Ambitur 277 - Fevereiro 2015

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Adolfo Mesquita Nunes,

director convidado

data generation Y

trends

SHARING economy

information

travel

SOCIAL media

BIG

internet

Publicação mensal - Ano XXIV - Preço 10 Euros (Iva Incluído)

Magazine de Profissionais de Turismo | Fevereiro 2015 | nº 277 | Director: Pedro Chenrim | www.ambitur.pt



Sumário | 3

“ Em termos de processo preocupa-nos a sua

Medalha de Ouro de Mérito Turístico

implementação (taxa turística), que procuraremos

Administradora Teresa Fernandes

não seja perturbadora do normal funcionamento do

Editor Pedro Chenrim

Aeroporto.

redacção Rute Elias Inês Gromicho Raquel Pedrosa Loureiro Rita Bernardo Colaboradores Célia Marques Cláudia Silveira design editorial Ana Rita Fernandes fotografia Raquel Wise Telmo Miller (Casa Terreiro do Poço) sede, administraÇÃo, redacÇÃo, publicidade ATM - Edições e Publicidade, Lda - Av. Infante Santo, 343 - r/c esq. 1350 - 177 Lisboa Tel.: 213 954 110 Fax: 213 953 070

32

Entrevista Jorge Ponce de Leão Naquela que é a primeira grande entrevista de Jorge Ponce de Leão a um órgão do trade turístico, o administrador-delegado da ANA aborda as competências do gestor aeroportuário, defendendo uma atitude dinâmica no sentido de obrigar ao crescimento do tráfego.

15

Destaque Geração Y - Economia Colaborativa - Dois dos temas que dão mote a um trabalho de fundo, onde mais do que se explicam conceitos, apresentam-se casos de empreendorismo. Que oportunidades e desafios podem surgir no horizonte turístico nacional.

EMAIL REDACÇãO: atm.ambitur@mail.telepac.pt Email comercial: comercial.ambitur@mail.telepac.pt impressão MX3 - Artes Gráficas, Lda distribuição A.T.M. - Edições e Publicidade, Lda. Tel.: 213 954 110

48 Hotelaria

Discovery Hotel Management - Uma nova letra do alfabeto da hotelaria - O objectivo da criação desta marca é o de gerir, rentabilizar e valorizar os activos turísticos que o fundo Discovery possui desde Setembro de 2012 e, para e com isto, promover uma nova abordagem da hotelaria. Saiba quais as perspectivas do grupo para este novo desafio.

site www.ambitur.pt A Ambitur não escreve ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico. Inscrição na Direcção de Comunicação Social sob o nº 114713 com dep. legal 21471290 - ISN 0872-2714

Ambitur Travel LifeStyle | Fevereiro 2015

As Escolhas de...Raquel Tavares Reportagens: Mouraria | UBER Escapadas de Norte a Sul e ilhas


4 | Abertura

“ Colocámos a fasquia alta

P

oderia explicar a edição que apresentamos este

mês simplesmente como “out of the box”, ou seja, fora da caixa. Por termos um director convidado, interessado e interventor; por termos uma capa diferente e trabalhos distintos; um entrevistado de difícil acesso à imprensa especializada; por juntarmos os nossos três colunistas na

Pedro Chenrim

mesma edição; por termos ido conhecer uma das mais recentes

empresas no mercado nacional que tanta controvérsia tem gerado; ou simplesmente por termos ido para a rua, para um bairro bem especial de Lisboa, a Mouraria, e dar a conhecer o que andam os seus cidadãos por ali a fazer. Mas seria redutor ir por aqui, não tentámos sair da caixa, tentámos simplesmente desafiar o sector e por ele ser desafiados. Para isso arriscámos ao tomar o compromisso de convidar o actual Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, para que conhecesse quem faz e como é feita a imprensa especializada do sector. Por outro lado, que tivesse a oportunidade de desafiar um órgão de comunicação social turístico a ir mais longe e a explorar variantes que tradicionalmente não são seguidas. Colocámos a fasquia alta, é verdade, mas olhando agora para a edição que tarda em fechar, mas à qual já pouco falta acrescentar, é com orgulho que escrevo estas linhas. Em primeiro lugar por uma equipa que foi à luta, incansável, tentando dar provar o melhor de si, o seu profissionalismo - da administração da revista, ao departamento comercial, aos meus, mais próximos, colegas jornalistas. Numa edição complexa como a actual, tenho de dar conta que os artigos dos nossos colunistas fixos e um convidado (pelo Secretário de Estado do Turismo) corresponderam a desafios lançados pelo director convidado. Que o trabalho que faz a capa e muitas páginas desta edição resultam na sua maioria de entrevistas presenciais com os responsáveis que ali dão cara, sendo o tema um dos desafios lançados pelo director convidado. Que a nossa convidada para as escolhas do mês por Raquel Tavares também foi por sugestão do mesmo. Por outro lado, que o entrevistado foi uma das escolhas do secretário de Estado do Turismo, das três opções que lhe indiquei. Que a reportagem sobre a Uber foi um desafio do director convidado e a reportagem à Mouraria foi uma proposta aceite feita por uma das nossas jornalistas. Resta-me agradecer a atenção dada por Adolfo Mesquita Nunes à preparação da actual edição e esperar que o desafio de ambos ao sector seja correspondido.


Abertura | 5

“E se a sharing

economy fosse para levar a sério?

Q

uando fui desafiado para dirigir uma edição da

AMBITUR não hesitei em escolher a economia colaborativa (sharing economy) e a geração Y (millenials) como tema de fundo. Não por ser um tema da minha geração, que enforma a minha vivência. Não por ser uma tendência incontornável da economia, e também da economia do turismo. Não por ser uma geração que representará 50% dos turistas em

Adolfo mesquita nunes

2025, com hábitos que estão para ficar. Não por ser um fenómeno disruptivo, que obriga a rever modelos de negócio e cria novas oportunidades. Não por ser um dos fundamentos das minhas políticas, que têm procurado adaptar o sector e a nossa promoção para estas mudanças. Mas porque este tema, com estas implicações, anda afastado das publicações, discursos e preocupações do sector. Não pode deixar de se estranhar este alheamento, sobretudo quando é tema abundantemente tratado no estrangeiro e comummente apresentado como um dos maiores e mais radicais desafios que a economia do turismo tem pela frente. Não podia por isso deixar escapar esta oportunidade de trazer o tema para a ordem do dia, esperando que este seja apenas o primeiro de muitos passos. Quero aliás agradecer a disponibilidade e entusiasmo da equipa da AMBITUR, que em boa hora aceitou o meu repto, assim descobrindo algo que procurei evidenciar na nossa primeira reunião de edição. É que se é verdade que a sharing economy e os millenials andam afastados das publicações e discursos do sector, não é menos verdade que isso não sucede na economia real. Há muito sector privado que já deu conta do fenómeno, preparando-se ou aproveitando as novas oportunidades que este desperta, e não apenas pequenas empresas ou start-ups. Há muito sector académico que já estudou e contextualizou o fenómeno, desacreditando aquela ideia de que isto é uma moda de gente que gosta de computadores. E seria interessante perceber por que razão essa realidade não sai nas páginas das publicações do sector e não está presente nas reuniões e associações do sector. Se este é um dos meus temas de eleição, procurei que esta edição fosse o mais independente possível das minhas políticas. Pedi à redacção da AMBITUR que não permitisse que esta edição pudesse ser entendida como um qualquer exercício de propaganda. Penso que conseguimos cumprir o propósito.


6 | Actualidade

figuras do mês

António Pires de Lima Ministro da Economia “Sim, creio que o turismo vai continuar a crescer próximo ou até mais do que 10%”, in Ambitur.pt

Rui Moreira. presidente da Câmara Municipal do Porto, responsável pelo pelouro do Turismo

Pensar o Turismo na cidade do Porto

N

uma altura em que o

uma estratégia mais definida

e o Turismo de Portugal ao

Porto é um destino

para a promoção externa do

nível das nova rotas aéreas e

tendência e a procura aumenta

que é o nosso destino". No

da participação conjunta em

à boleia da acessibilidade de

que diz respeito aos recursos

feiras internacionais "tem sido

rotas fornecidas pelas low-cost,

disponibilizados, Rui Moreira,

excelente", contudo Rui Moreira

Rui Moreira, Presidente da

considera que existe um

identifica, primeiramente, a

Câmara Municipal do Porto,

desequilíbrio entre os que são

necessidade de segmentar

mostra-se preocupado com a

disponibilizados para promoção

a oferta turística no destino,

actividade turística no destino

interna e promoção externa

reinventando-a e pensando

Adolfo Mesquita Nunes Sec. Estado do Turismo

e concentra neste sector

do destino Porto e Norte de

estratégias.

muitas das suas atenções,

Portugal, que depende mais do

Neste sentido, é fundamental

“Não conheço nenhuma grande marca que tenha um político à frente do departamento de promoção”, in ambitur.pt

defendendo um equilíbrio para

exterior actualmente do que

manter o equilíbrio da cidade,

a cidade, conjugado com a sua

há alguns anos. "Precisamos

expandindo as áreas turísticas,

promoção. O seu historial neste

aumentar a nossa capacidade

numa altura em que há

sector e o peso que este tem

de penetração em alguns

equipamentos turísticos em

ao nível da economia, faz com

mercados e arranjar forma que

fase de licenciamento e muitos

que o turismo seja uma das

o destino cresça não apenas no

investidores interessados na

actividades principais do seu

número de visitantes, mas no

cidade do Porto. "Os turistas

pelouro.

período de estadia dos mesmos.

hoje na cidade do Porto

"Temos vindo a trabalhar

Esta aliança com outros

concentram-se muito em

com o sector privado muito

municípios representa uma

duas ou três áreas. Temos de

activamente e tentado, com

aposta muito significativa".

tornar a cidade do Porto mais

algum sucesso, envolver outros

Ainda que tenha sido registado

permeável à actividade turística

municípios, como é o caso de

um aumento dos números,

e isso normalmente depois

Braga, o que é significativo da

o autarca afirma que ainda

vai permitir o crescimento",

vontade de trabalharmos em

há muito a fazer. O trabalho

evitando fenómenos como

rede e podermos assim criar

com a secretaria de estado

Las Ramblas, em Barcelona.

Conceição Estudante Sec. Regional dos Transportes e Turismo da Madeira "Há regras de gestão de dinheiros públicos que são diferentes de regras de gestão dos dinheiros privados", in ambitur.pt

Empresários como exemplo

Pedro Machado Presidente do Turismo do Centro "O turismo não pode ser visto como um sector isolado que resolve os problemas todos do país", in ambitur.pt

"Temos de ter em atenção a Ribeira, olhar para outras

n O autarca acredita, contudo, que apesar do caminho difícil que

zonas da cidade e reinventar

o país trilhou, os empresários compreendem o que está a ser feito

a cidade para uso turístico". O

e têm dado o exemplo ao nível do sector. " Os empresários têm

objectivo será então encontrar

dado um magnífico exemplo de como se pode e deve trabalhar em

uma oferta turística fora dos

conjunto, as associações sectoriais no turismo são absolutamente

ícones habituais, sendo que,

notáveis na forma como colaboram. Apesar de serem concorrentes,

de acordo com o autarca, já

quando se fala em estímulos a determinadas políticas, acho que têm

representantes de freguesias

sido exemplares e uma fonte de inspiração para quem tem de decidir

abordam a Câmara Municipal,

políticas públicas", afirmou. "Quando olhamos para o que está a

dispostos a integrar um roteiro

acontecer percebemos que é uma aposta que está a valer a pena".

turístico.«



8 | Actualidade

em trânsito

Adília Lisboa Licenciada em Direito, Adília Lisboa deixou a presidência da Comissão Executiva da CTP para abraçar um novo desafio no Grupo Onyria Golf Resorts. A profissional assumiu este mês a vice-presidência do grupo..

Miguel Teixeira Miguel Teixeira é agora responsável pelos standards de serviço e pelo desenvolvimento de toda a área de gastronomia dos vários restaurantes inseridos nos dois resorts do Grupo Vidamar.

Joana Gama Joana Gama é a nova Head of Marketing da events by tlc. Com um percurso ligado ao marketing e à comunicação, a profissional será responsável por toda a estratégia da marca do Grupo.

Ana Rita Amorim Ana Rita Amorim assume funções de Sales Manager da nova Pousada de Lisboa. A responsável conta com uma vasta experiência no sector do turismo e mercado hoteleiro.

Mário Machado, presidente-adjunto da Associação de Turismo de Lisboa, Fernando Medina, presidente da Associação de Turismo de Lisboa e vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa e Vítor Costa, director-geral da Associação de Turismo de Lisboa.

Lisboa alcança um novo patamar de excelência no turismo

L

isboa foi, em 2014,

no Plano Estratégico para o

das Cebolas; a criação de

a cidade que mais

Turismo da Região de Lisboa

acessibilidades assistidas à

cresceu no número de

2015-2019, que pretende,

colina do Castelo, a partir

dormidas (15,3%) na

segundo Mário Machado,

do Campo das Cebolas,

Europa e a segunda cidade

vice-presidente da ATL,

Mouraria e Graça; o projecto

que registou um maior

reforçar " a excelência do

de instalação de um espaço

aumento no número de

destino" e posicionar Lisboa

museológico dedicado às

dormidas de estrangeiros

num novo patamar. Segundo

Descobertas; a abertura ao

(14,9%), só ultrapassada

o responsável, estão já em

público do Palácio Marquês

por Londres. Em Portugal,

curso o desenvolvimento de

de Pombal; e do Centro

a capital destacou-se dos

estudos aprofundados para

Interactivo "Mitos e Lendas

restantes destinos turísticos,

os mercados turísticos da

de Sintra".

tendo obtido aumentos

Alemanha, Espanha e Brasil

Também para Fernando

significativos em todos

e lançamento de planos de

Medina, presidente da

os indicadores. A taxa de

acção imediatos e a médio

Associação Turismo de

ocupação aumentou 8,8%

prazo e a selecção de temas

Lisboa, os resultados

para os 72,8%, o ADR cresceu

e desenvolvimento de

positivos que Lisboa tem

4,9% para os 78,31 euros e

conteúdos para os primeiros

vindo a alcançar posicionam

o RevPar aumentou 14,1%

roteiros "Lisbon stories".

a capital portuguesa num

alcançando os 57,04 euros.

Para além da aposta no

outro nível. Segundo o

Para os próximos cinco anos,

online, o plano prevê

também vice-presidente da

a Associação Turismo de

ainda que em 2015 tenha

Câmara Municipal de Lisboa,

Lisboa já definiu um Plano

inicio a reabilitação do

estes resultados "mostram

e Actividades, enquadrado

Cais do Sodré e Campo

que estamos num novo patamar do ponto de vista

"A oferta hoteleira a crescer não me preocupa"

de capacidade de afirmação

n No decorrer deste ano, deverão abrir, em Lisboa, cerca de 20

do turismo e de capacidade

novas unidades hoteleiras, o que se traduz num aumento da oferta

de geração de valor na

de cerca de 1600 quartos. Para Fernando Medina, esta é uma

economia portuguesa e

questão que "não o preocupa". "Os empresários planearam bem

temos todas as condições

as suas decisões de investimento e sabem o que estão a fazer",

para dizer que este é um

afirmou o responsável, acrescentando que "observando os dados

elemento que veio para ficar

que temos, o número de dormidas subiu mais nos últimos anos do

e que temos que prosseguir

que o número da oferta de camas em Lisboa. E sobe porque hoje a

na mesma linha, com os

cidade tem uma atractividade que justifica essa subida. As taxas de

mesmos factores de sucesso

ocupação na hotelaria também têm subido, assim como o Revpar".

que nos trouxeram até

Para Fernando Medina, "não há razões para temer".

aqui".«



10 | Actualidade

TAP ultrapassa um milhão de passageiros nas linhas de França

N

AIM Group com aposta nos congressos e eventos desportivos

A

AIM Group Internacional

Amadeus lança versão melhorada de acesso à CP

A

apresentou, recentemente,

cinco novos reforços para a sua

Amadeus lançou, recentemente,

o ano passado, a

equipa nos escritórios de Lisboa

uma versão melhorada da

TAP ultrapassou,

com o objectivo de "apostar

plataforma de acesso à CP

mais uma vez, o milhão

fortemente na área dos congressos

– Comboios de Portugal.

de passageiros nos voos

e dos eventos desportivos,

A nova versão de acesso à

operados entre Portugal e

bem como reforçar o mercado

plataforma conta com mais

França, tendo transportado o

espanhol e o mercado alemão".

total de 1.194,5 passageiros,

Em entrevista à Ambitur, Susanna

com um crescimento da

Tocca, directora-geral do AIM

ordem dos quatro por cento

Group, afirma que "entendemos

o mercado alemão, já que, a

disponível para o agente, sem

comparativamente ao ano

que com esta renovação da

mudança na liderança das vendas,

necessidade de contactar a CP.

anterior.

equipa temos que ir diversificando

constitui uma oportunidade para

Com este desenvolvimento, os

Segundo a companhia aérea

a abordagem de novos mercados".

abrir o mercado corporate local.

agentes de viagens utilizadores

portuguesa, estes indicadores

Neste sentido, a diversificação

"Achamos que temos de abordar

de Amadeus em Portugal,

de tráfego revelam que a TAP

será feita através dos eventos

o mercado alemão de uma nova

podem agora reservar e emitir

não só resistiu ao crescimento

desportivos, com vista a ganhar

maneira, sem aquele porta a porta

bilhetes da CP, incluindo o

da oferta da sua concorrência

uma escala ainda maior, da

e roadshows, mas trabalhando

alfa-pendular e o intercidades,

como aumentou o seu volume

realização de eventos globais

social sales e este tipo de novas

consultar relatórios de vendas,

de tráfego, graças à sua

para "uma clientela corporate

ferramentas que tem aparecido,

consultar as suas últimas

presença muito forte neste

global" e de um reforço na forma

como consequência das novas

reservas, emitir duplicados,

mercado e à qualidade global

de trabalhar o mercado espanhol,

exigências deste mercado",

reemitir bilhetes e reembolsar

do seu produto.«

onde mantém a liderança, e

acrescenta Susanna Tocca.«

bilhetes.«

Susanna Tocca

funcionalidades, entre as quais, o reembolso e a alteração de bilhetes completamente

{notícias do mundo} Londres: A Torre de Londres foi a atracção turística mais popular da capital britânica, superando assim o Castelo de Windsor, Madame Tussaud, Palácio Buckingham e London Eye. É neste local que se encontram guardadas as Jóias da Coroa Britânica.

Paris: A "capital do amor" receberá, no próximo mês de Março, mais um hotel do grupo Meliá. Este será o sexto hotel da marca na capital francesa e o primeiro dedicado a viajantes de negócios. O seu nome será Meliá París La Défense.

Japão: No próximo mês de Julho abrirá no Japão o primeiro hotel gerido maioritariamente por robôs: o Hennna Hotel. Integrada no parque temático Huis Ten, de Nagasaki, a unidade, com 72 quartos, terá andróides que funcionarão como recepcionistas ou camareiras. Dentro do edifício, 90% do pessoal serão robôs com um aspecto muito humano, havendo apenas 10 pessoas.

Macau: O Governo de Macau quer que seja imposto um limite ao número de turistas provenientes da China, por entender que o excesso de turistas que o país tem estado a receber, a grande maioria chineses, está a causar dificuldades à população.



