MARÇO/ABRIL, 2021

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18-20

OUT

MARQUE EM SEU CALENDÁRIO | PARTICIPE


GUIA – 3 Conexões, medição, comando, automação, interfaceamento

Mitsubishi Electric – (11) 4689-3000 contato@mitsubishielectric.com.br

Naville – (11) 97162-9435 atendimento@naville.com.br

• • • • • • •

Pasco – (92) 3249-8221 contato@pascopaineis.ind.com

• • • • • • •

Phoenix Contact – (11) 3861-6400 marketingbr@phoenixcontact.com.br

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Profab – (11) 98349-8572 comercial@profab.com.br

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outros

fonte de alimentação

para conectores

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RIO-Tech – (17) 4009-0500 comercial@rio-tech.com.br

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S&E Instrumentos (11) 99234-1725 comercial@seinstrumentos.com.br

SecuControl & A-Eberle (48) 98832-9358 comercial@secubrasil.com

Soprano – (54) 2101-7070 eletrica@soprano.com.br

Steck – (11) 2248-7000 contato.vendas@steck.com.br

• • • • • • •

Strahl – (11) 2818-3838 marketing@strahl.com

Tasco – 0800 770 3171 tasco@tascoltda.com.br

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Varixx – (19) 98136-4065 vendas@varixx.com.br

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Wetzel – (47) 3451-8781 iana@wetzel.com.br

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EM MARÇO/ABRIL, 2021

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Notas: (19) Ferramentas para aplicação de conectores e terminais. (20) Incluindo aterramento temporário. (21) Também conhecidos como blocos de derivação. (22) Calha ou barra de tomadas. (23) Para montagem em trilho DIN. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 353 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, março/abril de 2021. Este e outros 52 guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

46

conversor de sinal

• • • •

optoacoplador

a relés

módulo lógico

contator auxiliar

relé de impulso

interruptor horário

temporizador

de montagem em trilho DIN

de montagem frontal

digital multifunção

transdutores

Fontes de alimentação

Para partida de motor

De comando

transformador de corrente - BT

digital monofunção

• • • •

Rhiannon – (11) 4111-4147 vendas@rhiannon.com.br

Weidmüller Conexel (11) 4366-9600 vendas@weidmueller.com

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RDI Bender – (11) 3602-6260 contato@rdibender.com.br

Varimaster Group (11) 97483-8551 chint@varimaster.com.br

Medidores de grandezas elétricas

• •

Montê Elétrica – (51) 99241-6970 monte@monte.rs

Superfibra – (11) 97606-8547 vendas1@superfibra.com.br

transformador de corrente - MT

transformador de potencial - BT

transformador de potencial - MT

Tomadas multipolares

Tomadas múltiplas (22)

Blocos de distribuição (21)

Borne/conector para trilho

Conectores em barra

Conexões para aterramento (20)

Prensa-cabos

Ferramentas para conexão (19)

Empresa Telefone E-mail

Conectores e terminais

Para medição e proteção

Blocos/módulos de interfaceamento eletrônico (23)

Elementos de comando, controle e automação

sinalizadores

Medição

botões

Transformadores

analógico

Conexões


MARQUE EM SEU CALENDÁRIO A meca sul-americana para baterias e sistemas de armazenamento de energia, EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO, BRASIL


ILUMINAÇÃO

A luz azul das lâmpadas LED prejudica os olhos? Claudius Noack, HWA – Universidade de Ciências Aplicadas, Hamburgo (Alemanha)

D

esde a introdução da tecnologia do LED na iluminação geral, usuários e cientistas têm levantado muitas questões referentes à luz emitida. Respondê-las é difícil até para usuários competentes, quando não impossível. Com a multiplicidade de fontes de luz atualmente disponíveis, os critérios de decisão para o usuário aumentaram, e devem contemplar aspectos adicionais de avaliação. Um desses critérios é o risco da luz azul.

48

EM MARÇO/ABRIL, 2021

Risco da luz azul A base para compreensão do risco da luz azul é o fato de que a radiação com comprimentos de onda mais curtos tem maior conteúdo energético do que com comprimentos de onda mais longos. Por exemplo, comparando uma lâmpada de luz vermelha monocromática com uma lâmpada de luz azul monocromática de idêntica luminosidade, a lâmpada azul contém mais energia. Por conseguinte, a energia da luz ultravioleta é ainda mais alta.

Em tempos recentes, com certa frequência têm sido publicadas informações sobre danos causados aos olhos pela iluminação com lâmpadas LED. De fato, a partir de uma certa intensidade, a luz azul é nociva para o olho humano. Para esclarecer se e em quais aplicações luminotécnicas esse risco pode estar presente, este artigo analisa os fundamentos da luz azul, e faz comparações relevantes com as atuais lâmpadas alternativas.

Elevadas densidades energéticas são nocivas para a retina, porque elas conduzem a altas temperaturas que podem resultar em queimaduras. O LED de luz branca, encontrado atualmente em quase todas as aplicações, consiste geralmente em um LED de luz azul que recebeu uma camada de fósforo para produzir luz branca ― segundo o mesmo princípio das lâmpadas fluorescentes tubulares. Como se observa na figura 1, um LED branco possui uma forte componente de luz azul. Daí se pode assumir que ele é mais nocivo para os olhos do que fontes de luz com menor componente azul, tais como as lâmpadas incandescentes halógenas. Os comprimentos de onda mais curtos da luz do Sol (ou seja, a componente azul) são antes refletidos e dispersos na atmosfera, devido ao efeito denominado dispersão de Rayleigh (dispersão de uma radiação eletromagnética em pequenas partículas). Comprimentos de onda curtos na região UV-B e UV-C são absorvidos quase completamente pelo cristalino. Eles não atingem a retina, restando para avaliação do risco de luz azul, portanto, apenas uma pequena região de luz a ser considerada (figura 2). A avaliação padrão, com os parâmetros pertinentes, é dada pela nor-


Noack

Fig. 1 – Espectro de um LED branco com temperatura de cor [correlata] mais próxima de 6500 K Annika Upadek

Fig. 2 – Transmitância espectral do olho humano

ma DIN EN 62471 – Segurança fotobiológica de lâmpadas e luminárias [1] [IEC 62471]. Nas medições dessa norma, cada luminária é ensaiada a 20 cm com oito comprimentos de onda distintos, e classificada conforme os resultados em quatro grupos (tabela I). Para determinar o grupo de risco, é então definida a duração

máxima admissível da radiação (em segundos), para diversos tipos de risco (tabela II). Para um LED branco, que em larga medida pode ser visto como radiação de luz azul, esse critério significa que 100 s de radiação, medida a uma distância de 20 cm, já pode apresentar risco.

Tab. I – Grupos de risco conforme DIN EN 62471 Grupo de risco

Avaliação do risco

Nenhum

Sem risco fotobiológico

Grupo 1 (baixo risco)

Dentro dos limites de comportamento normal, não há risco fotobiológico

Grupo 2 (médio risco)

Não representa risco devido à reação de proteção contra fontes de luz clara ou desconforto térmico

Grupo 3 (alto risco)

Representa risco inclusive para exposição passageira

Tab. II – Duração máxima admissível da radiação (s) para não ultrapassar o limite de risco do Grupo 1 Riscos do Grupo 1 Efeito da radiação UV na pele e nos olhos Radiação UVA

Duração da radiação (s) 10 000 300

Radiação de luz azul

100

Pequena fonte de luz azul

100

Retina, térmico

10

Retina, estímulo visual térmico fraco

100

Radiação infravermelha, danos aos olhos

100

MARÇO/ABRIL, 2021 em

49


ILUMINAÇÃO Noack

Noack

Fig. 3 – Classificação de risco de LEDs brancos em função da iluminância e da temperatura de cor (correlata) mais próxima, conforme IEC/TR 62778 [2]

Cálculo do risco da luz azul Entretanto, para o usuário comum essas classificações são de interpretação muito trabalhosa. O technical report IEC/TR 62778 [2] descreve a correlação entre a temperatura de cor mais próxima e a iluminância dos LEDs. Para LEDs brancos, admitindo que eles sejam construídos pelo mesmo princípio dos LEDs azuis, com uma camada de fósforo, a correlação entre iluminância, temperatura de cor mais próxima e grupo de risco pode ser depreendida da figura 3. Essa figura indica para qual temperatura de cor mais próxima e qual iluminância o grupo de risco do LED examinado não é maior que 1. Desse modo, o usuário final também pode estimar, com um simples

50

EM MARÇO/ABRIL, 2021

Fig. 4 – Curva de risco da luz azul B ( l)

luxímetro em posição de observação (altura dos olhos), se a luminária instalada representa risco elevado para os olhos. Pode-se demonstrar, por exemplo, que em prédios residenciais, nos quais tanto a temperatura de cor quanto as iluminâncias tendem a ser baixas, assim como em prédios de escritórios, em que a temperatura de cor é em geral de 4000 K, o risco de luz azul com os LEDs tradicionais é pequeno. Já em ambientes industriais, essa simples estimativa não é suficiente. Aqui é necessário avaliar a região azul da luz emitida. Essa região a ser considerada é descrita por uma curva denominada curva de risco da luz azul B (l) (figura 4). Para avaliar o risco da luz azul, o espectro medido de uma dada lâmpada é aplicado na curva B (l), e assim

determinado o risco em W/m 2. Quanto mais alto o valor, maior o risco. A componente de luz azul e a idade Um outro aspecto contemplado na avaliação do risco da luz azul é a idade do usuário. O cristalino do olho humano, quando ao ar livre, está constantemente exposto a uma alta concentração de radiação UV. Tal radiação faz com que, de modo similar a um plástico exposto ao sol, o cristalino adquira uma cor amarelada. Em consequência, um idoso não apenas percebe a luz “mais quente”, mas seus olhos também estão sujeitos a um menor risco de luz azul do que os de uma pessoa mais jovem (figura 5). Em suma: a luz azul é mais nociva para os jovens do que para os idosos. Pode-se concluir que é preciso mais atenção para o risco potencial da luz


