Biblioteca comunitária: exemplo de cidadania

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MATÉRIAS Bocada - Forte ::: Reportagens

Biblioteca comunitária: exemplo de cidadania Data: 12/10/2009

Opinião

Quando disseram que um país se faz com homens e livros, talvez tenham se

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esquecido de citar as crianças. Karina tinha 9 anos quando começou a juntar livros na garagem da pequena casa que divide com mais seis irmãos, na periferia do interior de São Paulo. O sonho, que começou com uma brincadeira de escolinha e que atraía os

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vizinhos para ouvir as histórias que ela lia nos livros, hoje é um exemplo de cidadania reconhecido e que se transformou numa grande biblioteca comunitária, mantida pela Compania de Saneamento, no Varjão - ou Jardim Novo Horizonte, já que depois de Karina, as ruas acabaram ganhando nomes, e assim foi com o bairro todo, com se faz aos personagens dos

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livros.

Biblioteca Letras de Rap

Dona Cícera, mãe da menina, diz que a paixão pelos livros e pela leitura surgiu quando Karina tinha

Gírias

apenas três anos de idade. "Eu via que ela estava sempre procurando algo para ler, fosse um livro, um

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jornal ou uma revista. Lá estava ela a olhar as letras mesmo sem entender o que estava escrito", conta. Os livros começaram a vir de pessoas amigas e de professores. Karina pedia doações para todos. Em menos de um ano, o projeto ganhou corpo e transformou a garagem numa casa para os livros. "As pessoas vinham, pegavam um livro, e falavam sobre as necessidades do bairro. A gente começou a juntar forças e pressionar a prefeitura para trazer melhorias ao bairro. E deu certo", conta Karina, hoje com 13 anos. A iniciativa da garota Karina rendeu bons frutos a toda a comunidade. De lá pra cá, o trabalho só cresceu, atendendo os desejos e necessidades da população. A biblioteca comunitária que começou com 200 livros, agora já tem mais de oito mil e funciona a todo vapor em um espaço na Casa da Fonte. Além de dos livros, oferece reforço de aulas de língua portuguesa e matemática, aulas de dançasfolclóricas, circulares e jogos de raciocínio; criatividade e iniciaçãoa desenho; dança, Jazz e

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ginástica artística; tricô, crochê, bordado e tapeçaria; cabeleireiro, pedicure e manicure e esporte. Além destes cursos, estabelece parcerias com as escolas do bairro para ajudar na manutenção de projetos pedagógicos. As bibliotecas comunitárias montadas na periferia das cidades são uma importante ferramenta de mobilização. Através delas, a comunidade se une em busca de melhorias para o bairro e incentivam as crianças a buscar o conhecimento nos livros. Com mais informação, a juventude cresce com o senso crítico apurado e tem argumentos para reinvidicar as mudanças necessárias. É um exercício de

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cidadania, e quando a iniciativa parte de uma criança, o exemplo é ainda mais louvável. Para a comunidade, o espaço hoje é muito mais que o contato com a leitura. O conhecimento, atraiu as crianças que passavam as tarde nas ruas do bairro e de quebra, trouxe tranquilidade às mães. "Aqui as crianças não tem vídeo game, né?", brinca a doméstica Maria José, mãe, que como outras tantas trabalha o dia todo. "A gente saía preocupada pra trabalhar, porque sabia que depois da escola não havia opção de lazer, e a mente quando tá desocupada, né?". Agora aliviada, confia Eduardo, Richard, Carlos, Roberto e Jeferson, o último ainda com 4 anos de idade, às prateleiras da biblioteca. Ciente de que eles estão em boas mãos. "A gente viaja o mundo inteiro através dos livros", fala, sorridente Richard, de 10 anos. E o irmão Carlos, de 13, completa: "O conhecimento que está nos livros é a melhor arma pra vencer na vida". E quem duvida? Por: AnaJu

Comentários Foram localizado(s) 2 comentário(s) Isso mostra como as proprias aptdoes das pessoas podem desenvolver melhorias nas vidas de todos que o cercam e vice versa. Por: Renan - Em: 14/10/2009 23:11:09 Boa materia. é muito bom conchecer iniciativas como essa. parabéns ao Central por nos mostrar a face do hip hop social Por: SergioDJ - Em: 14/10/2009 06:47:36

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