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Pandemia e os seus efeitos colaterais

José Monteiro

Quando em 18 de março do ano transato, o Presidente da República Prof. Marcelo Rebelo de Sousa decretou o estado de emergência em todo o território nacional, em consequência da rápida evolução em todo o mundo da pandemia COVID-19, com especial incidência na Europa, longe estávamos nós, de imaginar o efeito destruidor que esta calamidade iria ter na nossa vida, bem como na economia global a nível mundial.

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Primeiro, porque esta geração não tinha ainda vivido nada semelhante, e em segundo lugar, porque acreditávamos na ciência e nos cientistas para combatermos com rapidez e eficácia este malfadado vírus.

Quase um ano e meio depois, conseguimos perceber que esta pandemia teve efeitos devastadores na economia mundial, bem como no nível de emprego em todo o planeta, e mais terrível do que isso, já ultrapassou, infelizmente, mais de quatro milhões de mortos, alguns dos quais meus amigos.

Enfim, é uma guerra sem quartel, contra um inimigo invisível e para a qual todos temos que estar alerta e mobilizados.

Exposto este meu introito, quero agora em simultâneo convosco, refletir sobre o impacto que esta crise sanitária teve no nosso setor, e começar desde já por afirmar, que a diminuição dos nossos serviços prestados não foi sentida de forma homogénea a nível nacional, tanto mais que existiram e continuam a existir várias condicionantes que determinaram este facto, e que foram como todos sabem, a diminuição da lotação dos táxis enquanto transporte público, o confinamento geral derivado das sucessivas prorrogações do estado de emergência, o fecho das escolas, bares, restaurantes, estabelecimentos de diversão noturna, hotéis, o cancelamento dos festivais e arraiais populares, e por último a diminuição do trafego aéreo que levou à quase ausência de turistas e visitantes no nosso país.

Foram todos estes fatores acima descriminados, que nos levaram a uma crise sem precedentes, e que infelizmente teima em persistir.

Contudo, como referi acima, esta brutal retração dos serviços por nós prestados não foi igual em todo o território, e aqui estou-me a referir muito particularmente a algumas zonas e cidades que viviam basicamente do turismo, da ocupação hoteleira, dos espaços noturnos e da animação gerada por estes, assim como dos milhares de visitantes proporcionados pelos grandes eventos.

Estas zonas e cidades, pela apetência económica que geram, para além de todos estes fatores negativos, tiveram e continuam a ter a concorrência agressiva e muito desregulamentada das plataformas digitais, que só operam basicamente nas zonas de mais apetência comercial.

Esta situação veio a traduzir-se num efeito arrasador na rentabilidade dos transportadores em táxi.

Exemplo disso, foram as cidades de Lisboa, Porto, Coimbra e toda a zona Algarvia.

Assim, é neste desagradável contexto que só nos resta sermos resilientes, acreditando que melhores dias virão, e que a campanha de vacinação a nível mundial, aliada ao esforço da nossa task force a nível nacional, vá permitir o mais rapidamente possível atingirmos a tão almejada imunidade de grupo, e consequentemente, ao aliviar das medidas restritivas decretadas pelos mais variados países.

Só assim caríssimos companheiros é que os aviões voltarão a voar com intensidade, os turistas voltarão a aparecer, a atividade económica se reativará, e será expetável nós voltarmos a trabalhar em termos similares ao passado recente.

Até lá, vamos acreditar e lutar na Esperança de que melhores dias virão.

Saudações Associativas

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