Noack

Noack

Fig. 5 – Grau de transmitância espectral do olho em função da idade Noack

Fig. 6 – Espectro de uma lâmpada incandescente

Fig. 7 – Espectro de uma lâmpada fluorescente Fig. 8 – Comparação do espectro de uma luminária de

azul em locais onde jovens e crianças permaneçam por longo tempo, como nas escolas e pré-escolas. A componente de luz azul de fontes de luz Nos primórdios da iluminação artificial só havia lâmpadas que irradiavam calor. As lâmpadas incan-

aletas com lâmpadas fluorescentes tubulares 830 descentes, que fi(vermelho) com um painel de LEDs de 3000 K (azul) caram conhecidas na Alemanha como Glühbirnen (literal mente, peras inLâmpadas f luorescentes tubucandescentes, em alusão ao formato lares e f luorescentes compactas do bulbo), apresentam um espectro (lâmpadas econômicas) contêm uma homogêneo e ascendente de ondas mistura gasosa que emite muita luz longas, que quase não contém a com- em três regiões distintas: azul, verponente de luz azul (figura 6). de e vermelho. Nos intervalos entre

MARÇO/ABRIL, 2021 em

51


ILUMINAÇÃO Noack

Fig. 9 – Comparação do espectro de uma luminária de aletas com lâmpadas fluorescentes tubulares 830 (vermelho) com um painel de LEDs de 3000 K (azul), aplicando-se a curva B ( l)

essas três regiões, muito pouca luz é emitida pela camada f luorescente que reveste o tubo. O espectro das f luorescentes tubulares mostrado na figura 7 apresenta três picos. A componente azul pode ser claramente identificada. O princípio atual de um LED resume-se em excitar uma substância f luorescente com um LED azul, que reage emitindo luz branca. Comparando essa luz com a de uma lâmpada incandescente, ou mesmo com a

52

EM MARÇO/ABRIL, 2021

Noack

Fig. 10 – Comparação do espectro de um projetor “Hit” de 150 W (vermelho) com uma luminária a LED de 4000 K (azul) com 1500 lx.

luz de uma vela, há de fato um risco aumentado de luz azul. Como as lâmpadas incandescentes foram banidas e só se encontram atualmente em aplicações restritas, a análise comparativa que se segue abrange lâmpadas f luorescentes e LEDs de iluminância similar, a fim de verificar se há um risco aumentado de luz azul em fontes de luz diversas, e qual dessas fontes deve ser preferida sob esse ponto de vista.

Fluorescentes tubulares em comparação com luminárias a LED Na maioria dos edifícios não residenciais são utilizadas lâmpadas fluorescentes para iluminação geral. Para verificar se uma mudança para a tecnologia do LED aumentaria ou diminuiria o risco da luz azul, é necessário aplicar os respectivos espectros à curva de risco de luz azul e fazer a comparação.


Noack

do ambiente de trabalho.

Conclusão O risco da luz azul causado pelos LEDs é muito discutido. Todavia, se o LED realmenFig. 11 – Comparação do espectro de um projetor “Hit” de te aumenta ou tal150 W (vermelho) com uma luminária a LED de 4000 K vez reduz esse risco (azul) com 1500 lx, aplicando-se a curva B ( l) num dado projeto, é algo a ser examinaA figura 8 mostra os espectros do caso a caso. Certo é que o espectro de ambas as lâmpadas. Ambas emi- de uma lâmpada incandescente quase tem luz com uma temperatura de cor não contém a componente azul. Por muito similar, de cerca de 3000 K. esta razão, este artigo não compara luAo contrário do que se poderia su- minárias a LED com lâmpadas incanpor, as duas luminárias mostram descentes. Para avaliar se as lâmpadas LED quase a mesma luminosidade. O painel de LEDs neste caso é 6% mais de fato podem ser aplicadas, deve-se luminoso do que a luminária de ale- recorrer ao procedimento simplificado da IEC/TR 62778 [2]. Na maior tas com lâmpadas f luorescentes. Superpondo os respectivos es- parte dos casos, o resultado obtido pectros à curva de risco da luz azul, demonstrará que os LEDs não autem-se o resultado exibido na figura mentam o risco da luz azul. Em todos os demais casos deve9. Na sequência, comparados os espectros resultantes, conclui-se que o se efetuar sempre uma comparação painel de LEDs, embora sendo 6% com a iluminação existente. Na fase mais luminoso do que a luminária de projeto, essa comparação pode de f luorescentes, apresenta um risco ser realizada no local, de modo a da luz azul 35% menor nessa tempe- observar suas peculiaridades. Se a ratura de cor. Portanto, neste caso, o iluminação antiga consiste em lâmrisco se reduz com a mudança para padas f luorescentes ou de descarga de alta pressão, pode-se assumir que os LEDs. a instalação de LEDs com a temperatura de cor mais próxima e idêntiLâmpadas de descarga ca iluminância não aumenta o risco de alta pressão A seguir repete-se essa compara- da luz azul. Em certos casos o risco ção, desta vez com projetores equi- até diminui, proporcionando melhor pados com lâmpadas de descarga de atmosfera de trabalho. alta pressão de 150 W e uma luminária a LED com temperatura de cor de 4000 K. Ambas produzem 1500 lx sobre a superfície de trabalho. Além do espectro não processado, mostrado na figura 10, a figura 11 representa os espectros aplicados Referências à curva de risco da luz azul. [1] DIN EN 62471:2009 – Photobiologische Sicherheit von Analogamente à comparação das Lampen und Lampensystemen. 62778:2014 – Application of IEC 62471 for the lâmpadas f luorescentes com o painel [2] IEC/TR assessment of blue light hazard to light sources and de LEDs, é inequívoca a redução do luminaires. risco da luz azul também neste caso, utilizando-se um produto a LED com idêntica iluminância no local de Artigo publicado originalmente na revista alemã de – das edição 11/2018. Copyright Hüthig GmbH, trabalho. O risco diminui 34%, me- Elektrohandwerk, Heidelberg e München. www.elektro.net. Publicado por EM lhorando esse aspecto da qualidade sob licença dos editores. Tradução e adaptação da Redação de EM. MARÇO/ABRIL, 2021 em

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GUIA – 4

Dispositivos de proteção contra surtos (DPS)

Nível de proteção (Up) (kV)

Corrente de impulso (Imp) (kA)

1

110/230

275

1,5

10 a 30

Eaton – 0800 00 32866 rodrigoasilva@eaton.com

IEC 61643-1

I, II e III

até 4

75 a 580

75 a 580

< 550 a 2,6

IEC 61643-1

II

1

230/240

275

1,5 a 1,8

15 a 40

1a4

5a 1.500

6 a 1.500

300 a 5,3 @In

Importado

Eletromar – (81) 99278-7518 contato@mectroniceletromar.com.br

Hager, França e China

Embrastec – (16) 3103-2021 embrastec@embrastec. com.br

IEC 661643-11, EN 50539- I+II, II, 11, ABNT NBR 5410 II+III, III

Secção nominal dos terminais (mm2)

Tensão máxima de regime permanente )Uc) (V)

II e III

Contato de sinalização

Tensão nominal (Un) (V)

IEC 61643, NBR 5410

Norma ABNT/IEC

Grau de proteção IP

Número de polos

Buss – (11) 96989-5151 ricardo.buss@terra.com.br

Empresa Telefone E-mail

Corrente nominal de descarga (In) (kA)

Classe

Da Redação de EM

De uso cada vez mais difundido nas instalações elétricas, os DPS têm aqui publicado um guia de compras exclusivo. O levantamento informa as normas que seguem os dispositivos (de produto e de instalações), classes (I, II, III e combinadas), tensão nominal e máxima, nível de proteção, correntes de impulso e de descarga, etc. Estão representados 21 fornecedores originais, com números e endereços eletrônicos para contato.

5 a 20

20

não

2,5 a 35

40

sim

4 a 25

7,5 a 20

20

sim

16 a 25

12,5 a 60

5 a 100

20 e 66

sim

0,5 a 25

12,5 a 100 10 a 100

Exatron – (51) 3357-5019 contato@exatron.com.br

IEC 61643-1

II e III

2

110/220

275

1,2 a 1,8

20 a 60

10 a 30

20

não

6 a 16

Fame – (11) 3478-5772 edimar.ferreira@fame. com.br

IEC 61643-11

II

1

230/440

230 a 275

1,3 a 1,6

10 a 30

20 a 60

20

sim

4 a 25

NBR 5410, IEC 61643

II e III

1

110/230

275

1,5

10 a 30

5 a 20

20

não

2,5 a 35

Intral – (54) 98136-0056 marketing@intral.com.br

IEC 6143-11

II

3

127/220

275

1,5 a 2

12

5

67

sim

1,5

Kienzle – (11) 99601-8392 antonio@kienzle.com.br

IEC 61643

I e II

1

127 a 275

127 a 275

1,2 a 2

10 a 60

5 a 30

20

não

2,5 a 35

Mersen – (11) 98158-5740 rildo.miranda@mersen.com

IEC 61643

I, I+II, II, II+III, III

1a4

48 a 1.500

60 a 1.500

0,7 a 5

20 a 50

15 a 40

65

sim

6 a 25

Metaltex – (11) 98789-5133 vds@metaltex.com.br

ABNT/IEC 61643-1

1, 2 e 3

1, 2 ou 3

110 a 400

175 a 415

0,8 a 2,2

20 a 80

10 a 40

20

não

10 a 25

Momberg (15) 99743-3287 contato@momberggroup. com.br

IEC 661643-31, EN 50539-11

1+2

3 (positivo, negativo, terra)

1.200

2,6 (positivo/terra) (negativo/terra) a 4,6 (positivo/ negativo)

6,25 a 12,5

15

20

opcional

2,5 a 25

Infortel – (51) 3076-3800 comercial@inforteltelecom. com.br

54

Citel, França

EM MARÇO/ABRIL, 2021

1.000


Número de polos

Tensão nominal (Un) (V)

