Lili e a cidade: historias de outros tempos

Page 1


ASPECTOS ARTÍSTICOS E ADEQUAÇÃO AO PÚBLICO Lili e a Cidade: Histórias de outros tempos é uma série sobre andanças e encontros. E sobre valorização dos encontros. Juntamente da sua bicicleta, companheira de caminhadas e pedalas Lili que é contadora de história, encontra pessoas e ouve os mais variados causos e lendas dos moradores de São Gonçalo do Amarante-CE. Certo dia ela, que já está costumada a ouvir boas histórias, resolveu compartilhar com outras pessoas as maravilhas que escuta há muito tempo. E mais, documentar fatos da construção de um município. E desde então, ela vai atrás de significados, nomes de ruas, casos de assombração, fotografias e memórias dos mais antigos. Lili percebeu, durante a trajetória, que há muito a ser feito em uma cidade que não guarda suas tradições, não possui museu, nem tão pouco acervos de audiovisual que ajudem a entender ou mesmo lembrar-se do passado. Ela também atenta para a atenção com nossos idosos, mostrando a felicidade que eles sentem toda vez que ela chega à porta e diz: Oi de casa! A cidade antiga parece ganhar voz através das entrevistas, conversas descontraídas, cheias de carinho e atenção. Por que é de bons ouvintes que o passado/presente é feito. E assim Lili vai em busca de conscientização e respeito àqueles que atuaram e ainda o fazem na construção do que somos hoje. E, pensando de forma mais ampla, quantas vozes já se calaram sem a chance de contar o que viram em sua juventude? O surgimento de uma festa tradicional, o nascimento de um bloco carnavalesco, o nosso reisado e as histórias e todas as lendas. Quantas dessas escritas em livros jogados em algum lugar ou quantas outras disponíveis dentro da cabeça do nosso vizinho que todos os dias se põe a balançar em sua cadeira na calçada ao lado? Por perceber que a história e as tradições ainda estão vivas, Lili quer ir além de São Gonçalo. Buscar nos lugares mais escondidos dos nossos distritos a luz interior daqueles que assim como ela, adoram uma contação de história. Vamos atrás dos nossos mestres da cultura. Em volta da fogueira ou na calçada de casa, toda hora e onde for é um bom momento para ouvir o que a memória de alguém tem a dizer. Sobre afetos, lembranças e conversas, quanto mais, melhor.


PÚBLICO-ALVO DO PROJETO Diretamente, nosso público alvo se concentra em pessoas da terceira idade, que gostam de contar história e tenham algo a dizer sobre algum ponto da construção da identidade de seu lugar. Indiretamente, com o produto audiovisual em mãos, nosso público passa a ser estudantes do ensino fundamental, escolas e professores que possam se utilizar do material nas aulas de história ou mesmo como entretenimento. Além de cineclubes e debates sobre a produção documental e a importância da documentação das personalidade conhecidas ou não da cultura município.

ELEIÇÃO DOS OBJETOS As viagens aos distritos serão feitas por equipe composta por diretor, diretor de fotografia, técnico de som e Lili, a “entrevistadora”, que na verdade, seria o meio, o intermédio entre contador de histórias e futuros expectadores. A pesquisa de campo, feita previamente pelo produtor, nos levará a produzir documentários, além de horas de material excedente rico em histórias. Além das peças audiovisuais que poderão ser apreciadas por pessoas conhecidas dos entrevistados ou até mesmo gente lá do outro lado do município, nossa missão nas andanças é de afeto pelas pessoas. Acolher mesmo estando em condição de visitante. A equipe, todos ligados sentimentalmente e profissionalmente com a cultura, pretende abraçar histórias. Capturar a delicadeza dos momentos de um café partilhado ou até mesmo o acender do fogão à lenha. Momentos são nosso roteiro. Levar a São Gonçalo do Amarante as vozes esquecidas e que têm tanto a contar, os ambientes, sons, luzes dos lugares o nosso produto final.


.

ESTRATÉGIAS DE ABORDAGEM A simplicidade dos diálogos espontâneos de histórias que surgem a partir de conversas, o velho retrato na parede, sons dos cachorros, risos de crianças, nada disso é motivo para cortar a cena, tudo é grandeza do existir. Esteticamente o real é bonito e a simplicidade dos momentos nos interessam. Lili e a cidade não é apenas uma série de entrevistas, são achados e suas formas. Não irá além do que lhe é permitido ir, se um convidado nos chama para a sala, iremos até até a sala, se convidados formos para o quintal, iremos ao quintal. Toda a equipe envolvida, mesmo que não apareça nas lentes do produto final, são como viajantes em busca de novos amigos que assistem admirados aos acontecimentos do ambiente. A calmaria dos lugares ou mesmo o seu caos darão o tom dos docs. O trabalho minucioso de sons ambientes que serão apresentados ainda em tela preta para que o expectador se sinta despertar para um novo mundo, enquanto a tela esmaecida lhe mostra novos caminhos, os planos detalhes que revelam vida onde não se imaginava achar e o fazer cultura por respeito às suas próprias tradições, tudo isto compõe cada episódio. Ao vermos os documentários como, por exemplo, “As Vilas Volantes: O verbo contra o vento” percebemos os sons ambientes tão nítidos e presentes, o tempo como senhor dos destinos e a vida continuando simples e persistente, apesar de tudo. Em “Vida Maria” temos novamente o tempo como personagem de fundo e até mesmo como anti-herói. Em verdade, a captura de algo não palpável não é nada fácil, mas iremos em busca de momentos que nos façam refletir sobre a valorização das histórias que são certamente presentes do tempo.