12 | Opinião/Convidada

{Inês Santos Silva*} “Economia de partilha”

A

economia da partilha não é um fenómeno recente,

especialmente na área do turismo. No entanto, com a melhoria significativa dos processos de compra online e com o aumento de número de smartphones com GPS e internet em circulação, empresas como o Airbnb (aluguer de casas) ou Zipcar (aluguer de carros) explodiram e tornaram a economia da partilha uma realidade mundial. Hoje um turista quando pensa as suas férias, pode decidir aluguer uma casa ou quarto num dos vários serviços que

os 25 an

existem online para o efeito (Airbnb, Homestay, etc), pode de seguida optar por um meio de transporte

mas dado o seu forte crescimento,

que os governos nacionais e

partilhado (BlaBlaCar, Carpooling, etc)

temos assistido a reacções violentas

locais devem criar as condições para

pode escolher viver uma verdadeira

por parte de muitos governos. Cidades

tanto consumidores como produtores

experiência local, ao partilhar uma

como Berlim e Barcelona têm proibido

conseguirem com facilidade cumprir

refeição com alguns locais (EatWith,

muitas destas empresas de operar

as regras legais impostas. Para além

MealSharing, etc) e pode também

em circunstâncias normais, com o

disso, é importante perceber que as

escolher o que fazer enquanto está

argumento de estarem a promover a

regras que são aplicadas, por exemplo

de férias (Vayable, Getmyboat, etc).

economia informal e a concorrência

a hotéis, não podem ser aplicadas

Claramente, o dominador comum é a

desleal. Mas por outro lado, cidades

a casas particulares, pelo que é

procura de uma experiência única.

como Londres e Amesterdão e Portugal

importante criar impostos, seguros e

Para além do impacto económico

enquanto país, têm aprovado legislação

licenciamentos próprios. Para um país

positivo directo de todos estes serviços,

que visa balizar esta actividade, mas

como Portugal, onde o turismo tem

a economia da partilha acabou por

não acabar com ela. Na minha opinião,

crescido mais de 10% ao ano, esta é

criar também, um ecossistema de

lutar contra a economia da partilha é

uma excelente oportunidade para se

serviços próprios que vão desde

um esforço inglório, dado que já está

posicionar como um “País de Partilha”

serviços de limpeza, até serviços de

tão enraizada na nossa sociedade e

e assim aberto a novos modelos de

gestão de reservas, passando por

tem claramente impactos positivos

negócio.«

serviços de apoio ao cliente e de

directos, quer económicos (atração

entrega de chaves.

de novos turistas e criação de novos

Hoje já ninguém duvida que a

negócios) quer sociais (reabilitação do

economia da partilha veio para ficar,

centro das cidades). Assim, acredito

* Fundadora do Startup Pirates

Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, como Director convidado da Ambitur, deixou um desafio aos colunistas habituais da publicação, bem como a Inês Santos Silva, fundadora do Startup Pirates. “Num mundo em que a economia colaborativa (sharing economy) se afirma e altera hábitos de viagem e de estadia, num mundo em que a conectividade total e permanente das pessoas se assume como cenário provável, e num mundo em que a transparência da informação e das experiências é regra, estamos perante um desafio para a indústria do turismo? O que é que este contexto está, ou obrigará, a mudar na estrutura das empresas do turismo, nos seus modelos de negócio, nos canais de distribuição, e de que forma devem essas empresas reagir?”



14 | Opinião/ Colunistas

{gonçalo rebelo de almeida* } “Um mundo novo”

S

ou inúmeras vezes confrontado

prioritária, podendo quase afirmar-se que

com a afirmação de que o

é hoje mais importante que a TV ou o ar

modelo de distribuição se alterou

condicionado nos quartos.

significativamente nos últimos anos, mas

Outra alteração importante no

entendo que, na sua essência, o modelo é o

comportamento dos consumidores é a

mesmo, apenas o meio ou a forma como é

“necessidade permanente” de partilha de

feita se alterou.

conteúdos e informação com a sua rede

Na verdade, os hotéis continuam a colocar

amigos, familiares e conhecidos.

a grande maioria do seu inventário à

A estas três importantes alterações de

venda através de operadores e agências

comportamento junta-se o facto de que

de viagens (grossistas e retalhistas) que

o acesso ao mundo digital pode, hoje em

revendem os quartos ao consumidor final.

dia, ser feito através de vários tipos de

A grande alteração foi apenas na forma

dispositivos.

como o fazem, pois em vez de utilizarem a

Perante esta nova realidade, as empresas

distribuição de brochuras em papel, fazem-

são forçadas a reagir e adaptar as suas

no através de sites, portais e sistemas de

estratégias de produto e comunicação,

interface de dados, dando lugar a que

procurando garantir uma presença

também um número significativo de

relevante neste novo universo, através das

reservas se processem online em vez da

várias ferramentas disponíveis:

tradicional presença física numa agência

• Dispor de sistema wi fi fiável, com ampla

de viagens.

cobertura e preferencialmente gratuito nas

A grande questão é que esta alteração na

unidades

forma, transferindo para o mundo online/

• Ter web site próprio, rápido, funcional,

digital a distribuição, produziu alterações

com conteúdos relevantes e adaptável para

importantes no comportamento do

dispositivos móveis

consumidor e na forma como ele encara

• Manter presença em redes sociais como

toda a sua experiência turística desde o

facebook, twitter, instagram, pinterest,

processo de reserva à estadia no hotel.

linked in, youtube, Google +, procurando

zoover e outros semelhantes.

No momento de decidir, o consumidor

a partilha de conteúdos emocionais

• Apostar em formatos de imagem

tem hoje acesso a uma multiplicidade de

relevantes que permitam aumentar o nível

apelativos, sejam fotos ou vídeos.

informação sobre os destinos e produtos,

de relacionamento com os seus clientes e o

• Dispor de ferramentas que permitam a

que incluem websites, redes sociais,

efeito viral da partilha

rápida e eficiente distribuição de tarifas e

motores de reservas e blogues.

• Incentivar os seus clientes a partilharem

disponibilidade pelos diversos canais de

Durante a sua estadia a necessidade de

a sua experiência nas redes sociais e em

venda.

conectividade à internet assume-se como

sites como o trip advisor, holiday check,

Tudo isto é um mundo novo e não existem

“A grande questão é que esta alteração na forma,

transferindo para o mundo online/digital a distribuição, produziu alterações importantes no comportamento do consumidor e na forma como ele encara toda a sua experiência turística desde o processo de reserva à estadia no hotel.

certezas quanto ao tipo de ferramentas a usar e a forma como as usamos, mas não podemos ignorar esta realidade e devemos agir e procurar inovar, a maioria das vezes por tentativa e erro.« * Administrador da Vila Galé Hotéis


trends

SHARING economy

SOCIAL

BIG

media

internet

travel

data

geração Y

Pode uma geração mudar o mundo como o conhecemos? conhecemos? mudar o mundo como o Pode uma geração


16 | Abertura

O ser humano enquanto ser racional há muito que dá provas da sua capacidade de adaptação. Um trunfo que, aliado a uma curiosidade inata, despoleta a evolução que conhecemos como realidade, no fundo a necessidade ‘fez’ o engenho e talvez estejamos perante uma das gerações com mais necessidades e também exigências: os millennials, como são conhecidos lá fora, ou geração Y, como são apelidados por cá. Percorremos o "alfabeto inglês" até ao Y e saltamos para uma escala global. As diferenças são mais do que óbvias, mas quem é esta geração, o que traz de novo, que desafios coloca às empresas e como está a definir o futuro?

P

ara tentar dar resposta ao que

estamos numa fase em que queremos saber

as coisas são levadas ao extremo, desde

já sabemos ouvimos vários

como podemos acompanhar isso sem perder

a tecnologia que trazemos no bolso, os

nada, como fazemos uma triagem".

conjuntos de roupa ou os pratos que nos são

intervenientes. As opiniões são diversas e os sectores de actividade também, mas existe um consenso: a forma como vivemos mudou e está a mudar, e os próximos dez anos serão

[

]

quem é esta geração ipsilon?

servidos no restaurante. A par disto, temos também uma geração que prefere a informalidade e gosta de quebrar

Fala-se de que esta é uma geração que gosta

tabus sociais. "Um dos grandes desafios da

Comecemos pelos factos. A globalização

de partilhar fotografias, locais, ideias e estar

sociedade moderna e anterior à nossa era

mudou-nos. Não existem, em teoria,

sempre conectado via wi-fi, um requisito

quebrar os tabus sociais. Havia uma série de

fronteiras para o que podemos fazer, onde

chave cada vez mais para os hotéis, mas

estratos sociais e valores conservadores que

podemos ir. Sabemos, à distância de um

será só isto? Pode uma geração ser definida

serviam de barreira a muita coisa", afirma,

clique, de algo que se passa no outro lado do

pelo que faz ou não com os pequenos

caracterizando a visão da geração Y como um

mundo, tão ou mais depressa do que a pessoa

"telemóveis-computadores" que carregam

carpe diem mais controlado, impulsionado

que lá está. Uma globalização que já não é

no bolso? Sim, mas não só. Temos uma

pelas novas tecnologias, como uma forma

só macro, a nível económico e político, mas

geração com acesso imediato à informação,

de se ligarem às pessoas e estabelecerem

também micro, que afecta o indivíduo em si

portanto mais informada, mas também

relações.

e torna as pessoas mais conscientes do que se

mais exigente. É também uma geração que

Já o porquê desta geração ser tão assertiva

passa, como explica João Cepeda, director-

já viajou e viveu fora mais do que qualquer

e prolífera prende-se com a sua rápida

geral da Time Out. No entanto "já passou

outra, fruto da facilidade de intercâmbios,

adaptação e afirmação perante um contexto

a fase em que nos deslumbrávamos com a

através de programas como o Erasmus, na

e uma situação de expectativas frustradas

quantidade de informação que a internet nos

faculdade. É também uma geração definida

a nível político, económico, de formação

traz [nos computadores e telefones], agora

pela sensibilidade, o gosto e a estética, onde

e emprego, e social. "Há um conflito de

decisivos para tudo isto.


Abertura | 17

gerações como provavelmente nunca

no dia-a-dia”. É falar de informação

existiu", explica, reiterando que esta geração

informática que "permite analisar o passado

apenas conseguiu isto virando as costas à

para construir um melhor futuro, ou seja,

geração de cima e arranjando soluções que

observar e entender comportamentos,

não foram propostas pelos pais. "A maior

tendências e históricos, para poder

parte das pessoas está a fazer coisas que nada

construir melhores ofertas, em preço e em

tem a ver com a formação e está a ser bem-

rentabilidade e para servir melhor o cliente",

sucedida nisso".

acrescenta Pedro Seabra, CEO da Viatecla.

Uma realidade que acaba por condicionar

Não "tendo uma definição única", a análise do

também os padrões de consumo. "As novas

Big Data traz, indubitavelmente, várias novas

gerações, fruto de estarem mais expostas a

oportunidades ao mundo, e em específico, ao

certas tecnologias, estão a mudar claramente

sector do turismo.

o padrão de consumo e a maneira como

Definido como um sector "altamente

escolhem consumir", afirma, por sua vez,

desafiante do ponto de vista tecnológico",

José Luís Cardoso, New Business Director da

o turismo é uma indústria que exige acesso

Travelstore, que considera que este padrão

e análise de uma grande quantidade de

valoriza a personalização e o imediatismo, e

informação e que "lida com uma oferta

aponta como uma das principais mudanças

à escala planetária, onde se consegue

a diferença de tempo entre a decisão e o

apresentar tarifa e disponibilidade para

consumo.

voo, alojamento e outros serviços, de e para

De acordo com Miguel Guedes de Sousa, CEO

qualquer local no mundo, concretizando a

do Discovery Hotel Management Group, que

venda em tempo real", afirma Pedro Seabra,

se define como uma marca de hotéis para a

CEO da Viatecla. É por isso obrigatório

geração Y, esta é uma geração realista e que

que as empresas do sector adquiram a

dispensa fidelizações, porque "pode estar

tecnologia adequada para a análise de toda

aqui hoje e amanhã ali", mas que, no entanto,

a informação - as chamadas ferramentas

valoriza a confiança.

de Business Inteligence (Data Mining ou

É também uma geração que, para João

OLAP são alguns exemplos) - de forma

Cepeda, traz um contraste grande entre a

a "identificar os principais padrões e

procura e a oferta, já que a primeira depende

tendências dos viajantes". Segundo João

de uma revolução social e a segunda da

Pronto, "quanto mais os gestores estudarem

economia. Como dar então resposta a

estatística, probabilidades, séries temporais

estes novos padrões? Será que as mesmas

e uma coisa fantástica que é a regressão

tecnologias que facilitam as ligações entre

linear, que permite descobrir o que se vai

as pessoas, munem as empresas de uma

passar no futuro com base no passado, e

capacidade de resposta adequada? A solução

inclusivamente alterar variáveis do passado",

para este grande problema tem apenas cinco

mais sucesso terão, pois conseguirão fazer

letras: d-a-d-o-s.

[

]

um "mundo" de oportunidades para o turismo

Falar de Big Data é, segundo João Pronto,

"previsões". Para o responsável, outro conceito que deve ser levado em conta no sector do turismo é o de "extended business intelligence" (XBI), "que é juntarmos os

Coordenador da área científica Técnicas

dois mundos (estar atento à

e Tecnologias de Aplicação da Escola

concorrência e não perder

Superior de Hotelaria e Turismo do

de vista o que acontece na

Estoril, falar de "um conjunto de

nossa empresa), ou seja, "ter

dados estruturados, semi-estruturados

um conjunto de métodos e

e não estruturados, que anda à volta dos

tecnologias que dá relatórios

mil teras". É falar, de acordo com Miguel

em tempo real sobre a empresa

Quintas, director da Amadeus para

sem o gestor fazer nada, e por

Portugal, "numa série de informação de

outro lado, analisar a produção

dimensão muito grande que é impossível

de vendas e custos com base na

gerir como gerimos a nossa informação

concorrência".

meuq quem meuq ´e e ´ quem António Loureiro Na Travelport desde 1992, onde desempenhou primeiro a função de coordenador de Migração de Sistemas, passando depois pela direcção de Marketing e Vendas da empresa. Francisco Veloso - Tem um percurso académico rico enquanto professor, que passa pelas Universidades de Carnegie Mellon e pela Católica. Interessa-se especialmente pelas áreas de inovação e empreendedorismo. João Cepeda - Começou no Público e foi correspondente no Reino Unido, tanto para a TSF como para a Agência Lusa. José Luís Cardoso - Passou pela PT, TMN e Air Telecom. Deu o salto para o turismo, na Travelstore, em 2008. João Vasconcelos - Tem um longo percurso ligado ao empreendedorismo, mas foi na Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) que começou. Miguel Guedes de Sousa - Foi director geral de dois hotéis, um nas Filipinas, outro em Marrocos, da cadeia Amanresorts, e é CEO do Discovery Hotel Management Group. Miguel Quintas - Foi General Manager na Airmet Portugal. Anteriormente, assumiu funções na Omnisiberia, em Lisboa, Madrid e Delhi. João Pronto - Doutorado em Sistemas de Informação aplicados à Hotelaria, foi professor no ISLA e na Universidade Moderna de Lisboa. Actualmente está na ESHTE. Paulo Almeida - Fundador da empresa "Evernet" em 2001, passou, posteriormente, pela Google, onde desempenhou funções de account manager. Pedro Rocha Vieira - Mentor do Seedcamp Lisboa e The Founder Institute. Pedro Seabra - Licenciado em Engenharia Física, foi fundador e gerente da Dot on the Box e da Netviagens. com. Pedro Seabra - Trabalha na Explorer Investments e com o Fundo Discovery desde Outubro de 2012.


18 | Abertura

assolg ´ oir´ glossario Airbnb - modelo C2C. App onde os utilizadores podem colocar anúncios para alugar as suas casas, disponível em mais de 192 países.

Apesar de, actualmente, esta não ser ainda

favoritos ou informações complementares

uma realidade, José Luís Cardoso acredita

partilhadas pelo consumidor nos media

que "a qualidade dos dados vai ser um valor

sociais, conseguirá criar produtos novos e

cada vez mais importante para a valorização

"relevantes" para o seu cliente. "Oferecer o

Big Data - conjunto de dados digitais afectos aos consumidores.

de uma empresa", porque quanto maior foi

que as pessoas gostam só é possível com o

o nível de informação que a empresa tem

Big Data", lembra João Pronto, acrescentando

Coworks - espaço físico de trabalho para várias empresas diferentes.

acerca dos seus clientes, maiores serão as

que "se conseguirmos meter numa base de

C2C - modelo económico em que o consumidor cria empresas e valor para o próprio consumidor.

[

oportunidades de negócio.

]

um produto à medida de cada consumidor

dados a informação que vem do nosso site, a informação que vem das redes sociais, das pessoas que são nossas fãs, a informação da nossa concorrência, das bases de dados legais

Quando bem trabalhado, o Big Data poderá

que comprámos, a informação dos nossos

ser também "o pontapé de saída" para o

fornecedores, dos custos e das vendas, e

desenvolvimento de novos produtos e

se analisarmos isto tudo com tecnologia, a

serviços turísticos, "inclusive específicos

probabilidade de conseguir tomar melhores

para o cliente x", lembra Miguel Quintas,

decisões é muito maior". Exemplo disso é

acrescentando que "ao aumentar a

uma nova tecnologia de reconhecimento

capacidade de dar produto ao nosso cliente

facial que permite "associar caras, nomes e

estamos cada vez mais a dar um produto

gostos para que, num hotel, se eu for até ao

único e diferente" e a "ser mais eficientes

bar, o empregado ver a minha foto, tratar-me

na entrega da oferta". Para o director da

pelo nome e oferecer-me aquele chá com

ERP - Enterprise resource planning - sistema de informação que integra todos os dados e processos de uma organização num único sistema.

Amadeus, o acesso à informação do cliente

mel que eu gosto e bebi na última vez que

permitirá ainda que, no futuro, através

estive no hotel".

do cruzamento da informação de vários

Segundo José Luís Cardoso, "há claramente

players mundiais, "as empresas possam

esta tendência para a personalização, o one-

Food hall - Mostra de comida gourmet em espaços abertos como mercados.

oferecer ao consumidor um produto/serviço

to-one marketing já é o chavão de há muitos

que este ainda não sabe que necessita".

anos, agora o que temos é a tecnologia com

Incubador de empresas - empresa que ajuda empresas em fase inicial de negócio.

A estas oportunidades junta-se ainda,

maturidade suficiente para conseguir fazer

segundo António Loureiro, director geral

coisas que antigamente não se conseguia".

da Travelport, "uma maior capacidade dos

Para o responsável, "vai ter mais sucesso

Indie - surge da palavra independente, está associado ao conceito de único e fora do comum.

stakeholders de negociar preços com os

MillenNial - indivíduo da geração Y. Ainda que não exista uma definição fechada a respeito da faixa etária desta geração, o termo millennial está relacionado com a entrada no novo milénio, em 2000, altura em que muitos dos indivíduos desta geração já haviam atingido a maioridade.

a produtividade operacional e aumentam

OLAP - On-line Analytical Processing software cuja tecnologia permite aos utilizadores analisar e visualizar, em diferentes perspectivas, dados corporativos de forma rápida, consistente e interactiva.