Tensão máxima de regime permanente )Uc) (V)

Nível de proteção (Up) (kV)

Corrente de impulso (Imp) (kA)

Corrente nominal de descarga (In) (kA)

Grau de proteção IP

Contato de sinalização

Secção nominal dos terminais (mm2)

4e5

110 a 480

277 a 550

0,2 a 20

20 a 60

20 a 300

20 a 67

sim

6

24 a 1.500

24 a 1.500

0,25 a 3,8

1 a 100

1 a 50

20, 65

sim

1 a 50

Norma ABNT/IEC

MTEC Energia (61) 99942-4362 renato.leite@mtec.eng.br

Sine Tamer, EUA

ANSI C62.72-2007; IEC 61643-1; ANSI/IEEE C C62.41 & C62.45; NBR 5419:2015

Proauto (15) 98103-2121 dehn@proauto-electric.com

I+II, I+II+III e categoria A1, B3/ C1, C3

Dehn, Alemanha

ABNT/IEC 61643-11, UL 1449

I, II, III e 1, 2, 3, 4 e I+II 3+1

Schneider (11) 99415-9011 alexis.rubio@se.com Siemens (11) 99774-8579 eduardo.brito@siemens. com

Classe

Importado

Empresa Telefone E-mail

6143

II, II, I+II e III

1 a 4, 1P+N, 3P+N

230 a 440

275 a 1.000

1,2 a 3,9

12,5 a 50

8 a 65

20 e 40

sim

2,5 a 35

61643-11

I, I/II, I+II, II e III

1P, 2P, 3P e 3P+N

24 a 960

260 a 760

0,65 a 5

12,5 a 100

12,5 a 100

20

sim

1,5 a 50

Sidrasul – (47) 99683-1777 lucas.magalhaes@sidrasul. com.br

ECS/Sine Tamer, EUA

I+II e I+II+II

(*)

110 a 690

1150 a 800

0,05 a 2

10 a 60

20 a 400

20 a 67

sim

6 a 10

Soprano (54) 99103-8385 marcelopiazza@soprano. com.br

IEEE/ANSI C62.41 & C62.45, IEC 61643-1, ABNT NBR 5419:2015 e NBR 5410

China

IEC 61643-1 2007

II e I/II

1a4

110 a 440

175 a 385

0,8 a 1,7

12,5 a 25

6 a 60

20

não

2 a 50

IEC 61643-1

II até 45 kA e I + II até 90 kA

1

275

275

< 1 a < 1,5

20

5 a 50

20

não

1,5 a 25

IEC 61643

I e II

monopolar

220

275 +5%

1 a 1,5

12,5

5 a 30

20

sim

1 a 25

IEC 61643-12/61643-22

I, II e II

1, 2 e 3

5a 1.500

5 a 1.500

1a5

40

sim

0,5 a 35

Tramontina Eletrik (54) 3461-8200 tramontina.elt@ tramontina.com WEG – (47) 3276-4000 automacao@weg.net Weidmueller (11) 98352-9835 jose.depaula@ weidmueller.com

0,5 a 100 2,5 a 100

(*) 4 (3 fases Δ + 1 terra) e 5 (3 fases Y + 1 N + 1 terra). Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 41 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, março/abril de 2021. Este e outros 52 guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.


PLANEJAMENTO

Abundância de recursos e predomínio de renováveis são destaques do PNE 2050

Redação de EM

O

PNE 2050 - Plano Nacional to, exige reforço e aperfeiçoamento de Energia, elaborado pelo dos mecanismos e políticas vigenMME - Ministério de Minas e tes, além de soluções inovadoras que Energia e publicado em 16 de dezem- permitam expansão de longo prazo bro de 2020, explora os variados as- do setor energético, garantindo o pectos da evolução do setor conside- fornecimento de energia com crirando diversas alterações na produção térios de segurança energética, de e uso de energia. As análises visam retorno adequado aos investimenauxiliar a tomada de decisão por meio tos, de disponibilidade de acesso à de modelamento e análise do impacto população e socioambientais. Já no a longo pr azo de diferentes escolhas cenário “Estagnação” são analisadas de política energética. O documento as consequências de o consumo de define que seu objetivo “não é prever energia per capita manter-se inalteo futuro e sim auxiliar os tomadores rado. Desta forma, não há preocupade decisão num contexto em que as ção iminente em termos de expansão relações são muito complexas, as in- da capacidade para atendimento da certezas e variáveis são abundantes, demanda de energia, e o foco volalgumas mudanças são por vezes dis- ta-se a outras questões, como, por ruptivas”. exemplo, o perfil mais adequado da O estudo está ancorado em dois matriz energética nacional. cenários: um chamado de “Desafio da Expansão”, caracterizado pela expansão da infraestrutura e oferta de energia, buscando atender um relevante crescimento da demanda; e um de “Estagnação”, que avalia implicações de uma relativa estagnação na demanda de energia per capita no Brasil. O cenário Fig. 1 – Comparação entre potencial de recursos e “Desafio da Expansão”, de demanda de energia no horizonte do PNE 2050 acordo com o documen56

EM MARÇO/ABRIL, 2021

Publicado em meio a pandemia, o PNE 2050 aponta estratégias de longo prazo para o setor energético brasileiro alertando para as incertezas deste momento histórico, em que o futuro da economia e, consequentemente, do setor elétrico depende da saúde pública. Contudo, ratifica sua importância como visão futura, capaz de servir de norte durante o momento desafiador.

O cenário que prevê expansão apresenta taxa de crescimento médio de 2,2% a.a., chegando a 2050 com pouco mais do que o dobro do consumo final de 2015, com crescimento mais acelerado nos primeiros quinze anos, com taxa média superior a 2,5% a.a., e considera crescimento médio do PIB de 3,1% a.a. e de 2,8% do PIB per capita. Por sua vez, no cenário “Estagnação”, o crescimento do consumo final de energia aumenta pouco mais de 10% no período analisado. Apesar da incerteza sobre a evolução do setor no longo prazo, o relatório identifica que o potencial energético do Brasil supera muito a demanda de energia total estimada para o período, o que cria o desafio de administrar a abundância de recursos e as implicações econômicas decorrentes de o País vir a ser um grande produtor de energia a partir de fontes diversas. Os estudos do PNE apontam potencial energético de quase 280 bilhões de tep (tonelada equivalente de petróleo) até 2050. Ao longo de 35 anos, o potencial anual de recursos não renováveis é da ordem de



PLANEJAMENTO

Fig. 2 – Evolução do consumo de energia elétrica

21,5 bilhões de tep, e de 7,4 bilhões de tep o de recursos renováveis. Já a demanda de energia cresce de 300 milhões de tep para cerca de 600 milhões de tep e, durante 35 anos, essa trajetória representa uma demanda de energia total acumulada no período equivalente a pouco menos de 15 bilhões de tep, o que denota a enorme diferença entre o potencial de recursos e a demanda de energia estimada (figura 1). O aproveitamento dos recursos depende da viabilidade técnica e econômica, levando em consideração aspectos tecnológicos, legais, regulatórios, ambientais, sociais e governamentais. De acordo com o documento, por conta dessas variáveis, há recursos mais facilmente aproveitáveis e outros menos. Contudo, só a parcela dos recursos mais facilmente acessíveis excede em 60% a demanda de energia total acumulada do período. O grupo constituído pelos recursos com maiores desafios para aproveitamento soma cerca de 255 bilhões de tep, sendo pouco mais de 10 bilhões de recursos não-renováveis. Já os recursos renováveis, cujo potencial mais desafiador alcançaria quase 245 bilhões de tep até 2050, seriam compostos pelas usinas hidrelétricas (UHE) que apresentam interferências em áreas protegidas, o potencial de eólica offshore em áreas com até 200 milhas de distância da costa, exceto as áreas até 10 km, e o potencial de solar fotovoltaica offshore que considera a área com faixa de irradiação 58

EM MARÇO/ABRIL, 2021

de 6,5 a 6,8 kWh/m².dia. A estimativa do potencial técnico de geração fotovoltaica f lutuante é de cerca de 4443 TWh/ano. O grupo com maior facilidade de aproveitamento totaliza pouco mais 24 bilhões de tep, sendo 11 bilhões de tep de recursos não-renováveis. No caso dos recursos renováveis, que alcançam 13 bilhões de tep, são incluídas: as UTEs a biomassa, as UHEs que não apresentam interferências em áreas protegidas, a solar fotovoltaica e a eólica onshore, as PCHs e o potencial de eólica offshore considerando as áreas com até 10 km de distância da costa. Consumo de energia elétrica Sobre o consumo de energia elétrica, o documento projeta que no cenário “Desafio da Expansão” o crescimento potencial (que engloba o consumo atendido pela rede, pela autoprodução, pela geração distribuída e o estimado antes da retirada dos ganhos de eficiência energética) atingirá 3,5% ao ano em média entre 2015 e 2050, alcançando cerca de 240 mil MWmédios (ou pouco mais de 2100 TWh) (figura 2). Deste total, estima-se que cerca de 5% do consumo potencial serão atendidos por geração distribuída, representando quase 11 mil MWmédios, e 7% (ou 16 mil MWmédios) por autoprodução. A estimativa é de que a eficiência energética aumente de forma significativa no período, devendo atingir 17% do total requisitado em


Fig. 3 – Evolução da demanda de energia elétrica a ser atendida por geração centralizada

