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MAIORES EMPRESAS SETOR DA AMÉRICA LATINA MINERAÇÃO
Sob nova
direção A VALE DEVE DOBRAR DE TAMANHO EM CINCO ANOS E PODE SE TORNAR A MAIOR MINERADORA DO MUNDO GIULIANO AGMONT, DE SÃO PAULO
om um novo presidente desde maio, a Vale inicia uma etapa de sua história com perspectivas promissoras pela frente. A empresa, agora sob o comando de Murilo Ferreira, fez a lição de casa durante a crise financeira mundial e hoje está em condições de expandir ainda mais seus negócios. Em 2011, os investimentos da empresa devem chegar a US$ 24 bilhões, com geração de caixa superior a US$ 40 bilhões. Apesar da polêmica acerca da saída de Roger Agnelli, que presidiu a Vale por uma década e elevou seu valor de mercado de R$ 20 bilhões para mais de R$ 270 bilhões, a companhia demonstra maturidade de sobra para aproveitar as enormes oportunidades do mercado, cuja oferta de minérios limita a demanda, estabelecida principalmente pelo crescimento da China. A mudança no sistema de precificação do minério de ferro, em vigor desde 2010, passou para as mineradoras a missão de calcular trimestralmente o reajuste da commodity com base no valor dos três meses anteriores. Essa novidade foi a principal responsável pelo aumento das vendas da Vale no ano passado, de US$ 27,8 bilhões (2009) para US$ 49,9 bilhões. “O que mais pesou no aumento das vendas não foi o volume de minério, mas a mudança na precificação”, diz Guilherme Cavalcanti, diretor de Finanças da Vale.
PROJETOS NA AMÉRICA LATINA, COMO O DE BAYÓVAR, NO PERU, ESTÃO ENTRE AS APOSTAS DA MINERADORA
Foto: Agência Vale
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