Data Mining - ferramenta que agrega e organiza dados, encontrando neles padrões, associações, mudanças e anomalias relevantes. Economia colaborativa - modelo económico baseado na partilha de activos não financeiros desde espaços a competências ou objectos para obter benefícios monetários ou não monetários.

Startups - pequenas empresas em fase inicial com projectos promissores para desenvolver ideias inovadoras. Uber - Plataforma tecnológica que permite chamar um motorista para se deslocar pela cidade. Está presente em mais de 200 cidades.

seus fornecedores, maximizar as margens, maximizar a receita, enquanto aumentam também os rácios das políticas de viagens”.

[

quem conseguir entregar a informação de

]

consumidor VS confidencialidade

forma mais relevante para cada individuo".

Poucas dúvidas restam de que se à data de

Mas, e onde fica a privacidade do

nascimento, sexo, número de passaporte/

consumidor? Segundo João Pronto, "se o

passageiro frequente e morada de um

cliente gosta de experiências personalizadas"

consumidor, a empresa acrescentar outros

terá que estar disposto a ceder os seus

componentes, como o valor médio gasto

dados."A partir do momento em que chego ao

durante a viagem, o tipo de hotel e categoria

quarto de um hotel na Alemanha e o ecrã da televisão aparece em português

Discovery Hotel Management Esta nova cadeia de hotéis não é mais do que uma marca-chapéu para os activos que integram o Fundo Discovery. Com as tendências mundiais em mente, assume-se como uma marca para a Geração Y. Um dos seus aspectos diferenciadores passa por ter a mesa do director-geral no meio do lobby em todos os hotéis e de apostar na cozinha em forno de lenha, um toque do passado que se conjuga com sabores modernos e pratos inovadores (Ver mais página 48)

com o meu nome e com filmes e jogos para crianças, porque sabem que levei as minhas duas filhas, é óbvio que gosto. A partir do momento em que eu quero personalizar a minha experiência, eu tenho de ceder e não há volta a dar", explica o profissional, acrescentando que se o




Abertura | 21

consumidor se quiser manter no "anonimato terá de dizer adeus à tecnologia", do mesmo modo que "se quiser estar seguro, terá de desligar os cabos de rede ou os modems". Para António Loureiro, "ainda que os consumidores tenham algumas dúvidas sobre a prática da recolha de dados pessoais, é um facto que eles gostam de receber atenção e ofertas personalizadas". E prova disso é que os "consumidores continuam a alimentar os media sociais, a fazer comentários no TripAdvisor e a publicar as suas preferências online, por isso, a segurança e a privacidade vão ser difíceis de satisfazer inteiramente". Aos olhos de Miguel Quintas, "a geração Y está cada vez mais preocupada" com

Para Paulo Almeida, responsável da Whale,

Na opinião de José Luís Cardoso, a mudança

com informação que hoje se assiste a

[

ferramentas em uso.

bilhetes".

consumidores foram tão mal tratados

companhias aéreas na frente da corrida

em Portugal, se apelidarem erradamente as

para analisar os dados de pré-venda de

esta questão. Nos últimos dez anos, "os

uma rejeição de muitos dados. Ou seja, é o

Pronto que chama a atenção para o facto de,

maioria, "não estão preparadas, por exemplo,

]

cliente/consumidor/público que decide que informação quer ou não ceder". Neste jogo, quem vai na frente são as companhias aéreas e as razões para que tal aconteça não são difíceis de perceber, uma vez que são estas empresas que possuem um maior volume de dados e são também

aquelas que têm mais capacidade de investir. De acordo com Miguel Quintas, foram as low-cost quem primeiro começou a utilizar a análise de dados para seu proveito. "As companhias tradicionais tiveram que se agilizar de forma a acompanhar estas tendências de mercado. Hoje, por exemplo, já se consegue identificar se o cliente precisa de bagagem ou não, oferecer-lhe um lugar à janela, ou até uma refeição especial. As companhias aéreas estão a começar a conhecer o seu cliente", afirma. Uma opinião também partilhada por António Loureiro, que afirma que "as indústrias da aviação e hotelaria, especialmente norteamericanas, já estão a investir em programas e tecnologias que lhes permitem cruzar perfis de clientes de referência com dados e tendências disponíveis". Para o directorgeral da Travelport para Portugal, "a área em que é, actualmente, mais urgente investir, é a das agências de viagens", uma vez que na

"as empresas típicas do turismo não estão

deverá ganhar mais peso "nas áreas onde

habituadas a ter um investimento na

existe uma compra por impulso", como

área tecnológica", uma questão cultural

acontece, por exemplo, na hotelaria, onde

que só poderá ganhar outros contornos

será necessário "um esforço adicional".

se "o software for comparticipado".

Segundo o responsável, "a solução pode

"Nós falamos muitas vezes ao nível de

passar por associar vários hotéis e criar uma

estruturas governamentais ou de blocos de

app ou fazer uma associação ao nível de uma

representação de interesses, como é o caso

cidade, por exemplo, de forma às empresas

[

ficarem a conhecer os seus potenciais

"acordámos tarde"

]

clientes, encaminhando-os para as unidades relevantes" e sem ter custos demasiado elevados. Em Portugal, e segundo João Pronto, "existe alguma dificuldade em falar-se de Big Data", talvez porque ainda não existe no nosso país, segundo Miguel Quintas,

"ninguém que esteja a fazer algo forte e com um grande ou médio investimento nesta área"." No sector das viagens não temos uma dimensão ainda suficientemente

do Turismo de Portugal, ou a nível europeu, porque são esses que são capazes de perceber o que é que o mercado precisa e de injectar não só guias de orientação, como também ir buscar subsídios a fundos europeus para essa mesma planificação", explica. Segundo António Loureiro, "em 2020 o Big Data será uma commodity". No entanto, "Portugal está ainda um passo atrás em termos do que o Big Data está a trazer aos novos projectos e, especialmente, no investimento de grandes organizações". Ainda assim nem tudo são más notícias. De acordo com João Pronto, "a tecnologia está a começar a massificar-se e isto quer dizer que

grande para conseguir trabalhar esta informação à escala que ela merece", afirma o director geral da Amadeus em Portugal, acrescentando que "assistimos a pequenos trabalhos na área do turismo ao nível das agências de viagens corporate, que começam a ter um ERP próprio onde carregam a informação dos clientes, mas não estamos ainda a falar de Big Data". Uma opinião também partilhada por João

Uber A Uber chegou a Portugal em Julho de 2014 com a promessa de revolucionar a forma como nos deslocamos em Lisboa, facilitando, através de uma aplicação, a ligação entre passageiros e motoristas, sem transacções directas. A informalidade do serviço e atenção dos motoristas faz com que muitos optem por este serviço. (Ver mais página 6 da Ambitur Travel & LifeStyle.)


22 | Abertura

Economia colaborativa

O segredo a partilha é a alma do negócio

C

ada vez mais o verbo partilhar assume

por materializar de uma forma mais expressiva

de estabelecer redes de forma mais aberta,

um lugar de destaque no léxico e na

no mundo empresarial actual. Hoje em dia, o

participada e independente da distância ou

vida do cidadão comum. Partilhamos ideias em

segredo já não é a alma do negócio e as empresas

vínculo social e familiar, contrariamente à

reuniões e brainstormings, partilhamos comida

que se fecham em si sem realizar sinergias e

partilha que antes apenas era feita de forma

nos restaurantes, partilhamos fotografias nas

parcerias com terceiros correm o risco de cair.

mais local. Um conceito que se cruza com a

redes sociais, partilhamos boleias. Um reflexo de uma geração Y em contacto permanente com o mundo, exigente, informada e com várias experiências em território internacional. "Todos

[

]

uma questão de aproximação

realidade quando as ferramentas electrónicas de partilha começam a ter impacto nas decisões reais das pessoas. "Esta geração tem vindo a

A tendência de partilha reflecte, sobretudo, uma

crescer com um nível de familiaridade e conforto

os pormenores da vida moderna desta geração

necessidade de aproximação entre as pessoas,

totalmente diferente das anteriores gerações

se cruzam, fazem sentido, porque vão todos

de estreitar relações entre elas."As pessoas estão

com as ferramentas e a economia de partilha.

juntos. As pessoas sabem que o que precisam de

a dar muita informação e mais do que deviam,

Para eles, partilhar uma foto, uma ideia, uma

procurar são bons resultados das experiências.

mas não querem saber se é um risco que correm.

recomendação, uma casa, e fazê-lo de forma

Sabem que precisam de viver e que viver é

Da mesma forma que aumenta a partilha, vai

instantânea com pessoas com as quais não têm

partilhar", explica João Cepeda, director-geral da

aumentar em proporção o número de pessoas

relações de afinidade evidentes, é algo imediato

Time Out.

preocupadas com isso", revela o responsável

e natural. Nesse sentido, ultrapassam a última

Numa altura em que o tempo é um recurso

da Time Out, que acredita que, à semelhança

barreira para desenvolver a economia de partilha,

precioso e o imediatismo uma mais-valia nos

do que aconteceu com os cartões de crédito,

que, hoje em dia, já não é tecnológica, mas antes

negócios, estes valores e escolhas a nível pessoal

serão estabelecidos mecanismos de protecção.

psicológica".

acabam então por ser transversais a tudo, a uma

"Começámos a assumir mais riscos para que haja

Um risco que se corre em nome das vivências

forma de estar na vida, a nível pessoal, e uma

uma mudança".

e experiências únicas. Contudo, neste processo

maneira de fazer negócios, a nível profissional.

Já Francisco Veloso, director da Católica-Lisbon

natural de partilha, ao nos afiliarmos nas várias

Sendo que a geração Y representa cerca de 75%

School of Business & Economics, assume que

redes sociais, através de "likes" e "follows", estamos

da força laboral, esta é uma realidade que se acaba

a economia de partilha assenta numa base

legalmente a ceder informação às empresas,


Abertura | 23

que acordam para a importância deste rasto

posso ir atrás do rebanho".

respeitados e todos eles crescem, ou seja, o

para conhecer o seu consumidor. Mas porque o

João Vasconcelos, director executivo da Startup

mainstream vai ser um conjunto dos pequenos

fazemos e até que ponto estamos conscientes de

Lisboa, corrobora esta opinião referindo que, por

streams", explica João Cepeda, da Time Out.

que o fazemos? José Luís Cardoso, New Business

um lado, esta geração não tem tempo a perder e

Opinião que é sustentada pelos gestores do

Director da Travelstore afirma que o objectivo do

gosta do que está referenciado pelos seus pares

Discovery Hotel Management (DHM) Group, que

marketing é a telepatia, alertando para o facto de o

ou referências, ou mesmo do que está na moda,

remodelam hotéis para a geração Y, investem

consumidor poder não querer chegar a esse nível

mas, por outro, gosta da exclusividade. "O que é

especificamente nestes nichos, numa oferta cada

de exposição de si próprio, ainda que permita

interessante é que, apesar de gostarem do que

vez mais segmentada e específica, seguindo

às empresas chegar até ele com mais eficácia.

está na moda e do que é tendência por outros,

as tendências a nível mundial. "Os millennials

"Acho que essa é a discussão que vai acontecer

têm uma atracção pelo que é indie e subversivo,

são a maior geração que existe - dois biliões de

nos próximos dez anos". Contudo, José Luís

e acabam por dividir-se em nichos, porque têm

pessoas e 75% da força laboral - e como somos

Cardoso acredita que as pessoas estão dispostas

uma busca incessante pelo ‘ser diferente’. Por

um projecto a médio e longo prazo, queríamos

a partilhar desde que haja um mínimo de

isso é que as startups desenvolvem produtos

evoluir uma marca e crescer com essa geração",

confiança nas entidades e que será atingido um

focados em nichos de mercado" e os acabam por

criando fãs da marca, explica Miguel Guedes

ponto de equilíbrio, sendo fulcral para atingir a

considerar oportunidades de negócio.

de Sousa, CEO da DHM Group. "O decisor hoje

Quintas, Director-Geral da Amadeus Portugal,

[

acredita que a geração Y está cada vez mais

tornam-se alvos interessantes para os mercados

para esta geração. Este produto está então assente

preocupada com a confidencialidade e teme

e evoluem para segmentos cada vez mais

na forma como são explorados os espaços,

uma inversão de tendências, assente não só

expressivos. "Nós hoje em dia respeitamos muito

como o lobby que é um ponto de encontro entre

na resistência ao fornecimento de dados, por

a diferença, queremos coisas muito diferentes

hóspedes com o próprio director, que lá tem

parte desta geração, como da necessidade da

e hoje em dia há ofertas para tudo, quer sejam

alocada a sua secretária, e a maneira de estar

geração ser diferente. "O facto de querermos ser

pessoas que gostam de comida picante ou

em determinadas áreas como é o caso do F&B,

exclusivistas implica que o número de opções

que gostam de comprar artigos

tenha de aumentar e para ter de aumentar eu não

góticos. Os grupos são muito

personalização das ofertas, através de ferramentas tecnológicas de Business Intelligence. Ainda nesta questão da exposição, Miguel

a importância dos nichos

Assim sendo, pela primeira vez, os nichos

]

é mais novo do que era antes e isso influencia muito o modelo económico", assevera o presidente, Pedro Seabra, que revela que o grupo tentou criar um produto diferenciador e virado

fomentando a partilha e

Portugal - uma "fabrica" de startups ´ ´ Portugal - uma "fabrica" de startups O empreendedorismo é uma das áreas que tem vindo a dar cartas em Portugal. Nos últimos anos, têm surgido várias incubadoras em território nacional, todas com algo em comum: "ajudar as empresas a desenvolverem-se com os clientes, com os investidores e com os parceiros empresariais", afirma João Vasconcelos, explicando que o "que define uma startup não é ser pequena ou nova", é sim o facto de esta "desenvolver um produto e um modelo de negócio que lhe permite prestar um serviço ou vender um produto, promover a criação de um mercado para isso e providenciar os meios ou as plataformas para isso acontecer". Para João Vasconcelos, o desenvolvimento de startups na área do turismo é uma "oportunidade única para Portugal por esta ser uma área muito permeável à inovação e constante adaptação às tendências do consumidor". José Luís Cardoso defende "esta boa tendência" não só "porque temos condições para explorar recursos humanos e naturais", mas também porque existem áreas nas quais "temos hipótese". "Uma coisa é nós fazermos um modelo para depois exportarmos lá para fora, a outra é aproveitar os nossos recursos únicos enquanto Portugal e fazer startups no sentido de promover o país enquanto destino turístico, porque isso ninguém nos pode tirar". Na opinião de James Kirkby, co-fundador da Rewind Cities, ainda que não seja "fácil para uma startup ganhar dimensão suficiente em Portugal para se tornar num negócio milionário", existe neste tipo de empresas um potencial enorme, primeiro porque estamos a assistir a crescimentos superiores a 10% no turismo e depois "porque está a ser criado o ambiente certo para o aparecimento dessas startups". Não esquecendo o impacto que estas têm na criação de emprego e novas empresas que dinamizam a economia nacional.


24 | Abertura

Startups sputratS Rewind Cities: Conhecer Lisboa através de uma máquina do tempo de bolso Transformar smartphones e tablets em máquinas do tempo de bolso é um dos grandes objectivos da Rewind Cities. Criada em 2013 e já com cerca de cinco mil downloads, a empresa desenvolve aplicações móveis, com base na realidade aumentada que permitem experienciar os lugares e cidades de uma forma nunca antes vista. "Levamos os utilizadores ao passado das cidades, através de conteúdos fotográficos, imagens e vídeo", explica James Kirkby, co-fundador da startup. Xtourmaker: Proporcione uma estadia inesquecível aos seus hóspedes Em operação há cerca de seis meses, a XTourmaker é uma app que para além de disponibilizar informação de produtos e serviços turísticos no destino e informação da unidade hoteleira (características, password do wifi, etc), dá a oportunidade ao hotel de comunicar com o cliente, através de mensagem. Mobeetrip: De olho nos viajantes de negócios... Há cerca de um ano e meio no mercado, a Mobeetrip, integrada no grupo TravelStore, dirige-se a PME’s e distingue-se por fazer gestão de alterações de viagens e a componente administrativa. B-Guest: Um agregador de hóspedes Fazer pedidos de room-service, chamar um táxi, pedir uma toalha extra ou pedir informação acerca da possibilidade de uma late check-out. Estes são alguns dos pedidos que os hóspedes podem agora fazer em todos os hotéis que aderirem ao B-Guest, uma aplicação que permite ao hotel acumular informação mais detalhada sobre o perfil e comportamento dos seus hóspedes e, consequentemente, potenciar a proximidade com os seus clientes. Sonar: Identifique os seus clientes nas redes sociais Trata-se de um CRM de gestão de clientes, alavancado sobre as redes sociais, promovendo o contacto directo e rápido com o cliente. O Sonar existe numa cloud, o que faz com que "grupos de países diferentes possam trabalhar sobre a mesma plataforma" e é uma grande oportunidade para as empresas do sector, já que as viagens são as experiências que os clientes mais partilham nestas redes.

um novo conceito do "sozinho-junto", em que

dos hotéis, ou a Zomato, no caso da restauração,

pessoas sozinhas partilham o mesmo espaço,

mas que impulsiona a criação de novas

podendo estar uma a almoçar e outra a trabalhar,

empresas.

com naturalidade. Um fenómeno familiar e

"A geração Millennial, que fez Erasmus, foi

comum em qualquer café da cidade. Ainda que

trabalhar para fora e está habituada a ver

exista um standard (DNA) de base, os hotéis da

oportunidades, volta e não se enquadra com a

marca incorporam tendências e valorizam as

lógica de trabalho hoje em dia e pensa em montar

regiões apostando em nichos, como é o caso

um negócio", explica o CEO da Beta-i. Segundo

do biking, na Serra da Lousã e que alimenta

Pedro Rocha Vieira, esta já é uma das camadas de

outra característica desta geração, a procura por

empreendedores, que surgem numa altura em

experiências diferentes e por uma vida saudável.

que a vontade de fazer negócios é impulsionada

Já Pedro Rocha Vieira, CEO da Beta-i, enquadra

por um custo de oportunidade muito baixo. Por

os nichos como parte fundamental de um

viajar tanto, esta geração acaba por ter contacto

modelo de negócios diferente, assente na

com outros negócios feitos lá fora e ganhar a

inovação, delineando, por um lado, uma

confiança para replicá-los por cá.

estratégia a longo prazo e, por outro, tendo em

"São ideias menos despretensiosas porque a

conta o que a empresa quer ser e os seus aspectos

maior parte dos negócios envolvem menos

mobilizadores. "Se eu sou um hoteleiro em

dinheiro de arranque. A crise ajudou e deu ânimo

Lisboa e percebo que há uma tendência global,

para que isso acontecesse", reitera João Cepeda.

tenho de criar qualquer coisa e aproveitar essa

"As pessoas aprenderam que o segredo não é a

oportunidade". E isto apenas se atinge analisando

alma do negócio, a partilha é a alma do negócio.

os hábitos de consumo, para ver se existe uma

As pessoas já perceberam que a pessoa que está

oportunidade de negócios e se é possível criar

ao lado a tentar abrir um negócio é importante

uma proposta de valor, articulada com o potencial

para o sucesso do seu próprio negócio".

da zona onde está inserido.