2050, ou pouco mais de 40 GWmédios (aproximadamente 360 TWh). No cenário “Estagnação’, a taxa média projetada de crescimento do consumo potencial de energia elétrica é de 1% ao ano entre 2015 e 2050, atingindo-se um valor pouco abaixo de 100 mil MWmédios (ou pouco menos de 870 TWh) ao fim do período, decorrentes de uma menor expansão econômica e modesto crescimento populacional. Deste total, a participação da autoprodução aumenta para 14% (ou 13 mil MW médios) e para 7% a da geração distribuída, representando quase 6 mil MWmédios, enquanto a eficiência energética responde por 10% do total requisitado em 2050, o que equivaleria a pouco menos de 10 mil MW médios. A necessidade de atendimento da demanda de eletricidade através de geração centralizada atinge cerca de 172 mil MWmédios no cenário de expansão, o que equivale a cerca de 2,5 vezes o consumo observado em 2015 (figura 3). Esse crescimento pode ser ainda maior caso as perspectivas de expansão mais acelerada de GD, autoprodução, energia solar térmica e eficiência energética neste cenário não se concretizem. Já no cenário “Estagnação’, a perspectiva é de a geração centralizada continue entre 65 mil e 70 mil MWmédios, o que representa aproximadamente 2/3 do requisito total de energia em 2050, não apenas pelo crescimento

mais modesto associado a este cenário, mas também a um aumento da participação relativa de autoprodução e GD. Fontes de energia elétrica As principais fontes consideradas como alternativas de expansão no PNE são a hidrelétrica, biomassa, eólica, solar, gás natural, carvão mineral e nuclear. Hoje as fontes renováveis fazem com que o Brasil tenha um dos maiores níveis de participação de energia renovável do mundo, com cerca de 3/4 da matriz elétrica. Para manter a elevada participação de renováveis e as baixas emissões no longo prazo, o aproveitamento hidrelétrico ainda representa um elemento importante de ampliação de oferta de energia elétrica no sistema interligado nacional, descreve o documento, em função das sinergias com outras fontes renováveis, f lexibilidade operativa e capacidade de armazenamento de energia em seus reservatórios. O levantamento indica potencial hidrelétrico de 176 GW, sendo 108 GW em operação e construção até 2019 e 68 GW de potencial hidrelétrico inventariado. Neste montante, estão incluídas as UHEs e os projetos hidrelétricos menores de 30 MW que se encontravam com estudos de inventário concluídos e aprovados pela Aneel. Além de um potencial de 10 GW considerado, relativo a repotenciaMARÇO/ABRIL, 2021 em

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PLANEJAMENTO ção, o montante de projetos de UHEs pode ser ampliado por meio de integração energética com países da América do Sul: 10 GW em projetos binacionais e 24 GW em outros projetos internacionais. Isso elevaria o potencial total para 198 GW, aqui sem considerar os projetos menores de 30 MW, que somam 22 GW. Segundo o estudo, com a redução relativa da capacidade de armazenamento do sistema frente ao crescimento da demanda e a crescente penetração das fontes renováveis de geração variável não controlável, como a eólica e a fotovoltaica, a possibilidade de f lexibilidade operacional das hidrelétricas vem ganhando importância. Isto porque as hidrelétricas, mesmo as usinas a fio d’água, possuem um certo grau de gestão dos recursos e, consequentemente, possibilidade de atendimento a requisitos de capacidade, f lexibilidade, e diversos serviços ancilares. O documento aponta que, mesmo em um cenário com elevação significativa da demanda de energia elétrica no horizonte analisado, como o potencial inventariado disponível das UHEs é relativamente pequeno (52 GW), a fonte reduzirá sua participação relativa na matriz elétrica no horizonte até 2050. Em termos de capacidade instalada, a partici-

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EM MARÇO/ABRIL, 2021

pação relativa pode cair de 64% em 2015 para 31% em 2050, compensada por uma expansão de 15% para 45% da participação relativa de outras fontes renováveis (biomassa, eólica e solar), cuja baixa despachabilidade enseja também uma expansão de complementação de potência de mais de 60 GW no horizonte. Ao simular o caso em que nenhum projeto de UHE com interferência em áreas protegidas é disponibilizado, o acréscimo de capacidade das UHEs selecionadas cai quase 30 GW em 2050 em relação ao caso em que todo o potencial inventariado é utilizado. Neste cenário, há necessidade de expandir o conjunto restante de fontes, cuja participação relativa na capacidade instalada total deve subir para mais de 50%. Com isso, aumenta-se também a necessidade de potência complementar para 67 GW. No cenário “Desafio da Expansão”, em que a demanda de energia elétrica em 2050 é três vezes maior do que em 2015, e dada a maior competitividade relativa das chamadas fontes renováveis não controláveis, espera-se uma expansão significativa da fonte eólica. Simulações apontam que a energia eólica atingirá de 110 a 195 GW em termos de capacidade instalada e entre 50 e 85 GW médios em termos de energia

em 2050, denotando sua crescente importância na matriz elétrica no horizonte: em torno de 22% a 33% da capacidade instalada total ou de 27% a 40% em termos de energia total. A capacidade instalada total de eólica em 2050 pode ainda superar 200 GW se considerados casos especiais, como expansão 100% renovável e frota 100% elétrica – nessas situações, os projetos eólicos atingem em torno de 209 GW e 246 GW, respectivamente, correspondendo a uma participação eólica entre 36% e 42% da capacidade instalada total do sistema em 2050. Por sua vez, a energia solar vem sendo a fonte que apresenta o maior incremento de capacidade instalada anualmente no mundo, de acordo com estudo da Irena - Agência Internacional de Energia Elétrica, em função principalmente de preços decrescentes verificados nos últimos anos, à robustez tecnológica tendo em vista projetos com mais de 30 anos em funcionamento, o vasto potencial técnico existente e a não emissão de gases de efeito estufa durante a operação dos parques. O Brasil, por sua localização geográfica, recebe elevados índices de incidência da radiação solar, o que permite desenvolver projetos solares viáveis em diferentes regiões. Desta forma, de acordo com o relatório, a


fonte solar fotovoltaica se apresenta como alternativa competitiva no fornecimento de energia, podendo contribuir com os compromissos nacionais de redução de gases de efeito estufa. O País conta com potencial de 307 GWp na faixa de irradiação 6000-6200 Wh/m 2.dia. Assim como no caso da fonte eólica, o PNE prevê uma expansão significativa da fonte solar fotovoltaica por conta da perspectiva de evolução de sua competitividade no horizonte de 2050. Na maior parte dos casos, e levando em conta apenas a geração centralizada, a fonte solar fotovoltaica atinge entre 27 a 90 GW em termos de capacidade instalada e entre 8 a 26 GW médios em termos de energia em 2050, assumindo em torno de 5% a 16% da capacidade instalada total ou de 4% a 12% em termos de energia total em 2050, sem contar a parcela de GD FV na matriz (figura 4). Tal expansão ocorre predominantemente nas últimas décadas do horizonte, quando a fonte apresenta maior competitividade. Adicionalmente, nota-se que a fonte solar deve preencher a limitação na expansão das UHEs em termos de capacidade instalada. Além disso, a capacidade instalada total centralizada de solar fotovoltaica em 2050 pode ser superior a 100 GW se ela for utilizada em

Fig. 4 – Evolução esperada da expansão (centralizada) da solar FV no cenário Desafio da expansão

substituição à expansão da eólica (no caso analisado, alguma eventual restrição que impeça sua capacidade instalada total de ultrapassar 50 GW em 2050) ou quando a expansão da transmissão estiver limitada (no caso extremo analisado, aos leilões até 2019). Nesses dois casos, a capacidade instalada referente aos projetos fotovoltaicos na geração centralizada atinge em torno de 95 GW e 190 GW, respectivamente. Tais valores correspondem a uma participação da solar centralizada entre 18% e 30% da capacidade instalada total do sistema em 2050. A geração distribuída, em que a fonte solar fotovoltaica representa pouco mais de 85% da capacidade

instalada no fim do horizonte, por conta da sua modularidade, custo decrescente e difusão da tecnologia entre a sociedade, alcançaria entre 28 GW e 50 GW em 2050, o que representaria de 4% a 6% da carga total. Transição energética: descentralização, descarbonização e digitalização O documento aborda ainda a transição energética, caracterizada principalmente pela descarbonização e descentralização dos recursos energéticos e a maior digitalização na produção e uso da energia. Nesse contexto, há estímulos ao uso mais

MARÇO/ABRIL, 2021 em

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PLANEJAMENTO eficiente dos recursos energéticos e à redução da participação de combustíveis mais intensivos em emissões de carbono, bem como à eletrificação em processos de conversão de energia, além de maior automação e digitalização de processos, controles e serviços, possibilitando o aumento da eficiência energética e a maior participação de fontes renováveis não-despacháveis, como eólica e solar. A previsão é de que a transição energética tenha como base a eletrificação (sobretudo renovável), os biocombustíveis, a eficiência energética (catalisada pela digitalização) e o gás natural. Se ampliarem sua competitividade, é previsto que as baterias também tenham um papel fundamental, sobretudo para garantir a confiabilidade do sistema elétrico. O hidrogênio também assume participação na transição energética, pois, segundo o estudo, muitas das fontes renováveis de energia elétrica são intermitentes e diversos setores de consumo dificilmente serão atendidos por eletricidade ou biocombustíveis. Dentre as alternativas para produção de hidrogênio, a rota verde (de eletrólise da água a partir de fontes renováveis de eletricidade) é considerada como a de maior relevância internacional e o Brasil é reconhecido mundialmente como um potencial grande player nesse segmento, de acordo com o PNE. No que tange à descarbonização, os desafios aqui incluem o aproveitamento dos recursos renováveis do País e a incorporação de novas alternativas que reduzam a intensidade de carbono na economia, tais como eficiência energética, resposta da demanda, recarga inteligente e smart grid, além de considerar o uso de biocombustíveis, as possibilidades de eletrificação dos transportes e o desenvolvimento de cidades inteligentes. As recomendações do estudo são: remover as barreiras que atualmente impedem a implantação das atividades de mitigação de baixo custo, em par62

