Resumo - Grupos Ciclo

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Resumos dos grupos participantes do

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o Ciclo de Avanços

em ClĂ­nica Psiquiatrica

15 de junho de 2019 / Sheraton Porto Alegre Hotel

2019 2020 2021



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Ciclo de Avanços em Clínica Psiquiatrica

Burnout, Ansiedade e Depressão: os Fatores Institucionais como Promotores de Risco e Resiliência

15 de junho de 2019 Sheraton Porto Alegre Hotel O aumento das taxas de burnout e depressão nos profissionais da saúde, apesar da crescente conscientização sobre o problema, tem sido descrito como um fenômeno epidêmico. Uma das questões levantadas é que o foco tem sido a resiliência individual, mas os fatores institucionais que contribuem com esse cenário ainda são pouco explorados. Avanços na medicina, aumento exponencial da informação disponível, mudanças na economia, políticas de saúde, bem como ferramentas como o WhatsApp, aumentam a expectativa de disponibilidade destes profissionais. Traços de personalidade “típicos” dos médicos e outros profissionais de saúde como perfeccionismo, compulsão, excessiva disponibilidade para o trabalho e autojulgamento, juntamente com expectativas da sociedade e instituições, ainda pautadas pela cultura do “superdoutor”, colocam os profissionais sob risco extremo. É preciso abrir as portas para pesquisas e debates acerca de valores que muitas vezes

COORDENAÇÃO:

Ana Margareth Siqueira Bassols e Simone Hauck

representam o “jeito que as coisas sempre foram”, e que, embora confiram uma idealizada sensação de segurança, não mais se sustentam no mundo atual.


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Biomarcadores e a sua Associação com o Transtorno Depressivo Maior e Risco de Suicídio

15 de junho de 2019 Sheraton Porto Alegre Hotel Padrões e ativação inflamatória associados à depressão promovem a sobrevivência em ambientes altamente patogênicos. Porém, o corpo monta uma resposta imune não contra um patógeno, mas contra uma ameaça à autoestima do sujeito. Esse comportamento anormal e essa cognição perturbada, muitas vezes assumidos como representantes de uma doença psiquiátrica, podem, na verdade, resultar de alguma forma de doença cerebral orgânica oculta que pode ser detectada por meio de biomarcadores. Em psiquiatria, os biomarcadores poderiam ser usados para apoiar a presença ou ausência de doenças específicas (biomarcadores diagnósticos), fornecer tratamento individualizado (biomarcadores de tratamento), medir o progresso do tratamento

COORDENADORES:

Diana Kuhn, Rafael Moreno Ferro de Araújo e Ronaldo Rodrigues de Oliveira

(biomarcadores de resposta ao tratamento) e prever o aparecimento de futuras doenças (biomarcadores preditivos).


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Transtornos do Humor e Microbiota

15 de junho de 2019 Sheraton Porto Alegre Hotel A associação entre a microbiota intestinal e o processo de saúde e doença tornou-se evidente nos últimos anos, sendo uma área de pesquisa em constante evolução. O microbioma do trato gastrointestinal é caracterizado pelo maior reservatório de microrganismos no corpo. Muitas doenças metabólicas e neurodegenerativas podem ser desencadeadas por conta do desequilíbrio

COORDENAÇÃO:

Flávio Milman Shansis e Juliana de Castilhos

(simbiose) da microbiota intestinal, uma vez que é o principal local de absorção de nutrientes e também de substancias toxicas. Diversos avanços nesse campo relacionam as doenças neurodegenerativas e os transtornos psiquiátricos às alterações no microbioma, tornando-o um alvo potencial para novos tratamentos antidepressivos. A utilização de psicobióticos (qualquer substancia que pode exercer um resultado psicológico que seja mediado pelo microbioma é considerado um psicobiótico ou com propriedades psicobióticas) pode favorecer a multiplicação de bactérias benéficas no intestino e contribuir como tratamento adjuvante nas doenças relacionadas ao estresse. As evidencias recentes demonstram que certas espécies bacterianas possuem atividade “psicobiótica”, e podem afetar positivamente os aspectos do humor e da ansiedade, e, assim, auxiliando no alivio ou atenuação de sintomas depressivos ou de ansiedade, por exemplo. Além disso, muitos trabalhos também sugerem que a qualidade da dieta pode ser um fator de risco modificável para a doença mental. Portanto, a pesquisa nesta área oferece a promessa de uma nova abordagem medica, tanto para a prevenção quanto para o tratamento de desordens mentais que respondem pela principal carga global de incapacidade.