Uma visão de grupo e comunidade que se

[

o C2C e as novas empresas de turismo

Já vimos que, com esta nova geração, existe

]

materializa na forma de incubadoras de startups e coworks e que, de acordo com Francisco Veloso, encontrou no turismo o seu ponto de ebulição. "A economia de partilha tem tido no turismo

uma inversão no que aos valores diz respeito,

uma das grandes áreas de desenvolvimento e

havendo uma clara aproximação ao que os faz

aceitação. Não existe hoje ninguém abaixo dos

mais feliz, mesmo que, para isso, se saia fora da

40 que viaje sem consultar um website como o

área de formação e dos empregos considerados

TripAdvisor ou qualquer outro site de partilha

mais típicos. Uma geração que está a dar a

de informação sobre locais, destinos, atracções,

volta e a desbravar novos caminhos, que em

oferta de alojamento e refeições".

muito assentam nesta economia colaborativa,

"A noção de propriedade privada está a mudar, as

disruptiva dos modelos de negócio tradicionais.

pessoas estão disponíveis a partilhar aquilo que

"É curioso que tenha acontecido tão rápido

é seu, a rentabilizar e ganhar alguma coisa com

porque em Portugal as pessoas são muito cientes

isso ", assevera Pedro Rocha Vieira. Isto faz com

da sua propriedade e não gostam de partilhar",

que haja uma proliferação de novos negócios.

afirma Pedro Rocha Vieira.

É o caso do Airbnb, que funciona como um

"Somos a geração que está educada para

intermediário para os utilizadores que querem

consumir rapidamente muita informação e

alugar a sua casa. "É um modelo many-to-many,

deitar fora aquela que é lixo. Ou seja, absorver o

em que a empresa fornece um facilitador para

que é importante", explica Miguel Quintas, que

que as pessoas se organizem para cumprir um

fala da importância de uma memória selectiva

determinado objectivo de forma mais eficiente",

que é rápida e imediata. "A informação é tanta

reitera José Cardoso Pires.

que temos de definir o que é ou não importante.

Tanto o Airbnb como o Uber são tendências

Ou seja, é o consumidor que, cada vez mais,

modernas, que apresentam novas formas

gera informação para o próximo consumidor".

de turismo. João Cepeda acredita que estas

Um modelo consumidor para consumidor

plataformas respondem a um problema de

(consumer to consumer, C2C, em inglês) que

informalidade versus formalidade. "São tudo

releva plataformas como o TripAdvisor, no caso

formas informais de nós termos os mesmos


Abertura | 25

serviços que tínhamos antes". Já para João

serviço. No ser próximo das pessoas, dar-lhes

tem de ser bebida e feita com as startups",

Vasconcelos, "são os maiores exemplos de

dicas. E isso diz muito sobre a necessidade de

defende João Vasconcelos. Exemplo disto

disrupção e de negócios escaláveis que conheço,

aproximar as pessoas", revela João Cepeda. "As

são a TAP, que trabalha com o Sonar, e a Vila

abriram a porta a um novo mindset que passa

pessoas já estão a pagar o mesmo no Airbnb do

Galé, que trabalha com a Bguest.

por uma certa democratização e por criar novas

que num hotel e é extraordinário, porque não é

Para José Luís Cardoso, "deve-se perceber

formas de estarmos em sociedade, de vivermos

uma questão de preço, mas sim de experiência".

onde se compete e onde se coopera",

e de passearmos", especialmente focadas no

Uma informalidade que é visível também nos

sendo que em Portugal costuma falhar

benefício para os seus clientes.

hotéis da DHM, através do design e do serviço.

esta última parte, muito por desconfiança.

"Os recursos humanos hoje em dia são caros e

"Claramente os hotéis em Lisboa, por

queríamos uma equipa mais flexível", explica

exemplo, podem competir entre si dentro

[

]

Informalidade vs Formalidade

Miguel Guedes de Sousa. Nos hotéis do grupo,

do espaço de Lisboa, mas podem cooperar

Esta procura pela informalidade é justamente

a farda é universal, de forma a poder distribuir

para captar mercado lá fora". O responsável

reforçada por Pedro Rocha Vieira, que, com um

recursos pelas várias áreas. "E os clientes que

da Travelstore reitera que a competição é

conjunto de pessoas, criou a Beta-i há cinco

entendem esta forma de servir e esta forma de

global e o desafio para as empresas é fazer

anos pela necessidade de ter uma organização

estar são os millennials", refere. De acordo com

sugestões relevantes para o cliente. "Em cada

que "trabalhasse de uma forma colaborativa,

Pedro Seabra, a formalidade passa para segundo

categoria vamos ter menos escolha do que

mais aberta, informal, com metodologias mais

plano, mas isso não implica que a qualidade

tínhamos antes. Não há espaço na cabeça

eficientes, próximas dos empreendedores", com

seja descurada. "A aparente qualidade por sinais

do consumidor e eu tenho de ser inteligente

o objectivo de materializar ideias em negócios e

exteriores não é tão relevante. É importante a

para conseguir chegar até estas pessoas".

acelerá-los de uma forma eficaz, organizando o

qualidade verdadeira. É fundamental ser bem

Pedro Rocha Vieira identifica a necessidade

potencial existente em Portugal. E acredita que

servido, mas não tem de ser de uma forma

das empresas serem cada vez mais focadas,

os programas de aceleração estão a ter bons

servil, pode sê-lo de uma forma informal, mas

sabendo integrar a tecnologia de terceiros

resultados e vieram para ficar, dando o exemplo

com qualidade".

na actividade, de forma a melhorar a

casa das pessoas, valorizando a experiência

[

Neste panorama de ebulição, como ficam as

uma identidade tem de ser agregada com

de viver como elas, o food hall no Mercado da

empresas tradicionais e como podem estas

soluções de terceiros", defende, dando o

Ribeira permite-nos experimentar comida

dar resposta e inovar? "As grandes empresas

exemplo da animação turística de Lisboa

de luxo num local informal e acessível, e a

já perceberam que se quiserem sobreviver

que, com o aumento da oferta, passou

Uber permite-nos viajar pela cidade, sem o

e continuar a crescer têm de incluir na sua

a disponibilizar oferta suficiente para a

constrangimento das normas dos táxis. "A

oferta um grande factor de inovação. E essa

quantidade de turistas que chegam com as

aposta é, em primeiro lugar, na qualidade do

informação está fora das grandes empresas,

novas ligações aéreas.

de projectos como o Airbnb, que nasceram numa incubadora. Se, por um lado, o Airbnb nos permite estar em

]

como as empresas tradicionais podem dar resposta

experiência. "As empresas de turismo tradicional ainda o são neste sentido, não fazem parcerias. A proposta de valor de


26 | Distribuição

de consumo diferente e isso, a médio prazo, vai fazer com que as ofertas antigas não acabem, mas se restrinjam ao que é mais fechado e segmentado. A concorrência salva sempre o que é bom". José Luís Cardoso, por sua vez, passa a bola para o consumidor, que deve ter liberdade de escolha, embora deva existir uma baliza composta por critérios mínimos de enquadramento legislativo e de regulação, devendo estes mínimos ser decididos socialmente. Contudo, assume que a economia de partilha trará implicações sociais,

[

]

acomodação de certos players. "A legislação

nomeadamente ao nível do conceito de

pode ser uma barreira à entrada num certo

emprego existente actualmente. "Desde que os

sector", afirma, defendendo a regulação em

transportes cumpram os requisitos mínimos

áreas como o ambiente e a saúde, devendo

que a sociedade aceita, eu acho que a Uber e

as restantes ser alvo de uma supervisão. "A

outros modelos deveriam ser disponibilizados”.

Qual será então a acção a tomar? Deixar o

liberalização traz sempre concorrência e traz

Ainda que o futuro traga uma incerteza

mercado regularizar-se? Intervir com nova

novos players que põem em causa os anteriores.

cinzenta ao sector e ao impacto que estas novas

legislação? Permitir estes modelos C2C ou

Acredito muito na destruição criativa, às vezes é

ferramentas têm, o responsável da Travelstore

bani-los? As opiniões são diversas, tanto mais

preciso mandar alguns [players] à falência para

acredita que os dois modelos ainda vão coexistir

realistas, como mais fatalistas. A certeza é que

surgirem novos, porque melhora a qualidade do

durante muito tempo. "Há uma visão do futuro

estas novas empresas continuarão a proliferar.

serviço", declara.

que diz que deixarão de existir empresas

"A principal dificuldade é a resistência de

João Cepeda acredita que não existe

tradicionais e passarão a existir partilhas. Eu

actores tradicionais e a captura por parte

necessariamente uma concorrência, mas que os

acho o modelo interessante, do ponto de vista

de entidades reguladoras deste mesmo

sectores mais tradicionais vão cair naturalmente,

conceptual, mas acho que provavelmente

fenómeno", garante Francisco Veloso. "É

já que as pessoas vão envelhecendo. "É um tipo

ainda estaremos um bocadinho longe".«

há espaço para tudo?

necessário dar asas e suportar a economia de partilha, que veio para ficar, e será tanto mais impactante quanto soubermos enquadrá-la e

O O exagero exagero e eo o experimentalismo experimentalismo

desenvolvê-la". O director da Católica-Lisbon School of Business & Economics assume que estas práticas são disruptivas e por isso vão reduzir a capacidade das indústrias tradicionais de capturarem valor. Contudo, considera que o cliente e a economia só têm a ganhar com esta inovação e defende, por exemplo, o novo regime jurídico do alojamento local como uma simplificação e desburocratização. "Acomodar e enquadrar soluções com a Airbnb é sempre superior do que tentar combatê-la, isso seria uma guerra perdida". "No entanto, sendo serviços novos, têm também períodos de aprendizagem e correcção que temos de entender", ressalva. "Assim, parece-me importante que a legislação evolua para regular estes fenómenos, procurando proteger clientes, mas sem que no entanto vá mitigar ou atrasar o seu desenvolvimento e limitar o seu potencial". Já Pedro Rocha Vieira considera que a legislação exagerada faz com que não se precise de mudar e melhorar, promovendo a

O factor novidade da expressão desta economia de partilha, aliado à atractividade do custo necessário para abrir um negócio nos dias de hoje, faz com que estejamos, actualmente, a atravessar uma fase de experimentalismo e de agitação frenética. Partilhamos muito, comunicamos por vias cada vez mais diversas, queremos viver intensamente e temos pressa por descobrir coisas únicas. Certo é que com o aparecimento de tantos negócios e de uma concorrência tão apertada, alguns vão ter de cair e terminar esta fase laboratorial. "Há uma grande concorrência, o que faz com que haja também uma maior percentagem de projectos que falham", afirma Pedro Rocha Vieira, que acredita que este falhanço vai ser construtivo e que não é grave "desde que se falhe rápido, sem gastar muito dinheiro". Já João Cepeda acredita que este exagero é necessário para chegar a um ponto ideal. "Para que se encontre o ponto ideal é preciso conhecer o outro extremo, é preciso passarmos por esta excitação colectiva", reitera. "Estamos numa fase de laboratório e experimentação, mas ainda bem, porque podíamos estar simplesmente frustrados". Já João Pronto, coordenador da área científica de Técnicas e Tecnologias de Aplicação da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, defende que o importante é não perder o foco. "O problema é que quando estamos a experimentar caímos facilmente no exagero", diz. "E às vezes é tarde demais. O grande problema é saber até onde temos de ir".



28 | Opinião/ Colunistas

{luís araújo* } “Os Super-Heróis”

V

ivemos tempos difíceis, exigentes

cuidadosamente elaborado antes sequer

e de grandes desafios em todas as

do projecto ver a luz do dia.

áreas. Tempos quase impossíveis de ultrapassar se não tivermos super-poderes e se

Vivemos por isso cada vez mais de-

estes não estiverem todos à distância de

pendentes (para o bem e para o mal) das

um click. Em questão de segundos, qual

recomendações, muitas vezes feitas por

herói de uma banda desenhada, manda-

quem passa despercebido dentro do hotel

mos mensagens a milhares de pessoas,

mas que no mundo virtual pode ser uma

possuímos amigos de quem nunca ouvi-

verdadeira máquina de promoção (ou de-

mos falar ou com quem nunca falámos e

molição) de um qualquer sonho hoteleiro.

viajamos num curto espaço de tempo por destinos tão distantes e dispares como

É certo que a análise crua dos índices de

dois continentes. A volta ao mundo, nas

satisfação pode, quando vista à lupa, ser

nossas mãos, pode ser feita em 8 segun-

afinal a expressão de uma insatisfação ex-

dos e já não em 80 dias como defendia Ju-

terior que nada tem a ver com o negócio

lio Verne. Somos invencíveis nos elogios,

em si ou com uma experiência depend-

demolidores nos comentários e a nossa

ente do hotel. Todavia, poucos são aqueles

opinião conta mais quanto mais replicada

que se dedicam a analisar ao detalhe, a

em diversos meios.

verificar a veracidade das afirmações.

Num sector como o turístico, uma ima-

Por esse motivo, mais do que saber se

gem vale mil palavras mas há comentários

existe ou não transparência ou realidade

que valem por mil estadias. Estamos cada

no comentário, o papel de qualquer hotel

vez mais dependentes da informação que

deve começar pela base. A gestão das ex-

sobre o nosso negócio circula e o resul-

pectativas destes Super Heróis deverá ser

tado da empresa é directamente propor-

o principio das informações que passa-

cional à quantidade de “likes” que temos

mos, o serviço que prestamos e a imagem

ou à classificação que tantos nos dão nos

que queremos transmitir. Mais importante

diversos sites da especialidade.

que saber distinguir quem critica de forma “desleal” ou quem o faz de forma cor-

Sem questionar a veracidade dos comen-

recta é saber se a imagem que projecta-

tários (e muitos podem ser de facto “com-

mos (desde uma simples fotografia no site

prados”) são esses tantos que, qual im-

a uma promessa de serviço) corresponde

perador em circo romano, decidem a sorte

de facto àquilo que entregamos.

de uma taxa de ocupação anual ou uma diária média que em nada se assemelha

Só assim, baseados numa relação de con-

à apresentada por um plano de negócios

fiança e transparência, conseguiremos

anular os efeitos muitas vezes nefastos dos poderes destes Super Heróis e sobreviver num mercado cada vez mais competitivo.

* Administrador do grupo Pestana

“A volta ao mundo, nas nossas mãos, pode ser feita em 8 segundos e já não em 80 dias como defendia Julio Verne. Somos invencíveis nos elogios, demolidores nos comentários e a nossa opinião conta mais quanto mais replicada em diversos meios.



30 | Opinião/ Colunistas

{frederico costa* } “Já não chega ter um bom produto”

A

indústria do Turismo sempre

empresas terão de vir a assumir.

respondeu bem aos desafios dos

Se é certo que o mundo está cada vez mais

tempos. Mesmo pondo de parte a aviação,

complexo e cuja influência reside muito na

líder absoluto em inovação e maximização da

capacidade e vontade de grandes potentados

utilização das novas tecnologias em proveito

como é por exemplo o caso da Google, que

próprio e dos seus passageiros, o Turismo

mais tarde ou mais cedo entrará com estrondo

dito tradicional da hotelaria por exemplo,

na indústria do Turismo, é também verdade

também nunca se deixou ficar para trás.

que esse mundo está agora mais acessível

Antes de muita Industria e à frente de tantos

do que nunca… basicamente à distância dos

outros sectores de serviços, a hotelaria cedo

nossos dedos num teclado! Sendo certo que

começou a adoptar ferramentas que ajudaram

o consumidor manda, a realidade é que nós

a potenciar os resultados e a melhor lidar com

também somos “consumidores” neste espaço

os clientes. Foi assim com a introdução das

global de influências.

práticas de e-commerce, yield management

Este é por isso um período de oportunidades.

e revenue management, aconteceu também

Se antes o sucesso dependia provavelmente de

na utilização de ferramentas inovadoras de

estar no lugar certo para que alguém viesse até

atendimento e informação ao consumidor,

nós comprar-nos praticamente “à porta”, hoje

nomeadamente no meio digital.

e mais do que nunca a capacidade de saber

Muitos destes “novos” desafios não são

vender é colocada como expoente máximo

de agora e recordo que plataformas de

para a obtenção de resultados. E a boa notícia

comunicação e partilha de informação que o

é que as ferramentas estão todas disponíveis

Turismo há muito utiliza (e neles é utilizado),

para quem as quiser usar e até nem são

como são os casos do Facebook, YouTube e

dispendiosas.

Twitter fazem agora uma década de existência.

É indiscutível que a dimensão conta e que

Se pensarmos aliás em canais específicos de

a união fará cada vez mais a diferença, no

venda turística, há que recordar plataformas

sentido de reduzir custos, ganhar massa crítica

ainda hoje consideradas inovadoras, como

e capacidade de empreender. Neste capítulo

são a Booking.com ou a Expedia.com que

estou certo que os Grandes continuarão a ser

apareceram há 20 anos!

grandes e que continuarão a consolidar e a

Trata-se assim de um processo evolutivo e

crescer e há por isso saber como contar com

não propriamente de uma ruptura. Afirmo por

eles. No entanto poder-se-á igualmente prever

isto com optimismo que o sector do Turismo,

que a influência do individual prevalecerá,

apesar de lidar directamente com pessoas

pois os nichos bem norteados continuarão a

e serviços, não podendo deslocalizar nem

ter o seu espaço de afirmação, realidade aliás

mesmo criar stocks de grande parte da sua

comprovada pelos casos de sucesso que estão

oferta, continuará certamente como até aqui

aí à vista de todos.

a responder com eficácia e eficiência às novas

Nunca houve dúvidas que quem manda é o

tendências.

cliente. Mas este “novo cliente” está agora bem

Contudo, ninguém neste momento pode

apetrechado e com acesso a ferramentas de

adiantar ao certo o rumo de evolução da

enorme poder e influência. Há por isso que

indústria do Turismo e perspectivar o que se

saber movimentar-se bem nelas, estar atento à

irá passar daqui a 5 ou 10 anos. Conhecemos

– muita – informação disponível. São tempos

as tendências de hoje e adivinhamos os

de manter um olhar firme e muito critico às

próximos movimentos. Mas à velocidade

operações, pois a avaliação é também feita

que esta sociedade de partilha de base

todos os dias pelos nossos clientes e esta

tecnológica se desenvolve é praticamente

circula e é comentada a uma velocidade

impossível antecipar com certezas, qual

vertiginosa.

será o posicionamento e as respostas que as

Finalmente já não chega ter um bom produto.

“a boa notícia é que as ferramentas estão todas disponíveis para quem as quiser usar... Ele tem de se apresentar cada vez mais como uma constelação composta de experiências. É por isto fundamental que o Turismo continue a abrir-se a outros sectores e actividades, como são o caso da Cultura e da Animação, enriquecendo e diferenciando a sua oferta. Há assim que explorar actividades inovadoras e procurar desenvolver novas parcerias revolucionárias, pois alegremo-nos… hoje assim como amanhã vão existir clientes para tudo! « * Administrador da Visabeira Turismo



32 | Entrevista

“O gestor aeroportuário não pode ter uma atitude passiva„ Naquela que é a primeira Grande Entrevista de Jorge Ponce de Leão a um órgão do trade turístico, o administrador-delegado da ANA aborda as competências do gestor aeroportuário, defendendo uma atitude dinâmica no sentido de obrigar ao crescimento do tráfego. À Ambitur o responsável indica quais as novas orientações do programa Initiative, assim como aborda a orientação dos incentivos próprios da ANA para a captação de novo tráfego. Nesta edição publicamos a primeira parte desta entrevista.