EM MARÇO/ABRIL, 2021

ticular as de eficiência energética, avaliar alternativas para o posicionamento nacional em negociações internacionais sobre combate às mudanças climáticas e estabelecer monitoramento das políticas públicas voltadas à descarbonização da matriz energética brasileira, além de estruturar novos produtos, fomentar ações de eficiência energética e inovação, entre outras ações. Em relação à descentralização, o relatório identifica que, além dos recursos energéticos distribuídos (RED), com destaque para a geração fotovoltaica distribuída, tem-se a propagação de sistemas digitais que possuem autonomia para tomar decisões de forma descentralizada na chamada Indústria 4.0 e também a utilização do blockchain, que usa a descentralização como medida de segurança e potencializa a realização de transações peer-to-peer. O documento prevê que as novas possibilidades criadas pelas mudanças tecnológicas ampliarão de forma significativa a oferta de serviços no setor elétrico. Além disso, permitirão que novos provedores de serviços, incluindo consumidores e prossumidores, tenham papel cada vez mais ativo no setor elétrico. Entre os desafios impostos, o documento destaca que a inserção dos RED implica maior quantidade de agentes e requer um papel cada vez mais proativo das transmissoras e distribuidoras na gestão e operação das redes. Com o aumento da descentralização dos recursos energéticos haverá uma necessidade crescente de troca de informações em tempo real entre os agentes para que seja possível orientar, através de sinais de preços, a utilização destes recursos a fim de maximizar os benefícios sistêmicos. Outro desafio apontado é criar desenhos de mercados que permitam que o valor dos serviços ref lita as restrições das redes e os momentos de escassez de recursos. O documento aponta a necessidade de estabelecer um roadmap com expectativas sobre troca de informações em tempo real


e o nível de granularidade necessários para cada fase do desenho de mercado que se deseja obter, para ajudar os participantes a se prepararem para essas novas etapas. Outra recomendação é separar serviços em diferentes agentes para que a distribuidora possa focar nas atividades de operação em um modelo de remuneração dos serviços de distribuição que não seja vinculada à compra de energia. São elencados ainda desafios tecnológicos relacionados à integração entre provedores de serviços de distribuição e transmissão e a necessidade de estabelecimento de obrigações, benefícios e penalidades para consumidores, produtores e agregadores, visando a otimização sistêmica, entre outros aspectos. No quesito digitalização na produção e uso de energia, é previsto que as redes inteligentes permitirão melhor controle dos ativos e do seu desempenho, análise de dados a partir da operação do sistema e um sistema elétrico mais responsivo a variações de preços, além de melhor aproveitamento de novas tecnologias (GD, resposta da demanda, armazenamento e veículos elétricos), mas, de acordo com o PNE, podem surgir problemas de coordenação entre diversos atores em relação à confiabilidade no fornecimento. Por outro lado, a digitalização pode auxiliar na operação confiável e eficiente num cenário de maior relevância do consumidor no funcionamento do sistema. Nesse sentido, a implantação dos medidores inteligentes, ao propiciar o f luxo bidirecional de energia, melhor gerenciamento do perfil de consumo e possibilitar a resposta da demanda, é uma das variáveis-chave para a descentralização da operação do sistema elétrico. O relatório aponta que a crescente digitalização na produção e uso de energia possibilitará novas oportunidades de negócios, estrutura tarifária e preços mais eficientes e o gerenciamento mais adequado dos diversos perfis de consumos. Por

suas alterações profundas, o documento alerta sobre a necessidade de acompanhar o ritmo de implantação de medição inteligente e monitorar o possível impacto das novas tecnologias (IoT, computação na nuvem, big data, data analytics, inteligência artificial, blockchain, etc.) e os novos desafios, como a vulnerabilidade a ataques cibernéticos, custo da segurança da informação, e o novo papel da operação centralizada na integridade do sistema elétrico. Ainda de acordo com o PNE, a digitalização tem o potencial de construir novas arquiteturas de sistemas interconectados de energia, criando a necessidade de um marco regulatório e um desenho de mercado que distribuam os custos e benefícios de forma adequada por meio de incentivos corretos para operadores, consumidores e produtores. Papel do consumidor Outro ponto destacado no PNE 2050 é a mudança do papel do consumidor em função dos avanços tecnológicos e novos modelos de negócios. Mais informações sobre padrões de consumo resultantes de novas tecnologias devem fortalecer o engajamento do consumidor ao mesmo tempo em que possibilita a oferta de novos produtos/serviços. Ou seja, a nova infraestrutura (associada à digitalização), a descoberta das preferências individuais do consumidor e a necessidade de adequação dos desenhos de mercado e regulação deverão gerar novos modelos de negócio, aumentando a diversidade de agentes. Neste contexto, o PNE alerta que, para otimizar o aproveitamento dos recursos energéticos do País, as políticas públicas devem considerar não apenas o crescimento do consumo de energia, mas também o novo comportamento do consumidor. Entre os desafios apontados no estudo, estão a necessidade de maior clareza regulatória e segurança jurídica e o aumento da complexidade do sistema. MARÇO/ABRIL, 2021 em

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EM brexit

c

omo consequência da saída do Reino Unido (UK) da União Europeia (UE), apenas os certificados Ex emitidos sob a chancela da UKCA - United Kingdom Conformity Assessment serão aceitos na Inglaterra, País de Gales e Escócia a partir de 1o de janeiro de 2022. A Irlanda do Norte, por se manter na UE, continuará aceitando os certificados Atex. Desta forma, os certificados dos produtos Ex emitidos em países da UE, que atendiam à Diretiva Atex, necessitarão ser “renovados” por um organismo certificador listado na UKCA, a fim de demonstrarem que atendem aos requisitos das normas British Standards (BS) em vigor, podendo assim ser comercializados no mercado britânico.

Abrangência

A marca UKCA (figura 1) aplica-se à maioria das mercadorias anteriormente sujeitas à “marca CE”, a qual indica que o produto atende às diretrizes europeias. Os requisitos técnicos, os processos e as normas para a marcação UKCA são, em grande parte, os mesmos requeridos para a marcação CE. A marca UKCA entrou em vigor em 1o de janeiro de 2021. No entanto, para permitir que se adaptem às novas exigências, os fabricantes ainda poderão vender seus produtos no UK usando a “marca CE” até 1o de janeiro de 2022, sob certas condições. Por exemplo, um produto com um certificado de conformidade europeu, ainda poderá ser vendido no UK com a “marca CE”, desde que seja de estoque preexistente e fabricado antes de 31 de dezembro de 2020. A marcação CE só continuará válida no UK para os produtos cujos requisitos do UK e da UE permaneçam os mesmos. Cabe ressaltar que se a UE mudar suas regras, diferenciando-as das do UK, o fabricante não poderá mais vender no UK usando a “marca CE”, mesmo que a alteração das regras se dê antes de 31 de dezembro de 2021. Haverá também um novo banco de dados no UK que substituirá o banco de dados “New Approach Nottified and Designated Organizations” (Nando), utilizado na UE. Ressalte-se que um fabricante poderá comercializar seu produto no UK usando a “marca CE” até 31 de dezembro de 2021, se: 64 EM MARÇO/ABRIL, 2021

Fig. 1 - Marca UKCA

• a “marca CE” estiver empregada na modalidade de “autodeclaração”; • o certificado de conformidade tenha sido emitido por um organismo certificador reconhecido pela UE, e feita uma “transferência” para uma certificadora listada no UK. Para obter a documentação UKCA, o fabricante deve: • declarar que o produto está em conformidade com os requisitos legais de UK; • indicar o nome e endereço do fabricante (ou seu representante autorizado) juntamente com informações sobre o produto e o organismo certificador. As informações exigidas para a Declaração de Conformidade UKCA são em grande parte as mesmas exigidas atualmente em uma Declaração de Conformidade da UE, como por exemplo: • nome e endereço comercial do fabricante; • o número de série do produto, o modelo ou a identificação do tipo; • uma declaração do fabricante, assumindo total responsabilidade pela conformidade do produto às normas de UK, e não necessariamente as normas citadas no Jornal Oficial da União Europeia; • as informações da certificadora aprovada pelo UKCA que realizou a avaliação da conformidade; • a legislação que o produto atende (de UK, não mais da UE); • nome e assinatura do responsável; • data de emissão da declaração; e • informações complementares. Os representantes autorizados com sede em países da UE não são mais reconhecidos pelo UK desde 1o de janeiro de 2021, pois agora apenas representantes baseados no UK poderão responder por produtos inseridos naquele mercado.

O “UK Ex Scheme”

Equipamentos elétricos e eletrônicos Ex para Zonas 0, 1, 20, 21 e produtos não elétricos para a Zona 0 precisarão de um

certificado emitido por organismo certificador Ex reconhecido pela UKCA. Apenas os organismos de certificação listados no site do Governo do UK poderão emitir certificados UKCA Ex, tendo como base as normas designadas pelo Governo do UK. Por outro lado, fabricantes que possuíam certificados emitidos por Organismos Notificados do UK começaram a providenciar a transferência de documentação para organismos certificadores parceiros Atex, para manterem sua “marca CE” e continuarem vendendo para a UE. A QAN - Quality Assessment Notification UKCA segue o mesmo processo definido na Diretiva Atex, obrigatória para as empresas que vendem seus produtos no mercado europeu. O ciclo de auditoria de um QAN e de um QAR - Quality Assurance Registration é tipicamente de três anos. Assim como há um fórum para os Organismos Notificados Atex, o Ex Notified Bodies Group (ExNBG), agora também há o UK Ex Approved Bodies Group (ExABG), que está sob a gerência do departamento credenciador United Kingdom Accreditation Service (UKAS), que, por sua vez, se reporta ao Department for Business, Energy & Industrial Strategy (BEIS). As marcas UKCA e CE ainda serão aceitas simultaneamente no UK por um determinado período. Depois, a UKCA será a única aceitável. Pelas diversas particularidades, os processos de certificação no UK devem contar com uma assessoria especializada, pois, tanto lá como aqui, não há a aceitação direta de certificados Ex emitidos por outros países, até mesmo dos autodenominados “internacionais”. Dúvidas sobre certificação de conformidade Ex poderão ser enviadas no e-mail em@arandaeditora.com.br e abordadas em uma próxima edição.

