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Figura 04: Pirâmide demográfica do Espírito Santo entre 2010-2060

que a média nacional. Enquanto a mediana brasileira apresentou um diferencial de 5,4 anos entre 1970 a 2000, a mediana inicial do Estado, obteve um acréscimo de 8,45 anos (CASTIGLIONI, 2008). Tal cenário é evidenciado pela figura 04, que mostra o comparativo populacional entre o estado do Espírito Santo com o restante do território brasileiro considerando os anos de 2010 e 2060.

Figura 04: Pirâmide demográfica do Espírito Santo entre 2010-2060

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Fonte: IBGE: Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação

Tais índices demonstram que o envelhecimento populacional será o grande desafio do século XXI. Dessa forma, além de medidas que aprimorem a qualidade de vida das pessoas em idade avançada, é necessário buscar meios que incluam esse público na sociedade, não só em espaços públicos, mas também modos de morar que considerem as demandas desse público bem como possibilidade de interação desses com o mercado de trabalho. Fontaine (2010) afirma que a melhoria das condições de vida, agrupadas a descobertas farmacológicas e o aumento do nível cultural, gerou uma maior quantidade de idosos com mais disposição e boa saúde para viver. Atualmente, a percepção de que a velhice é algo negativo, que não poderia agregar no convívio social está sendo vista, pelas novas gerações, de outra forma, enfatizando que, com um maior número de idosos e uma baixa taxa de fecundidade, a

sociedade percebe a necessidade de incluir a população em faixa etária avançada nos meios de convívio social. Fontaine (2010, p.24) conceitua o envelhecimento como ‘’indissociável ao fato de que todos os organismos vivos são mortais e que o fim natural do processo de senescência e a morte’’. Expondo essa realidade, somada ao que já foi exibido, é notório complementar que incentivar o retorno da população idosa ao mercado de trabalho e a vida social é de extrema relevância, dado as altas projeções de expectativa de vida, ressaltando que de acordo com o Governo Federal (2022) a idade mínima para aposentadoria masculina parte dos 65 anos e feminina a partir dos 61 anos de idade. Assim, a busca por um envelhecimento ativo e saudável torna-se imprescindível. A OMS (2005, p. 13) declara que “o objetivo do envelhecimento ativo é fazer com que as pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do curso da vida, e que participem da sociedade de acordo com suas necessidades, seus desejos e suas capacidades”. Entendendo a necessidade de se obter uma sociedade ativa e saudável em todas as fases da vida, é valido ressaltar que com a chegada de uma idade mais avançada, as funções fisiológicas podem sofrer um declínio, nesse quesito Laville e Volkoff apud Falzon (2007) destacam alguns desses efeitos:

 Redução da capacidade de esforço físico intenso e brutal e da mobilidade articular  Debilitação do equilíbrio do corpo, que explica a frequência de quedas entre os idosos  Diminuição da memória imediata  Fragilização do sono

Nesse âmbito ainda é valido destacar que, no Brasil, o principal fato externo que gera internações e óbitos da população idosa são as quedas. A OMS (2010) destaca que, a cada ano, de 28% a 35% das pessoas com mais de 65 anos de idade sofrem algum episódio de acidente por queda. A vulnerabilidade dos idosos devida as perdas de funções cognitivas e de equilíbrio do corpo, ao passar dos anos, ligada a uma cidade e uma habitação despreparada para suas necessidades, mostram-se como os causadores predominantes dessa situação. Mediante ao que foi abordado, cabe mencionar que existem vários meios que possibilitam a inserção da população idosa em diferentes âmbitos sociais, além de se

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