Q

ual a relação da ANA com os

importante complemento aos

todos estes anos, o mercado e as

sustentar uma rota, a menos que haja

agentes turísticos e o Turismo

sistemas de incentivos da ANA

próprias entidades promotoras

um esforço especial de sustentação

de Portugal (TdP)?

e à actividade de promoção do

evoluíram, pelo que se tornou

da procura. É por isso que nós

O Contrato de Concessão da ANA

destino, a cargo do TdP e das

necessário proceder a uma reflexão

distinguimos aqui o que são os

prevê a criação de Conselhos

Agências Regionais de Promoção

conjunta sobre o futuro.

mecanismos de desenvolvimento

Consultivos Regionais, que se

Turística (ARPTs), garantindo uma

assumem, entre outros aspectos,

desejável convergência entre os

Daqui resulta o novo "Initiative"?

sustentação da procura, tivemos a

como órgãos de dinamização desta

vários intervenientes do sector e

O "Initiative" é um programa muito

preocupação de deixar isso muito

aproximação.

maximizando as probabilidades

virado para o desenvolvimento à

claro e aquilo que vai ser feito agora

É nosso entendimento que as

de sucesso das iniciativas, uma

criação de acessibilidades, novas

com o Turismo de Portugal é

plataformas de parceria para

vez que integram os interesses das

rotas, onde houve uma preocupação

acrescentar àquilo que já existia, o

o desenvolvimento de rotas

componentes de acessibilidade

de criar condições dos turistas

Initiative, e que continua, um novo

turísticas, por exemplo, são um

aérea, promoção e produto turístico.

nos visitarem ou dos portugueses

protocolo onde nós fazemos duas

Desde 2005, data em que foi

visitarem determinados destinos.

coisas que ao fim ao cabo resultará

celebrado o primeiro Memorando

Mas não nos podemos esquecer

de uma troca de informação muito

de Entendimento entre o TdP e a

que já existem muitas rotas, já

importante, mas apenas para os fins

Vamos intensificar

ANA para criação de um fundo de

não há nada a fazer do lado da

específicos internos entre nós e o

desenvolvimento de rotas aéreas em

oferta, o que há a fazer é sustentar

TdP, informação trabalhada que nos

o nível de

Portugal, a ANA e o TdP têm vindo a

as rotas que já existem e algumas

diz "olhe temos aqui um problema.

desenvolver esforços de parceria e a

delas com risco de encerramento

A perder esta rota vamos perder de

articulação

aperfeiçoar os mecanismos de apoio

por não terem atingido níveis de

certeza mercado, e pior que isso,

estratégica entre a

a rotas turísticas, designadamente

performance que tornem justificável

vamos perder conectividade que é

através dos programas initiative:pt.

a sua continuação. Há rotas de difícil

um dos apoios do hub". O hub é tão

Fazemos um balanço muito positivo

exploração em que se o mercado

mais eficaz e tão mais sustentável

do relacionamento que temos

não for dinamizado e trabalhado

no futuro, o hub da TAP, quanto

mantido com os agentes turísticos, e

de forma especial podemos correr

maior for a conectividade de Lisboa,

os resultados reflectem isso mesmo.

o risco de perder tráfego, porquê?

nomeadamente. Portanto, algumas

Todavia, como é natural, passados

Porque por vezes não é suficiente

rotas que não são suficientemente

ANA e o Turismo de Portugal

da oferta dos mecanismos de


Entrevista | 33

poderosas para se auto sustentarem

Concessão celebrado com o Estado

sem alguma ajuda, a importancia

Português, claramente pensado

que têm, porque apesar de tudo é

com o objectivo de promover

uma fatia de mercado, pode não

o crescimento dos aeroportos

ser muito relevante mas conta, é

nacionais e, consequentemente, o

mercado que nós perdermos se não

desenvolvimento da economia das

tivermos. Em segundo lugar, se não

regiões e do país, no quadro de uma

exisitr essa rota, a conectividade do

estratégia coerente de acessibilidade

hub é menor e automaticamente

aérea.

estamos a por em causa o próprio

Éevidentequeparanós estaestratégia

funcionamento do hub.

érelevante.Ogestoraeroportuário

Por outro lado, queremos trabalhar

nãopodeterumaatitudepassiva

em outro campo, aqui, internamente

mas simdinâmicanosentidode

designo "mini charter". Precisamos

obrigaraocrescimentodotráfego.

de criar um conceito novo que é "o

Aestepropósito,importadizerque

mini charter" - claro que para quem

observamos aenormesensibilidade

não é profissional da área as pessoas

por nós, perante as companhias

ficavam um bocadinho chocados

aéreas.

com este tipo de expressões. Mas

Temos que ter cada vez mais

o que é que quero dizer com

cuidado nos regimes de incentivos.

isto? Nós temos que, através de

Este programa foi especialmente

uma intervenção junto daquilo

desenhado para apoiar o

que o mercado chama de tour

crescimento de tráfego sustentável

operação tentar vender partes do

associado à diversificação de rotas, de

avião para sustentar a rota regular.

companhias aéreas de horários e de

Portanto, no fundo fazer uma

frequências.

espécie de rotas mistas. Ou seja,

A este respeito importa referir

pretendemos incentivar a venda de

que, neste momento, a situação

espaço em rotas com dificuldades

que vivemos é estruturalmente

à tour operação para garantir a

diferente. Para além do clima de

Quem tem competências e obrigações

load factordaTAP edaBrussels Airlines

sustentabilidade de rotas. Isso é um

incerteza económica, o número

na protecção das acessibilidades

aumentou.Porquê?Porqueos yields

trabalho que tem que ser feito de

de oportunidades para abertura de

nacionais?

médios desceram30%.

forma metódica, perceber-se qual é o

novas rotas é menor e para mercados

A garantia da acessibilidade aérea

produto que se pode identificar com

mais desafiantes do ponto de vista do

a um país é necessariamente

Portanto o papel do gestor

aquele mercado, o que exige uma

desenvolvimento da procura, quer

uma competência partilhada por

aeroportuário é trazer competitividade

grande troca de informação e por as

turística, quer por outras motivações

diversos actores, competindo ao

aos agentes do sector?

duas entidades a trabalhar.

associadas ao outbound. Estamos

Governo a definição e articulação

Onossopapel égarantirquetodoe

queaprocuradotransporteaéreo tememrelaçãoaopreço.Vejamo exemplodacampanhadaSATA,mais

Estamos a intervir

agressivanopreço;os Açores estão

como um financiador

27%.Paraquemtinhacrescimentos

interessado no

acrescer,nestemês deFevereiro, incipientes de2%a3%,osimples facto de aSATAterprocuradoumaatitude

crescimento do

mais agressivaemtermos detarifário,

tráfego

aentradadaVuelingedaRyanair,

mudoutudo.NarotadeBruxelas,com aumentámos aofertadelugares em 52%,eaprocuracresceu60%.Atéo

a falar de mercados com os quais

estratégica, bem como a gestão dos

qualquerumquegostariadevir,tem

A nível dos incentivos directos da

temos menores laços económicos

direitos de tráfego que condicionam

condições deviraPortugal através

ANA, que política está a vigorar? Há

e afectivos, o que limita o tráfego de

naturalmente o desenvolvimento

dopreçoquelheécobradopara

novidades?

outbound, e onde Portugal, como

dessas acessibilidades. A única coisa

virparaPortugal.As campanhas

Esse programa será focalizado

destino turístico, tem ainda baixa

que dizemos é que gostávamos de ser

de sustentaçãodaprocuravão

em incentivos ao crescimento, ià

notoriedade. Há todo um trabalho

ouvidos.

serfinanciadas pornós,mas em

melhor utilização da capacidade e

a fazer e as ferramentas têm de ser

À ANA compete garantir a gestão

coordenaçãocomos agentes

ao combate à sazonalidade. Este é

adaptadas a esta nova realidade. É

da rede de infra-estruturas

turísticos.Estamos aquiaintervir

um programa bastante detalhado

por este motivo que entendemos

aeroportuárias nacionais, que são

comoumfinanciadorinteressadono

e afinado e isso será apresentado

adequado associar ao novo

uma componente crítica na cadeia de

crescimentodotráfegomas compete

no dia 3 de Março, essa parte

programa de incentivos um sistema

valor das acessibilidades aéreas. A este

aos agentes turísticos promovero

não terá a ver com o turismo, é

de apoios de marketing (que usamos

respeito diria que Portugal está dotado

interesseporPortugal.Nãoéporacaso

financiado por nós e tem a ver

parcialmente em coordenação

de uma rede de infra-estruturas

queseestãoaatingiros níveis de

exclusivamente com a nossa

com o TdP), e cuja utilização é

aeroportuárias que assegura uma

tráfegoqueseestãoaatingir.

intervenção e portanto é algo que

fundamentalmente direccionada

adequada cobertura regional, e

Quanto ao grau de sustentabilidade

é decidido unilateralmente por nós

para a promoção e sustentação da

de um quadro legal que resulta

destes níveis, aí temos de ser mais

e vai ser monitorizado e aplicado

procura.

fundamentalmente do Contrato de

cautelosos.«


34 | Entrevista

“Mantemos a nossa previsão de crescimento (4,5%)”

E

xiste uma diferença entre

hub que pretende utilizar, pelo

Quais os investimentos em curso?

Adicionalmente, existe uma grande

tráfego de transferência (hub)

que as questões relacionadas

Reportando às infra-estruturas

aposta ao nível do desenvolvimento

e tráfego para destino nacional, no

com a qualidade de serviço são

geridas pela ANA, os investimentos

do negócio da aviação

contexto de desenvolvimento dos

especialmente relevantes (ex.

realizados nos últimos anos e que

(desenvolvimento de rotas aéreas).

aeroportos nacionais?

tempos de ligação, oferta de

estão planeados para os próximos

Nesta área, a nossa proposta de valor

Sim. São modelos de negócio

serviços, entretenimento, etc.).

(no total, entre 2014 e 2018, estão

passa por promover activamente

previstos 276 milhões de euros),

todas as oportunidades de novas

diferentes mas complementares. Um aeroporto hub obedece

Quais os indicadores de serviço que a

garantem que os aeroportos da

rotas e/ou operações junto das

a determinados requisitos de

ANA obteve o ano passado?

ANA têm, e vão ter, condições

companhias aéreas e oferecer um

concepção e de serviço que não se

Em 2014, a ANA obteve resultados

de competitividade adequadas

pacote de contrapartidas atractivo,

colocam num aeroporto que apenas

positivos na generalidade dos

aos desafios do mercado, o que

ao nível dos incentivos e apoios

sirva tráfego ponto-a-ponto.

indicadores e evidenciando uma

esperamos se venha a traduzir num

de marketing, com vista a apoiar

No caso de Portugal, o Aeroporto

clara tendência de melhoria. O

aumento sustentado do número

a procura da fase de arranque das

de Lisboa é hub da operação da

Aeroporto do Porto, por exemplo,

de passageiros respondendo, em

operações.

TAP e cerca de 25% do tráfego

foi mais uma vez considerado

paralelo, aos elevados padrões

É claro que não basta garantir

“ ...A ANA mantém uma relação muito próxima com a TAP a todos os níveis... de passageiros deste aeroporto

o terceiro melhor aeroporto

de qualidade e segurança,

condições de acessibilidade aérea

corresponde ao segmento de

europeu na sua categoria em

que procuraremos manter ou

e, infelizmente, são já vários os

transferências.

2013. Numa escala de aferição

incrementar.

casos em que ligações aéreas

O tráfego de passageiros em

de 1 a 5 (escala do programa ACI/

transferência é um segmento de

ASQ - Airport Service Quality) os

Como pensa a ANA trazer mais

sua abertura, por não se verificar

grande valor para um aeroporto,

aeroportos da ANA obtiveram com

tráfego para o Porto, Beja, Madeira e

o desenvolvimento esperado dos

uma vez que, não estando

regularidade pontuações superiores

Açores?

mercados. É a este nível que o sector

dependente das condições

a 3,5 em matéria de satisfação dos

Se é certo que o aeroporto não é

turístico tem um papel fundamental

demográficas e económicas da

passageiros.

um driver, este pode actuar como

devendo actuar ao nível da

área de influência onde o aeroporto

encerram pouco tempo após a

um “travão”, ou como “catalisador”,

estruturação do produto e da sua

está localizado, actua como um

Quais as expectativas para este

caso opte por uma estratégia

promoção nos canais adequados.

importante factor de diversificação

ano, tendo em conta a realidade no

de competitividade que deve

Os aeroportos de Porto, Madeira e

de mercado. Adicionalmente, toda

terreno?

ser alicerçada em três vectores:

Açores vão certamente continuar a

a lógica de alimentação de um hub

A nossa expectativa, com os

capacidade, qualidade do serviço

beneficiar do desenvolvimento das

(feeding/defeeding) ao actuar como

investimentos e iniciativas que

e competitividade comercial. A

companhias LCC na Europa, sendo

concentrador de procura, permite

temos em curso, é que será possível

ANA actua activamente a estes

de destacar a abertura da nova base

aos aeroportos hub uma oferta

melhorar estes indicadores. Todavia,

três níveis. Temos vindo a dotar os

da easyJet no Porto, já no final de

diversificada de rotas, que acaba

estamos conscientes que, por

nossos aeroportos de capacidade e,

Março, e a base da Ryanair em Ponta

por beneficiar as ligações ponto-a-

exemplo em Lisboa, Faro e Funchal,

em paralelo, apostado fortemente

Delgada, a qual se espera venha a

ponto.

vamos ter um ano com intervenções

na qualidade do serviço prestado,

potenciar o crescimento do tráfego

Por outro lado, importa realçar que

significativas nas aerogares, o que,

quer directamente aos passageiros,

turístico, nacional e internacional, no

é também um segmento muito

necessariamente tem impactos

quer nas condições que damos aos

arquipélago.

competitivo. O tráfego de ligação

negativos pontuais ao nível da

nossos parceiros de negócio para

tem mais liberdade da escolha do

percepção da qualidade de serviço.

melhorarem o seu próprio serviço.

Qual a verba dispensada pela ANA


Entrevista | 35

nos últimos 10 anos ao nível da

Perfil

política de incentivos a novas rotas?

Quem é…

Acreditamos que o investimento global anual feito em incentivos pela empresa, da ordem dos 4%

Natural doRibatejomas,segundo

a 5% do valor das nossas receitas

nos confidencia,por“acidente”,

reguladas anuais, tem sido

ondenasceuhá68anos pelo

adequado e permitiu à ANA, e

factodeopaiaísermédicomilitar,

a Portugal, estar no mercado e

JorgePoncedeLeãoidentifica-se

aproveitar as oportunidades.

sobretudocomas raízes nortenhas

Este valor, embora meramente

dasuafamília.Mas foiemCoimbra

indicativo, poderá sofrer

queestudoueconcluiuasua

ajustamentos em função da

licenciaturaemDireito,estávamos

receptividade e execução efectiva

em1969.AAdvocaciagarantiu-

do Programa de incentivos.

lheoprimeirocontactocomo meiolaboral,jáemLisboa,eainda

Como pretende a ANA continuar a

ajustar os aeroportos à atractividade de cada destino? Baixando taxas nos aeroportos menos procurados? Será sempre uma combinação de preço, produto e promoção. Ao nível do factor preço, actuaremos pela diferenciação de taxas e incentivos. Uma das características do modelo de regulação económica actual, quando comparado com o anterior, é permitir uma diferenciação de taxas aeroportuárias em função das características dos mercados servidos pelos aeroportos. Adicionalmente, como referido, o novo programa de incentivos prevê valores de apoio diferenciados em

Em termos de processo preocupa-nos a sua implementação

colaborativa de apoio à gestão do aeroporto, é disso um bom exemplo e um caminho a seguir. Concorda com a implementação de taxas turísticas? A avaliação depende da aplicação da receita cobrada. Não temos

(taxa turística), que

preconceitos em relação à fixação de

procuraremos não

criado com a sua aplicação.

seja perturbadora do

E quanto à nova taxa turística de

normal funcionamento do Aeroporto.

taxas mas sim em relação ao valor

Lisboa? Em termos de princípio já respondi. Em termos de processo preocupanos a sua implementação, que

função dos mercados a desenvolver

procuraremos não seja perturbadora

em cada um dos aeroportos.

do normal funcionamento do

Mas a atractividade comercial de um

mas estamos atentos aos sinais

aeroporto é mais que apenas taxas e

do mercado e permanentemente

incentivos. O produto oferecido tem

a estudar cenários alternativos de

Como vê a privatização da TAP?

de ser competitivo e proporcionar

crescimento.

É um processo em curso. Apenas

elevados níveis de eficiência às

Aeroporto.

me resta acreditar que dele a TAP

companhias aéreas. A este nível

Qual a relação da ANA com o seu

possa sair reforçada na sua estratégia

procuramos actuar melhorando

principal cliente? Em que sentido

e capacidade operacional, para

as condições de processamento

poderia evoluir?

benefício do país e da economia

nos aeroportos, adaptando-as às

A ANA mantém uma relação muito

nacional, em particular do sector

necessidades das companhias

próxima com a TAP a todos os níveis.

do turismo e das relações com a

aéreas.

Quer ao nível mais estratégico,

Diáspora.

quer ao nível mais operacional, Qual o cenário de crescimento que

principalmente no Aeroporto de

Concorda com um novo Aeroporto

têm hoje para o Aeroporto da Portela?

Lisboa, onde o papel da TAP, pela sua

em Lisboa?

Neste momento, mantemos a

dimensão, é fundamental para uma

É prematuro tecer considerações

nossa previsão de crescimento

gestão eficiente da infra-estrutura.

sobre o tema. O conjunto de variáveis

na ordem dos 4,5%. Sabemos que

A criação recente de um comité

e opções a analisar aconselha

poderá ser um cenário conservador,

de hub, que serve de plataforma

prudência na sua abordagem.«

hojeoactual PresidentedaANA admitepagarregularmenteas suas quotas naOrdemdos Advogados, pois aqualqueralturapoderá voltaraexercerestaactividade. Nacapital procuroupreenchero quesentiaserumalacunanasua formação,noCentrodeEstudos Sociais eCorporativos,“agrande escoladeDireitodeTrabalhoda altura”,explica.Oqueolevouaser convidadopelos fundadores da FederaçãodaIndústriaPortuguesa afazerpartedos quadros,etambém aconhecerAlexandreSoares dos Santos,comquemtrabalhouaté 1987,inicialmentecomoChefe dos Serviços Jurídicos eFiscais daáreaindustrial daJerónimo Martins.NestaalturafazoMBA naUniversidadeErasmus de Roterdãoe,apartirde87,passa atrabalharatempointeirona JerónimoMartins,umarelaçãoque perduroupor26anos,edeonde saiuparareestruturaraRTP.Pelo seupercursopassaaindaPLMJe aSAIP,aconvitedeJoséRoquette, estaúltimaumapassagemcurta pordesentendimentos como accionista.DaquipartiuparaaANA, ondehojelideraaempresaaconvite daVinci. Nos poucos tempos livres,optapor jogarténis,vera“sua”Académica quandopassanaSportTV,irao cinemaouler.