Estellito Rangel Júnior Engenheiro eletricista e primeiro representante brasileiro de Technical Committee 31 da IEC Esta seção propõe-se a informar e analisar temas relativos a instalações elétricas em atmosferas potencialmente explosivas, incluindo normas brasileiras e internacionais, certificação de conformidade, novos produtos em análises de casos. Correspondência para Redação de EM, seção “EM Ex”; Alameda Olga 315; 01155-900 São Paulo, SP; e-mail: em@arandaeditora.com.br


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AGENDA no brasil Ecoenergy/Exposec – A 9a Ecoenergy Feira e Congresso Internacional de Tecnologias Limpas e Renováveis para Geração de Energia foi adiada em virtude do avanço do Covid-19 e vai acontecer de 8 a 10 de junho no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center. O evento, organizado pela Cipa Fiera Milano, é constituído por exposição de soluções para energias solar heliotérmica, solar FV, eólica, de biomassa, geotérmica e hidroelétrica; e pelos congressos Ecoenergy e Biomass Day. Paralelamente, é realizada a feira Exposec - Feira Internacional de Segurança. Informações em https://feiraecoenergy.com.br. Intersolar Summit – O Intersolar Summit Brasil Nordeste será realizado em Fortaleza, CE, em 9 e 10 de junho. Voltado para especialistas brasileiros e internacionais, enfocará a energia solar e renovável na região. O congresso reunirá especialistas para discutir políticas, desafios legislativos e marcos regulatórios, bem como financiamento e soluções de integração de redes, e será realizado em paralelo com o 11o Congresso RTI Provedores de Internet e o 13o Congresso RTI Data Centers. O evento é organizado pela equipe da Intersolar South America, a maior feira e congresso da América Latina para o setor solar. Informações: https://www.intersolar.net.br/ en/home/summit-brasil-nordeste. Expolux – A Reed Exhibitions e a Abilux - Associação Brasileira da Indústria de Iluminação, respectivamente organizadora e idealizadora da Expolux - Feira Internacional da Indústria de Iluminação, vão realizar o evento de 5 a 8 de julho. Mais informações: www.expolux.com.br. Iluminação pública – A Ilumexpo 2021 - 8 a Exposição e Fórum sobre Gestão de Iluminação Pública acontecerá nos dias 12 e 13 de julho, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, SP. O tema geral desta edição será “A retomada da implantação das novas tecnologias, gestão e parcerias em iluminação pública”. Mais informações em http://rpmbrasil.com.br/ eventos.aspx?eventoID=87. UTCAL – O UTCAL - Utilities Telecom & Technology Council America Latina 66 EM MARÇO/ABRIL, 2021

Summit vai ser realizado de 24 a 27 de agosto no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Mais informações: www.utcal.org, telefone (21) 21470600/0700 e email andrea.carvalho@ utcal.org ou marcio.rymer@utcal.org. Feicon – A Feicon/Batimat acontecerá de 14 a 17 de setembro, no SP Expo, em São Paulo, SP. Mais informações: www.feicon. com.br. Manutenção e operação – A InovaFocus e a RPM Brasil promoverão o Cetecman 2021 – 5o Congresso Técnico sobre Manutenção nas Empresas de Energia Elétrica nos dias 4 e 5 de outubro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, SP. Simultaneamente, será realizado o Cenocon - 9º Fórum sobre Centros de Operação e Controle das Empresas de Energia Elétrica, cujo objetivo é incentivar a discussão sobre a importância dos centros de operação e controle no desempenho do sistema elétrico brasileiro. Mais informações sobre os eventos estão disponíveis nos sites: www.cetecman.com.br e www.rpmbrasil.com.br/ programa.aspx?eventoID=82. The smarter E São Paulo – O evento The smarter E South America foi recentemente reprogramado para os dias 18 a 20 de outubro de 2021. Realizado no Expo Center Norte, em São Paulo, congregará os eventos: Intersolar South America - A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; e Eletrotec+EM-Power South America - Feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia. A organização é da Solar Promotion International GmbH e da Freiburg Management and Marketing International, com co-organização pela Aranda Eventos & Congressos. Informações: www.thesmartere.com.br. SNPTEE – A 26a edição do SNPTEE Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, promovido pelo Cigre-Brasil, acontecerá de 15 a 18 de maio de 2022, no Riocentro, na cidade do Rio de Janeiro, e será organizado por Furnas. Mais informações sobre o evento estão disponíveis no site https:// xxvisnptee.com.br. Sendi – O XXIV Sendi - Seminário Nacional de Distribuição de Energia

Elétrica, organizado pela EDP e promovido pela Abradee - Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, no Pavilhão de Carapina, em Serra, ES, foi postergado para junho de 2022, em função do avanço do Covid-19. Com o tema “O futuro do setor - Descarbonização, Descentralização e Digitalização”, o evento abordará as macrotendências de transformação do setor de energia e promoverá o Rodeio Nacional de Eletricistas, uma competição onde eletricistas vindos de todo o País demonstram a realização das suas tarefas diárias, partilhando práticas seguras e inovadoras a todas as concessionárias do Brasil. Mais informações: www. sendi.org.br.

CURSOS Relés, transformadores – A Conprove Engenharia, de Uberlândia, MG, promove diversos cursos sobre instrumentos de testes elétricos, projetos de P&D e consultoria e modelagem e simulação de sistemas. De 26 a 29 de abril, será ministrado o treinamento Ensaios e testes de comissionamento e manutenção em relés de proteção – teoria e prática. Em maio, estão previstos: Transitórios eletromagnéticos usando os softwares ATP e PS Simul – teoria e prática (3 a 7 de maio); e PAC 1 e PAC 2 – Proteção, automação, controle e supervisão con a norma IEC 61850 (respectivamente, em 10 e 11 de maio e 12 e 13 de maio). Informações sobre estes e outros cursos podem ser obtidas em conprove@conprove.com.br, (34) 3218-6800 e www.conprove.com.br. Instalações MT – A ABNT vai realizar de 20 de abril a 13 de maio o curso online Instalações elétricas de média tensão I ABNT NBR 14039:2005 – De 1 kV até 36,2 kV - Cálculos, subestações de consumidor e especificação de disjuntores e fusíveis, dirigido a engenheiros, técnicos e demais profissionais responsáveis por projetos e obras de instalações elétricas em tensões de 1 kV até 36,2 kV (média tensão). O treinamento tem o objetivo de abordar os procedimentos da norma ABNT NBR 14039, com foco na capacitação do participante para dimensionar e especificar elementos em uma instalação. Destacará as especificações com relação às correntes de carga e de curto-circuito em edificações ou indústrias. Mais informações em https://www.abntcatalogo.com. br/curs.aspx?ID=131.


Direito ambiental – O curso Direito Ambiental aplicado ao Setor Elétrico vai ser realizado pela Viex de 12 a 14 de abril em formato online. O treinamento tem o objetivo de de proporcionar ao aluno uma visão sistêmica dos desafios para implantação e operação de empreendimentos de energia sob a ótica do Direito Ambiental, considerando o rigor técnico jurídico e a aplicação dos preceitos constitucionais e infraconstitucionais presentes na legislação brasileira. Mais informações em (11) 50516535, info@viex-americas.com, Whatsapp (11) 99303-8722 e www.viex-americas.com. Projetos – A ElektSolar Innovations promove o curso online Projetos de Sistemas de Energia Solar, que apresenta aspectos teóricos e práticos do dimensionamento de sistemas fotovoltaicos conectados à rede e regulamentações sobre microgeração distribuída, bem como a norma da concessionária de distribuição. Apresenta as etapas e o roteiro para a elaboração de um projeto, diagramas, bem como o memorial descritivo para sistemas fotovoltaicos conectados à rede. Mais informações: https://elektsolar.com. br/produto/curso-online-projeto-de-sis temas-de-energia-solar.

no exterior Hannover – De 12 a 16 de abril será realizada a Hannover Messe em versão digital. Mais informações estão disponíveis em www.hannovermesse.de/en. Eficiência energética – O EE Global Forum, fórum voltado à eficiência energética, será realizado virtualmente em 4 de maio. Já o Star of EE Awards Gala, premiação que homenageia as organizações e iniciativas que se destacaram em seus esforços para promover a eficiência energética, está previsto para 23 de setembro, em Washington, EUA. Mais informações sobre o fórum podem ser encontradas em https://eeglobalforum.org. Utility Week e PowerGen – A Utility Week e PowerGen Africa serão realizadas em formato digital de 11 a 13 de maio devido a pandemia do Covid-19. Mais informações em www.african-utilityweek.com.

