Ano III - Nº 35 - Fevereiro de 2015
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a d CARNAVAL Por Rosana França Educadora Social/Assistente Social / Equipe Campanha ANA
O carnaval é a maior festa popular de rua, onde diversão e descontração são garantidas. O show de cultura e brasilidade toma todo o Brasil. Em cada canto do país a festa se manifesta de acordo com a tradição da terrinha. A irrevêrencia, a alegria, o bom humor tomam as ruas saudando foliões e foliãs. A festa é para todos. Há quem saia de casa na sexta de Zé Pereira e só volte nas quartas de cinzas, aproveitando cada minuto da festa. Há ainda quem aproveite esses dias para um descanso, um retiro, uma meditação. O importante é que cada um/uma aproveite do jeito que deseja. Para quem participa da grande festa popular de rua, tem a possibilidade de viver emoções que só o carnaval propociona. Encontrar e reencontrar pessoas, fazer amizades, paquerar e se jogar na gandaia sem as interdições habituais. Tudo vale a pena e na quarta de cinza tudo volta a ser como antes. Mas será que volta mesmo? Nem tudo! De acordo com dados do Ministério da Saúde o numero de pessoas infectadas com o vírus HIV só aumenta. Segundo a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), 45% da população sexualmente ativa do país não usou preservativo
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nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses. E o que chama atenção é que a faixa etária das pessoas infectadas, se situa na sua maioria, entre 15 a 26 anos. Realizada em 2013, a pesquisa por amostragem entrevistou 12 mil pessoas na faixa etária de 15 a 64 anos. O carnaval tem sido uma das épocas de maior disseminação do virus. As pessoas esquecem de se proteger durante a diversão, acham que nada vai acontecer com elas, que essas coisas só acontecem com os outros. Dessa forma, mesmo que 94% saiba que a camisinha é a melhor forma de pr evenção às DST e AIDS , contraditoriamente, 45% da população sexualmente ativa do país não usou preservativo nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses. Os dados mostram que, apesar das constantes campanhas de estímulo ao uso do preservativo durante esses anos, seu uso nas relações sexuais, contando os últimos 12 meses, se manteve praticamente estável: 52% em 2004, 47% em 2008 e 55% em 2013. É importante ainda termos em mente que independente da quantidade de parceiros a camisinha é importante. Pessoas tanto podem ser infectadas tendo apenas um parceiro como se
relacionando com vários. O que há em comum em ambas as situações é a falta de proteção. O uso do preservativo muitas vezes não é aceito, principalmente pelos homens. Há um preconceito que não permite que homens e mulheres discutam sobre o uso do preservativo, ficando, dessa forma, desprotegidos e vulneráveis à infecção pelo vírus do HIV. O uso correto do preservativo, ainda é a principal arma de defesa contra o virus do HIV. Adolescentes e jovens precisam de uma politica de saúde que proteja e promova seus direitos sexuais de forma segura e respeitosa estimulando o cuidar de si. Não é admissível que a distribuição de preservativos para o público jovem seja controlada nem tão pouco coagida nos Postos de Saúde da Família (PSF). Os serviços precisam se preparar para receber esse publico e garantir sua segurança no exercício de sua sexualidade. Mais informação sobre o assunto acesse: http://www.aids.gov.br/pagina/aidsno-brasil http://www.blog.saude.gov.br/index.p hp/570-destaques/35069-ministerioda-saude-lanca-campanha-deprevencao-as-dst-e-aids-para-carnaval2015
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