36 | Distribuição

Emirates cresce 30% em PortugaL

Nuno Mateus

C

om operação em Portugal desde Julho de

2012, a Emirates tem alcançado resultados "muito positivos". "Temos feito vários upgrades na

Solférias com oferta reforçada para Porto Santo, Cuba e Malta

P

ortugal Continental,

este ano, a operação para

destinos que programamos

Madeira, Cuba, Malta

Porto Santo, operando, a

com a Emirates" e o

e também alguns países

partir de Junho, voos à saída

lançamento das operações

avião de 420 lugares), portanto

asiáticos. Estes são alguns

também da cidade do Porto.

charters para Malta e para o

temos tido um aumento de

dos destinos operados pelo

Os charters, à saída de Lisboa

Brasil (Salvador e Recife), que

capacidade de 20% durante este

operador turístico Solférias

e Porto, vão ser operadores

se realizam no Verão e na

último ano e estamos a crescer

e que, em 2015, deverão ter

todas as Segundas-feiras,

Páscoa, respectivamente.

30% (tráfego de passageiros)

algum destaque.

entre os dias 8 de Junho e 14

Apesar deste "ser um ano de

em média, em relação ao ano

Cuba e Porto Santo

de Setembro.

eleições", as perspectivas são

passado", afirmou David Quito,

foram, segundo Nuno

No que diz respeito a

positivas. "A economia está

director da Emirates para

Mateus, director-geral da

Portugal, Nuno Mateus

a crescer e as pessoas estão

Portugal, num almoço com a

Solférias, os destinos que

afirma que "vai voltar a

a viajar, mesmo nas épocas

imprensa, acrescentando que

mais cresceram em 2014.

crescer no todo, ou seja

baixas. As perspectivas são

no top dos destinos estão o

"Acredito que vai haver,

Portugal Continental, onde

boas, agora não estou à

Dubai, Banguecoque, Hong

novamente, um muito bom

nós temos a nossa marca

espera de um ano fabuloso,

Kong, Singapura, Joanesburgo,

crescimento para Cuba

Solférias Algarve que se

acho que os anos têm estado

Luanda e Pequim. Para o

porque vão haver duas

destaca, Madeira, Porto

a evoluir positivamente, mas

próximo ano financeiro

operações charters, uma

Santo e Açores, portanto, as

de uma forma sustentada",

2015/2016 (que começa a 1

para Varadero e outra para

nossas apostas em termos

afirmou o responsável,

de Abril), a Emirates prevê

Cayo Coco", ambas em

de Portugal continuam a ser

concluindo que, em 2015,

"continuar a crescer a este

parceria com a Sonhando. O

muito fortes ".

a Solférias pretende, como

ritmo".«

operador turístico reforçará,

Para o responsável, é ainda

é evidente, melhorar a

de assinalar o crescimento

qualidade dos programas

acentuado que se tem

e conteúdos, e temos uma

vindo a assistir na Ásia,

aposta forte no nosso

"nomeadamente nos

online".«

capacidade do avião (para um

Aluguer autocarros de grande turismo Organização de excursões Avião, cruzeiros e alojamento

Boas perspectivas para Cabo Verde n Também para Cabo Verde, o destino número um da Solférias, as expectativas são positivas. "Cabo Verde é um destino consolidado em Portugal já há muitos anos com voos garantidos para a Boavista, ilha do Sal, à partida de Lisboa e à partida do Porto, no Verão. É daqueles destinos que vão crescendo todos os anos porque as pessoas cada vez conhecem melhor o produto, fala-se Follow us Siga-nos

Largo dos Combatentes da Grande Guerra n.º 9 e 10 - 7100-111 Estremoz Tel: +351 268 333 228 | Fax: +351 268 333 285 | info.estremoz@rsi-viagens.com

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e é rápido", afirma Nuno Mateus, acrescentando que, em 2015, a operação do Porto será antecipada, tendo inicio a 8 de Junho.



38 | Distribuição

Royal Caribbean com nova ferramenta de reserva

C

Rede Nacional de Expressos cresce 10% no sector turístico

om lançamento agendado para o

próximo dia 29 de Março, o "Espresso", que virá substituir o Cruise Match, é um sistema de reservas mais rápido, mais completo e intuitivo que pretende ajudar os agentes de viagem no processo de reserva e no fecho de venda. De 2 a 10 de Março, a Melair Cruzeiros irá realizar sessões de formação em várias cidades portuguesas de forma a dar a conhecer as potencialidades

D

epois de um ano de

de efectuar vendas e não

temos uma malha de linhas

2014 "positivo", com

apenas reservas, o que veio

muito densa e que cobre

aumento do número de

a introduzir o bilhete por

praticamente todo o país",

clientes, a Rede Nacional

SMS, sendo possível pagar

explica Miguel Coomans.

de Expressos prevê este ano

em qualquer Multibanco.

Ainda no decorrer de 2015, a

reforçar a oferta de serviços

A aceitação tem sido

Rede Expressos estará atenta "ao

complementares, melhorar os

interessante e assim

amadurecimento do callcenter

serviços disponibilizados aos

procuramos aproximar

como canal de vendas" e

clientes fidelizados e acentuar

cada vez mais o cliente do

pretende também reforçar

Campanha “Vendeu, GANHOU!” da Abreu online de regresso

a dinâmica em parcerias,

produto (título de transporte)

o foco na área domarketing

eventos de âmbito nacional

e da empresa", afirma o

social, marcando presença em

e sector turístico. Para tal, e

responsável.

outras redes sociais, para além

segundo Miguel Coomans,

No sector do turismo, a

do Twitter. "Os clientes querem

A

director de marketing da

aposta far-se-á através do

mais presença, maior apoio e

Rede Nacional de Expressos, a

digital. "O mercado turístico

uma crescente individualização

empresa pretende "continuar

em Portugal já tinha tido o

do tratamento que lhes é

a desenvolver ferramentas

seu melhor ano em 2013, e

dado e a Rede Expressos só

tecnológicas que permitam

2014 foi ainda melhor, com

pode querer responder às

acompanhar de perto os

um crescimento do sector

expectativas dos seus clientes.

clientes RFLEX e ser uma

em 10%, aproximadamente.

Até ao momento, a experiência

presença mais assídua, mais

Pretendemos que a Rede

tem sido muito interessante

próxima e mais humana junto

Expressos continue a ser um

e a partilha de informações e

dos seus clientes".

operador de excelência para

experiências cliente-empresa-

"Em 2014 dotámos o nosso

o turismo em Portugal: já

cliente tem sido profícua",

CallCenter com a capacidade

temos os meios instalados,

afirma o responsável.«

desta nova plataforma inovadora junto dos Agentes de Viagens. Francisco Teixeira será o responsável pelas formações nas cidades do Centro, Sul e Ilhas e Sandrine Nogueira será a voz da Melair para a zona Norte.«

Abreu online está de regresso com a

campanha ‘Vendeu GANHOU!’ dirigida aos agentes de viagens, e que premeia as vendas realizadas durante o primeiro semestre do ano, ao mesmo tempo que desenvolve uma vertente mais solidária. Através desta campanha, as agências que mais venderem produto da Abreu online, e desde que tenham acesso ao abreuonline.com, ficam automaticamente inscritas ganhando cartões-presente para gastar onde desejarem. A campanha é válida para todas as reservas efectuadas entre 1 de Janeiro e 30 de Junho de 2015.«

App da Rede Nacional de Expressos tem sido um sucesso O myRNE, com a introdução da venda de bilhetes na aplicação no último trimestre de 2013, foi e continua a ser um sucesso, contando já com mais de 100.000 downloads e dezenas de milhares de bilhetes vendidos in-app. Segundo Miguel Coomans, em 2014, "introduzimos também as informações de partidas e chegadas para qualquer ponto da rede, uma ferramenta de grande utilidade que permite aos clientes saberem quais os próximos destinos ou chegadas, disponíveis a partir de cada terminal onde a Rede Expressos opera". O objectivo da empresa é continuar a desenvolver funcionalidades para a aplicação e melhorar a experiência audiovisual a bordo das viaturas.


Distribuição | 39

Soltrópico lança operação charter para Saïdia

A

MSC cruzeiros lança MSC Grand Tours

A

MSC Cruzeiros lançou,

Para embarcar nestas férias

recentemente, o MSC

de forma descontraída e sem

Soltrópico lançou a sua

desde de 634 euros, em

Grand Tour, que permite

preocupações, os transferes

programação charter

regime de tudo incluído, no

aos seus passageiros a

entre navios ficarão a cargo

para o destino Marrocos

Be Live Grand Saïdia, unidade

combinação de dois, três

da MSC Cruzeiros, para que

referente ao Verão de 2015.

hoteleira de cinco estrelas,

ou quatro itinerários numa

as bagagens dos passageiros

A operação, que inicia a

em campanha de reservas

épica viagem a bordo de, até,

possam ser passadas de um

quatro de Junho e termina

antecipada, disponível até

quatro navios da empresa.

navio para o outro da melhor

a 17 de Setembro, terá um

31 de Março. Nesta operação

O produto, disponível entre

forma possível. Para além disso,

voo semanal com saídas de

está ainda programado

Abril e Novembro de 2015,

todos os pacotes dos MSC

Lisboa e Porto à Quinta-

o hotel Iberostar Saïdia,

possibilitará aos passageiros

Grand Tours incluem descontos

feira e mais uma data de

também ele cinco estrelas e

optar por uma de várias

nos serviços de lavandaria bem

partida relativamente ao ano

em regime de tudo incluído,

hipóteses para partir à

como uma excursão gratuita,

anterior. O pacote turístico

com valores que começam

descoberta do Mediterrâneo

no caso do porto de escala for

de sete noites tem um preço

nos 645 euros.«

ou do Norte da Europa.

visitado mais de uma vez.«


40 | Distribuição

Rodotour: Viagens confortáveis e em segurança

Rainha Santa Isabel: Fidelizar o cliente é uma prioridade

N

D

ascida em 2010 e com

esde 1993 que a Rainha Santa Isabel -

sede na cidade do

Viagens e Turismo, sediada

Porto, a Rodotour

em Estremoz, tem como

dedica-se ao

missão um trabalho sério e

fornecimento

dedicado em todos os serviços

de serviços

e actividades que representa,

de transporte

apostando no profissionalismo

em autocarro

e na proximidade e atenção ao

para agências

cliente. O objectivo é “fidelizar

de viagens e

o cliente e criar com ele uma

operadores

relação onde identificamos as

turísticos,

suas necessidades e tentamos

nacionais e

satisfazê-las, explica António

internacionais.

Batista, gerente da empresa.

Com uma

Desde o primeiro autocarro

equipa jovem

há mais de 10 anos atrás

e dinâmica, e

que o crescimento tem sido

profissionais especializados,

quer em Portugal, quer no

sustentado e levou à criação

a empresa tem organizado,

estrangeiro. A principal

da empresa TARSIBUS –

em conjunto com os seus

missão da empresa é

Transporte de Passageiros

clientes, agentes de viagens,

disponibilizar um serviço

Nacional e Internacional.

os "maiores congressos,

de excelência em transporte

Actualmente conta com uma

incentivos e grupos que

rodoviário de passageiros em

frota de 18 viaturas desde as

se realizam em Portugal",

autocarros de grande turismo

carrinhas de turismo de oito

garante João Paulo Correia,

nas rotas europeias e no

lugares, Mini Bus de 16, 24 e

responsável da empresa. A

Turismo Religioso.

28 lugares, e autocarros de

estes juntam-se as escolas,

À disposição dos clientes está

turismo de 39, 51 e 55 lugares.

autarquias e empresas, que

uma frota de alta qualidade,

Na Rainha Santa Isabel

escolhem a Rodotour para

com viaturas com 8, 24, 30

encontramos uma

a realização de inúmeras

e 55 lugares. A segurança, o

programação variada com

viagens em autocarro, desde

conforto e o baixo impacto

base nos programas de

o transporte ocasional e

ambiental definem-se como os

autocarros, com viagens

regular, ao transporte para

vectores-chave para a escolha

de 1 a 2 dias, programas

praias, excursões e transferes,

das viaturas da empresa.«

temáticos, culturais e

gastronómicos, e circuitos em Portugal, Espanha e França no máximo de 9 dias. Conta ainda com programas para vários destinos da Europa, África, Ásia e América do Sul, efectuados directamente com receptivos locais com os quais já trabalha há muitos anos. Esta multiplicidade de oferta é uma das mais-valias da empresa, bem como o facto de ter uma frota própria de autocarros, para além da experiência dos guias, assistentes de viagem e técnicos de turismo das agências.«


Distribuição | 41

Across propõe "Volta ao Mundo… em 28 dias”

V

Viajar Tours com oito ofertas para as ilhas gregas

O

ito ofertas especiais

/ 5 noites, e os de duas ilhas

para combinados de

um total de 7 dias / 6 noites.

isitar cinco continentes e

A viagem está disponível a

Atenas com as ilhas gregas

Contudo, através do sistema

12 destinos, numa viagem

partir de 25.000 euros (taxas

de Mykonos e Santorini é

online de reservas, é possível

com partida de Lisboa a 1 de

incluídas) em ocupação dupla.

a proposta do Viajar Tours.

adicionar noites extra em

Agosto de 2015 e regresso a 28 de

No preço, está incluído o

Válidas de 15 de Abril e 15 de

qualquer um dos destinos,

Agosto, que o levará durante 28

transporte em avião privativo,

Outubro, as opções disponíveis

construindo um pacote de

dias a conhecer várias cidades do

guia em português, transfers

têm por base voos da TAP

viagem à medida do cliente.

globo é a proposta da Across.

dos aeroportos aos hotéis,

Portugal e da Iberia e são:

Os preços começam nos 482 €

O programa “Volta ao Mundo” do

estadia em hotéis 5*, refeições

Atenas + Mykonos, Atenas +

para a opção Atenas + Santorini

operador convida a uma viagem

incluídas de acordo com o

Santorini, Atenas + Mykonos

com voos Iberia, para partidas

inesquecível com passagem por

programa, visitas de acordo com

+ Santorini e ainda o Atenas

em Outubro e Hotéis 3* APA. As

Paris, Istambul, África do Sul,

o itinerário, IVA, taxas hoteleiras

+ Santorini + Mykonos. Os

ofertas serão complementadas

Maldivas, Hong Kong, Macau ou

e de aeroporto, segurança e

combinados com uma ilha

com o lançamento da operação

Buenos Aires.

combustível.«

têm uma duração de 6 dias

Charter da Grécia.«


42 | Eventos

Tapada Crew: Competência e credibilidade na montagem de eventos

A

trabalhar há quase 30 anos na indústria

Crew trabalha ainda em

merchandise, cenografia,

eventos corporativos,

assistência de produção,

da montagem e assistência

teatro, televisão, cinema

condução, tradução e

dos mais variados eventos,

ou publicidade. Mais

muito mais.

a Tapada Crew tem vindo

recentemente, iniciou

A pensar no sector

a evoluir e a crescer com

mesmo a produção própria

turístico, a empresa

este mercado. Se no início

de eventos nas áreas

fornece recursos para

a actividade se dirigia

corporativas e a produção

eventos e acções de

essencialmente para a

publicitária.

promoção e divulgação.

montagem de concertos

Para os fundadores

Adicionalmente, cria e

em Portugal, desde artistas

da Tapada Crew, o

produz estes eventos e

nacionais e internacionais

maior valor da empresa

operação técnica de som,

acções, sejam de carácter

em salas de espectáculos

reside essencialmente

luz e vídeo, catering,

corporativo ou de

de referência até grandes

nos recursos humanos

guarda-roupa, promoção

entretenimento, através da

concertos de estádio como

profissionais e experientes

e divulgação, venda de

World Crew Events.«

os U2, Rolling Stones,

que garantem o sucesso de

Madonna ou Coldplay,

qualquer evento, e que hoje

apenas para dar alguns

formam já uma equipa de

exemplos, hoje a empresa

centenas de colaboradores.

alargou o seu âmbito de

A Tapada Crew

trabalho. Para além desta

disponibiliza serviços que

vertente dos concertos e

vão desde a montagem

Fevereiro de 2012, a

festivais musicais, a Tapada

de palcos, instalação e

HappyDiscover surgiu com

Herança Magna: O melhor da tradição do norte do país num evento

A

actuar na área dos eventos desde

o objectivo de desenvolver um produto direccionado para o turismo, a Herança Magna. Localizado num antigo armazém de vinho do Porto, no Cais de Gaia, com uma lotação máxima de até mil pessoas, o produto recebeu a

temático único no país, o

Declaração de Interesse

programa “Herança Magna

para o Turismo nº51/2012

Show & Jantar Tradicional”,

tendo em conta a Inovação,

numa estrutura de all

criatividade e Plano de

inclusive, que permite,

Parcerias em concretização,

numa só noite, viver, sentir

o qual inclui operadores

e experienciar tudo o que

turísticos nacionais e

de melhor as tradições

internacionais, hotelaria

do Porto e norte do país

e instituições de relevo

possuem, desde o jantar

voltadas para o sector

tradicional, passando pelo

turístico.

Fado ou pelo Folclore.

“Trata-se de um evento

Ao nível do corporate,

cultural que concilia as

a HappyDiscover conta

tradições mais marcantes

com uma forte rede de

da região com a experiência

parcerias que lhe permite

gastronómica”, indica Rita

realizar eventos sociais

Oliveira, do departamento

com ementas, animação,

comercial da empresa. O

transporte e excursões, seja

objectivo é proporcionar

no espaço Herança Magna

ao mercado um programa

como noutros espaços.«



44 | Regiões

Um novo paradigma para a gestão do património

C

riada em 2013, a Lightcube

O Alqueva atraiu muitos investimentos na área do turismo e hoje, na sua zona de abrangência, existem vários projectos, do alojamento ao lazer e à animação turística.

é uma empresa consultora

de engenharia especializada na área da gestão do património edificado que nasce da visão dos seus dois sócios fundadores que, fruto de uma década de experiência nesta área em Portugal e no estrangeiro, "não duvidam da necessidade de um novo paradigma para a gestão

CCDRA: “O Alentejo está a mudar”

do património edificado, com

U

uma abordagem focada na sustentabilidade", explicou à

m facto é inegável: o

identidade cultural”, sublinha.

Turismo na região, mas também

turismo é, e tem sido,

Das Rotas do Vinho, dos Frescos ou

em outros sectores de actividade

Ambitur, Simão Santiago.

um factor de desenvolvimento

dos Tons de Mármore, o que não

que permitem complementar

Tendo como missão "promover

do Alentejo. António Costa

faltam são sugestões para explorar

os investimentos e a oferta, e

cidades mais sustentáveis", a

Dieb, presidente da CCDRA

sabores, paisagens, artesanato e

interagir globalmente no seu

Lightcube oferece ao sector

e da comissão directiva do

heranças do passado.

desenvolvimento. Acrescenta

hoteleiro "um serviço que vai

Alentejo 2020 – Programa

Na verdade, o Alentejo sabe

ainda que é necessário manter

desde o apoio à implementação

Operacional Regional do

como ninguém valorizar o seu

uma estratégia concertada para

de um sistema de gestão, à

Alentejo 2014-2020, indica que a

capital simbólico, afirmando-

o desenvolvimento equilibrado e

execução das actividades

valorização dos activos naturais

se hoje, no panorama turístico

sustentável da oferta turística e da

operacionais, obviamente

e histórico-culturais pretende

português, como um destino

sua promoção, bem como garantir

ajustado aos objectivos dos

consolidar a região como

que soube preservar e valorizar

uma articulação eficaz entre os

clientes e especificidades das suas

destino turístico associado a

a sua identidade cultural, o seu

agentes, da dimensão nacional à

infra-estruturas".

uma oferta qualificada e ajustada

vasto e diversificado património

dimensão local.