Eficiência energética – O evento eceee 2021 Summer Study on energy efficiency será realizado em formato digital em junho. Mais informações em https://www. eceee.org/summerstudy. Baterias – A exposição e conferência Electric Vehicles Battery Tech Japan 2021 vai acontecer em Tóquio, Japão, de 16 a 17 de junho. O evento tem o objetivo de abordar a inovação da tecnologia de baterias e sistemas de gerenciamento de baterias para uso em veículos elétricos e híbridos. Mais informações em http://www.japan.batterytechnology-conference.com. LightCon – O LightCon, evento composto por feira e congresso, será realizado de 23 a 24 de junho, em Hannover, Alemanha. Informações em https://lightcon.info/en. Smarter E Europa – A edição 2021 da Smarter E Europa, que compreende quatro eventos (Intersolar Europe, ees Europe, Power2Drive Europe e EM-Power Europe), será realizada em Munique, Alemanha, de 21 a 23 de julho. Composta por conferência e exposição, a Smarter E é considerada a maior plataforma da Europa para a indústria de energia e o ponto de encontro mais importante para o novo mundo da energia. Mais informações: www.thesmartere.de. Cired – A Conferência Bienal Cired 2021 está agendada para Genebra, Suíça, de 20 a 23 de setembro. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas em www.cired.net. IMIC – De 26 a 28 de outubro, está programado o IMIC - Industrial Maintenance Innovation Conference no Bilbao Exhibition Centre, na Espanha. Mais informações: https://imic.bilbaoexhibitioncentre.com/en. Fios e cabos – A feira Wire & Cable Guangzhou, inicialmente programada para 2020, vai acontecer em 2021 (as datas exatas ainda não foram divulgadas), no Complexo de Feiras de Importação e Exportação da China. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas através de http://www.wire-cable-china.com e o email wire@china.messefrankfurt.com. Light + Building – A Light + Building será realizada de 13 a 18 de março de 2022, em Frankfurt, Alemanha. Mais informações: https://light-building.messefrankfurt.com/frankfurt/en.html. MARÇO/ABRIL, 2021 em

67


PRODUTOS FUSÍVEIS TIPO HH Os fusíveis da Inebrasa do tipo HH, modelo DRVAL, são limitadores de corrente de alta capacidade de ruptura, indicados para proteção de redes de distribuição, transformadores, cabos, motores, capacitores e outras cargas. Segundo a empresa, o equipamento minimiza os esforços térmicos e dinâmicos, provenientes das correntes de curto-circuito e sobrecarga, permitindo a utilização de equipamentos de construção mais leve e compacta. Os fusíveis estão disponíveis em classes de tensão de 2,4, 4,16, 7,2, 15, 24,2 e 36,2 kV, possuem corpo em porcelana vitrificada ou fibra de vidro, resistente a esforços térmicos e dinâmicos, e elemento de fusão em número variável de fitas de prata, com teor de pureza de 99,99%, associado a um sistema de múltiplas câmaras de extinção, imersas em areia de sílica controlada, altamente isolante, necessárias para o resfriamento e extinção do arco voltaico. Os equipamentos são providos de sinalizador de queima para controle visual ou pino percursor com mola tipo striker-pin com força de disparo de 12 kg (120 N), possibilitando interligação com sistemas de proteção. Indicado para utilização abrigada. www.inebrasa.com.br NOBREAKS A TS Shara lançou recentemente as linhas de nobreaks UPS Professional Universal e UPS Senoidal Univer68 EM MARÇO/ABRIL, 2021

sal. Os novos modelos podem ser encontrados nas potências 1500 VA e 1800 VA, e contam com duas baterias internas 7 Ah, que oferecem autonomia entre 1 e 2 horas. Segundo a empresa, é possível incluir baterias externas em todos os modelos, o que aumenta consideravelmente o tempo de autonomia. Os equipamentos têm saída bivolt chaveada que possibilita ao usuário escolher a tensão nas tomadas de saída (115 ou 220 V). Oferecem comu-

nicação inteligente USb e oito tomadas tripolares, indicadas principalmente para configurações que necessitam de maior potência ou autonomia. De acordo com a fabricante, as linhas oferecem proteção contra subtensão, sobretensão, curtos-circuitos, sobrecarga e bateria baixa, condicionando a rede elétrica e atenuando ruídos e picos de tensão. www.tsshara.com.br SENSOR PARA ÁREAS Ex A Abb lançou no brasil o ABB Ability Smart, um sensor para áreas classificadas, capaz de monitorar motores elétricos e bombas instalados em atmosferas explosivas. O sensor inteligente sem fio monitora os principais parâmetros para fornecer análises detalhadas sobre o

desempenho e a integridade de ativos, como motores e bombas. Segundo a empresa, equipamentos instalados em locais de difícil acesso ou perigosos podem ser monitorados com segurança à distância, e o equipamento permite combinar conectividade e análise de dados, facilitando as atividades de manutenção, reduzindo o tempo de inatividade e estendendo a vida útil do equipamento. O ABB Ability Smart Sensor para áreas classificadas oferece longa vida útil da bateria, é vedado com uma classificação IP66/67 e pode ser montado diretamente no equipamento com rapidez usando um suporte de montagem simples, garante a companhia. O equipamento se comunica com smartphones, tablets, PCs e gateways da planta usando bluetooth

ou WirelessHART de baixa energia. Outra diferencial, de acordo com a empresa, é a maior sensibilidade a pequenas mudanças nas condições do equipamento, incluindo aviso prévio de danos aos rolamentos. O sensor possui os certificados ATEX, IECEx e NEC500, para área classificada (Zona 0, Zona 20, Classe | Divisão | e Classe 2 Divisão I). https://new.abb.com/br/ empresa/negocios/motion

REFLETORES LED Os refletores LED, lançados recentemente pela Tramontina, são destinados às instalações externas e indicados para iluminar áreas de paisagismo, como jardins verticais, áreas de lazer, quadras esportivas, estacionamentos, quintais, trilhas e árvores, além de fachadas de edificações. Disponíveis em quatro potências (30, 50, 100 e 150 W), na cor branca, os refletores LED possuem grau de proteção IP65 (à prova de poeira e protegido contra jatos fortes de água) e contam com válvula de alívio, que evita a condensação de

umidade na parte interna do vidro, garantindo, segundo a empresa, sua integridade e durabilidade. Os modelos são multitensão (para locais onde a tensão varia entre 100 e 240 V) e garantem um fluxo luminoso de até 13500 lumens, com rendimento de 90 lm/W. Contam com driver de LED incorporado de alta eficiência. O equipamento possui corpo feito de alumínio e conta com difusor de vidro, que favorece a dissipação de calor, além de ângulo de abertura de 120°, que permite distribuição da luz de forma mais homogênea. Além disso, apresenta índice de reprodução de cores (IRC) superior a 80 e não emite radiação ultravioleta ou infravermelha. www.tramontina.com.br



TODA VIA O AVANÇO DAS CHAVES FUSÍVEIS POLIMÉRICAS RICARDO S. DA SILVA

n

os últimos anos vem acontecendo um crescimento exponencial dos polímeros nas redes de distribuição de energia. De início com os pararaios, em meados dos anos 1990, que antes tinham em seu corpo isolante fabricado em porcelana, e depois com os isoladores de ancoragem, mais para o final daquela década. Hoje rapidamente ganham espaço no cenário mundial as chaves fusíveis poliméricas, que possuem características elétricas

Comparação chaves fusíveis 15 kV: porcelana vs. polimérica Porcelana

Polimérica

Distância de escoamento (mm)

Parâmetro

240

363

NBI (kV)

110

125

Peso (kg)

3,6

2,8

De início, por causa do seu custo mais elevado e menor disponibilidade de fabricantes, a chave polimérica sofreu certa resistência no mercado. Hoje em dia, no entanto, seus custos estão se aproximando dos das similares de porcelana e, por consequência, a demanda por chaves poliméricas vem aumentando rapidamente. Outro aspecto a ressaltar é que os limites em termos elétricos e de absorção de umidade (higroscopia do tubo porta-fusível) vêm tornando-se mais rígidos. Algumas das principais companhias elétricas já adotam normas internas especificando valores bem mais críticos para as chaves fusíveis atenderem, com distâncias de escoamento elétrico maiores e absorção da umidade do

“Chaves fusíveis poliméricas possuem melhores características elétricas e oferecem maior facilidade de transporte e instalação” melhores que as das chaves com corpo de porcelana e oferecem maior facilidade de transporte e instalação, por causa do seu menor peso. Essas propriedades garantem maior proteção da rede contra os agentes externos que provocam desligamentos, melhorando ainda as condições de segurança para operadores e transeuntes. As chaves fusíveis poliméricas foram introduzidas primeiro na América do Norte, onde as condições climáticas são mais severas e há alto índice de contaminação por poluição de todos os tipos. Nos últimos anos, observamos também no Brasil um aumento da utilização desse equipamento nas redes das principais companhias de energia elétrica. Ricardo S. da Silva é diretor da Epoxi-Life de Panama S.A.

70

EM MARÇO/ABRIL, 2021

tubo porta-fusível de até 1%, valores que em si já impedem a adoção de produtos de determinadas tecnologias. Em relação aos requisitos mecânicos, os isoladores das chaves com base de porcela-

na apresentam bom comportamento, contudo são mais frágeis e propensos a fraturas (ausência de ductilidade). Outro ponto de atenção reside no processo de cimentação das ferragens ao corpo cerâmico, que requer extremo cuidado. Já as bases fusíveis com corpo polimérico têm como estrutura um bastão em vibra de vidro, o que diminui o risco de quebra, e suas ferragens são grimpadas, ou seja, não há processo de cimentação. Para exemplificar, a tabela acima traz uma comparação das características dos dois materiais para uma chave fusível de 15 kV. Em sua evolução, as chaves fusíveis poliméricas apresentam mais um componente de polímero, o tubo porta-fusível com liner de silicone, enquanto os tubos tradicionais têm liner confeccionado em fibra vulcanizada (composto de papel + resinas, impregnado e enrolado por processo de vulcanização). Conforme mencionado, os requisitos das principais companhias elétricas hoje exigem nos ensaios de tipo uma menor absorção de umidade (higroscopia do tubo), cujo limite normatizado é de 6%. A tabela abaixo compara resultados de ensaios de higroscopia em nove amostras de tubos de fibra vulcanizada e nove amostras de tubos com liner de silicone, chamados de waterproof. Os números aqui expostos comprovam que a evolução dos materiais vem permitindo uma grande mudança nos componentes e no produto final chave fusível, assim aumentando o nível de isolação e proteção das redes de distribuição.

