Baixo Guandu foi uma das cidades atingidas pela maior catástrofe ambiental da história do Brasil. As toneladas de rejeitos de minério em forma de lama que inundaram o rio Doce, a partir de 5 de novembro, praticamente aniquilaram flora e fauna ao longo do percurso do rio, trazendo uma grande preocupação sobre como será feita esta recuperação. A Samarco Mineração que é controlada pela Vale e pela BHP australiana, é a responsável por esta tragédia, sendo compelida de imediato a depositar R$ 1 bilhão para arcar com os prejuízos e falase num fundo de R$ 20 bilhões, em avaliação na Justiça, para socorrer milhares de famílias afetadas pela lama e recuperar o rio Doce. Vinte pessoas morreram no rompimento da barragem e dezenas de cidades foram afetadas – no Espírito Santo: Baixo Guandu, Colatina e Linhares. Os especialistas divergem sobre o período que demorará para o rio Doce voltar ao normal: enquanto alguns acham que em cinco anos tudo se recupera, ambientalistas com estudos permanentes sobre o curso das águas acham
que serão necessários de 50 a 100 anos. O fato é que este crime ambiental causou reflexos a milhares de pessoas. Em Baixo Guandu, a morte de milhares de peixes afetou mais de 100 famílias que vivem da pesca e que agora não tem outro meio de sobreviver, enquanto a cidade teve que providenciar um novo sistema de captação para a
água que serve à população, mudando do rio Doce para o rio Guandu. A tragédia colocou Baixo Guandu na mídia brasileira durante semanas, graças especialmente à ousadia do prefeito Neto Barros, que chegou a paralisar os trens da Vale e encabeçou um movimento contundente em torno da responsabilização dos responsáveis pelo dano ambiental. Página 6
O estacionamento rotativo no centro de Baixo Guandu começa a ser cobrado ainda em dezembro, ao custo de R$ 1 real a cada duas horas, dentro de um programa da Prefeitura denominado “Primeira Oportunidade”, que capacitou 30 adolescentes, entre 14 e 17 anos, que cuidarão do sistema. Devidamente uniformizados e capacitados, estes 30 meninos e meninas já receberam seu certificado e começam a atuar nas próximas semanas. A cobrança do rotativo visa disciplinar melhor o estacionamento e incentivar o próprio comércio, atraindo o consumidor com mais conforto na hora de fazer suas compras.