Actualmente, a empresa

às características ambientais,

arquitectónico e ambiental, as

António Costa Dieb aponta como

encontra-se a "desenvolver uma

naturais e patrimoniais. “O

suas potencialidades económicas

prioridade de intervenção no

plataforma informática web-

Alentejo tem para oferecer a sua

e os seus recursos humanos e de

Plano de Acção Regional Alentejo

based, o nosso sistema de gestão

cultura e actividades culturais,

conhecimento.

2020 a Renovação da Base

CUBE4D, que permite gerir toda

que constituem uma mais-

António Costa Dieb vai mais longe

Económica sobre os Recursos

a informação relativa à gestão

valia relevante para a atracção

e não hesita em reconhecer que o

Naturais e a Excelência Ambiental

das infra-estruturas", afirma o

de novas gerações de turistas

“Alentejo está a mudar, há hoje uma

e Patrimonial da Região, com

responsável".«

que procuram destinos com

maior capacidade de incentivar

base na exploração racional e

o dinamismo empreendedor e

equilibrada do capital simbólico

de potenciar a valorização dos

do Alentejo, traduzido na sua valia

recursos endógenos, incluindo

ambiental e patrimonial, que tem

algo que é fundamental para o

forte potencial de atracção de

desenvolvimento de qualquer

fluxos de visitantes e turistas.

região que é a qualificação e as

Recorde-se que a CCDRA

competências, tudo isto somado

e o Programa Operacional

fará com que o Alentejo junte

Regional do Alentejo têm

aquilo que fez no passado e foi

como responsabilidade, a nível

bom, aos novos desafios que estão

turístico, coordenar as actividades

à nossa frente”.

intersectoriais, facilitar a articulação

E recorda que os apoios do

e colaboração para a obtenção de

Programa Operacional Regional

consensos e apoiar, contribuindo

do Alentejo têm tido reflexo

para a dinâmica de captação de

positivo no desenvolvimento do

investimentos e de investidores.«

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46 | Hotelaria

Grupo Hoti Hotéis estreia-se em Leiria

E

Pousadas de Portugal integram Small Luxury

Vendas do grupo Altis crescem 12,5% em 2014

A

stá prevista para o final do mês de Março a

s Pousadas Mosteiro de Amares, Mosteiro

abertura de uma nova unidade

do Crato e Palácio de Estoi,

hoteleira do grupo Hoti Hotéis

geridas pelo grupo Pestana,

em Leiria. A unidade de

integraram, recentemente,

quatro estrelas terá 70 quartos,

a Small Luxury Hotels of the

restaurante, bar, esplanada

Francisco Moser

e salas de reunião e situa-se numa zona residencial servida por vários pontos de comércio e de lazer, próximo do parque

O

World. Segundo o grupo, a entrada das unidades para a rede

Grupo Altis Hotels

mais animadoras, uma vez

internacional de hotéis surge

aumentou a sua

que se espera que este ano

na sequência da estratégia e

desportivo da cidade e do

facturação 12,5% em 2014

seja o melhor de sempre, com

plano de acção para o próximo

Estádio Dr. Magalhães Pessoa,

face ao ano anterior,

crescimento significativo

triénio e tem em vista o

entre o Rio Lis e o Castelo, e

atingindo os 25 milhões de

das taxas de ocupação e do

reforço do posicionamento da

foi desenhado para operar em

euros. Este crescimento,

RevPar. Este optimismo tem

marca Pousadas de Portugal

sintonia com os agentes locais,

significativamente acima

como principal motivo os

no segmento de luxo e o seu

em pleno Centro do Pais.

do previsto, permitiu que

negócios já fechados ao longo

crescimento no mercado

Segundo Manuel Proença,

os resultados de exploração

do ano, sobretudo para o Altis

internacional.«

“Leiria é, cada vez mais,

tivessem igualmente um

Grand Hotel onde se sente um

um destino de negócios

incremento de 40% face a

enorme impacto resultante

com eventos de natureza

2013.

da grande renovação e que

empresarial que poderão

Segundo Francisco Moser,

permitirá um aumento de

encontrar na nova unidade

director-geral de operações

preço no maior hotel da cadeia

condições ideais para a

do Grupo, “as perspectivas

e grande responsável pelas

realização desses serviços,

para 2015 não podiam ser

receitas totais”.«

refere o Presidente do Grupo Hoti Hotéis.«

Trivago distingue The Cliff Bay

O

Ribeira do Porto Hotel fecha 2014 com ocupação a 85%

O

Evidência Belverde Atitude Hotel aposta no corporate

O

lazer é, sem dúvida, o grande mercado do

Evidência Belverde Atitude Hotel, situado na Aroeira – Belverde. Em 2014, e segundo

primeiro ano de

afirmou Farid Wehbe, director

existência do Ribeira

geral do hotel, este segmento

The Cliff Bay foi,

do Porto Hotel não poderia

foi responsável por 64,50% da

recentemente,

ter sido melhor. Segundo

facturação da unidade que

distinguido como Melhor

adiantaram os responsáveis

terminou o ano com um balanço

Hotel de 2014 em Portugal.

da unidade à Ambitur, a

positivo e uma taxa de ocupação

Nesta que é a segunda edição

média da taxa de ocupação

a rondar os 53,81%. Este ano o

de atribuição de prémios no

em 2014 foi de 85% mas

objectivo é superar esta taxa em

nosso país, que tem como base

o mês de Dezembro viu a

as opiniões dos mais de 80

ocupação ascender aos 100%.

o Premium Deluxe, que se

Para 2015, a meta do grupo

milhões de visitantes mensais

O mercado internacional é o

destaca pela decoração ousada

é “aumentar as vendas do

do site, o Turim Avenida Da

grande responsável por estes

e por se estender por dois

segmento corporate”, sublinha

Liberdade conquistou o título

resultados (contribuindo com

pisos. Para este ano, o Ribeira

o responsável, acrescentando

de Hotel Mais Popular e o Altis

cerca de 60%), mas também

do Porto Hotel pretende

que “esta unidade tem as

Belém foi considerado como o

o mercado nacional (40%)

continuar a apostar em

características ideais para

Hotel com Melhor Conteúdo.

tem permitido à unidade da

parcerias, patrocínios e ofertas

a realização de eventos

Estes prémios pretendem

Invicta ter reservas com até

que se ajustem ao seu público-

empresariais”. Assim, para

distinguir a excelência

dois meses de antecedência.

alvo. A unidade pretende

além de aumentar o número

da hotelaria nacional e

Como a procura tem sido

atingir 90% dos valores e taxas

de eventos e reuniões, o hotel

demonstrar a crescente aposta

elevada, recentemente o hotel

de ocupação alcançados em

pretende ainda crescer nas

no mercado português.«

inaugurou um novo quarto,

2014.«

vendas por reunião.«

cerca de 5%.



48 | Hotelaria

Discovery Hotel Management

Uma nova letra do alfabeto da hotelaria Depois do S de serviço, do C de cliente, chegámos a uma nova etapa: o Y de nova geração de consumidores. Com um decisor mais novo, mais informal, mais exigente e informado, as prioridades passam a ser outras e, com isto em mente, a Discovery Hotel Management (DHM) desenvolveu uma marca que quer evoluir com esta geração e que tem um ADN muito próprio.

O

objectivo da criação desta marca é o de

gerir, rentabilizar e valorizar os activos turísticos que o fundo Discovery possui desde Setembro de 2012 e, para e com isto, promover uma nova abordagem da hotelaria, centrada na partilha de recursos, respeito das raízes e tradição local, aliada à inovação e a uma grande atenção ao design. A marca é apenas uma marca chapéu, já que todos os activos possuem um conceito diferenciador e em sintonia com a região onde se localizam. Ainda que não tenha sido pensada a classificação destes hotéis à luz de um novo sistema, por não ser uma preocupação para a marca, o presidente assume que se classificariam como quatro estrelas superior, mas sem

grandes tendências do mundo

e a sustentabilidade. A

ambição de mais. "Estamos

em mudança e qualidade é

flexibilidade, outro pilar, é

preocupados em dar um

palavra de ordem naquilo que

visível ao nível dos horários

produto de qualidade, não

fazemos, embora o façamos de

de refeições, ao nível dos

nos preocupamos muito

forma informal", explicou.

espaços, que podem ser

como é que os outros nos vão

Esta mesma informalidade é

frequentados para diferentes

classificar", diz Pedro Seabra.

uma das "moléculas" de um

funções, ao nível do serviço,

"O fundo Discovery quer

ADN vincado, implantado

já que os recursos humanos

valorizar os seus activos e a

nos hotéis após uma

partilham funções entre si, o

DHM é o fit adequado para

regeneração dos mesmos,

que é possível graças a uma

isso. Criámos uma marca

bem como a conectividade,

farda informal e comum. "O

hoteleira acompanhando as

as novas experiências

serviço é feito com qualidade,


Hotelaria | 49

Sete novos hotéis no primeiro semestre de 2015 Apresentada a marca, visto esta ser "apenas" um chapéu, é tempo de conhecer o que a diferencia: os seus hotéis. Com um investimento previsto de 20 milhões de euros até 2016, tendo dois milhões sido investidos durante o ano passado, a DHM tem seis hotéis que "farão companhia" ao Praia Verde Boutique Hotel já em operação, com um conceito hoteleiro centrado no gosto pelo design, num total de 1594 camas. A próxima abertura será já no próximo mês, "à boleia das companhias de aviação low cost", com o Furnas Boutique Hotel, em São Miguel, nos Açores, que terá um conceito centrado na gastronomia regional e na componente spa. Também o Vila Monte, em Moncarapacho, no Algarve, terá um conceito de Farm House, enquanto que o Palácio da Lousã Boutique Hotel, na Lousã, em Coimbra, terá um conceito direccionado para o biking aproveitando os trilhos da Serra. O Monte Real - Hotel Termas e Spa, em Leiria, ainda está em estudo quanto ao conceito, mas apostará na sua génese, direccionando-se para o bem-estar e a perda de peso. Para fechar o lote estão então dois resorts no Algarve: o Eden Resort, em Albufeira, e o Resort the Crest, em Vale Formoso. mas sem ser de forma servil.

saudável, com ingredientes

Valoriza a interacção e a

locais e muitos dos pratos são

componente humana", explica

feitos para serem partilhados e

Miguel Guedes de Sousa, CEO

cozinhados em forno de lenha.

da DHM. O design dos hotéis é

O lobby também ganha relevo

também pensado ao milímetro

enquanto local de encontro

para reflectir a envolvência

entre pessoas, numa lógica

com a região, tendo

de proximidade, e é também

simultaneamente uma atenção

lá que está montada a

estética e carácter inovador.

secretária do director do hotel,

Já o F&B, nos restaurantes "À

promovendo o contacto com

Terra" explora comida rústica,

os hóspedes.«


50 | Hotelaria

PUB

Ecoflow: Uma marca sólida que faz parte daquilo que somos

E

ra uma vez uma época, em que a conjuntura

equipamentos para

Todos os dias, havia toalhas

hotelaria e restauração,

de papel deixadas no chão dos

a FN hotelaria começou

sanitários. Os baldes enchiam

a dar os primeiros

e a propagação de bactérias

passos em palcos

não parava. O tempo gasto em

internacionais em 2004.

limpeza não terminava. Quando

Cabo Verde, Brasil, Espanha,

optávamos por secadores

Reino Unido, Marrocos,

de mãos convencionais,

Saint Martin, São Tomé e

estes gastavam em demasia, queimavam e tínhamos de

sanitários passaram a ser mais

esperar 45 segundos até as mãos

limpos. Por causa disso, demos

estarem secas. Era também

a conhecer que é possível abater

evidente a necessidade do

menos árvores e ajudámos as

consumo racional de energia,

empresas a atingir mais pontos

uma vez que esta também

na certificação ambiental. Por

estava cada vez mais cara.

fim, construímos uma marca

Começámos a construir edifícios

sólida, de confiança no mercado

e estruturas sustentáveis, e

e que faz parte daquilo que

determinados equipamentos e

somos. Cada vez mais à frente e

tipos de secagem não permitiam

mais perto dos nossos clientes.

acompanhar a certificação

Por que razão havíamos de ter

ambiental. Um dia resolvemos

esperado tanto tempo para ter

desenvolver secadores de mãos

um Ecoflow.

também a sustentabilidade. Por causa disso, surgiu a Ecoflow a comercializar secadores de mãos de alto débito e baixo consumo. E as empresas passaram a poupar imenso dinheiro e meios. Os

na concepção,

manutenção de

importante a redução dos gastos.

apenas o investimento mas

E

specializada

instalação e

económica era difícil. Tornara-se

inovadores não considerando

FN Hotelaria: Soluções de confiança para o turismo

Príncipe e Senegal figuram já no portfolio de projectos desenvolvidos pela empresa.

aos seus clientes soluções personalizadas, com projectos desenvolvidos à medida e equipamentos criteriosamente seleccionados para a máxima adaptação às especificidades da actividade de cada cliente.

Mais recentes nesta rota de internacionalização são a Argélia, Tunísia e Alemanha. A par da expansão geográfica surgiu a diversificação de actividades. Além das cozinhas, buffets, bares, lavandarias e instalações de

São estas “soluções de

frio, a instalação de unidades de

confiança”, como lhes chama

produção industrial, as soluções

João Abel de Freitas, presidente

de aquecimento, ventilação e

do conselho de administração

ar condicionado, e mobiliário

da empresa, que estão na

passaram recentemente a

base da confiança que grupos

figurar no leque de áreas de

hoteleiros como Belmond,

intervenção da FN hotelaria.

Eurostars, Hilton, Hyatt, Meliã,

Além da prestação de um

Pestana, Porto Bay, Sheraton e

serviço integrado global, a

Vila Galé depositam no trabalho

empresa procura proporcionar

da FN hotelaria.«

Fornecemos máquinas de limpeza, produtos químicos, acessórios de limpeza e consumíveis de papel...

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52 | Hotelaria

Twins: Mais receita para o seu hotel

C

riada em 2010, a

Direccionada, principalmente,

necessitam, de facto, de ajuda

TWINS pretende

a unidades hoteleiras

e de quadros que percebam do

ser uma mais valia para

independentes, o principal

assunto, que lhes distribuam

as unidades hoteleiras no

foco da Twins é "gerar vendas".

e vendam o hotel, o que é

que à maximização de

Segundo o responsável, a

essencial", afirma o responsável.

resultados, distribuição e

empresa "é um departamento

Entre os clientes da empresa

brand awareness diz respeito.

comercial e de revenue

estão, em Cascais, o 5*****

Criada por João Paulo

management para os

Senhora da Guia Boutique

Carvalho, um profissional do

Hotéis em outsourcing",

Hotel, Hotel Solar Palmeiras –

sector da hotelaria com um

com inúmeras vantagens,

4**** em Paço de Arcos, a Casa

grande background na área

uma vez que os custos "são

Shantiniketan um Bed and

comercial e de marketing,

enormemente inferiores" e

Breakfast no Monte do Estoril,

João Paulo Carvalho

a TWINS é responsável por

temáticos, conteúdo,

contam com o "know how e

no Alentejo a Nave Redonda do

fazer " toda a implementação

para divulgar nos canais

experiência desta empresa

Cerro, o Monte de Zambujeiro,

e gestão das plataformas

adequados".

online onde os Hotéis podem

Ao nível dos Hotéis, e segundo

estar posicionados, toda a

o responsável, a empresa

contratação hoteleira com

encarrega-se de fazer "a

operadores nacionais e

estrutura do pricing, sempre

internacionais de relevo que

de acordo com os indicadores

reservam o nosso destino,

do proprietário ou com a

consultadoria comercial, a

direcção-geral, e realizar

representação comercial em

relatórios de benchmarking da

que já trabalha com várias

o Hotel Refúgio da Vila e o

feiras e a criação de programas

concorrência".

unidades hoteleiras há

Hotel Convento de Alter,

anos". "As unidades sentem

ambos de 4 Estrelas. Na região

mudanças incríveis assim que

centro do país, o Santarém

nos contratam", garante João

Hotel e o Duecitânea Design

Paulo Carvalho.

Hotel igualmente de 4 Estrelas.

Até à data, o balanço da

Recentemente, a Twins iniciará

actividade da empresa é

operação também num

positivo. "Temos sido aceites

Boutique de 4**** Hotel no

pelo mercado, sinto cada vez

Centro de Guimarães - EMAJ.

mais no empresário português

No curriculum profissional

uma mudança, pois ao início

do proprietário da TWINS

havia o entrave de as pessoas

destacam-se entre outros

quererem responsáveis internos

Grupo Dom Pedro Hotels, a

a fazer este trabalho. Hoje, os

Barcelo Hotels & Resorts, a Best

empresários percebem que

Western e a Relais & Chateaux.«

www.imagewear.pt Distribuidor da marca Alexandra em Portugal

Herdade do Zambujeiro, CCI–9 2 1 3 0 – 1 4 3 S t o . E s t e v ã o | P o r t u g al T e l ./ F a x : + 351 263 949 355 | M o b.: + 351 938 778 877



54 | Hotelaria

Limpogerme: A escolha inteligente na limpeza

C

onsciente de que

objectivo da empresa é atingir

cada vez mais a boa

a satisfação e rentabilização

gestão de um hotel passa

das necessidades do negócio.

por escolhas inteligentes,

Por isso mesmo, a

eficientes e rentáveis, a

Limpogerme trabalha no

Limpogerme, empresa

sentido de aconselhar,

que trabalha no campo

disponibilizar e inovar

da higiene e limpeza

constantemente na oferta de

profissionais, tem como lema

produtos e serviços adaptados

oferecer a melhor solução,

aos clientes. A sua ligação ao

com marcas credíveis

Grupo Candy Hoover Portugal

e de reconhecimento

e, posteriormente, ao Grupo

internacional, e mais de

ProAlliance International,

30 anos de experiência. O

apenas reforça a actuação da

Limpogerme, que pretende

produtos químicos, acessórios

que o cliente rentabilize ao

de limpeza e consumíveis de

máximo as potencialidades

papel. Algumas das marcas

dos seus produtos,

mais procuradas são a Renova

equipamentos, máquinas e

no papel, a Kiter nos produtos

serviços. A empresa dispõe

químicos e a Comac e a VDM

de uma gama alargada

nas máquinas e acessórios de

de máquinas de limpeza,

limpeza profissional.«


Hotelaria | 55

Pato Rico: A arte de bem dormir

F

undada em 1979,

Hotel Mundial fecha 2014 com balanço positivo

E

a Pato Rico é uma

empresa especializada no

m 2014, o Hotel Mundial cresceu cerca de 3%

mercado das penas. Pioneira

em receitas. Em entrevista

neste tipo de indústria em

à Ambitur, Manuel Pinto,

Portugal, a empresa começou,

director-geral, afirma que

primeiramente, por se dedicar

"tivemos sensivelmente a

ao processo de tratamento de

mesma ocupação e crescemos

penas, passando depois para a

cerca de 3% a nível de receitas

produção de todos os artigos

gerais. Terminámos com

de cama em penas /penugem

um bocadinho menos de ocupação (89/90%), mas com

e sintético. Em 2000, foi criado um

responsável da empresa. Entre

mais receita". Apesar de ter

sector da empresa dedicado

os produtos direccionados ao

sido um ano positivo, houve

com uma diminuição de

especificamente ao mercado

sector da hotelaria, turismo

alguns factores externos que

22% do mercado brasileiro.

