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Nota de Abertura

eSperança

José Monteiro

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É tradição, por nós aceite como normal, que na noite de passagem de ano ao soar as doze badaladas, que determinam o fim do ano velho e o início do novo, façamos um brinde com champanhe acompanhado das doze uvas passas da praxe com todos aqueles familiares e amigos que nos rodeiam. Este ano não foi exceção, e pese embora o facto, de o ano velho não nos deixar nenhumas boas recordações, isso não nos coibiu de cumprirmos mais uma vez a tradição.

E assim ao ingerirmos as uvas passas formulamos uma dúzia de desejos para o novo ano, na expectativa, e na esperança que estes se venham a tornar realidade.

Eu não fugi à regra, e por isso vou hoje aqui partilhar convosco alguns dos meus desejos que eu gostaria de ver concretizados, e que são:

Que esta terrível pandemia que assola a Humanidade acabe rapidamente, e que as vacinas que estão a ser ministradas em massa a nível mundial, nos permitam atingir a tão almejada imunidade de grupo.

Que os aviões voltem a voar ao ritmo e intensidade de antigamente, aumentando a mobilidade das populações, dinamizando assim, o turismo em geral, e consequentemente todas as atividades económicas que gravitam à sua volta, entre os quais como é obvio o setor dos táxis para que assim possamos continuar a resistir a esta crise económica.

Que o setor desenvolva um espírito de coesão e união, e que consiga rentabilizar os seus meios logísticos, humanos e materiais em torno de projetos de verdadeira dimensão nacional, que venham a ser, para este, uma mais valia.

Que as companhias de seguros, atendendo ao facto de os táxis cada vez percorrerem menos quilómetros, tenham um rebate de consciência e baixem os seus prémios de seguros para níveis aceitáveis e consentâneos com esta nova realidade.

Que o governo, aproveitando as conclusões do grupo de trabalho, legisle nomeadamente, em termos de organização de mercado de molde a que, o nosso setor seja dinamizado e se torne concorrencial com as novas realidades sem nunca perder de vista uma rentabilidade que nos permita viver com dignidade e de forma sustentável.

Que o mesmo governo legisle no sentido de nos ser permitido novamente o transporte de doentes do Serviço Nacional de Saúde que não precisem de viajar acamados, e que simultaneamente desobrigue os profissionais de táxi dos cursos de formação para o Transporte Coletivo de Crianças, tanto mais que, os trabalhadores de pessoas coletivas, de utilidade pública, sem fins lucrativos, estão dispensados desta formação ao conduzirem veículos até nove lugares, situação esta que é no mínimo injusta para os profissionais de táxi.

Que a carga horária da formação inicial de motoristas de táxi seja reduzida para níveis aceitáveis, ou seja 50 horas a exemplo daquilo a que estão obrigados os motoristas dos TVDE, tanto mais que os candidatos nascidos a partir de 01/01/1995, o IMT está a exigir 12 anos de escolaridade.

Já quanto à renovação do Certificado de Motorista de Táxi, desejo que esta ação possa vir a ser realizada com um único dia presencial.

Quanto aos profissionais, desejo e faço votos que alguns deles reflitam nos seus comportamentos e atitudes de molde a que a sociedade em geral veja no motorista de táxi um amigo, que não é nunca, a fonte dos problemas, mas sim aquele que os ajuda na resolução dos mesmos.

Foram estas algumas das reflexões de fim de ano que eu tive, para além de outras de índole privada, estas para partilhar com os meus mais chegados.

Para terminar quero-vos expressar o meu sentimento de Esperança, pois acredito que depois da tempestade a da borrasca virá mais tarde ou mais cedo a bonança. Tenhamos Fé.

BOM ANO