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1. 1 O PROBLEMA NÃO É DE HOJE

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6. BIBLIOGRAFIA

6. BIBLIOGRAFIA

O fenômeno das moradias inadequadas, em suas diversas formas, é um problema longe de ser contemporâneo. Já no século XIX, quando as classes operárias habitavam locais densamente povoados, buscando morar mais perto de seus trabalhos, elas eram submetidas a condições insalubres em suas moradias ¹

A ocupação de áreas com mais infraestrutura, serviços e oferta de trabalho, geralmente localizadas em locais mais próximos ao centro do município, passou a ser privilégio da população de renda média e alta Assim, as necessidades de moradia da população de baixa renda foram atendidas a partir da construção de edifícios áreas mais afastadas da cidade

Com a intensificação do processo de industrialização, a crescente demanda por moradia nas regiões em que foram instaladas as fábricas, resultou na valorização desses terrenos industriais, agora bem localizados e servidos de infraestrutura. No entanto, a renda dos trabalhadores não acompanhou a valorização dessas terras, restando, apenas as áreas verdes de preservação ou os aglomerados distantes dos centros, carentes de infraestrutura: a periferia.

Séculos depois, embora a forma de morar tenha mudado de característica, na medida em que a concentração populacional saiu da região dos centros das cidades em direção à “periferia do capitalismo” (ver definição a seguir), o problema segue sendo uma realidade

Nesse contexto, embora as favelas contemporâneas continuem partilhando as áreas de centralidade, elas agora ocupam espaços adjacentes às áreas urbanas consolidadas Geralmente os espaços buscados são aqueles que estão minimamente conectados a uma rede de infraestrutura e aos transportes públicos ²

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