da hotelaria, sector este que

e de decoração destacam-

condicionaram a operação

Conseguimos recuperar no

actualmente representa uma

se os edredons, almofadas,

da unidade em Portugal,

último trimestre, perdemos

percentagem significativa

tapa-colchões, coxins para

nomeadamente, a realização

ao fim do ano 12%", afirmou o

dos seus clientes. "A Pato

sofás, mantas e roupa de

do Mundial de Futebol no

responsável, acrescentando

Rico adapta o seu produto

cama, assim como os famosos

Brasil, uma vez que o mercado

que "conseguimos encontrar

às necessidades específicas

DUFFY na área do sportswear.

brasileiro é um dos mais

alternativas noutros mercados,

de cada cliente, mantendo

A empresa irá lançar novos

importantes para o Hotel

nomeadamente no mercado

sempre a sua qualidade e

produtos na área da saúde

Mundial, com 30 mil dormidas/

inglês, francês, americano,

excelente serviço, afirma

e bem-estar para hospitais,

ano. "Quando fomos para a

que foi decisivo, belga, e

Maria Beatriz Serrano,

residências, clínicas e spas.«

ABAV, em Setembro, íamos

espanhol".«


56 | Hotelaria

Acidados: Soluções tecnológicas para a hotelaria

N

o mercado há 20 anos, a Acidados

Rui Picão

a satisfação de quem nos

pretende "reforçar a posição

visita". Para Rui Picão,

no sector com mais 8 UH

S.A. é uma empresa 100%

"não basta ter sol e mar, o

adjudicadas com a nossa

portuguesa "orientada para

vinho e a gastronomia, ou

tecnologia de gestão de wifi",

a integração de produtos de

o conforto nas unidades

mas não só. Segundo Rui

valor e focada na prestação

hoteleiras, a massificação e

Picão, também o apoio 24

de serviços e consultadora

dependência da tecnologia

horas, sete dias por semana,

em IT e Telecomunicações",

exige ao hoteleiro

será reforçado, de forma a ir

conforme explica Rui Picão,

soluções tecnológicas com

ao encontro das exigências

administrador da empresa.

capacidade de crescerem, de

dos clientes. Ainda este ano,

Com mais de 80

se ajustarem às necessidades

"lançamos a nossa Cloud de

colaboradores, divididos

de quem os visita ou de

serviço de e-mail adaptada à

pelas diversas áreas de

quem faz dos hotéis local

mobilidade, para quem faz a

actuação, a Acidados aposta

de reunião e promoção do

hospitalidade no nosso país.

continuamente na formação

seu negócio. É aqui que

Passámos a dispor no nosso

e na relação próxima com o

Segundo o responsável,

nos destacamos, é aqui que

portfólio do reconhecimento

cliente. De acordo com Rui

"os players que usamos

integramos tecnologia e a

automático de dados para

Picão, são estes motivos,

para o sector, dos quais

configuramos. No nosso

preenchimento de perfis

juntamente com a " visão

destacamos a Cisco, são

ADN existe uma forte

mais criteriosos aquando

do sector e a capacidade de

sinónimo de estabilidade

orientação para este sector

do check-in, assim como

estarmos no terreno quando

e compatibilidade, pelo

e para as exigências do

de soluções de backup e

o cliente necessita", que

que as soluções por

mesmo".

disaster recovery orientadas à

fazem desta uma empresa

nós implementadas e

Para 2014, a empresa do

continuidade da operação do

diferente.

mantidas têm como foco

universo do Grupo Acitel,

hotel", acrescenta Rui Picão.«

Desde1988 a PADRÃO & PADRÃO -TEXTEIS LAR, LDA tem-se especializado no segmento de roupa para hotelaria.

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58 | Hotelaria

Sternblu: Soluções de A a Z ao cliente final

N

o ano em que comemora os seus 30

anos de actividade a Sternblu pretende reforçar a presença em África, especialmente Cabo Verde e Moçambique, bem como apostar fortemente na tecnologia 3D, que visa facilitar a tomada de decisão do cliente. Segundo Manuel Gonçalves, administrador da Sternblu, a empresa procura prestar um serviço personalizado de A a Z ao cliente final. Conta

mas práticas, que permitam

para tal com um gabinete

poupanças energéticas,

de Project Design, cujos

como é o caso do sistema

colaboradores possuem uma

de refrigeração por água

vasta experiência neste tipo

glicolada que irá implementar

de projectos, dispondo das

no Hotel Lux Parque, em

mais recentes ferramentas

Lisboa.

informáticas e tecnologias de

A Sternblu dispõe de

design 3D.

soluções que começam

“Quem nos procura sabe que

no acompanhamento ao

pode contar com a nossa

cliente, desde a ideia inicial

colaboração e apoio para ter

à concretização da obra,

o seu Hotel completamente

respeitando as normas

equipado desde a Lavandaria à

HACCP, ISO22000 e Codex

Cozinha incluindo os Buffets

Alimentarius nas áreas de

quer ao longo de toda a vida

Resort & Spa, na Ilha do Sal,

(onde somos especialistas)

armazenagem, produção e

do equipamento, prolongando

Cabo Verde, onde a empresa

que executamos à medida

serviço. Soluções essas que

a mesma.

projectou e instalou 12

e em consonância com a

se estendem às equipas de

Pelas “mãos” da Sternblu já

bares, 8 restaurantes e uma

especificação e Design, único

Montagem e Assistência Pós-

passaram grandes resorts ou

lavandaria. Destaque ainda

de cada estabelecimento”,

Venda que estão disponíveis

hostels, como o Hosteling

para as remodelações do Hotel

garante Manuel Gonçalves.

24X7 (mediante contrato) e

You, na Baixa lisboeta.

Trópico, em Luanda, e do Hotel

Por outro lado, a Sternblu

dão todo o acompanhamento,

Recentemente destaque

Avenida, em Maputo, ambos do

procura soluções inovadoras

quer no arranque da instalação

para o Meliã Dunas Beach

Grupo Teixeira Duarte.«


Hotelaria | 59

Dauti: Soluções integradas de têxteis e calçado profissional

L

ibertar o cliente

integradas – Dauti Prestige

Dauti Sport (campos de golfe,

incorporada no próprio

das preocupações

(uniformes mais clássicos para

piscinas ou actividades

uniforme ou têxteis). “Temos

relativas aos têxteis foi o

concierges ou recepcionistas);

radicais); Dauti Home (roupa

alguns produtos que ainda não

principal motivo que levou

Dauti Uniformes (vestuário

de cama e de mesa, turcos

foram lançados no mercado,

ao aparecimento da Dauti

mais laboral para andares ou

e Horeca); e Dauti Tech

mas que já estão em testes”,

no mercado nacional,

manutenção, Spa, cozinha);

(produtos com tecnologia

acrescenta o responsável.«

em 1999. Começando por fornecer uniformes para o sector turístico, a marca foi alargando as suas áreas de competência e hoje

faz design, produção e comercialização de têxteis, passando não só pelos uniformes, como pelo calçado, roupa de cama e turcos, sem esquecer os têxteis decorativos. “Os clientes pretendem ter parceiros que os ajudem a libertarem-se para fazerem o que sabem fazer bem e sabem que a Dauti é um parceiro que estará sempre com eles para criar as soluções à sua medida”, garante José Alberto de Castro, director-geral da empresa. A Dauti encontra-se dividida em cinco segmentos oferecendo assim soluções


60 | Formação

Experiência turística - na rota do turismo para o século XXI*

O

s desafios inerentes à transversalidade que perpassa

o turismo, enquanto actividade cultural, social e económica, deverão ter respostas também transversais que resultem de processos sustentáveis, capazes de proporcionar uma convergência de vantagens mútuas entre as necessidades dos turistas, por um lado, e a emancipação das comunidades locais, por outro. No fulcro desta transversalidade está a experiência turística enquanto protagonista desta actividade que, em Portugal, corresponde a cerca de 11 por cento do PIB. Estratificar factores intensificadores da experiência turística, numa lógica da referida convergência de vantagens mútuas, é um dos desafios que se colocam à investigação científica em turismo, contemplando áreas de conhecimento tão diversas como a gestão, o marketing, a hotelaria, a restauração, a animação turística e os eventos que, desejavelmente, deverão materializar uma dinâmica estrutural de sustentabilidade nos territórios. Importa fomentar uma experiência global que promova a atractividade do destino, consagrando uma sã convivência entre turistas e comunidades locais, no pressuposto que os valores da sustentabilidade alcançada observam as realidades culturais, sociais, económicas e ambientais tal como preconiza a Organização Mundial de Turismo (OMT). Aexperiênciaturísticacomomaterializaçãoidentitáriaseráumabaseparaestedesiderato sistémicodosdestinos,quesequeiramafirmarpelasustentabilidade.Acoerênciada organizaçãodosespaçosturísticos,aatractividade,acredibilidadeeaimagemdodestino estãointrinsecamenteligadosàexperiênciaglobalqueédesenvolvidanomesmoeque condicionaasuaprópriacapacidadederetençãoturística. A sustentabilidade turística torna-se mais complexa quanto maior for a ambição organizacional dos poderes instituídos, para organizar e gerir a experiência enquanto ferramenta emancipadora das comunidades locais. Para além da estrita visão conceptual que enquadra a experiência turística, como algo que contribui para promover a capacidade de retenção turística do destino, dever-se-á repensar a experiência turística numa lógica de convergência de vantagens mútuas, implementando-se e promovendo fatcores intensificadores da experiência, que tenham em linha de conta este objectivo comunitário, promovendo identidades na perspectiva da sustentabilidade dos territórios. Nesta linha de actuação, o GITUR – Grupo de Investigação em Turismo e a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) com as suas seis licenciaturas no domínio do turismo (Animação Turística, Gestão de Eventos, Gestão Turística e Hoteleira, Marketing Turístico, Restauração e Catering e Turismo) e mestrados também nesta área (Gestão e Direcção Hoteleira, Gestão e Sustentabilidade no Turismo [lecionado em inglês] Marketing e Promoção Turística e Turismo e Ambiente) estão a desenvolver uma investigação em torno destes domínios de conhecimento, sendo de realçar a existência do European Journal of Tourism, Hospitality and Recreation, publicação científica regular, bem como a realização do seu Congresso Internacional, uma referência de internacionalização da investigação em turismo, cuja última edição decorreu em Omã. A ESTM, localizada em Peniche, volta a acolher o evento entre 25 e 27 de Novembro de 2015.« * Sérgio Araújo – PhD Tourism, Subdirector da ESTM/IPLeiria, Coordenador do mestrado em Turismo e Ambiente


Formação | 61

Nova oferta formativa: Portucalense quer combater défices no Enoturismo

U

ma análise recente do Departamento de

Turismo, Património e Cultura da Universidade Portucalense (UPT) revela que a mão-deobra especializada não está a acompanhar o crescimento do sector do Enoturismo

disso, os ritmos e exigências

em Portugal. Reconhecendo

de produção de vinho não

que se trata de um produto

coincidem com os do Turismo

turístico que disponibiliza

e existe uma falta de formação

“uma oferta diversificada e de

especializada na área do

elevada complexidade, porque

Enoturismo.

os recursos vitivinícolas

Por isso mesmo, e porque

surgem coligados com

“o enoturismo reúne as

a herança, identidade e

condições necessárias

memória num determinado

para servir como produto

espaço geográfico, que

estratégico para a

deve seguir princípios de

transformação dos territórios

desenvolvimento sustentável”,

e a atractividade dos destinos

conforme explica Filomena

turísticos”, segundo Filomena

Lopes, coordenadora do

Lopes, a UPT lança agora dois

Departamento de Economia

Short Masters para combater

e Gestão da UPT, a instituição

este défice nacional – Cultura

decidiu apostar no Enoturismo

do Vinho e Enoturismo; e

como uma das suas áreas-

Escanção – Especialidade

chave de investigação.

em Vinhos. Ainda para este

Estas debilidades agora

ano lectivo, a instituição

apontadas resultam, por um

está a preparar, para Abril,

lado, segundo a UPT, da falta

o seminário “Enoturismo:

de experiência e competências

dos Destinos à Gestão”,

sobre Turismo, em particular

onde irá debater a estratégia

entre os pequenos viticultores;

deste produto em Portugal

por outro lado, da grande

e as boas práticas de gestão

exigência de recursos

de diferentes unidades de

financeiros e energia para

enoturismo de forma a

a produção de vinho, o

contribuir para o aumento

que dificulta uma segunda

da receita das empresas

actividade em paralelo. Além

vitivinícolas.«


62 | Formação

Les Roches promove segundo intake em Agosto

IPG/ESTH: Ligação ao mercado de trabalho é um desafio permanente

A

Escola Superior

de Turismo e Hotelaria (ESTH) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) tem vindo a desenvolver um trabalho

A

Les Roches International

Roches Bluche, Suíça;

School of Hotel

Xangai, China; e Marbella,

Management promove, em

Espanha,proporcionando uma

Agosto, o segundo intake, nas

imersão total na vida cultural,

suas escolas de Espanha, Suíça

social e diferenciada de cada

e China, para a licenciatura

um dos destinos.

em Business Administration

Segundo Pedro Martins,

(BBA) no programa global

Educational Counselor para a

de Hospitality Management

Laureate Hospitality Education

(Gestão Hoteleira).

- Portugal, "este curso prepara

Este será o primeiro programa

os alunos para serem os líderes

deste tipo, que oferece aos

inovadores e internacionais da

estudantes uma experiência

indústria de amanhã. Também

única nos três campus Les

o networking de mais de 90

Roches. O BBA em Global

nacionalidades é um ponto forte,

Hospitality Management

que é feita de futuros profissionais

é um programa de sete

de elite, espalhados por todo o

semestres, que permite aos

Mundo numa das indústrias

alunos prosseguirem o

com maior crescimento e

seu curso nas escolas Les

oportunidades de futuro".«

permanente de qualificação

Turismo da Serra da Estrela

dos recursos humanos e

preconiza a criação da Carta

de ligação às estruturas de

Turística da Serra da Estrela,

turismo. Segundo Gonçalo

em articulação com nove

Fernandes, vice-presidente

municípios, estruturando

do IPG, “a ligação ao mercado

uma plataforma interactiva

de trabalho constitui uma

de divulgação da região e

preocupação e um desafio

de desenho de estadias no

permanente que tem pautado

destino, suportada numa

a intervenção institucional

informação georreferenciada

e a própria organização

capaz de possibilitar a criação

formativa de modo a

de itinerários em função da

possibilitar aos alunos a

duração e dos interesses do

interacção permanente entre

visitantes.

as empresas, os territórios

A ESTH trabalha assim com

e a ESTH”. Uma articulação

vista a dotar os alunos de

que dá à instituição e aos

competências e qualificações

diplomados ferramentas

que lhes permitam actuar

que lhes permitem actuar

ao mais alto nível no sector

de forma eficaz na gestão

do turismo e hotelaria,

e qualificação dos destinos

incorporando conhecimentos

turísticos.

e desenvolvendo investigação

Ao nível da investigação,

aplicada que contribua para

a articulação é uma vez

a qualificação dos destinos,

mais a palavra-chave, aqui

melhorando a performance da

referente aos esforços e

oferta de produtos e serviços

capacidades instaladas para

turísticos.«

ampliar o desenvolvimento de produtos de forma a poder conjugar da melhor forma as competências adquiridas pelos investigadores em permanente articulação com os operadores turísticos. “Procura-se, assim, aproximar a formação e investigação dos actores regionais e gerar informação qualificada para a promoção do destino”, indica o responsável. Neste momento, o Observatório do

A oferta formativa - Licenciaturas em Turismo e Lazer; Gestão Hoteleira; Restauração e Catering; - Mestrados em Gestão e Sustentabilidade no Turismo; Tecnologias de Informação e Comunicação no Turismo; - 2015: Cursos de Técnicos Superiores Profissionais em Cozinha e Produção Alimentar; e Animação Turística e do Património Natural e Cultural.


Formação | 63

MultiWay: Um curso à sua medida

M

ultiWay é uma

elementos e as escolas do

empresa vocacionada

Swiss Education Group (SEG)

para apoiar pessoas que

apareceram claramente à

necessitam de enriquecer

frente das restantes", explicou

o seu currículo através

António Valadas, director da

da realização de cursos e

empresa, acrescentando que,

programas no estrangeiro.

a maioria destas escolas se

Com um leque de ofertas

localizam em antigos hotéis,

muito vasto, a empresa

onde os alunos são os únicos

promove os chamados

nos quais os interessados têm

promove cursos para jovens,

clientes, o que permite que,

programas "Open House", que

apenas que pagar a viagem de

durante o Verão, para adultos,

"ao ensino teórico esteja

podem durar um ou dois dias,

ida e volta.«

durante todo o ano, sendo

aliada uma experiência prática

possível, em alguns cursos

permanente, em todos os

seguirem-se estágios ou

sectores de actividade de um

experiências de trabalho.

hotel".

No que diz respeito à Hotelaria,

Segundo António Valadas,

a MultiWay disponibiliza

"uma das preocupações da

Cursos de Gestão Hoteleira,

MultiWay é que um potencial

Turismo e Artes Culinárias,

cliente esteja seguro da opção

na Suíça. "Procurámos, junto

que vai fazer. É por essa razão

às grandes cadeias hoteleiras,

que insistimos junto a todos

saber quais as escolas a

os interessados que visitem as

que dariam preferência

escolas antes de tomarem uma

no recrutamento de novos

decisão". Para isso, a empresa

Conseguir um emprego no International Recruitment Forum Realizado todos os anos, em Março e em Outubro, em Montreux, o International Recruitment Forum, pretende, segundo António Valadas, obter colocação dos seus estudantes no final do curso ou para frequência de estágios. "Durante dois dias, as maiores cadeias hoteleiras mundiais, estâncias turísticas, parques temáticos, companhias aéreas e de navegação e outras empresas do mesmo sector de actividade, fazem apresentações e entrevistam os estudantes interessados em conseguir uma colocação ou o lugar para um estágio". Segundo o responsável, nestes dias, "mais de 70% dos estudantes presentes, que ultrapassam sempre os dois mil, recebem uma oferta de colocação".


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41 anos de Liberdade e democracia em Portugal e ainda hoje, a maioria dos talentos portugueses de excelência para desenvolverem uma carreira tem de emigrar para os países, ditos mais desenvolvidos. Vivemos em democracia, mas continuamos no campeonato dos sub-desenvolvidos _04_01_2015@Facebook

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Este puzzle feito com rolhas de cortiça esteve no Stand de Portugal na Fitur. Uma simpática iniciativa do Turismo de Portugal em terra de nuestros hermanos. O resultado foi, uma vez mais, o prémio de melhor stand da feira. Um galardão ganho pela 4 vez. Desde outros tempos... _30_01_2015@Facebook

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A melhor forma de enquadrar e formalizar uma actividade é liberalizar o seu regime e facilitar a vida a quem quer fazer negócio: em dois meses da nova lei, que simplificou o regime, registaram-se mais estabelecimentos de alojamento local do que em seis anos com a lei anterior. _05_02_2015@Facebook

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