Imagem retirada da Internet
8 de março
Ano III - Nº 46 - Março de 2016
ANA
a d Dia Internacional da
MULHER Por Lídia Rodrigues, Coordenação da Campanha ANA
O Dia 08 de março é bastante conhecido como Dia Internacional da Mulher. Diversos setores da sociedade já se organizam para esse dia, com interesses bem distintos. No entanto, se por um lado o reconhecimento do dia pode ser listado entre as conquistas do movimento feminista, ainda não é o suficiente para que meninas e mulheres tenham direitos igualitários no mundo. As desigualdades entre homens e mulheres são históricas, sociais e começam antes de nascermos. Assim que o sexo biológico de um feto é identificado imediatamente recebe uma classificação de gênero (masculino ou feminino porque nessa sociedade só se opera por meio de binarismos) que determinará todo o seu futuro se manifestando de maneira simbólica para dar base a outras experiências e projeções a vida deste porvir. No pacote da classificação de gênero, a educação, seja familiar e comunitária ou a for mal, opera para garantir a funcionalidade dessas desigualdades, através de brinquedos e brincadeiras, estímulos e interdições, meninos são ensinados a ousar, dominar, viver em
ANA
da
relação pública, usufruir do próprio corpo, brigar, enquanto as meninas são ensinadas a temer, ceder, viver relações domésticas e privadas, dizer sim, não acessar ou conhecer o próprio corpo. O resultado disso é que até hoje as mu l h e r e s, s e j a m c i s s e x u a i s o u transexuais, continuam sofrendo violências domésticas e nos ambientes de estudo e trabalho, tem mais dificuldades de entrar e ser reconhecidas no mercado de trabalho, não tem autonomia sobre o próprio corpo, sexualidade e reprodução, são vitimizadas sexualmente e, além disso, ainda são responsabilizadas socialmente por toda a violência direta, estrutural e simbólica que sofrem. Isso não é apenas subjetivo ou privado! É concreto, público e político, pois se trata
de um conjunto ar ticulado de compor tamentos e valores que determinam os cotidianos, as leis e as políticas públicas. Por isso, o 8 de março continua sendo uma data com tanto significado, porque ainda é preciso muita luta até que tenhamos direitos iguais. Nesse mês e em todos os dias as mulheres não querem flores, elogios ou produtos de beleza, querem direitos, dignidade e a possibilidade de uma vida boa e livre!
Expediente
Coordenação Lídia Rodrigues Técnica em Comunicação Tatiana Araújo Assessores de Conteúdo Rosana França Rodrigo Correa
1