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Vivências Psíquicas da Maternidade

15 de junho de 2019 Sheraton Porto Alegre Hotel Maternidade precoce, desejada, tardia, muito aguardada, nunca imaginada. Acompanhada, solitária, lotada ou comunitária. Naquela carreira brilhante, desempregada, ou apenas em casa. Nas certezas tranquilizadoras do antes, ou no inseguro abismo do pós. Na Fartura do leite materno, na falta dele, na fórmula fantástica!

COORDENAÇÃO:

Sheila Vardanega e Jerônimo Mendes Ribeiro

Na saúde, na doença. Da mãe, do bebê. Na Doença Mental. Com chá, com psicotrópicos ou no seco. No Facebook, ou no face to face. No Blues ou na 5a sinfonia de Beethoven! Quais aventuras guarda a maternidade para suas corajosas cobaias? Como podemos ajudá-las nesse projeto? Venha pensar conosco!


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Keith Richards: Sexo, Drogas, Rock’n Roll e Longevidade

15 de junho de 2019 Sheraton Porto Alegre Hotel A longevidade crescente de nossa população traz alguns desafios sociais e médicos. A saudável sexualidade longeva é tema ainda delicado, mas sempre relevante. A transexualidade e seus vários desdobramentos já compõem um tema que se encaminha para ser ancião. O Rock’n’Roll é claro que nunca morrerá, apesar de ser dado cultural muito idoso, mas a atitude Rock’n’Roll cobra seu preço em idosos como Keith Richards. Infelizmente, álcool, tabaco e outras

COORDENAÇÃO:

Carlos Alberto I. Salgado Eduardo Hostyn Sabbi Maria Inês Lobato

drogas envelhecem sem uma solução médico-social radical. Em conjunto, esse intrincado de Sexo, Drogas, Rock’n’Roll e longevidade desafia os componentes do grupo. Discutem-se vias harmônicas para o complexo pacote de questões psiquiátrica envolvidas. O debate será barulhento!


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Disfunções Sexuais Induzida pelos Psicofármacos

15 de junho de 2019 Sheraton Porto Alegre Hotel Transtornos psiquiátricos (depressão, bipolaridade, esquizofrenia, etc) podem impactar negativamente a sexualidade de muitos pacientes. O tratamento de tais transtornos muitas vezes pode melhorar sintomas sexuais; no entanto, os próprios psicofármacos foram associados a efeitos colaterais sexuais. Apesar do aumento da educação sexual e maior liberdade, tabus de longa data persistem e muitos pacientes continuam se constrangendo ao levantar a questão da dificuldade sexual com seu médico. Avaliar o funcionamento sexual antes e no decorrer do tratamento é de extrema importância. Para isso, o uso de escalas

COORDENAÇÃO:

Cláudia Quadros

estruturadas auxiliam o médico psiquiatra com melhor detecção de disfunção sexual . A resposta sexual é mediada por vários neurotransmissores (dopamina, serotonina, acetilcolina e óxido nítrico) e hormônios (prolactina e testosterona), em estruturas cerebrais específicas (por ex: hipotálamo, sistema límbico e córtex). A fase do ciclo de resposta sexual (desejo, excitação, orgasmo) específica afetada e o grau de severidade dos sintomas são influenciados pelo tipo e número de receptores direcionados por medicações individuais. A disfunção sexual pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas, na qualidade de relacionamento, na autoestima e recuperação, podendo levar a não-adesão ao tratamento com potencial para recaída dos sintomas. O tratamento, nesses casos, implica medidas farmacológicas e não farmacológicas.


