4 minute read

Quadro 02: parâmetros que classificam uma habitação saudável

como visuais, auditivas e locomotivas. Preservar a autonomia dos indivíduos, resultara possivelmente permitir uma velhice mais satisfatória.

Espaços planejados para receber idosos com limitações favorecem a independência funcional no exercício de atividades do dia a dia, a diminuição de estados de apatia, desinteresse e ansiedade e a diminuição no número de queixas de saúde como dor e fadiga, assim como sentimentos de inutilidade, tristeza e solidão. (Prado; Perracini, 2007).

Advertisement

A construção de casas que sigam os conceitos de desenho universal, de forma segura e adaptável, e autônoma que funcione para pessoas em todas as idades, implicará na garantia de uma habitação saudável. (PRADO et. al. 2010). Portanto o ‘’Guia Global das Cidades Amigas das Pessoas Idosas’’ elaborou uma sequência de temas que auxiliam na discussão acerca da habitação saudável:

Quadro 02: parâmetros que classificam uma habitação saudável

Parâmetro Características

Acessibilidade econômica

Relata a necessidade de habitações por preços acessíveis para idosos, visto que a moradia é um fator fundamental que influencia na qualidade de vida destes, além de receberem pensão do governo para se financiar, dessa maneira preços mais acessíveis a esse grupo facilitam a mudança para uma habitação adequada para seu estilo de vida. Serviços básicos Demonstra que o acesso a serviços de saneamento básico e eletricidade de qualidade aprimoram o nível de vida do cidadão.

Concepção da casa

Este tópico exemplifica as características que uma habitação deve possuir para gerar maior conforto para os idosos. A construção de casas com materiais adequados, que possuam estruturas solidas e superfícies planas auxiliam a impedir que quedas ocorram; além da implementação de elevadores caso se trate de edifícios com mais de um pavimento; áreas molhadas adequadas; espaços que permitam maior ergonomia para o idoso, com passagens e portas adequadas para a circulação; espaços de armazenamento e por fim depor de equipamento que protejam contra as condições climáticas. Modificações A possibilidade de realizar modificações nas casas em que vivem de acordo com as necessidades que surgem com o passar dos anos também se qualificam como melhora no conforto de vida dos idosos, a realização de tais mudanças devem possuir custos acessíveis e caso necessite deve ser disponibilizada assistência financeira para tal. Manutenção A incapacidade de realizar tarefas de manutenção em suas próprias moradias devido a deficiências que a idade gera, também é um obstáculo pata os idosos. Dessa maneira devem ser disponibilizados pelos municípios serviços de assistência com custos acessíveis de forma a assegurar que as moradias permaneçam bem cuidadas.

Envelhecer em casa

Grande parte dos idosos opta por permanecer nas residências em que passaram a maior parte da vida, devido primordialmente ao sentimento de afeto a pertencimento aquele local, como direito do idoso deve ser garantido acesso a serviços e infraestruturas que viabilizem a permanência na moradia que deseja, sabendo que estes serviços serão disponibilizados.

Integração com a comunidade

Opções de habitação

Ambiente em que vivem os idosos

Criar ambientes familiares em que as pessoas se sintam parte de uma comunidade local, é importante para boa qualidade de vida dos idosos.

Existência de opções de habitação para os idosos, que atendam os anseios destes, com possibilidades economicamente acessíveis com serviços apropriados e conectada com o restante da comunidade. É importante também, a existência de privacidade para os idosos dentro de suas residências, se sentido confortáveis e seguros com auxílio financeiro para que ocorra a instalação de equipamentos de segurança caso necessário, além de manter suas moradias fora de zonas propicias a catástrofes naturais.

Fonte: elaborado pela autora com base no “Guia Global das Cidades Amigas das Pessoas Idosas’’

Entendendo a necessidade de inclusão de todos os grupos, surge na década de 1980 o conceito de Desenho Universal, que tem como objetivo definir projetos de produtos e ambientes que contemplem a todos. Mace (1985) fundamenta o desenho universal em sete princípios básicos:

1. Igualitário = pessoas com diferentes capacidades devem ter facilidade de uso, adaptáveis a necessidade; 2. Adaptável = flexibilidade de uso com amplas variedades de preferência e habilidade; 3. Obvio = deve ser de fácil entendimento, independente da experiencia pessoal; 4. Conhecido = disponibilidade de informação perceptível e eficaz; 5. Seguro = diminui riscos de ações acidentais; 6. Sem esforço = uso com conforto que exija o mínimo de esforço físico; 7. Abrangente = dimensões confortáveis para acesso.

No que diz respeito a unidade habitacional, o manual traz diretrizes que facilita e engloba uma variada gama de pessoas no desenho da habitação. Constatando que uma moradia que siga os princípios do Desenho Universal deve contar com amplos espaços e acessos bem dimensionados que ofereçam conforto térmico e acústico ofertando bem-estar e segurança para o morador. Para isso devem ser previstos sistemas construtivos flexíveis que permitam reformas sem necessidade de movimentar o sistema estrutural além de possibilitar a fixação de equipamentos nas paredes sem que ocorram problemas estruturais (Manual do Desenho Universal, 2010). Além do exposto, devem ser previstas áreas de manobra e que usuários que necessitem do auxílio de uma cadeira de rodas possa, entrar e sair de frente dos ambientes, dispondo de uma largura mínima de 1,20 m por 1,50 m, exemplificados na figura 14. em situações que ocorram desníveis de piso deve ser assegurado espaço