Ensaio de higroscopia do tubo porta-fusível Vulcanizada

Silicone

Amostra

Massa seca (g)

Massa úmida (g)

Absorção água %

Massa seca (g)

Massa úmida (g)

Absorção água %

01

16,09

16,93

5,22

15,16

15,25

0,46

02

14,79

15,57

5,27

15,28

15,32

0,26 0,40

03

16,08

16,96

5,47

15,05

15,11

04

16,70

17,42

4,31

15,06

15,12

0,40

05

16,27

16,94

4,12

15,44

15,48

0,26 0,33

06

16,70

17,61

5,45

15,38

15,43

07

15,94

16,78

5,27

15,37

15,44

0,46

08

16,85

17,82

5,76

15,13

15,19

0,40

09

16,35

17,02

4,10

15,00

Média

5%

15,14

0,93

Média

0,43%




PUBLICAÇÕES PUBLICAÇÕES Energias renováveis - O estudo Taking on tomorrow - The rise of circularity in energy, utilities and resources, elaborado pela PwC, aponta a possibilidade de economia por parte das empresas ao investir em energias renováveis, em um cenário de significativos aumentos na conta de luz. De acordo com o relatório, muitas companhias, principalmente do setor de energia, estão repensando seus modelos de negócios e ampliando o uso de energias renováveis, reciclagem, combustíveis fósseis, entre outros. A publicação identifica que, além de permitir uma atuação mais sustentável, o uso de recursos renováveis possibilita melhora do valor de mercado no caso de empresas de capital aberto. Entre os dados apresentados pelo relatório, destaca-se o cálculo da Bloomberg New Energy Finance, apontando que o hidrogênio renovável poderia ser produzido a custos entre US$ 0,7 e US$ 1,6 por quilograma na maior parte do mundo antes de 2050, tornando-o competitivo em relação aos atuais preços do gás natural no Brasil, China, Índia, Alemanha e Escandinávia em uma base de energia equivalente e mais barata do que produzir hidrogênio a partir de gás natural ou carvão com captura e armazenamento de carbono. O estudo cita empresas que aderiram à utilização de parcelas de recursos renováveis em suas matérias-primas e compromissos com a redução de emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, o estudo cita a produtora de biopolímero Braskem, que está produzindo plástico verde a partir

da cana-de-açúcar, o qual é 100% reciclável e usado por um número cada vez maior de empresas em todo o planeta. A análise indica que muitas barreiras técnicas devem ser superadas em breve e que matériasprimas já podem ser tratadas e recicladas a uma taxa de 65% a 70%. O estudo da PwC também indica que a produção à base de sucata tende a custar menos do que a

produção primária, sendo estratégico melhorar a coleta de sucata, recuperação, separação e classificação de material descartado. De acordo com os dados informados no material, a taxa global de coleta de sucata está atualmente em torno de 85%, com taxas de uso final variando de até 50% para aço de reforço estrutural até 97% para equipamento industrial. Para baixar o estudo Taking on tomorrow - The rise of circularity in energy, utilities and resources, basta acessar www.pwc.com/gx/ en/energy-utilities-mining/assets/pwc-therise-of-circularity-report.pdf. Segurança do trabalho - O livro Gestão plena de ativos físicos integrada com a segurança do trabalho, de autoria do

engenheiro eletricista e de segurança do trabalho Marcelo de Souza Moraes, publicado pela Editora Chiado Books, traz uma nova proposta de organização na condução de serviços de manutenção e construção. A publicação é fruto da experiência adquirida pelo autor durante a gestão de operações e manutenção nas Centrais Elétricas de Rondônia e também ministrando cursos de NR-10, onde identificou diversas dificuldades quando da execução de tarefas, da multiplicidade de ordenadores de serviços, inexistência de ordens de serviço e de diagramas elétricos, perda de dados operacionais, entre outros problemas nas empresas. O modelo de gestão proposto cria uma padronização de gerenciamento, com a apuração de dados mais consistentes e disponíveis on-line. A obra, de 142 páginas, conta com diversos capítulos que abordam uma breve história da NR-10, a legalidade da segurança, uma visão sobre as ordens operacionais, centro de operações, engenharia operacional, segurança do trabalho, operador, banco de dados, softwares de gestão de ativos, meios de comunicação, manutenção assistida, estrutura definida, prontuário elétrico, novos indicadores de desempenho, leis e normas atendidas, ciclo PDCA, modelos aplicados na indústria, modelos aplicados na construção civil, modelos aplicados em condomínios e conclusão. O livro está disponível para download na Universidade Abracopel: https://abracopel.org/universida de-abracopel/.

ÍNDICE DE ANUNCIANTES Accesso Infra ............................. 49 e 59 Alumi .....................................................5 Anglo Metais .......................................63 ASW ....................................................33 Balestro ...............................................31 Boreal ..................................................19 Cired ....................................................69 Clamper ...................................... 2a capa Edentec ...............................................17 Eletroteste ...........................................10 Embrastec ...........................................53 Exatron ..................................................8

Hellermanntyton ..................................61 Hércules Motores ................................21 Huawei ..................................................9 Inpol.....................................................60 Kanaflex ..............................................23 Kit Acessórios .....................................50 Mitsubishi ............................................27 Momberg .............................................57 MR .......................................................62 Novemp ...............................................13 PCR ..................................................... 51 Politerm ...............................................58

Reichenbach .......................................29 Senner .................................................52 SEW ....................................................65 Steck ...................................................37 Takafer ................................................58 Toroid ..................................................52 Trael ....................................................55 Vepan ......................................... 3a capa Vgrow ..................................................15 Weg .....................................11 e 4a capa Yaskawa ..............................................35

MARÇO/ABRIL, 2021 EM

73


MOMENTO O descasO cOm O cOnsumidOr PaulO ludMEr

e

m política energética, transparece a falta de definição e planejamento do que pretende ser o Brasil. Porém, evidencia-se o descaso com o primado do consumidor regendo essa política pública. Não dominam as metas nacionais a máxima disponibilidade, a melhor qualidade e a competitividade de nossa sociedade. Os riscos do setor energético são descaradamente repassados ao consumidor, além de preços finais e qualidades deploráveis. O diálogo oficial em Audiências Públicas não se tem destacado como satisfatório, e os conselhos de consumidores das empresas ofertantes de energia, idem.

adoção de baterias em apoio à geração solar intermitente. Há décadas denuncio em vão os absurdos da Conta de Combustíveis a Compensar (CCC), que somou R$ 8 bilhões em 2021, a qual todos os consumidores no Sistema Interligado Nacional pagam em suas faturas mensais de energia elétrica para subsidiar a geração a hidrocarbonetos nos sistemas isolados. Inexiste modo consistente de eliminar essa excrecência poluidora e vulnerável a malfeitos (serrarias, caminhoneiros, motores de barcos, prefeituras, suspeitas de permanecer de olho nos comburentes). Governadores não abdicam dos impostos que cobram sobre essa logística, enquanto bancadas legislativas são pressionadas por este enorme contingente de interesses. Há uma lista de 211 localidades beneficiárias. Gasta-se mais diesel levando o próprio até elas do que de fato

“Os riscos do setor energético são descaradamente repassados ao consumidor, além de preços finais e qualidades deploráveis.” Vê-se todo o tempo, há décadas, agentes dessa cadeia de serviços digladiando-se por auferir mais renda, pagar menos impostos, socializar prejuízos, capturar dinheiro subsidiado, estigmatizar o controle da propriedade se estatal. Muitas vezes varrem seu lixo para debaixo do tapete do vizinho. O jornalista Nicola Pamplona, da Folha de São Paulo, em 28 de fevereiro de 2021 pega a questão na nervura (“Gerador solar e térmica a óleo travam disputa pela Amazônia”), adicionando o gás natural na peleja e a Paulo Ludmer é jornalista, engenheiro, professor, consultor e autor de livros como Derriça Elétrica (ArtLiber, 2007), Sertão Elétrico (ArtLiber, 2010), Hemorragias Elétricas (ArtLiber, 2015) e Tosquias Elétricas (ArtLiber, 2020). Website: www.pauloludmer.com.br.

74 EM MARÇO/ABRIL, 2021

queimam. Há um suspicaz descontrole de quantos litros em cada planta resultam em quantos kWh utilizados, facilitando desvios; e os lobbies da energia solar e gasógena ainda terão de enfrentar a crescente evolução dos geradores com resíduos sólidos, lixos urbanos e biogás. Na rubrica resíduos sólidos, sempre alguém erguerá a voz contra a perda de função dos catadores (os camarões urbanos), detendo até mesmo a educação pela reciclagem amplamente desenvolvida em algumas nações europeias. No item biogás, nosso gado amazônico não é estabulado para a coleta de detritos animais, nem a região se tornou produtora de gelatinas comestíveis e industriais. Mas,

certamente, haverá encrenca nesta direção potencialmente ofertante de biogás, mesmo nos lixões das cidades médias do Norte. Entrementes, sempre deve-se lembrar que o lobby nuclear se mantém por ora em silêncio nesta selva. Todos agentes pleiteiam subsídios cruzados ou não; prazos de carência e créditos baratos; renúncias fiscais (PIS-Cofins e CSSL) pelo menos na obra; ICMS de tesouros estaduais e ISS municipais; extensão de prazos de concessão e de outorga quando imprevistos se apresentam; cobram, se possível, centrais de geração compartilhadas; ativos de conexão ao SIN pelas quais pagam somente um pedágio, etc. Sobretudo, os agentes requerem equilíbrio econômico ao longo da vida do empreendimento assegurado pelo Ente Regulador, mesmo se necessário às custas de tarifas e encargos para os usuários finais. A questão ambiental tem outra abordagem porquanto desastres climáticos atingem todas as camadas sociais, todos os níveis de renda, todas as atividades de qualquer natureza na sociedade e na economia. De novo, o poder de mercado faz um discurso envolvente, somente possível porque defende irretorquivelmente seus interesses, confundidos, com justeza ou não, com a preocupação do mapa global. Pamplona traz da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) o fato de que em 2019 as localidades isoladas da Amazônia expeliram 2,87 milhões de toneladas de gás C02, queimando diesel em geração elétrica, o que equivale à emissão total de Recife em 2015. A rigor, aqui não está o arroto de C02 de 1 metro cúbico diário de cada uma das dezenas de milhões de cabeças pastando na região sob queimadas. A EPE planeja um leilão de energia nova para a região em abril próximo. Os candidatos são majoritariamente geradores a diesel. Os comandos legais não são escritos para homens de boa vontade, mas para animais empreendedores (como diz o professor Delfim Netto). A intimidação na região não é para amadores.


Características

futuro.

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