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A Interface entre Obesidade e o Transtorno da Compulsão Alimentar: Abordagens Integradas COORDENAÇÃO:

Maria Angélica Nunes

15 de junho de 2019 Sheraton Porto Alegre Hotel O Transtorno da Compulsão Alimentar (TCA) é o mais prevalente dos transtornos alimentares (2-4%) atingindo igualmente homens e mulheres. O curso é crônico e com frequentes recaídas. O excesso de peso atinge mais de 56% dos adultos latino-americanos, em comparação com uma média mundial de 34%. Afeta principalmente os mais pobres, e sobrecarrega o sistema de saúde pública. Atinge crianças, adolescentes e adultos. Atualmente, as estratégias de tratamento da obesidade e do TCA são realizadas separadamente. A abordagem conjunta pode ser benéfica. A maioria dos pacientes com TCA apresenta sobrepeso ou obesidade. A obesidade apresenta vários riscos médicos associados, incluindo diabetes mellitus, hipertensão, osteoartrite e determinadas formas de câncer, entretanto a redução de peso de 5 a 10% se mantida, pode produzir benefícios importantes. Por razões médicas e psicológicas, a maioria dos pacientes com TCA deseja perder peso, a estabilização deste e o aumento da autoestima. Existe um aumento dos níveis de psicopatologia geral nas pessoas com TCA entre elas, a depressão, a ansiedade, a raiva e a impulsividade. O objetivo comum do tratamento seria a promoção de saúde para ampliar o conhecimento e mudar os comportamentos na prevenção de doenças. Na abordagem integrada ambos os transtornos são considerados como uma doença associada e busca comunicar mensagens comuns que são relevantes para ambas as áreas, tais como a imagem corporal negativa e comportamentos inadequados de controle de peso. Também deverá abordar os fatores de risco para o espectro de problemas relacionados com o peso e promover comportamentos de proteção.


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Refugiados e Imigração Forçada: qual o Papel do Profissional de Saúde Mental COORDENAÇÃO:

Lucia Helena Freitas e Carlos Augusto Ferrari

Estatua de Bruno Catalano que simboliza o vazio que se produz na pessoa obrigada a abandonar sua casa, sua vida e sua terra por qualquer razão.

15 de junho de 2019 Sheraton Porto Alegre Hotel De acordo com Santana e Neto (2004), o termo “refugiado” é, frequentemente, relacionado “a qualquer pessoa que tenha sido forçada a abandonar o seu país de origem” (p.166). Contudo, os autores afirmam que esta nomenclatura restringe-se, principalmente, a sujeitos que por razões de raça, nacionalidade, grupo social, religião ou política, se vêem ameaçados em seu próprio país e são impelidos a buscar abrigo em outra nação. Como lembra Galina et. al (2017), em 2015, as migrações forçadas1 alcançaram 65,3 milhões de pessoas e, cada vez mais, o Brasil vem sendo impactado por esse fluxo migratório internacional. Através de dados divulgados pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), é possível perceber o volume desses movimentos, que até o final de 2017 totalizaram em 10.145 reconhecimentos oficiais da condição de refugiado. Foi o maior número solicitações no Brasil, dentre as quais os venezuelanos representam mais da metade dos pedidos (17.865), seguidos dos cubanos (2.373), dos haitianos (2.362) e dos angolanos (2.036). Os estados com mais requisições de registro são Roraima (15.955), São Paulo (9.591) e Amazonas (2.864). Ademais, com o processo de interiorização, o Rio Grande do Sul tem se tornado mais um local de acolhimento e identificação para essas pessoas. A lei Brasileira, no que se refere ao direito de asilo para imigrantes forçados, é considerada modelo. De acordo com Santana e Neto (2004), o governo deve conceder aos refugiados o visto de entrada, a proteção e a documentação necessária2. Contudo, apesar das demandas jurídicas darem conta do processo de cidadania de um grande número desses sujeitos, as vivências traumáticas que justificam tais deslocamentos, ainda carecem de maior cuidado por parte dos profissionais da área da saúde mental. As experiências que conduzem estrangeiros a abandonarem seus lares em busca de uma nova vida em uma outra pátria, não podem ser negligenciadas. Tais mudanças, comumente, envolvem fatores com potencial para desencadear desordens mentais/emocionais. Violência, tortura, massacres, morte de familiares e amigos, fome e perda de bens são as circunstâncias às quais muitos refugiados ficaram expostos. Ademais, também é frequente nessa população o choque sociocultural frente ao país de refúgio (Galina et.al, 2017). A súbita e involuntária necessidade de se afastar de casa, convida aos imigrantes a deixaram para trás muito do que, até então, fundamentava suas identidades. Essas rupturas, somadas à dificuldade de uma nova língua, tendem a desencadear um sofrimento psicológico intenso que merece a atenção, sobretudo, de psicólogos e psiquiatras. Galina et. al (2017), afirma que diversos autores vêm estudando as consequências da situação de refúgio na saúde mental e apontando as associações entre traumas no processo migratório, condições de vulnerabilidade e transtornos mentais. Assim, percebe-se a importância do desenvolvimento de mais serviços de saúde mental direcionados a esse público específico. Considerando as características subjetivas dos sujeitos em questão - os refugiados - conclui-se que para compreender e atender suas demandas psicológicas de forma mais profunda e efetiva, é importante buscar um embasamento teórico, bem como desenvolver mais pesquisas a respeito do tema. Para tanto, este grupo de estudos nomeado de “Imigração forçada: qual o papel do profissional de saúde mental?”, é aberto para profissionais e estudantes interessados no assunto, e propõe-se como um espaço científico de investigação psicanalítica, que visa aprimorar e promover o cuidado em saúde mental com sujeitos submetidos ao processo de imigração forçada. Sinônimo para o deslocamento de refúgio Documento de identidade, cadastro de pessoa física (CPF) e eventualmente passaporte, carteira de trabalho e previdência social" (Santana e Neto, 2004, p.168).