QUALIFICAÇÃO TÉCNICA DOS MEMBROS DA EQUIPE ANA DE SOUSA é jornalista, estudante de pós-graduação em Cinema e Linguagem Audiovisual, poeta e diretora de fotografia. Descobriu o audiovisual nos primeiros semestres da faculdade e desde então desenvolve projetos voltados ao cinema e Direitos Humanos, além de produções cinematográficas documentais. Em 2015 mediou o projeto da UFF (Universidade Federal Fluminense) Inventar com a Diferença dentro do município de São Gonçalo do Amarante, fundou um cineclube para exibição dos filmes dos alunos do projeto para a comunidade de Taíba, sendo contratada no ano seguinte para realizar cinemas nas praças de todo o município de São Gonçalo do Amarante em um projeto chamado Cine Maré. No mesmo ano produziu seu primeiro documentário nomeado “Quem vai querer?” que foi selecionado para a Mostra Bons Ventos do Cine Canoa de 2017, além do doc citado, outra produção “Atenciosamente saudade”, um filme carta produzido em 2015 pelo professor do projeto Inventar com a Diferença, sob sua mediação, foi um dos selecionados pelo festival de Jericocaora de Cinema Digital para a mostra competitiva. Em 2017 fez a direção de fotografia do média metragem “Santo de casa não faz milagre”. Ainda no mesmo ano teve seu projeto “Escola de Audiovisual Luar do Sertão aprovada em edital da UFF, sendo realizado em duas escolas de ensino médio, com formação para oito professores e mais de 80 alunos da rede pública.

ANNE BRASILEIRO é diretora de fotografia. Estudante de jornalismo e fotógrafa. Desenvolveu, no ano de 2014 na cidade de Redenção, com alunos da rede pública, um projeto fotográfico que registrou as “comunidades invisíveis” que moram no pé da serra. Em 2016 realizou o projeto “Sol-te: vamos ver a cidade” que ensinou fotografia pinhole a alunos da rede pública de Acaraú, além de extensão do mesmo projeto para a Associação União das Famílias, em São Gonçalo do Amarante.

LILIANE MATOS é Bacharel em Administração de Empresas pela UVA. Licenciada em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela FALC. Realiza há oito anos trabalhos sociais voluntários em hospitais e no sertão como palhaço de hospital e narradora de histórias. Integra o projeto Conversa na Calçada, realizado pela Secretaria de Cultura e Turismo do Munícipio. Integrou o SESC LER de São Gonçalo do Amarante (2006) como professora do phe. no mesmo período foi integrante do grupo de contação de história SAIA CONTANDO. Liliane apresenta pessoas que ajudaram na construção da história e cultura de SGA no projeto Lili e a Cidade.


APRESENTAÇÃO E CURRÍCULO RESUMIDO DA PRODUTORA

Maré Mansa Filmes é uma produtora independente idealizada por duas amigas jornalistas e apaixonadas por audiovisual. A empresa nasceu da visão da necessidade de produtos audiovisuais voltados ao terceiro setor e a defesa dos Direitos Humanos. Fundada em 2016, a produtora conta com dois documentários finalizados e um já selecionado para o Cine Canoa. “Quem vai querer?”, realizado através de dispositivo móvel, é uma imersão na vida de feirantes do mercado central de Redenção-CE. Os planos detalhes carregados de sons e diálogos trazem ao expectador o despertar dos sentidos. A visão do outro como ser único e as formas de trabalho no interior do estado são o pano de fundo do doc. Já “Hoje tem espetáculo!” conta como a união da comunidade com artistas locais faz manter a tradição de festas juninas e casamento matuto. Um espetáculo feito por muitas mãos é o mais novo filme da Maré Mansa Filmes.


ETAPAS DO PROJETO

Etapas e níveis de produção 1 Preparação 1.1 Etapa de pesquisa 01 1.2 Etapa de pesquisa 02 2 Pré-produção 3 Produção

4 Pós-Produção/Finalização 4.1 Montagem 4.2 Finalização 5 Comercialização/Exibição Prazo total da execução (em meses) O projeto se encontra em fase de execução. Acesse: vimeo.com/user67833035 Curta: www.facebook.com/maremansafilmes


]]

DADOS DO PROPONENTE

ANA MÔNICA DE SOUSA SILVA JORNALISTA TEL: (85) 9 9749 - 4072 (85) 9 9416 - 8288 EMAIL: anadesousa@outlook.com CNPJ: 26.190.392/0001-92


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.