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Espiritualidade e “Human Flourishing”: Evidências Científicas e Novas Perspectivas para Psiquiatria COORDENAÇÃO:

Bruno Paz Mosqueiro, Anahy Fonseca e Lorena Caleffi

15 de junho de 2019 Sheraton Porto Alegre Hotel A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como “estado de completo bem-estar físico, mental e social”. Dentro desta perspectiva mais ampliada de saúde, também na psiquiatria diversas iniciativas tem proposto o estudo de fatores capazes de promover saúde mental, aprofundando o estudo daqueles relacionados ao desenvolvimento e florescimento dos potenciais do ser humano. Recente iniciativa da Universidade de Harvard (The Human Flourishing Programa at Harvard University, T.H. Chan School of Public Health) tem contribuído com a revisão de evidências e desenvolvimento de estudos para compreensão desses determinantes, incluindo desfechos como bemestar, felicidade, crescimento pessoal, propósito, virtude, sentido existencial e espiritualidade. O objetivo deste grupo é revisar os estudos e pesquisas científicas sobre o tema, integrando-os com conhecimentos recentes sobre psiquiatria positiva, mindfulness, espiritualidade e saúde mental, felicidade na infância e adolescência, e o impacto de experiências espirituais e do sagrado na vida e na prática clínica em psiquiatria e psicoterapia.


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Da Narrativa Médica à Medicina Narrativa: Aplicações da Interface Literatura & Medicina na Psiquiatria

15 de junho de 2019 Sheraton Porto Alegre Hotel O Programa de Medicina Narrativa da Columbia University de Nova Iorque foi criado em 2000 pela médica norte-americana Rita Charon, também com formação em literatura. Baseia-se na interface Medicina & Literatura, uma das áreas das Medical Humanities. A Medicina Narrativa per se vem ganhando papel cada vez maior na formação dos médicos: através de encontros de leitura de literatura ficcional, os alunos são treinados na prática do “Close Reading”, uma espécie de leitura dirigida que aumenta a atenção e, como resultado, conduz à melhora da capacidade de escuta atenta à narrativa do paciente. Práticas como essas desempenham, no aluno de Medicina e no profissional médico, o desenvolvimento cada vez maior de competências como a empatia, a sensibilização para a escuta e a compreensão de metáforas. Um dos principais resultados é a melhora da adesão ao tratamento. O presente grupo aborda a Medicina Narrativa aplicada à Psiquiatria: uma das

COORDENAÇÃO:

Betina Mariante Cardoso

participantes integra a Bioética à Literatura na discussão de casos complexos; para outra colega, a Pesquisa entra em cena, no estudo das evidências atuais sobre os benefícios das Humanidades Médicas; uma das participantes integra a Psiquiatria e a Literatura na abordagem do “paciente como narrativa”; em outro estudo do grupo, o processo de leitura literária é compreendido pela ótica da Medicina Narrativa: a partir do “Close Reading”, discute-se a melhora da empatia pela leitura e os resultados na comunicação médico-paciente. Há também outras propostas da interface Literatura & Psiquiatria para futuras aplicações, como o estudo das narrativas médicas presentes na Fenomenologia Psiquiátrica.


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O que Winnicott tem a Dizer aos Desafios da Prática Psicoterápica Atual

15 de junho de 2019 Sheraton Porto Alegre Hotel A psicoterapia de orientação dinâmica ancora-se em diferentes modelos psicanalíticos de mente que vem se desenvolvendo ao longo dos 120 anos da história da psicanálise, buscando a compreensão do funcionamento da vida mental e meios de acessá-la. Os constantes desafios que a clínica nos aporta remete à necessidade de revisão dos modelos vigentes, seus alcances e insuficiências. O reconhecimento cada vez maior de fenômenos primitivos de mente na origem do sofrimento humano, e que não se beneficiam com as abordagens clássicas, ampliaram o interesse e foco de diferentes psicanalistas no seu estudo. Winnicott destaca-se entre estes. Sua compreensão dos fenômenos iniciais da estruturação mental e seus desvios legou um corpo teórico e técnico

COORDENAÇÃO:

Gisha Brodacz

fundamental para a compreensão e trabalho psicoterápico, considerando os diferentes níveis de estruturação psíquica, dos mais primitivos aos mais desenvolvidos.


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Psiquiatria Positiva, Auto-Regulação Emocional e Realidade Virtual

“A psiquiatria positiva é um movimento emergente que rompe com a tradição clássica de “diagnosticar e tratar”, lançando um olhar para além daquilo que é “negativo”. Não visa competir com abordagens já respaldadas pela ciência, mas pretende desenvolver ferramentas para gerar bem estar e resiliência, potencializando as forças e virtudes individuais e buscando a auto-transcendência e o “florescimento” do homem. Poderíamos afirmar que, de certo modo, revisita-se filosofias antigas que pregavam que a vida virtuosa poderia trazer a chamada felicidade. Aristóteles desconhecia a “autoregulação emocional” quando afirmou que “O equilíbrio é a perfeição”, mas certamente ele o consideraria um atributo importante. Notamos que, em nossos consultórios, pacientes que naufragam em suas tempestades, apresentam dificuldades para gerenciar suas emoções, inibir impulsos e comportamentos irracionais. Juntamente

COORDENAÇÃO:

com seus sintomas psiquiátricos, revelam prejuízos e sofrimento profundo.

André Schuh e Felix Kessler

Ao longo do século XX, o aprimoramento tecnológico trouxe à humanidade o aumento da expectativa de vida, lazer, conforto e mudanças radicais na sociedade. Contudo, cabe admitirmos que a tecnologia não tornou nossas vidas psíquicas mais balanceadas e sãs. Este é um caminho audacioso e promissor. Convidamos os colegas a vislumbrar, com curiosidade crítica, as possibilidades que a Realidade Virtual traz em benefício da autoregulação emocional. A Realidade Virtual, ao permitir que o usuário interaja ativamente em um ambiente digital, abrindo infinitas possibilidades, quase como a vida onírica, atrai a atenção de cientistas do comportamento ao redor do mundo. Simulando, ensinando e interagindo com o sistema cognitivo-emocional, a Realidade Virtual apresenta-se como um novo laboratório do comportamento humano. Convidamos a todos a conhecer os potenciais Psicoterapêuticos desta abordagem futurística e promissora para o campo da Psiquiatria. Obs: recomendamos fortemente que assistam o filme Jogador No 1, de Steven Spielberg (2018), para inspirar o debate! “

Michal Bednareck

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15 de junho de 2019 Sheraton Porto Alegre Hotel


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Nós psicoterapeutas e o pensamento fanático

15 de junho de 2019 Sheraton Porto Alegre Hotel O grupo se propõe a estudar o pensamento fanático, suas raízes e formação. O fanatismo está dentro de cada um de nós, não está somente ligado a política e as religiões, existe nas relações humanas, dentro das instituições, e na relação terapeuta/paciente. E é preciso ser entendido por diversos ângulos. Vamos pensar a intolerância e o pensamento fanático do ponto de vista

COORDENAÇÃO:

Idel Mondrzak

psicanalítico, já que é essencial que possamos manter a capacidade reflexiva em todos os âmbitos da vida, pois é fundamental para nossa prática psicoterápica.


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